Seminário. atuação Elaborado por: Fevereiro/2016 JANEIRO/ O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). Fernando César Rinaldi
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1 Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) desenvolvimento@crcsp.org.br web: Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis São Paulo SP Presidente: Gildo Freire de Araujo Gestão Seminário Terceiro Setor - Principais Lançamentos Contábeis, Doações, Subvenções e Parcerias (Pré e Pós-pago), Imobilizado (Controles e Adequações à Norma), Obrigações Acessórias e Rateio por Áreas de JANEIRO/ atuação Elaborado por: A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n.º 9610/1998). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Fevereiro/2016 Fernando César Rinaldi O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).
2 Atividades das Entidades do Terceiro Setor são financiadas através das seguintes fontes: Internas Da própria operação Intensa utilização de recursos externos Parcerias e convênios Subvenções Doações Externas Contribuições Isenção e imunidade tributária Necessidade de transparência, prestação de contas e gestão profissional 2
3 Problema? Setor com alta complexidade nas operações, envolvendo diversas entidades, que atuam em vários segmentos, em diferentes áreas. Necessidade de uma contabilidade direcionada para as particularidades desse segmento Normas Brasileiras de Contabilidade 3
4 Normas Brasileiras de Contabilidade que afetam o Terceiro Setor NBC TG 1000: Contabilidade para pequenas e médias empresas; NBC TG 06: Operações de Arrendamento Mercantil NBC TG 07: Subvenção e assistência governamentais; NBC TG 16 R1: Estoques NBC TG 25: Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes NBC TG 27: Ativo Imobilizado ITG 2002: Resolução 1409/12: Entidade sem Finalidade de Lucros Revisado pela ITG 2002 (R1), de 21 de agosto de 2015 As práticas contábeis brasileiras compreendem: A legislação societária brasileira (Lei 6.404/76 e demais atualizações), As Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, Os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à NBC TG Estrutura Conceitual Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC Em consonância com as normas contábeis internacionais. No Terceiro Setor: Min. Público, CNAS e CEBAS, MEC, MDS e MS 4
5 ITG 2002 ITG 2002 OBJETIVO: Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação e reconhecimento das transações e variações patrimoniais, de estruturação das demonstrações contábeis e as informações mínimas a serem divulgadas em notas explicativas de entidade sem finalidade de lucros. Recursos condicionais: doações para custeio e investimentos, recursos de convênios, parcerias, subvenções e contratos de gestão, etc. 5
6 Estrutura Patrimonial Elenco das contas, para o Terceiro Setor, com a finalidade de apresentação, mas não de padronização. Conforme ITG Ativo 2. Passivo Contas patrimoniais 3. Despesas (*) 4. Receitas (*) Contas de resultados 5. Compensação 6. Compensação Para as Contas de Ativo e Passivo (NBC TG 07) (*) Incluso as Gratuidades e o Voluntariado Estrutura Patrimonial: particularidades do terceiro setor ATIVO: Banco C/C recursos sem restrição: Recursos financeiros de livre aplicação nas atividades sociais. Banco C/C recursos com restrição: Recursos financeiros de terceiros em poder de entidade em virtude de: - Parcerias - Projetos sociais - Convênios - Contrato de gestão - Doações em dinheiro para aplicação específica 6
7 Estrutura Patrimonial: particularidades do terceiro setor PASSIVO: Recursos de projetos: Valor do aporte de recursos das entidade gestoras/financiadoras (recursos de parcerias, projetos, convênios, contrato de gestão). ITG Doações condicionais em dinheiro: mesmo critério ITG 2002 Recebimentos antecipados: Valores referente subvenções ou contribuições para custeio, com recebimento antecipado. NBC TG 07 Subvenções a realizar: Registro das transferências governamentais para investimentos (imobilizados). NBC TG 07. Doações patrimoniais: Registro das doações para investimentos (imobilizados) de origem particular ou privada. 7
8 Circulante Fornecedores de bens e serviços Obrigações com Empregados Obrigações Tributárias Empréstimos e Financiamentos a Pagar Recursos de Projetos em Execução Recursos de Convênios em Execução Subvenções e Assistências Governamentais a Realizar Não Circulante Empréstimos e Financiamentos a Pagar Recursos de Projetos em Execução Recursos de Convênios em Execução Subvenções e Assistências Governamentais a Realizar PASSIVO e PL Patrimônio Líquido Patrimônio Social Outras Reservas Ajustes de Avaliação Patrimonial Superávit ou Déficit Acumulado 8
9 Recebimento de recursos externos: Doações, Subvenções, Projetos e Contribuições: 1. Condicionais e incondicionais 2. Para custeio e patrimoniais Circulante Não Circulante ATIVO PASSIVO e PL Circulante Não Circulante Patrimônio Liquido (+) Receitas (-) Despesas DEMONTRAÇÃO DE RESULTADOS Problema? Quais os critérios para reconhecer os recursos provenientes de doações, subvenções, contribuições e projetos no Resultado do Período? 9
10 As doações podem ser feitas em dinheiro, cheques, estoques, perdão de dívidas, imóveis, terrenos, equipamentos, instalações, móveis, utensílios e serviços voluntários. Devem ser classificadas como: Doação incondicional: ocorre quando o doador não impõe qualquer condição para que o valor seja utilizado pela entidade. Entidade pode utilizar o recurso da forma que desejar Doação condicional: é aquela em que o doador determina ao recebedor o cumprimento de uma obrigação ou destinação específica. Entidade deve aplicar o recurso de acordo com a vontade do doador. Contabilização as doações, auxílios, subvenções e contribuições Doações para custeio Recursos direcionados para a manutenção da entidade: salários, aluguéis, energia, etc. Doações em forma de ativos Que integrarão o Patrimônio (imóveis, terrenos, máquinas, equipamentos, instalações, veículos). Deve obedecer alguns critérios para reconhecer como receita no Resultado. ITG 2002 e NBC TG 07 10
11 Doações para custeio Incondicionais: reconhecer como receita, no momento do recebimento Item 9 da ITG 2002: as doações para custeio devem ser reconhecidas no resultado, observado disposto na NBC TG 07. Doações incondicionais, não vinculadas com aplicação específica. Condicionais: reconhecer como receita somente quando o recurso for utilizado (aplicação específica). Item 11 da ITG 2002 Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, a contrapartida da subvenção, de contribuição para custeio e investimento, deve ser em conta específica do passivo. Exemplo de doações para custeio Incondicionais: reconhecer como receita, no momento do recebimento Circulante Disponível Ativo Passivo Recursos sem restrição X Demonstração Resultado Receitas sem restrições: (+) Contribuições e doações voluntárias X Despesas: (-) (=) Superávit/Déficit 11
12 Exemplo de doações para custeio Condicionais: reconhecer como receita somente quando o recurso for utilizado (aplicação específica). Ativo Passivo Circulante Circulante Disponível Doações/ Subvenções a realizar Recursos com restrição Y Doações vinculadas com aplicação específica Y Reconhecer no resultado no mês que for utilizado o recurso (competência) Exemplo 1 Doação incondicional, em dinheiro: Recebimento de doação incondicional de Pessoa Jurídica em dinheiro. Item 9 da ITG 2002: as doações para custeio devem ser reconhecidas no resultado, observado disposto na NBC TG 07. Doações incondicionais, não vinculadas com aplicação específica. Essa transação envolve: (ATIVO) (RECEITA) Ativo Demonstração Resultado Disponível Receitas sem restrições: Recursos sem restrição X Doações voluntárias X 12
13 Exemplo 2 Doação condicional, em dinheiro: Recebimento de doação condicional de Pessoa Jurídica em dinheiro, para aplicação no custeio, especificamente em salários. Item 11 da ITG 2002 Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, a contrapartida da subvenção, de contribuição para custeio e investimento, deve ser em conta específica do passivo. Essa transação envolve: (ATIVO) (PASSIVO) PAS SIVO PASSIVO Disponível Circulante Recursos com restrição X Doações vinculadas com aplicação específica X Exemplo 3: doações incondicionais, na forma de ativos (estoques). Recebimento de doação de pessoa jurídica, no mês de Janeiro, de materiais escolares, no valor de R$ ,00, referente 250 unidades (estojo, cadernos, lápis, borracha, etc). Item 9 da ITG 2002: as doações para custeio devem ser reconhecidas no resultado, observado disposto na NBC TG 07. Doações incondicionais, não vinculadas com aplicação específica. Essa transação envolve: (ATIVO) (RECEITA) Ativo Demonstração Resultado Estoques Receitas sem restrições: Estoque materiais a distribuir X Doações voluntárias X 13
14 Exemplo 4: doações condicionais, na forma de ativos (estoques). Recebimento de doação de pessoa jurídica, no mês de Janeiro, de materiais escolares, no valor de R$ ,00, referente 250 unidades (estojo, cadernos, lápis, borracha, etc).. O material será utilizado em atividade específica, conforme condição determinada. Item 11 da ITG 2002 Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, a contrapartida da subvenção, de contribuição para custeio e investimento, deve ser em conta específica do passivo. Essa transação envolve: (ATIVO) (PASSIVO) Ativo PASSIVO Estoques Circulante Estoque materiais doados X Doações vinculadas com aplicação específica X Exemplo 4: No mês de fevereiro, a entidade realiza a Distribuição de 150 unidades (estojo, cadernos, lápis, borracha, etc), conforme condição determinada, no valor de $ 6.000,00. Circulante: Estoques Ativo Materiais doados a distribuir ,00 Circulante Passivo Doações p/ aplic. específica Doações vinculadas com aplicação específica ,00 (-) Distribuição de materiais (6.000,00) (-) Realização (6.000,00) Receitas: 4.000, ,00 Demonstração do Resultado: Fevereiro (+) Doações condicionais 6.000,00 Despesas: (-) Materiais doados (6.000,00) Superávit/Déficit 0 14
15 Exemplo 5: No mês de Janeiro, a Entidade recebe R$ ,00 de contribuição governamental para ser utilizado no custeio da atividade, nos próximos quatro meses. O custeio refere-se ao aluguel, no valor de $ /mês. Item 12 ITG 2002: As receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio, parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio, termos de parceira, para aplicação específica, devem ser registradas em contas próprias. Item 11 da ITG 2002 Enquanto não atendidos os requisitos reconhecimento no resultado, a contrapartida da subvenção, contribuição para custeio e investimento, deve ser em conta passivo. para de específica do Recebimento de subvenções e contribuições para custeio que irão beneficiar vários períodos. Reconhecer como receita antecipada, no Passivo, conforme item 16, da NBC TG 07. Exemplo 5: No mês de Janeiro, a Entidade recebe R$ ,00 de contribuição governamental para ser utilizado no custeio da atividade, nos próximos quatro meses. O custeio refere-se ao aluguel, no valor de $ /mês. Essa transação envolve: (ATIVO) (PASSIVO) Disponível Ativo PASSIVO Recebimentos antecipados Recursos com restrição X Contribuição governamental X 15
16 Ativo Passivo Circulante: Circulante: Disponível Recebimentos antecipados Recursos c/ restrição ,00 Contribuição governamental ,00 (-) Pagto despesas do mês (10.000,00) (-) Realização (10.000,00) Saldo da conta ,00 Saldo da conta ,00 Demonstração do Resultado do Período Receitas com restrições (+) Contribuições governamentais ,00 Despesas: (-) Despesas com aluguéis (10.000,00) Superávit/Déficit 0 Recebimento de subvenções e contribuições para custeio que irão beneficiar vários períodos. Reconhecer como receita antecipada, no Passivo, conforme item 16, da NBC TG 07. Doações em forma de ativos Aquelas que integrarão o Patrimônio (imóveis, terrenos, máquinas, equipamentos, instalações, veículos). Necessário avaliar a origem: Público ou Privado? Público: Ativar o bem doado e reconhecer como subvenções governamentais a realizar, no Passivo. Privado: Ativar o bem doado e reconhecer como doações patrimoniais, no Patrimônio Líquido. 16
17 Doações para investimentos de origem pública (Subvenções) Doações que integrarão o Patrimônio devem ser avaliadas e levadas a débito, na conta específica do Imobilizado, e a crédito, na conta de passivo denominada Receita Diferida (conforme item 24 da NBC TG 07). Subvenções a realizar Item 11 da ITG 2002 Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, a contrapartida da subvenção, de contribuição para custeio e investimento, deve ser em conta específica do passivo. Subvenção Governamental RECONHECIMENTO DA SUBVENÇÃO SUBVENÇÃO = RECEITA COMPETÊNCIA O mesmo critério se aplica para: Convênios Parcerias Projetos Contratos de gestão Para correta associação com as DESPESAS que a Subvenção pretende compensar 17
18 Doações para investimentos de origem pública (Subvenções) NBC TG 07: Item 25. São considerados aceitáveis dois métodos de apresentação, nas demonstrações contábeis, da subvenção relacionada com ativos. Item 26. Um dos métodos reconhece a subvenção governamental como receita diferida no passivo, sendo reconhecida como receita em base sistemática e racional durante a vida útil do ativo. Necessário criar a conta Receita Diferida e/ou Subvenções a realizar no Passivo: a) Circulante: até 12 meses b) Não Circulante: acima de 12 meses Doações para investimentos de origem pública (Subvenções) NBC TG 07: Parte 1: Constituição da subvenção Imobilizados Ativo Passivo Subvenções a realizar Parte 2: Realização da subvenção pelo uso Ativo Passivo Imobilizados Subvenções a realizar (-) Depreciação Acum. (-) Realização do Bem Contrapartida: Resultado do período 18
19 Exemplo 6: doações na forma de ativos imobilizados (Subvenção pública) Recebimento de doação de um equipamento, através de subvenção pública, no valor de R$ ,00. A estimativa de vida útil do equipamento é de 10 anos. Item 27 da NBC TG 07: A subvenção deve ser reconhecida como receita durante a vida do ativo depreciável por meio de crédito à depreciação registrada como despesa no resultado. Item 12, da NBC TG 07 reconhecer como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar. Receita com Doação: deverá ser reconhecida ao longo do período, nos próximos próximos 10 anos, na proporção de 0,83333% ao mês. Despesas com depreciação : deverá ser reconhecida ao longo do período que se pretende compensar: próximos 10 anos, na proporção de 0,8333% ao mês 19
20 Voluntariado 20
21 Plano de contas: Serviços voluntários ITG 2002: Item 24: Na Demonstração do Resultado do Período, devem ser destacadas as informações de serviços voluntários obtidos, e divulgadas em notas explicativas por tipo de atividade. Item 19: O trabalho voluntário deve ser reconhecido pelo valor justo da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro. Inclusive os membros integrantes dos órgãos da administração Deve transitar pelas contas de: Ativo, Passivo, Despesa e receita SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS Regulado pela Lei 9.608/98 Serviço Voluntário é a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive, mutualidade. Por questões de avaliação de desempenho e correspondente divulgação (disclosure), é recomendável a contabilização observando critérios de mensuração e divulgação dessa informação. 21
22 Exemplo 8 A entidade contratou serviços contábeis para manutenção de sua escrituração contábil. O escritório contratado firmou um contrato de prestação de serviços no qual os honorários propostos são de R$ 500,00/mês para escrita contábil, contrato este que alude a um termo de Voluntariado firmado entre as partes em que a elaboração da folha de pagamento é serviço voluntário de valor dos honorários estimados em R$ 500,00. 1ª etapa: constituição do valor do serviço Circulante: Obrigações a pagar Passivo Despesas: Demonstração Resultado Período Recursos Humanos Contas a Pagar Honorários (1.000) 2ª etapa: Pagamento e reconhecimento do voluntariado Ativo Passivo Circulante Circulante Banco Conta Movto (500) Contas a Pagar (Honorários) 1000 (-) Pgto Serviços Prestados (500) (-) Voluntariado obtido (500) Despesas Receitas Honorários 1000 Voluntariado Obtido
23 Recursos de Projetos Tipos de Projetos Recursos próprios: financiados com recursos da própria entidade Recursos externos: financiando com recursos externos Contrapartida: financiada com recursos externos (parte do projeto), mas entidade conveniada deve adicionar recursos próprios (contrapartida), para execução do projeto. 23
24 24
25 Entidade ALFA realiza um convênio com o governo do Estado, no valor de R$ , para desenvolver um projeto de Inclusão social de menores carentes. O projeto é composto da seguinte forma: Gastos com pessoal: R$ Gastos com aluguéis: R$ Gastos com transporte: R$ Gastos com materiais: R$ Gastos com alimentação: R$ O projeto será desenvolvido integralmente no mês de maio de 2014, com previsão de atendimento de 120 pessoas. A entidade recebe os recursos no mês de abril. 25
26 26
27 27
28 Conciliação da conta: Bancos Cta Movto: recursos de terceiros projeto inclusão social ABRIL (+) Saldo inicial 0 (+) Recebimento dos recursos do convênio (-) Pagamentos realizados 0 (=) Saldo final MAIO (+) Saldo inicial (-) Pagamentos realizados na 1ª semana (12.000) (-) Pagamentos realizados na 2ª semana (21.000) (-) Pagamentos realizados na 3ª semana (9.000) (-) Pagamentos realizados na 4ª semana (58.000) (=) Saldo final 0 GRATUIDADES e ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS 28
29 GRATUIDADES CONCEDIDAS ITG 2002 Divulgação em Notas Explicativas: m) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais representativos; Gratuidades são despesas ou gastos incorridos para a prestação dos serviços gratuitos (sem contrapartida financeira) exigidos por força de lei (Leis /2009 e /13) em percentuais mínimos das receitas totais conforme a área de atuação da entidade. Sugere-se que se registre esses valores em conta de Despesa com Gratuidades, devendo transitar pelo resultado da organização. Gratuidade é uma renúncia de receita, mas é também um consumo de Ativo. ITG 2002: Gratuidades Item 10: Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit, de forma segregada, identificáveis por tipo de atividade. (+) Receitas: Sem gratuidades (da atividade) Com gratuidades (CEBAS) Com gratuidades (Estatutárias) (-) Custos e Despesas: Custo da atividade Custo das gratuidades (=) Superávit/ Déficit Educação Saúde Assist. Social Prestação de contas aos órgãos governamentais, por tipo de atividade. Total 29
30 Exemplo 1 Doação de 10 Cestas Básicas, no valor de R$50,00 sem contrapartida, ou seja, sem cobrar nada do beneficiário. 1. Entidade compra 10 cestas básicas por R$50,00 cada. D Estoque Cestas Básicas (ATIVO) C Banco cta. Movto. Recursos livres (ATIVO)...R$ 500,00 2. Entidade doa 10 cestas básicas sem contrapartida. D Custo das Gratuidades (DESPESA) C Estoque Cestas Básicas (ATIVO)...R$ 500,00 GRATUIDADES RECEBIDAS ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS ITG 2002 (c) a renúncia fiscal relacionada com a atividade deve ser evidenciada nas demonstrações contábeis como se a obrigação devida fosse. Apenas para as isenções usufruídas Portanto, deve-se proceder ao cálculo da quota patronal sobre a folha de pagamento (segregado por área e projeto), efetuar o registro contábil da despesa de INSS e reconhecer a Gratuidade Recebida, pela competência. Apenas para as entidades que possuem o CEBAS 30
31 GRATUIDADES RECEBIDAS ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS Exemplo: A entidade apurou no mês de agosto R$ 2.000,00 de quota patronal de INSS sobre a folha dos funcionários. 1. Lançamento da despesa de agosto D Encargos pessoal (Despesa) C Prev. Social Patronal renúncia fiscal (Passivo)...R$ 2.000,00 Circulante: Passivo Despesas: Demonstração de Resultados Obrigações Tributárias Previdência Social Renúncia Fiscal Recursos Humanos Encargos + benef pessoal c/ vinculo (2.000) GRATUIDADES RECEBIDAS ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS Exemplo: A entidade apurou no mês de agosto R$ 2.000,00 de quota patronal de INSS sobre a folha dos funcionários. 2. Lançamento da Gratuidade Recebida (Benefício Usufruído) D Prev. Social Patronal renúncia fiscal (Passivo) C Gratuidades Concedidas (isenção usufruída)...r$ 2.000,00 Circulante: Passivo Receitas: Demonstração de Resultados Obrigações Tributárias Isenções Usufruídas Previdência Social Renúncia Fiscal Despesas: (-) Prev. Social Isenção usufruída (2.000) Recursos Humanos Encargos + benef pessoal c/ vinculo (2.000) 31
32 PROVISÕES Para contas do Ativo: A entidade sem finalidade de lucros deve constituir provisão em montante suficiente para cobrir as perdas esperadas sobre créditos a receber, com base em estimativas de seus prováveis valores de realização e baixar os valores prescritos, incobráveis e anistiados. 32
33 CPC 25 PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES. Definições Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. CPC 25 Item 13 Provisões são reconhecidas como Passivo (presumindo-se que possa ser feita estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos para liquidar a obrigação. 33
34 RECONHECIMENTO DA PROVISÃO CPC 25 ITEM 14 Uma provisão será reconhecida quando: - For uma obrigação presente; - Seja provável a necessidade de saída de recursos; e - Possa ser feita estimativa confiável do valor. EXEMPLO DE PROVISÃO Na data de encerramento do Balanço foi identificado junto ao jurídico a existência de das seguintes ações contra a instituição: Ação Trabalhista Danos Morais Danos a terceiros Queda de árvore Estimativa de valor Confiável R$ Incerto R$ Confiável R$ Obrigação presente Previsto 80% de chance da entidade ter que pagar a obrigação: Provável Previsto 55% de chance da entidade ter que pagar a obrigação: Possível Previsto 25% de chance da entidade ter que pagar. Remoto Reconhecimento Constitui a Provisão Não constitui provisão só divulga em NE Não constitui provisão, nem divulga NE. 34
35 RECONHECIMENTO D Despesa de Provisão Trabalhista C Provisão Trabalhista (Passivo) R$ ATIVO IMOBILIZADO CPC 27 35
36 DEFINIÇÕES VALOR CONTÁBIL: é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após dedução da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas. VALOR DEPRECIÁVEL: é o valor do custo, menos o seu valor residual. VALOR RESIDUAL: valor que o bem poderá ser vendido ao final da vida útil, após deduzir as despesas estimadas com a sua venda. VALOR RECUPERÁVEL: pode ser por venda atual ou uso ao longo da vida útil. DEFINIÇÕES VALOR DE VENDA: é o preço que seria recebido pela venda de um ativo, após deduzir as despesas com sua venda. VALOR DE USO: refere-se aos benefícios econômicos gerado pelo uso do ativo, através do fluxo de caixa descontado. PERDA POR REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL: é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo excede seu valor recuperável. Mas o valor recuperável não deve superar o valor contábil. Só existe ajuste, quando o valor recuperável (venda ou uso - os dois) forem inferiores ao valor contábil. 36
37 EXEMPLO DE CONTROLE DE ATIVO Em 01/01/2013 Aquisição de veículo pelo valor de R$ ,00. Vida útil estimada 8 anos. Valor Residual: R$ ,00 Valor Depreciável: Valor de Custo Valor Residual = R$ Taxa de depreciação linear Valor Depreciável / Tempo de vida útil / 8 anos = R$ 3.750,00 ao ano RECONHECIMENTO INICIAL 1) Em 01/01/2013 Pela aquisição: Débito: ANC Imobilizado Veículos Crédito: AC Banco c/ movimento R$ ) Em 31/12/2013 Pela Depreciação do 1º ano: Débito Resultado: Despesa de Depreciação Crédito ANC Depreciação Acumulada R$ Valor contábil líquido em R$
38 MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE Após o 1º ano de uso, em 31/12/2013 há indícios de perda do valor recuperável. Aplica-se o testa de Impairment = Teste de Recuperabilidade Verifica-se nesta data: a) Valor contábil líquido de R$ b) Valor Justo do bem nesta data é de R$ c) Valor em uso (valor dos fluxos de caixa esperados futuros trazidos a valor presente) é de R$ Portanto seu valor recuperável é de R$ , deve reconhecer a perda por desvalorização R$ MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE 1. Apura-se o Valor Contábil: VALOR CONTÁBIL = Valor do Custo Depreciação Acumulada VALOR CONTÁBIL = R$ R$ = R$ Compara-se o valor recuperável com o valor contábil nesta data: (+) Valor Contábil R$ (-) Valor Recuperável R$ (=) Perda por Desvalorização R$
39 MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE CONTABILIZAÇÃO DA PERDA: Débito: Resultado: Despesa Perda por Desvalorização Crédito: ANC Imobilizado: Perda por Desvalorização R$ MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE Em 31/12/2013 após ajuste de Impairment: ATIVO Ativo Não Circulante Receitas RESULTADO Imobilizado ( - ) Despesas: Veículo Desp. Depreciação (3.750) ( - ) Deprec. Acumulada ( 3.750) Desp. Perdas por Desvalorização (1.250) ( - ) Perda P/ Desvalorização ( 1.250) 39
40 BIBLIOGRAFIA: In Pronunciamentos Técnicos: CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais. CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes, Ativos Contingentes. CPC 27 Ativo Imobilizado In Normas Brasileiras de Contabilidade. ITG 2002 Entidades sem Finalidade de Lucro 40
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