Curso de Capacitação de Mediadores e Conciliadores
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- Yago Cesário Lemos
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1 Curso de Capacitação de Mediadores e Conciliadores MEDIAÇÃO EMPRESARIAL 27 de Maio de 2017 Alexandre P. Simões
2 MEDIAÇÃO EMPRESARIAL Alexandre P. Simões Advogado, Mediador, Negociador, Facilitador e Professor de Técnicas de Negociação (FIAP) Estratégia de Negociação e de Comunicação (FIAP desde 2014) e de Mediação Empresarial (IICS -CEU- DIREITO desde 2016).
3 O que é MEDIAÇÃO? É um meio de solução de controvérsias indicado para situações de impasse ou conflito, conduzido por um terceiro, escolhido pela legitimidade, neutralidade e omniparcialidade que, sob confidencialidade e com foco na relação e visão de futuro, facilita a comunicação entre as pessoas agindo sob distintas perspectivas e as auxilia na negociação, para que elas mesmas possam fazer escolhas voluntárias e informadas, a partir do levantamento de opções e da eleição daquela que, porventura, melhor atenda, qualitativa e quantitativamente, aos interesses ou necessidades de todos os envolvidos.
4 O CASO DAS 10 MOEDAS DE OURO O que é MEDIAÇÃO EMPRESARIAL? É uma NEGOCIAÇÃO em que os que dela participarão (Partes ou Mediandos) serão assistidos, isto é auxiliados, por um MEDIADOR escolhido pelas mesmas, neutro, omniparcial e independente e que poderá terminar, ou não, em um acordo. É uma negociação assistida.
5 O CASO DAS 10 MOEDAS DE OURO Teremos duas rodadas de negociação: Começa, na primeira, quem ganhar no jogo do Rock-Paper-Scissors (ou Jokenpô). 1) Uma com comunicação não-verbal e em grupos de 2 (dois), com apresentação de proposta, aceite ou recusa com gesto de cabeça e se for o caso apresentação de contraproposta com aceite ou recusa com gesto de cabeça; e 2) Uma mini Mediação em grupos de 3 (três), onde o Mediador pergunta a história e a motivação de cada parte para a proposta que apresentará à outra. Comunicação Verbal e Corporal.
6 O CASO DAS 10 MOEDAS DE OURO REGRAS para a primeira e segunda rodadas: É proibido oferecer ou contra ofertar 5 (cinco) MOEDAS, ou qualquer forma de acerto posterior que coloque as partes em EMPATE. O que for ofertado significa o número de MOEDAS que você que para si. O que for, porventura, contraofertado obedece à mesma regra. Logo as ofertas e contraofertas podem ser de: 10 (para você) = 0 para o outro; ou 9 (para você) = 1 para o outro; ou 8 (para você) = 2 para o outro; ou 7 (para você) = 3 para o outro; ou 6 (para você) = 4 para o outro; ou 4 (para você) = 6 para o outro; ou 3 (para você) = 7 para o outro; ou 2 (para você) = 8 para o outro; ou 1 (para você) = 9 para o outro; ou 0 (para você) = 10 para o outro.
7 Pedra, papel e tesoura, também chamado no Brasil de jokenpô, do japonês do jankenpon ). É um jogo de mãos recreativo e simples para duas ou mais PESSOAS e que não requer equipamentos e nem habilidade. Pedra ganha da tesoura (amassando-a ou quebrando-a). Papel ganha da pedra (embrulhando-a). Tesoura ganha do papel (cortando-o). Pedra Papel Tesoura
8 Assim? Como as empresas lidam com os conflitos?
9 ANÁLISE DO CONFLITO PERGUNTA: RESPOSTA: O Conflito é POSITIVO ou NEGATIVO? O CONFLITO É INEVITÁVEL! Sabendo disso, o mais inteligente a ser feito é preparar-se para administrar (gerir) toda a sorte de conflitos. Portanto, vejamos qual é (ou deveria ser) o valor, em qualquer organização ou sociedade, de uma pessoa que seja ou que se torne uma verdadeira PROBLEM SOLVER!
10 O TERCEIRO LADO NOS CONFLITOS ( THE THIRD SIDE ) LADO A LADO B LADO C
11 Competir Colaborar Eixo Y = Preocupação com os interesses Próprios Conciliar / Compensar Evitar Ceder / Acomodar Eixo X = Preocupação com os interesses do outro
12 Posições Interesses & Necessidades
13 Principais conflitos no Âmbito Empresarial: - Entre empresas; - Entre pessoas e empresas; - Entre sócios; - Entre equipes e departamentos na mesma empresa; e - Entre empresa e consumidor / fornecedor.
14 O QUE NORMALMENTE ENVOLVE UMA MEDIAÇÃO EMPRESARIAL: Pré-mediação, entrevistas com as partes; Acolhimento, Empatia ( Rapport )e que é diferente de Simpatia; Parafraseamento e Refraseamento ( Rephrasing ), com Resumo ( Briefing ); Identificação dos interesses e das necessidades de cada envolvido. Perguntas Circulares e Abertas ( Open Ended Questions ); Escuta Ativa ( Active Listening ); Produção de Opções ( Brainstorming ); Teste de Realidade ( Reality Checking )ou reflexão; Reuniões Abertas ou conjuntas ( Joint-Sessions ); e Reuniões Privadas ou fechadas ( Caucus e Cross-Caucus ); Legitimação; Empoderamento ( Empowerment ; Visão de Futuro ( View to the Future ); e Comediação ( Co-mediation ).
15 Principais pontos tratados em Mediação Empresarial: - Governança corporativa / Gestão empresarial; - Governança familiar; - Gestão de patrimônio; - Gestão de pessoas / Liderança; - Balanço patrimonial e contábil / entrada e saída de sócios; - Macro e micro economia: mercado / custos de transação; - Avaliações e perícias; - Análise econômica do Direito (AED): Contratos, Societário, Tributário, Securitário, e Responsabilidade Civil; e - Direito Desportivo e Direito do Entretenimento.
16 COMO E ONDE SE PRATICA A MEDIAÇÃO EMPRESARIAL? Como: Ad Hoc pelo próprio Mediador; Por vontade prévias das partes (Cláusulas de Mediação ou Cláusulas Escalonadas em Contratos, do tipo, MED- ARB; ARB-MED, MED-JUD ou NEG-MED-ARB) manifestada antes do conflito e por pedido das mesmas ou de pelo menos uma delas; Por vontade das partes após o conflito, independentemente da existência de cláusula contratual ou de uma convenção prévia. Pela vontade de pelo menos uma das partes, No Poder Judiciário. Onde: Ad Hoc pelo próprio Mediador em seu escritório ou outro local aceito por todos; Instituições Privadas especializadas; ou No Poder Judiciário.
17 O PAPEL DO ADVOGADO NA MEDIAÇÃO EMPRESARIAL Pacificador; Agente de Realidade; Trabalhar a BATNA ( Best Alternative to a Negotiated Agreement ) ou a MAAN Melhor Alternativa ao Acordo Negociado; Orientação legal ao cliente, indagações ao Mediador e intervenções; Auxílio na mudança do foco de discussão e debate das posições para os interesse & necessidades; Assessoramento jurídico ao cliente na assinatura dos termos (de Mediação, de Confidencialidade) ; e Assessoramento para produzir eventual acordo e redigir seus termos.
18 O PAPEL DO MEDIADOR NA MEDIAÇÃO EMPRESARIAL Facilitativo ( Facilitative ) vs. Avaliativo ( Evaluative ); Aberto ( Broad ) vs. Estreito ( Narrow ); Contido ( Restraint ) vs. Ativo ( Active ); Mediador Novo ( Newcomer ); vs. Mediador Experiente ( Experienced );e Especialista no Assunto da disputa ( Specialist ) vs. Generalista ( Generalist ou Facilitador e Comunicador).
19 O MEDIADOR NA MEDIAÇÃO EMPRESARIAL O Mediador prepara-se técnica e emocionalmente para facilitar o processo de comunicação e propiciar um ambiente sigiloso e confiável para que as pessoas possam negociar entre si, em situação de equilíbrio. - Lei nº /15, combinada c/o Novo CPC (Lei nº /2015) - Mediador Judicial (Requisitos da Resolução nº.125 do CNJ, com suas Emenda nº.1 e nº.2) - Mediador Privado (Extrajudicial) Aquele que atua de forma particular, ou através de instituições especializadas, e que cuidarão da administração do procedimento.
20 Os chamados ADRs DR significa Dispute Resolution (Solução de Conflitos); A História da letra A : Alternative (Alternativo); Amicable (Amigável); Appropiated (Apropriado); Adequated (Adequado); e No Brasil são chamados de MESCs ou RADs.
21 A ARBITRAGEM Definição: (...) é meio alternativo de solução de controvérsias através da intervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base nela, sem intervenção estatal, sendo a decisão destinada a assumir a mesma eficácia da sentença judicial. Trecho extraido da obra do Prof. Carlos Alberto Carmona, Arbitragem e processo: Um comentário à Lei nº /96 (3ª. Edição, São Paulo, Editora Atlas, 2009, página 31). Possui uma legislação própria e específica (Lei Federal n o de 25/09/1996, alterada pela Lei Federal nº de 26/05/2015) a qual, em suma, incluiu artigos específicos para a Arbitragem na qual participe ente da Administração Pública, e também é tratada em alguns artigos específicos no NCPC Lei nº /2015. A Carta Arbitral. Sigilo e Confidencialidade vs. Princípio da Publicidade.
22 Na Arbitragem são deveres do Árbitro (agir com): - INDEPENDÊNCIA; - IMPARCIALIDADE; - DISPONIBILIDADE; - ÉTICA; e - É JUIZ DE FATO DO ASSUNTO SUBMETIDO À ARBITRAGEM (tem que decidir a controvérsia e motivar a sua decisão explicando como e porque decidiu tudo o que lhe foi submetido).
23 Quadro Comparativo A MEDIAÇÃO Voluntária. Visão de Futuro - Transformativa. Solução gerada pelas próprias partes (Mediandos) que controlam o resultado da Mediação, e podem dela sair a qualquer tempo. Custo bem menor e é bem mais rápida. Pode resolver todo o conflito, parte do conflito ou não resolver o conflito. Sigilo e Confidencialidade. A ARBITRAGEM Voluntária, porém adversarial. Discussão de direito ou por equidade, quanto ao mérito. O(s) Árbitro(s) decidirá(ão) e a sentença arbitral terá força de título executivo judicial, isto é, resolve o conflito por decisão imposta e não cabe recurso da decisão, a qual poderá se couber, ser anulada. Custo bem mais elevado que o de uma Mediação. Bem mais demorada que uma Mediação, porém mais Rápida quando comparado ao tempo normal de um processo idêntico no PJ). Sigilo e Confidencialidade.
24 Desafio:
25 Desafio: O caso dos 35 camelos
26 O caso dos 35 camelos O Pai Samir deixou de herança para os seus 3 (três) filhos 35 Camelos, sendo: (a) 1/2 (metade) para seu filho mais velho (Ibrahim, o primogênito); (b) 1/3 (um terço) para o filho do meio (Salim); e (c) 1/9 (um nono) para o filho mais novo (o inexperiente e cabeçudo Abdul).
27 O caso dos 35 camelos A herança distribuída entre os herdeiros ficou assim: (a) Ibrahim = 17,5 camelos; (b) Salim = 11,66 camelos; (c) Abdul = 3,89 camelos. Para ajudar o Tio Ahmed empresta 1 (um) camelo aos sobrinhos, e a divisão dos 36 camelos, fica assim: (a) Ibrahim = 18 camelos; (b) Salim = 12 camelos; (c) Abdul = 4 camelos; e (d) Ahmed recebe 1 camelo de volta e mais 1 de bonificação!
28 A solução do caso dos 35 camelos
29 Sofisma Matemático
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31 O poder de uma imagem:
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34 Copyright Centro Mediar e Conciliar, por autoria de Alexandre P. Simões. Direitos reservados. Permitida a reprodução desde que mencionada sempre a sua fonte.
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