O MULTISSISTEMA DA REGULAÇÃO DO COMÉRCIO GLOBAL: proposta de novo referencial teórico e nova metodologia de análise
|
|
- Lorenzo Aranha Azenha
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 O MULTISSISTEMA DA REGULAÇÃO DO COMÉRCIO GLOBAL: proposta de novo referencial teórico e nova metodologia de análise Vera Thorstensen (Janeiro de 2011) I Uma nova abordagem para a regulação do comércio internacional As atividades relacionadas ao comércio internacional representam parcela cada vez mais significante no processo de desenvolvimento do Brasil. No cenário mundial, o País ocupa posição de destaque entre os vinte maiores países exportadores e importadores de bens. No cenário interno, as atividades ligadas ao comércio vêm crescendo e, atualmente, representam cerca de 25% do PIB. A presença do Brasil ainda é menos expressiva na área de serviços, mas sua participação vem aumentando. O papel do Brasil como ator no cenário da economia internacional vem crescendo ao apresentar quadro de desenvolvimento acelerado, mercado interno em expansão, e por ter se convertido em grande exportador de produtos agrícolas de maior valor agregado, bem como de diversificada pauta de produtos industriais. Paralelamente, ao apresentar estabilidade econômica e política, passou a ter presença cada vez mais marcante nos diversos foros econômicos internacionais. A grande questão que se coloca é a de como definir comércio internacional e que elementos incluir na pauta da Política de Comércio Externo. No mundo de hoje, as atividades ligadas ao comércio compreendem não só exportação e importação de bens agrícolas e industriais, mas também uma ampla gama de serviços, que abrangem setores diversos como o financeiro, telecomunicação, transporte, distribuição, construção, turismo, bem como serviços profissionais. É cada vez mais difícil separar atividades econômicas ligadas à produção de bens das relativas à prestação de serviços. Mais ainda, a expansão das atividades econômicas depende não só da interação dos diferentes atores internacionais, como está sujeita a uma série de políticas que refletem determinantes de ordem econômica, que são mais amplos que os ligados ao puro comércio, mas essenciais a sua execução, como regras internacionais e nacionais sobre investimentos, concorrência, direitos sobre a propriedade intelectual, preocupações sobre o meioambiente e mudança climática, bem como direitos trabalhistas e direitos humanos. Esta é a visão global da governança do comércio internacional, que está redefinido como comércio global. No mundo atual, os impasses e conflitos políticos e econômicos passaram a ser dirimidos por um amplo espectro de normas ou regras negociadas entre os principais atores internacionais e, mais recentemente, envolvendo um número expressivo de países. Com regras arduamente acordadas, mecanismos de supervisão do cumprimento dessas regras e sistemas político-jurídicos (diplomático-jurídicos) de solução de conflitos, a estabilidade
2 2 e previsibilidade das regras do sistema internacional vêm permitindo períodos mais longos de crescimento econômico. Desde a década dos cinquenta, e ao longo dos últimos anos, as negociações dos diferentes marcos regulatórios do comércio global vêm sendo realizadas em diferentes foros. O marco mais abrangente, em termos de número de partes envolvidas e de evolução no tempo, é o sistema multilateral de comércio, iniciado com o GATT, e que tem hoje a OMC como quadro de referência. Paralelamente, ao longo dos anos, vem se multiplicando um número expressivo de quadros regulatórios regionais, bilaterais e nãorecíprocos, via acordos preferenciais, que envolvem países de diversas regiões do globo ou parceiros distantes, mas com interesses comerciais mais intensos. Finalmente, os grandes parceiros internacionais, também definem marcos regulatórios sobre o comércio ao estabelecerem políticas próprias, seguindo e ampliando os marcos multilateral e preferenciais, sob pressão dos principais agentes políticos e econômicos. Esses três grandes sistemas de regras envolvem as mais diversas áreas de atuação da governança global relacionada ao comércio, ou que, mesmo que não diretamente relacionada ao comércio, acabem por afetá-lo. Todos esses elementos têm efeitos diretos na formulação da Política de Comércio Externo dos diferentes países, bem como nas decisões estratégicas dos agentes econômicos. Sob esta ótica, tanto governos quanto produtores setoriais passam a acompanhar com maior atenção, não só a evolução de quadros regulatórios definidos no âmbito multilateral, mas também regulações negociadas nos âmbitos preferencias (regionais, bilaterais, não-recíprocos) bem como de certas políticas nacionais, uma vez que todos eles irão afetar a definição da Política de Comércio Externo de cada país e da competitividade dos setores produtivos. A análise dos temas ligados ao comércio internacional e ao investimento exige, assim, uma visão mais ampla, uma visão multissistêmica do comércio global. Em síntese, as questões mais relevantes na área do comércio global e do investimento passam, assim, a exigir, não só um referencial teórico mais abrangente, mas também uma metodologia de análise mais integrada, levando-se em conta as diversas fontes de regulação internacional do comércio. O objetivo deste artigo é o de oferecer uma nova proposta de abordagem teórica para o estudo da regulação do comércio por meio do Multissistema de Regulação do Comércio Global, e uma nova metodologia de análise para setores ou produtos específicos, a Análise Transversal da Regulação do Comércio Global. Em outras palavras, o novo referencial teórico, o Multissistema do Comércio Global deve abranger as regras do sistema multilateral incluindo a Organização Mundial do Comércio (OMC) e demais organizações internacionais relacionadas ao comércio (FMI, BM, OCDE, UNCTAD, OMPI, OIT, UNFCCC...); os sistemas preferenciais (regionais, bilaterais, não-recíprocos) centrados nos grandes pólos econômicos; e os sistemas nacionais, incluindo as políticas de comércio, as estruturas decisórias e os instrumentos dos principais parceiros do comércio internacional (vide modelo 1). A Análise Setorial Transversal deve destacar as particularidades do quadro regulatório para cada um dos grandes temas do comércio internacional: agrícola, não agrícola e serviços, e das
3 3 especificidades das regras para cada setor, dentre elas, regras aduaneiras, regras de defesa comercial, regras contra barreiras técnicas, dentre outras (vide modelo 2). Só após essa análise abrangente é que cada país, inclusive o Brasil, estará preparado para formular sua política comercial, definir a estrutura e instrumentos de comércio, bem como avaliar os impactos de tais regras para os interesses brasileiros. Diante desse quadro cresce o imperativo de se formar toda uma nova geração de especialistas na área do comércio internacional e do investimento, integrando estudantes de Economia, Direito, Administração e Relações Internacionais, bem como a reformulação dos cursos de pós-graduação na área. Também seria necessária a criação de novos foros de discussão entre governo, empresários e acadêmicos sobre as questões mais prementes de governança global que afetam o comércio internacional. II O Multissistema de Regulação do Comércio Global Uma visão integrada da regulação do comércio global, sob essa ótica, passa a abranger não só a análise em sequencia dos diferentes sistemas de regulação que definem o comércio internacional, incluindo temas diretamente ligados ao comércio, temas relacionados ao comércio e temas que afetam o comércio, mas também, e, sobretudo, uma maior compreensão dos efeitos cruzados entre os diversos sistemas: a) o sistema multilateral-plurilateral, criado por meio de negociações internacionais entre membros de organizações internacionais e/ou tratados internacionais negociados por uma parcela significativa de países; b) os sistemas preferencias (regionais, bilaterais, não-recíprocos), negociados pelas partes de acordos comerciais de diferentes níveis de integração econômica; e c) os sistemas nacionais de comércio externo, negociados internamente pelos principais parceiros internacionais, e definidos por suas Políticas de Comércio Externo. Cada sistema de definição de regras compreende uma estrutura própria de negociação, de tomada de decisão, de abrangência de temas, da supervisão de sua implementação e de resolução de conflitos. A complexidade de todo esse quadro regulatório está no fato de que cada sistema ter sido criado em diferentes períodos de tempo, refletindo variáveis graus de influencia e poder econômico dos diversos atores internacionais, e a interação entre as economias de cada país. Os sistemas de regulação do comércio global Para obter uma ideia mais detalhada dos diferentes sistemas, passa-se a examinar, em sequência, cada uma dos três principais estruturas regulatórias do comércio global, para então examinar como os sistemas se cruzam para definir as regras que afetam os principais temas do comércio global.
4 4 Talvez a parte mais desafiadora da análise do multissistema do comércio global seja a questão do conflito de normas, uma vez que os acordos foram negociados em períodos diferentes, envolvendo números diversos de partes e abrangendo uma variedade distinta de temas. A expansão e proliferação dos acordos preferenciais e o crescimento em importância dos temas relacionados ao comércio e das barreiras não-tarifárias presentes no âmbito preferencial e nacional, intensificaram a possibilidade de conflitos entre as normas presentes nos três níveis do multissistema do comércio global. Apenas a análise profunda das regras contidas em cada sistema poderá fornecer informações reais sobre a existência e o impacto dos conflitos, bem como oferecer soluções. a) Sistema multilateral e plurilateral do comércio A estrutura e as regras do sistema multilateral representam o nível mais abrangente de participação na regulação do comércio. É formado por tratados e convenções internacionais negociados por um número significativo de países, que criam organizações ou organismos para a implementação e supervisão das regras negociadas, bem como foro para futuras negociações. Várias vezes, acordos são alcançados por um número menor de partes, em acordos ditos plurilaterais, que também merecem atenta análise, uma vez que as implicações de tais acordos passam a ser relevante para as partes não envolvidas. A organização mais relevante como fonte de regulação multilateral de comércio é a OMC que evoluiu a partir do GATT. Outras organizações relevantes, estabelecidas no tempo do GATT foram o FMI e o BM, as instituições de Bretton Woods, criadas após a II Guerra Mundial, como base de um sistema econômico multilateral. Outras organizações e organismos relevantes, uma vez que suas resoluções impactam diretamente as regras do comércio são: OMA, OMPI e FAO, bem como organizações com interesses diversos de países desenvolvidos e em desenvolvimento como a OCDE e a UNCTAD. Dentre os organismos específicos, devem ser incluídos: ISO e Codex Alimentarius. Alguns outros tratados e convenções, por incluírem regulação que afeta o comércio também devem ser analisadas, dentre eles: OIT, MEAs ou acordos sobre o meio ambiente que incluem regras sobre o comércio e a UNFCCC sobre mudanças climáticas. Alguns pontos merecem destaque: - OMC Organização Mundial do Comércio é a principal fonte de regulação do comércio internacional. Abrange as regras do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) desde seu estabelecimento em 1947, até as regras dos acordos aprovados na Rodada Uruguai ( ), o Acordo de Marraqueche. A atual rodada de negociações, a Rodada de Doha, iniciada em 2001, mas ainda não encerrada, contém importantes reformas para o sistema comercial e, mesmo ainda não concluída, já constitui importante indício do teor das regras a serem acordadas. A OMC tem como principal objetivo promover o desenvolvimento econômico através da liberalização do comércio internacional. Sua função principal é negociar regras para o
5 5 comércio internacional e assegurar o seu cumprimento através de um mecanismo eficaz de solução de controvérsias. Durante os anos do GATT, a principal forma de liberalização foi obtida via redução de tarifas ou eliminação de barreiras tarifárias sobre produtos, por meio de rodadas de negociações. Ao longo dos anos, a liberalização do comércio passou a envolver cada vez mais regulamentos e instrumentos contendo regras sobre práticas comerciais, barreiras ao comércio e defesa comercial. Com a criação da OMC em 1995, a regulação do comércio passou a abarcar um espectro mais amplo de atividades econômicas: bens (agrícolas e não agrícolas), serviços (GATS), propriedade intelectual (TRIPS) e investimentos (TRIM, GATS e Subsídios). Ainda no âmbito da OMC, por suas implicações diretas ao comércio internacional, destaque deve ser dado às decisões dos painéis e do Órgão de Apelação (OA) do Órgão de Solução de Controvérsias (OSC). Tal órgão é um mecanismo único no sistema internacional, uma vez que medidas consideradas inconsistentes com as regras do sistema multilateral do comércio devem ser modificadas, para não serem passíveis de retaliação comercial pela parte ganhadora. Tal possibilidade dá um poder significativo à OMC e a distingue das demais organizações internacionais que não possuem tal poder de sanção. O OSC é considerado um sistema sui generis, uma vez que aplica conjuntamente princípios e práticas tanto do Civil Law como do Common Law. Sendo assim, apesar de as decisões dos painéis e das apelações só se aplicarem ao caso em disputa, são transformadas em jurisprudência do sistema e passam a orientar as futuras decisões do Órgão de Solução de Controvérsias. Como resultado, a regulação do comércio internacional, atualmente, se baseia não só na leitura dos acordos existentes, mas também na interpretação do Órgão de Apelação. O conhecimento e a análise de tal jurisprudência se tornam assim, essenciais para o entendimento da regulação multilateral. - FMI O Fundo Monetário Internacional uma das instituições criadas em 1944, no pós-guerra, tem como objetivos o fortalecimento da cooperação monetária internacional e a estabilidade das taxas de câmbio, assegurar a estabilidade financeira por meio de recursos para o equilíbrio dos balanços de pagamentos, facilitar o comércio internacional, promover o emprego e o crescimento sustentável, bem como reduzir a pobreza. Atualmente conta com 187 membros. O FMI oferece orientação e financiamento para membros em dificuldade econômica e para países em desenvolvimento atingirem estabilidade macroeconômica. Uma de suas principais funções é a de acompanhamento do sistema monetário internacional, com vistas a garantir a estabilidade das taxas de cambio e encorajar os membros a eliminarem restrições cambiais que afetem o comércio. A princípio o sistema estava baseado no padrão ouro, mas, a partir da crise dos 70, os países passaram a adotar diferentes políticas cambiais, o que torna a tarefa de supervisão muito mais complexa. O FMI voltou a desempenhar papel de destaque no cenário internacional após a crise de 2008, quando seus principais membros acordaram não só o reforço dos recursos do Fundo, mas também uma reforma do seu sistema de decisão, dando maior peso para os países emergentes.
6 6 Para realizar a função de acompanhamento do FMI, cada membro acorda submeter suas políticas econômicas e financeiras ao exame da comunidade internacional, bem como assume compromissos de adotar políticas que conduzam a um crescimento econômico ordenado e a estabilidade dos preços, evitar a manipulação das taxas de cambio para obter vantagens competitivas desleais (unfair), e fornecer dados econômicos. O monitoramento do Fundo tem como função a identificação de problemas que possam causar instabilidade financeira e econômica. Prevista no Artigo IV do Acordo sobre o FMI, as consultas no âmbito do Artigo incluem a análise da situação econômica de cada país, realizada pelo corpo técnico do Fundo, que é então discutida no Comitê Executivo e depois apresentada a todos os membros. Com a recente discussão sobre os impactos das desvalorizações cambiais de importantes parceiros internacionais como China e EUA, o tema das guerras cambias e seus impactos de subsidiação ao comércio passou a ser examinado, não só no FMI, mas também na OMC. - BM Banco Mundial criado juntamente com o FMI, então como BIRD Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento, atualmente, é uma instituição dedicada ao desenvolvimento, e importante fonte de financiamento e assistência técnica para países em desenvolvimento. Tem como missão o combate à pobreza por meio de recursos, conhecimento, capacitação técnica e incentivos a parcerias entre os setores público e privado. O Grupo BM possui 187 membros e, além do Banco, conta também com a Associação Internacional para o Desenvolvimento AID dedicada aos países de menor desenvolvimento; a Corporação Internacional de Finanças CIF; a Agência Multilateral de Garantia do Investimento AMGI; e o Centro Internacional de Solução de Controvérsias de Investimentos. Essas cinco instituições fornecem empréstimos para países em desenvolvimento com juros reduzidos, ou créditos sem juros e doações para investimentos em educação, saúde, administração pública, infraestrutura, desenvolvimento financeiro, agricultura, administração do meio-ambiente e recursos naturais. O Grupo Banco Mundial apoia o comércio internacional como plataforma para o crescimento sustentável e desenvolvimento, via programas de financiamento e assistência técnica que objetivam a melhoria da competitividade global dos países. Tais programas visam à promoção de um sistema de comércio global que apoie o desenvolvimento, inclua a competitividade nas estratégias dos países e encoraje reformas nas políticas comerciais e de facilitação de comércio, no âmbito da área de ajuda para o comércio (aid for trade). - OCDE Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento criada em 1961, dando continuidade às atividades da OEEC Organização para a Cooperação Econômica Europeia, estabelecida em 1947 para gerir o Plano Marshall destinado à reconstrução do continente devastado pela Segunda Guerra Mundial. Atualmente conta com 34 membros e 6 observadores (incluindo o Brasil), e se constitui em um foro para governos discutirem problemas comuns e promover políticas econômicas e sociais. Seu
7 7 Secretariado acompanha diversos aspectos como finanças, produtividade, fluxos de comércio e investimento, cargas tributárias, segurança social, sistemas educacionais, e estabelece padrões internacionais para atividades e produtos de interesse comum. Finalmente, realiza análises e elabora recomendações de forma independente, baseada em evidências. Além do Comitê sobre Comércio, diversos outros comitês discutem temas diretamente ligados ao comércio (investimentos, concorrência, agricultura, indústria, dentre outros). O acompanhamento das atividades da OECD é relevante uma vez que diversos temas relacionados ao comércio são aí analisados e então definidas as posições de vários países desenvolvidos. Dessa forma, a OCDE acaba por influenciar a definição das posições econômicas e comerciais dos países desenvolvidos, gerando nova regulação do comércio global. Essas posições, quando traduzidas em políticas de comércio externo, terão, por sua vez, impacto para os setores produtivos brasileiros, quando nas atividades internacionais. Caso marcante foi a discussão sobre subsídios para o setor de aeronaves. - UNCTAD Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento foi estabelecida em 1964 para promover o desenvolvimento e integração dos países em desenvolvimento na economia mundial. Atualmente é o foro mais importante de discussão e formulação de recomendações de políticas para o desenvolvimento e conta com 193 membros. Seu Secretariado realiza pesquisas, análises políticas e coleta de dados para discussão entre especialistas e representantes de governos, além de fornecer assistência técnica para países de menor desenvolvimento. Dentre suas principais atividades relacionadas ao comércio estão: negociações comerciais e diplomacia comercial, concorrência, análise comercial, investimentos, políticas macroeconômicas e dívida, sistema de informação, comércio e meio ambiente e diversificação da produção de commodities. O acompanhamento das atividades da UNCTAD é relevante uma vez que diversos temas relacionados ao comércio são aí analisados e aí são definidas as posições de vários países em desenvolvimento. - OMA Organização Mundial de Aduanas é uma organização intergovernamental, criada em 1952, como Conselho de Cooperação Aduaneira CCA. Atualmente com 177 membros, está dedicada aos temas aduaneiros, com destaque para o desenvolvimento de padrões globais, simplificação e harmonização de procedimentos aduaneiros, segurança de cadeias de fornecimento, facilitação de comércio, fortalecimento das atividades de cumprimento das regras, contrafação e pirataria, parcerias público-privadas e capacitação técnica. A OMA administra o Sistema Harmonizado de Classificação de Bens, importante instrumento do comércio internacional. - OMPI Organização Mundial da Propriedade Intelectual é a agência especializada da ONU dedicada ao desenvolvimento de um sistema internacional sobre propriedade intelectual (PI), que reforce a criatividade, estimule a inovação e contribua para o desenvolvimento econômico. Foi estabelecida em 1967 com mandato de promover a
8 8 proteção da PI por meio da cooperação entre seus membros e cooperação com outras organizações internacionais. Os objetivos da OMPI são de construir um quadro de referência normativo para a PI, facilitar o uso da PI para o desenvolvimento, coordenar a infraestrutura da PI, ser fonte de informação para a PI, coordenar a cooperação internacional na área, coordenar as relações ente PI e demais temas globais, dar suporte financeiro e administrativo para o sistema que inclui: marcas, patentes, direitos do autor, desenho industrial, indicação geográfica, recursos genéticos (biopirataria) e conhecimento tradicional. - OIT Organização Mundial do Trabalho é a organização internacional responsável pela elaboração e supervisão dos padrões trabalhistas. Foi fundada em 1919 e tornou-se agência especializada da ONU em É uma organização tripartite, composta por representantes do governo, empregadores e trabalhadores que, em conjunto, definem políticas e programas relativos ao emprego e ao trabalho. Seus objetivos são de promover o direito do trabalho, encorajar oportunidades de emprego decente e reforçar a proteção social, e fortalecer o diálogo sobre temas relacionados ao trabalho. Seus principais tópicos, muitos deles transformados em Convenções incluem: liberdade de associação, segurança e saúde no trabalho, trabalho infantil, trabalho decente, segurança do trabalho, igualdade e não-discriminação, trabalho forçado, empregos verdes, migrações, dentre outros. Um dos programas de interesse da OIT é o de Comércio e Emprego, que analisa os efeitos do comércio internacional e investimento estrangeiro e seus impactos sobre emprego e condições do trabalho. - FAO Organização para a Agricultura e Alimentação é a organização da ONU, criada em 1945, responsável para coordenar os esforços internacionais contra a fome, negociando acordos e debater políticas para combater a fome, modernizar e desenvolver a agricultura, a pesca, florestas, bem como políticas de boa nutrição. Suas principais funções são de coordenação de informações de especialistas, coleta e análise de dados sobre agricultura, formulação de políticas agrícolas por especialistas e fornecimento de expertise para os países interessados. A Comissão do Codex Alimentarius foi criada pela FAO em 1963 e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para desenvolver padrões alimentares e recomendações com o objetivo de proteger a saúde dos consumidores e garantir práticas justas de comércio coordenando os trabalhos sobre padronização de alimentos de organizações governamentais e não governamentais. - ISO Organização Internacional de Padronização é responsável pelo desenvolvimento e publicação de padrões internacionais e foi constituída como uma rede de institutos de padronização de 163 países. Foi criada em 1947 como organização nãogovernamental e elo entre o setor público e o privado. Suas funções são de desenvolver padrões que permitam maior eficiência da produção e distribuição de bens e serviços,
9 9 facilitar o comércio entre países, oferecer base técnica para governos da área, disseminar a inovação, proteger os consumidores e oferecer solução para problemas comuns. - Acordos sobre o Meio Ambiente (MEAs). Existem mais de 200 acordos multilaterais, regionais e bilaterais relacionados com o meio ambiente. Cerca de vinte deles contém cláusulas relacionadas ao comércio, ou seja, utilizam o comércio como forma de fazer cumprir os objetivos de conservação e proteção ao meio ambiente. Os mais conhecidos deles são: CITES sobre o comércio internacional de espécies em extinção, Convenção de Diversidade Biológica, Acordo sobre Madeiras Tropicais, Convenção de Viena sobre proteção da camada de ozônio, Convenção da ONU sobre mudanças climáticas e Protocolo de Quioto, ICCAT sobre a conservação do atum do Atlântico, Convenção da Basiléia sobre controle de rejeitos nucleares, dentre outros. - Convenção sobre a Promoção e Proteção da Diversidade Cultural da UNESCO concluída em 2005 tem como objetivo a promoção e a proteção de bens, serviços e pessoas da área da cultura. b) Sistemas preferenciais de comércio (regionais, bilaterais e não-recíprocos) Paralelamente à regulação multilateral derivada da OMC, ganha crescente importância a regulação preferencial criada pelos acordos preferenciais de comércio, que incluem acordos regionais, bilaterais e não-recíprocos, principalmente os centrados nos grandes atores do comércio como UE e nos EUA, com também os acordos negociados por países emergentes como China, Índia, África do Sul e Brasil, bem como da Rússia, ainda em processo de acessão à OMC. O conhecimento de tal regulação é importante não só porque apresenta regras além das estabelecidas pela OMC em várias áreas como serviços, propriedade intelectual e medidas de comércio relacionadas ao investimento (TRIMs), como novas regras para áreas ainda não integradas à OMC como investimento, concorrência, meio ambiente e padrões trabalhistas. Também é importante a análise cuidadosa da tipologia dos acordos preferenciais negociados por parceiros relevantes, uma vez que a ampliação do número de países com acordos em torno de um eixo central acaba determinando padrões de regras que depois serão levadas às instâncias multilaterais. Mais ainda, quando um número significativo de países segue certo modelo de acordo, diminuem os graus de liberdade para a negociação posterior de países interessados em integrarem tal grupo. Assim, o sistema de regulação dos acordos preferenciais de comércio engloba uma densa rede de acordos regionais, bilaterais e não recíprocos, estimados em cerca de 400 acordos pela OMC, e que como a OMC, têm o objetivo de promover o desenvolvimento econômico, não só pela liberalização do comércio, mas também pela integração econômica. Historicamente, a primeira geração de acordos preferenciais visava principalmente à eliminação ou a redução de tarifas; a segunda geração e a atual terceira geração de acordos preferenciais, por sua vez, contêm uma rica variedade de regras sobre
10 10 diversos aspectos do comércio internacional, tendo a OMC como base, mas também sobre outras áreas onde a OMC ainda não acordou regras comerciais. Assim como as gerações de acordos preferenciais de comércio, a literatura também evoluiu e se multiplicou. A primeira geração de estudos, seguindo a escola de Viner, concentrou-se nos efeitos dos acordos preferenciais de comércio sobre a criação de comércio, sobre o desvio de fluxos comerciais e os impactos sobre o sistema multilateral. A segunda geração desenvolveu diversas teorias econômicas para identificar se os acordos preferenciais de comércio eram blocos de construção (building blocs) ou blocos de contenção (stumbling blocs) da liberalização do comércio multilateral. A geração atual de estudos parte dessas abordagens, mas foca no mundo real: analisa cada um dos acordos preferenciais de comércio existentes, examina suas características e identifica quais regras são derivadas da OMC e quais vão além das regras da OMC, para então realizar uma análise da compatibilidade dessas regras com os princípios da OMC, e de como as novas regras poderiam ser multilateralizadas. Entre os principais estudos que seguem essa terceira abordagem, destaca-se o trabalho pioneiro desenvolvido pelo BID e pelo Secretariado da OMC, intitulado Regional Rules in the Global Trading System (Regras Regionais no Sistema de Comércio Internacional), editado por Estevadeordal, Suominen e Teh (2009). O referido estudo desenvolveu um mapeamento analítico das regras regionais e bilaterais em seis temas de comércio: acesso a mercados, defesa comercial, barreiras técnicas, serviços, investimentos e concorrência. Seu objetivo é o de fornecer uma base mais ampla para o debate e para a elaboração de políticas relacionadas aos acordos preferenciais de comércio. A conclusão do estudo lista importantes lições: que os acordos preferenciais de comércio estão se multiplicando e se consolidando; que o regionalismo e o multilateralismo estão sendo construídos simultaneamente; e que os acordos preferenciais de comércio não podem ser ignorados pelo sistema multilateral. Mais significativamente, o estudo salienta que os acordos preferenciais de comércio podem ser utilizados como objetivo político, mas também como instrumento de maior liberalização multilateral. Um segundo estudo relevante é o Multilateralizing Regionalism Challenges for the Global Trading System (Multilateralizando o Regionalismo - Desafios para o Sistema de Comércio Internacional), editado por Baldwin e Low (2009). Esse estudo despertou a atenção para o fato de que a proliferação de acordos preferenciais de comércio está causando incoerência, custos, instabilidade e imprevisibilidade nas relações do comércio internacional. A ideia básica do estudo é que o emaranhado de acordos comerciais sobrepostos acabará por criar um interesse crescente pela multilateralização de tais acordos, os quais se unirão para criar entidades maiores, aproximando-se do um sistema multilateral. Um terceiro estudo relevante trata de famílias de acordos, principalmente dos modelos da UE e da CE. Um estudo é o Beyond the WTO - An anatomy of EU and US preferential trade agreements (Além da OMC - Uma anatomia dos acordos comerciais preferenciais da EU e dos EUA) de Horn, Mavroidis e Sapir, Os autores identificaram as normas existentes nestes acordos e classificaram-nas como regras OMC plus (que aprofundam
11 11 regras multilaterais) e OMC extra (que estão além das regras multilaterais). Em seguida, examinaram se tais regras eram juridicamente vinculantes. Os autores concluíram que os acordos preferenciais de comércio da UE e dos EUA vão muito além dos acordos da OMC; que as regras desses acordos preferenciais de comércio sugerem que UE e os EUA estão utilizando os acordos para exportarem suas próprias abordagens de regulação; e que a UE e os EUA escolheram estratégias diferentes para incluir regras que vão além dos acordos da OMC. Um quarto estudo é o The Rise of Bilateralism: comparing European and American FTAs (O Aumento do Bilateralismo: comparando FTAs europeus e americanos) de Heydon e Woolcock. Esse estudo questiona se os acordos bilaterais são baseados em princípios geralmente aceitos, o que pode significar uma compatibilidade com esforços multilaterais, ou se tais acordos estabelecem padrões distintos que dificultariam uma eventual multilateralização futura. Estas e outras obras consideram a multiplicação dos acordos preferenciais de comércio atuais como um sinal claro de que os membros da OMC estão contornando as regras multilaterais, mas aceitando regras bilaterais, regionais ou não-recíprocas. O problema é que essas regras estão incluindo e disseminando diferentes tipos de disciplinas para o comércio. Existem, nesses acordos, regras já incluídas na OMC (OMC intra), outras mais profundas que as regras da OMC (OMC plus) e algumas fora do âmbito da OMC (OMC extra). Considerando-se o impasse político para concluir a Rodada de Doha, no momento atual, dois cenários podem ser previstos para o futuro próximo: acordos preferenciais de comércio sendo negociados para reforçar as regras da OMC e permitir uma multilateralização geral, ou, ao contrário, para enfraquecer todo o sistema multilateral de regras e tornar a OMC um clube de debates sobre o comércio internacional. A multiplicação dos acordos preferenciais de comércio ao longo dos anos e a variedade de regras neles incluídas demonstram que um exercício de análise sistemática dos principais acordos preferenciais de comércio existentes é de grande interesse, não só para os formuladores da Política de Comércio Externo do Brasil e principais agentes do comércio exterior, os setores produtivos, mas também para acadêmicos interessados na área. c) Sistemas nacionais de comércio Em sequência, a análise da regulação do comércio global deve examinar o amplo sistema de regras derivadas dos marcos regulatórios nacionais dos principais atores internacionais como: União Europeia, Estados Unidos da América, China, Índia, África do Sul e Rússia e demais países de interesse. Tal análise deve identificar não só como as regras nacionais internalizaram as regras multilaterais e preferenciais, mas também como as demais políticas definidas por tais parceiros podem afetar o comércio internacional de terceiros países. Essas regras podem interferir no comércio criando barreiras não só às exportações, como afetando a produção doméstica, via importações. São exemplos as regras do REACH da UE para químicos, as possíveis regras dos EUA e as regras já definidas pela EU para comércio e mudanças
12 12 climáticas, ou as regras em negociação do ACTA sobre proteção à propriedade intelectual. A análise dos sistemas nacionais deve incluir alguns importantes aspectos: - principais características da formulação da Política de Comércio Externo de cada parceiro: que órgãos do governo estão presentes na sua definição, como se articulam os setores privados, como são definidos os interesses nacionais. - principais instrumentos de Política de Comércio Externo: nível tarifários, medidas de defesa comercial, barreiras não-tarifárias. - elementos relevantes de outras políticas relacionadas ao comércio (investimento, propriedade intelectual, concorrência) - elementos relevantes de outras políticas que afetam o comércio (meio ambiente, padrões trabalhistas, direitos humanos) Tal análise permitirá não só a identificação do quadro regulatório nacional dos parceiros mais significativos, como possibilitará um exame de como tais países se articulam para levar aos sistemas preferenciais e ao sistema multilateral as regras que consideram relevantes para defenderem seus interesses. Mais ainda, tal exame deve prosseguir com a análise da compatibilidade de cada regra com os princípios da OMC, e, se for o caso, levantar a questão no Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. III Análise Transversal da Regulação dos Grandes Temas do Comércio Global Uma vez definidos os três grandes sistemas do comércio global, passo seguinte é a análise transversal desses sistemas para cada um dos grandes temas do comércio internacional. Tal se justifica porque os três sistemas formam um quadro de regulação do comércio global que permeia e constrange toda a atividade comercial, devendo ser analisado de maneira transversal, abarcando toda a regulação pertinente. A análise transversal deve incluir não só os princípios gerais do GATT/OMC, como nação mais favorecida, tratamento nacional, transparência, como também a jurisprudência criada nos casos levados ao Órgão de Apelação, uma vez que cada tema/setor do comércio global terá uma aplicação específica de cada princípio. Tais temas devem incluir: Tema 1 Bens agrícolas e regras para o comércio de bens agrícolas O Brasil se transformou, nos últimos anos, em um dos mais importantes exportadores de bens agrícolas mundiais de maior valor agregado. Tal posição permitiu-lhe participar de forma decisiva em fóruns internacionais que envolvem o setor, como na OMC, no âmbito das negociações sobre agricultura, na FAO quando das discussões sobre fome e na UNFCC nas discussões sobre mudança climática. Grande produtor de fontes alternativas
13 13 de energia, o Brasil vem tendo cada vez maior interesse em ser ouvido nas discussões sobre desenvolvimento sustentável. Como grande exportador, o Brasil tem interesse em acompanhar em detalhes as negociações e a elaboração de regras referentes não só a acesso a mercados, mas também sobre qualidade de produtos e sobre medidas sanitárias e fitossanitárias, que vêm se transformando em verdadeiras barreiras protecionistas nos países de maior relevo para as exportações brasileiras. São exemplos de como o Brasil pode utilizar com sucesso o mecanismo de solução de controvérsias da OMC, como forma complementar das negociações internacionais, os principais casos de conflito comercial relativos à agricultura, bem como dos casos sobre açúcar e algodão, que estabeleceram entendimentos importantes sobre regras referentes ao setor agrícola. Sendo assim, o entendimento e a utilização do quadro da regulação internacional sobre agricultura passaram a ser tarefa prioritária para o setor. A primeira fase da análise deve incluir o exame do quadro regulatório multilateral iniciando-se pelas regras do GATT, seguir para o Acordo sobre Agricultura da Rodada Uruguai e incluir os principais avanços em negociação na Rodada de Doha, como sinalização de futuras regras. O exame deve incluir os casos paradigmáticos sobre agricultura levados ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC e das decisões dos painéis e do Órgão de Apelação, que vêm completando a interpretação dos acordos. A segunda fase deve incluir a regulação que está sendo negociada pelos principais atores internacionais nos seus acordos regionais e bilaterais de comércio, principalmente os centrados na EU, EUA, China e Índia. A terceira fase deve incluir a análise do quadro regulatório dos principais atores do comércio global, dentre eles, UE, EUA, China, Índia e África do Sul. A quarta fase da análise, para finalizar, deve incluir o impacto dos quadros regulatórios internacionais e nacionais para o Brasil e a competitividade das empresas brasileiras referentes ao setor agrícola. Em maiores detalhes, a Análise Transversal da Regulação dos bens agrícolas deve abranger: - Regras multilaterais sobre o comércio agrícola estabelecidas nos principais artigos do GATT Art. I (nação mais favorecida), Art. II (Listas de Compromissos), Art. III (tratamento nacional) e Arts. XI e XIII (restrições quantitativas). - Acordo de Agricultura da OMC e as regras sobre acesso a mercados, apoios internos e subsídios a exportações. - Textos em negociação da Rodada de Doha que permitem uma boa visão das novas regras a serem acordadas na área de agricultura e subsídios à pesca. - Principais painéis e decisões do Órgão de Apelação na área, incluindo os casos do algodão, açúcar e frangos, levantados pelo Brasil e considerados de interesse sistêmico.
14 14 - Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias e exame das novas barreiras ao comércio que estão sendo criadas nos mercados de interesse do Brasil como EUA, UE, China, Índia e África do Sul, via normas e padrões para produtos agrícolas. - Acordos sobre Barreiras Técnicas ao Comércio, Inspeção Pré-embarque, Regras de Origem, Licença de Importações e Compras Governamentais e exame das novas barreiras ao comércio que estão sendo criadas nos mercados de interesse do Brasil. - Acordos negociados no âmbito do Codex Alimentarius e seus impactos sobre o comércio. - Regulação estabelecida pelos EUA, UE, China, Índia, África do Sul e Mercosul nos seus principais acordos preferenciais (regionais, bilaterais, não-recíprocos), com ênfase para regras de origem preferenciais. - Quadro regulatório dos principais atores do comércio global, dentre eles, UE, EUA, China, Índia e África do Sul. - Análise do impacto dos quadros regulatórios internacionais e nacionais para o Brasil e a competitividade das empresas brasileiras do setor agrícola. Tema 2 Bens não-agrícolas (industriais, minerais e da pesca) O Brasil também é produtor e exportador de bens de diferentes graus de valor adicionado, como minerais, químicos, têxteis, automóveis e aeronaves. De forma diversa do que ocorre no setor agrícola, onde as importações são reduzidas, a área industrial se defronta com acirrada concorrência de produtores externos, principalmente chineses. Sendo assim, é interesse do Brasil conhecer e utilizar regras internacionais não só para abrir mercados, como usar das mesmas regras para se defender de importações consideradas desleais. O exame do quadro regulatório do comércio internacional deve incluir os artigos do GATT, os artigos referentes a acesso a mercados da OMC, além de diversos acordos relativos à regulação das atividades aduaneiras como valoração, licença de importações e regras de origem não-preferenciais, bem como sobre barreiras técnicas, tema que vem recebendo cada vez maior atenção no cenário internacional. Passo seguinte, a análise deve seguir para o quadro preferencial dos acordos regionais, bilaterais e não-recíprocos. Em seguida para os quadros regulatórios nacionais dos principais parceiros internacionais. Para finalizar, deve incluir o impacto dos quadros regulatórios internacionais e nacionais para o Brasil e a competitividade das empresas brasileiras referentes ao setor não-agrícola. As regras da OMC vêm passando por significativo processo de interpretação pelos painéis e Órgão de Apelação do mecanismo de solução de controvérsias. Sendo assim, é relevante uma escolha criteriosa e a análise de casos considerados com implicações sistêmicas. A Análise Transversal da Regulação dos bens não agrícolas deve incluir: - Principais artigos do GATT relevantes para as áreas industriais, de minerais e da pesca Art. I (nação mais favorecida), Art. II (Listas de Compromissos), Art. III (tratamento
15 15 nacional), Art. V (liberdade de trânsito), Art. VII (valoração aduaneira), Art. XI e XIII (restrições quantitativas). - Textos em negociação sobre o Acordo sobre Acesso a Mercados da Rodada de Doha. - Principais painéis e decisões do Órgão de Apelação na área. - Acordos sobre Barreiras ao Comércio, Inspeção Pré-embarque, Regras de Origem, Licença de Importações, Compras Governamentais e exame das novas barreiras ao comércio que estão sendo criadas nos mercados de interesse do Brasil. - Acordos negociados no âmbito da ISO sobre normas e padrões internacionais. - Regulação estabelecida pelos EUA, UE, China, Índia, África do Sul e Mercosul nos seus principais acordos preferenciais, com ênfase para regras de origem. - Quadros regulatórios nacionais dos principais atores do comércio global, dentre eles, UE, EUA, China, Índia, África do Sul e Mercosul. - Análise do impacto dos quadros regulatórios internacionais e nacionais para o Brasil e a competitividade das empresas brasileiras: setor industrial, setor extrativo mineral e setor da pesca. Tema 3 Regras de defesa comercial: antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas Com o crescimento do comércio internacional, também aumenta o interesse dos parceiros internacionais por medidas de defesa comercial como antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas. O conhecimento detalhado de tais regras é cada vez mais relevante, não só como instrumento de defesa no caso de dano à indústria nacional, como também nos casos em que são utilizadas contra exportações brasileiras. Os temas de defesa comercial vêm recebendo uma atenção especial dos painéis e Órgão de Apelação da OMC. Uma parcela significativa dos casos decididos no OSC é referente à área de defesa comercial. Sendo assim, é relevante uma escolha criteriosa dos casos mais relevantes e bem como uma análise aprofundada. Dentre eles, merece atenção especial os casos referentes ao método de zeragem (zeroing) utilizado na determinação de dumping, em que o OA vem decidindo contra as diversas práticas dos EUA. Exame especial deve ser feito ao tema dos subsídios e suas diferentes modalidades, como subsídios proibidos ou subsídios passíveis de medidas compensatórias. O exame das decisões dos painéis e do Órgão de Apelação da OMC permitirá um entendimento mais detalhado das medidas praticadas pelos demais parceiros internacionais que foram consideradas incompatíveis com as regras da OMC, devendo ser descontinuadas, ou aquelas passíveis de direitos compensatórios. Com tal conhecimento pode ser de interesse na formulação de diversas Políticas como de Comércio Internacional, Industrial e de Desenvolvimento, bem como de Defesa Comercial. Especial atenção deve ser dada aos casos sobre aeronaves (grande e médio porte) Com o advento da crise internacional de 2008, vários países passaram a subsidiar suas atividades industriais, o que certamente afetará as atividades exportadoras. O exame das regras internacionais sobre subsídios permitirá ao Brasil estar preparado para acionar
16 16 esses países, quando tais subsídios passarem a afetar as exportações para mercados de seu interesse. A Análise Transversal da Regulação das regras de defesa comercial deve incluir: - Principais artigos do GATT relevantes para a área de defesas comercial: Art. VI (antidumping e medidas compensatórias), Art. XVI (Subsídios) e Art. XIX (Salvaguardas). - Acordos sobre Antidumping, Subsídios e Salvaguardas da OMC. - Textos em negociação sobre os Acordos de Antidumping e Subsídios da Rodada de Doha. - Principais painéis e decisões do Órgão de Apelação na área, incluindo o caso aeronaves entre Brasil e Canadá, e entre EUA e EU, considerados casos com implicações sistêmicas. - Regulação estabelecida pelos EUA e UE nos seus principais acordos preferenciais (inclusão pelos EUA de cláusula sobre zeragem em antidumping). - Quadros regulatório nacionais dos principais atores do comércio global, dentre eles, UE, EUA, China, Índia e África do Sul. - Análise do impacto dos quadros regulatórios internacionais e nacionais para o Brasil e a competitividade das empresas brasileiras. Tema 4 - Serviços As atividades referentes ao comércio internacional de serviços vêm crescendo de forma mais acelerada que o comércio de bens, e vêm representando parcela cada vez mais significativa na Balança Comercial dos grandes parceiros internacionais. O quadro regulatório internacional na área é mais recente que o de bens, e só foi incluído na OMC com a Rodada Uruguai. Por outro lado, a liberalização do setor tem se acelerado de forma autônoma, por pressão da demanda doméstica dos avanços tecnológicos. Setores como o financeiro, telecomunicações, turismo, transporte, construção civil, serviços profissionais, entrega rápida, dentre outros, vem exercendo cada vez maior parcela de suas atividades no contexto internacional, o que cria uma necessidade especial para o conhecimento da regulação internacional dessa área. São relevantes para a análise os diferentes modos de prestação de serviços: modo 1 transfronteira; modo 2 movimento de consumidores; modo 3 presença local; e modo 4 movimento de prestadores. Para cada modo, os países negociaram segmentos de forma diversificada, especificando condições para a sua liberalização. Como o movimento de serviços não é controlado na fronteira, mas via regulação doméstica, o exame do comércio de serviços se torna muito mais complexo que o de bens. As decisões de painéis e do Órgão de Apelação nesta área é menos densa, mas assim mesmo, importantes casos foram levados ao OSC na área de telecomunicações e de jogos via internet.
17 17 A liberalização de muitos segmentos de serviços está sendo feita de forma acelerada, fora do contexto da OMC, no âmbito dos acordos preferenciais (regionais, bilaterais e nãorecíprocos) centrados principalmente na UE e nos EUA. Sendo assim, é relevante uma análise mais detalhada dos acordos desses dois blocos, mas também de países de interesse para o Brasil como China, Índia, Indonésia e África do Sul, além do Mercosul. A Análise Transversal da Regulação de serviços deve incluir: - Acordo sobre Serviços (GATS) da OMC. - Textos em negociação sobre as novas concessões de liberalização oferecidas na Rodada de Doha. - Principais painéis e decisões do Órgão de Apelação na área, incluindo o caso telecomunicação entre México e EUA e o caso jogos de azar entre Barbuda e EUA. - Regulação estabelecida pelos EUA, UE, China, Índia e África do Sul nos seus principais acordos preferenciais e exame das propostas de liberalização oferecidas nesses acordos. - Quadros regulatórios nacionais dos principais atores do comércio global, dentre eles, UE, EUA, China, Índia e África do Sul. - Análise do impacto dos quadros regulatórios internacionais e nacionais para o Brasil e a competitividade das empresas brasileiras na área dos serviços. Tema 5 Tema relacionado ao comércio: propriedade intelectual A área da propriedade intelectual vem desempenhando papel de destaque no comércio internacional, não só pelo comércio do próprio produto do conhecimento sob a forma da exploração de patentes, mas também pela proteção do conhecimento (marcas, patentes, direito do autor, desenho, dentre outras), via comércio internacional. Na OMC a área é regulada por meio do Acordo sobre Aspectos da Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio (TRIPs). Segmento sensível é o referente à comercialização de fármacos e o trânsito de tais insumos, que foram tratados de forma especial na Decisão Ministerial da OMC sobre Saúde Pública e TRIPs (2001). Casos recentes levados ao Órgão de solução de Controvérsias permitiram que painéis e Órgão de Apelação decidissem questões importantes relacionadas ao TRIPs. Como na área de serviços, os grandes parceiros internacionais vêm procurando estabelecer regulação mais densa do que a determinada pelo TRIPs por meio de acordos preferenciais de comércio. É relevante, assim, um exame mais detido dos acordos dos principais parceiros do Brasil. A Análise Transversal da Regulação de propriedade intelectual deve incluir: - Principais acordos no quadro regulatório da propriedade intelectual: direito do autor, marcas, patentes, desenho, informações confidenciais, dentre outros. - Acordo sobre Propriedade Intelectual relacionada ao Comércio (TRIPs) da OMC.
O MULTISSISTEMA DA REGULAÇÃO DO COMÉRCIO GLOBAL: proposta de novo referencial teórico e nova metodologia de análise 1
O MULTISSISTEMA DA REGULAÇÃO DO COMÉRCIO GLOBAL: proposta de novo referencial teórico e nova metodologia de análise 1 I Uma nova abordagem para a regulação do comércio internacional Vera Thorstensen 2
Leia maisCOMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011
COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 1 Krugman & Obtstfeld (2005) Cap. 9 OMC Entendendo la OMC (www.wto.org) 2 INTERESSE DO EXPORTADOR Identificação Barreiras e Ações
Leia maisParte 1 TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Sumário Parte 1 TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL Capítulo 1 Abordagens Analíticas do Comércio Internacional... 3 1.1. Uma breve abordagem histórica... 3 1.2. Teorias Clássicas... 7 1.2.1. Teoria das Vantagens
Leia maisORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO - OMC
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO - OMC Bretton Woods 1944: Ainda antes do final da Segunda Guerra Mundial, chefes de governo resolveram se reunir buscando negociar a redução tarifária de produtos e serviços.
Leia maisComércio Internacional para Concursos Guia de estudos Série Teoria e Questões
Comércio Internacional para Concursos Guia de estudos Série Teoria e Questões CAPÍTULO 1 POLÍTICAS COMERCIAIS. PROTECIONISMO E LIVRE CAMBISMO. COMÉRCIO INTERNACIONAL E CRESCIMENTO ECONÔMICO. BARREIRAS
Leia maisSumário. Parte 1. Capítulo 1 Abordagens Analíticas do Comércio Internacional. Capítulo 2 Políticas Comerciais
Sumário Parte 1 Capítulo 1 Abordagens Analíticas do Comércio Internacional 1.1. Uma breve abordagem histórica 1.1.1. A Passagem do Protecionismo para o Liberalismo 1.2. Teorias Clássicas 1.2.1. Teoria
Leia maisAS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS E A AGRICULTURA FAMILIAR. Lic. Andrés Bancalari
AS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS E A AGRICULTURA FAMILIAR Lic. Andrés Bancalari AGENDA PRIMEIRA PARTE: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO SEGUNDA PARTE: OS ACORDOS DE LIVRE COMÉRCIO(ALCouTLC)EOMERCOSUL TERCEIRA
Leia maisCapítulo 1 Conceitos. Capítulo 2 Abordagens Analíticas do Comércio Internacional
Sumario Capítulo 1 Conceitos 1.1. Importação 1 1.2. Nacionalização 2 1.3. Exportação 3 1.4. Industrialização 4 1.5. Reexportação 5 1.6. Reimportação 6 1.7. Admissão Temporária 7 1.8. Relações de Troca
Leia maisOMC e CEE 27/05/2019 1
OMC e CEE 27/05/2019 1 O Multilateralismo Além dos acordos bilaterais e da constituição de blocos regionais, a liberalização do comércio é alcançada por tratados internacionais envolvendo a participação
Leia maisCOMÉRCIO INTERNACIONAL
COMÉRCIO INTERNACIONAL ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (OMC): textos legais, estrutura, funcionamento. 2.1. O Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio (GATT-1994); princípios básicos e objetivos. 2.2. O Acordo
Leia maisItens do Edital. responsabilidade fiscal. 2.5 Teoria e Política monetária Funções da moeda Criação e distribuição de moeda.
Curso de - Prof. Marcello Bolzan - Macroeconomia Formato Aula Temas do Edital Itens do Edital 2.1.2 Determinação da renda, do produto e dos preços 2.1.1 Os conceitos de renda e produto. 2.3.1 Gastos e
Leia maisPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO Organização para a Cooperação e Desenvolvimento e Governança Corporativa Jerônimo Henrique Portes Prof. Arnoldo José de Hoyos Guevara PUC-SP 2018 O que é?
Leia maisMULTILATERALISMO COMERCIAL EM XEQUE: QUE REGULAÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL NO SÉCULO XXI?
MULTILATERALISMO COMERCIAL EM XEQUE: QUE REGULAÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL NO SÉCULO XXI? Ivan Tiago Machado Oliveira * Vera Thorstensen ** 1 INTRODUÇÃO O sistema multilateral de comércio, criado no
Leia maisDepartamento de Negociações Internacionais Secretaria de Comércio Exterior Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Departamento de Negociações Internacionais Secretaria de Comércio Exterior Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Márcio Luiz de Freitas Naves de Lima Diretor do Departamento de Negociações
Leia maisDIÁLOGO DA INDÚSTRIA COM CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
DIÁLOGO DA INDÚSTRIA COM CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA José Rubens De La Rosa Presidente, Marcopolo 30/07/2014 1 O Brasil tem oportunidades, mas para aproveitá-las precisa vencer alguns desafios
Leia maisWorkshop: ESTRATÉGIAS PARA A NORMALIZAÇÃO. Fiesp
Workshop: ESTRATÉGIAS PARA A NORMALIZAÇÃO Fiesp São Paulo 23 de Fevereiro de 2015 ABNT ISO OMC/TBT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT Fundada em 1940 Associação privada, sem fins lucrativos
Leia maisPerspectivas para a economia brasileira nos próximos anos
Perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos Perspectivas para a indústria e para as exportações Ministro Marcos Pereira Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Brasília, 19 de
Leia maisCobertura de, aproximadamente, 7% do PIB mundial
São Paulo Brasil I Outubro 2015 Comércio e Investimento Comércio e Investimento Acordos comerciais em vigor Acordos comerciais assinados, que ainda não entraram em vigor Acordos de Cooperação em Investimento
Leia maisDireitos de propriedade intelectual nos acordos de comércio
Direitos de propriedade intelectual nos acordos de comércio Fabrizio Panzini Gerente de Negociações Internacionais Gerência Executiva de Assuntos Internacionais Agenda Internacional da Indústria: guia
Leia maisPolíticas comercial e industrial: o hiperativismo do primeiro biênio Dilma. Sandra Polónia Rios Pedro da Motta Veiga
Políticas comercial e industrial: o hiperativismo do primeiro biênio Dilma Sandra Polónia Rios Pedro da Motta Veiga Junho de 2013 Estrutura: 1. As políticas comercial e industrial: contexto e principais
Leia maisCOMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1º SEMESTRE 2014
COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1º SEMESTRE 2014 1 OMC Entendendo la OMC (www.wto.org) 2 Faixas 0%-4% Brasil 65 0,7% EUA 5.838 67% UE 5.276 63% India 1, 2 117 4% África do Sul
Leia maisMaster em Regulação do Comércio Global. Master in International Trade Regulation (MITRE)
Proposta de curso de pós-graduação Escola de Economia de São Paulo da FGV Master em Regulação do Comércio Global Master in International Trade Regulation (MITRE) OU Coordenadores: Vera Thorstensen (EESP)
Leia maissoluções estratégicas em economia
soluções estratégicas em economia os desafios do Brasil frente aos acordos de comércio internacional dezembro 2007 roteiro 1. pano de fundo: evolução recente do comércio exterior brasileiro 2. mapa das
Leia maisO Brasil e os acordos comerciais: Hora de repensar a estratégia? Fórum Estadão Brasil Competitivo Comércio Exterior São Paulo, 15 de outubro de 2013
O Brasil e os acordos comerciais: Hora de repensar a estratégia? Fórum Estadão Brasil Competitivo Comércio Exterior São Paulo, 15 de outubro de 2013 O cenário internacional na primeira década do século
Leia maisDIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sujeitos de Direito Internacional Público: O sistema das Nações Unidas. Organizações internacionais especializadas da ONU. Parte 8 Prof. Renata Menezes Organizações Internacionais
Leia maisCaminhos para melhorar o acesso a mercado das exportações brasileiras
Caminhos para melhorar o acesso a mercado das exportações brasileiras Fórum Estadão de Competitividade Carlos Eduardo Abijaodi Diretor de Desenvolvimento Industrial Confederação Nacional da Indústria 1
Leia maisDIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Mercosul 1ª parte Prof.ª Raquel Perrota 1. Noções preliminares - Surgido no contexto de redemocratização e reaproximação dos países da América Latina ao final da década de
Leia maisIntegração econômica: Mercado comum e desafios da moeda comum
Integração econômica: Mercado comum e prof.dpastorelli@usjt.br Mestre em Economia Graduado em História e Pedagogia visão geral intensificação a partir do término da II Guerra período anterior foi marcado
Leia maisACORDO DE COMÉRCIO PREFERENCIAL ENTRE O MERCOSUL E A REPÚBLICA DA ÍNDIA
ACORDO DE COMÉRCIO PREFERENCIAL ENTRE O MERCOSUL E A REPÚBLICA DA ÍNDIA A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai, Estados Parte
Leia mais2º Seminário sobre Comércio Internacional CNI-IBRAC Política Comercial no Novo Governo
2º Seminário sobre Comércio Internacional CNI-IBRAC Política Comercial no Novo Governo André Alvim de Paula Rizzo Secretário Executivo da CAMEX Confederação Nacional da Indústria - CNI Brasília, 12 de
Leia maisNegociações de Acordos de COGEA - SEAIN
Negociações de Acordos de Compras Governamentais COGEA - SEAIN Introdução Para atingir seus objetivos, os entes governamentais devem destinar recursos públicos para a aquisição de bens, serviços e obras
Leia maisConselho de Ministros
Conselho de Ministros Décima Terceira Reunião 18 de outubro de 2004 Montevidéu - Uruguai ALADI/CM/Resolução 59 (XIII) 18 de outubro de 2004 RESOLUÇÃO 59 (XIII) BASES DE UM PROGRAMA PARA A CONFORMAÇÃO PROGRESSIVA
Leia maisBlocos Econômicos e a Globalização, a Competitividade da Agroindústria no Brasil.
Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agronômicas Depto. de Economia, Sociologia e Tecnologia Blocos Econômicos e a, a da Agroindústria no Brasil. Núria Rosa Gagliardi Quintana Engenheira
Leia maisMERCOSUL: SUA IMPORTÂNCIA E PRÓXIMOS PASSOS
MERCOSUL: SUA IMPORTÂNCIA E PRÓXIMOS PASSOS ênfase na integração microeconômica implementação de missões e estruturas comerciais conjuntas harmonização legislativa em áreas como defesa da concorrência
Leia maisA ECONOMIA MUNDIAL E NA AMÉRICA DO SUL E O AGRONEGÓCIO 3 FORO DE AGRICULTURA DA AMÉRICA DO SUL. Eugenio Stefanelo
A ECONOMIA MUNDIAL E NA AMÉRICA DO SUL E O AGRONEGÓCIO 3 FORO DE AGRICULTURA DA AMÉRICA DO SUL Eugenio Stefanelo ECONOMIA MUNDIAL PIB em % ao ano: Média de 50 anos: 3,5% 2004 a 2007: 5% 2008 e 2009: 3,1%
Leia maisIV WORKSHOP DO INFOSUCRO / IE-UFRJ MESA 3: COMÉRCIO INTERNACIONAL, BARREIRAS E POLÍTICAS MARTA LEMME (IE-UFRJ) NOVEMBRO/2011
IV WORKSHOP DO INFOSUCRO / IE-UFRJ MESA 3: COMÉRCIO INTERNACIONAL, BARREIRAS E POLÍTICAS MARTA LEMME (IE-UFRJ) NOVEMBRO/2011 1 Imposto de Importação Barreiras Não Tarifárias Alíquotas Ad Valorem Alíquotas
Leia maisIDH e Globalização. Uma longa viagem começa com um único passo (Lao Tsé).
IDH e Globalização. Uma longa viagem começa com um único passo (Lao Tsé). O termo está vinculado à situação econômica e social das nações ricas ; Para atingir este estado, um país precisa de: 1. Controle
Leia maisORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
A ONU ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS Criada em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, surgiu para estabelecer regras de convivência e solucionar divergências entre os países de forma pacífica; Tem sede em
Leia maisAtividades do MAPA: Barreiras não tarifárias
Atividades do MAPA: Barreiras não tarifárias CBTC* - São Paulo/SP Helena Queiroz Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio SRI/MAPA *CBTC: Comitê Brasileiro de Barreiras Técnicas ao Comércio
Leia maisIntegração regional Fundamentos
Integração regional Fundamentos Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ reinaldogoncalves1@gmail.com Bibliografia básica R. Baumann, O. Canuto e R. Gonçalves Economia Internacional. Teoria e Experiência
Leia maisABINEE TEC Acordos Comerciais Internacionais
Acordos Comerciais Internacionais Acordos Comerciais Internacionais: Perspectivas, Desafios, Riscos e Oportunidades Área de Livre Comércio das Américas ALCA Conselheiro Tovar da Silva Nunes Chefe da Divisão
Leia maisB. IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA MUNDIAL E DO PLANO DE AÇÃO SOBRE SAÚDE PÚBLICA, INOVAÇÃO E PROPRIEDADE INTELECTUAL
Página 6 B. IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA MUNDIAL E DO PLANO DE AÇÃO SOBRE SAÚDE PÚBLICA, INOVAÇÃO E PROPRIEDADE INTELECTUAL 17. Neste relatório de progresso se destina a oferecer uma visão integral da maneira
Leia maisPerspectivas do Comércio Exterior Brasileiro
Reunião de Diretoria e Conselhos da Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB Perspectivas do Comércio Exterior Brasileiro Secretária de Comércio Exterior Ministério da Indústria, Comércio Exterior
Leia maisRegimes de Negociação Comercial Internacional e a atuação brasileira RNCI Prof. Diego Araujo Azzi
Regimes de Negociação Comercial Internacional e a atuação brasileira RNCI 2018.1 Prof. Diego Araujo Azzi Para além do multilateralismo comercial: outras instâncias de negociações Aula 12 (03.04) Mega-regionalismo
Leia maisComércio internacional e negociações multilaterais
Comércio internacional e negociações multilaterais Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ reinaldogoncalves1@gmail.com 1 Sumário 1. Determinantes da evolução do comércio 2. Negociações multilaterais:
Leia maisRelações Econômicas Brasil-China: Oportunidades de Investimentos na Indústria Brasileira
Relações Econômicas Brasil-China: Oportunidades de Investimentos na Indústria Brasileira Jorge Arbache Universidade de Brasília Seminário Empresarial 40 Anos de Parceria Brasil-China Brasília, 16 de julho
Leia maisIBES. Disciplina: Geopolítica Professora: Fernanda Tapioca Ministrada dia INTEGRAÇÃO ECONOMICA
IBES Disciplina: Geopolítica Professora: Fernanda Tapioca Ministrada dia 08.04.14 INTEGRAÇÃO ECONOMICA Sumário: 1. Conceito/ Significado 2. Espécies: nacional, internacional e mundial 3. Integração econômica
Leia maisLivre comércio X proteção. Política comercial estratégica
Livre comércio X proteção Política comercial estratégica Política comercial estratégica Ação governamental para alterar jogo estratégico. Conflito e cooperação na política comercial; Guerra comercial traz
Leia maisO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA ÁREA DO MERCOSUL
O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA ÁREA DO MERCOSUL António Carlos Nasi Presidente Asociación Interamericana de Contabilidad 1. ANTECEDENTES As primeiras idéias sobre a integração latino-americana nasceu com
Leia maisAgenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os ODS
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os ODS Haroldo Machado-Filho Assessor Senior do PNUD no Brasil e Coordenador do Grupo Assessor do Sistema ONU Brasil para a Agenda 2030 1 Índice de Desenvolvimento
Leia maisBALANÇOS Novas oportunidades e aumento nas exportações
BALANÇOS 2018 Novas oportunidades e aumento nas exportações DAS EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS* MUNDIAIS Principais exportadores e participação no comércio (2017) 7,2% SAÍRAM DO BRASIL EU 14,0% EUA 13,0% BRASIL
Leia maisDefinição Compreende-se por o processo de integração e interdependência entre países em seus aspectos comerciais, financeiros, culturais e sociais. A
Definição Compreende-se por o processo de integração e interdependência entre países em seus aspectos comerciais, financeiros, culturais e sociais. A globalização surgiu por necessidade primária do e na
Leia maisPROJETO DE PESQUISA INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO DO BRASIL: QUAL DEVE SER A ESTRATÉGIA DO GOVERNO PARA ?
PROJETO DE PESQUISA INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO DO BRASIL: QUAL DEVE SER A ESTRATÉGIA DO GOVERNO PARA 2015-18? Introdução A indústria é um setor vital para o desenvolvimento do Brasil. Mesmo
Leia maisO papel das negociações comerciais na agenda econômica do futuro governo
O papel das negociações comerciais na agenda econômica do futuro governo Sandra Polônia Rios * Logo após tomar posse, o próximo governo do Brasil deverá enfrentar o desafio de redefinir as estratégias
Leia maisRELAÇÕES INTERNACIONAIS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS 2 AÇÕES E CONQUISTAS 2016 1. Representação e Defesa de Interesses Lançamento da Rede Agropecuária de Comércio Exterior (InterAgro) em agosto de 2016, foi realizado o lançamento
Leia maisANEXO DECLARAÇÃO PRESIDENCIAL DOS PAÍSES DA ALIANÇA DO PACÍFICO E DO MERCOSUL
ANEXO DECLARAÇÃO PRESIDENCIAL DOS PAÍSES DA ALIANÇA DO PACÍFICO E DO MERCOSUL Plano de Ação de Puerto Vallarta entre os países da Aliança do Pacífico e do MERCOSUL Com o objetivo de complementar e ampliar
Leia maisOferecimento Fábrica de Camisas Grande Negão
Oferecimento Fábrica de Camisas Grande Negão ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS PROFº CLAUDIO F GALDINO GEOGRAFIA Organização Internacional J São instituições criadas por países (estados soberanos), regidas por
Leia maisPARLAMENTO EUROPEU Comissão do Comércio Internacional PROJETO DE PARECER
PARLAMENTO EUROPEU 2014-2019 Comissão do Comércio Internacional 2014/0086(NLE) 5.9.2014 PROJETO DE PARECER da Comissão do Comércio Internacional dirigido à Comissão dos Assuntos Externos sobre a proposta
Leia maisO TRIPS ainda é relevante? A OMC ainda é relevante? Qual o futuro do comércio internacional dos bens incorpóreos?
O TRIPS ainda é relevante? A OMC ainda é relevante? Qual o futuro do comércio internacional dos bens incorpóreos? Questões Para Debate O Projeto Piloto Patent Prosecution Highway e seu potencial conflito
Leia maisComércio Agrícola e Negociações Internacionais Alinne Oliveira e Camila Sande 1º Seminário 16 de agosto de 2016
Comércio Agrícola e Negociações Internacionais Alinne Oliveira e Camila Sande 1º Seminário 16 de agosto de 2016 AGENDA 1. A Política Comercial Brasileira 2. Níveis de Integração Comercial 3. O Mercosul
Leia maisGEOGRAFIA MÓDULO 19. A Relação do Brasil e os Organismos Internacionais ONG s, ONU, OIT e Direitos Humanos. Professor Vinícius Moraes
GEOGRAFIA Professor Vinícius Moraes MÓDULO 19 A Relação do Brasil e os Organismos Internacionais ONG s, ONU, OIT e Direitos Humanos As relações do Brasil com organismos internacionais, como já debatido
Leia maisMÓDULO VI. A União Europeia. e os Desafios do Século XXI. União Europeia. Fundo Social Europeu
MÓDULO VI A e os Desafios do Século XXI O papel da no Mundo Ajuda ao Desenvolvimento PESC Processo de integração Manutenção da Paz Democracia uro Direitos Humanos Globalização Criminalidade Justiça Mercado
Leia maisDiretrizes da Nova Política de Comércio Exterior Medidas para Ampliar a Competitividade
Diretrizes da Nova Política de Comércio Exterior Medidas para Ampliar a Competitividade Alessandro Golombiewski Teixeira Secretário-Executivo do MDIC Rio de Janeiro, Agosto de 2011 Introdução 1 Panorama
Leia maisOs Instrumentos de Defesa Comercial
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria de Comércio Exterior Departamento de Defesa Comercial Os Instrumentos de Defesa Comercial Marco César Saraiva da Fonseca Coordenador-Geral
Leia maisORGANISMOS MULTILATERAIS TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR SISTEMA BRETTON WOODS
ORGANISMOS MULTILATERAIS TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR SISTEMA BRETTON WOODS - Atuação segundo orientações estratégicas - Adotar normas comuns de comportamento político, social, etc. Planejar e concretizar
Leia maisO Brasil de hoje e perspectivas para o futuro na visão do MDIC
O Brasil de hoje e perspectivas para o futuro na visão do Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul Marcos Pereira Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Caxias do Sul, 02
Leia maisDepartamento de Negociações Internacionais (DNI) Divisão de Negociações Extra-Regionais do Mercosul -I (DNC I)
Acordos Extra-Regionais no âmbito do MERCOSUL: Oportunidades de Negócios para a Região Amazônica Francisco Cannabrava Departamento de Negociações Internacionais Ministério i i das Relações Exteriores Departamento
Leia maisNove áreas temáticas do programa
Nove áreas temáticas do programa Com base no Plano de Ação FLEGT da União Europeia, a gerência do programa estabeleceu nove áreas temáticas apoiadas pelo programa. Sob cada tema, há uma lista indicativa
Leia maisPrograma de Trabalho
Programa de Trabalho 2018-2019 Tributação no comércio exterior Reintegra Atuar junto ao governo para retomar a alíquota de 2% em 2018 e assegurar a manutenção do Regime para os próximos anos, com alíquota
Leia maisDECLARAÇÃO SOBRE COOPERAÇÃO EM COMÉRCIO E INVESTIMENTO E PLANO DE AÇÃO OS ESTADOS DA AELC OS ESTADOS MEMBROS DO MERCOSUL
DECLARAÇÃO SOBRE COOPERAÇÃO EM COMÉRCIO E INVESTIMENTO E PLANO DE AÇÃO entre OS ESTADOS DA AELC e OS ESTADOS MEMBROS DO MERCOSUL Genebra, 12 December 2000 Florianópolis, 15 December 2000 ASSOCIAÇÃO EUROPÉIA
Leia maisCOMÉRCIO INTERNACIONAL
COMÉRCIO INTERNACIONAL PRÁTICAS DESLEAIS DE COMÉRCIO: Defesa comercial. Medidas Antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas comerciais Ponto 6 do programa AFRFB Prof.Nelson Guerra CONCEITOS No Brasil,
Leia maisUniversidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez
Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON Economia Ecológica Professor Rodrigo Nobre Fernandez Capítulo 11 Comércio e meio ambiente evidências do setor agroexportador brasileiro
Leia maisDOCUMENTO DE TRABALHO AFECTAÇÃO ESTRATÉGICA DO ESPAÇO ORÇAMENTAL. Segmentos operacionais
AFR/RC64/PSC-2/4B 6 de Agosto de 2014 COMITÉ REGIONAL AFRICANO ORIGINAL: INGLÊS SUBCOMITÉ DO PROGRAMA (2) Sexagésima quarta sessão Cotonou, República do Benim, 28 29 de Agosto de 2014 Ponto 5.2 da ordem
Leia maisCOMÉRCIO INTERNACIONAL Sistemas de Preferências (item 3 do Programa) COMÉRCIO INTERNACIONAL Sistema Geral de Preferência
Sistemas Preferenciais e Acordos Regionais: Blocos Econômicos Prof.Nelson Guerra (item 3 do Programa) Preferências: É o percentual de redução na alíquota de imposto do país importador que assinou um acordo
Leia maisestabelecimento de políticas setoriais e macroeconômicas comuns e, como no caso da União Européia, de organismos supranacionais.
1. Introdução A integração regional tem sido uma estratégia adotada por um número cada vez maior de Estados que buscam aumentar sua inserção e poder de barganha em diversas negociações internacionais.
Leia maisIntegração regional: Fundamentos, autonomia e multipolaridade
Integração regional: Fundamentos, autonomia e multipolaridade Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ Bibliografia básica R. Baumann, O. Canuto e R. Gonçalves Economia Internacional. Teoria e Experiência
Leia maisAções Reunião realizada nos dias 13 a 16 de outubro de 2014
R E L A Ç Õ E S I N T E R N A C I O N A I S Órgão Organização Internacional do Trabalho (OIT) Representação Eventual 18ª Reunião Regional Americana da OIT Representante Lidiane Duarte Nogueira Advogada
Leia mais2.5 Desenvolvimento de Mercados
2.5 Desenvolvimento de Mercados Por que Desenvolvimento de Mercados? O mercado influencia a competitividade das empresas. A dimensão do mercado doméstico gera escala, permite a existência de uma base industrial
Leia maisDIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sujeitos de Direito Internacional Público: O sistema das Nações Unidas. Organizações internacionais especializadas da ONU. Parte 9 Prof. Renata Menezes Estrutura: Conferência
Leia maisDIALOGO AFRICANO SOBRE TRIBUTAÇÃO
DIALOGO AFRICANO SOBRE TRIBUTAÇÃO Workshop: A eliminação das tarifas aduaneiras na SADC e EAC: Será que as barreiras não tarifárias seguirão o mesmo caminho? Por: Guilherme Mambo, Autoridade Tributaria
Leia maisMódulo 3 Estratégia de Melhoria da CV. Desenhar um projeto de melhoria da cadeia. cadeia e estratégia. Análise da
Módulo Estratégia de Melhoria da CV Desenhar um projeto de melhoria da cadeia Módulos Delimitação do projeto Análise da cadeia e estratégia Implementação Monitoria 0 Decisão sobre engajamento na promoção
Leia maisComércio e negociações internacionais. Reinaldo Gonçalves
Comércio e negociações internacionais Reinaldo Gonçalves Negociações comerciais internacionais: impasses e perspectivas Tese Os acordos comerciais reduzem o grau de autonomia de políticas orientadas para
Leia maisRELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA MENSAL
RESUMO EXECUTIVO Este relatório apresenta pontos relevantes, levantados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) sobre as perspectivas para o vestuário em 2011. O documento
Leia maisComércio Exterior do Complexo Econômico-Industrial da Saúde
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria-Executiva Comércio Exterior do Complexo Econômico-Industrial da Saúde Ivan Ramalho Secretário-Executivo RIO DE JANEIRO, 19 DE MAIO
Leia maisCARTA DE PRINCÍPIOS Indústria Brasileira de Árvores (Ibá)
CARTA DE PRINCÍPIOS Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), entidade que representa institucionalmente as principais empresas do setor de árvores plantadas, criada
Leia maisProfa. Alicia Ruiz Olalde Política Agrícola e Comércio Internacional
Profa. Alicia Ruiz Olalde Política Agrícola e Comércio Internacional Introdução Durante os séculos de crença no mercantilismo a maioria das nações mantinham altas tarifas e muitas restrições ao comércio
Leia maisDIÁLOGO REGULATÓRIO BRASIL E ARGENTINA
CENTER FOR GLOBAL TRADE AND INVESTMENT STUDIES DIÁLOGO REGULATÓRIO BRASIL E ARGENTINA PANEL 5 AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE São Paulo 11 de junho de 2018 - FIESP DESEMPENHO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DA ALIMENTAÇÃO
Leia maisO Brasil frente à emergência da África: comércio e política comercial
O Brasil frente à emergência da África: comércio e política comercial Pedro da Motta Veiga Katarina P. da Costa Novembro 2011 1 A África se integra ao mundo Primeira década do século XXI: aprofundamento
Leia maisBrazilian Network ACORDOS COMERCIAIS
International Business Centers Brazilian Network ACORDOS COMERCIAIS Abertura Esta cartilha faz parte de um conjunto de materiais de apoio ao empresário brasileiro desenvolvido pela Confederação Nacional
Leia maisv. 01 Política comercial Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ
v. 01 Política comercial Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ reinaldogoncalves1@gmail.com Sumário 1. Política comercial: bidimensional 2. Política comercial: Razões 3. Instrumentos 2 Bibliografia
Leia mais4ª Reunião de Ministros de Agricultura e do Desenvolvimento Agrário do BRICS. DISCURSO DA MINISTRA KÁTIA ABREU Brasília, 13 de março de 2015
4ª Reunião de Ministros de Agricultura e do Desenvolvimento Agrário do BRICS DISCURSO DA MINISTRA KÁTIA ABREU Brasília, 13 de março de 2015 Excelentíssimo Senhor Ilya Shestakov, Vice-Ministro da Agricultura
Leia maisPolítica Externa do Brasil
Política Externa do Brasil A política externa é o conjunto de objetivos políticos que um determinado Estado almeja alcançar nas suas relações com os demais países do mundo. Definição planejada e objetiva
Leia maisMINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DIPLOMÁTICO REPERTÓRIO DE POLÍTICA EXTERNA: POSIÇÕES DO BRASIL
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DIPLOMÁTICO REPERTÓRIO DE POLÍTICA EXTERNA: POSIÇÕES DO BRASIL BRASÍLIA, 2007 Copyright Ministério das Relações Exteriores Brasil. Ministério
Leia maisPT Unida na diversidade PT A8-0238/10. Alteração. Helmut Scholz, Eleonora Forenza, Kateřina Konečná, Curzio Maltese, Martina Michels,
2.9.2015 A8-0238/10 10 Helmut Scholz, Eleonora Forenza, Kateřina Konečná, Curzio Maltese, Martina Michels, Kostadinka Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf Considerando E E. Considerando
Leia maisMADEIRA 2016 O Brasil e as negociações internacionais de comércio. Camila Sande Especialista em Negociações CNA
MADEIRA 2016 O Brasil e as negociações internacionais de comércio Camila Sande Especialista em Negociações CNA 16 de junho de 2016 Agronegócio consumo doméstico e exportação Exportação Consumo Doméstico
Leia maisBARREIRAS COMERCIAIS
International Business Centers Brazilian Network BARREIRAS COMERCIAIS Abertura Esta cartilha faz parte de um conjunto de materiais de apoio ao empreendedor brasileiro desenvolvido pela Confederação Nacional
Leia maisMedidas Sanitárias e Fitossanitárias - SPS
Medidas Sanitárias e Fitossanitárias - SPS Introdução O desenvolvimento do comércio agrícola necessita de garantias quanto à segurança dos alimentos. Produção agropecuária requer medidas de proteção contra
Leia maisOs principais parceiros do Brasil e a agenda de acordos. Lia Valls Pereira. Pesquisadora e economista da Economia Aplicada do IBRE/FGV
TEXTO PARA DISCUSSÃO Os principais parceiros do Brasil e a agenda de acordos Lia Valls Pereira Pesquisadora e economista da Economia Aplicada do IBRE/FGV Outubro de 2012 Os principais parceiros do Brasil
Leia mais