(11) Número de Publicação: PT A. (51) Classificação Internacional: A47L 21/02 ( ) (12) FASCÍCULO DE PATENTE DE INVENÇÃO

Transcrição

1 (11) Número de Publicação: PT A (51) Classificação Internacional: A47L 21/02 ( ) (12) FASCÍCULO DE PATENTE DE INVENÇÃO (22) Data de pedido: (30) Prioridade(s): (43) Data de publicação do pedido: (73) Titular(es): JORGE CARLOS DE MIRANDA CASTELHANO RUA QUINTA DA BARRA, LOTE 44, Nº 1, LETRA D, PRAIA DA BARRA GAFANHA DA ENCARNAÇÃO PT (45) Data e BPI da concessão: / (72) Inventor(es): JORGE CARLOS DE MIRANDA CASTELHANO PT (74) Mandatário: PAULO RUI DA SILVA PELAYO DE SOUSA HENRIQUES R DE SÁ DA BANDEIRA ESQ PORTO PT (54) Epígrafe: MÁQUINA DE LIMPEZA E SECAGEM DE COPOS (57) Resumo: O PRESENTE INVENTO REFERE-SE A UMA MÁQUINA DE LIMPEZA E SECAGEM DE COPOS, SENDO ESPECIALMENTE APLICÁVEL EM COPOS DE DIFÍCIL LIMPEZA, A QUAL COMPREENDE UMA ESTRUTURA BASE INFERIOR (6) PARA ALOJAMENTO DO MOTOR (1), CUJO VEIO NA VERTICAL, LIGADO AO EIXO DA RODA DENTADA CENTRAL DO CONJUNTO DE RODAS DENTADAS (4) QUE SERVEM DE BASE AOS VEIOS (7) DE SUPORTE DAS ESCOVAS DE LIMPEZA EM CAMURÇA (2, 3) QUE QUANDO EM MOVIMENTO GIRATÓRIO ABREM CRIANDO O AMBIENTE IDEAL PARA LIMPEZA EM TODA A SUPERFÍCIE INTERIOR E EXTERIOR DO COPO, UMA CAIXA EXTERIOR QUE GARANTE SEGURANÇA AO SEU UTILIZADOR DE EVENTUAIS QUEBRA DE VIDROS, UMA TAMPA NO TOPO DA MÁQUINA (5, 8), QUE FUNCIONA COMO UM INTERRUPTOR LIGANDO OU DESLIGANDO O MOTOR CONFORME SE FECHE OU ABRA RESPECTIVAMENTE.

2 RESUMO Máquina de limpeza e secagem de copos O presente invento refere-se a uma máquina de limpeza e secagem de copos, sendo especialmente aplicável em copos de difícil limpeza, a qual compreende uma estrutura base inferior (6) para alojamento do motor (1), cujo veio na vertical, ligado ao eixo da roda dentada central do conjunto de rodas dentadas (4) que servem de base aos veios (7) de suporte das escovas de limpeza em camurça (2, 3) que quando em movimento giratório abrem criando o ambiente ideal para limpeza em toda a superfície interior e exterior do copo, uma caixa exterior que garante segurança ao seu utilizador de eventuais quebra de vidros, uma tampa no topo da máquina (5, 8), que funciona como um interruptor ligando ou desligando o motor conforme se feche ou abra respectivamente.

3 - 1 - DESCRIÇÃO Máquina de limpeza e secagem de copos DOMÍNIO TÉCNICO Nos estabelecimentos de restauração os copos depois de lavados na máquina, terão de ser limpos com um pano, só assim se conseguindo manter o copo sempre limpo. Actualmente, a limpeza e secagem de copos de vidro em estabelecimentos de restauração, como por exemplo bares ou restaurantes, porque executada manualmente e por exigir o manuseamento de elevadas quantidades de copos, representa uma tarefa monótona, cansativa e ingrata. Se é verdade que alguns dos copos utilizados, não apresentam grande dificuldade de limpeza, há outros que sendo muito mais altos e estreitos, são quase impossíveis de limpar na perfeição à mão. De um modo geral observa-se que uma percentagem elevada de estabelecimentos hoteleiros não considera a limpeza do copo como uma das suas prioridades. Esta tarefa de limpeza e secagem de copos ainda hoje é executada manualmente, com recurso a panos nem sempre de utilização exclusiva, nem no melhor estado de conservação e higiene. No caso especifico do copo de vidro, para o qual a máquina correspondente a este invento está especialmente indicada, pode

4 - 2 - referir-se que um equipamento com estas características, para além do benefício que se traduz em menos horas de trabalho, poderá criar uma cultura de copo sempre limpo com as vantagens daí resultantes (saúde pública). ESTADO DA TÉCNICA São conhecidas diversas máquinas que, contudo, não visam solucionar os problemas técnicos em análise, problemas que a máquina inventada ultrapassa com simplicidade e eficácia. Faz-se, em seguida, uma referência a algumas dessas invenções anteriores, uma vez que constituem o estado da técnica considerado mais próximo para apreciação da invenção que agora se submete a patente. Entre os documentos conhecidos, indica-se a patente GB que trata de uma máquina para secagem e polimento de copos e objectos análogos. Tal máquina, conforme define a primeira reivindicação, caracteriza-se por estar dotada de um polidor interno rotativo e de um polidor externo que compreende uma série de braços pivotantes dotados de superfícies absorventes e polidoras, polidor externo que está concebido de modo a poder mover-se axialmente relativamente ao polidor interno (aproximando-se ou afastando-se deste), estando impossibilitado de movimento rotativo. A máquina patenteada apresenta um conjunto complexo de mecanismos, enquanto a máquina proposta é simples e preconiza uma solução diversa da anteriormente adoptada.

5 - 3 - Efectivamente, nesta máquina o copo é colocado num veio central que está dotado de uma escova que entra por dentro do copo [o copo fica posicionado de pernas para o ar, ao contrário do que sucede na patente anterior] e, uma vez posta em funcionamento, quer esse veio, quer os outros quatro - igualmente dotados de escovas - entram em movimento de rotação e o perfeito envolvimento do copo nessas escovas absorventes possibilita uma secagem eficaz. Ora, nesta máquina, não há qualquer mecanismo que se possa equiparar ao polidor externo que não só compreende uma série de braços pivotantes, como está impedido de qualquer movimento de rotação, estando ainda concebido para receber o copo de pé e fixá-lo para que não gire. Ademais, a máquina que se pretende patentear resolve de modo eficaz o problema técnico relativo à limpeza e secagem de copos de pé alto, uma vez que, ficando o pé amparado pelo material flexível de que a tampa da máquina está dotada, não se corre o risco de o mesmo tombar, nem o risco de se partir. Desde logo, a máquina descrita na patente GB é de funcionamento muito pouco prático e, tendo hoje os copos de vidro uma espessura muito reduzida, seria espectável que a operação de fixação dos copos por ajuste do polidor externo conduzisse à quebra dos mesmos. Um outro documento que se insere no estado da técnica é o relativo à patente US Esta trata de uma máquina para lavar copos dotada de escovas, mas do tipo das que têm de ser imersas num líquido de limpeza o que obriga, desde logo, a que o motor esteja posicionado acima do nível desse líquido.

6 patentear Ora, não é este o objecto do invento que se pretende Na invenção americana, que trata da lavagem de copos e não da sua secagem, um copo de pé alto, mesmo que enfiado na escova central, não ficará em posição estável, tanto mais que as escovas estão em linha, não havendo qualquer apoio transversal. A lavagem de copos de pé alto nesta máquina obriga à constante intervenção de um operador. O operador para diminuir o risco de um copo deste tipo se partir, terá de o segurar pela base do pé e se o fizer, dada a disposição das escovas, nem toda a superfície exterior do copo ficará sujeita à acção de limpeza destas. Esta patente não resolve o problema da limpeza dos copos de pé alto. Há ainda o documento CN que diz respeito a uma máquina para secar e polir copos. Aquele documento descreve uma máquina com um sistema de limpeza caracterizado por um conjunto de escovas mas, também nesta invenção, não se encontra resolvido o problema da secagem de copos de pé alto. Note-se, por outro lado, que sendo a secagem feita com recurso a escovas que rodam em torno do seu eixo e não sendo de excluir a hipótese de um copo se partir, uma máquina em que o dispositivo de secagem não se encontra encapsulado, conforme sucede na solução proposta, torna-se, em tais circunstâncias, muito perigosa.

7 - 5 - A presente máquina não é aberta como as descritas nos documentos americano e chinês, dispondo aquela de um dispositivo que se materializa numa caixa com tampa de segurança. Esta e outras vantagens técnicas do presente invento são descritas com pormenor mais abaixo. DESCRIÇÃO DO INVENTO O presente invento consiste numa máquina de limpeza e secagem de copos, cujo funcionamento se baseia no movimento giratório de cinco escovas de camurça verticais, uma central e as restantes quatro laterais, e movidas por veios fixos e centrados em rodas dentadas. Esta máquina está especialmente indicada para limpar copos após lavagem. A forma das escovas de camurça quando em movimento de rotação, abrem permitindo escovar qualquer formato de copo, em toda a sua superfície. Consegue-se assim retirar todo o potencial de limpeza das escovas em copos muito difíceis de limpar bem, quer relativamente ao processo manual, quer no que se refere aos processos conhecidos. Outra vantagem, reside no facto de com esta máquina se obter um elevado rendimento garantindo, por um lado, a segurança de quem manuseia os copos e, por outro, o brilho e limpeza eficazes dos mesmos.

8 - 6 - Descrição das figuras Fazendo referência às figuras, na fig. 1 está representado o motor, nas figs. 2 e 3 as escovas de camurça, a fig. 4 representa o conjunto de nove rodas dentadas vista de cima, vemos na fig. 5 uma vista lateral do sistema de abertura/fecho da tampa da máquina. Na fig. 6 vemos a estrutura base inferior para alojamento do motor e na fig. 7 o conjunto de rodas dentadas vista lateral e os veios de suporte das escovas na vertical. A fig. 8 representa a tampa no topo da máquina. Por fim vemos a fig. 9 representar a máquina com todos os elementos anteriormente descritos, mais a caixa exterior com um copo tipo tubo a ser limpo, e finalmente a fig. 10 igual à fig. 9 mas representando a limpeza de um copo tipo balão. Constituição da máquina A máquina em que se traduz o presente invento compreende: 1 - Uma estrutura base inferior (6) para alojamento do motor (1) e de um conjunto de nove rodas dentadas (4), ligadas entre si, formado por uma roda central em relação às restantes, cujos eixos formam duas linhas cruzadas com 90 graus entre si (4). Existem, assim, uma roda dentada central, quatro intermédias e quatro exteriores (4).

9 - 7 - As nove rodas dentadas assentam em rolamentos (não representados). 2 - Isolados da estrutura base inferior, um veio vertical central, fixo e centrado na roda dentada central, e quatro outros veios verticais, fixos e centrados em cada uma das rodas dentadas exteriores (7). Os cinco veios são de secção quadrangular. 3 - Cinco escovas (2, 3) que encaixam nos cinco veios verticais, constituídas por tiras flexíveis de camurça, tendo a central o topo superior em forma ovóide (2) e as quatro laterais o topo cilíndrico de maior diâmetro em ralação ao corpo principal (3). O centro das escovas tem uma secção quadrangular, onde encaixam os veios. 4 - Uma caixa exterior que protege o conjunto de escovas e o utilizador em caso de eventual quebra de vidros, conforme as figuras 9 e Uma abertura na parte superior da caixa exterior, com uma tampa de segurança dividida em duas partes iguais (8), assente em duas réguas dentadas suportadas por calhas com duas pequenas rodas dentadas fixas no centro (5). 6 - Um corte em meia-lua em cada lado da tampa formando um círculo central preenchido com material flexível (8). 7 - A tampa existente no topo da caixa exterior funciona como interruptor ligando ou desligando o motor, conforme se feche ou abra, respectivamente.

10 - 8 - Assim, a máquina objecto do presente invento é caracterizada por ser um equipamento mecânico, concebido especialmente para executar a limpeza de copos de vidro e, especialmente, aqueles que, pelo seu formato, apresentam grande dificuldade de serem limpos à mão. Funcionamento pormenorizado A estrutura da máquina está dividida em três partes; a parte inferior onde se aloja o motor (6) e o conjunto de rodas dentadas (4); a parte central onde está alojado o conjunto de veios que suportam as cinco escovas em camurça (7); e a parte superior, a tampa (8). O motor fixado na base da máquina (6) é a fonte do movimento rotativo, que é transmitido, por um veio, à roda dentada central (4). Através desta roda central esse movimento é por sua vez transmitido às restantes oito rodas dentadas laterais, as quais transmitem o mesmo movimento aos cinco veios verticais fixados na roda dentada central e nas quatros rodas exteriores (4). As rodas intermédias, têm a função de contrariar o movimento do copo originado pela escova central (4). As cinco escovas de camurça (2, 3), suportadas e encaixadas nos cinco veios verticais (7), quando em movimento giratório, abrem formando no seu interior o ambiente ideal para a limpeza e secagem rápida em toda a superfície do copo, por dentro através da escova central (2) e por fora através das quatro escovas laterais circundantes (3).

11 - 9 - Ao longo do eixo de cada uma das escovas existe um orifício longitudinal, de secção igual à do veio (7), que permite ao utilizador com grande facilidade trocar as escovas para sua lavagem e secagem. A tampa (8) existente na parte superior da caixa exterior funciona como interruptor, ligando ou desligando o motor, conforme se feche ou abra, respectivamente. A tampa de segurança dividida em duas partes iguais (8), permite ao utilizador com apenas uma das mãos, abrir e fechar o conjunto da tampa e ligar e desligar o motor, libertando a outra mão para manuseamento dos copos. No centro da tampa, dois cortes em meia-lua em cada lado, formam um círculo (8), que preenchido com material esponjoso, permite que o pé do copo tipo balão permaneça no exterior da tampa, sem se danificar. Assim, o copo é introduzido na escova do eixo central, conforme mostram as figuras 9 e 10, que, depois de fechada a tampa e, com isso, accionado o motor, é limpo através do movimento rotativo das escovas, que cessa quando se abre a tampa. Porto, 11 de Outubro de 2010

12 1 REIVINDICAÇÕES 1 Máquina de limpeza e secagem de copos, caracterizada por compreender uma estrutura base inferior para alojamento do motor (6) e de um conjunto de nove rodas dentadas (4), uma central, quatro intermédias e quatro exteriores ligadas entre si, cujos eixos formam duas linhas cruzadas com 90 graus entre si (4), cinco veios na vertical (7) de forma quadrangular fixos, um na roda central e os restantes quatro veios nas rodas exteriores (4, 7), cinco escovas de tiras em camurça, com o seu interior quadrangular encaixam nos veios verticais, tendo a escova central o topo em forma ovóide (2) e as restantes o topo cilíndrico de maior diâmetro em relação ao corpo total (3), uma caixa exterior que protege o utilizador de eventuais quebra de vidros (9, 10), uma tampa no topo da caixa (5, 8) com um corte em meia-lua em cada lado da tampa formando um círculo central preenchido com material flexível (8). 2 - Máquina de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a rotação dos veios verticais ser feita por motor eléctrico (1) ou por qualquer outro mecanismo. 3 - Máquina de acordo com a reivindicação 1 e 2, caracterizada por a rotação dos veios verticais ser feita por rodas dentadas (4) ou por qualquer outro mecanismo. 4 - Máquina de acordo com a reivindicação 1 e 3, caracterizada por ter um conjunto de duas ou mais rodas dentadas (4). 5 - Máquina de acordo com a reivindicação 1, 2 e 3, caracterizada por ter um conjunto de dois ou mais veios verticais (7) em rotação.

13 2 6 - Máquina de acordo com a reivindicação 1, 2, 3 e 5, caracterizada por os veios verticais (7) serem de forma quadrangular ou qualquer outra. 7 - Máquina de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a direcção de entrada de copos (9, 10) poder ser vertical, horizontal ou qualquer outra. 8 - Máquina de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as escovas às tiras (2, 3) serem de camurça ou similar. 9 - Máquina de acordo com a reivindicação 1 e 8, caracterizada por o topo das escovas serem em forma ovóide cilíndrica ou qualquer outra Máquina de acordo com a reivindicação 1, 8 e 9, caracterizada por o interior das escovas serem em forma quadrangular ou qualquer outra Máquina de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por compreender uma tampa (5, 8) com dispositivo de segurança Máquina de acordo com a reivindicação 1 e 11, caracterizada por possuir um corte em meia-lua em cada lado da tampa formando um círculo central preenchido com material flexível (8). Porto, 11 de Outubro de 2010