REGULAÇÃO DA TEMPERATURA
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- Agustina Bardini Duarte
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1 REGULAÇÃO DA TEMPERATURA
2 REGULAÇÃO DA TEMPERATURA centro regulador: hipotálamo grupos neuronais tipo termostato 37 ± 1 C mecanismos: receptores térmicos informações sensoriais sistema de alerta inicial estimulação direta do hipotálamo temperatura do sangue células termostato
3 Fatores que contribuem com o ganho e a perda de calor para manter a temperatura central
4 TERMOREGULAÇÃO AO FRIO ajustes cardiovasculares receptores cutâneos + frio = vasoconstrição periférica direcionamento sanguíneo para o centro (+ quente) benefício isolante da gordura subcutânea atividade muscular regulação é mediada pela temperatura interna e não pela produção de calor calafrios durante exercício produção hormonal adrenalina e noradrenalina (medula adrenal) estresse prolongado ao frio T4 TMB
5 TERMODINÂMICA DURANTE REPOUSO E EXERCÍCIO Condições Repouso Ex. máximo Produção de calor corporal 0,25 L O 2 /min 4,0 L O 2 /min 1 L VO 2 4,82 Kcal 1,2 kcal/min 20,0 kcal/min Capacidade p/ esfriamento evaporativo 1 ml de suor 0,6 kcal de perda de calor Transpiração máxima 30 ml/min = 18 kcal/min Elevação da temperatura central Nenhuma elevação 1º C a cada 5 a 7 min
6 TERMOREGULAÇÃO AO CALOR Mecanismos contra o superaquecimento: Radiação: troca global de energia térmica radiante (ar) não requer contato molecular Condução: transferência direta por contato com líquido, sólido ou gás água absorve milhares de vezes mais calor Convecção: permuta de ar ou líquido adjacente já aquecido Evaporação
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9 EVAPORAÇÃO principal defesa ao superaquecimento evaporação da água pelas vias aéreas e superfície cutânea cada litro evaporado 580 kcal transferidas para o meio ambiente 2 a 4 milhões de glândulas sudoríparas solução salina hipotônica (0.2 a 0.4 % NaCl) pele + suor esfriamento a medida que evapora pele esfriada resfria o sangue além da sudorese 350 ml transpiração insensível 300 ml mucosas vias aéreas
10 PERDA DE CALOR temperaturas ambientes elevadas: temperatura ambiente > temperatura corporal condução, convecção e irradiação dissipação por evaporação transpiração temperatura ambiente o suor vaporizado pela pele depende de 3 fatores: superfície exposta ao meio ambiente temperatura e umidade do ar ambiente correntes aéreas de convecção próximas ao corpo
11 UMIDADE RELATIVA é a relação de água no ar ambiente para a quantidade total de umidade que pode ser carreada no ar numa determinada temperatura ambiente (%). determina a eficácia da evaporação
12 UMIDADE RELATIVA ALTA pressão do vapor ambiente pele úmida evaporação gotas inúteis: desidratação e superaquecimento o suor em si não esfria a pele enxugar o suor antes da evaporação diminui a perda de calor temperaturas mais altas são suportadas por umidades mais baixas
13 ÍNDICE DE ESTRESSE TÉRMICO
14 INTERAÇÃO DOS MECANISMOS Circulação: desvio do sangue por vasodilatação periférica (face ruborizada) estresse térmico extremo: 15 a 20 % do DC para a pele condutância térmica dos tecidos periféricos favorece a perda de calor: mãos, pernas, fonte, antebraço Evaporação: transpiração inicia cerca de 1,5 segundos após exercício alcança equilíbrio à carga de trabalho em 30 minutos Ajustes hormonais: ajustes para conservar sais e líquido hipófise libera ADH a reabsorção renal de água aldosterona (Córtex Adrenal) reabsorção de Na + e [Na + ] na transpiração
15 VESTIMENTA e TERMOREGULAÇÃO A vestimenta isola o corpo do ambiente pode reduzir o ganho de calor radiante em ambiente quente pode retardar a perda de calor por condução e convecção no frio
16 TEMPO FRIO a roupa aprisiona o ar que se aquece barreira: ar + roupa = mal condutores de calor várias camadas de roupas: camada espessa de ar isolamento vestimenta úmida: perde propriedade isolante calor metabólico do exercício mantém temperatura no frio (pouca roupa)
17 TEMPO QUENTE Ideal: leve, folgada e de cor clara perda de calor fica retardada até a roupa umidecer evaporação
18 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS: maior número secretam suor aquoso e participam da regulação térmica mãos, pés, pescoço e tronco APÓCRINAS: suor mais viscoso e não participam da regulação térmica fruto de respostas ao estresse emocional (púbis e axila)
19 TERMOREGULAÇÃO DURANTE EXERCÍCIO NO CALOR temperatura central: durante exercício intensidade do exercício ajuste bem regulado: meio favorável para a funções metabólicas e fisiológicas estado relativo de desidratação transpiração excessiva sem reposição (líquido) suor volume sanguíneo (hemoconcentração) arritmias, fibrilação, insuficiência cardíaca e morte
20 AJUSTES CIRCULATÓRIOS DC exercício subáximo em ambiente quente = frio VS durante exercício no calor FC em todos os níveis de exercício submáximo redirecionamento do fluxo sanguíneo vasoconstrição viceral vasodilatação para as áreas necessitadas a resistência vascular total mantendo a PA durante o trabalho
21 AJUSTES CIRCULATÓRIOS exercício submáximo é bem tolerado no calor maior dependência do metabolismo anaeróbico do que no frio acúmulo precoce de ácido lático e desgaste das reservas de glicogênio captação de lactato hepático por fluxo hepático circulação muscular por redistribuição sangue para dissipação de calor DC máximo e VO 2 max são reduzidos no calor
22 PERDA HÍDRICA exercício árduo no calor: desidrata, impede dissipação do calor afetando função cardiovascular e a capacidade de trabalho aclimatação: perda máxima de 3 litros/h sob trabalho intenso Maratonista: perdas de 5 litros (6 a 10 % do peso corporal) Lutadores: peso abaixo por desidratação voluntária exercício + ambiente quente + úmido: desafio para regulação
23 REDUÇÃO DE DESEMPENHO perdas de 1% do peso corporal temperatura retal 4 a 5 % de perda pode causar distúrbios: volume sanguíneo circulante VS e FC capacidade circulatória desidratado (4.5%): de 48 % na performance de 22% do VO 2 max
24 USO DE DIURÉTICOS % maior de água é retirada do plasma perda de potássio: fraqueza muscular vantagem para o oponente
25 REPOSIÇÃO DE ÁGUA manter o volume plasmático, circulação e transpiração em níveis ótimos ingestão antes do exercício: hiperhidratação não elimina reposição durante exercício pesado: ml/h de líquido podem ser absorvidos ritmo de absorção: volume estomacal temperatura osmolaridade
26 REPOSIÇÃO DE ÁGUA > velocidade de esvaziamento para líquidos gelados a 5 C 250 ml de água a intervalos de 10 a 15 min exercício x água x glicose: 15 a 30 g em 100 ml mecanismo da sede é impreciso para as necessidades hídricas
27 REPOSIÇÃO DE ELETRÓLITOS não melhora desempenho, nem reduz o esforço fisiológico e cãimbras reposição: sal da dieta 1/3 colher de sopa Potássio: perda negligenciável no suor frutas cítricas
28 ACLIMATAÇÃO exposição repetida ao calor + exercício > capacidade de realizar exercício < desconforto após exposição ao calor completada aos 10 dias com 3 a 4 h de exposição diária 1º dias 15 a 20 minutos e aumento gradativo perdida dentro de 2 a 3 semanas (ambiente temperado) atleta responde melhor comparado ao sedentário a tolerância e a aclimatação não se perde com a idade
29 ACLIMATAÇÃO MULHERES: suam menos começam a suar em > temp. cutâneas e centrais dependem mais do mecanismo circulatório (eliminar calor) HOMENS utilizam mais o esfriamento por evaporação OBESOS < superfície corporal para evaporação e > propensão a choques térmicos
30 LESÕES INDUZIDAS PELO CALOR Sintomas: sede, cansaço, tonteiras, distúrbios visuais causam: cãimbras induzidas pelo calor (dor e espasmo muscular) reposição de sais perdidos pela transpiração exaustão induzida pelo calor distúrbio circulatório DC, PA, FC, cefaléia, vertigem e fraqueza geral
31 LESÕES INDUZIDAS PELO CALOR choque térmico (falha do mecanismo regulador) exige atenção médica imediata temperatura corporal (41,5 ºC), cessa transpiração eventual dano ao SNC baixar a temperatura corporal fricção com álcool compressas geladas imersão em água ( antes de colapso circulatório)
32 EXERCÍCIO NO FRIO condução na água: 25 x maior que no ar água a ºC: estresse térmico e VO 2 de 500 ml/min gordura corporal: isolamento térmico respostas vasomotoras < capacidade de adaptação ao estresse prolongado ao frio comparado ao calor vestimenta minimizando os efeitos do frio sensação térmica aumentada pelo vento
33 ÍNDICE DE ESFRIAMENTO PELO VENTO
34 EXERCÍCIO NO FRIO sistema respiratório perda de água no frio lesões induzidas pelo frio: formigamento e dormência nos dedos orelhas e nariz vasoconstrição periférica dano tecidual (enregelamento) remoção cirúrgica
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