TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA"

Mauro Lencastre Igrejas
7 Há anos
Visualizações:

1 TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA TORNO MEC. HORIZONTAL (NOMENCL./CARACT./ACESSÓRIOS) DEFINIÇÃO: É a máquina-ferramenta usada para trabalhos de torneamento, principalmente de metais que, através da realização de operações, permite dar às peças as formas desejadas. As fig. 1 e 2 apresentam um torno mecânico horizontal do tipo comum com o motor elétrico e transmissão colocados externamente. A- Barramento. 14- Volante. B- Cabeçote fixo. 15- Manivela do carro superior. C- Carro. 16- Trava do carro principal. D- Cabeçote Móvel. 17- Contraponta. 1 - Pés. 18- Mangote. 2 - Caixa de acessórios. 19- Manípulo de fixação. 3 - Caixa de câmbio ou Caixa Norton. 20- Volante do cabeçote móvel. 4 - Caixa engrenagens da grade. 21- Cremalheira. 5 - Alavanca de velocidade do fuso e da vara. 22- Fuso. 6 - Alavanca de inversão de marcha. 23- Bandeja. 7 - Polia em degraus (em "V"). 24- Alavanca de engate do fuso. 8 - Eixo principal. 25- Alavanca de engate da vara. 9 - Placa de castanhas independentes. 26- Avental. 10- Mesa do carro Principal. 27- Volante do carro principal. 11- Porta ferramenta. 28- Fundo da caixa. 12- Carro superior. 29- Vara. 13- Carro transversal. 30- Cava e calço da cava. UD TMT 001/0 1/11

2 A (fig.3) mostra a vista lateral de outro torno, no qual o motor e a transmissão se acham na caixa do pé, não havendo assim polias ou partes móveis salientes, que constituem perigo para o operador. Fig. 2 Torno mecânico horizontal com transmissão externa. Vista lateral. Fig. 3 Torno mecânico horizontal com transmissão interna. Vista lateral 1- Motor elétrico. 2- Polia em "V". 3- Alavanca de afrouxamento da correia. 4- Engrenagem de dobrar o torno. 5- Alavanca de dobrar o torno. 6- Furo do eixo principal. 7- Alavanca de inversão de marcha. 8- Alavancas de velocidade do fuso e vara. 9- Bandeja. UD TMT 001/0 2/11

3 Os tornos modernos tandem a construir-se cada vez mais blindados, com quase todos os mecanismos alojados no interior das estruturas do cabeçote fixo e do pé correspondente (figs. 4 e 5). Fig. 4 Torno mecânico horizontal. Vista frontal Fig. 5 Vista lateral. CARACTERÍSTICAS DO TORNO HORIZONTAL: 1 - Distância máxima entrepontas (D na fig.4). 2 - Altura das pontas em relação ao barramento (A na fig.4). 3 - Altura da ponta em relação ao fundo da cava. 4 - Altura da ponta em relação à mesa do carro principal. 5 - Diâmetro do furo do eixo principal. 6 - Passo do fuso. 7 - Número de avanços automáticos do carro. 8 - Número de roscas de passos em milímetros (caixa Norton). 9 - Número de roscas de passos em polegadas (caixa Norton). 10- Número de rosca módulo e diametral Pitch (caixa Norton). 11- Número de velocidades do eixo principal. 12- Potência do motor. UD TMT 001/0 3/11

4 ACESSÓRIOS DO TORNO UD TMT 001/0 4/11

5 RESUMO: Torno: Máquina-ferramenta para torneamento Componentes mais importantes: - Barramento - Cabeçote fixo - Carro - Cabeçote móvel Características principais: - Distância entrepontas - Altura da ponta: - ao fundo da cava - ao barramento - ao carro - Diâmetro do furo do eixo principal Acessórios principais: - Placas - Pontas - Lunetas - Porta-ferramentas VOCABULÁRIO TÉCNICO: CARRO SUPERIOR: EIXO PRINCIPAL: CARRO PRINCIPAL: CARRO TRANSVERSAL: espera árvore carro longitudinal espera transversal UD TMT 001/0 5/11

6 PLACA UNIVERSAL DE TRÊS CASTANHAS DEFINIÇÃO: É o acessório do torno no qual se fixa o material, por aperto simultâneo das castanhas, que permite uma centragem imediata de materiais, cuja secção seja circular ou poligonal regular com um número de lados múltiplo do número de castanhas (fig.1). CONSTITUIÇÃO: A placa universal se compõe das partes indicadas na figura 1. As placas universais são adaptadas ao eixo principal do torno por meio de um flange com rosca (fig.2) ou cone normalizado (fig.3). UD TMT 001/0 6/11

7 FUNCIONAMENTO: No interior da placa está encaixado um disco, em cuja parte anterior existe uma ranhura, de secção quadrada, formando uma rosca espiral. Nesta se adaptam os dentes das bases das castanhas. Na parte posterior do disco há uma coroa cônica, na qual se engrenam três pinhões, cujo giro é dado por uma chave. O giro da chave determina a rotação do pinhão que, engrenado na coroa, produz o giro do prato. Como a ranhura da parte anterior no prato é em espiral e os dentes das castanhas estão encaixados nela, esta faz com que as castanhas sejam conduzidas para o centro da placa, simultânea e gradualmente, quando se gira no sentido dos ponteiros do relógio. Para desapertar, gira-se em sentido contrário. As castanhas são numeradas segundo a ordem, 1, 2 e 3, cada castanha deve ser encaixada unicamente na sua ranhura respectiva (fig.4). Para isso, é necessário girar o pinhão até aparecer o início da rosca espiral no alojamento 1. Introduzida a castanha no alojamento nº 1, procede-se de igual modo para alojar as castanhas de números 2 e 3. UD TMT 001/0 7/11

8 CONDIÇÕES DE USO: a) Ao montar a placa, limpar e lubrificar as roscas do eixo principal e do flange. b) Usar unicamente a chave para prender o material; os braços da chave já estão calculados para o aperto suficiente. c) Peças fundidas em bruto, barras irregulares ou cônicas não devem ser ajustadas na placa universal; nesta somente devem ser presas peças bem uniformes, a fim de que a placa não se danifique. d) As peças de grandes diâmetros devem ser presas com castanhas invertidas (fig.5), de modo que estas fiquem o mais dentro possível da placa, para permitir um maior contato dos dentes com a rosca espiral. e) A parte saliente da peça (fig.6) deverá ser igual ou menor que o triplo do diâmetro (A 3D). f) O barramento deve ser protegido com calços de madeira, ao montar ou desmontar a placa do torno. UD TMT 001/0 8/11

9 CONSERVAÇÃO: a) Ao trocar as castanhas, deve-se limpar o alojamento, a rosca espiral da placa e as guias e os dentes de cada castanha. b) Quando houver alguma anormalidade no funcionamento da placa deve-se desmontá-la e limpar todas as peças do seu mecanismo. c) Os pinhões e a coroa da placa devem ser lubrificadas com graxa, após qualquer desmontagem. RESUMO: Placa Universal - Acessório do torno para prender peças cilíndricas e prismáticas triangulares e hexagonais regulares. - Permite auto-centragem por aperto simultâneo das castanhas. - Adapta-se ao torno por meio de flange. - com rosca - com cone normalizado - Compõe-se de: - coroa - corpo - pinhão - castanhas - flange FUNCIONAMENTO: - A chave faz girar o pinhão. - O pinhão movimenta a coroa. - A coroa movimenta as castanhas, por meio da rosca espiral. CONDIÇÕES DE USO: - Limpeza e lubrificação das roscas do eixo principal e do flange. - Uso somente da chave para o aperto. - Fixação de peça bem uniforme. - Utilização das castanhas invertidas para grandes diâmetros. - Uso de calços de madeira sobre o barramento, ao montar ou desmontar a placa. - Parte externa da peça 3d. CONSERVAÇÃO: - Limpeza por troca de castanhas. - Limpeza por anormalidade de funcionamento. - Lubrificação das parte alojadas na parte interior do corpo. UD TMT 001/0 9/11

10 FERRAMENTAS DE CORTE (NOÇÕES GERAIS FIXAÇÃO NO TORNO) As ferramentas de corte podem ser diretamente no porta-ferramentas do carro superior (fig.1) ou através de porta-ferramentas diversos (fig.2). As figuras 3, 4 e 5 apresentam os tipos mais comuns de porta-ferramentas de carro superior. Para se obter a altura desejada da ferramenta é usual o emprego de um ou mais calços de aço, conforme indicado na figura 6. A ponta da ferramenta deve ficar à altura do centro da contraponta. Os ângulos a e c (fig.7) devem ser conservados quando se fixam as ferramentas nos diferentes tipos de porta-ferramentas. UD TMT 001/0 10/11

11 O valor do ângulo formado pela aresta de corte da ferramenta com a superfície de corte da peça é variável, conforme a operação. Na operação de desbastar, por exemplo, este ângulo varia de 30 até 90, (fig.8), conforme a rigidez do material; quanto mais rígido o material, menor será o ângulo. Para facear, o ângulo varia de 0 a 5 (fig.9). Para que a ferramenta seja fixada rigidamente é necessário que sobressaia o menor possível do porta-ferramentas (balanço - figs. 10 e 11). É necessário ainda observar se a placa de aperto está nivelada para que haja completo contato entre sua base inferior e a face superior da ferramenta. UD TMT 001/0 11/11

12 UD TMT 001/0 12/11

Documentos relacionados

PRÁTICA DE OFICINA - AULA OPERAÇÕES BÁSICAS NO TORNEAMENTO 1 - TORNEAMENTO

PRÁTICA DE OFICINA - AULA OPERAÇÕES BÁSICAS NO TORNEAMENTO 1 - TORNEAMENTO 1 PRÁTICA DE OFICINA - AULA 01-2015-1 OPERAÇÕES BÁSICAS NO TORNEAMENTO 1 - TORNEAMENTO Processo mecânico de usinagem destinado a obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou mais ferramentas