Lit. Semana. Diogo Mendes (Rodrigo Pamplona)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Lit. Semana. Diogo Mendes (Rodrigo Pamplona)"

Transcrição

1 Semana 2 Diogo Mendes (Rodrigo Pamplona) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

2 CRONOGRAMA 10/02 Literatura e arte: conceitos iniciais 16:30 17/02 Gêneros literários: épico/narrativo e dramático 16:30 24/02 Gêneros literários: lírico e ensaístico 16:30

3 Gêneros literários: épico/narrativo e dramático 17 fev 01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto

4 RESUMO A literatura é alicerçada em palavras, que podem se manifestar em versou ou em prosa. Quando falamos em gêneros literários, estamos nos referindo à estruturação e ao conteúdo de um texto. De acordo com as estruturas, os textos podem ser categorizados em gêneros literários distintos: épico/narrativo, dramático e lírico. Atenhamo-nos aos dois primeiros. Personagens São os agentes da trama. Podem exercer funções diferentes na história (protagonistas personagem principal ; antagonista opõe-se ao protagonista; personagens secundários coadjuvantes; personagens terciários apenas preenchem espaços na narrativa, o leitor sabe nada ou muito pouco sobre eles). O gênero épico pode ser chamado de narrativo, mas há pequenas particularidades que os distanciam um pouquinho: ambos narram uma história, mas, pelo próprio nome, um deles conta um grande feito ou acontecimento, uma coisa épica! Entretanto, as características gerais os aproximam bastante. Obs: Os personagens podem ser planos ou circulares, dependendo de sua complexidade. Isto é, suas trajetórias dentro do romance podem evoluir, mudar e causar surpresas no leitor (circulares) ou podem ser previsíveis e até caricatos (planos). Características do gênero épico/narrativo Todo texto desse gênero possui cinco elementos: enredo, narrador, personagens, tempo, espaço. Enredo É a história que se conta. Geralmente, apresenta coerência e verossimilhança seja esta interna ou externa (externa: poderia se concretizar no mundo real; verossimilhança interna: é coerente dentro da realidade da narrativa). Narrador (foco narrativo) Pode ter um ponto de vista de dentro da história, portanto, costuma ser tendencioso (é personagem e a pessoa gramatical utilizada é a primeira); pode apenas relatar a história, por isso, costuma ser imparcial (utiliza a terceira pessoa gramatical). Tempo Linear: segue uma ordem cronológica, começando pelo início, passando pelo meio e chegando ao fim, de acordo com os acontecimentos. Não linear: embaralhamento das sequências através da utilização de flashbacks, por exemplo, ou ainda, começando pelo meio ou pelo fim. OBS: ainda sobre o tempo, quanto ao ritmo, podemos dividir as narrativas em lentas, que apresentam muitas descrições, dando muita ênfase aos adjetivos, ou aceleradas, centradas nas ações e fatos, privilegiando os verbos para conferir agilidade a um romance. Espaço O lugar onde a história se desenvolve. Pode ser real ou imaginário (não existe, foi inventado). 55 O narrador de terceira pessoa pode ser: Observador possui uma visão limitada diante dos fatos da história Onisciente: tem total domínio dos fatos, sabe exatamente tudo o que se passou na história. Tem acesso, inclusive, aos pontos de vista dos personagens. O gênero dramático Este gênero compreende textos que são voltados para a encenação. Neste contexto, drama não significa situação problemática ou comportamento exagerado. Drân, em grego, significa agir. Rubricas são muito comuns nos textos desse gênero. Rubricas são informações referentes à encenação que estão no texto. Veja o exemplo abaixo de O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, no qual tenta-se convencer o padre de batizar um cão:

5 CHICÓ: - Mas padre, não vejo nada de mal em se benzer o bicho. JOÃO GRILO: - No dia em que chegou o motor novo do major Antônio Morais o senhor não benzeu? PADRE: - Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo benze. Cachorro é que eu nunca ouvi falar. CHICÓ: - Eu acho cachorro uma coisa muito melhor do que motor. PADRE: - É, mas quem vai ficar engraçado sou eu, benzendo o cachorro. Benzer motor é fácil, todo mundo faz isso, mas benzer cachorro? JOÃO GRILO: - É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar engraçado é ele e uma coisa é benzer motor do major Antônio Morais e outra benzer o cachorro do major Antônio Morais. PADRE: - (mão em concha no ouvido) Como? JOÃO GRILO: - Eu disse que uma coisa era o motor e outra o cachorro do major Antônio Morais. PADRE: - E o dono do cachorro de quem vocês estão falando é Antônio Morais? JOÃO GRILO: - É. Eu não queria vir, com medo de que o senhor se zangasse, mas o major é TEXTOS DE APOIO rico e poderoso e eu trabalho na mina dele. Com medo de perder meu emprego, fui forçado a obedecer, mas disse o Chicó: o padre vai se zangar. PADRE: - (desfazendo-se em sorrisos) Zangar nada, João! Quem é um ministro de Deus para ter direitos de se zangar? Falei por falar, mas também vocês não tinham dito de quem era o cachorro! JOÃO GRILO: - (cortante) Quer dizer que benze, não é? PADRE: - (a Chicó) Você o que é que acha? CHICÓ: - Eu não acho nada de mais. PADRE: - Nem eu. Não vejo mal nenhum em se abençoar as criaturas de Deus. Ariano Suassuna. Teatro moderno; Auto da compadecida 8 ed., 1971, pp Instância de enunciação: a voz que se manifesta dentro do texto. A instância enunciativa no gênero dramático são os próprios personagens, isto é, não há a presença de um narrador em terceira pessoa. A(s) fala(s) do(s) personagem (ns) conta(m) o(s) acontecimento (s). 56 Texto 1 O arquivo No fim de um ano de trabalho, joão obteve uma redução de quinze por cento em seus vencimentos. O chefe chamou-o e lhe comunicou o segundo corte salarial. Desta vez, a empresa atravessava um período excelente. A redução foi um pouco maior: dezessete por cento. joão era moço. Aquele era seu primeiro emprego. Não se mostrou orgulhoso, embora tenha sido um dos poucos contemplados. Afinal, esforçara-se. Não tivera uma só falta ou atraso. Limitou-se a sorrir, a agradecer ao chefe. No dia seguinte, mudou-se para um quarto mais distante do centro da cidade. Com o salário reduzido, podia pagar um aluguel menor. Passou a tomar duas conduções para chegar ao trabalho. No entanto, estava satisfeito. Acordava mais cedo, e isto parecia aumentar- -lhe a disposição. Dois anos mais tarde, veio outra recompensa. Novos sorrisos, novos agradecimentos, nova mudança. Agora joão acordava às cinco da manhã. Esperava três conduções. Em compensação, comia menos. Ficou mais esbelto. Sua pele tornou-se menos rosada. O contentamento aumentou. Prosseguiu a luta. Porém, nos quatro anos seguintes, nada de extraordinário aconteceu. joão preocupava-se. Perdia o sono, envenenado em intrigas de colegas invejosos. Odiava-os. Torturava-se com a incompreensão do chefe. Mas não desistia. Passou a trabalhar mais duas

6 horas diárias. Uma tarde, quase ao fim do expediente, foi chamado ao escritório principal. Respirou descompassado. Seu joão. Nossa firma tem uma grande dívida com o senhor. ou vestimenta. Vivia nos campos, entre árvores refrescantes, cobria-se com os farrapos de um lençol adquirido há muito tempo. O corpo era um monte de rugas sorridentes. Todos os dias, um caminhão anônimo transportava-o ao trabalho. Quando completou quarenta anos de serviço, foi convocado pela chefia: joão baixou a cabeça em sinal de modéstia. Sabemos de todos os seus esforços. É nosso desejo dar-lhe uma prova substancial de nosso reconhecimento. O coração parava. Além de uma redução de dezesseis por cento em seu ordenado, resolvemos, na reunião de ontem, rebaixá-lo de posto. A revelação deslumbrou-o. Todos sorriam. De hoje em diante, o senhor passará a auxiliar de contabilidade, com menos cinco dias de férias. Contente? Radiante, joão gaguejou alguma coisa ininteligível, cumprimentou a diretoria, voltou ao trabalho. Seu joão. O senhor acaba de ter seu salário eliminado. Não haverá mais férias. E sua função, a partir de amanhã, será a de limpador de nossos sanitários. O crânio seco comprimiu-se. Do olho amarelado, escorreu um líquido tênue. A boca tremeu, mas nada disse. Sentia-se cansado. Enfim, atingira todos os objetivos. Tentou sorrir: Agradeço tudo que fizeram em meu benefício. Mas desejo requerer minha aposentadoria. O chefe não compreendeu: Mas seu joão, logo agora que o senhor está desassalariado? Por quê? Dentro de alguns meses terá de pagar a taxa inicial para permanecer em nosso quadro. Desprezar tudo isto? Quarenta anos de convívio? O senhor ainda está forte. Que acha? 57 Nesta noite, joão não pensou em nada. Dormiu pacífico, no silêncio do subúrbio. Mais uma vez, mudou-se. Finalmente, deixara de jantar. O almoço reduzira-se a um sanduíche. Emagrecia, sentia-se mais leve, mais ágil. Não havia necessidade de muita roupa. Eliminara certas despesas inúteis, lavadeira, pensão. Chegava em casa às onze da noite, levantava- -se às três da madrugada. Esfarelava-se num trem e dois ônibus para garantir meia hora de antecedência. A vida foi passando, com novos prêmios. A emoção impediu qualquer resposta. joão afastou-se. O lábio murcho se estendeu. A pele enrijeceu, ficou lisa. A estatura regrediu. A cabeça se fundiu ao corpo. As formas desumanizaram-se, planas, compactas. Nos lados, havia duas arestas. Tornou-se cinzento. joão transformou-se num arquivo de metal. (Disponível em: vgiudice_arquivo.asp. Acesso em 7 de setembro de 2015.) Aos sessenta anos, o ordenado equivalia a dois por cento do inicial. O organismo acomodara- -se à fome. Uma vez ou outra, saboreava alguma raiz das estradas. Dormia apenas quinze minutos. Não tinha mais problemas de moradia

7 Texto 2 Macbeth (fragmento) (um grito de mulher) SEYTON É um grito de mulher, bom senhor. (Sai.) MACBETH Quase esqueci que gosto tem o medo. Outrora meus sentidos gelariam. Com um guincho à noite; e a minha cabeleira Com um relato de horror ficava em pé, Como se viva. Estou farto de horrores: O pavor, íntimo do meu pensar, Já nem me assusta. Amanhã, e amanhã, e ainda amanhã Arrastam nesse passo o dia a dia Até o fim do tempo pré-notado. E todo o ontem conduziu os tolos À vida em pó da morte. Apaga, vela! A vida é só uma sombra: um mal ator Que grita e se debate pelo palco, Depois é esquecido; é uma história Que conta o idiota, toda som e fúria, Sem querer dizer nada. (William Shakespeare) (Volta Seyton.) SEYTON A rainha está morta, senhor. MACBETH Ela só devia morrer mais tarde; Haveria um momento para isso. EXERCÍCIOS DE AULA FABIANA, arrepelando-se de raiva Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher para minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa... Já não posso, não posso! (Batendo com o pé). Um dia arrebento, e então veremos! PENA, M. Quem casa quer casa. Acesso em: 7 dez As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem: a) necessidade, porque as encenações precisam ser fiéis às diretrizes do autor. b) possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim como outros elementos. c) preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou para a encenação. d) exigência, porque elas determinam as características do texto teatral. e) imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor. 2. LXXVIII (Camões, 1525?-1580) Leda serenidade deleitosa, Que representa em terra um paraíso; Entre rubis e perlas doce riso; Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;

8 Presença moderada e graciosa, Onde ensinando estão despejo e siso Que se pode por arte e por aviso, Como por natureza, ser fermosa; Fala de quem a morte e a vida pende, Rara, suave; enfim, Senhora, vossa; Repouso nela alegre e comedido: Estas as armas são com que me rende E me cativa Amor; mas não que possa Despojar-me da glória de rendido. CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, SANZIO, R. ( ) A mulher com o unicórnio. Roma, Galleria Borghese. Disponível em: Acesso em: 29 fev (Foto: Reprodução/Enem) A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos: a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no poema. b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos adjetivos do poema. c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema. d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos adjetivos usados no poema. e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema. 3. Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracterizada: 1) pela presença de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, ma-

9 neiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio da representação. COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, (Adaptado.) Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se que: 4. a) a criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é possível sua concepção de forma coletiva. b) o cenário onde se desenrola a ação cênica é concebido e construído pelo cenógrafo de modo autônomo e independente do tema da peça e do trabalho interpretativo dos atores. c) o texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances, poesias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros. d) o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante é a expressão verbal, base da comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais. e) a iluminação e o som de um espetáculo cênico independem do processo de produção/recepção do espetáculo teatral, já que se trata de linguagens artísticas diferentes, agregadas posteriormente à cena teatral. Autorretrato falado Venho de um Cuiabá garimpo e de ruelas entortadas. Meu pai teve uma venda de bananas no Beco da Marinha, onde nasci. Me criei no Pantanal de Corumbá, entre bichos do chão, pessoas humildes, aves, árvores e rios. Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar entre pedras e lagartos. Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz. Já publiquei 10 livros de poesia; ao publicá-los me sinto como que desonrado e fujo para o Pantanal onde sou abençoado a garças. Me procurei a vida inteira e não me achei pelo que fui salvo. Descobri que todos os caminhos levam à ignorância. Não fui para a sarjeta porque herdei uma fazenda de gado. Os bois me recriam. Agora eu sou tão ocaso! Estou na categoria de sofrer do moral, porque só faço coisas inúteis. No meu morrer tem uma dor de árvore. BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya,

10 Uma obra literária pode combinar diferentes gêneros, embora, de modo geral, um deles se mostre dominante. O poema de Manoel de Barros, predominantemente lírico, apresenta características de um outro gênero. Identifique esse gênero e cite duas de suas características presentes no poema. 5. Essas coisas verdadeiras podem não ser verossímeis. Com a frase acima, o escritor lembra um princípio básico da literatura: a verossimilhança isto é, a semelhança com a verdade é mais importante do que a verdade mesma. A melhor explicação para este princípio é a de que a invenção narrativa se mostra mais convincente se: a) parecer contar uma história real. b) quer mostrar seu caráter ficcional. c) busca apoiar-se em fatos conhecidos. d) tenta desvelar as contradições sociais. EXERCÍCIOS DE CASA 1. Soneto de fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. 61 E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. (Vinicius de Moraes) Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas. b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor. c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas. d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza. e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.

11 2. O soneto é uma das formas poéticas mais tradicionais e difundidas nas literaturas ocidentais e expressa, quase sempre, conteúdo: a) dramático. b) satírico. c) lírico. d) épico. e) cronístico. 3. Com base no texto abaixo, responda às questões de números 3 e 4 (adaptada). O corpo Acrobata enredado Em clausura de pele Sem nenhuma ruptura Para aonde me leva Sua estrutura? Doce máquina Com engrenagem de músculos Suspiro e rangido O espaço devora Seu movimento (Braços e pernas sem explosão) Engenho de febre Sono e lembrança Que arma E desarma minha morte Em armadura de treva. Armando Freitas Filho 62 No poema, o eu lírico desenvolve, empregando diferentes imagens, a ideia de corpo como clausura. Isso não ocorre no seguinte verso: a) Acrobata enredado (v. 1). b) Sem nenhuma ruptura (v. 3). c) Com engrenagem de músculos (v. 7). d) Em armadura de treva. (v. 17). 4. A concisão é uma das características que mais se destacam na estrutura do poema. Essa concisão pode ser atribuída a: a) Clara ausência de conectivos, explorando a sonoridade do poema. b) Pouco uso de metáforas, enfatizando a fragmentação dos versos. c) Abrupta mudança de versos, reforçando a lógica das ideias. d) Baixa frequência de verbos, exprimindo a inércia do eu lírico. 5. Galinha cega O dono correu atrás de sua branquinha, agarrou-a, lhe examinou os olhos. Estavam direitinhos, graças a Deus, e muito pretos. Soltou-a no terreiro e lhe

12 atirou mais milho. A galinha continuou a bicar o chão desorientada. Atirou ainda mais, com paciência, até que ela se fartasse. Mas não conseguiu com o gasto de milho, de que as outras se aproveitaram, atinar com a origem daquela desorientação. Que é que seria aquilo, meu Deus do céu? Se fosse efeito de uma pedrada na cabeça e se soubesse quem havia mandado a pedra, algum moleque da vizinhança, aí... Nem por sombra imaginou que era a cegueira irremediável que principiava. Também a galinha, coitada, não compreendia nada, absolutamente nada daquilo. Por que não vinham mais os dias luminosos em que procurava a sombra das pitangueiras? Sentia ainda o calor do sol, mas tudo quase sempre tão escuro. Quase que já não sabia onde é que estava a luz, onde é que estava a sombra. GUIMARAENS, J. A. Contos e novelas. Rio de Janeiro: lmago, 1976 (fragmento). Ao apresentar uma cena em que um menino atira milho às galinhas e observa com atenção uma delas, o narrador explora um recurso que conduz a uma expressividade fundamentada na 6. a) captura de elementos da vida rural, de feições peculiares. b) caracterização de um quintal de sítio, espaço de descobertas. c) confusão intencional da marcação do tempo, centrado na infância. d) apropriação de diferentes pontos de vista, incorporados afetivamente. e) fragmentação do conflito gerador, distendido como apoio à emotividade. De domingo Outrossim... O quê? O que o quê? O que você disse. Outrossim? É. O que é que tem? Nada. Só achei engraçado. Não vejo a graça. Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias. Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo. Se bem que parece mais uma palavra de segunda-feira. Não. Palavra de segunda-feira é óbice. Ônus. Ônus também. Desiderato. Resquício. Resquício é de domingo. Não, não. Segunda. No máximo terça. Mas outrossim, francamente... Qual o problema? Retira o outrossim. Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa outrossim. VERISSIMO, L. F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento). 63

13 No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o(a) a) marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias da semana. b) tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em contextos formais. c) caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais. d) distanciamento entre os interlocutores, provocado pelo emprego de palavras com significados pouco conhecidos. e) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por parte de um dos interlocutores do diálogo. QUESTÃO CONTEXTO Auto é uma peça curta, geralmente de cunho religioso. Ariano Suassuna escreveu O Auto da Compadecida, que foi adaptado para o cinema por Guel Arraes. Abaixo, segue um trecho do julgamento pelo qual João Grilo passa ao morrer. Observe as características do texto, explicite-as e diga a que gênero literário ele pertence. 64 ENCOURADO - É, e apesar de todo o aperreio, ele ainda chamou o padre de cachorro bento. A COMPADECIDA - João foi um pobre como nós, meu filho. Teve de suportar as maiores dificuldades, numa terra seca e pobre como a nossa. Não o condene, deixe João ir para o purgatório. JOÃO GRILO - Para o purgatório? Não, não faça isso assim não. [Chamando a Compadecida à parte]. Não repare eu dizer isso mas é que o diabo é muito negociante e com esse povo a gente pede o mais para impressionar. A senhora pede o céu, porque aí o acordo fica mais fácil a respeito do purgatório. A COMPADECIDA - Isso dá certo lá no sertão, João! Aqui se passa tudo de outro jeito! Que é isso? Não confia mais na sua advogada? JOÃO GRILO - Confio, Nossa Senhora, mas esse camarada enrolando nós dois. A COMPADECIDA - Deixe comigo. [a Manuel]. Peço-lhe então, muito simplesmente, que não condene João. MANUEL - O caso é duro. Compreendo as circunstâncias em que João viveu, mas isso também tem um limite. Afinal de contas, o mandamento existe

14 e foi transgredido. A COMPADECIDA - Dê-lhe então outra oportunidade. MANUEL - Como? A COMPADECIDA - Deixe João voltar. MANUEL - Você se dá por satisfeito? JOÃO GRILO - Demais. Para mim é até melhor, porque daqui para lá eu tomo cuidado para a hora de morrer e não passo nem pelo purgatório, para não dar gosto ao cão. A COMPADECIDA - Então fica satisfeito? JOÃO GRILO - Eu fico. Quem deve estar danado é o filho de chocadeira. [O Encourado, furioso, volta-se para João, mas nesse momento, dá um grande grito, deita-se no chão e rasteja até onde está a Virgem para que ela lhe ponha o pé sobre a nuca (cf. Gênesis, 3, 15), saindo depois]. JOÃO GRILO - Que foi que ele teve, meu Deus? 65 A COMPADECIDA - Na raiva, virou-se para você e me viu. JOÃO GRILO - Quer dizer que estou despachado, não é? MANUEL - Não. Vou deixar que você volte, porque minha mãe me pediu, mas só deixo com uma condição. JOÃO GRILO - Qual é? MANUEL - Você me fazer uma pergunta a que eu não possa responder. Pode ser? JOÃO GRILO - Está difícil. MANUEL - É possível, você que é tão esperto? JOÃO GRILO - Mais esperto do que eu é o senhor que me criou. Mas vou tentar sempre. A COMPADECIDA - Isto, João. Tenha coragem, não desanime, que eu estou aqui, torcendo por você. JOÃO GRILO - Então estou garantido. Eu me lembro de que uma vez, quando Padre João estava me ensinando catecismo, leu um pedaço do Evangelho. Lá se dizia que ninguém sabe o dia e a hora em que o dia do Juízo será, nem homem, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho. Somente o Pai é que sabe. Está escrito lá assim mesmo? MANUEL - Está. É no Evangelho de São Marcos, capítulo treze, versículo

15 trinta e dois. JOÃO GRILO - Isso é que é conhecer a Bíblia! O Senhor é protestante? MANUEL - Sou não, João, sou católico. JOÃO GRILO - Pois na minha terra, quando a gente vê uma pessoa boa e que entende de Bíblia, vai ver é protestante. Bom, se o senhor não faz objeção, minha pergunta é esta. Em que dia vai acontecer sua segunda ida ao mundo? MANUEL - João, isso é um grande mistério. É claro que eu sei, mas ninguém entenderia nada, se eu explicasse. Nem posso explicar nada agora, porque você vai voltar e isso faz parte de minha vida íntima com meu Pai. JOÃO GRILO - Então deixe eu ir-me embora. Acredito que o senhor saiba, isso faz parte de sua vida íntima com o senhor seu Pai, mas o que o senhor disse foi que eu podia voltar se lhe fizesse uma pergunta a que o Senhor não pudesse responder. A COMPADECIDA - É verdade, meu filho. MANUEL - Eu sei, mas para que você não fique cheio de si, vou lhe confessar que já sabia que você ia-se sair bem. Minha mãe já tinha combinado tudo comigo, mas você estava precisado de levar uns apertos. Estava ficando muito saído. JOÃO GRILO - Quer dizer que posso voltar? 66 MANUEL - Pode, João, vá com Deus. JOÃO GRILO - Com Deus e com Nossa Senhora, que foi quem me valeu [Ajoelhando-se diante de Nossa Senhora e beijando-lhe a mão]. Até à vista, grande advogada. Não me deixe de mão não, estou decidido a tomar jeito, mas a senhora sabe que a carne é fraca. A COMPADECIDA - Até à vista, João. JOÃO GRILO [beijando a mão de Cristo]. Muito obrigado senhor. Até à vista. MANUEL - Até à vista, João. [João bota o chapéu de palha velho e esburacado na cabeça e vai saindo]. MANUEL - João! JOÃO GRILO - Senhor? MANUEL - Veja como se porta. JOÃO GRILO - Sim senhor [Sai de chapéu na mão, sério curvando-se]. MANUEL - Se a senhora continuar a interceder desse jeito por todos, o inferno vai terminar como disse Murilo: feito repartição pública, que existe mas

16 GABARITO não funciona. Do livro de Ariano Suassuna. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro, Agir, Exercício de aula 1. b 2. c 3. c 4. Narrativo, pois apresenta fatos situados no 5. a tempo e no espaço para contar uma histó- ria e narrador personagem. 03. Questão Contexto O auto é uma peça pequena, o que significa dizer que é um texto teatral escrito para ser encenado. Os personagens, através de ações e falas, fazem a história se desenrolar e as rubricas com informações de encenação corroboram o caráter cênico desse texto que pertence ao gênero dramático. 02. Exercício de casa 1. d 2. c 3. c 4. d 5. d 6. b 67

Gêneros Literários Introdução aos Estilos de Época

Gêneros Literários Introdução aos Estilos de Época Gêneros Literários Introdução aos Estilos de Época Lista de Exercícios 1. (ENEM) Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do

Leia mais

Classes Gramaticais: Palavras Variáveis

Classes Gramaticais: Palavras Variáveis Classes Gramaticais: Palavras Variáveis 1. Observe o uso do artigo nas seguintes frases: I. perdia a sua musculatura estudando em Belém. II. até invejou o fumar do vaqueiro. III. dela a escola era um lombo

Leia mais

COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).

COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado). O ENEM E OS GÊNEROS TEXTUAIS (LITERÁRIOS) (ENEM 2009) Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer

Leia mais

Figuras de Linguagem e Exercícios de Coesão

Figuras de Linguagem e Exercícios de Coesão Figuras de Linguagem e Exercícios de Coesão Figuras de Linguagem e Exercícios de Coesão 1. imóvel. Comente o uso que nela se faz do pronome demonstrativo isso. 2. Auto Retrato Falado Venho de um Cuiabá

Leia mais

Gêneros Literários. Literatura Monitora: Maria Carolina Coelho 16 e 19/02/2016. Material de Apoio para Monitoria. 1. (UFSCAR) Soneto de fidelidade

Gêneros Literários. Literatura Monitora: Maria Carolina Coelho 16 e 19/02/2016. Material de Apoio para Monitoria. 1. (UFSCAR) Soneto de fidelidade Gêneros Literários 1. (UFSCAR) Soneto de fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero

Leia mais

Gêneros Literários. Drama. Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles

Gêneros Literários. Drama. Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles Gêneros Literários Drama Imita a realidade por meio de personagens em ação, e não da narração. Poética de Aristóteles Rituais a Dionísio, Deus grego da arte, da representação e das orgias, no séc. VI a.c;

Leia mais

LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves

LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves LITERATURA: GÊNEROS E MODOS DE LEITURA - EM PROSA E VERSOS; - GÊNEROS LITERÁRIOS; -ELEMENTOS DA NARRATIVA. 1º ano OPVEST Mauricio Neves EM VERSO E EM PROSA Prosa e Poesia: qual a diferença? A diferença

Leia mais

Há quatro GÊNEROS principais e clássicos e mais um gênero moderno (a partir do séc. XIX); são eles:

Há quatro GÊNEROS principais e clássicos e mais um gênero moderno (a partir do séc. XIX); são eles: Gêneros Literários Há quatro GÊNEROS principais e clássicos e mais um gênero moderno (a partir do séc. XIX); são eles: Gênero épico (fatos heroicos) Guerras, batalhas e grandes feitos 3ª pessoa; Expressa

Leia mais

GOIÂNIA, / / PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: LITERATURA. Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações:

GOIÂNIA, / / PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: LITERATURA. Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: GOIÂNIA, / / 2017. PROFESSOR: Daniel DISCIPLINA: LITERATURA SÉRIE: ALUNO(a): No Anhanguera você é + Enem Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: - É fundamental

Leia mais

ENEM 2012 (Questões 114, 115, 116, 117, 118, 119)

ENEM 2012 (Questões 114, 115, 116, 117, 118, 119) (Questões 114, 115, 116, 117, 118, 119) 1. (Questão 114) Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico do Sistema de Biblioteca da UFG, esse cartaz tem função predominantemente:

Leia mais

Lucinda Persona 2 Fragm_Alma_MT.indd 2 22/04/13 09:47

Lucinda Persona 2 Fragm_Alma_MT.indd 2 22/04/13 09:47 Lucinda Persona 2 Fragm_Alma_MT.indd 2 22/04/13 09:47 Fragmentos da Alma Mato-grossense Maria Teresa Carrión Carracedo (Org.) Fragmentos da alma mato-grossense MANOEL DE BARROS SILVA FREIRE WLADEMIR DIAS-PINO

Leia mais

A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA

A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA GÊNEROS LITERÁRIOS A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA Na Antiguidade Clássica os textos literários dividiam em em três gêneros: GÊNERO LÍRICO GÊNERO DRAMÁTICO

Leia mais

Lit. Semana. Diogo Mendes (Maria Carolina)

Lit. Semana. Diogo Mendes (Maria Carolina) Semana 2 Diogo Mendes (Maria Carolina) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. CRONOGRAMA 10/02

Leia mais

Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS

Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS GÊNEROS LITERÁRIOS Gêneros Literários OBRAS LITERÁRIAS: QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS Gêneros Literários GÊNERO ÉPICO (NARRATIVO) = Quando é contada uma história.

Leia mais

QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO I: O ARQUIVO (para as questões de 1 a 5) (GIUDICE, Victor. in NECROLÓGIO - Edições O Cruzeiro, 1972) No fim de um ano de trabalho, joão obteve uma redução de quinze

Leia mais

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 09 1 Altos da Serra Novela de Fernando de Oliveira Escrita por Fernando de Oliveira Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 09 2 CENA 01. DELEGACIA INT. / NOITE Sargento

Leia mais

CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

CONSIDERAÇÕES INICIAIS: CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Está apresentação não tem a intenção de mostrar-se como uma teoria válida para qualquer contesto da Língua Portuguesa. Ela se destina apenas a atender uma solicitação de colegas

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9 ANO 3 BIMESTRE AUTORIA MARISA RODRIGUES DOS REIS Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR O texto gerador é um fragmento da obra Garibaldi e Manoela:

Leia mais

Aulas 21 à 24 TEXTO NARRATIVO

Aulas 21 à 24 TEXTO NARRATIVO Aulas 21 à 24 Prof. Sabrina Moraes TEXTO NARRATIVO Maioritariamente escrito em prosa, o texto narrativo é caracterizado por narrar uma história, ou seja, contar uma história através de uma sequência de

Leia mais

Projeto Pedagógico Qual caminho deve seguir para obter uma infância feliz? Como fazer para compreender a vida em seu momento de choro e de riso?

Projeto Pedagógico Qual caminho deve seguir para obter uma infância feliz? Como fazer para compreender a vida em seu momento de choro e de riso? Projeto de Leitura Título: Maricota ri e chora Autor: Mariza Lima Gonçalves Ilustrações: Andréia Resende Elaboração do Projeto: Beatriz Tavares de Souza Apresentação O livro apresenta narrativa em versos

Leia mais

Uma lição de vida. Graziele Gonçalves Rodrigues

Uma lição de vida. Graziele Gonçalves Rodrigues Uma lição de vida Graziele Gonçalves Rodrigues Ele: Sente sua falta hoje na escola, por que você não foi? Ela: É, eu tive que ir ao médico. Ele: Ah, mesmo? Por que? Ela: Ah, nada. Consultas anuais, só

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 1ª SÉRIE 3º BIMESTRE AUTORIA ELIZAMAR DE SOUZA SILVA Rio de Janeiro 2012 TEXTO GERADOR I O Texto Gerador integra a obra de Marília de Dirceu,

Leia mais

Gêneros Literários. Gêneros Literários Professor: Diogo Mendes 30/05/2014. Empurrão para o ENEM. Texto I

Gêneros Literários. Gêneros Literários Professor: Diogo Mendes 30/05/2014. Empurrão para o ENEM. Texto I Texto I O doutor Urbino agarrou o louro pelo pescoço com um suspiro de triunfo: ça y est. Mas o largou de pronto, porque a escada resvalou sob seus pés e ele ficou um instante suspenso no ar, e então conseguiu

Leia mais

VIRAM UMA GRANDE LUZ. 28 de Novembro de 2011 Ministério Loucura da Pregação. "O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz;

VIRAM UMA GRANDE LUZ. 28 de Novembro de 2011 Ministério Loucura da Pregação. O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; VIRAM UMA GRANDE LUZ 28 de Novembro de 2011 Ministério Loucura da Pregação "O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; 1 / 6 E, aos que estavam assentados na região e sombra da morte,

Leia mais

Os gêneros literários. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

Os gêneros literários. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Os gêneros literários Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra Os gêneros literários O termo gênero é utilizado para determinar um conjunto de obras que apresentam características semelhantes

Leia mais

Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos

Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos narrados. Tempo histórico - refere-se à época ou momento histórico

Leia mais

A Procura. de Kelly Furlanetto Soares

A Procura. de Kelly Furlanetto Soares A Procura de Kelly Furlanetto Soares Peça escrita durante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR. Teatro Guaíra, sob orientação de Andrew Knoll, no ano de 2012. 1 Cadeiras dispostas como se

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Disciplina: Língua Portuguesa / ORIENTAÇÃO DE ESTUDO Ano: 5º - Ensino Fundamental - Data: 6 / 4 / 2018 CONTEÚDO PARA A TRIMESTRAL Leitura e interpretação de texto (conto, lendas,

Leia mais

3º ANO 4º ANO PRODUÇÃO TEXTUAL 4. BIMESTRE / 2018 PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL

3º ANO 4º ANO PRODUÇÃO TEXTUAL 4. BIMESTRE / 2018 PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL AUERBACH, Patrícia. Direitos do pequeno leitor. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2007 PRODUÇÃO TEXTUAL 4. BIMESTRE / 2018 3º ANO Durante este ano, aconteceram muitas coisas com você. Escreva uma história

Leia mais

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 03 1 Altos da Serra Novela de Fernando de Oliveira Escrita por Fernando de Oliveira Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 03 2 CENA 01. CAPELA / CASAMENTO. INTERIOR.

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Fabrício Local: Núcleo de Arte do Neblon Data: 26.11.2013 Horário: 14h30 Duração da entrevista: 20min COR PRETA

Leia mais

Unidade Portugal. Ribeirão Preto, de de AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO DO GRUPO IV 2 o BIMESTRE. João e o pé de feijão

Unidade Portugal. Ribeirão Preto, de de AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO DO GRUPO IV 2 o BIMESTRE. João e o pé de feijão Unidade Portugal Ribeirão Preto, de de 2011. Nome: 2 o ano (1ª série) AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO DO GRUPO IV 2 o BIMESTRE Eixo temático De olho na natureza Disciplina/Valor Português 3,0 Matemática 3,0 Hist./Geog.

Leia mais

Gêneros Literários. Literatura Professor: Diogo Mendes. Material de apoio do Extensivo

Gêneros Literários. Literatura Professor: Diogo Mendes. Material de apoio do Extensivo Gêneros Literários Texto 1 O amor nos tempos do cólera (fragmento) O doutor Urbino agarrou o louro pelo pescoço com um suspiro de triunfo: ça y est. Mas o largou de pronto, porque a escada resvalou sob

Leia mais

Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos

Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos narrados. Tempo histórico - refere-se à época ou momento histórico

Leia mais

Fernanda Oliveira. Vida na margem IMPRIMATUR

Fernanda Oliveira. Vida na margem IMPRIMATUR Fernanda Oliveira Vida na margem IMPRIMATUR Sumário [A linha do horizonte] [Às vezes, eu fico muito solta] [Todo ser humano é sensível] [Eu só queria uma alegria verdadeira] [Nós podemos nos tornar enormes]

Leia mais

MODERNISMO 2ª GERAÇÃO. Por Carlos Daniel S. Vieira

MODERNISMO 2ª GERAÇÃO. Por Carlos Daniel S. Vieira MODERNISMO 2ª GERAÇÃO Por Carlos Daniel S. Vieira CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL Duas guerras mundiais Crack da bolsa (1929) Instabilidade social e política O homem busca esperanças......

Leia mais

Estudo dos gêneros literários

Estudo dos gêneros literários Estudo dos gêneros literários Os gêneros literários são um conjunto de obras que apresentam características semelhantes tanto em termos de forma como conteúdo. Existem três categorias básicas de gênero:

Leia mais

Analisando as falas das personagens, assinale a alternativa que contenha as expressões utilizadas em seu sentido conotativo:

Analisando as falas das personagens, assinale a alternativa que contenha as expressões utilizadas em seu sentido conotativo: LISTA DE LÍNGUA PORTUGUESA P2 Aluno (a): Série: 1º BIMESTRE Professor (a): Leila de Souza Goiânia, / / 2015. Referências para estudo: Capítulos 4 (A construção do sentido) e 5 (Efeitos de Sentido) do Livro

Leia mais

Flávia Lêda. Redação Crônica PAZ NA ESCOLA

Flávia Lêda. Redação Crônica PAZ NA ESCOLA Flávia Lêda Redação Crônica PAZ NA ESCOLA 28.02.2019 TEMPO DE AULA: 50 min ACOLHIMENTO CONTEÚDO: Crônica GÊNEROS TEXTUAIS: Crônica, repente, poesia, canção EXPLANAÇÃO DO CONTEÚDO: Compreensão da função

Leia mais

O VELÓRIO DA DONA JUSTINA

O VELÓRIO DA DONA JUSTINA O VELÓRIO DA DONA JUSTINA (MINI COMÉDIA) Autor: Ivan Ferretti Machado Sinopse: O texto tenta mostrar a intensidade e ao mesmo tempo o poder mutativo que envolve as palavras, através dos diálogos, onde

Leia mais

Suelen e Sua História

Suelen e Sua História Suelen e Sua História Nasci em Mogi da Cruzes, no maternidade Santa Casa de Misericórdia no dia 23 de outubro de 1992 às 18 horas. Quando eu tinha 3 anos de idade fui adotada pela tia da minha irmã, foi

Leia mais

Estrutura da narração

Estrutura da narração Narração Conceito: A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. Não se esqueça que tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a

Leia mais

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista 23-2-2012 Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Leia mais

Poesia Acústica #3 Capricorniana Clube do Violão. (Intro) Em7 Bm C7M D2. Eu tava doido pra cantar pra ela nosso som C7M D2

Poesia Acústica #3 Capricorniana Clube do Violão. (Intro) Em7 Bm C7M D2. Eu tava doido pra cantar pra ela nosso som C7M D2 Poesia Acústica #3 Capricorniana Clube do Violão (Intro) Eu tava doido pra cantar pra ela nosso som Que escrevi ontem pensando no amanhã E hoje eu tô aqui despreparado Preocupado com tudo ao redor As pernas

Leia mais

O melhor amigo Interpretação de Texto para 4º e 5º Ano

O melhor amigo Interpretação de Texto para 4º e 5º Ano O melhor amigo Interpretação de Texto para 4º e 5º Ano O melhor amigo Interpretação de Textos para 4º e 5º Ano O melhor amigo A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado,

Leia mais

Conto das Águas. Um conto de sensações. Enio Roncarati

Conto das Águas. Um conto de sensações. Enio Roncarati Conto das Águas Um conto de sensações Enio Roncarati Dedicatória Dedico este pequeno conto aos autores anônimos que com esperança de lançar uma pequena Luz sobre aqueles que estão dispostos a trilhar

Leia mais

EXAME DISCURSIVO 11/12/2005 INSTRUÇÕES BOA PROVA!

EXAME DISCURSIVO 11/12/2005 INSTRUÇÕES BOA PROVA! EXAME DISCURSIVO 11/12/2005 Neste caderno você encontrará um conjunto de 64 (sessenta e quatro) páginas numeradas seqüencialmente, contendo 5 (cinco) questões de Língua Portuguesa Instrumental, a proposta

Leia mais

O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho), ainda que contenha os mesmos componentes do romance.

O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho), ainda que contenha os mesmos componentes do romance. Ensino Médio 1º ano O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho), ainda que contenha os mesmos componentes do romance. Entre suas principais características,

Leia mais

A conta-gotas. Ana Carolina Carvalho

A conta-gotas. Ana Carolina Carvalho A conta-gotas Ana Carolina Carvalho Agradeço a Regina Gulla pela leitura atenta e pelas sugestões. Para minha mãe, pela presença. Para Marina, minha afilhada, que quis ler o livro desde o começo. 1 A

Leia mais

Gêneros Textuais. E aí, beleza!? Vamos juntos dar uma olhada em algumas dicas importantes de gêneros textuais?

Gêneros Textuais. E aí, beleza!? Vamos juntos dar uma olhada em algumas dicas importantes de gêneros textuais? Gêneros Textuais E aí, beleza!? Vamos juntos dar uma olhada em algumas dicas importantes de gêneros textuais? Para começar, vamos observar as imagens abaixo, reproduções de uma receita, uma manchete de

Leia mais

Semana de 10/04/17 a 16/04/17

Semana de 10/04/17 a 16/04/17 Semana de 10/04/17 a 16/04/17 DENTRE MUITAS VOZES, OUÇA A VOZ DE DEUS! Estação Cultivo OBJETIVO: Levar as crianças a entenderem que apesar de ouvirmos muitas vozes, devemos sempre optar por seguir a voz

Leia mais

10 FATOS SOBRE MIM. Nicolas Brito Sales

10 FATOS SOBRE MIM. Nicolas Brito Sales 10 FATOS SOBRE MIM Nicolas Brito Sales 01 EU NÃO GOSTO DE LER LIVROS Eu nunca gostei muito de ler livros, porque eu nunca tive muita concentração para interpretar o que eu leio. Para quem não sabe, eu

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Escola Data: / / Prof: Turma: Nome: INTERPRETAÇÃO DE TEXTO UM SAPATO EM CADA PÉ Esta é a história de dois pezinhos. Um pé esquerdo e um direito. Quem olhava assim rápido nem via muita diferença entre eles.

Leia mais

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA 2ª FEIRA 13 de maio NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Hoje é um dia muito especial, sabem porquê? É dia de Nossa Senhora de Fátima, faz hoje 102 anos que Nossa Senhora desceu do Céu para visitar a nossa terra. Já

Leia mais

Regência Nominal e Verbal

Regência Nominal e Verbal UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CURSO PRÉ-VESTIBULAR UECEVEST LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO PROFESSOR MANOEL IVANY Regência Nominal e Verbal 1. (TCU) Com relação à Regência verbal, assinale a opção correta: A.

Leia mais

AUTÓPSIA DO MEDO (Contos) Clóvis Oliveira Cardoso

AUTÓPSIA DO MEDO (Contos) Clóvis Oliveira Cardoso Índice 01 Índice; 02 Autópsia do Medo; 03 Agradecimentos; 04 Senhor... 05 Sigmund Freud; 06 Para Tânia; 07 DEUS sobre todas as coisas; 08 Era ele e o diabo; 16 Madrugada de terror; 21 Na Praça da Sé; 25

Leia mais

5º ano. Atividade de Estudo de Português. LEIA o texto abaixo. A DISCIPLINA DO AMOR

5º ano. Atividade de Estudo de Português. LEIA o texto abaixo. A DISCIPLINA DO AMOR Atividade de Estudo de Português 5º ano LEIA o texto abaixo. A DISCIPLINA DO AMOR Foi na França, durante a segunda grande guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo

Leia mais

MÃE, QUANDO EU CRESCER...

MÃE, QUANDO EU CRESCER... MÃE, QUANDO EU CRESCER... Dedico este livro a todas as pessoas que admiram e valorizam a delicadeza das crianças! Me chamo Carol, mas prefiro que me chamem de Cacau, além de ser um apelido que acho carinhoso,

Leia mais

Em Círculos. Mateus Milani

Em Círculos. Mateus Milani Em Círculos Mateus Milani Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas Ariano Suassuna. Sinopse Círculos. A vida

Leia mais

Gabriel Arruda Burani. EstilhACos. de Mim

Gabriel Arruda Burani. EstilhACos. de Mim EstilhACos de Mim Gabriel Arruda Burani EstilhACos de Mim Copyright 2013 by Gabriel Arruda Burani Todos os direitos reservados. 1ª Edição A reprodução não autorizada desta publicação em sua totalidade

Leia mais

LISTA DE RECUPERAÇÃO DE LINGUAGENS 7º ANO CARLA

LISTA DE RECUPERAÇÃO DE LINGUAGENS 7º ANO CARLA LISTA DE RECUPERAÇÃO DE LINGUAGENS 7º ANO CARLA TEXTO 1. De onde vem a narradora e protagonista do texto? (0,4) 2. Para a autora o que apagava as lembranças de sua infância? (0,4) 3. Retire do texto dois

Leia mais

Iracema ia fazer aniversário. Não

Iracema ia fazer aniversário. Não Estórias de Iracema Maria Helena Magalhães Ilustrações de Veridiana Magalhães Iracema ia fazer aniversário. Não sabia muito bem se ela podia convidar a turma do Hospital por motivos fáceis de explicar,

Leia mais

Juro lealdade à bandeira dos Estados Unidos da... autch! No terceiro ano, as pessoas adoram dar beliscões. Era o Zezinho-Nelinho-Betinho.

Juro lealdade à bandeira dos Estados Unidos da... autch! No terceiro ano, as pessoas adoram dar beliscões. Era o Zezinho-Nelinho-Betinho. ÍTULO 1 Juro lealdade à bandeira dos Estados Unidos da... autch! No terceiro ano, as pessoas adoram dar beliscões. Era o Zezinho-Nelinho-Betinho. Julinho sussurrou. Vou pensar no teu caso respondi -lhe,

Leia mais

5º ano. Atividade de Estudo de Português. Leia o texto abaixo. A DISCIPLINA DO AMOR

5º ano. Atividade de Estudo de Português. Leia o texto abaixo. A DISCIPLINA DO AMOR Atividade de Estudo de Português 5º ano Leia o texto abaixo. A DISCIPLINA DO AMOR Foi na França, durante a segunda grande guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo

Leia mais

ELEME M NT N O T S O D A D A NA N R A RAT A I T V I A V Mariana Bandeira

ELEME M NT N O T S O D A D A NA N R A RAT A I T V I A V Mariana Bandeira ELEMENTOS DA NARRATIVA Mariana Bandeira A narração é um relato centrado em uma sequência de fatos em que as personagens atuam (se movimentam) em um determinado espaço (ambiente) e em um determinado tempo.

Leia mais

Poemas de um Fantasma. Fantasma Souza

Poemas de um Fantasma. Fantasma Souza 1 2 3 Poemas de um Fantasma Fantasma Souza 2012 4 5 Fantasma Souza Todos os Direitos Reservados TITULO ORIGINAL POEMAS DE UM FANTASMA Projeto Gráfico Midiartes Capa Erisvaldo Correia Edição e Comercialização

Leia mais

C4 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade.

C4 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade. Literatura Bom dia! ENEM C5 Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações,

Leia mais

1X10 PONTO FRACO CENA1/CASA DE NÉLIO/QUARTO DE MURILO/INT./DIA

1X10 PONTO FRACO CENA1/CASA DE NÉLIO/QUARTO DE MURILO/INT./DIA 1X10 PONTO FRACO CENA1/CASA DE NÉLIO/QUARTO DE MURILO/INT./DIA Murilo continua abraçado com sua filha Iara. Nélio, na porta do quarto emocionado com a cena. Ouve-se uma discussão de Fabiana e Beatriz na

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE TRANSFERÊNCIA FACULTATIVA LÍNGUA PORTUGUESA CADERNO DE QUESTÕES INSTRUÇÕES AO CANDIDATO Você deverá ter recebido o Caderno com a Proposta de Redação, a Folha de Redação,

Leia mais

Quando eu era pequeno, à noite, e já estava sentado na cama, a mãe dizia

Quando eu era pequeno, à noite, e já estava sentado na cama, a mãe dizia MÃE Quando eu era pequeno, à noite, e já estava sentado na cama, a mãe dizia com Deus me deito aqui vai o Tóino pela cama abaixo eu ia, ela apagava a luz, e logo a seguir manhã. Hoje sonhei que estava

Leia mais

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia?

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia? Entrevista A15 I Experiência no lar Há quanto tempo trabalha no lar? Há 4 anos. 1 Qual é a sua função no lar? Sou ajudante de lar. Que tarefas desempenha no seu dia-a-dia? Faço-lhes a higiene, preparo-os,

Leia mais

Flávia Lêda. Redação Crônica PAZ NA ESCOLA

Flávia Lêda. Redação Crônica PAZ NA ESCOLA Flávia Lêda Redação Crônica PAZ NA ESCOLA 19.03.2019 TEMPO DE AULA: 50 min ACOLHIMENTO CONTEÚDO: Crônica GÊNEROS TEXTUAIS: Crônica, repente, poesia, canção EXPLANAÇÃO DO CONTEÚDO: Compreensão da função

Leia mais

O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em

O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em O Amor O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em ter alguém por perto ou fazer algo que goste.

Leia mais

Bárbara uma mulher de 25 anos, queria atrasar o livro de uma escritora famosa chamada Natália, Bárbara queria contar uns segredos bombásticos antes

Bárbara uma mulher de 25 anos, queria atrasar o livro de uma escritora famosa chamada Natália, Bárbara queria contar uns segredos bombásticos antes O ATAQUE NA PISCINA Bárbara uma mulher de 25 anos, queria atrasar o livro de uma escritora famosa chamada Natália, Bárbara queria contar uns segredos bombásticos antes de Natália, Bárbara não queria que

Leia mais

O primeiro suspiro de um poeta insano!

O primeiro suspiro de um poeta insano! 1 O primeiro suspiro de um poeta insano! 2012 2 O primeiro suspiro de um poeta insano Jonas Martins 1ª.Edição..Poesia Todos os direitos reservados ao autor A reprodução total ou parcial desta obra só é

Leia mais

PETRA NASCEU COMO TODAS AS CRIANÇAS. ERA UMA

PETRA NASCEU COMO TODAS AS CRIANÇAS. ERA UMA A menina PETRA NASCEU COMO TODAS AS CRIANÇAS. ERA UMA menina alegre e muito curiosa. O que a diferenciava das outras crianças é que desde muito pequenina ela passava horas na Floresta do Sol conversando

Leia mais

Anexo Entrevista G1.5

Anexo Entrevista G1.5 Entrevista G1.5 Entrevistado: E1.5 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 50 anos Masculino Cabo-verde 24 anos em Portugal: Escolaridade: 4ª classe Imigrações prévias: -- crioulo Língua materna:

Leia mais

Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este

Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este Vivo num sonho que não é realidade Faz parte do meu viver Crescer sonhando esquecendo os planos Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este EU Hoje deixei pra lá me esqueci de tudo Vivo minha vida sobre

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Sonia Local: Núcleo de Arte Nise da Silveira Data: 5 de dezembro de 2013 Horário: 15:05 Duração da entrevista:

Leia mais

Exercícios de Gêneros Literários

Exercícios de Gêneros Literários Exercícios de Gêneros Literários 1. Musa, reconta-me os feitos do herói astucioso que muito peregrinou, dês que esfez as muralhas sagradas de Troia; muitas cidades dos homens viajou, conheceu seus costumes,

Leia mais

Cifras de Beth Carvalho por André Anjos

Cifras de Beth Carvalho por André Anjos Cifras de Beth Carvalho por André Anjos Compilado 21/05/2017 http://cifras.andreanjos.org/artist/beth-carvalho/cifras.pdf http://cifras.andreanjos.org Conteúdo 1800 Colinas.....................................

Leia mais

O SEGUIDOR DE GAROTAS SENSÍVEIS. Peça de uma única cena

O SEGUIDOR DE GAROTAS SENSÍVEIS. Peça de uma única cena O SEGUIDOR DE S SENSÍVEIS Peça de uma única cena PERSONAGENS: ENTRA. VEM ATRÁS. SE VIRA Ei, cara! Você quer parar de me seguir! Eu não estou te seguindo. Como não? Faz tempo que você me segue. É verdade.

Leia mais

Rima é a coincidência de sons no final ou mesmo no interior de versos.

Rima é a coincidência de sons no final ou mesmo no interior de versos. RIMA Rima é a coincidência de sons no final ou mesmo no interior de versos. De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante

Leia mais

MINHAS PALAVRAS. 1 Ebook. EscreviNoMeuDiário

MINHAS PALAVRAS. 1 Ebook. EscreviNoMeuDiário MINHAS PALAVRAS 1 Ebook EscreviNoMeuDiário Esse Ebook é composto por vários temas que em várias palavras temos que Esse Ebook é composto por vários temas que em várias palavras temos que abrir a imaginação

Leia mais

SAMPLE JESUS CRISTO A HISTÓRIA DE

SAMPLE JESUS CRISTO A HISTÓRIA DE A HISTÓRIA DE JESUS CRISTO ESTA É A VERDADEIRA HISTÓRIA DE JESUS CRISTO. ELE ERA UM HOMEM, MAS ERA MUITO MAIS DO QUE IsSO. ELE É O FILHO ÚNICO DE DEUS. É CLARO QUE ELE ERA PODEROSO. ATÉ O VENTO E O MAR

Leia mais

Interações professor/alunos

Interações professor/alunos Interações professor/alunos A seguir, trechos de uma atividade de leitura desenvolvida pela professora Ariane Zanelli em uma classe de terceiro ano do Fundamental 1. Seu trabalho será realizado ao longo

Leia mais

Anexo Entrevista G2.5

Anexo Entrevista G2.5 Entrevista G2.4 Entrevistado: E2.5 Idade: 38 anos Sexo: País de origem: Tempo de permanência em Portugal: Feminino Ucrânia 13 anos Escolaridade: Imigrações prévias: --- Ensino superior (professora) Língua

Leia mais

Aos Poetas. Que vem trazer esperança a um povo tristonho, Fazendo os acreditar que ainda existem os sonhos.

Aos Poetas. Que vem trazer esperança a um povo tristonho, Fazendo os acreditar que ainda existem os sonhos. Aos Poetas Venho prestar homenagem a uma grande nação, Que são os nossos poetas que escrevem com dedicação, Os poemas mais lindos e que por todos são bemvindos, Que vem trazer esperança a um povo tristonho,

Leia mais

Série: Pequenas mudanças fazem toda diferença. João Gilberto Cintra

Série: Pequenas mudanças fazem toda diferença. João Gilberto Cintra Série: Pequenas mudanças fazem toda diferença João Gilberto Cintra Quando Deus parece distante João Gilberto Cintra Deus é real, a pesar de como você se sinta. ... ele faz com que o sol brilhe sobre os

Leia mais

Exercícios de Interpretação de Textos Verbais e Não Verbais

Exercícios de Interpretação de Textos Verbais e Não Verbais Exercícios de Interpretação de Textos Verbais e Não Verbais Exercícios de Interpretação de Textos Verbais e Não Verbais 1. Zero Hora, jun. 2008 (adaptado). Dia do Músico, do Professor, da Secretária, do

Leia mais

O pretérito perfeito pode ser confundido com o pretérito imperfeito, outro tempo

O pretérito perfeito pode ser confundido com o pretérito imperfeito, outro tempo Texto sobre pretérito perfeito Um verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo indica que a ação aconteceu num determinado momento do passado, tendo o seu início e o seu fim no passado. Esse tempo

Leia mais

ROTEIRO DE ATIVIDADES. 1º bimestre da 3ª Série do Ensino Médio: 2º CICLO

ROTEIRO DE ATIVIDADES. 1º bimestre da 3ª Série do Ensino Médio: 2º CICLO ROTEIRO DE ATIVIDADES 1º bimestre da 3ª Série do Ensino Médio: 2º CICLO PALAVRAS-CHAVE: modernismo; Carlos Drummond de Andrade; concordância nominal; manifesto. EIXO BIMESTRAL: POESIA E ROMANCE NO MODERNISMO

Leia mais

DOC: Depois que você casou sempre morou aqui? INF: não eu morava no Pernambuco aí vim pra cá depois, DOC: Hum. Já casada. INF: hum rum, DOC: Né?

DOC: Depois que você casou sempre morou aqui? INF: não eu morava no Pernambuco aí vim pra cá depois, DOC: Hum. Já casada. INF: hum rum, DOC: Né? Ficha Social nº 69 Informante: V.L.N.S. Idade: 32 Anos Faixa II Sexo: Feminino Escolarização: Analfabeta Localidade: Sítio Romualdo Zona Rural Profissão: Cozinheira Documentadora: Fátima Maria Torres Moreira

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Disciplina: Língua Portuguesa / ESTUDOS AUTÔNOMOS Ano: 5º - Ensino Fundamental - Data: 05 / 06 / 2018 1) LEIA os textos com bastante atenção. LEMBRE-SE que a Língua Portuguesa depende

Leia mais

Atividade de Estudo de Português LEIA o texto abaixo. 5º ano MAIS UM ANIMAL

Atividade de Estudo de Português LEIA o texto abaixo. 5º ano MAIS UM ANIMAL Atividade de Estudo de Português LEIA o texto abaixo. 5º ano MAIS UM ANIMAL Chico chegou da rua com um gatinho muito preto e muito magro debaixo do braço. - Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça

Leia mais

Garoto extraordinário

Garoto extraordinário Garoto extraordinário (adequada para crianças de 6 a 8 anos) Texto: Lucas 2:40-52 Princípio: ser como Jesus Você vai precisar de um fantoche de cara engraçada, um adulto para manipular o fantoche atrás

Leia mais

O criador de ilusões

O criador de ilusões O criador de ilusões De repente do escuro ficou claro, deu para ver as roupas brancas entre aventais e máscaras e foi preciso chorar, logo uma voz familiar misturada com um cheiro doce e agradável de

Leia mais

O Sorriso de Clarice

O Sorriso de Clarice O Sorriso de Clarice Clarice era uma mulher meio menina sabem,doce,meiga,amiga,e apaixonada,aqueles seres que contagiam com seu sorriso, ela tinha algo único conquistava todos com seu sorriso,ninguém sabia

Leia mais

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Recuperação do 4 Bimestre disciplina Gramática Conteúdo: Texto /concordância / colocação pronominal 2º m Lista de exercícios 1. Indique a alternativa correta: a)

Leia mais

AULA 5 FINANÇAS PARA CRIANÇAS. Nome: Data: / /. Eu vi uma boneca maravilhosa na televisão, exclamou Sara. Quero comprar uma igual agora mesmo!

AULA 5 FINANÇAS PARA CRIANÇAS. Nome: Data: / /. Eu vi uma boneca maravilhosa na televisão, exclamou Sara. Quero comprar uma igual agora mesmo! AULA 5 FINANÇAS PARA CRIANÇAS Nome: Data: / /. Eu vi uma boneca maravilhosa na televisão, exclamou Sara. Quero comprar uma igual agora mesmo! Antes de conversarmos sobre a boneca, falou dona Dina, quero

Leia mais