Avaliação da exposição
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- Luiz Felipe Anjos Mascarenhas
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1 Avaliação da exposição ocupacional a agentes químicos Profa. Dra. Mary Rosa Rodrigues de Marchi IQ/UNESP Araraquara-SP
2 Avaliação da exposição a agentes químicos Qualitativa: Identificação do risco potencial Orienta a Avaliação quantitativa Quantitativa Medida do risco Define se o risco existe e se é ou não aceitável
3 Avaliação Qualitativa Uso de ferramentas de avaliação de risco (Health and Safety Executive, Inglaterra), baseadas em: Toxicidade do produto/substância química Magnitude do uso Possibilidade de dispersão no ambiente (volatilidade ou dustness )
4 COSHH Essentials Approach Avaliação Genérica de Risco Perigo à saúde + Potencial de Avaliação do risco Controle exposição
5 A quantidade utilizada, por dia, ou por processo, deve ser identificada. SÓLIDOS QUANTIDADE PÊSO GERALMENTE RECEBIDOS EM Pequena Gramas Pacotes, recipientes pequenos Média Quilogramas Sacas grandes ou tambores Grande Toneladas Em caminhões ( bulk ) LÍQUIDOS QUANTIDADE VOLUME GERALMENTE RECEBIDOS EM Pequena Mililitros Garrafas, recipientes pequenos Média Litros Tambores Grande Metros Cúbicos Em caminhões ( bulk )
6 Volatilidade (líquidos) Ponto de Ebulição (por exemplo, da Ficha de Segurança Química) Este método classifica volatilidade em Baixa, Média e Alta Tarefas executadas a temperatura ambiente Volatilidade Alta Ponto de Ebulição < 50 o C Volatilidade Média 50 o C < Ponto de Ebulição < 150 o C Volatilidade Baixa Ponto de Ebulição > 150 o C
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9 Avaliação Quantitativa Monitorização Algumas definições Processo continuado de avaliação, incluindo medições, interpretação dos resultados e tomada de decisão Amostragem Tomada de uma amostra de ar, para quantificação do agente químico no ar Estratégia de amostragem: Onde coletar as amostras? Quanto tempo coletar? Quando amostrar? Quantas amostras?
10 Avaliação Quantitativa Qual é o objetivo? Conhecer o nível de exposição dos trabalhadores? Dimensionar medida de controle a ser implantada? Avaliar controle já existente? Localizar fonte de contaminantes O objetivo definirá a estratégia de amostragem, os métodos de coleta e análise das amostras e os critérios para interpretação dos resultados e tomada de decisão
11 Avaliação Quantitativa Algumas definições Tipos de monitorização Inicial (rotina) Obtenção de dados iniciais de exposição e compará-los com os limites legalmente fixados Periódico (rotina) Obtenção de dados de exposição a longo prazo e verificar tendência das concentrações ambientais Atividade específica (não-rotineira) Obter resultados de exposição para checar procedimentos adequados durante operações críticas ou eventos esporádicos
12 Avaliação Quantitativa Técnicas de amostragem e análise Devem ser escolhidas em função dos objetivos, das características da(s) substância(s) e do método de análise/interpretação do resultado que será utilizado (seletividade, robustez, precisão, exatidão, limites máximo e mínimo de quantificação)
13 Avaliação Quantitativa Técnicas de amostragem e análise Instrumentos de leitura direta: tubos colorimétricos, sensores para gases (CO, SOx,Nox, etc), equipamentos analíticos portáteis (cromatógrafos e espectrofotometros IV, por exemplo) Vantagem: resultado imediato Desvantagem: validação difícil Recomendação: devem ser usados como uma primeira aproximação para orientar controle e/ou a escolha da estratégia de amostragem
14 Avaliação Quantitativa Técnicas de amostragem e análise Coleta de um volume conhecido de ar, através de uma amostra de curta duração, para análise posterior em laboratório (sacos ou frascos plásticos a vácuo, seringas) Amostragem passiva (OVM): coleta por adsorção, para análise posterior no laboratório Amostragem ativa: bomba de sucção de baixa vazão e um sistema sorvente (impinger, tubos adsorventes, filtros), análise em laboratório
15 Laboratório Avaliação Quantitativa Técnicas de amostragem e análise Programa interno de controle da qualidade dos resultados e trabalhe com métodos validados tanto de análise quanto de coleta das amostras A participação de programas interlaboratoriais de controle da qualidade de análise aumenta a confiabilidade dos resultados
16 Avaliação Quantitativa Estratégia de amostragem Refere-se mais especificamente a amostragem ativa Alem de estar de acordo com o objetivo definido, deve responder as questóes Onde coletar as amostras? Quanto tempo coletar? Quando amostrar? Quantas amostras?
17 Avaliação Quantitativa Estratégia de amostragem Quantos trabalhadores incluir na amostragem? (grupo homogeneo de risco) Leidel (1977)*: tabela baseada na distribuicao hipergeometrica, indicando o numero de trabalhadores a amostrar(n) em um grupo de N trabalhadores, para que pelo inclua pelo menos 1 dos de maior risco de exposicao * LEIDEL, BUSCH & LINCH. Occupational Exposure Sampling Strategy Manual, NIOSH, 1977
18 Avaliação Quantitativa Técnicas de amostragem e análise Devem ser escolhidas em função dos objetivos, das características da(s) substância(s) e do método de análise/interpretação do resultado que será utilizado (seletividade, robustez, precisão, exatidão, limites máximo e mínimo de quantificação)
19 Avaliação Quantitativa Técnicas de amostragem e análise Instrumentos de leitura direta: tubos colorimétricos, sensores para gases (CO, SOx,Nox, etc), equipamentos analíticos portáteis (cromatógrafos e espectrofotometros IV, por exemplo) Vantagem: resultado imediato Desvantagem: validação difícil Recomendação: devem ser usados como uma primeira aproximação para orientar controle e/ou a escolha da estratégia de amostragem
20 Avaliação Quantitativa Técnicas de amostragem e análise Coleta de um volume conhecido de ar, através de uma amostra de curta duração, para análise posterior em laboratório (sacos ou frascos plásticos a vácuo, seringas) Amostragem passiva (OVM): coleta por adsorção, para análise posterior no laboratório Amostragem ativa: bomba de sucção de baixa vazão e um sistema sorvente (impinger, tubos adsorventes, filtros), análise em laboratório
21 Avaliação Quantitativa Técnicas de amostragem e análise Laboratório Programa interno de controle da qualidade dos resultados e trabalhe com métodos validados tanto de análise quanto de coleta das amostras A participação de programas interlaboratoriais de controle da qualidade de análise aumenta a confiabilidade dos resultados
22 Avaliação Quantitativa Estratégia de amostragem Refere-se mais especificamente a amostragem ativa Alem de estar de acordo com o objetivo definido, deve responder as questóes Onde coletar as amostras? Quanto tempo coletar? Quando amostrar? Quantas amostras?
23 Avaliação Quantitativa Estratégia de amostragem Quantos trabalhadores incluir na amostragem? (grupo homogeneo de risco) Leidel (1977)*: tabela baseada na distribuicao hipergeometrica, indicando o numero de trabalhadores a amostrar(n) em um grupo de N trabalhadores, para que pelo inclua pelo menos 1 dos de maior risco de exposicao * LEIDEL, BUSCH & LINCH. Occupational Exposure Sampling Strategy Manual, NIOSH, 1977
24 N o = 0,1 N P = 0,1 P = 0,05 N n N n > > 50 22
25 Tipo de amostragem A B C D T = duração diária da exposição Ci = concentração da amostra de duração ti CT = concentração média durante o período diário de exposição ED = concentração média para a jornada de trabalho (considerada como 8 horas) E F
26 Tipo A: ED = C1 x T/8 Tipo B : ED = Tipo C: ED ~ C1 x T/8 (C1 x t1) + (C2 x t2) + (C3 x t3) t1 + t2 + t3 x T/8 Tipo D: ED ~ (C1 x t1) + (C2 x t2) + (C3 x t3) t1 + t2 + t3 x T/8 Tipo E: ED é a estimativa do valor mais provável da média e seu intervalo de confiança Tipo F: ED ~ C1 + C2 + C3 + + Cn N x T/8 ou a estimativa do valor mais provável da média e seu intervalo de confiança
27 Os tipos A e B são preferíveis, a escolha entre um e outro dependerá do método analitico. Exemplo são tomadas 4 amostras consecutivas para avaliação da exposição a hexano, sendo os dados de amostragem e concentração obtidos, os seguintes: Media ponderada no tempo = 1,36µg/m3 Media de 8 horas = 1,12µg/m3 Tempo concentraçao 2,0 horas 1,8 µg/m3 1,5 0,5 2,0 1,0 1,0 2,5
28 Os tipo C e D supõem que a concentração do contaminante é constante durante todo o período de exposição Exemplo. Na avaliação da exposição a tolueno, com tempo total de exposição de 7,5 horas. Qual a média ponderada no tempo para 8 horas? Tempo concentração 2,0 horas 1,8 µg/m3 1,5 1,5 2,0 1,3 1,0 1,2 Resposta: 1,39µg/m3
29 Em uma sapataria um mesmo trabalhador tem diversas atividades. Para avaliar a exposição a hexano foram obtidos os dados a seguir. Calcular a média ponderada e a exposicão diária. Tarefa Reparos com solvente Reparos sem solvente Outras tarefas dentro da sapataria Outras tarefas fora da sapataria Duração da exposição Duração da amostragem 3,5 horas 60 minutos 650 ppm 3, , , Concentração medida Resposta: 515 ppm
30 CT = (3,5 x 650) + (3,0 x 500) + (1,5 x 200) + (1,0 x 50) 3,5 + 3,0 + 1,5 + 1,0 CT = 458 ppm Concentração média da jornada (ED) = 458 x 9/8 = 515 ppm
31 O tipo E esta baseado na coleta de amostras de igual duraçao distribuidas aleatoriamente pelo tempo de exposição. O tratamento dos resultados considera uma distribuiçao log-normal, sendo indicado o cálculo da concentração media através da media geométrica (MG).
32 Exemplo: Foram coletadas 7 amostras para avaliação a diclorometano, em períodos curtos de tempo (5 minutos), sendo obtidos os resultados: 20 ppm, 37 ppm, 49 ppm, 26 ppm, 40 ppm, 50 ppm e 36 ppm. Estimar o valor da concentração média
33 Σ L i n MG = e = 35,3 ppm Li = ln Ci Ci = concentração de cada amostra n = número de amostras MG deve ser corrigido pelo valor da função φ (veja Guia Técnica para Agentes Químicos, INSHT, Espanha), que está relacionada ao número de amostras E ao desvio padrão geométrico (GSD). Devemos então, calcular o GSD. 2 Σ Li Σ (Lm Li) 2 Σ Li SL = = 0,332 Lm = n-1 n SL GSD = e = 1,39 Para GSD = 1,39, φ assume o valor de 1,05 logo a estimativa da média = MG x φ = 37 ppm
34 O tipo F baseia-se na amostragem de ciclos de trabalho. Um ciclo de trabalho é um conjunto de tarefas consecutivas que se repete ao longo da jornada de trabalho. O período de amostragem deve compreender toda a duração do ciclo. Se por conta do limite de determinação do método analíticoó tempo de amostragem é maior que a duração do ciclo, devem ser amostrados diversos ciclos até atingir o mínimo de tempo de amostragem necessário.
35 Exemplo: Em uma certa função em que há potencial exposição a monômero de estireno, as atividades compreendem 3 ciclos que se repetem durante toda a jornada. Foram amostrados 3 ciclos completos escolhidos aleatoriamente. Utilizando os resultados fornecidos a seguir, calcular a concentração média correspondente a exposição durante a jornada. Ciclo Operação 1 Operação 2 Operação 3 T = 10 min T = 12 min T = 8 min A 10 ppm 20 ppm 15 ppm B 12 ppm 17 ppm 16 ppm C 15 ppm 22 ppm 20 ppm
36 A concentração em cada ciclo pode ser calculada como nas amostragens C/D e a concentração no tempo de exposição (CT), como a média das concentrações nos ciclos. CA = [(10 x 10) + (12 x 20) + (8 x 15)] / 30 = 15,3 ppm CB = [(10 x 12) + (12 x 17) + (8 x 16)] / 30 = 15,1 ppm CC = [(10 x 15) + (12 x 22) + (8 x 20)] / 30 = 19,1 ppm CT = (15,3 + 15,1 + 19,1) / 3 = 16,4 ppm Supondo que os ciclos se repitam por 6 horas e que a jornada seja de 8 horas, teremos: ED = 16,4 x 6/8 = 12,3 ppm
37 Cálculo da dispersão dos resultados Para amostras tipo A, B, C ou D pode-se utilizar o desvio padrão relativo, também conhecido como coeficiente de variação (CV) CVT = 2 2 CVM + CVA CVM = CV da amostragem CVA = CV da análise
38 Valores aproximados de CV para alguns procedimentos de amostragem e análise Sistema de medida ou procedimento analítico Tubos detectores de curta duração (colorimétricos) CV 0,14 Amostradores pessoais (apenas amostragem) 0,05 Tubos adsorventes de carvão ativo (amostragem e análise) 0,10 Poeira respirável (amostragem e gravimetria) 0,09 Poeira total (amostragem e análise) 0,05
39 Avaliação Ambiental na Legislação Brasileira NR15, anexo 11 Não há nenhuma instrução específica para amostragens/medições não instântaneas Para as instântaneas, incluindo os tubos colorimétricos, é preconizado: 10 amostragens em cada ponto, com intervalos de pelo menos 20 minutos entre elas Tomada de amostra na zona respiratória As concentrações de cada uma das amostras devem ser menores ou iguais a LT x FD. LT = limite de tolerância e FD = Fator de desvio
40 L.T. (ppm ou mg/m 3 ) F.D. 0 a a a 100 1,5 100 a ,25 acima de ,1 Conversão do LT em ppm para mg/m 3 3 LT (mg/m ) = (LT em ppm) x (Massa Molar do agente químico, em gramas) 24,04
41 Limites de exposição Para controlar os efeitos tóxicos da exposição a substâncias químicas há necessidade de um conjunto de prioridades, metas e estratégias Limites de exposição ocupacional Baseados no conhecimento proveniente da experiência industrial, de estudos científicos ou de acidentes. Consideram apenas a inalação CONSTITUEM COMPROMISSOS INFORMADOS E NEGOCIADOS, NÃO SÃO PADRÕES DE SEGURANÇA
42 Limites de exposição Brasil NR-15, anexos 11, 12 e 13 limites de tolerância ~150 substâncias, baseados nos valores da ACGIH de 1978, poucas atualizadas USA: limites fixados por NIOSH, OSHA e ACGIH, geralmente ACGIH mais restritiva e OSHA mais conservadora. ACGIH revisões anuais Comunidade Européia: diretrizes gerais, mas limites fixados por cada membro. Espanha versão 2004 (
43 Limites de exposição TWA (Time Weighted Average) é a concentração média ponderada no tempo para uma jornada de trabalho de 8 horas ou 40 horas semanais. Concentrção sob a qual acredita-se que aproximadamente todos os trabalhadores possam estar expostos repetidamente sem sofrer efeitos adversos à saúde. LTs brasileiros STEL (Short Term Exposure Limit) é a concentração a qual o trabalhador pode estar expostos por um período curto (15 minutos) sem sofrer irritação, danos crônicos ou irrevessíveis à saúde. Máximo de 4 picos por jornada diária, com intervalo de pelo menos 60 minutos. O TWA também não pode ser excedido. não existe na legislação brasileira
44 Limites de exposição TLV-C (Threshold Limit Value - Ceiling) é uma concentração que não pode ser excedida em nenhum momento da jornada de trabalho valor teto brasileiro Nível de ação : deve ser inferior ao limite de exposição, variando de um para outro país. Nos EUA é ½ do TWA, na Alemanha é 1/5, no Brasil é ½ do LT Notação pele : para agentes para os quais a via dérmica é importante. Varios países a adotam, inclusive o Brasil, neste caso a avaliação da exposição deve ser feita em conjunto com o indicador biológico do agente
45 Limites de exposição Para os agentes químicos que têm efeitos agudos reconhecidos, mas cujos efeitos crônicos são mais importantes, na avaliação da exposição deve-se considerar TWA e STEL Para os agentes cujos efeitos são principalmente agudos (como os irritantes) deve ser considerado apenas o STEL
46 Exposição a misturas de agentes químicos Os limites são estabelecidos para substâncias individuais e não para misturas. Quando várias substâncias estão presentes no ambiente de trabalho e têm atuação similar sobre o organismo humano, deve-se considerar os efeitos como aditivos, a menos que existam informações diferentes sobre o efeito combinado. Calcula-se a soma dos índices de exposição, se for maior do que 1 o limite para a mistura foi superado, ou seja: EDi Σ Σ LTi Ii = > 1 LT da mistura superado
47 Limites de exposição para agentes químicos cancerígenos e mutagênicos À luz dos conhecimentos científicos atuais, não existem níveis de exposição abaixo dos quais não exista risco de que os agentes mutagênicos e maioria dos carcinogênicos, produzam seus efeitos característicos sobre a saúde. Entretanto é aceito que exista uma relação entre a intensidade da exposição e probabilidade do efeito. Neste caso LT referências máximas para a adoção de medidas de controle Na Legislação Brasileira Anexo 13 + Anexo 13a (Benzeno) da NR15
48 Intervalo de confiança Para amostragens feitas em um só dia de trabalho é a faixa de concentração, geralmente expressa como intervalo do índice de exposição (Imin - Imax), na qual o valor verdadeiro está incluído, com uma probabilidade de 90% Para amostragens de mais de um dia de trabalho a dispersão dos resultados (CV das concentrações médias para cada dia) já define o intervalo de confiança
49 Intervalo de confiança (considerando-se a amostragem apenas em um dia de trabalho) Primeiramente deve-se calcular o índice de exposição (I), I = ED/LMexp onde: ED é a concentração média para a jornada de trabalho e LMexp é o limite de exposição para a substância em questão
50 Intervalo de confiança (considerando-se a amostragem em um dia de trabalho apenas) Caso 1: Se só está disponível uma amostra representativa de todo o período de exposição (amostragem tipo A ou C), os extremos do intervalos serão calculados como: Imax = I + 1,645 x CVT e Imin = I 1,645 x CVT Caso 2: Se estão disponíveis várias amostras consecutivas para uma exposição uniforme(amostragem tipo B ou D), os cálculos serão: Imax = I + Imin = I - 1,645 x CVT n 1,645 x CVT n
51 Intervalo de confiança (considerando-se a amostragem em um dia de trabalho apenas) Caso 3: Se estão disponíveis várias amostras consecutivas para uma exposição não uniforme (amostragem tipo E ou F), teremos Imax = I ,645 x CVT x (t 1 x C1 C ) + + (t n x Cn C ) LMexp x (t tn) x 1 + CVT 2 Imin = I - 1,645 x CVT x (t 1 x C1 2) + + (t n x Cn ) LMexp x (t tn) x 1 + CVT 2 2
52 Comparação de um resultado com os limites diários (TWA ou LT) Sistema de decisão a partir de um pequeno número de avaliações, n < 6 Permite decidir se a exposição é aceitável ou não, embora possa ocorrer de não se chegar a nenhuma destas conclusões Está baseado na probabilidade de exceder o LT. Não assegura qual vai ser o ED, mas se limita, com um grau elevado de confiabilidade, a predizer se em algum momento ED > LT
53 Sistemática 1. Obter a concentração média ponderada para 8 horas 2. Dividir pelo valor limite, obtendo o índice de exposição da jornada, I 3. Decidir de acordo com o resultado obtido para I: I < 0,1 exposição aceitável. Pode-se considerar que é improvável que o LT seja superado em qualquer jornada I > 1 exposição inaceitável controlar 0,1 < I < 1 obter pelo menos mais dois valores para ED, proceder como indicado nos ítens 1 e 2 e decidir como no ítem 4
54 Sistemática (continuação) 4. Se todos os valores de I (para as diversas jornadas avaliadas) < 0,25 exposição aceitável 5. Se pelo menos um dos valores de I > 1 exposição inaceitável controlar 6. Se todos os valores de 0,25 < I < 1 usar a média geométrica dos índices: n MG = I1 x I2 x x In 7. MG < 0,5 exposição aceitável 8. MG > 0,5 não é possível uma conclusão definitiva, podendose optar por: obter mais valores de I e reiniciar a sistemática de decisão controlar a exposição e repetir a avaliação
55 Exemplo: Faz-se a avaliação da exposição de um agente químico com LT = 200 ppm, em uma função cuja tarefa diária consta de várias operações com duração diferente. Sendo dados os resultados a seguir, apontar a decisão que se pode tomar. Tarefa Duração (min) Concentração (ppm) A B C Resto da jornada 130 0
56 O cálculo de ED será feito como para o tipo B de amostragem: Logo, ED = [(100x70) + (200x100) + (50x230) + (130x0)] / 480 = 80,2 ppm I1 = ED/LT = 80,2 / 200 = 0,4 Como 0,1 < I1 < 1, devem ser obtidos mais dois valores de I, para jornadas distintas, que estão na tabela a seguir Tarefa 2o. dia de 3o. dia de amostragem amostragem A B C Resto da jornada 0 0
57 Calculando ED como anteriormente, teremos ED2 = 87,5 ppm e ED3 = 81,3 ppm, correspondendo a I2 = 0,44 e I3 = 0,41 Como todos os índices situam-se entre 0,25 e 1, calcula-se a média geométrica para os três: 3 MG = 0,4 x 0,44 x 0,41 = 0,42 Desta maneira pode-se concluir que a exposição é aceitável
58 Sistema de decisão a partir de um grande número de avaliações, n > 6 É baseada na distribuição log-normal dos dados Traçando-se um gráfico de % de probabilidade e log ED, o ponto em que a reta obtida intersecciona o eixo x, corresponde a probabilidade (P) de que o LT não seja superado, sendo 100-P a probabilidade do LT ser superado O critério de decisão é apresentado em 3 níveis: (100-P) < 0,1 % zona verde exposição aceitável 0,1% < (100-P) < 5% zona amarela planejar amostragens periódicas (100-P) > 5% zona vermelha controlar
59 Sistemática 1. Ordenar os dados das ED em ordem crescente, numerandoas, a partir do número 1 (n) 2. Atribui-se um valor no eixo X (% probabilidade) para cada valor de ED, de forma que %P = [(n-0,5)/n] x 100, onde N = número de valores 3. A cada ponto o valor da ordenada é igual ao ED correspondente 4. Ajusta-se a melhor reta aos pontos 5. Traça-se a reta horizontal correspondente ao LT 6. Lê-se o valor de X correspondente ao ponto de intersecção da reta com a horizontal do LT. Este valor é a probabilidade de o LT não ser superado em nenhuma jornada de trabalho 7. O valor da média geométrica das ED é o ponto da reta com P = 50% 8. O valor da GSD pode ser obtido dividindo-se o valor de ED para P=84% pelo valor de ED para P = 50%
60 Exemplo Em um ambiente de trabalho é realizada a avaliação da exposição a solventes, sendo obtidos os seguintes valores para a concentração média ponderada para 8 horas (ED). Jornada Tolueno (mg/m3) MEK (metil etil cetona) (mg/m3)
61 Deseja-se avaliar o risco da exposição simultânea a tolueno (LT = 191 mg/m3) e MEK (LT = 600 mg/m3). Como são agentes químicos com possíveis efeitos aditivos, os índices globais de expoisção podem ser obtidos pela soma dos índices para as duas substância, em cada jornada. ED Tolueno (mg/m3) ED MEK (mg/m3) Itolueno IMEK Iglobal ,15 0,03 0, ,32 0,04 0, ,37 0,07 0, ,42 0,10 0, ,55 0,14 0, ,26 0,05 0, ,16 0,02 0, ,18 0,02 0, ,38 0,06 0, ,29 0,03 0,32
62 Ordenam-se os índices globais em ordem crescente e lhes atribui uma %P = 100 x (n-0,5) /N, onde N= 10, neste caso, e n é o número de ordfem correspondente a cada índice global. n Iglobal % P 1 0, , , , , , , , , ,69 95
63 Para maior facilidade, na construção do gráfico os valores de Iglobal foram multiplicados por 100 Para exposição multipla a somatória dos índices de exposição deve ser menor do que 1, portanto a reta horizontal terá ordenada igual a 100 (1 x 100) Desta maneira, encontra-se P = 98,4%, portanto a probabilidade de o LT ser superado em algum dia de exposição é de (100-P) = 1,6%. Neste caso deve planejar uma amostragem periódica
64
65 Avaliações periódicas de controle Objetivo: observar a tendência dos valores de concentração ambiental, quando a sistemática de avaliação de risco não assegura que o LT não será superado em nenhuma jornada Alguns casos específicos em que as avaliações periódicas são recomendáveis: Quando MG está muito próxima do LT Quando para qualquer MG a GSD é muito alta
66 Na Comunidade Européia são adotados os seguintes critérios para estipular a periodicidade destas avaliações (Norma UNE-EN 689): 1. Se I < 0,25 próxima avaliação em até 64 semanas 2. Se 0,25 < I < 0,5 próxima avaliação em até 32 semanas 3. Se 0,5 < I < 1 próxima avaliação em até 16 semanas 4. Se várias avaliações sucessivas situam-se muito abaixo do valor limite (ED < 0,1 LT) considerar exposição aceitável. 5. Se ED de qualquer avaliação for superior ao LT, buscar 5. Se ED de qualquer avaliação for superior ao LT, buscar identificar as causas, corrigí-las e avaliar novamente
67 Média ponderada móvel Permite visualizar a tendência das concentrações médias Sejam Ci os valores de ED para as avaliações sucessivas e MiM os valores da mádia ponderada móvelque começa em M2, correspondente a segunda avaliação: M2 = C1 + 0,2 (C2 C1) Para qualquer outro valor: Mi = Mi-1 + 0,2 (Ci Ci -1)
68 Exemplo Para avaliações de controle, sucessivas, de tolueno em um determinado ambiente de trabalho, foram encontrados os valores a seguir. Avaliar a tendência das concentrações ambientais. Jornada ED O valor de M2 = ,2 (34-23) = 25,2 e M3 = 25,2 + 0,2 (35-25,2) = 27,2 Calculando os demais, teremos a série: 23, 25,2, 27,2, 26,5, 28,8, 31,1, 32,2, 34,8, 33,4 Ao observar o gráfico notamos a clara tendência ascendente de ED
69
70 Comparação com LT Seleção do tipo de amostragem (A, B, C, D, E, F) e do número de amostras para uma jornada Amostragem E ou F Amostragem F Amostragem A,B,C, D, E Seleção aleatória de períodos ou ciclos Obter resultados Obter resultados Obter ED (média e intervalo de confiança) Média aritmética de ciclos Cálculo da concentração relativa (I) Avaliação de uma jornada (Imax e Imin ) Conclusão com peq.número de avaliações Conclusão Obter I para mais jornadas Probabilidade de superar LT
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