3. Lasers de Semicondutor

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "3. Lasers de Semicondutor"

Transcrição

1 Lasers de Semicondutor Lasers de Semicondutor As fontes ópticas usadas nos sistemas de comunicação em fibra óptica são quase exclusivamente os lasers de semicondutor também designados por díodos laser e os díodos emissores de luz ou LED (light-emitting diodes). A diferença fundamental entre estas duas fontes de luz é que a luz produzida por um LED é originada por emissão espontânea, sendo por conseguinte incoerente, enquanto o funcionamento do laser é baseado na emissão estimulada, fazendo-o uma fonte de luz coerente. Esta diferença tem importantes implicações em termos do desempenho dos sistemas de comunicação óptica e favorece a aplicação dos díodos laser em todas as situações que esteja em jogo a transmissão de grandes quantidades de informação a grandes distâncias. A tendência para usar díodos laser em sistemas de comunicação óptica de média e elevada capacidade prende-se com as suas vantagens: Uma elevada directividade do feixe emitido permitindo eficiências de acoplamento às fibras ópticas monomodais elevadas ( 50%); uma largura espectral reduzida permitindo deslocar o limite de dispersão para produtos distância débitos binários de transmissão muito elevados; capacidade para emissão de potências ópticas elevadas (>10 mw); possibilidade de modulação directa, quer em amplitude, quer em frequência até frequências muito elevadas (dezenas de GHz) graças ao tempo de recombinação associado à emissão estimulada ser muito reduzido. 3.1 Condições de oscilação Um laser é um oscilador de ondas luminosas, e como qualquer outro oscilador resulta da combinação de dois elementos fundamentais: 1) Um amplificador de ondas luminosas; 2) Uma malha de realimentação óptica positiva. que se representam esquematicamente na Figura G(ν) + β(ν) Figura 3.1 Representação esquemática de um oscilador luminoso Nessa figura G(ν) representa a função de transferência do amplificador óptico e β(ν) da malha de realimentação positiva, enquanto a função de transferência do oscilador luminoso é descrita por

2 Lasers de Semicondutor 33 G HL ( ) ( ν ) (3.1) ν = 1 G( ν) β ( ν) Como se sabe, a partir da equação 3.1 podem-se deduzir as condições de oscilação, as quais se podem escrever na seguinte forma: Gβ 1 arg( Gβ ) = 2πm m inteiro (3.2a) (3.2b) No sentido de compreender as implicações das condições anteriores no comportamento e nas características de emissão dos díodos laser vai-se analisar em seguida como se consegue garantir amplificação e criar uma malha de realimentação óptica positiva. 3.2 Ganho óptico O ganho óptico é baseado na emissão estimulada de radiação. Para que uma determinada estrutura apresente ganho é necessário que a taxa de emissão estimulada seja superior à taxa de absorção. Como se sabe esta condição só pode ser verificada com inversão de população no material activo. Nos lasers de semicondutor a inversão de população pode ser conseguida através da injecção de portadores na região activa da heteroestrutura. No entanto, o díodo laser não emite radiação coerente (ou seja a inversão de população não é atingida) até que a densidade de portadores, designada por N, ultrapasse um valor crítico N 0, conhecido por valor de transparência. Para uma densidade de portadores superior a N 0, a zona activa do laser apresenta ganho: um sinal óptico propagando-se no interior do díodo laser é então amplificado por um factor exp(gz) onde g é o ganho por unidade de comprimento e z a distância de propagação. g(cm -1 ) ganho N= cm -1 0 absorção cm -1 λ (μm) Figura 3.2 Variação do ganho por unidade de comprimento, g, em função do comprimento de onda para diferentes valores da densidade de portadores (λ=1.3μm, InGaAsP)

3 Lasers de Semicondutor 34 A Figura.3.2 representa o ganho g da zona activa de um laser de InGaAsP operando em 1.3 μm para diferentes valores de N. Para N=1x10 18 cm -3, a região activa é opaca à radiação, absorvendo a luz. Quanto N aumenta, a inversão de população ocorre e g tornase positivo. A banda dos comprimentos de onda para os quais g>0 também aumenta com N. O ganho máximo aumenta quase linearmente com N podendo aproximar-se pela seguinte formula empírica: g = a( N N0 ) (3.1) onde a é o ganho diferencial e N 0 é a densidade de portadores à transparência com já se viu. Ambos os parâmetros são dependentes do material. Para os lasers de InGaAsP os valores típicos são N x10 18 cm -3 e a= x10-16 cm 2. Valores reduzidos de a, e N 0 são atractivos porque permitem que o díodo laser proporcione a mesma potência óptica com uma densidade de portadores mais reduzida. Os lasers de poços quânticos são dispositivos que permitem atingir estes objectivos através do confinamento dos portadores em sub-camadas activas de dimensões muito reduzidas, da ordem de 10 nm: Normalmente, a região activa desses lasers passa a ser estratificada, ou seja, constituída por várias dessas sub-camadas. I L Região activa nos lasers de poços múltiplos Figura 3.3 Estrutura estratificada da região activa de um laser de poços quânticos As principais vantagens dos lasers de poços quânticos em comparação com os lasers maciços (convencionais) são fundamentalmente uma corrente de limiar mais baixa, uma menor dependência da corrente de limiar com a temperatura, maior velocidade de modulação, largura espectral mais reduzida e um menor alargamento espectral dinâmico (chirp). No estudo que se vai fazer em seguida, vai-se, contudo, considerar unicamente lasers maciços, já que o estudo dos lasers de poços quânticos está fora do âmbito deste curso. Voltando à questão do ganho g, pode verificar-se que a banda de comprimentos de onda para os quais é positivo, aumenta com o aumento da densidade de portadores injectada na

4 Lasers de Semicondutor 35 região activa. Para um determinado valor da densidade de portadores a variação desse ganho com o comprimento de onda pode descrever-se de acordo com ( λ λ0 ) g( λ) = g( 0) 1 2 Δλg 2 (3.4) onde g(0) é o ganho máximo dado por (3.3), λ 0 é o comprimento de onda para o qual o ganho é máximo e Δλ g representa a banda para a qual o ganho é diferente de zero. g(λ) g(0) g th λ λ0 Δλg / 2 λ 0 λ0 + Δλ g / 2 Figura 3.4 Ganho do laser em função do comprimento de onda Na figura 3.4, onde se representa a variação do ganho em função do comprimento de onda, representa-se uma outro parâmetro importante, que é o ganho de limiar g th. Este parâmetro corresponde exactamente ao valor do ganho que compensa as perdas, e a partir do qual tem lugar a emissão laser propriamente dita. Em seguida ir-se-á caracterizar este ganho com algum detalhe. 3.3 Limiar do laser A segunda condição necessária à operação de um laser é a realimentação óptica positiva. Esta realimentação é normalmente realizada colocando o material amplificador entre dois espelhos semi-refectores com reflectividades R 1 e R 2 (ver Fig. 3.5). Esses espelhos formam uma cavidade ressoante óptica designada por cavidade de Fabry-Perot, de modo que os lasers baseados nesta cavidade designam-se por lasers de Fabry-Perot. Devido à presença dos espelhos as ondas ópticas geradas no interior da zona activa são reflectidas várias vezes e deste modo sujeitas a uma constante amplificação através da propagação no material semicondutor activo. No caso dos lasers de semicondutor, esses espelhos são as próprias faces do material semicondutor convenientemente cortadas. Neste caso, tem-se assim 2 n n (3.5) 1 0 R= R1 = R2 = n1 + n0 onde n 1 é o índice de refracção do material constituinte da zona activa e n 0 o índice de refracção do material envolvente.

5 Lasers de Semicondutor 36 Injecção de corrente Espelho, R 1 Espelho, R 2 Sinal óptico emitido Região activa, com ganho g e perdas α i Figura 3.5 Estrutura de um laser de semicondutor com espelhos semi-reflectores em ambas as extremidades. Esta estrutura é referida como cavidade ressonante de Fabry-Perot Para que a oscilação óptica se mantenha é necessário que o ganho óptico compense as perdas na cavidade. As perdas dentro da cavidade estão associadas à absorção de radiação traduzidas pelo coeficiente α i (perdas internas por unidade de comprimento) expresso em cm -1 e à transmissão através dos espelhos designadas por perdas dos espelhos. Por isso, a radiação luminosa corente tem unicamente lugar quando o ganho óptico ultrapassa o ganho de limiar g th, que como se viu, é o ganho que compensa as referidas perdas. Para calcular esse ganho pode atender-se ao facto de que para os lasers de Fabry-Perot, a condição 3.2a), pode reescrever-se na forma [( Γg ) L] 1 R1R2 exp α i (3.6) onde L é o comprimento da cavidade e Γ é o factor de confinamento óptico, que foi considerado de modo a traduzir o espraiamento lateral do campo óptico para o exterior da zona activa (Γ ). A igualdade na equação, permite obter o ganho de limiar, ou seja Γg th 1 1 = αi + ln 2L R R 1 2 (3.7) Este ganho é atingido para um determinado valor da densidade de portadoras injectadas N th (que pode ser calculada combinando as equações 3.3 e 3.7) ao qual corresponde um valor específico para a corrente de injecção designada por corrente de limiar, a qual é dada por Vq (3.8) I = N τ th e th

6 Lasers de Semicondutor 37 onde V é o volume da zona activa, τ e é o tempo de vida médio dos portadores e q é a carga do electrão. Será de notar que a corrente de limiar calculada pela equação anterior representa a corrente que atravessa a região activa. Devido a correntes de fuga no exterior dessa região a corrente de limiar real nos díodos laser é superior a esse valor. Os valores típicos para essas correntes estão situados entre 60 e 100 ma, para os lasers de AlGaAs e entre 10 e 40 ma para os lasers de InGaAsP. Uma particularidade desta corrente é que é altamente dependente da temperatura. Foi obtida experimentalmente a seguinte lei de variação com temperatura T Ith ( T ) = I0 exp( T / T0 ) (3.9) onde I 0 é uma constante e T 0 é característica de temperatura usada muitas vezes para exprimir a sensibilidade da corrente de limiar à temperatura. Esta depende do material e também da geometria do laser. Para os lasers de InGaAsP T 0 situa-se entre os 50 e os 70 K. Em contraste nos lasers de AlGaAs ultrapassa os 120 K. Devido à elevada sensibilidade dos lasers às variações de temperatura, é necessário normalmente controlar a sua temperatura com um arrefecedor termoeléctrico (elemento de Peltier). Devido à sua estrutura simétrica o laser emite pelas duas faces. A potência óptica emitida por face é dada por: 1 hν ηg (3.10) Po ( I) = ( I Ith ) 2 q η i Nessa expressão η d é a eficiência quântica externa, que é definida como sendo a fracção dos portadores injectados que são convertidos para fotões emitidos pelo dispositivo e está relacionada com o declive da curva P(I). O parâmetro η i é a eficiência quântica interna, ou seja, a fracção dos electrões injectados que origina fotões estimulados, os quais nem todos atingem a saída do dispositivo. Estas duas eficiências relacionam-se do seguinte modo: α m ηe = ηi = ηi α + α m i 1 1 ln 2L R1R2 1 1 ln + αi 2L R R 1 2 (3.11) Para os lasers de semicondutor convencionais a eficiência quântica externa por face situa-se entre os 15 e 20 por cento. Para dispositivos de melhor qualidade a eficiência situa-se entre os 30 e os 40 por cento. Como já se referiu as características de emissão dos lasers são altamente dependentes da temperatura, o que faz com que as curvas de P 0 (I) tenham um andamento do tipo descrito na figura 3.6.

7 Lasers de Semicondutor 38 P o T 3 >T 2 >T 1 T 1 T 2 T 3 Figura 3.6 Curvas de P 0 (I) mostrando o efeito do aumento da temperatura I 3.4 Espectro de emissão Pode-se demonstrar que a condição (3.2b) quando aplicada a um laser de Fabry-Perot permite escrever que 2kL = 2π m m inteiro (3.12) onde k = 2πn/ λ é o vector de onda do campo óptico dentro da cavidade e L é o comprimento da cavidade. A equação 3.12 define o conjunto de frequências de ressonância da cavidade de Fabry-Perot. Por outras palavras, somente as frequências ópticas que verificam a condição 3.12 estão em condição de oscilar, quando o ganho de limiar é atingido. Esse conjunto discreto de frequências, que se designam por modos longitudinais, é dado por ν m cm (3.13) = 2 nl O espaçamento entre as diferentes frequências vem dado por : δν = c 2nL ou em termos de comprimento de onda por 2 λ δλ = 2nL (3.14) (3.15) Valores típicos de δλ situam-se entre 0.5 e 1 nm para comprimentos da cavidade entre 200 e 400 μm. Todos os comprimentos de onda para os quais o ganho ultrapassa o limiar tem condições para oscilar. Como o espectro do ganho é relativamente largo (30-55 nm), tem-se assim

8 Lasers de Semicondutor 39 que o espectro de emissão dos laser em estudo é multimodal, como se representa na figura 3.7. Espectro de potência 1 δλ Modo principal 0.5 Largura espectral a meia potência (Δν) λ 0 λ Figura 3.7 Espectro de potência óptico de um laser multimodal Como a curva do ganho varia com a densidade de portadores injectados será de esperar que o espectro de emissão de um laser multimodal seja dependente da corrente de injecção I. Quando I é inferior à corrente de limiar o espectro de potência é semelhante ao de um LED, porque nesta região o único mecanismo de emissão presente é a emissão espontânea. À medida que a corrente cresce para além do limiar a potência do modo principal aumenta mais do que a dos modos laterais e a SMSR (side-mode supression ratio) melhora. A largura espectral a meia potência típica do espectro de potência dos laser de Fabry-Perot operando acima do limiar situa-se entre 2 e 5 nm. Será de notar que até agora só se falou em modos longitudinais. Porém, a cavidade de Fabry-Perot é uma estrutura tridimensional. Assim, para além daqueles têm-se os modos laterais e transversais. Enquanto a influência dos modos longitudinais se situa no espectro de emissão a dos outros reflecte-se no diagrama de radiação. Devido à sua presença o diagrama de radiação bifurca-se, ou melhor, passa a ser estruturado em vários lóbulos. Como a presença de múltiplos lóbulos vai dificultar o acoplamento da radiação à fibra, será conveniente ter uma emissão laser com um único modo lateral e transversal. Para atingir este propósito reduz-se significativamente a espessura da zona activa e limita-se a sua largura recorrendo a técnicas apropriadas. Processos transitórios bem como variações de temperatura podem afectar a posição da curva do ganho óptico do laser, fazendo com que a posição do modo dominante varie aleatoriamente. Como consequência, o espectro óptico varia de pulso para pulso, ou mesmo durante a duração de um pulso. Este fenómeno designa-se por ruído de partição modal. Em presença da dispersão esta flutuação do espectro origina uma flutuação dos tempos de chegada dos pulsos, o que contribuirá para a degradação do desempenho do sistema.

9 Lasers de Semicondutor Laser monomodal O espectro de emissão relativamente largo, conjuntamente com o ruído de partição modal, são factores limitativos muito importantes e em presença da dispersão das fibras condicionam drasticamente as distâncias de transmissão e os débitos binários possíveis. Essas limitações levaram ao desenvolvimento dos laser momomodais, ou seja, lasers que emitem em um único modo longitudinal. Este objectivo pode ser atingido através da redução do comprimento da zona activa. Através de (3.15) verifica-se que a separação entre os modos adjacentes δλ é inversamente proporcional ao comprimento da cavidade L. Se δλ for feito maior que a largura espectral da curva do ganho óptico líquido, então é seleccionado um único modo. O inconveniente desta técnica está associado ao facto de a redução do comprimento da cavidade conduzir à redução da amplificação inerente à emissão estimulada e como resultado à redução da potência emitida. Outra solução possível para este problema consiste em filtrar no domínio óptico todos os modos com excepção do principal.. Um estrutura apropriada para realizar esta filtragem é um guia dieléctrico corrugado do tipo representado na Figura 3.8. Λ θ Figura 3.8 Estrutura de um guia dieléctrico corrugado A superfície deste guia é corrugada com um período de corrugação espacial de Λ, e o índice de refracção efectivo é dado por ne = n1 sin 2θ, onde n 1 é o índice de refracção do guia e θ o ângulo de reflexão da radiação. Este dispositivo actua como um malha difractora de Bragg unidimensional e a radiação luminosa que satisfaz a condição de Bragg é reflectida para trás ao longo do guia, ou seja, fazendo 180º com a direcção de propagação original. A condição de Bragg pode-se escrever na seguinte forma: n m e λ B = 2 Λ (3.16) onde λ B é o comprimento de onda da luz que é reflectida e m a ordem da malha difractora. A eficiência de acoplamento é máxima para malhas de primeira ordem (m=1). No entanto, malhas de segunda ordem são usadas muitas vezes, porque o seu período espacial maior facilita o seu fabrico.

10 Lasers de Semicondutor 41 Esse dispositivo, que se comporta como um filtro rejeita-banda, pode assim ser usado para introduzir a selectividade em frequência necessária para a construção dos lasers monomodais. Os lasers baseados no guia dieléctrico corrugado classificam-se em duas categorias a saber: lasers DFB (distributed feedback) e lasers DBR (distributed Bragg reflector). Nos primeiros a corrugação é aplicada sobre toda a extensão da zona activa, enquanto nos segundos o guia corrugado é aplicada nas extremidades do laser. Espelho semi-reflector Injecção de corrente Camada anti-reflectora Figura 3.9 Estrutura de um laser DFB Na Figura 3.9 representa-se a estrutura de um laser DFB. O período espacial da corrugação é determinado em função do comprimento de onda de emissão desejado. Para esse comprimento de onda a corrugação é responsável pela realimentação óptica positiva, associada à emissão laser. Assim, a cavidade de Fabry-Perot associada às faces do material semicondutor tem de ser removida. Para isso, as duas, ou no mínimo uma da faces de laser (como se representa na Figura 3.9) tem de ser cobertas com camadas antireflectoras. Embora a fabricação de lasers DFB requeira uma tecnologia avançada, esses dispositivos são hoje produzidos de modo rotineiro e facilmente encontrados no mercado. São usados em todas as aplicações que exigem débitos binários e distâncias de transmissão elevadas. 3.6 Modulação directa dos laser de semicondutor A modulação directa dos laser de semicondutor pode ser feita em intensidade (amplitude) e em frequência. Idealmente, qualquer variação da corrente de injecção irá originar uma variação instantânea da potência óptica emitida. Assim, a modulação de intensidade obtém-se através da variação apropriada da corrente de injecção. A situação representada na Figura 3.10 pressupõe que a relação entre potência óptica e corrente de injecção em presença de modulação segue a característica potência/corrente estática. Este comportamento só se verifica para frequências de modulação baixas, normalmente inferiores a 10 MHz.

11 Lasers de Semicondutor 42 P 0 P 0 (1) P 0 (0) I(0) I th I(1) I t t Figura 3.10 Modulação da intensidade de um laser através da variação da corrente de injecção Para frequências de modulação superiores surgem vários fenómenos, que podem condicionar seriamente os sistemas baseados na modulação directa. Em primeiro lugar, a aplicação de um escalão de corrente aos terminais do laser, resulta num certo tempo de atraso (tempo de atraso de comutação), seguido de oscilações amortecidas, conhecidas por oscilações de relaxação. Estas oscilações resultam da troca de energia entre os fotões e os electrões. Quando a população de fotões aumenta, a população de electrões excitados decresce e por conseguinte o ganho óptico também decresce. A redução do ganho conduz a uma redução da população de fotões. Com o decrescimento da população de fotões a população de electrões volta a aumentar, repetindo-se o ciclo até se atingir um estado estacionário. A frequência das oscilações de relaxação é dada por: f r = 1 1 I I 1 2π τ τ e p th 1/2 (3.17) onde τ e é o tempo de vida médio dos fotões, ou seja, o tempo médio em que os fotões permanecem dentro de zona activa. Este frequência desempenha um papel muito importante nas características de modulação de um laser. Em primeiro lugar a função de transferência de um laser é plana para f<<f r, apresenta um pico para f=f r e decai acentuadamente para f>f r, como se conclui a partir da Figura Resolvendo as equações de taxas do laser, assumindo uma modulação com pequenos sinais e uma operação acima do limiar, demonstra-se que a largura de banda a -3dB é aproximada por f3db = 3fr. Assim, atendendo a (3.17) concluí-se que a largura de banda de uma laser aumenta com o aumento da corrente de injecção.

12 Lasers de Semicondutor 43 H L(f) f r Frequência Figura 3.11 Função de transferência típica de um laser de semicondutor Como já se referiu, associada a uma escalão de corrente existe sempre um determinado tempo de atraso, antes do laser responder. Dois casos podem ser considerados na análise deste atraso: 1) O laser é polarizado abaixo do limiar (I(0)<I th ); 2) O laser é polarizado acima do limiar(i(0)>i th ). No primeiro caso o tempo de atraso de comutação resulta do facto de a emissão estimulada não ocorrer antes do ganho ultrapassar o ganho de limiar. Este é dado por t d I I = τ eln () 1 ( 0) I() 1 I th (3.18) No segundo caso, o tempo de atraso de comutação anula-se, por que o laser durante todo o processo de modulação apresenta emissão estimulada. Neste caso, pode-se definir o tempo de subida, ou seja, o tempo requerido para atingir o nível de potência mais elevado. Este é dado por t s 2 = 2πf r Po () 1 ln P ( 0) 0 1/2 (3.19) Como se viu, o tempo de atraso de comutação é limitado pelo tempo de vida dos portadores, que é da ordem do nanosegundo. Como este atraso pode provocar degradações significativas no desempenho do sistema, especialmente para ritmos de transmissão elevados, é habitual projectar-se o circuito de controlo do laser, de modo a garantir uma polarização acima do limiar. Antes de se estudar a modulação em frequência convém explicar a origem do alargamento espectral dinâmico associado à modulação em amplitude dos lasers de semicondutor. 3.7 Alargamento espectral dinâmico ( chirp ) O índice de refracção da zona activa dos lasers de semicondutor é complexo, podendo-se descrever do seguinte modo:

13 Lasers de Semicondutor 44 onde a parte real do índice de refracção é aproximada por n= n + jn (3.20) n = n0 + Δn (3.21) sendo n 0 o índice de refracção do material e Δ n a variação do índice de refracção associada à injecção de portadores na zona activa, ou seja Δn = bδn (3.22) em que b é uma constante dependente do material ( -2.8x10-20 cm 3, para o InGaAsP). Esta dependência do índice de refracção da densidade de portadores tem implicações muito importantes, quer a nível do comportamento dinâmico, quer a nível da largura da linha do laser (largura espectral). Quanto à parte imaginária, a sua variação relaciona-se com a variação do ganho do material semicondutor através de Δg Δn = 2k o (3.23) onde k 0 é a constante de propagação em espaço livre (k 0 = 2π / λ). A relação entre a variação da parte real e a variação da parte imaginária induzida pela variação da densidade de portadores é expressa pelo seguinte parâmetro: α H Δn dn dn = n = / Δ dn / dn 2 kob (3.24) = a Esse parâmetro é designado por factor de alargamento de linha (alargamento espectral), ou factor de Henry, em homenagem a Charles Henry da AT&T (USA), que o definiu pela primeira vez, para explicar a largura da linha em excesso apresentada pelos laser de semicondutor. Usando a equação (3.13), tem-se que a frequência de emissão de um laser monomodal (ex:dfb) é dada por c ν 0 = 2nL (3.25) Como se pode ver, a frequência de emissão depende da parte real do índice de refracção, o qual, como se viu, é influenciado pela variação da densidade de portadores. Será, assim, de esperar, que aquela frequência também seja condicionada pela variação da densidade

14 Lasers de Semicondutor 45 de portadores, ou o mesmo é dizer, pela variação da corrente de injecção. Para analisar este fenómeno, pode-se partir de (3.15) e calcular o diferencial de ν 0,vindo Δ c ν 0 = 2 2Ln Δn (3.26) Assim, a variação da corrente de injecção nos lasers de semicondutor dá lugar a variações na densidade de portadores, as quais induzem variações na parte real do índice de refracção. Como consequência tem-se uma variação da frequência de emissão, ou seja, uma alargamento espectral dinâmico (chirp ). A relação entre a variação de frequência e a variação da corrente de injecção ou seja Δν / ΔI, designa-se por eficiência FM e o seu valor situa-se entre 0.1 e 1 GHz/mA. Nos sistemas com modulação de intensidade o chirp é prejudicial, na medida que corresponde a uma alargamento espectral significativo, o que em presença da dispersão na fibra vai contribuir para reduzir a distância máxima de transmissão nas ligações ópticas. No entanto, este efeito pode ser usado em sistemas com modulação em frequência, ou melhor, FSK, na medida que proporciona um meio simples e efectivo para produzir um deslocamento de frequência através da variação da corrente de injecção entre dois valores distintos (ambos acima do limiar). Num sistema com modulação de intensidade ideal, a largura espectral do sinal é determinado pelo espectro de Fourier. Para o caso de um pulso Gaussiano, com largura temporal a meia potência igual a Δt a largura espectral a meia potência é dada por Δν = 2ln 2 1 π Δt (3.27) Em presença do chirp pode-se demonstrar que para a mesma largura temporal se obtém 2ln (3.28) Δν = 1 +α H π Δt Espectro de potência Espectro de Fourier Espectro em presença do chirp Figura 3.12 Influência do chirp no alargamento do espectro de um sinal ν

15 Lasers de Semicondutor 46 Como traduz a equação 3.28, e se ilusta na figura 3.12, o alargamento espectral induzido pelo chirp pode ser significativo desde que o factor de Henry seja elevado. Assim, nos sistemas com modulação de intensidade há vantagem em reduzir aquele factor ao mínimo, o que se consegue com os lasers de poços quânticos. 3.8 Ruído de intensidade e de fase em lasers momomodais Embora nos lasers a emissão estimulada seja dominante a emissão espontânea também está presente. Esta última pode ser vista como uma fonte de ruído, que vair perturbar tanto a amplitude como a fase do campo eléctrico, que nesta situação se pode descrever do seguinte modo (considerando um laser monomodal polarizado com uma corrente constante acima do limiar): [ ] Et () = Pt ()exp j( πν t+ φ ()) t (3.29) 2 0 onde Pt () = P0 + δ Pt () (ver fig.3.13), sendo P 0 a potência média e δp(t) as flutuações induzidas pela emissão espontânea designadas por ruído de intensidade. Na mesma equação φ(t) representa o ruído de fase induzido pela emissão espontânea. P(t) P 0 δp Figura 3.12 Variação da potência óptica devido à presença do ruído de intensidade. A função da autocorrelação do ruído de intensidade é definida por t R δp δp() t δp( t τ ) ( τ ) = < + > 2 P 0 (3.30) onde <.> designa média estatística. A transformada de Fourier de R δp ( τ ) designa-se por ruído de intensidade relativo ou RIN (relative intensity noise), sendo dada por + RIN ( f ) = R δ ( τ)exp( j2 π fτ) dτ P (3.31)

16 Lasers de Semicondutor 47 RIN (db/hz) I 2 > I 1 I 1 I 2 Frequência (GHz) Figura 3.14 Variação do RIN com a frequência para dois valores da corrente de injecção Pode-se demonstrar, que para uma determinada frequência o RIN varia com P -3 para baixas potências e com P -1 para potências mais elevadas. O RIN é consideravelmente acentuado junto da frequência das oscilações de relaxação, mas decresce rapidamente para frequências elevadas. Valores típicos do RIN situam-se entre -150 e -130 db/hz. O ruído de fase φ(t) de um laser pode-se exprimir em função do ruído em frequência &( φ t ), do seguinte modo: φ() t = &( φ t) dt 0 (3.32) Embora, a densidade espectral de potência do ruído de frequência apresente um pico em torno da frequência das oscilações de relaxação, pode-se admitir em primeira aproximação que este ruído é branco e com densidade espectral de potência dada por S & φ ( ω ) = 2πΔ ν (3.33) Usando (3.33) e desprezando as flutuações de intensidade em (3.29), pode-se deduzir a seguinte equação para a densidade espectral de potência do campo eléctrico S (0) S ( ν ) = E E ν ν 1+ Δυ / (3.34) P onde SE (0) 4 = 0. A equação (3.34) descreve um espectro Lorentziano, com largura da πδ ν linha a meia potência de Δυ, a qual é resultado do ruído de fase induzido pela emissão espontânea.

17 Lasers de Semicondutor 48 S E (ν) S E (0) S E (0)/2 Δν ν 0 ν Figura 3.14 Espectro de emissão de um laser monomodal A largura espectral de um laser monomodal pode ser descrita por 2 Δν = Δν ( 1 + α ) (3.35) ST Na equação anterior Δν ST representa largura espectral prevista pela teoria de Shawlow- Townes, que é comprovada pelas medidas experimentais dos lasers de gás. O termo adicional foi introduzido por C. Henry, como já se referiu, para adequar essa teoria aos lasers de semicondutor, já que os resultados experimentais obtidos com estes lasers eram muito superiores aos previstos por aquela teoria. Esta discrepância deve-se ao facto do índice de refracção da zona activa depender da densidade de portadores, como já se viu anteriormente. Assim, as flutuações na intensidade devidas à emissão espontânea vão induzir flutuações na densidade de portadores, às quais correspondem flutuações no índice de refracção. Estas flutuações são responsáveis por uma perturbação adicional da fase e como consequência por um aumento da largura espectral. A largura espectral de Shawlow-Townes é dada por Δν ST H 2 vhn g ν spαe( αi + αe) (3.36) = 8πP onde v g é a velocidade de grupo, n sp é o factor de emissão espontânea, P 0 é potência óptica e α e são as perdas nos espelhos, que de acordo com o que se viu anteriormente são descritas por: 0 α e = 1 1 ln 2L R R 1 2 (3.37) A largura espectral típica dos lasers monomodais (ex. DFB) situa-se entre 10 e 100 MHz. Embora, para os sistemas de detecção directa estes valores da largura espectral sejam razoáveis, para os sistemas com detecção coerente são muito elevados. De acordo com a equações (3.35), (3.36) e (3.37) podem-se divisar três técnicas possíveis para reduzir essa largura espectral:

18 Lasers de Semicondutor 49 1) Aumento da potência óptica; 2) Redução do factor de Henry; 3) Aumento do comprimento da cavidade. Relativamente à primeira, pode-se acrescentar que a potência óptica não pode ser feita arbitrariamente elevada, e quando esta aumenta atinge-se um mínimo da largura espectral, a partir do qual esta volta a aumentar. A redução do factor de Henry conseguese recorrendo aos lasers de poços quânticos. A terceira técnica conduz aos lasers de cavidade externa. Estes são baseados na ideia de aumentar o comprimento da cavidade adicionando ao laser uma meio passivo (ar, fibra óptica, ou guia óptico) terminado por um espelho.a Fig.3.15 representa esquematicamente a estrutura de um laser de cavidade externa. Cavidade externa Camada anti-reflectora R 1 R 2 v ge Díodo laser v g L e L Figura 3.15 Estrutura de uma laser de cavidade externa Pode-se demonstrar que a largura espectral de um laser de cavidade externa Δν e,se relaciona com a largura espectral de um laser solitário Δν, através de L/ vg Δνe = Δν L/ vg + Le / vg e (3.38) onde v g e v ge são respectivamente as velocidades de grupo na região activa e na região exterior. Com esta técnica é possível obter larguras espectrais de 10 khz, ou mesmo inferiores. 3.9 Referências Gerd Keiser, Optical Fiber Communications, McGraw-Hill, 1991 John M. Senior, Optical Fiber Communications, Prentice Hall, 1992 D. Mestdagh, Fundamentals of Multiaccess Optical Fiber Networks, Artech House, Problemas 1. Demonstre que as condições de oscilação para um laser são dadas por : α R R e g i 1, 2kL = m2π 1 2

19 Lasers de Semicondutor 50 2.Os modos longitudinais de um laser de GaAs emitindo em λ=0.87μm estão separados de 278 GHz. Determine o comprimento da cavidade óptica. O índice de refraçcão do GaAs é Determine a corrente de limiar para um laser de InGaAsP emitindo em 1.3μm. O laser é caracterizado pelos seguintes parâmetros: L=250 μm, d=0.2 μm, W=2 μm, α i =40 cm -1,n=3.6, Γ=0.3, a=2.5x10-16 cm 2, N 0 =1x10 18 cm -3 e τ e =2.2ns, τ e =1.6 ps. 4. Considere um laser constituído por: In 0.5 Ga 0.5 P 0.15 As 0.85 : Qual é o comprimento de onda de emissão? 5. Calcule a potência óptica enitida pelo laser cujas características foram apresentadas no problema 3, assumindo que I=2I th. 6. Determine a largura de banda para o laser considerado anteriormente, para os seguintes valores da corrente de injecção: I=1.05I th, I=1.5I th, I=2I th. 7. Para o mesmo laser determine os tempos de atraso de emissão admitindo que I(1)/I(0)=5, para I(0)=0.4I th. e I(0)=1.2I th. 8. Assumindo que a variação de frequência de emissão de um laser de semicondutor é descrita por α H d Δ ν = ln P( t) 4π dt onde α H é o factor de alargamento da largura da linha, demonstre que a amplitude complexa do campo eléctrico pode ser expressa por: ~ (1+ jα H ) / 2 E( t) = P( t) (ver K. Peterman, Laser Modulation and Noise, cap. 5) 9. Considere que os pulsos ópticos emitidos por um laser estão corrompidos pela acção do alargamento espectral dinâmico (chirp).o laser é caracterizado por um parâmetro α H =6. Esses pulsos são transmitidos por uma fibra óptica com um parâmetro de dispersão de 20 ps/nm/km. O comprimento de onda de trabalho é de 1.55 μm. Nestas condições determine o débito binário de transmissão máximo, para um comprimento da fibra de 10 e 100 km, respectivamente. 10. Obtenha uma expressão para o produto débito binário-distância de transmissão máxima em presença do chirp. 11. Um transmissor óptico digital para ritmos de transmissão baixos tem a estrutura representada abaixo. Assumido que se usa o LED SFH 404 como fonte óptica, determine a potência óptica injectada numa fibra óptica com índice de variação gradual, com um diâmetro de 50 mm, e AN=0.22, para o nível lógico 1.

20 Lasers de Semicondutor 51 V c LED R O circuito representado abaixo corresponde a um emissor óptico baseado um díodo laser. Explique como esse circuito consegue garantir que a potência óptica média emitida pelo laser se mantém constante, mesmo quando varia a temperatura. V c V c1 R c Laser PIN R 1 V i -V i R f V r R 2 R e I 0

Fontes Ópticas - Tipos e principais características -

Fontes Ópticas - Tipos e principais características - Fontes Ópticas - Tipos e principais características - As principais fontes ópticas utilizadas em comunicações ópticas são o LED (light emitting diode) e o LD (Laser diode que funciona segun o princípio

Leia mais

Fontes Ópticas - Tipos e principais características -

Fontes Ópticas - Tipos e principais características - Fontes Ópticas - Tipos e principais características - As principais fontes ópticas utilizadas em comunicações ópticas são o LED (light emitting diode) e o LD (Laser diode que funciona segun o princípio

Leia mais

Sistemas de comunicação óptica. Segunda parte Fontes transmissoras

Sistemas de comunicação óptica. Segunda parte Fontes transmissoras Sistemas de comunicação óptica Segunda parte Fontes transmissoras Transmissores Ópticos Fontes ópticas. Diodos emissores (LEDs) Laser de semicondutores Processo ópticos em semicondutores Absorção óptica

Leia mais

Sistemas de Comunicação Óptica Fontes Ópticas

Sistemas de Comunicação Óptica Fontes Ópticas Sistemas de Comunicação Óptica Fontes Ópticas João Pires Sistemas de Comunicação Óptica 57 Ganho Óptico em Dispositivos de Semicondutor O ganho óptico é obtido por emissão estimulada de radiação, em dispositivos

Leia mais

Sistemas de Comunicação Óptica Amplificadores Ópticos

Sistemas de Comunicação Óptica Amplificadores Ópticos Sistemas de Comunicação Óptica Amplificadores Ópticos João Pires Sistemas de Comunicação Óptica 85 Aplicações gerais (I) Amplificador de linha Usado para compensar a atenuação da fibra óptica em sistemas

Leia mais

Fibra Óptica Cap a a p c a id i a d d a e d e d e d e t r t an a s n mi m t i i t r i i n i f n o f r o ma m ç a ão ã

Fibra Óptica Cap a a p c a id i a d d a e d e d e d e t r t an a s n mi m t i i t r i i n i f n o f r o ma m ç a ão ã Fibra Óptica Capacidade de transmitir informação Capacidade de transmitir informação Capacidade taxa máxima de transmissão fiável C = B log 2 (1 + S/N) [Lei de Shannon] B largura de banda do canal B T

Leia mais

Sistemas de Comunicação Óptica

Sistemas de Comunicação Óptica Sistemas de Comunicação Óptica Problemas sobre Aspectos de Engenharia de Transmissão Óptica 1) Um fotodíodo PIN gera em média um par electrão-lacuna por cada três fotões incidentes. Assume-se que todos

Leia mais

Fonte luminosas e Fotodetectores

Fonte luminosas e Fotodetectores MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus São José Área de Telecomunicações Fonte luminosas e

Leia mais

6.1 Optoelectrónica Aplicada Capítulo 6

6.1 Optoelectrónica Aplicada Capítulo 6 6.1 Optoelectrónica Aplicada Capítulo 6 CAPÍTUO 6. MODUADORES 6.1 INTRODUÇÃO Como se viu no Capítulo 4, num sistema de comunicação óptica (SCO) os emissores ópticos têm como objectivo converter um sinal

Leia mais

Fontes Ópticas - Tipos e principais características -

Fontes Ópticas - Tipos e principais características - Fontes Ópticas Tipos e principais características As principais fontes ópticas utilizadas em comunicações ópticas são o LED (light emitting diode) e o LD (Laser diode que funciona segundo o princípio LASER

Leia mais

1 Fibra óptica e Sistemas de transmissão ópticos

1 Fibra óptica e Sistemas de transmissão ópticos 1 Fibra óptica e Sistemas de transmissão ópticos 1.1 Introdução Consiste de um guia de onda cilíndrico, conforme Figura 1, formado por núcleo de material dielétrico ( em geral vidro de alta pureza), e

Leia mais

8.2. Na extremidade de uma corda suficientemente longa é imposta uma perturbação com frequência f = 5 Hz que provoca uma onda de amplitude

8.2. Na extremidade de uma corda suficientemente longa é imposta uma perturbação com frequência f = 5 Hz que provoca uma onda de amplitude Constantes Velocidade do som no ar: v som = 344 m /s Velocidade da luz no vácuo c = 3 10 8 m/s 8.1. Considere uma corda de comprimento L e densidade linear µ = m/l, onde m é a massa da corda. Partindo

Leia mais

Resolução dos exercícios propostos- P2 Rodrigo César Pacheco

Resolução dos exercícios propostos- P2 Rodrigo César Pacheco dos exercícios propostos- P2 Rodrigo César Pacheco-7211078 dos exercícios do capítulo 6 Exercício 6.1 Por que não há possibilidade de condução elétrica em um semicondutor a 0K? Considerando a distribuição

Leia mais

EEC4262 Radiação e Propagação. Lista de Problemas

EEC4262 Radiação e Propagação. Lista de Problemas Lista de Problemas Parâmetros fundamentais das antenas 1) Uma antena isotrópica no espaço livre produz um campo eléctrico distante, a 100 m da antena, de 5 V/m. a) Calcule a densidade de potência radiada

Leia mais

Resolução de exercícios Parte 2

Resolução de exercícios Parte 2 Resolução de exercícios Parte 2 Capítulo 6 (7 exercícios). Por que não há possibilidade de condução elétrica em um semicondutor a 0K? Na seção 6.4.3 podemos encontrar a explicação para isso: [...] à temperatura

Leia mais

As seguintes considerações devem ser feitas inicialmente ou ao longo do trabalho:

As seguintes considerações devem ser feitas inicialmente ou ao longo do trabalho: EXPERIÊNCIA 1: Pesa-espíritos EXEMPLO DE RESOLUÇÃO: Esquema da montagem: H 0 h 0 M As seguintes considerações devem ser feitas inicialmente ou ao longo do trabalho: M = massa do tubo + massa adicionada

Leia mais

PROBLEMAS DE FIBRAS ÓPTICAS

PROBLEMAS DE FIBRAS ÓPTICAS PROBLEMAS DE FIBRAS ÓPTICAS Mª João M. Martins 2º Semestre 20/2 Problema FO- Diagrama de Dispersão de uma Fibra Óptica (oral) Considere uma fibra óptica de núcleo homogéneo com raio a = 2.0µm, n =.45 e

Leia mais

Ultra-Wide-Band sobre fibra óptica

Ultra-Wide-Band sobre fibra óptica Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Ultra-Wide-Band sobre fibra óptica Nuno Franclim Sousa RELATÓRIO FASE 1 - MODELAÇÃO DO DISPOSITIVO LASER SEMICONDUTOR (VCSEL) EM MATLAB. Dissertação realizada

Leia mais

0.5 dbkm e coeficiente de dispersão cromática

0.5 dbkm e coeficiente de dispersão cromática Propagação e Radiação de Ondas Electromagnéticas Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ano Lectivo 2015/2016, 2º Semestre 2º Teste, 23 de Maio de 2016 Notas 1) O teste tem a duração de

Leia mais

Resolução dos exercícios propostos do livro texto referente a primeira etapa do curso Rodrigo César Pacheco

Resolução dos exercícios propostos do livro texto referente a primeira etapa do curso Rodrigo César Pacheco dos exercícios propostos do livro texto referente a primeira etapa do curso Rodrigo César Pacheco Exercícios do capítulo 1 (páginas 24 e 25) Questão 1.1 Uma fonte luminosa emite uma potência igual a 3mW.

Leia mais

Admita que, à entrada de uma fibra óptica, a componente longitudinal do campo eléctrico é dada por. a frequência (angular) da portadora.

Admita que, à entrada de uma fibra óptica, a componente longitudinal do campo eléctrico é dada por. a frequência (angular) da portadora. Aula de Problemas 5 Problema Admita que, à entrada de uma fibra óptica, a componente lonitudinal do campo eléctrico é dada por z,,,, exp E x y z t F x y t i t em que o sinal modulante t é um impulso aussiano

Leia mais

Resolução de exercícios Parte 1

Resolução de exercícios Parte 1 Resolução de exercícios Parte 1 Capítulo 1 (4 exercícios) 1. Uma fonte luminosa emite uma potência igual a 3mW. Se as perdas totais do sistema somam 45dB, qual deve ser a mínima potência detectável por

Leia mais

Fontes Emissoras Ópticas

Fontes Emissoras Ópticas Fontes Emissoras Ópticas Diodo Emissor de Luz LED - Light Emitting Diode Emissão espontânea de luz Dispositivos semicondutores Diodo Laser LASER- Light Amplification by Emmiting Stimuled Emission of Radiation

Leia mais

Evolução dos sistemas de comunicação óptica

Evolução dos sistemas de comunicação óptica Evolução dos sistemas de comunicação óptica 960 - Realização do primeiro laser; 966 - Proposta para usar as fibras ópticas em telecomunicações (Kao); 970 - Fabrico da primeira fibra óptica de sílica dopada

Leia mais

4 Multiplexação TDM/WDM

4 Multiplexação TDM/WDM 4 Multiplexação TDM/WDM A multiplexação de sensores utilizando a técnica de TDM possibilita a interrogação de vários sensores por fibra. No entanto, o número de sensores a serem interrogados é limitado

Leia mais

1ª Série de Problemas

1ª Série de Problemas INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES 1ª Série de Problemas de Sistemas e Redes de Telecomunicações Ano Lectivo de 2007/2008 Abril 2008 1 Na resolução

Leia mais

Microondas I. Prof. Fernando Massa Fernandes. Sala 5017 E

Microondas I. Prof. Fernando Massa Fernandes.   Sala 5017 E Prof. Fernando Massa Fernandes https://www.fermassa.com/microondas-i.php Sala 5017 E fermassa@lee.uerj.br Capt. 3 Exercício prático: Guia oco - retangular i) Qual a banda de operação desse guia e sua provável

Leia mais

Propagação e Antenas Teste 9 de Novembro de Duração: 2 horas 9 de Novembro de 2015

Propagação e Antenas Teste 9 de Novembro de Duração: 2 horas 9 de Novembro de 2015 Propagação e Antenas Teste 9 de Novembro de 5 Docente Responsável: Prof Carlos R Paiva Duração: horas 9 de Novembro de 5 Ano Lectivo: 5 / 6 PRIMEIRO TESTE Uma nave espacial deixa a Terra com uma velocidade

Leia mais

SEL413 Telecomunicações. 1. Notação fasorial

SEL413 Telecomunicações. 1. Notação fasorial LISTA de exercícios da disciplina SEL413 Telecomunicações. A lista não está completa e mais exercícios serão adicionados no decorrer do semestre. Consulte o site do docente para verificar quais são os

Leia mais

Amplificadores Ópticos - Aspectos gerais -

Amplificadores Ópticos - Aspectos gerais - Amplificadores Ópticos - Aspectos gerais - Os amplificadores ópticos (AO) operam somente no domínio óptico sem quaisquer conversões para o domínio eléctrico; Os AO são transparentes ao ritmo de transmissão

Leia mais

E E ). Tem-se, portanto, E r t E0

E E ). Tem-se, portanto, E r t E0 Propagação e Antenas Exame 6 de Janeiro de 6 Docente Responsável: Prof Carlos R Paiva Duração: 3 horas 6 de Janeiro de 6 Ano ectivo: 5 / 6 PRIMEIRO EXAME Nota Inicial As soluções dos Problemas 3 6 podem

Leia mais

Índice. 1. Uma visão histórica. 2. Óptica de raios. 3. Ondas eletromagnéticas

Índice. 1. Uma visão histórica. 2. Óptica de raios. 3. Ondas eletromagnéticas Índice i 1. Uma visão histórica 1.1 Considerações preliminares...1 1.2 Desenvolvimentos iniciais...2 1.3 Óptica ondulatória versus corpuscular...4 1.4 Ressurgimento da teoria ondulatória...6 1.5 Ondas

Leia mais

Problema 1 [5.0 valores] I. Uma linha de transmissão com

Problema 1 [5.0 valores] I. Uma linha de transmissão com Propagação e Radiação de Ondas Electromagnéticas Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ano Lectivo 2016/2017, 2º Semestre Exame, 23 de Junho de 2017 Notas 1) O teste tem a duração de

Leia mais

2 Conceitos preliminares

2 Conceitos preliminares 2 Conceitos preliminares As redes de ragg atraíram um considerável interesse ao longo dos últimos anos. Isso se deve a sua característica de refletir uma faixa estreita de comprimentos de onda. As redes

Leia mais

Filtros, Multiplexadores, Demutiplexadores Compensadores de Dispersão

Filtros, Multiplexadores, Demutiplexadores Compensadores de Dispersão MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus São José Área de Telecomunicações Filtros, Multiplexadores,

Leia mais

defi departamento de física

defi departamento de física defi departamento de física Laboratórios de Física www.defi.isep.ipp.pt Interferómetro de Michelson Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de Almeida,

Leia mais

PSI 3481 SISTEMAS ÓPTICOS E DE MICRO- ONDAS. Fibras Ópticas

PSI 3481 SISTEMAS ÓPTICOS E DE MICRO- ONDAS. Fibras Ópticas PSI 3481 SISTEMAS ÓPTICOS E DE MICRO- ONDAS Fibras Ópticas Fibras Ópticas Luz guiada: reflexão interna total (1854) Fibra Óptica: multicamadas (1950). Antes de 1970: perda 1000 db/km Em 1970: perda 20

Leia mais

Cavidades ópticas. kr xexp

Cavidades ópticas. kr xexp 3. Introdução Como exposto no capítulo anterior, é necessária a presença de luz para que ocorra a emissão estimulada e conseqüentemente, a ação laser. Do ponto de vista prático, isto é obtido por meio

Leia mais

SISTEMAS ÓPTICOS. Atenuação e Dispersão

SISTEMAS ÓPTICOS. Atenuação e Dispersão MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus São José Área de Telecomunicações Curso Superior Tecnológico

Leia mais

DISPERSÃO. Esse alargamento limita a banda passante e, consequentemente, a capacidade de transmissão de informação na fibra;

DISPERSÃO. Esse alargamento limita a banda passante e, consequentemente, a capacidade de transmissão de informação na fibra; DISPERSÃO Quando a luz se propaga em meios dispersivos a sua velocidade de propagação muda com o comprimento de onda. Além disso a luz se propaga de diferentes modos (por diferentes caminhos) gerando distintos

Leia mais

PLANO DE ENSINO EMENTA

PLANO DE ENSINO EMENTA 1 PLANO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Curso: CST em Sistemas de Telecomunicações, Tecnologia Nome da disciplina: Comunicações Ópticas Código: TEL037 Carga horária: 67 horas Semestre previsto: 5º

Leia mais

Estudos de Desempenho de Redes de Comunicação Incorporando Aplicações Não Lineares de Amplificadores Ópticos Semicondutores

Estudos de Desempenho de Redes de Comunicação Incorporando Aplicações Não Lineares de Amplificadores Ópticos Semicondutores Estudos de Desempenho de Redes de Comunicação Incorporando Aplicações Não Lineares de Amplificadores Ópticos Semicondutores Mário Marques Freire (mario@noe.ubi.pt) Universidade da Beira Interior Provas

Leia mais

Prof. Fernando Massa Fernandes https://www.fermassa.com/microondas-i.php Sala 5017 E fernando.fernandes@uerj.br Aula 26 Revisão Revisão Linha de transmissão planar Tecnologia Planar (grande interesse prático)

Leia mais

DEPARTAMENTO DE FÍSICA. Ondas e Óptica Trabalho prático n o 6

DEPARTAMENTO DE FÍSICA. Ondas e Óptica Trabalho prático n o 6 v 10: May 14, 2007 1 DEPARTAMENTO DE FÍSICA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DE COIMBRA Nunca olhe directamente para o laser! 1 Objectivo Ondas e Óptica 2007 Trabalho prático n o 6 Estudo

Leia mais

Análise Comparativa do Desempenho de Amplificadores Ópticos com Bombeamento e Injecção. Engenharia Electrotécnica e de Computadores

Análise Comparativa do Desempenho de Amplificadores Ópticos com Bombeamento e Injecção. Engenharia Electrotécnica e de Computadores Análise Comparativa do Desempenho de Amplificadores Ópticos com Bombeamento e Injecção Ana Margarida Carvalhão Rodrigues Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Electrotécnica e de Computadores

Leia mais

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Departamento de Física. Electromagnetismo e Óptica. Objectivo

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Departamento de Física. Electromagnetismo e Óptica. Objectivo Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Departamento de Física Electromagnetismo e Óptica Ano lectivo 2009/2010 TL 5 Reflexão e refracção da luz visível Objectivo Este trabalho laboratorial tem

Leia mais

FEP Física para Engenharia II

FEP Física para Engenharia II FEP96 - Física para Engenharia II Prova P - Gabarito. Uma plataforma de massa m está presa a duas molas iguais de constante elástica k. A plataforma pode oscilar sobre uma superfície horizontal sem atrito.

Leia mais

3 Análise do sistema baseado em demodulação óptica usando dois filtros fixos para interrogar sensores a rede de Bragg em fibras ópticas

3 Análise do sistema baseado em demodulação óptica usando dois filtros fixos para interrogar sensores a rede de Bragg em fibras ópticas 3 Análise do sistema baseado em demodulação óptica usando dois filtros fixos para interrogar sensores a rede de Bragg em fibras ópticas 3.1. Introdução Rede de Bragg em fibras ópticas (FBG) tem mostrado

Leia mais

5 Descrição do sistema implantado

5 Descrição do sistema implantado 5 Descrição do sistema implantado 5.1. Montagem experimental Um diagrama esquemático do experimento utilizado para interrogar os sensores a rede de Bragg é mostrado a seguir na figura 5.1. EDFA Fonte Pulsada

Leia mais

Sistema de Detecção de Metano baseado em Espectroscopia por Modulação de Comprimento de Onda e em Fibras Ópticas Microestruturadas de Núcleo Oco

Sistema de Detecção de Metano baseado em Espectroscopia por Modulação de Comprimento de Onda e em Fibras Ópticas Microestruturadas de Núcleo Oco Sistema de Detecção de Metano baseado em Espectroscopia por Modulação de Comprimento de Onda e em Fibras Ópticas Microestruturadas de Núcleo Oco Palavras-chave: fibras ópticas microestruturadas, sensorização

Leia mais

8/Maio/2015 Aula 19. Aplicações: - nanotecnologias; - microscópio por efeito de túnel. Equação de Schrödinger a 3 dimensões. 6/Maio/2015 Aula 18

8/Maio/2015 Aula 19. Aplicações: - nanotecnologias; - microscópio por efeito de túnel. Equação de Schrödinger a 3 dimensões. 6/Maio/2015 Aula 18 6/Maio/2015 Aula 18 Conclusão da aula anterior 3º oscilador harmónico simples 4º barreira de potencial, probabilidade de transmissão. Efeito de túnel quântico: decaimento alfa. 8/Maio/2015 Aula 19 Aplicações:

Leia mais

ANTENAS E PROPAGAÇÃO MEAero 2011/2012

ANTENAS E PROPAGAÇÃO MEAero 2011/2012 ANTENAS E PROPAGAÇÃO MEAero 011/01 1º Exame e Repescagem do 1º e º teste, 31-Mai-01 NOTA REFERENTE A TODAS AS PERGUNTAS: Duração teste: 1H30 Duração exame: H30 Resp: Prof. Carlos Fernandes Para ter a cotação

Leia mais

Estimação da Resposta em Frequência

Estimação da Resposta em Frequência 27 Estimação da Resposta em Frequência ω = ω ω Objectivo: Calcular a magnitude e fase da função de transferência do sistema, para um conjunto grande de frequências. A representação gráfica deste conjunto

Leia mais

Resolução Exercícios P3. Resolução dos exercícios do capítulo 9

Resolução Exercícios P3. Resolução dos exercícios do capítulo 9 Resolução Exercícios P3 Resolução dos exercícios do capítulo 9 Exercício 9. Esboce o diagrama elétrico de um circuito simples de excitação de LED para uma interface TTL e o circuito simplificado de excitação

Leia mais

Comprimento de onda ( l )

Comprimento de onda ( l ) Comprimento de onda ( l ) Definição Pode ser definido como a distância mínima em que um padrão temporal da onda, ou seja, quando um ciclo se repete. λ= c f Onde: c velocidade da luz no vácuo [3.10 8 m/s]

Leia mais

Análise Sistemática da Metodologia de Previsão do DGD em Sistemas Ópticos de Alta Capacidade 18

Análise Sistemática da Metodologia de Previsão do DGD em Sistemas Ópticos de Alta Capacidade 18 Capacidade 18 2 Métodos de Medidas A seguir descreve-se teoria básica de medição da PMD baseada na discussão efetuada na referência 7. Neste capítulo serão abordados os aspectos mais importantes dos métodos

Leia mais

EVFITA. Óptica Quântica. Nicolau A.S. Rodrigues Instituto de Estudos Avançados IEAv

EVFITA. Óptica Quântica. Nicolau A.S. Rodrigues Instituto de Estudos Avançados IEAv EVFITA Óptica Quântica Nicolau A.S. Rodrigues Instituto de Estudos Avançados IEAv Primórdios da Quântica Radiação de Corpo Negro Fenômenos Efeito Fotoelétrico Ópticos Espectro Solar Para descrever o espectro

Leia mais

Ondas - 2EE 2003 / 04

Ondas - 2EE 2003 / 04 Ondas - EE 003 / 04 Utilização de Basicamente trata-se de transmitir informação ao longo de uma guia de onda em vidro através de um feixe luminoso. O que é uma Fibra Óptica? Trata-se de uma guia de onda

Leia mais

PEA-5716 COMPONENTES E SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SENSOREAMENTO A FIBRAS ÓPTICAS

PEA-5716 COMPONENTES E SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SENSOREAMENTO A FIBRAS ÓPTICAS EPUSP Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EPUSP Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas - PEA Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa 3, No.158 Butantã - São Paulo - SP

Leia mais

4 Sistema OFDR sintonizável

4 Sistema OFDR sintonizável 4 Sistema OFDR sintonizável Para efetuar medidas utilizando a técnica de OFDR, como descrita no capítulo 2, foi construído um sistema cujo esquema está mostrado na Figura 16. A freqüência óptica do laser

Leia mais

ANTENAS E PROPAGAÇÃO MEAero 2010/2011

ANTENAS E PROPAGAÇÃO MEAero 2010/2011 ANTENAS E PROPAGAÇÃO MEAero 2010/2011 1º Teste, 07-Abr-2011 (com resolução) Duração: 1H30 DEEC Resp: Prof. Carlos Fernandes Problema 1 Considere um satélite de órbita baixa (450 km) usado para prospecção

Leia mais

Laser. Emissão Estimulada

Laser. Emissão Estimulada Laser A palavra laser é formada com as iniciais das palavras da expressão inglesa light amplification by stimulated emission of radiation, que significa amplificação de luz por emissão estimulada de radiação.

Leia mais

Comutação por Conversão de Comprimento de Onda em Redes Ópticas

Comutação por Conversão de Comprimento de Onda em Redes Ópticas Comutação por Conversão de Comprimento de Onda em Redes Ópticas Web Page Estudo da eficiência de conversão utilizando o efeito Four-Wave Mixing Trabalho Realizado por: João Manuel Barbosa de Oliveira Rodrigo

Leia mais

Aula do cap. 17 Ondas

Aula do cap. 17 Ondas Aula do cap. 17 Ondas O que é uma onda?? Podemos definir onda como uma variação de uma grandeza física que se propaga no espaço. É um distúrbio que se propaga e pode levar sinais ou energia de um lugar

Leia mais

n 1 senθ 1 = n 2 senθ 2 (1)

n 1 senθ 1 = n 2 senθ 2 (1) TL5 Reflexão e refracção da luz visível Este trabalho laboratorial tem por objectivo a observação da reflexão e refracção da luz em superfícies planas e curvas e a determinação do índice de refracção de

Leia mais

Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho

Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho Eletromagnetismo II Prof. Daniel Orquiza Eletromagnetismo II Prof. Daniel Orquiza de Carvalho Reflexão de Ondas em interfaces múltiplas (Capítulo 11 Páginas 417 a 425) Impedância de entrada Coef. de reflexão

Leia mais

4 e 6/Maio/2016 Aulas 17 e 18

4 e 6/Maio/2016 Aulas 17 e 18 9/Abril/016 Aula 16 Princípio de Incerteza de Heisenberg. Probabilidade de encontrar uma partícula numa certa região. Posição média de uma partícula. Partícula numa caixa de potencial: funções de onda

Leia mais

7 Metodologia de Cálculo da BER e da Penalidade de Potência de um Pacote

7 Metodologia de Cálculo da BER e da Penalidade de Potência de um Pacote 110 7 Metodologia de Cálculo da BER e da Penalidade de Potência de um Pacote Como vimos, o laser em anel implementado com o objetivo de controlar o ganho do EDFA tem freqüências naturais de oscilação que,

Leia mais

CET em Telecomunicações e Redes Telecomunicações. Lab 13 Antenas

CET em Telecomunicações e Redes Telecomunicações. Lab 13 Antenas CET em e Redes Objectivos Familiarização com o conceito de atenuação em espaço livre entre o transmissor e o receptor; variação do campo radiado com a distância; razão entre a directividade e ganho de

Leia mais

CF082 - Óptica Moderna. Interferência - revisão e aplicações

CF082 - Óptica Moderna. Interferência - revisão e aplicações CF082 - Óptica Moderna Interferência - revisão e aplicações 1 Interferência É o efeito resultante da superposição de duas ou mais ondas. Interferência óptica corresponde a interação de duas ou mais onda

Leia mais

Lista de Exercícios GQ1

Lista de Exercícios GQ1 1 a QUESTÃO: Determine a Transformada Inversa de Fourier da função G(f) definida pelo espectro de amplitude e fase, mostrado na figura abaixo: 2 a QUESTÃO: Calcule a Transformadaa de Fourier do Sinal abaixo:

Leia mais

2 Amplificador óptico semicondutor

2 Amplificador óptico semicondutor 2 Amplificador óptico semicondutor O dispositivo semicondutor em questão será estudado, analisando-se como ocorre o processo de ganho e saturação, a geração de ruído pelo amplificador, e como este pode

Leia mais

Projecto GEBA. Elaboração e construção de uma antena planar Explicação de um projecto. ASPOF EN-AEL Gonçalves Capela ASPOF EN-AEL Pessanha Santos

Projecto GEBA. Elaboração e construção de uma antena planar Explicação de um projecto. ASPOF EN-AEL Gonçalves Capela ASPOF EN-AEL Pessanha Santos Projecto GEBA Elaboração e construção de uma antena planar Explicação de um projecto ASPOF EN-AEL Gonçalves Capela ASPOF EN-AEL Pessanha Santos Reunião Semanal 26 de Janeiro de 2010 01-02-2010 AGENDA Introdução;

Leia mais

Prova teórica. Terça-feira, 23 de Julho de 2002

Prova teórica. Terça-feira, 23 de Julho de 2002 Prova teórica Terça-feira, 23 de Julho de 22 Por favor, ler estas instruções antes de iniciar a prova: 1. O tempo disponível para a prova teórica é de 5 horas. 2. Utilizar apenas o material de escrita

Leia mais

4 SIMULAÇÃO TEÓRICA DOS GUIAS DE ONDA

4 SIMULAÇÃO TEÓRICA DOS GUIAS DE ONDA 4 SIMULAÇÃO TEÓRICA DOS GUIAS DE ONDA Os moduladores de intensidade propostos neste trabalho são fabricados em guias de onda. Por este motivo o guia de onda deve estar otimizado. A otimização de uma estrutura

Leia mais

Existem várias formas de modulação e demodulação. Nesta página, algumas das mais comuns para a demodulação e alguns circuitos também comuns.

Existem várias formas de modulação e demodulação. Nesta página, algumas das mais comuns para a demodulação e alguns circuitos também comuns. Introdução O processo básico das telecomunicações consiste em adicionar o sinal das informações que se deseja transmitir ao sinal de transmissão (portadora), ou seja, uma modulação. No receptor, deve ocorrer

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS Nº 3

LISTA DE EXERCÍCIOS Nº 3 LISTA DE EXERCÍCIOS Nº 3 Questões 1) Na Figura 1, três longos tubos (A, B e C) são preenchidos com diferentes gases em diferentes pressões. A razão entre o módulo da elasticidade volumar e a densidade

Leia mais

ASPECTOS GERAIS. Prof. Harley P. Martins filho

ASPECTOS GERAIS. Prof. Harley P. Martins filho /6/08 ASPECTOS GERAIS Prof. Harley P. Martins filho Aspectos Gerais Espectroscopia por emissão: Abaixamento de energia de um sistema de um nível permitido para outro, com emissão da energia perdida na

Leia mais

26/06/17. Ondas e Linhas

26/06/17. Ondas e Linhas 26/06/17 1 Ressonadores em Linhas de Transmissão (pags 272 a 284 do Pozar) Circuitos ressonantes com elementos de parâmetros concentrados Ressonadores com linhas de transmissão em curto Ressonadores com

Leia mais

Graça Meireles. Física -10º ano. Física -10º ano 2

Graça Meireles. Física -10º ano. Física -10º ano 2 Escola Secundária D. Afonso Sanches Energia do Sol para a Terra Graça Meireles Física -10º ano 1 Variação da Temperatura com a Altitude Física -10º ano 2 1 Sistemas Termodinâmicos Propriedades a ter em

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENA. Utilização e Organização dos Laboratórios Escolares. Actividade Laboratorial Física 12º Ano

ESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENA. Utilização e Organização dos Laboratórios Escolares. Actividade Laboratorial Física 12º Ano ESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENA Utilização e Organização dos Laboratórios Escolares Actividade Laboratorial Física 12º Ano Característica de um LED e determinação da constante de Planck (Actividade

Leia mais

EFEITO FOTOELÉCTRICO

EFEITO FOTOELÉCTRICO EFEITO FOTOELÉCTRICO 1. Resumo Neste trabalho pretende se efectuar a verificação experimental do efeito fotoeléctrico e, partindo daí, determinar o valor de uma das constantes fundamentais da natureza,

Leia mais

IX Olimpíada Ibero-Americana de Física

IX Olimpíada Ibero-Americana de Física 1 IX Olimpíada Ibero-Americana de Física Salvador, Setembro de 2004 Questão 1 - Sensores Hall (10 pontos) H * H 8 0 Figura 1: Chapinha de material semicondutor atravessada por uma corrente I colocada em

Leia mais

Questionário de Física IV

Questionário de Física IV Questionário de Física IV LEFT-LEA-LMAC-LCI 2 Semestre 2002/2003 Amaro Rica da Silva, Teresa Peña Alfredo B. Henriques Profs. Dep.Física - IST Questão 1 Na figura junta representam-se as linhas de campo

Leia mais

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. Transmissão de calor. 3º ano

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. Transmissão de calor. 3º ano UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia Transmissão de calor 3º ano Aula 3 Equação diferencial de condução de calor Condições iniciais e condições de fronteira; Geração de Calor num Sólido;

Leia mais

3 Propagação de Ondas Milimétricas

3 Propagação de Ondas Milimétricas 3 Propagação de Ondas Milimétricas O desempenho de sistemas de comunicação sem fio depende da perda de propagação entre o transmissor e o receptor. Ao contrário de sistemas cabeados que são estacionários

Leia mais

Problemas sobre Ondas Electromagnéticas

Problemas sobre Ondas Electromagnéticas Problemas sobre Ondas Electromagnéticas Parte II ÓPTICA E ELECTROMAGNETISMO MIB Maria Inês Barbosa de Carvalho Setembro de 2007 INCIDÊNCIA PROBLEMAS PROPOSTOS 1. Uma onda electromagnética plana de 200

Leia mais

EXAME No.1 ; TESTE No.2 CONTROLO-MEEC PROVAS-TIPO, Jan. 2018

EXAME No.1 ; TESTE No.2 CONTROLO-MEEC PROVAS-TIPO, Jan. 2018 COTAÇÕES TESTE N0.2 Q3-3.1 [3v], 3.2 [2v], 3.3 [2v], 3.4 [1v] Q4-4.1 [6v], 4.2 [2v], 4.3 [3v], 4.4 [1v] EXAME No.1 ; TESTE No.2 CONTROLO-MEEC PROVAS-TIPO, Jan. 2018 8 valores 12 valores EXAME Q1-1.1 [1v],

Leia mais

Antenas e Propagação. Artur Andrade Moura.

Antenas e Propagação. Artur Andrade Moura. 1 Antenas e Propagação Artur Andrade Moura amoura@fe.up.pt 2 Equações de Maxwell e Relações Constitutivas Forma diferencial no domínio do tempo Lei de Faraday Equações de Maxwell Lei de Ampére Lei de Gauss

Leia mais

Electrotecnia Teórica (1º Semestre 2000/2001)

Electrotecnia Teórica (1º Semestre 2000/2001) Electrotecnia Teórica (º Semestre 2000/200) Exame #2 (25-Jan-200) Resolver cada problema numa folha separada Electrotecnia Teórica (º Semestre 2000/200) Duração: 2.30 horas SEM CONSULTA Problema Linhas

Leia mais

TRABALHO Nº 1 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DE UMA RADIAÇÃO DUPLA FENDA DE YOUNG

TRABALHO Nº 1 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DE UMA RADIAÇÃO DUPLA FENDA DE YOUNG TRABALHO Nº 1 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DE UMA RADIAÇÃO DUPLA FENDA DE YOUNG Pretende-se realizar a experiência clássica de Thomas Young e utilizar o padrão de interferência de duas fontes pontuais

Leia mais

Introdução aos Sistemas de Comunicações

Introdução aos Sistemas de Comunicações aos Sistemas de Comunicações Edmar José do Nascimento () http://www.univasf.edu.br/ edmar.nascimento Universidade Federal do Vale do São Francisco Colegiado de Engenharia Elétrica Roteiro 1 Sistemas de

Leia mais

Fenómenos ondulatórios

Fenómenos ondulatórios Fenómenos ondulatórios Características das ondas Uma onda é descrita pelas seguintes características físicas: Amplitude, A Frequência, f Comprimento de onda, Velocidade, v Características das ondas A amplitude

Leia mais

3. Polarização da Luz

3. Polarização da Luz 3. Polarização da Luz Sendo uma onda eletromagnética, a luz é caracterizada por vetor um campo elétrico e um campo magnético dependentes do tempo e do espaço. As ondas de luz se propagam em ondas transversais

Leia mais

Estudo de desvanecimentos

Estudo de desvanecimentos Estudo de desvanecimentos Ligação por satélite 19-12-2003 Carlos Rocha e Rui Botelho 1 Desvanecimentos:variações de amplitude do sinal em torno do seu valor médio Tipos de desvanecimentos: quase constantes(ex:.absorção

Leia mais

3 Demodulação de sensores a rede de Bragg

3 Demodulação de sensores a rede de Bragg 3 Demodulação de sensores a rede de Bragg Como mostrado antes, uma resolução de aproximadamente 1 pm é necessária para medir uma mudança na temperatura de aproximadamente.1 C e uma mudança na deformação

Leia mais

Física e Química A 715 (versão 1)

Física e Química A 715 (versão 1) Exame (Resolução proposta por colaboradores da Divisão de Educação da Sociedade Portuguesa de Física) Física e Química A 715 (versão 1) 0 de Junho de 008 1. 1.1. Átomos de ferro A espécie redutora é o

Leia mais