Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos

Transcrição

1 Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

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3 Introdução O Governo Federal procura assegurar o direito humano à alimentação adequada às pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos. Para isso foi criada, em 2003, a Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos. Para se ter uma vida saudável, é fundamental o acesso a uma alimentação adequada com relação a aspectos de quantidade, segurança e valor nutritivo. Mas ainda existem no país muitas famílias que não têm condições financeiras de adquirir os alimentos ou vivem em localidades onde a disponibilidade da alimentação saudável é precária. Portanto, é dever do Governo distribuir alimentos para essa parcela da população. O acesso à alimentação é um direito de todos os cidadãos, previsto em lei a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional LOSAN (LEI Nº , DE 15 DE SETEMBRO DE 2006). Assim, considera-se que : A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Os grupos beneficiados são aqueles que possuem maiores dificuldades de acesso a alimentação, por diversas razões. Muitos vivem distantes das cidades e não têm à sua disposição a variedade e a qualidade satisfatórias. Outros vivem em territórios diminutos, com pouco espaço para produzir em quantidade adequada para o consumo. E há ainda aqueles que não têm renda suficiente para adquirir os alimentos. O que é? A Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos é uma ação emergencial que tem o objetivo de entregar cestas de alimentos para famílias de Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos

4 determinados segmentos sociais que estão em situação de insegurança alimentar e nutricional. Os alimentos são comprados por meio de parceria firmada entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). O MDS repassa o recurso financeiro para a CONAB, que realiza a compra e a armazenagem. Composição das cestas: As cestas são compostas por oito tipos de alimentos, totalizando 22 kg. Há duas composições básicas de acordo com a região: Regiões Norte e Nordeste: 10 kg de arroz, 2 kg de açúcar, 3 kg de feijão, 2 kg de farinha de mandioca, 1 kg de macarrão, 2 latas de óleo de soja, 1 kg de leite em pó e 1 kg de flocos de milho; Região Centro-Sul: 10 kg de arroz, 2 kg de açúcar, 3 kg de feijão, 2 kg de farinha de trigo, 1 kg de macarrão, 2 latas de óleo de soja, 1 kg de leite em pó e 1 kg de fubá. Grande parte dos alimentos que compõem as cestas distribuídas vem do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra a produção da agricultura familiar para a distribuição ou formação de estoques para os programas, órgãos e entidades sociais do país. Quem pode participar? Os grupos populacionais atendidos na Ação são povos indígenas, comunidades quilombolas, comunidades de terreiros, trabalhadores rurais sem terra que pleiteiam acesso ao programa de reforma agrária, marisqueiras, caranguejeiras e grupos atingidos por barragens. A Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional pode solicitar cestas para os municípios que estejam em situação de emergência e/ou Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos

5 calamidade pública reconhecidos, caso essa Secretaria não possua alimentos em seus estoques. As famílias dos grupos em situação de insegurança alimentar e nutricional devem ser indicadas por órgãos governamentais que representem os segmentos. Como participar: A indicação das famílias atendidas é feita por órgãos do Governo Federal responsáveis pela atuação com cada um desses segmentos: A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) são responsáveis pela indicação dos povos indígenas; A Fundação Cultural Palmares (FCP) pela indicação das comunidades quilombolas; A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) pela indicação das comunidades de terreiros; O Departamento de Ouvidoria Agrária e Mediação de Conflitos e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (DOAMC-MDA /INCRA), pela indicação dos acampamentos; A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP), pela indicação das marisqueiras e caranguejeiras; A Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC-MIN), pela indicação dos municípios em situação de emergência e/ou calamidade pública; A única exceção é o Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens (MAB), uma sociedade civil, que indica as famílias impactadas pela construção de barragens. Cada órgão governamental possui um número fixo de beneficiários a indicar para participar da Ação, no limite total de 320 mil beneficiários regulares. Foram instituídas cotas de participação por segmento devido aos limites orçamentários. Dessa forma, garante-se que de todos os grupos sejam atendidos. Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos

6 O papel de cada órgão: O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome é responsável por: Encaminhar as indicações dos órgãos/entidades, de acordo com o orçamento disponível para a Ação, à CONAB; Coordenar a Ação. A CONAB é responsável por: Realizar a compra dos alimentos para compor as cestas por estado, de acordo com a demanda apresentada; Disponibilizar os alimentos nas unidades armazenadoras. Os órgãos parceiros (FUNAI ;FUNASA; FCP; SEPPIR; DOAMC-MDA /INCRA; SEAP) são responsáveis por: Indicar as famílias/povos/comunidades que receberão as cestas; Garantir o transporte e a entrega das cestas do armazém da CONAB até os beneficiários. Sobre o andamento da Ação: O responsável pela retirada das cestas no armazém da CONAB pode ser tanto uma entidade governamental como um representante do segmento atendido da sociedade civil. Esse responsável deve acompanhar a retirada e transporte dos produtos e atestar a efetiva entrega às famílias, por meio de listagem contendo nome e número do documento de identificação do beneficiário. Essa lista deve ser enviada à CONAB. Caso o responsável seja da sociedade civil, essa documentação deverá ser enviada também ao órgão responsável pela indicação do segmento. Cabe à comunidade atendida acompanhar, monitorar e fiscalizar o andamento da Ação. Se for identificada alguma irregularidade, os beneficiários devem denunciar para as autoridades competentes. Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos

7 Lista de contatos: CONAB: SGAS 901 Bloco A Lote 69 Asa Sul Brasília (DF) Tel.: (61) Povos Indígenas: FUNASA SAS Quadra 04 Bloco N 5º andar Brasília (DF) Tel.: (61) FUNAI SRTVS 702/902 Ed. Lex 3º andar Brasília (DF) Tel.: (61) Comunidades de Terreiros: SEPPIR Esplanada dos Ministérios Bloco A 9º andar Brasília (DF) Tel.: (61) Comunidades Quilombolas: Fundação Cultural Palmares SBS Quadra 02 Lote 11 Ed. Elcy Meireles Brasília (DF) Tel.: (61) Marisqueiras e Caranguejeiras: SEAP Esplanada dos Ministérios Bloco D Sala Brasília (DF) Tel.: (61) Atingidos por Barragens: MAB Av. Central Bloco 655 casa 06 Núcleo Bandeirantes Brasília (DF) Tel.: (61) Acampados: Departamento de Ouvidoria Agrária e Mediação de Conflitos SBN Quadra 1 Ed. Palácio do Desenvolvimento Sala Brasília (DF) Tel.: (61)

8 Esplanada dos Ministérios Bloco C CEP Brasília (DF)