(73) Titular(es): (72) Inventor(es): (74) Mandatário:

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1 (11) Número de Publicação: PT (51) Classificação Internacional: E01C 5/00 (2006) (12) FASCÍCULO DE MODELO DE UTILIDADE (22) Data de pedido: (30) Prioridade(s): (43) Data de publicação do pedido: (73) Titular(es): JOSÉ EDUARDO DA SILVA ALVES MOITALINA, EN Nº 8, Nº 10 B PEDREIRAS PT NÍDIA BELO ALVES MOITALINA, EN Nº 8, Nº10 B PEDREIRAS PT (72) Inventor(es): JOSÉ EDUARDO DA SILVA ALVES NÍDIA BELO ALVES PT PT (74) Mandatário: (54) Epígrafe: PROCESSO PRODUTOR DE PLACAS COM A CONFIGURAÇÃO ORIGINAL DA CALÇADA PORTUGUESA (ROMANA) OU OUTRAS PRONTAS A APLICAR (57) Resumo: O PRESENTE INVENTO INSERE-SE NA CATEGORIA DE PROCESSO. O PROCESSO AQUI APRESENTADO PERMITE, ENTRE OUTRAS CONFIGURAÇÕES, A PRODUÇÃO DE PLACAS DE CALÇADA PORTUGUESA PRONTAS A APLICAR NO REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS INTERIORES E EXTERIORES, DE PAREDES E DE OUTRAS SUPERFÍCIES.ATRAVÉS DESTE PROCESSO, A CALÇADA PORTUGUESA SURGE COM UMA CONCEPÇÃO ESTANDARDIZADA, APRESENTA PREÇOS DE MERCADO COMPETITIVOS E UMA SIMPLIFICAÇÃO DA SUA APLICAÇÃO, POTENCIANDO A SUA EXPORTAÇÃO.

2 Resumo Processo produtor de placas com a configuração original da calçada portuguesa (Romana) ou outras prontas a aplicar O presente invento insere-se na categoria de processo. O processo aqui apresentado permite, entre outras configurações, a produção de placas de calçada portuguesa prontas a aplicar no revestimento de pavimentos interiores e exteriores, de paredes e de outras superfícies. Através deste processo, a calçada portuguesa surge com uma concepção estandardizada, apresenta preços de mercado competitivos e uma simplificação da sua aplicação, potenciando a sua exportação.

3 Descrição Processo produtor de placas com a configuração original da calçada portuguesa (Romana) ou outras prontas a aplicar Domínio técnico da invenção Através deste processo é possível obter-se um produto com um aspecto fiel ao da calçada portuguesa ou outros, através de uma concepção inovadora de produção. A aplicação das placas pode ser feita por um ladrilhador comum (supressão de deslocação de mão de obra especializada/calceteiros para a obra). Este processo e o consequente produto permitem a exportação da calçada portuguesa com uma nova concepção. Técnica anterior Técnica de aplicação de calçada tradicional portuguesa, através do envio da matéria-prima e da deslocação de mãode-obra especializada (calceteiros) para o local da obra. Os pavimentos de espaços exteriores são feitos através do assentamento de pedras e nos espaços interiores o pavimento é posteriormente afagado e polido. 1/5

4 Descrição do invento O presente invento consiste numa solução nova que permite a produção de placas de calçada prontas a aplicar, sem o recurso à deslocação de mão-de-obra especializada para o local da obra. A inovação deste processo é poder transformar uma camada de pedras em duas ou mais (conforme os cortes), criando assim factor de rendimento de um para dois, ou de um para três, ou mais. Isto é, com a matériaprima de um metro quadrado de calçada tradicional obtém-se o dobro da área ou mais através deste processo. 1. Oportunidades: Apesar do seu valor cultural e do seu reconhecimento e apreciação mundial, a calçada tradicional portuguesa atravessa uma fase de crise que coloca em risco o seu futuro, devido aos seguintes factos: - custos do produto e pavimentação elevados face aos produtos concorrentes; - necessidade de mão-de-obra especializada no local da obra; - processo de pavimentação de espaços interiores demorado e dispendioso; - processo de exportação complexo. É neste contexto que surge a intenção de inovar o processo produtivo e o modelo de negócio da calçada portuguesa, mantendo todas as características deste produto único no mundo e permitindo sua comercialização à escala global. A invenção deste processo vem suprimir alguns dos problemas anteriormente identificados: - supressão de mão-de-obra especializada no local da obra; - redução dos custos de pavimentação; - facilidade de transporte devido ao peso e espessura reduzidos relativamente à calçada tradicional, favorecendo o processo de exportação; - alargamento em grande escala 2/5

5 do número de aplicações da calçada em diferentes situações, permitindo também o desenvolvimento de uma diversidade de produtos, através da conjugação de factores como: o tipo de pedra, a cor da pedra, dimensões dos cubos de pedra e as dimensões das placas de calçada. 2. Viabilidade da ideia: - processo de concepção inovador; - possibilidade de exportação sem a deslocação de mão-deobra especializada (calceteiros); - alteração das condições de trabalho dos calceteiros (local de trabalho fixo, e numa posição normal, que não requer os esforços físicos necessários na aplicação de calçada na obra); - facilidade local de produção, uma vez que a empresa que vai desenvolver este processo irá estabelecer-se num local próximo das matérias-primas (maciço calcário da Serra d Aire e Candeeiros, Porto de Mós), da mão-de-obra especializada (calceteiros) e dos serviços necessários para a produção; - aplicação de mão-de-obra intensiva com alta rentabilização; 3. Aplicações: pavimentos: - espaços exteriores: praças, passeios, pátios, espaços exteriores cobertos, entre outros; - espaços interiores: espaços comerciais, espaços de restauração, salas multiusos, foyers, entre outros; revestimento de paredes; mobiliário urbano, entre outros. 3/5

6 Descrição do processo 1. Bloco (FIG.1). Numa primeira fase os cubos de pedra ou outros inertes são colocados em camadas horizontais regulares numa cofragem. Nos interstícios entre os cubos de pedra é aplicado um composto ligante que garante a unificação dos mesmos e a estabilidade da resistência mecânica das placas. A colocação dos cubos de pedra é feita com o recurso a mão-de-obra, com o auxílio de uma plataforma descendente/ascendente na construção das camadas, mantendo constante a posição de trabalho. Após um tempo de espera para a secagem dos compostos ligantes, é retirada a cofragem e obtém-se um bloco maciço de camadas horizontais de cubos de pedra ou de outros inertes. O desenho e as dimensões da cofragem são variáveis, permitindo uma diversidade de soluções de conjugação de peças/placas para composição de desenhos de superfícies, praticamente ilimitado. 2. Corte (FIG.2). Nesta fase são efectuados cortes no sentido da espessura das camadas, no meio de cada camada de cubos de pedra. No caso de pedras maiores podem ser feitos 2 ou mais cortes. É deste modo que uma camada de pedra passa a ter o dobro da rentabilização ou mais (por exemplo, se o bloco for constituído por 10 camadas de cubos de pedra, obtêm-se 20 placas, ou mais) e por conveniência pode apenas obter-se uma camada. Existem vários mecanismos apropriados para o corte dos blocos, nomeadamente: máquina de disco de corte, engenho de fio diamantado, engenho de mono-lâmina ou multi-lâminas, ou ainda outro processo que possa existir. As placas obtidas por este processo podem ter diferentes espessuras. A 4/5

7 espessura é proporcional à dimensão da placa para garantir a resistência do produto. 3. Acabamento (FIG.3). Na fase final, as placas obtidas são submetidas a um processo de acabamento que consiste na rectificação lateral, polimento ou tratamento antiderrapante, efectuados em linhas industriais contínuas. O presente modelo de utilidade vai agora ser explicado com mais pormenor com o auxílio dos desenhos anexos, nos quais: - A figura 1 é uma vista em axonometria do modo como são feitas as camadas que constituem o bloco. O número 1 corresponde à colocação das camadas de pedra, o número 2 corresponde à cofragem e o número 3 corresponde ao composto ligante que é colocado nos interstícios entre as pedras. - A figura 2 representa uma vista em axonometria do bloco em processo de corte, em que o bloco está rodado 90º em relação à posição da figura 1. - A figura 3 é uma vista em axonometria das placas de calçada portuguesa nas fases de acabamento. O número 1 corresponde à rectificação lateral, o número 2 representa o processo de polimento e o número 3 representa o processo de tratamento antiderrapante. Moitalina, 08 de Outubro de /5

8 Reivindicações 1 - Processo produtor de placas com a configuração original da calçada portuguesa (Romana) ou outras prontas a aplicar, caracterizado por o dito processo compreender a colocação de pedras de calçada ou outros inertes em camadas horizontais sobrepostas (1) no interior de uma cofragem (2), formando um bloco, sendo este, após um período de secagem do composto ligante que está nos interstícios entre as pedras (3), posteriormente cortado ou laminado no sentido das espessura das camadas de pedras, e cujo produto resultante é submetido à rectificação e acabamento. 2 Processo de acordo com a reivindicação nº1, caracterizado por o referido processo compreender a construção das camadas de pedras através de cofragens com dimensões e formatos variáveis. 3 Processo de acordo com a reivindicação nº1 e nº2, caracterizado por o referido processo compreender as camadas horizontais constituídas por cubos de pedra ou outros inertes, agregados por um composto ligante, que garante a unificação dos elementos e a resistência mecânica das placas após o corte. Moitalina, 08 de Outubro de /1

9 FIG.1 1/3

10 FIG.2 2/3

11 FIG.3 3/3