Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L.

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1 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

2 2 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

3 00 Índice CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

4 4 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

5 0. ÍNDICE 3 1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO Economia Internacional Economia Nacional Mercado Bancário Nacional Evolução do Mercado Nacional de Depósitos Evolução do Mercado Nacional de Crédito Mercados Financeiros Principais Focos em Principais Riscos e Incertezas para CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE Resultado e Balanço Análise Financeira do SICAM Outros Fatos Relevantes A REALIDADE DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L Aspetos Relevantes Apresentação da CCAM Marcos Históricos Estrutura de Capital Rede de Distribuição Recursos Humanos ESTRATÉGIA E ÁREA DE NEGÓCIO Objetivos Estratégicos Demonstração de Resultados Resultado Margem Financeira Produto Bancário Custos de Funcionamento Resultado Bruto de Exploração Resultado Antes de Imposto Resultado Líquido Balanço Crédito Concedido Crédito Vencido Captação de Recursos Área Social Principais Indicadores Rácios Rácios Normativos da caixa Central Rácios de Estrutura Rácios Prudenciais Capitais Próprios PLANO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA RISCOS E VULNERABILIDADES EM CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES GERAIS Conclusão Considerações Finais PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS BALANÇO E CONTAS ANEXO ÀS CONTAS CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS PARECER DO CONSELHO FISCAL ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO 175 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

6 6 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

7 01 Enquadramento Económico CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

8 8 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

9 1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas. Entre os factores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respectivas economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma diminuição gradual do respectivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016 Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado nos preços das matérias-primas. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

10 Na zona Euro, a actividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica, apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável deveu-se à evolução do preço das matérias-primas e à política monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa de compra de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme). Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016 Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de activos), aos efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento. Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona Euro. O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por factores como o impacto favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de 2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). 10 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

11 De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa alargado de compra de activos, com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação, compatível com o seu objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direccionadas será igual à taxa de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada ORPA direccionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direccionadas. Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respectivamente. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

12 1.2 ECONOMIA NACIONAL Fonte: Banco de Portugal Boletim Económico Dezembro 2015 Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica a perspectiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflecte um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro. Indicadores macroeconómicos ( ) E Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9 EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1-6,4 Preço do Petróleo (euros) tav -4,1-9,5-29,7 Produto Interno Bruto tav -1,4 0,9 1,6 Consumo Privado tav -1,7 2,1 2,7 Consumo Público tav -1,8-0,7 0,1 Formação Bruta de Capital Fixo tav -6,6 2,3 4,8 Exportações tav 6,1 3,4 5,3 Importações tav 2,8 6,2 7,3 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6 Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0 Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8 Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8 Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. -1,3 0,0 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4 Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6 Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05 Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual 12 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

13 Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA. O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspectivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis. A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num contexto de diminuição da população activa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração. Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward (Janeiro 2016) O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser de milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

14 O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao da despesa. 1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco. A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de 150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no montante de milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de 450 milhões, o qual foi concluído em Junho de O Banif revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de Com a venda do banco, a generalidade da actividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de excepção para os activos problemáticos (transferência para um veículo de gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco Santander Totta e as respectivas agências foram alvo de renovação de imagem. Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 Dezembro 2015) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de Para esse crescimento 14 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

15 contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014). Valores em mil milhões euros Depósitos de particulares Depósitos totais de clientes 3,9% 2,3% 2,4% 3,1% -3,8% ,1% 3,8% 0,1% 1,5% 1,5% Depósitos de empresas 6,3% 3,0% 0,2% Volume de depósitos Variação homóloga -14,7% -19,0% Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY(12 meses) Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 Dezembro 2015) Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos homólogos. Valores em mil milhões euros Crédito bruto total Crédito a particulares -2,3% -4,9% -4,5% -8,8% -3,6% -2,8% -4,2% -5,9% -5,3% -7,9% Crédito a empresas ,5% -7,2% -6,3% -13,9% -5,0% Volume de crédito Variação homóloga Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY(12 meses) CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

16 De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país. Valores em milhares de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2014/Dez.2015 Crédito Peso Var. 2014/2015 Particulares Empresas Total total % Particulares Empresas Total Aveiro ,4% -4,3% -3,9% -4,2% Beja ,9% -4,4% -9,9% -5,9% Braga ,1% -3,2% 1,1% -1,7% Bragança ,6% -4,6% -2,1% -4,1% Castelo Branco ,9% -4,7% -4,2% -4,6% Coimbra ,6% -3,6% -2,0% -3,2% Évora ,2% -0,8% -4,3% -1,8% Faro ,3% 0,0% -10,9% -3,0% Guarda ,6% -3,8% -2,0% -3,4% Leiria ,4% -3,3% -2,8% -3,1% Lisboa ,4% -3,3% -5,5% -4,4% Portalegre ,6% -4,7% 1,9% -3,1% Porto ,2% -4,7% -1,6% -3,4% Santarém ,8% -1,0% 0,4% -0,7% Setúbal ,8% -2,9% 4,7% -1,6% Viana do Castelo ,2% -5,6% -0,5% -4,2% Vila Real ,8% -6,5% -12,9% -7,8% Viseu ,8% -3,0% -23,0% -9,6% Reg. Autónoma Açores ,9% -5,4% -14,6% -8,4% Reg. Autónoma Madeira ,3% -8,9% -25,6% -15,3% Total % -3,6% -5,0% -4,2% Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. 16 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

17 Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105 Tipologia Volume de crédito (M ) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido % Habitação ,9% 82,0% 2,5% Consumo ,7% 10,2% 9,4% Outros fins ,9% 7,8% 14,7% Total ,6% 100% 4,2% Fonte: Banco de Portugal No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extractivas e saúde e apoio social. Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as actividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015 Actividade económica Var. Dez. 2014/2015 Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 5,3% ,7% 4,4% Indústrias Transformadoras -1,8% ,8% 10,3% Saúde e Apoio Social -7,0% ,6% 5,4% Comércio -0,3% ,0% 16,1% Construção -14,1% ,8% 33,4% Actividades Imobiliárias -4,9% ,8% 23,7% Alojamento e Restauração -5,3% ,4% 10,9% Transporte e Armazenagem 7,0% ,9% 6,7% Energia -0,2% ,1% 0,6% Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0% Água e Saneamento -6,5% ,9% 2,6% Outros -10,1% ,8% 8,6% Total -5,0% % 15,4% Fonte: PIN Mercado Valores em milhões de euros 1.4 MERCADOS FINANCEIROS No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na actividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

18 por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo de investigação sobre o auxílio estatal concedido em Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública. Mercados de dívida Mercados acionistas 3,5 3 2,5 2 Reunião Fed Abrandono negociações Referendo e controlo de capitais 160% 150% 140% 130% Black Monday Escândalo VW 1,5 120% 1 110% 0,5 100% 0 90% janeiro 15 fevereiro 15 março 15 abril 15 maio 15 junho 15 julho 15 agosto 15 setembro 15 outubro 15 novembro 15 dezembro 15 80% janeiro 15 fevereiro 15 março 15 abril 15 maio 15 junho 15 julho 15 agosto 15 setembro 15 outubro 15 novembro 15 dezembro 15 Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50 Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p. O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas dos fed funds em 0% 0,25%. Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terreno negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE. No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às acções, com os chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p.. 18 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

19 No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as desvalorizações registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de venda de acções por investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do yuan em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as commodities. Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas inalteradas nas reuniões de Setembro. No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica. Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017 (iii) reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE. Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de subida da inflação no médio prazo. Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de yuan na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa. O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

20 No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12% no ano. Produção total de petróleo Cotação do Brent e WTI '000 barris/dia ,3 1,25 1,2 1,15 1,1 1,05 1 0,95 0,9 janeiro 12 março 12 maio 12 julho 12 setembro 12 novembro 12 janeiro 13 março 13 maio 13 julho 13 setembro 13 novembro 13 janeiro 14 março 14 maio 14 julho 14 setembro 14 novembro 14 janeiro 15 março 15 maio 15 julho 15 setembro 15 novembro 15 janeiro 15 fevereiro 15 março 15 abril 15 maio 15 junho 15 julho 15 agosto 15 setembro 15 USD outubro 15 novembro 15 dezembro 15 OPEC Não OPEC EUR/USD Brent Crude (WTI) A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis de inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa core 1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%. Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD Principais focos em 2016 A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspectivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados 1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares. 20 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

21 estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%. Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente variação do preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016 O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA 2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola. 2 European Securities and Markets Authority CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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23 02 Crédito Agrícola: Evolução Recente CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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25 2. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 2.1 RESULTADO E BALANÇO Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA) Balanço Em milhares de euros Variação Abs. % Activo Aplicações em Inst. de Crédito e disp ,1% Crédito a Clientes (líquido) ,4% Crédito a Clientes (bruto) ,5% Imparidades ,3% Aplicações em Títulos (líquido) ,4% Activos Não Correntes Detidos para Venda ,8% Outros Activos ,4% Total Activo ,6% Passivo + Capital Recursos de bancos centrais e OIC's ,9% Recursos de Clientes ,3% Outros Passivos Subordinados ,5% Outros Passivos ,2% Total Passivo ,8% Capitais Próprios ,4% Total do Capital Próprio + Passivo ,6% CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

26 Demonstração de Resultados Em milhares de euros Variação Abs. % Juros e rendimentos similares ,4% Juros e encargos similares ,7% Margem Financeira ,2% Comissões líquidas ,3% Resultado de operações financeiras ,6% Outros resultados de exploração ,9% Produto Bancário ,3% Custos de estrutura ,1% Custos de pessoal ,9% Gastos gerais administrativos ,1% Amortizações ,2% Provisões e imparidades ,8% Resultado antes de impostos ,9% Impostos, após correc. e diferidos ,1% Resultado Líquido % Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente. Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%. O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%. Evolução do Resultado líquido (em milhões de euros) 56,5 41,3 24,5 1, CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

27 Valores em milhões de euros Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15 Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas do Grupo. Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Margem Financeira ,2% Comissões líquidas ,3% Resultado de operações financeiras* ,0% Outros resultados de exploração ,4% Margem Complementar ,9% Produto Bancário ,3% *excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014 para 245 milhões de euros em Esta quebra resulta essencialmente: i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas; ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações; iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

28 É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas. Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central 2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26% 2,13% 2,04% 1,89% 1,78% 1,66% 1,53% 1,40% 1,25% 0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05% 0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12% dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15 Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois factores: (i) da mais-valia criada com a venda das acções da CA vida e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das provisões e imparidades do exercício. Valores em milhões de euros Margem Financeira Comissões Líquidas Res. Op. Financeiras Margem Complementar Produto Bancário Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

29 administrativos (-0,1%), fruto das negociações centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das amortizações em 7,2%. Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Custos de Estrutura ,4 0,1% Custos de Pessoal ,5 0,9% Gastos Gerais Administativos ,1-0,1% Amortizações ,0-7,2% Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Correcção de valor em crédito de clientes % Imparidade de outros activos % Total de provisões e imparidades do exercício % Total de provisões e imparidades acumuladas % Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. - Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registouse um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria. Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito total sobre clientes ,5% Crédito e juros vencidos ,5% Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total do SICAM que passou de milhões de euros em 2014 para milhões de euros em Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no valor das aplicações em títulos de 12,4% (- 529 milhões de euros face a 2014). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

30 Evolução do Activo Líquido (em milhões de euros) O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a particulares a reduzir 2,6% face a Em termos líquidos, o crédito aumentou 3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%). Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito bruto ,5% Imparidades ,3% Crédito líquido ,4% O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de euros. Activo Valores em milhões de euros Passivo Capitais Próprios Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do montante dos recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

31 Evolução do Crédito e Recursos de Clientes (em milhões de euros) % 85% % 75% 73,2% 70% 68,8% 68,9% 65% 60% Crédito a Clientes Recursos de Clientes Rácio de Transformação Evolução do crédito e recursos de clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito a Clientes ,4% Recursos de Clientes ,3% Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b Outros Factos Relevantes Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do Atendimento ao Cliente como a instituição mais bem classificada. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

32 O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam: O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português; O workshop Cooperar para Exportar dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola; A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior) com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa; O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no Portugal Agro e na Alimentaria& Horexpo Lisboa 2015 ; A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva, tendo, em 2015, sido desenvolvida uma acção de formação e apoio à instalação frutícola destinada a empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola. Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo Top 1000 World Banks, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais. A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

33 O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio Gestão Nacional de Organismos de Investimento Colectivo, na categoria Fundos de Obrigações de Taxa Indexada. Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a evolução semestral do volume de transacções realizadas no serviço Balcão 24, que registou um crescimento de 6% face a igual período de No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, passando de máquinas em 2014 para em 2015, contrariando a tendência de decréscimo verificada no mercado (-2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma evolução positiva, verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 2014) e do número de transacções efectuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em 2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento automático do Crédito Agrícola. Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transacções com cartões (+8,1%), assim como, um aumento do volume de transacções em valor (+6,3%). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

34 No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis. Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas acções juntos dos meios de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevistas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação. Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas: Planos você já tem, só precisa do Banco certo, que teve por objectivo promover as soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e CA Destino, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas duplas para a Europa. O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o Grupo ao target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais de seguidores na sua página oficial de Facebook. Em 2015 registaram-se visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola (+28% face a 2014), o que representa uma média de visitas/mês realizadas por visitantes únicos. Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o patrocínio a um programa televisivo inovador, denominado 1 Minuto de Economia. Tratando-se de um programa sobre a actualidade financeira com um formato diferenciador transmitido diariamente no canal SIC, permitido impactar mais de telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

35 Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como: Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe Maratona no Rali Dakar 2016, em motociclismo; João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes; 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta; Entre outros eventos e atletas. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos Populares em Paris. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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37 03 A Realidade da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo De Loures, Sintra E Litoral, C.R.L. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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39 3. A REALIDADE DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L. Em 2015, vivemos mais um ano de grandes desafios, que marcaram a evolução e o desempenho do setor financeiro e, particularmente, das instituições bancárias, para os quais a Caixa procurou as melhores respostas, adaptando-se de forma atempada e flexível a um novo paradigma social e económico-financeiro do País, cujos sinais de transformação foram interpretados de forma construtiva e refletidos na nossa estratégia. De 2007 a 2014, diversos acontecimentos, inéditos e de grande impacto, marcaram as condições operacionais, a atividade e o desempenho das instituições do setor, os quais determinaram reformas profundas do enquadramento regulamentar, do sistema e arquitetura da supervisão, com crescentes requisitos prudenciais e de governo. O setor financeiro atravessou, assim, um dos piores períodos da sua história, assistindo-se à falência de grandes grupos financeiros, tanto a nível internacional como nacional, de que se destaca a falência do Lehman Brothers, em setembro de 2008, e a aplicação da primeira medida de resolução da União Bancária europeia ao terceiro maior grupo bancário nacional. Esse período foi pontuado por elevados níveis de volatilidade e incerteza e por uma crise de confiança nos mercados financeiros sem precedentes, que motivou intervenções dos governos e das autoridades monetárias, no sentido de recuperar a normalidade do funcionamento dos mercados e das instituições, particularmente daquelas que entraram em dificuldades. Assistimos, também nesse período à fusão por incorporação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sintra e Litoral, que em paralelo com as crises no mercado financeiro, ao espectro da deflação, a fortes subidas das taxas de juro de referência, no início desse período, até aos níveis negativos em que se encontram presentemente, tiveram um impacto bastante negativo na situação económica da Caixa. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

40 Perante tantas adversidades foi necessário manter a convicção e firmeza de propósitos, para reforçar a resiliência da Caixa e preservar os princípios e os valores que a caracterizam e norteiam a sua atuação e gestão. Firmeza na concretização de objetivos, aparentemente ambiciosos perante tamanhas dificuldades, mas, exequíveis e essenciais para o futuro, como a realidade o veio a demonstrar recentemente. Tal foi o caso da reconversão operada no modelo de negócio da Caixa, que passou de uma instituição especializada em operações de crédito agricola, para uma entidade de banca de retalho universal, com maior relevo da atividade de banca comercial com empresas dos diversos setores produtivos. Em finais de 2015, a conjuntura continua ainda a apresentar desafios que extravasam em muito a esfera financeira, exigindo o reforço de compromissos e a afirmação de valores e princípios à escala global. Ao longo dos últimos anos a Caixa fez prova da sua capacidade de resiliência ao superar inúmeros e complexos desafios, pelos seus próprios meios, no seio do GCA, mantendo as suas caraterísticas como instituição ao serviço das comunidades locais. Foi possível manter a dinâmica de apoio à atividade económica e aos clientes, que têm vindo a aumentar, e construir um grupo mais diversificado e preparado para os obstáculos que o presente e o futuro lhe reservam. Esperamos que 2016 seja um ano de consolidação da recuperação da atividade económica, como previsto, e de melhoria das condições financeiras das famílias e das empresas. Mas, apesar de alguma melhoria dos indicadores macroeconómicos, esta ainda se revela ténue. Observam-se ainda uma elevada taxa de desemprego, que se manteve em 13,5%, no final de 2015, bem como um nível de endividamento das famílias e das empresas, que atingiu 85,7% e 142% do PIB, respetivamente. Perante este quadro desafiante e exigente, as entidades regulamentares continuam a solicitar às instituições do setor bancário esforços acrescidos ao nível da liquidez e da constituição de almofadas de capital, previstos com a implementação de Basileia III (Capital Requirements Directive IV CRD IV 2013/36/UE e Capital Requirements Regulation CRR n.º 575/2013). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

41 É, assim, num contexto de revitalização económica e social que a CCAM se continua a transformar, recriando-se ela própria e posicionando-se como o Banco do Concelho que está a ajudar a economia a concretizar os seus investimentos e as realizações sociais. No mesmo sentido e igualmente importante, consiste a trajetória de concentração da CCAM na sua atividade fundamental, o negócio bancário diretamente ligado ao setor primário, da qual decorreram significativas operações de crédito e a atividade seguradora e, bem assim, de outros negócios em diferentes setores da atividade económica nos quais a CCAM pretende ter uma posição de algum relevo. Ao entrar no seu 89º ano de atividade, a história percorrida pela CCAM de Loures, Sintra e Litoral, CRL, conferiu-lhe o saber e a experiência que lhe permitirão por certo encontrar uma vez mais as melhores respostas a uma envolvente exigente e a uma nova etapa da sua vida histórica e económica. 3.1 ASPETOS RELEVANTES BALANÇO (EUROS) (EUROS) (EUROS) Aplicações em instituições de crédito Crédito sobre clientes (bruto) Recursos de clientes Capitais próprios Ativo líquido CONTA DE EXPLORAÇÃO Margem financeira Margem complementar Custos operacionais Produto bancário Resultado antes de imposto Resultado líquido de impostos OUTROS INDICADORES Número de balcões Número de ATM Número de balcões 24 horas Número de empregados CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

42 Plano de recuperação Em 2014 a CCAM e CCCAM assinaram um contrato programa, tendo como objetivo concretizar o Plano de Reestruturação, que veio reforçar a estratégia já seguida pela CCAM, de reforço da atividade bancária e de apoio continuado à economia local, quer no domínio das famílias, quer no das empresas. Estratégia delineada pela CCAM Em 2015, CCAM manteve a sua orientação estratégica para o financiamento da economia local, previligiando o setor primário e mantendo particular foco no segmento das micro e pequenas empresas (PME), especialmente as orientadas para o setor da produção no setor primário e transformação. A CCAM continua a ser o banco das famílias, promovendo a poupança e apoiando de forma consistente as respetivas decisões de investimento. Evolução dos Depósitos Os depósitos de clientes tiveram uma variação positiva, tendo aumentado 10,12% face a 2014, e 12,07% face a 2013, ascendendo a euros, dos quais 72,42% correspondem a depósitos a prazo e de poupança. A CCAM mantém-se como uma das Caixas do Sicam com maior volume de depósitos. Contributo dos depósitos de 100% para o total do financiamento A CCAM em linha com o SICAM, apresenta uma estrutura de financiamento de grande robustez (única no sistema financeiro nacional) com uma contribuição do retalho de cerca de 48,70% do total dos recursos, dos quais 100% correspondem a depósitos de clientes (DO, DP e poupança). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

43 Reforço da margem financeira A margem financeira registou um aumento de 23,08% face a período homólogo, com origem na redução dos juros e encargos similares (-43,05%). Contribuíram para esta evolução, nomeadamente, a persistência em baixa das taxas de juro das operações passivas, ao contrário do verificado na rúbrica de juros e rendimentos similares que teve uma redução de 6,19%, comparativamente ao ano anterior. Continuação da redução dos custos de provisões e imparidades As provisões e imparidades do exercício, continuaram a reduzirse (após o pico observado em Dezembro de 2014), quer ao nível do crédito, quer dos outros ativos, atingindo em Dezembro de 2015, em termos líquidos euros (-152,79% do que no final do período homólodo do ano anterior). Política de racionalização e aumento da eficiência operativa A CCAM prosseguiu a sua política de racionalização e aumento da eficiência operativa. Incluíndo fatores de natureza extraordinária, decorrentes da reestruturação, a CCAM registou em Dezembro de 2015 um aumento de custos com pessoal de 2,70%, comparativamente ao período homologo do ano anterior A CCAM registou um resultado líquido de ,33 euros em Dezembro de 2015, face a ,95 euros em período homólogo de Reforço em linhas de crédito a empresas com maior potencial A participação crescente da CCAM no segmento das micro empresas verifica-se com particular destaque no segmento das PME do setor primário, com maior potencial de crescimento e de contributo para o tecido empresarial local. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

44 3.2 APRESENTAÇÃO DA CCAM Marcos Históricos 1927 FUNDAÇÃO DA CCAM - No dia 3 de Janeiro de 1927, na sede dos Bombeiros Voluntários de Camarate foi criada a Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Camarate e aprovados os seus estatutos, em conformidade com o regulamento do crédito e das instituições sociais agrícolas, aprovado pelo decreto nº 5219 de 08 de Janeiro de No dia 27 de Janeiro de 1927, foi publicado na II Série Número 22 do Diário do Governo, pelo Ministério da Agricultura a declaração de aprovação dos estatutos da Caixa, com sede na freguesia de Camarate, concelho de Loures DELEGAÇÃO DE LOURES - No dia 5 de Dezembro de 1983, a Caixa de Crédito Agrícola mútuo de Camarate,C.R.S.I. abriu uma delegação na Av. Dr.António de Carvalho Figueiredo, em Loures ALTERAÇÃO DE DENOMINAÇÃO, MUDANÇA DA SEDE - No dia 9 de Outubro de 1987, foi lavrada escritura, no cartório notarial de Loures, com a alteração: da denominação da Caixa, para Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, C.R.I. e mudança da sede para a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra 8 A, em Loures. DELEGAÇÃO DE CAMARATE - Na mesma data a sede no Largo Eng.Bandeira Vaz, 5 1º em Camarate, passou a ser delegação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, C.R.I. NOVO EDIFICIO SEDE No dia 19 de Dezembro de 1987 a Caixa mudou os Serviços da sede para a Av.dos Combatentes da Grande Guerra, 8 A, em Loures, ficando a funcionar no R/C. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

45 1988 DELEGAÇÃO DE SINTRA No dia 14 de Outubro de 1988 foi aberta a delegação de Sintra DELEGAÇÃO DE LOUSA No dia 26 de Junho de 1989 foi aberta a delegação de Lousa DELEGAÇÃO DE ALMARGEM DO BISPO No dia 20 de Abril de 1990 foi aberta a delegação de Almargem do Bispo DELEGAÇÃO DE S. JOÃO DAS LAMPAS No dia 22 de Julho de 1991 foi aberta a delegação de S.João das Lampas DELEGAÇÃO DE CANEÇAS No dia 13 de Dezembro de 1993 foi aberta a delegação de Caneças DELEGAÇÃO DE BUCELAS No dia 07 de Outubro de 1994 foi aberta a delegação de Bucelas DELEGAÇÃO DE MALVEIRA DA SERRA No dia 03 de Janeiro de 1995 foi aberta a delegação de Malveira da Serra DELEGAÇÃO DE CATUJAL No dia 04 de Junho de 2001 foi aberta a delegação do Catujal. DELEGAÇÃO DE FANHÕES No dia 03 de Setembro de 2001 foi aberta a delegação de Fanhões. ALARGAMENTO ATIVIDADE - Por ofício datado de 28 de Maio de 2001, o Banco de Portugal autorizou a Caixa a realizar operações de crédito com não associados e não agrícolas de acordo com o então fixado pelo nº 6 do aviso nº 6/ DELEGAÇÃO DE FANQUEIRO No dia 30 de Outubro de 2002 foi aberta a delegação do Fanqueiro. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

46 2005 DELEGAÇÃO DE FAMÕES No dia 14 de Fevereiro de 2005 foi aberta a delegação de Famões DELEGAÇÃO DE CASAL S.BRÁS No dia 03 de Agosto de 2007 foi aberta a delegação de Casal S.Brás. FUSÃO DE CCAM S - No dia 19 de Setembro de 2007, por escritura pública, foi realizada a fusão por incorporação, entre a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, C.R.L. (Caixa incorporante) e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sintra e Litoral, C.R.L. (Caixa incorporada), passando a Caixa incorporante a designar-se: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. DELEGAÇÃO DE BOBADELA No dia 20 de Outubro 2007 foi aberta a delegação de Bobadela DELEGAÇÃO DE OEIRAS No dia 24 de Novembro 2009 foi aberta a delegação de Oeiras Estrutura de Capital O capital da CCAM é detido a 100% pelos cooperadores. Em 31 de Dezembro de 2015 o capital social totalizava euros Rede de Distribuição CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

47 BALCÕES Até 19 de Setembro de 2007, a rede de balcões que a Caixa de Loures possuía era de dez, sendo sete no concelho de Loures, dois no concelho de Odivelas e um no concelho da Amadora. Nessa data foi feita a fusão entre a Caixa de Loures e a Caixa de Sintra e Litoral, passando a Caixa a deter catorze balcões e abrangendo uma área de actuação correspondente a cinco concelhos. Sintra; 3 DISTRIBUIÇÃO DE BALCÕES Cascais; 1 Loures; 7 Loures Oeiras; 1 Amadora; 1 Odivelas Amadora Oeiras Sintra Cascais Odivelas; 2 Com a abertura do balcão de Oeiras, em Novembro de 2009, a CCAM ficou com uma rede de quinze balcões, inseridos em seis concelhos, ficando a sua área de actuação a nível de concelhos, totalmente representada, alcançando-se um primeiro objectivo, que era o de ter presença em todos os concelhos da área social da CCAM. Não existe previsão de abertura de balcões para o exercício corrente, no entanto poderemos ponderar na altura própria, a mudança de alguma delegação para local mais privilegiado por razões de rendibilidade económica ou até o encerramento definitivo de alguma delegação em caso de deficit económico comprometedor para a instituição. Iremos privilegiar uma política de reforço dos negócios de todos os balcões e principalmente dos que ainda são deficitários em termos económicos, como forma de viabilização dos mesmos, evitando qualquer decisão de encerramento, que causa sempre transtorno, principalmente aos colaboradores. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

48 ATM A rede de distribuição da Caixa em 2015, para além dos balcões, era composta por trinta e três ATM, sendo quinze internas e dezoito externas, efetuando assim uma cobertura da região onde a CCAM está inserida e simultaneamente prestando um serviço às populações mais afastadas dos centros urbanos. BALCÃO 24 HORAS A Caixa dispõe de nove equipamentos Balcão 24, distribuídos por nove agências, os quais fazem parte da rede de distribuição e dispõem de um serviço completo ao cliente, permitindo o atendimento nas vinte e quatro horas. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

49 3.2.4 Recursos Humanos Em 2015 a Caixa continuou a reforçar a sua abordagem corporativa visando a melhoria do desempenho global através do fomento da cultura de Grupo e do envolvimento crescente dos colaboradores nos objetivos estratégicos do Grupo CA No que respeita ao capital humano, a Caixa preservou as linhas orientadoras dos últimos anos, através do reconhecimento do mérito, da gestão de potencial e desenvolvimento de competências e no equilíbrio e harmonia entre a vida pessoal e profissional dos seus empregados. Face ao contexto económico-financeiro e aos desenvolvimentos do enquadramento financeiro prosseguiu-se o reajustamento do quadro de efetivo, que se situou em 61 empregados, ao mesmo nível de O quadro global da Caixa incluía assim 60 empregados afetos à atividade bancária e um à área da limpeza. No âmbito da otimização do seu efetivo, a Caixa procedeu ao rejuvenescimento dos seus quadros através do recrutamento de jovens licenciados, com impacto no referido aumento do nível médio de habilitações literárias. Para o exercício corrente estão previstas novas admissões, no âmbito de uma política: de substituição atempada dos funcionários objeto de saída do quadro de pessoal e CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

50 simultaneamente na concretrização de reforço de habilitações literárias como contributo para uma melhor eficiência dos serviços e maior produtividade. Recrutamento e Gestão de Competências Em 2015 a Caixa prosseguiu a sua política de orientação para a valorização do seu Capital Humano. A criação de oportunidades de evolução profissional, que traduzem o investimento no desenvolvimento de carreira dos empregados e a concretização das suas expetativas em alinhamento com a estratégia da Caixa, tem constituído uma prioridade estratégica. Assim, numa ótica de gestão de capacidades, onde se procura identificar as características diferenciadoras que se traduzem na atitude, competências, motivações e conhecimentos dos empregados, realizaram-se processos de recrutamento. Por outro lado, com o objetivo de dar resposta a necessidades internas, realizaram-se processos de mobilidade direcionados para a área comercial. Formação A formação continuará a ser outra componente de enriquecimento profissional dos colaboradores, que não vamos descurar, disponibilizando a estes conhecimentos actualizados e novos, que lhe permitirão um desempenho mais eficaz nas suas tarefas, traduzindo-se em maior eficiência profissional. No seguimento do ano anterior, em 2015 deu-se prioridade aos seguintes programas: os vocacionados para a aquisição e aplicação de competências e ferramentas adequadas aos novos desafios do negócio. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

51 04 Estratégia e Área de Negócio CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

52 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

53 4. ESTRATÉGIA E ÁREA DE NEGÓCIO 4.1 Objetivos Estratégicos A agenda estratégica de 2015 continuou a ser marcada pelos objetivos e medidas no âmbito do Plano de Financiamento e Capital, solicitado aos principais grupos bancários nacionais no quadro do PAEF desde junho de 2011, o qual tem vindo a ser controlado e revisto trimestralmente por parte das autoridades competentes. O grupo CA tem cumprido os requisitos e as metas do Plano de Financiamento e Capital, tanto na liquidez, como ao nível dos rácios solvabilidade Core Tier 1. Em 31 de dezembro de 2015, o grupo CA apresentou um rácio de solvabilidade Common Equity Tier 1 de 12,40%, antes de aprovação de contas. Contudo, a conjuntura macroeconómica manter-se-á fraca, apesar de uma recuperação modesta ao longo do corrente ano. Do mesmo modo, as famílias e as empresas continuarão a enfrentar um contexto difícil, com um grau de endividamento a manter-se em níveis ainda elevados, representando uma ameaça sobre o balanço dos bancos. Por outro lado, as taxas de juro manter-se-ão em níveis historicamente baixos, estreitando as margens financeiras das instituições bancárias, particularmente no que concerne aos proveitos das operações ativas. No sentido de continuar a fazer face aos desafios decorrentes da crise e das políticas de austeridade do PAEF, particularmente ao quadro de dificuldades financeiras das empresas e das famílias, bem como das extraordinárias exigências impostas ao setor financeiro, mas, tendo também em vista contribuir para a recuperação económica nacional e o seu crescimento a Caixa elegeu como prioridades estratégicas de atuação: Reforçar a margem financeira, nomeadamente através da redução do custo do funding, concretamente o preço dos recursos; CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

54 Proteger e dinamizar a geração de receita, através de: uma gestão eficiente dos excedentes de liquidez junto da Caixa Central, gestão equilibrada de taxas de juro nas operações ativas e incremento em termos de volume da carteira de crédito e da recuperação de crédito; Melhorar os níveis de eficiência através da adoção de medidas que permitam: aumentar a produtividade com consequente incremento do produto bancário e também racionalizar a estrutura organizacional visando uma redução dos gastos de funcionamento; Otimizar todos os processos relacionados com a gestão do risco, com particular relevância para uma gestão mais eficiente do risco de crédito na CCAM e para o processo de acompanhamento e recuperação de crédito; Reforçar os fundos próprios com o objetivo de preservar os níveis de solvabilidade assegurando as condições de desenvolvimento face aos crescentes requisitos prudenciais.; Rentabilizar e diversificar a atividade aumentando as novas operações de crédito com empresas, privilegiando os setores considerados estratégicos para o país (Micro e PME), conjugado com o reforço do acompanhamento dos clientes, o desenvolvimento do processo de recuperação do crédito vencido, e o aumento do funding de retalho.; Aumentar a eficiência e obter sinergias através da redução dos custos operacionais, da otimização dos meios e dos recursos e das medidas de obtenção de poupanças de sinergias no seio do grupo CA; Reajustar a organização e a gestão da Caixa no quadro do novo modelo de Governo definido para as CCAMs com vista ao aumento da sua eficácia e eficiência, à promoção da captura de valor, ao reforço da integração e otimização dos recursos e dos capitais; Desenvolver o sistema de controlo interno melhorando as capacidades funcionais e de gestão, reforçando a autonomia das funções de controlo, em particular das funções de controlo de riscos; Prosseguir a captação de associados e a dinamização da oferta mutualista acelerando a dinâmica comercial, aproveitando o potencial dos canais de distribuição para intensificar a CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

55 transformação de clientes em associados, tendo sempre presente a sua missão e finalidade como instituição de crédito ao serviço do mutualismo. Conforme a prática instituída e as disposições estatutárias, estas Linhas de Orientação Estratégica foram aprovadas pelos órgãos da Caixa, na Assembleia Geral em 09 de dezembro de 2015, para vigorar em Estas Linhas de Orientação Estratégica, para além de se focarem no cumprimento das metas exigidas, têm também em vista o fortalecimento de capacidades para preservar a sua competitividade, propiciar a criação de valor e assegurar o seu desenvolvimento harmonioso e sustentável. No quadro da estratégia de reafirmar a sua diferenciação como instituição de crédito local, a Caixa deu continuidade ao desenvolvimento da sua ligação com as entidades da área social, dinamizando a oferta específica para este setor, as parcerias e as relações comerciais e de cooperação com as diversas entidades que dele fazem parte. 4.2 Demonstração de Resultados Em 2015 a CCAM manteve como vetores estratégicos fundamentais o apoio continuado às famílias e empresas num contexto de evolução gradualmente positiva do ambiente macroeconómico, reforçando as ações centradas em segmentos e produtos estratégicos e no reforço da dinamização comercial orientada para a rentabilização e vinculação de clientes. No segmento Empresas, tendo presente o enfoque estratégico como Banca de proximidade, a CCAM através das suas equipas comerciais aprofundou o apoio à economia local de forma transversal a todos os setores económicos, com particular ênfase para as empresas produtoras e transformadoras do setor primário, suportado numa completa oferta setorial, e numa forte presença local com foco no apoio à tesouraria e capitalização de empresas e ENIs. Ao nível dos particulares, a abordagem comercial reforçou os pilares de vinculação, rentabilização, utilização, conhecimento e satisfação de clientes. Igualmente, na prossecução do objetivo estratégico de reforço da gestão relacional e da melhoria da experiência do CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

56 cliente, a CCAM melhorou o desempenho das equipas comerciais com funções de gestão dedicada e o número de clientes particulares com gestor atribuido, disponibilizando em simultâneo mais meios e funcionalidades de interação com os clientes, nomeadamente ao nível dos canais digitais e através do on-line. A CCAM continua a melhorar a capacidade da rede comercial, principalmente considerando a rede de clientes que detem, e os elevados padrões de satisfação de clientes e qualidade do serviço prestado. A CCAM continuou a apresentar no ano de 2015 uma capacidade de renovação e adaptação a um novo paradigma económico e financeiro, a qual já se refletiu, na inversão dos resultados negativos apresentados nos últimos exercícios Resultado Os resultados da Caixa foram beneficiados pela forte reposição de provisões para credito vencido, e pela redução acentuada nos juros e encargos similares, com a consequente reversão verificada no resultado líquido, que ascendeu no final do exercício de 2015 a ,33 euros. A Caixa tem vindo a estabelecer uma política de pricing, quer das operações passivas, quer das ativas (novas ou em renovação), mais adequada à presente conjuntura e aos objetivos estabelecidos em matéria de custos e proveitos, politica esta naturalmente ajustada ao perfil de risco do cliente. O resultado líquido de 2015, teve um reforço significativo em relação ao exercicio de 2014, que em termos absolutos significa um aumento de euros. O reforço da Margem Financeira e a redução de provisões para crédito foram os grandes contributos, para a melhoria do resultado, tendo tido como suporte a politica adotada em termos de gestão das taxas das operações passivas e a eficiência na recuperação de crédito com a consequente reposição de provisões. Registando-se nesta vertente uma melhoria acentuada do efeito de repricing das operações ativas e passivas, que foi suficiente para reverter a insuficiência da Margem Financeira que, CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

57 em período homólogo atingiu euros, e em conjunto com a Margem Complementar não cobriu os Custos Operacionais. RESULTADOS PERIODOS VARIAÇÕES ABSOL. RELAT. Juros e Rendimentos Similares % Juros e Encargos Similares % MARGEM FINANCEIRA % Rendimentos de instrumentos de capital % Serviços Bancários Líquidos % Resultados de Reavaliação Cambial % Resultados de Alienação de Outros Activos % Outros Resultados de Exploração % PRODUTO BANCÁRIO % Gastos com Pessoal % Gastos Gerais Administrativos % Dotações para Amortizações % CUSTOS OPERACIONAIS % RESULTADO OPERACIONAL % Dotações para Provisões % Imparidade % RESULTADO ANTES DE IMPOSTO % Impostos Correntes % Impostos Diferidos % RESULTADO DO EXERCÍCIO % Margem Financeira CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

58 Em termos de períodos homólogos, verifica-se um reforço na Margem Financeira no montante de euros em termos absolutos, tendo contribuído na proporção de 100% para este resultado, a redução acentuada que se verificou nos Juros e Encargos Similares no montante de euros. O contributo da rúbrica de Juros e Rendimentos Similares, foi negativo, representou -48% no reforço da Margem Financeira, o que em termos absolutos corresponde a euros, sendo resultado desta evolução o decréscimo verificado na conta Juros de Crédito a Clientes, que ascendeu a euros. Os juros de crédito a clientes, continuam aquém do desejado, tendo-se verificado uma redução em termos absolutos comparativamente ao período homólogo do ano transato, no montante de euros, o que denota a fragilidade ainda existente no crescimento da carteira de crédito, bem como no preçario adotado nas novas operações. Nas operações passivas, verifica-se resultados bastante animadores, em consequência da redução aplicada no precário dos recursos de clientes, situação alavancada e decorrente da adoção de uma política bastante agressiva de taxas de juro, aplicada pelo BCE, tendo como objetivo de reduzir o custo de funding dos bancos e simultaneamente fornecer à economia liquidez a preços baixos. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

59 4.2.3 Produto Bancário O produto bancário ascendeu a euros, contra euros verificado no ano anterior, o que em termos absolutos representa um aumento de euros, denotando-se uma melhoria na Margem Financeira, e na Margem Complementar, em resultado de uma gestão eficiente na definição das taxas de juro das operações passivas, na recuperação de crédito vencido e na gestão da venda de imóveis de recuperação de crédito. O Resultado Financeiro ascendeu a euros, tendo tido uma variação positiva em relação ao exercicio de 2014, de euros, denotando-se uma inversão na tendência da Margem Financeira em consequência da descida verificada nas taxas das operações passivas, com o consequente impacto positivo neste resultado. O saldo líquido das comissões de serviços bancários continua a ter um desempenho significativo, representando em termos relativos um peso de 34% no produto bancário, contra 42% em período homólogo do exercício anterior. Esta variação negativa deve-se sobretudo ao incremento significativo do produto bancário que foi de 29%, não acompanhado ao mesmo ritmo pelo crescimento das comissões, que foi de 4,24%. As comissões líquidas totalizaram euros, valor superior ao observado no exercicio de 2014, no montante de euros. Por tipo de comissões, refiram-se os provenientes de meios de pagamentos ( euros, +11,1%), de colocação e comercialização ( euros, +24,9%), de operações de crédito CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

60 ( euros, -0,4%), de gestão DO ( euros, +0,4%), de cheques ( euros, - 7,9%) e de comissões de mora/contencioso ( euros, -22,8%). Este agregado foi beneficiado pelos ganhos verificados na alienação de imóveis e na recuperação de crédito, nomeadamente nos Resultados de Alienação de Outros Ativos cujo valor foi de euros contra euros no exercício de 2014, e nos Outros Resultado de Exploração que ascendeu a euros contra euros em Custos de Funcionamento O aumento nos Custos de Funcionamento deve-se ao incremento nas rúbricas de Gastos com Pessoal e de Gastos Gerais Administrativos, que em termos absolutos representam um aumento de euros, concretamente euros referente à primeira rúbrica e euros respeitante à ultima. Este agregado em termos absolutos ascendeu a euros, tendo tido um agravamento em relação exercício de 2014, em termos relativos de 4%. A diminuição do rácio cost-to-income de 109,20% em 2014 para 87,97% em 2015, ficou a dever-se, ao incremento do produto bancário de euros em termos absolutos e 29,0% em termos relativos, variação que está afetada pelo agravamento nos Custos de Funcionamento no montante absoluto de euros e 4% em termos relativos. O agravamento verificado nos Custos de Funcionamento, representou um impacto negativo no rácio de eficiência em 3,35%, o que significa que existe espaço para melhoria deste rácio. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

61 4.2.5 Resultado Bruto de Exploração O Resultado Bruto de Exploração situou-se em euros, superior em euros ao alcançado em 2014, no mesmo período homólogo. Esta evolução significativa do resultado, deve-se ao bom desempenho da Função Financeira, que alcançou um patamar bastante positivo, através da redução acentuado da rúbrica de Juros e Encargos Similares, e do contributo gerado pelo incremento nos proveitos relacionados com Juros de Crédito Vencido Resultado Antes de Imposto As Provisões e Imparidades na sua globalidade, continuaram a apresentar uma redução (após o pico observado em 2014), desta feita de -170% em termos homologos, quer ao nível do crédito, quer nos outros ativos, representado em termos absolutos uma diminuição de euros. A Imparidade e provisões do Crédito, líquida de reversões, atingiu euros, face a euros no ano anterior, e as provisões e imparidades de outros ativos diminuíram para euros, face a euros no ano de O Resultado Antes de Imposto situou-se em euros, superior ao resultado negativo de 2014 em euros Resultado Líquido Os Impostos sobre os lucros (IC + ID) totalizam euros, correspondendo euros a Impostos Correntes e euros a Impostos Diferidos. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

62 Os Impostos Correntes e os Impostos Diferidos tiveram aumentos de respetivamente euros e euros, ambos em relação ao ano anterior. A recuperação de crédito hipotecário e a expiração do prazo de dedutibilidade de prejuízos fiscais em sede de IRC, foram responsáveis pela anulação de impostos diferidos, no montante de euros, enquanto que o incumprimento do crédito implicou um ajustamento dos ID em euros. Os resultados negativos apresentados nos últimos exercícios, não permitiram à CCAM obter lucro tributável suficiente para poder deduzir os prejuízos fiscais, dentro do prazo estabelecido no artigo 52º do código do IRC, o que implicou a anulação dos impostos diferidos correspondentes. Após soma algébrica dos Impostos sobre os lucros ao Resultado antes de imposto, o Resultado líquido de 2015, foi de ,33 euros, que comparativamente ao do exercício de 2014, teve um reforço em termos absolutos de euros e em termos relativos um incremento de 126%. Esta recuperação do resultado líquido, foi originada em grande parte pelo impacto positivo nas contas da CCAM, resultante da recuperação de crédito, concretamente, incremento das rúbricas de juros de crédito vencido (contas ) no montante global de euros, pela diminuição da rúbrica de juros de recursos de clientes (conta 6602) no montante euros e pela diminuição da rúbrica de provisões para crédito, que em termos líquidos foi de euros. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

63 4.3 Balanço O Activo Bruto da Caixa totalizou euros no final de 2015, valor superior ao do final do ano anterior em euros, verificando-se um incremento, que se justificou principalmente, pela variação positiva nas rúbricas de Aplicações em IC e Crédito Concedido no montante de euros. ANOS VARIAÇÕES ABSOLUTAS RELA- VALOR VALOR ORIGEM APLIC. TIVAS FUNDOS FUNDOS % 1.ACTIVO BRUTO % Disponibilidades % Disponibilidades em OIC % Activos Financeiros Detidos P/Negociação Activos Financeiros Disponiveis P/Venda % Aplicações em Instituições de Crédito % Crédito Concedido % Activos não Correntes Detidos P/Venda % Outros Activos Tangíveis % Activos Intangíveis % Investimentos em Filiais, Associadas % Activos por Impostos Correntes Activos por Impostos Diferidos % Outros Activos % 2.PASSIVO % Passivos Financeiros Detidos P/Negociação Recursos de OIC Recursos de Clientes e Outros Empréstimos % Provisões % Passivos por Impostos Correntes Passivos por Impostos Diferidos % Outros Passivos % 3.REGULARIZAÇÃO DO ACTIVO % 4.REC. PRÓPRIOS E EQUIPARADOS % Capital % Reservas de Reavaliação % Outras Reservas e Resultados Transitados % Resultados do Exercício % PASSIVO+REG.ACTIVO+R.PROP.EQ % TOTAL As Origens de Recursos, totalizaram euros no seu conjunto, tendo como principais rubricas: Recursos de Clientes e Outros empréstimos com euros, Recursos de OIC com euros e Resultados do Exercício com euros respetivamente. As Aplicações de Recursos têm como grandes rubricas: Aplicações em Instituições de Crédito com euros, Crédito Concedido com euros e Outras Reservas e Resultados Transitados com euros. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

64 O ativo líquido da Caixa totalizou euros no final de 2015, o que representou um incremento de euros face ao valor registado no ano anterior, traduzindo o efeito de proatividade comercial na captação de poupança, coadjuvada com o impacto da politica monetária expansiva adotada pelo BCE, em termos de fornecimento massivo de liquidez à economia, através do setor bancário. Assim assistiu-se às seguintes variações positivas entre exercícios: na rubrica de caixa e disponibilidades em bancos centrais euros, ativos financeiros disponíveis para venda euros, aplicações em instituições de crédito euros, crédito a clientes euros, ANCDV euros, outro e outros ativos euros., sendo estas as rubricas mais significativas e com maior impacto no ativo da Caixa. No tocante ao passivo, denota-se um incremento de euros na sua globalidade, tendo contribuído em grande parte o aumento da rúbrica de recursos de clientes e outros empréstimos, no montante de euros. A variação nesta rúbrica é justificada, na sua quase totalidade, pela expansão da carteira de recursos de clientes, nomeadamente de clientes institucionais. O Rácio de Transformação medido pelo crédito relativamente aos depósitos de clientes situou-se em 48,86%, que compara com o rácio de 51,62 % registado no ano anterior, situando-se muito aquém dos valores fixados para 2015 no âmbito do plano de recuperação económica e financeira e abaixo do limiar razoável para obter o equilíbrio económico da Caixa CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

65 (80%). No entanto devemos considerar o caráter excecional da angariação de recuros de clientes institucionais, não compensado por crescimento similar da carteira de crédito. Os capitais próprios da Caixa totalizaram euros em 2015, valor superior em euros ao observado em 2014, cuja variação é justificada na sua totalidade pelo resultado liquido do exercício de O Rácio de Solvabilidade em base TOTAL da CCAM incluindo o resultado líquido de 2015 é de 7,40% contra 7,50% no final do ano anterior, verificando-se uma variação negativa de --0,1%. O Rácio Common equity Tier 1 é de 6,7%, contra 7% verificado no final do ano de 2014, sendo este o segundo exercício com este novo formato, respeitando as regras estabelecidas pela EBA. No entanto temos caminhar para valores próximos dos apresentados pelas principais IC europeias. Quanto ao enquadramento legal os níveis mínimos dos rácios de capital são os seguintes: CET1 7%, T1 6%, total 8% (art.2º (b), art.3º do Av.6/2013 e art.92º (c) Regulamento 575/2013). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

66 Posteriormente o BdP enviou carta em que definiu orientações mais conservadoras sobre os rácios mínimos de fundos próprios, especialmente a serem cumpridos ao nível consolidado: 8% CET1, 9,5% T1, fundos próprios totais 11,5%. Concluímos o exercício de 2015 sabendo que a Caixa, embora dotada de condições para enfrentar os desafios para o corrente ano, terá de continuar a aperfeiçoar o modelo de organização e gestão, que permita um maior contributo para inverter esta tendência conjuntural, para isso terá de praticar uma politica de contenção/racionalização dos custos de funcionamento por forma a inverter o crescimento verificado nos custos de funcionamento. Paralelamente continuar a aprofundar a dinamização da actividade comercial, através de operações financeiras que se traduzam num reforço efetivo da margem, para que a estrutura de funcionamento se torne viável e o rácio de eficiência se aproxime dos valores fixados. Outro desafio será incrementar o desempenho na conversão dos ativos que nos estão a penalizar, em ativos geradores de proveitos, concretamente o crédito vencido e os imóveis não correntes para venda e paralelamente efectuar uma gestão muito rígida da Margem Financeira e Margem Complementar, fixando o crescimento do negócio pela rentabilidade e não pelo volume. Hoje, como no primeiro dia, o sucesso da Caixa continuará a depender de um trabalho rigoroso, empenhado e eficiente de todos aqueles que, dando o melhor de si, personificam o projeto de criação de valor e podem tornar a instituição mais dinâmica e com melhor serviço prestado ao cliente. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

67 INDICADORES DE ACTIVIDADE No exercício de 2015 o volume de negócios incrementou em euros, o que representa uma variação positiva em termos relativos de 8%, comparativamente ao ano de O volume de negócios é o resultado do somatório do crédito concedido no montante de euros e dos depósitos no montante de euros, com um aumento de 4% para a primeira rúbrica e 10% para a segunda. O rácio de transformação credito/depósitos, no corrente exercício foi de 48,86%, contra 51,62% no ano anterior, em resultado do incremento do volume de depósitos, tendo esta rúbrica contribuído negativamente para o cálculo deste índice. No entanto se forem considerados os depósitos na Caixa Central indexados à divida pública, no montante de euros, o rácio de transformação é de 49,62%. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

68 4.3.1 Crédito Concedido No exercício de 2015 o crédito concedido bruto teve uma evolução positiva, situando-se em valores normais para uma conjuntura bastante adversa. Esta situação de crescimento da carteira de crédito, face ao ano anterior, resultou de uma politica de expansão assente em critérios de competitividade, nomeadamente ao nível das taxas de juro praticadas. CRÉDITO CONCEDIDO VALORES (EUROS) VARIAÇÕES Absolutas Relativas Empresas % Particulares % Outros % SUBTOTAL % Juros de crédito e receitas c/rend.diferido % Crédito Vencido % TOTAL % Provisões Cob.Duvidosa e Crédito Vencido* % CRÉDITO LÍQUIDO % Os principais destinatários do crédito foram os particulares, segmento que absorveu parte significativa do total de crédito concedido, sobretudo em crédito à habitação, que totalizou euros contra euros no ano anterior, o que em termos relativos representa 33,95% da globalidade da carteira de crédito, contra 33,72% no ano de Na estrutura do balanço, o rácio de transformação de depósitos em crédito fixou-se em 48,86%, contra 51,62% em 2014, cumprindo os limites estabelecidos para o SICAM, no entanto apresenta indices muito reduzidos para a necessidade que a CCAM tem, em termos de reforço da Margem Financeira. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

69 4.3.2 Crédito Vencido O crédito vencido bruto + 90 dias, em 2015, representa 18,57% do crédito total, contra 21,99% no exercício anterior, tendo-se verificado um desagravamento, no entanto situa-se acima do Rácio Normativo que é de 5%. O grau de provisionamento no corrente exercício é equivavalente a uma taxa de cobertura de 95,39% do crédito vencido total, contra 93,75% no ano anterior, denotando-se um reforço e um elevado grau de cobertura do crédito vencido. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

70 O crédito concedido encontra-se coberto por garantias reais em 85,52% da sua globalidade, estando os processos judiciais em curso também, em grande parte, suportados por garantias reais, o que permite antever reembolso significativo dos valores em dívida e consequente recuperação das correspondentes provisões constituídas. O Rácio de Crédito Vencido líquido situou-se em 1,07% no corrente exercício, contra 1,79% no ano anterior, denotando-se um esforço de provisionamento, de acordo com o estabelecido legalmente e o grau de cobertura do crédito situou-se em 95,39%, contra 93,71% no exercício de Captação de Recursos CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

71 Quanto aos recursos de clientes, o volume captado pela rede de balcões da Caixa de Loures, Sintra e Litoral totalizou euros, sendo superior ao do exercício de 2014 em euros, o que em termos relativos significa uma variação positiva de 10%, justificado pelo constituição de um depósito de um cliente institucional. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

72 4.4 Área Social Durante o ano de 2015 foram processadas oitenta e seis admissões de sócios e efectuadas trinta e oito demissões, perfazendo um total de associados, número superior ao do ano anterior em quarenta e oito sócios, confirmando a estratégia definida para o corrente exercício, que contempla um reforço efetivo dos capitais próprios. A ultima revisão do regime jurídico do CAM, tornou mais flexível a entrada de novos associados, tendo-se verificado um reforço efetivo no número de sócios durante o ano corrente, na sequência do incremento da actividade creditícia, situação que se comsolidou em alinhamento com o plano de recuperação. A participação dos associados na vida da instituição, bem como uma diferenciação no preçário foi a estratégia para a inversão da tendência de redução gradual do numero de sócios ativos, verificada em anos anteriores, que associada a uma dinamização da actividade económica permitiu alavancar o capital social da Caixa no corrente ano e reforçar simultaneamente os rácios de capital. Também a possibilidade de distribuição de resultados pelos associados, contemplada no art. 34º dos estatutos, foi outra forma ao alcance das áreas comerciais da Caixa, para transmitir aos nossos clientes a vantagem de ser associado. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

73 4.5 Principais Indicadores Rácios Rácios Normativos da Caixa Central RÁCIOS NORMATIVOS Orientação Variação Homóloga % Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido 3% 1,89% 3,20% 1,79% 1,07% -40,22% Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/crédito Total 5% 17,93% 21,61% 21,99% 18,57% -15,55% Rácio de Eficiência < 60% 110,86% 102,07% 109,20% 87,97% -19,44% Produtividade: Activo Líquido/Nº Empregados > ,70% Produto Bancário/Nº Empregados > ,90% Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 47,31% 43,74% 42,27% 34,15% -19,21% Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 76,78% 84,88% 85,51% 85,52% 0,01% Rácio de Transformação < 85% 63,47% 58,89% 53,51% 49,61% -7,29% CRÉDITO VENCIDO LÍQUIDO Este Rácio situou-se em 1,07% neste exercício, o que comparativamente ao ano 2014 teve uma redução de 40,22%. CRÉDITO VENCIDO BRUTO + 90 DIAS Este Rácio situou-se em 18,57% neste exercício, o que comparativamente ao ano de 2014 teve uma redução em termos relativos de 15,55%. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

74 RÁCIO DE EFICIÊNCIA Este Rácio situou-se em 87,97 %, revelando uma melhoria em relação ao exercício de 2014 em termos relativos de 19,44%. PRODUTIVIDADE (ATIVO LIQUIDO / EMPREGADOS) Este Rácio situou-se em euros revelando uma melhoria em relação ao exercício de 2014, em termos relativos de 10,70%. No entanto encontra-se abaixo do rácio normativo, concretamente euros. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

75 PRODUTIVIDADE (PRODUTO BANCÁRIO / EMPREGADOS) Este Rácio situou-se em euros revelando um reforço em relação ao exercício de 2014, em termos relativos de 37,77%. No entanto encontra-se abaixo do montante de euros estabelecido como mínimo. COMISSÕES LÍQUIDAS / PRODUTO BANCÁRIO Este Rácio situou-se em 34,15% revelando um agravamento em relação ao exercício anterior, em termos relativos de 19,21%. No entanto cumpre com o mínimo estabelecido de 20%. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

76 GARANTIAS OBTIDAS PARA CRÉDITO CONCEDIDO Este Rácio situou-se em 85,52% revelando um reforço em relação ao exercício de 2014, em termos relativos de 0,01%. Verifica-se uma estabilização e cumpre com o mínimo de 65%. RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO Este rácio situou-se em 49,61% revelando um agravamento em relação ao exercício de 2014, em termos relativos de 7,29%. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

77 Em termos finais verifica-se o cumprimento dos rácios: crédito vencido líquido, comissões líquidas/produto bancário, garantias obtidas para crédito concedido e rácio de transformação; e o incumprimento dos rácios: crédito vencido bruto + 90 dias, eficiência, produtividade (ativo líquido/número de empregados) e produtividade (produto bancário/número de empregados.) O cumprimento dos rácios de crédito vencido líquido, comissões líquidas/produto bancário, garantias obtidas para crédito concedido e rácio de transformação, foi resultado: da redução de crédito vencido e consequente anulação de provisões; elevado desempenho nos serviços prestados/angariação de comissões e aumento do produto bancário em euros; gestão rigorosa de garantias em novas operações; e aumento dos recursos de clientes. Em termos estrégicos a CCAM terá de continuar a apostar no reforço da carteira de crédito de uma forma mais acentuada e aplicação de preçário o mais racional possível, mantendo os mesmos critérios de rigor, em termos de avaliação do risco nas novas operações de crédito, caminhando assim para um reforço sustentado do Rácio de Transformação, até alcançar o mínimo desejável, concretamente 80% do valor dos recursos transformados em crédito Rácios de Estrutura CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

78 CRÉDITO CONCEDIDO BRUTO Este indicador situou-se em revelando um incremento em relação a Dezembro de 2014, em termos relativos de 4,33%. GRAU DE COBERTURA DO CRÉDITO VENCIDO Este rácio situou-se em 95,39% revelando um reforço em relação ao exercício de 2014, em termos relativos de 1,78%. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

79 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA (LÍQUIDO) Este indicador situou-se em revelando uma aumento em relação ao ano de 2014, em termos relativos de 7,25%. Evolução justificada, maioritariamente, pela entrada de um imóvel de euros Rácios Prudenciais No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dando lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola. Até 31 de março de 2014, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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81 4.5.2 Capitais Próprios CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

82 Esta rubrica compreende as contas 55, 58, 60, 61, 64 e 65 do Plano de Contas para o Sistema Bancário e tiveram a seguinte evolução durante os últimos exercícios, desde dois mil e onze até ao corrente ano: A rubrica de Capitais Próprios, teve um aumento de 11%, em relação ao exercício anterior, o que em termos absolutos corresponde a um acréscimo de euros, na sequência do resultado liquido do exercício no montante de ,33 euros. A rúbrica de capital social desde 31 Dezembro de 2014, inverteu a sua tendência descendente, passando a registar valores de evolução positivos, que em termos absolutos ascendeu a mais euros. As Reservas em 2015 totalizaram euros, valor inferior ao verificado no final do ano transato, tendo-se verificado ajustamentos na reserva de reavaliação de imóveis e na reserva de reavaliação-fundo de Pensões, que de acordo com o normativo contabilistico se reconhece no final de cada exercício. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

83 Os resultados negativos em exercicios exercícios não têm permitido o reforço das restantes reservas de acordo com o estabelecido estatutariamente, com consequências diretas nos Fundos Próprios da Caixa e consequentemente no Rácio de Solvabilidade. No entanto é de registar a inversão verificada no valor do resultado de 2015, passando o mesmo a apresentar valor positivo. No período , após a fusão entre a CCAM de Loures e a CCAM de Sintra e Litoral, verificou-se o forte impacto, que as provisões para crédito vencido, tiveram na conta de exploração, sendo a situação económica fortemente afetada, com consequências diretas nas reservas até ao exercício de O exercício de 2015 foi o marco de mudança do ciclo económico vigente, que tanto afetou as contas das IC nos últimos anos, obrigando estas a fortes reestruturações na sua estrutura, como meio de sobrevivência. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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85 05 Plano de Recuperação Económica e Financeira CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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87 5. PLANO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA A fusão realizada em dois mil e sete com a Caixa de Sintra e Litoral, obrigou a um esforço significativo na absorção das provisões para o elevado volume de crédito vencido, com impacto muito forte nas contas durante os últimos exercícios, tendo a Caixa acumulado prejuízos que delapidaram parte significativa dos Fundos Próprios. O decréscimo dos Fundos Próprios, implicaram a degradação de alguns rácios prudenciais e consequentemente a redução do limite de grande risco, com reflexo negativo na concessão de crédito. A preocupação crescente do Banco de Portugal e da Caixa Central, com as insuficiências ao nível da Exploração, obrigou à definição de um Plano de Recuperação, que foi elaborado pela Caixa em conjunto com a Caixa Central, e que assentou na seguinte estratégia: 1. Reverter o desiquilibrio económico e financeiro que se verificava na caixa, através da redefinição da estrutura organizativa com segregação das funções comerciais e de avaliação de risco. 2. Criação de um sistema de delegação de competências com segregação das funções de administração da estrutura organizativa e funcional. 3. Criação de objetivos estratégicos que permitam alavancar a exploração/situação económica da Caixa. MODELO ORGANIZACIONAL Para a implementação do Plano de Recuperação, a DFOA conjuntamente com o Conselho de Administração da Caixa prodederam a uma reorganização da estrutura funcional, adotando o modelo organizativo da Caixa Central, assente em três pilares fundamentais: Comercial, Risco Acompanhamento e Recuperação de Crédito e de Suporte. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

88 Este modelo tem como objetivo assegurar a segregação efetiva de funções entre as três áreas funcionais. Foi igualmente criado um novo órgão denominado por Comissão de Coordenação, constituído pelos coordenadores das três áreas supra referidas, conjuntamente com um elemento designado pela Caixa Central, que lhe preside. Comissão de Coordenação Área Comercial Conselho de Administração Área de Risco, Recuperação e Acompanhamento de Crédito Área de Suporte Em paralelo forma definidos objetivos estratégicos de recuperação das condições de exploração, nomeadamente: 1. Dinamização da recuperação de crédito; 2. Dinamização da alienação de ativos não correntes detidos para venda; 3. Melhoria de competências na área de avaliação de risco, assegurando uma participação mais efetiva e independente desta área no processo de decisão de crédito; 4. Maior dinâmica Comercial na anagariação de crédito novo de baixo risco. CONTRATO-PROGRAMA Complementarmente ao plano de recuperação estabelecido, foi celebrado entre a Caixa e Caixa Central, um contrato.programa, que define um conjunto de medidas e procedimentos conducentes à recuperação da Caixa e à consolidação de uma estrutura organizativa sustentável COMISSÃO DE COORDENAÇÃO Ao abrigo do contrato-programa foi criada uma Comissão de Coordenação, que é presidida por elemento designado pela Caixa Central e através de poderes delegados pelo Conselho de Administração tem como missão coordenar a gestão corrente da Caixa para assegurar a concretização dos objetivos definidos CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

89 06 Riscos e Vulnerabilidades Em 2016 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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91 6. RISCOS E VULNERABILIDADES EM 2016 A rendibilidade do sistema bancário tem sido afetada de forma significativa desde o começo da crise financeira, em resultado de uma redução da atividade, de níveis de imparidade historicamente altos, de margens financeiras comprimidas (num contexto de taxas de juro baixas ou mesmo negativas), de um quadro regulamentar mais exigente e da alteração de modelos de negócio. Em termos estruturais, os esforços para melhorar a rendibilidade do sistema bancário têmse concentrado na redução dos custos operacionais e administrativos e na reforma dos modelos de negócio (por exemplo, através da venda de seguradoras e de atividades não estratégicas). Porém, será necessário um ajustamento adicional à capacidade do setor bancário residente, num contexto de continuação da desalavancagem e de níveis moderados de atividade económica. Os outros intermediários financeiros também apresentam, de forma geral, níveis de rendibilidade condicionados pelos rendimentos historicamente baixos dos ativos. Na medida em que estes intermediários tenham assumido responsabilidades de retorno garantido, esta situação poderá pressioná-los a encontrarem investimentos que permitam satisfazer esses compromissos. Em Portugal, tal deverá afetar essencialmente os fundos de pensões, podendo tornar necessário o reforço das contribuições dos seus associados (promotores). Todavia, não existe, à data, evidência de tomada de risco excessivo neste setor. A manutenção de baixas taxas de juro e de retorno poderá incentivar as instituições financeiras a tomarem riscos excessivos, com o objetivo de melhorarem a rendibilidade. Isto levanta preocupações de estabilidade financeira na medida em que pode levar, no médio CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

92 prazo, a uma deterioração do perfil de risco das respetivas carteiras de ativos, pressionando a sua posição de solvabilidade. Esta situação será tanto mais aguda quanto maior a falta de oportunidades de negócio lucrativas na prestação de serviços financeiros, podendo levar as instituições a adotarem estratégias de investimento similares, a investirem em ativos de maior risco e / ou, no caso dos bancos, a relaxarem excessivamente os padrões de concessão de crédito. Estes comportamentos podem contribuir para o surgimento de bolhas de preços em diversos segmentos, aumentando o impacto potencial de um choque comum a essas exposições. O contexto de baixas taxas de juro poderá também levar a uma alteração do perfil de risco dos particulares. Apesar de não existir ainda evidência dessa alteração, não é possível produtos com rendimentos mais elevados e com um maior nível de risco. No que respeita ao setor bancário, os baixos níveis de rendibilidade poderão, no limite, dificultar a atividade de intermediação financeira, em particular no caso de haver uma acumulação de prejuízos significativos. A generalização deste fenómeno num contexto de acesso condicionado aos mercados de capital poderá ter consequências sistémicas na estabilidade financeira. Diversos fatores poderão prejudicar os níveis de rendibilidade e, consequentemente, incentivar as instituições de crédito nacionais a adotarem estratégias de investimento com risco excessivo, nomeadamente: a persistência de baixos níveis de crescimento económico, de inflação e de taxas de juro, mantendo a pressão sobre o retorno dos ativos; a necessidade de reconhecimento de imparidades adicionais em créditos concedidos no passado, tendo subjacentes políticas de controlo de risco menos sólidas (assim contribuindo para o elevado nível de incumprimento na carteira de crédito); e os custos associados à introdução de um novo quadro regulamentar de liquidez e à necessidade de emissão de instrumentos bail-inable (isto é, passíveis de serem cancelados e / ou convertidos em instrumentos de capital). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

93 Porém, o programa do BCE de aquisição de ativos de âmbito alargado poderá reduzir os custos de financiamento e, para as instituições financeiras que estiverem dispostas a vender ativos elegíveis, gerar ganhos de capital no curto prazo, aumentando assim a rendibilidade dos bancos. Criando um contexto de baixa incerteza quanto à política seguida, poderá também reduzir a perceção de risco dos investidores, incentivar o investimento e a procura de crédito e contribuir para um aumento da atividade económica. Em suma, é possível que exista uma generalização do comportamento de procura de ativos com maior risco, caso os atuais baixos níveis de rendibilidade se mantenham por um longo período de tempo. O agravamento desta situação criará desafios relevantes para o esforço de limitação do impacto sistémico de incentivos desalinhados e de risco moral. Torna-se, deste modo, essencial que as instituições prossigam o ajustamento iniciado durante a crise económica e financeira, mantendo os esforços de redução dos custos operacionais e ajustando o modelo de negócio para aumentar, de forma sustentável, os níveis de rendibilidade. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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95 07 Conclusão E Considerações Finais CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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97 7. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS 7.1 Conclusão O ano de 2015 foi o ano de consolidação da estratégia implementada nos últimos exercícios, pela inversão dos resultados e consequentemente pela consolidação económica e financeira da instituição, trilhando um caminho sustentado pelo cumprimento da maioria dos rácios impostos pela autoridade de supervisão e pela caixa central. Os objectivos: comerciais, de crescimento dos negócios, de recuperação de crédito vencido, de alienação de ativos não correntes para venda, de contenção de gastos administrativos, foram uma realidade em termos da sua concretização e um grande contributo para o tão desejado patamar de estabilidade da instituição, como resultado de uma gestão eficiente. Uma gestão financeira eficaz foi o fator fundamental para o reforço da situação económica da Caixa, onde toda toda a estrutura comercial teve sensibilidade para a importância da aplicação correta de taxas ativas e passivas, em linha com as praticas pela CAM e que contriburam para o reforço efetivo da Margem Financeira. O peso crescente da Margem Complementar foi primordial para a sustentação económica, através das comissões angariadas, relacionadas com a dinamização dos negócios fora de balanço, nomeadamente os da CA VIDA e CA SEGUROS (*) que representam 27% das comissões angaridas. Também a atividade de crédito (**) contribui com 21%, os cartões 28%(***) e os DO 16%(****), da globalidade das comissões. * ** *** **** CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

98 A importância da reorganização iniciada em 2014, e aprofundada em 2015, permitiu à estrutura funcional, nomeadamente aos colaboradores assimilar melhor as suas competências e ter desempenhos ao nível daquele que a caixa necessita para alcançar o seu objectivo final, que é o reforço da sua situação patrimonial, traduzida em termos económicos e financeiros. Pelo exposto concluímos que estamos preparados para abraçar a tarefa de recuperação da situação económica, que compreende diversos desafios, quer ao nível da gestão, quer na adaptação às novas exigências da supervisão, para isso vamos continuar a ser rigorosos na análise do crédito e na sua decisão final para não haver comprometimento da rentabilidade da instituição. O próximo ano não será menos complexo ou desafiante e continuará a ser pautado pelos temas relacionados com capital e liquidez. Com algum grau de certeza, assistiremos a uma necessidade generalizada de reforço da solidez e da solvabilidade do sistema financeiro, que no nosso caso será possível através de autofinanciamento, para isso o reforço da rentabilidade terá de ser uma meta imprescindível. Foi num ambiente económico difícil, que executámos as linhas estratégicas, tendo sido conjugados esforços por toda a estrutura funcional, que contribuiram para um reforço efectivo dos resultados e dos capitais da Caixa. Os 88 anos que a Caixa tem, foram a prova que com a sua da sua longevidade, houve capacidade para enfrentar com determinação cada momento de decisão, em ambiente de maior ou menor adversidade. Para tal, a confiança nas capacidades e competências de todos os que fazem parte da nossa instituição foram determinantes para concretizar, as Orientações Estratégicas. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

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101 08 Proposta de Aplicação de Resultados CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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105 09 Balanço E Contas CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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109 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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112 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

113 10 Anexo às Contas CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

114 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

115 10. ANEXO ÀS CONTAS NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Loures, Sintra e Litoral) é uma instituição de crédito constituída em 3 de Janeiro de 1927 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Combatentes da Grande Guerra nº 8-A, em Loures e através de uma rede de 15 balcões situados nos concelhos de Loures, Odivelas, Amadora, Sintra, Cascais e Oeiras. 1. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 1.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

116 i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em Reservas de reavaliação. v) Benefício aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

117 A preparação das demonstrações financeiras anuais de acordo com as NCA's requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. A 1 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 seguindo a IAS 19 revista. As Demonstrações Financeiras da Caixa foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração Comparabilidade da informação a) Normas, alterações e interpretações eficazes em ou após 1 de Janeiro de 2015 As principais alterações que entraram em vigor no exercício de 2014 não tiveram impacto nas DF s da CCAM. b) A adopção antecipada das normas A Caixa não adoptou antecipadamente novas normas ou emendas em Resumo das principais políticas contabilísticas CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

118 As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios (regime de acréscimo) em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transacções em moeda estrangeira Os saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. c) Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. d) Crédito e outros valores a receber CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

119 Conforme descrito estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e ganhos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis passivos contingentes As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros ganhos registados em resultados ao longo da vida das operações. Imparidade A Caixa aplica nas suas contas individuais as NCA's pelo que, de acordo com o definido no nº 2 e 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela Caixa nos exercícios anteriores, como segue: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

120 ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; Estarem em incumprimento há mais de: seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

121 Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; 1% no que se refere ao restante crédito concedido. A caixa avalia regularmente da existência objectiva de imparidade da sua carteira de crédito. Deste modo verifica se as provisões anteriormente referidas são suficientes para cobrir o risco de incobrabilidade. Em caso de insuficiência é reforçada a provisão para riscos gerais de crédito. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica Outros resultados de exploração. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

122 Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activa financeira detida para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passiva financeira detida para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

123 Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio reserva de justo valor até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com método taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de Juros rendimentos similares. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. Empréstimos e contas a receber de outras instituições de crédito De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

124 No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentes, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, para que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

125 Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extra patrimoniais pelo respectivo CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

126 valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados de cobertura Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos: Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; Descrição do (s) risco (s) coberto (s); Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

127 reflectido em rubricas de Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em Juros e rendimentos similares e Juros e encargos similares, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. g) Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de Vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

128 índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. h) Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa e valores despendidos com trespasses de agências. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Activos não correntes detidos para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar num espaço temporal curto após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

129 Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a risco de incumprimento das obrigações dos nossos clientes (crédito), riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA VIDA. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

130 Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do Projected Unit Credit para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA VIDA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção da IAS 19. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

131 A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 seguindo a IAS 19 revista. l) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

132 Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. n) Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras, se materiais. 2. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global positivo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2006 no montante CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

133 de ,99 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos: Activos tangíveis (IAS 16 e 36) A Caixa regularizou por contrapartida de resultados transitados o valor por amortizar dos activos intangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 16 e 36. Nem todos os activos se encontravam totalmente amortizados, pelo que o valor actual desses bens foi contabilizado em resultados transitados assim como o respectivo imposto diferido activo. Activos intangíveis (IAS 38) A Caixa regularizou por contrapartida de resultados transitados o valor por amortizar dos activos intangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 38. Estes activos encontravam-se totalmente amortizados, pelo que não há valores a mencionar no quadro superior. Prémio de antiguidade (IAS 19) O valor actual dos prémios de antiguidade a pagar no futuro por serviços passados em 31 de Dezembro de 2006 foi reconhecido por contrapartida de resultados transitados. De acordo com o anterior normativo do Banco de Portugal, os prémios de antiguidade eram reconhecidos como custo no momento do respectivo pagamento. Impostos diferidos (IAS 12) O valor indicado no quadro supra está relacionado com impostos diferidos relativos a provisões não aceites fiscalmente e ao aumento das reintegrações resultante da reavaliação legal. Diferimento de comissões (IAS 18) De acordo com as NCA, os proveitos e custos associados a activos e passivos financeiros registados ao custo amortizado são reconhecidos ao longo da vida das operações. As comissões contabilizadas em proveitos até 31 de Dezembro de 2006, mas que de acordo com as NCA deveriam ser reconhecidas ao longo da vida das operações, foram abatidas a resultados transitados. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

134 3. NOTA DE GESTÃO DE RISCOS Risco de crédito Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros. Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2015, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue: Esta rubrica tem a seguinte composição: Risco cambial Em 31 de Dezembro de 2015, os montantes globais dos activos e passivos financeiros por moeda, convertidos para Euros, apresentam a seguinte composição: O risco cambial existente é de valor muito reduzido ou mesmo nulo. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

135 Risco de mercado Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-flows dos instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo: risco cambial; risco de taxa de juro; outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços de mercados (excluindo as variações associadas ao risco cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos financeiros similares transaccionados no mercado. Análise de sensibilidade O risco de mercado da Caixa é avaliado com base na metodologia do Value-at-Risk (VaR), sendo este indicador utilizado na gestão da exposição aos riscos gerados pelos instrumentos financeiros. 4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal, a segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio é a seguinte: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

136 Nota: A Caixa possui apenas um segmento dado não estar organizada de forma a separar na sua actividade a área de retalho e a área de corporate/empresas. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

137 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados- Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. 6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

138 10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Em 31 Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: 11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

139 Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de Euros e Euros, respectivamente, registada na rubrica Provisões do passivo (Nota 30). Em 31 Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

140 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2015 e 2014 pode ser apresentado da seguinte forma: O aumento desta rubrica no exercício é justificado essencialmente pela entrada de novos imóveis provenientes da recuperação de crédito. As avaliações de todos os imóveis têm menos de dois anos e são realizadas por especialistas registados na CMVM. De igual modo, é obtida a autorização do Banco de Portugal para a manutenção dos imóveis nesta rubrica. É perspectiva da CCAM que a alienação dos imóveis se venha a concretizar num espaço temporal curto. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

141 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Outros activos tangíveis durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte: 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Activos intangíveis durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

142 19. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, a rubrica investimentos em filiais tem a seguinte composição: Em 31 de Dezembro de 2015, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2015 de 31 de Dezembro de 2014 eram os seguintes: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

143 O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2015 e 2014 foram os seguintes: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

144 No presente exercício os activos por impostos diferidos foram reavaliados de acordo com a análise efetuada sobre a recuperação dos prejuízos fiscais e de créditos com garantia hipotecária sobre os imóveis, sendo convicção que os valores reconhecidos venham a ser recuperados. Por prudência e conforme instruções recebidas da Caixa Central, não estão reconhecidos em 31 de Dezembro de 2015 activos por impostos diferidos sobre os prejuízos fiscais. Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados são apresentados da seguinte forma: De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2011 a 2014 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

145 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: No valor registado destaca-se o montante de euros correspondente ao Depósito a Prazo da Caixa Central DP TLTRO constituído em 15/12/2015 e com vencimento em 15/01/ RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

146 Em 31 de Dezembro de 2015 de 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte: Nota: O valor registado nas Outras Provisões em 31 de Dezembro de 2015 ( ) são Provisões para garantias e compromissos assumidos CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

147 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

148 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

149 No âmbito da sua actividade normal a Caixa oferece determinados produtos financeiros que tradicionalmente incluem instrumentos relacionados com crédito registados em contas extrapatrimoniais e cujos riscos não se encontram portanto reflectidos totalmente ou em parte nas demonstrações financeiras. As garantias e avales prestados podem dizer respeito a operações relacionadas ou não com crédito, em que a Caixa presta uma garantia em relação a crédito concedido a um cliente por uma entidade terceira. De acordo com as suas características específicas, espera-se que algumas destas garantias expirem sem terem sido exigidas, pelo que estas operações não representam necessariamente fluxos de caixa de saída. As cartas de crédito e créditos documentários abertos destinam-se particularmente a garantir pagamentos a entidades terceiras no âmbito de transacções comerciais com o estrangeiro, financiando o envio das mercadorias adquiridas. Desta forma o risco de crédito destas transacções encontra-se limitado uma vez que se encontram colateralizadas pelas mercadorias enviadas e são geralmente de curta duração. Os compromissos irrevogáveis constituem partes não utilizadas de facilidades de crédito concedidas a clientes empresas e particulares. Muitas destas operações têm uma duração fixa e uma taxa de juro variável, pelo que o risco de crédito e de taxa de juro é limitado. Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros compromissos estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados à carteira de crédito nomeadamente quanto à avaliação da adequação das provisões constituídas tal como descrito na política contabilística. A exposição máxima de crédito é representada pelo valor nominal que poderia ser perdido relativo aos passivos contingentes e outros compromissos assumidos pela Caixa na eventualidade de incumprimento pelas respectivas contrapartes, sem ter em consideração potenciais recuperações de crédito ou colaterais. Em virtude da natureza destas operações conforme acima descrito não se prevêem quaisquer perdas materiais nestas operações para além dos valores registados na rúbrica de Outras Provisões conforme explicitado na nota 30. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

150 35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte: Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República I SérieB, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias. 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

151 Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: 38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

152 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

153 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

154 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: O número médio de colaboradores da Caixa em 2015 e 2014 apresenta a seguinte composição: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

155 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 49. ENTIDADES RELACIONADAS CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

156 Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas: As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. 50. PENSÕES DE REFORMA ENQUADRAMENTO A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

157 empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista. As principais alterações são: Reconhecimento Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em outro rendimento integral no ano em que ocorrem; Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos". Apresentação Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações; Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios); Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano. 1.iii) CONTABILIZAÇÃO EM NCA 1.iii.a) Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007 Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à IAS 19 Benefícios dos empregados, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA s foram as seguintes: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

158 Fundo de pensões A.1. Responsabilidades PCSB A.2. Impacto da transição para IAS 19: A.2.1. Tábua de mortalidade A.2.2. Pressupostos financeiros A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. A.4.) Encargos com saúde (SAMS): B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores B.2. Com licenças sem vencimento 0 B.3. Com pré-reformados 0 B.4. Com pensões em pagamento B. Total Prémio de antiguidade: C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores C.2. Com licenças sem vencimento 0 C. Total De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

159 reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de Assim, em o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue: Nº anos a diferir Data limite de diferimento A Alteração da tábua de mortalidade anos 2016 A Alteração dos pressupostos financeiros anos 2014 A Excesso de cobertura em PCSB anos 2014 B.2007 Encargos com saúde (SAMS) anos 2016 Reconhecimento anual nos resultados transitados: A Alteração da tábua de mortalidade 537 A Alteração dos pressupostos financeiros A Excesso de cobertura em PCSB B.2014 Encargos com saúde (SAMS) TOTAL TOTAL = A A A B.2014 iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2014 Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL com referência a 31 de Dezembro de 2014 e de 2013 foram os seguintes: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

160 Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, préreformados e pensões em pagamento, são as seguintes: F.2014 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores F.2 Com licenças sem vencimento F.3 Com pré-reformados 0 F.4 Com pensões em pagamento O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL é o que a seguir se apresenta: G.1 + Custo do serviço corrente G.3 + Custo dos juros Líquido Net Interest G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

161 G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0 G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL foi o seguinte: A (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.1 (+) Contribuições efectuadas H.1.1 Pela CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL 0 H.1.2 Pelos empregados H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0 H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) H.4 (-) Prémios de seguro pagos H.9 (+) Participação de resultados no seguro H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões H (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2014 (H A ) O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

162 F.2013 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de G.1 (+) Custo do serviço corrente G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados G.2 (+) Custo dos juros G.4.1 (+/-)(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0 H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões F.2014 (=) Responsabilidades totais em K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2014 F.2013) O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte: F.2014 Valor actual das responsabilidades com serviços passados I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 124 A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31 de Dezembro de 2014, era o seguinte: I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) I.5 Nível de cobertura (ISP)(%) 192 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

163 Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral reservas de reavaliação. No exercício de 2014, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no rendimento integral, foi o seguinte: RI.2013 Desvios actuariais por amortizar em RI.ano Desvios actuariais gerados em 2014 Ganhos e perdas actuariais RI.2014 Desvios actuariais por amortizar em Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no activo N Com licenças sem vencimento N.2013 Total Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no activo N Com licenças sem vencimento N.2014 Total Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no activo O.2. Com licenças sem vencimento 814 O. Total PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESEGUROS CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

164 A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Loures, Sintra e Litoral está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Seguradora % por Origem 2015 Ramos Não Vida CA Seguros , , ,11 70,1% Ramo Vida CA Vida , , ,68 29,0% Fundos de Pensões CA Vida 1.716, , ,09 0,9% Total , , ,88 100,0% CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

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166 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

167 11 Certificação Legal de Contas CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

168 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

169 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

170 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

171 12 Parecer do Conselho Fiscal CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

172 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

173 RELATÓRIO ANUAL E PARECER DO CONSELHO FISCAL Nos termos do artigo 32º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, CRL, vimos submeter à Assembleia Geral, o Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal sobre o Relatório e Contas do Conselho de Administração, relativos ao exercício de Durante o ano económico de 2015 e no desempenho das nossas funções legais e estatutárias, efetuámos reuniões mensais para analisar a evolução da posição financeira da CCAM e verificar a conformidade do desenvolvimento da atividade da Instituição, com o plano aprovado pela Assembleia. Para o bom desempenho da nossa atividade, contámos sempre com toda a colaboração, quer do Conselho de Administração, quer dos responsáveis dos serviços, tanto em termos de fornecimento de informação financeira, como de esclarecimentos adicionais, quando necessários, permitindo deste modo, o cumprimento das funções atribuídas a este Órgão. Ainda no âmbito da nossa atividade, analisámos e emitimos pareceres sobre a eficácia do sistema de controlo interno da CCAM para a prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo, ao Relatório de Auditoria da FENACAM e ao Plano de atividades e Orçamento para o exercício de O exercício de 2015 teve uma evolução favorável como previa o Plano de Recuperação Económica Financeira, sendo de evidenciar os seguintes aspetos: Apresentação de resultados positivos no valor euros, contrariando a tendência negativa dos últimos anos. O reforço da margem financeira e a redução das provisões para crédito. O produto bancário que passou de euros para euros. Assim, tendo em consideração o anteriormente exposto o Conselho Fiscal é de opinião que o Relatório de Gestão do Conselho de Administração, o Balanço, a Demonstração de Resultados, a Demonstração de Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo com as notas às Demonstrações Financeiras, analisados em conjunto com a Certificação Legal de Contas, apresentada pelo Revisor Oficial de Contas e com a qual concordamos, permitem uma adequada compreensão da posição financeira e dos resultado CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

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175 13 Estrutura e Prática de Governo Societário CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

176 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

177 11. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO 1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, CRL adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como latino reforçado, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. 2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC 3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

178 3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Germano Marques da Silva Vice-Presidente: Antonino Ribeiro Rito da Silva Secretário: Manuel Augusto dos Santos ( Falecido em 2014 ) 3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos. 4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente. Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com mandato para o triénio 2013/2015. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

179 4.1. Composição do Conselho de Administração Presidente: José António de Carvalho Barreira Vogal: José Manuel Alvares da Costa e Oliveira Vogal: José Augusto Antunes Regedor Suplente: Daniel Peixe Reis Silva 4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia-geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia-geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos uma vez por semana, tendo realizado um total de 53 reuniões em Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma: Presidente: José António de Carvalho Barreira - Gestão Comercial Vogal: José Manuel Alvares da Costa e Oliveira Gestão Corrente Vogal: José Augusto Antunes Regedor Gestão Corrente CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

180 5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente Composição do Conselho Fiscal Presidente: Luís Patrício da Silva Vogal: João Lourenço Neves Vogal: José Valério Vicente Júnior Suplente: José Emílio Antunes Maria Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2015, um total de 13 reuniões Revisor Oficial de Contas O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designado para o cargo: Efectivo: Esteves, Pinho & Associados, Lda. Representada por Rui Manuel Correia de Pinho Suplente: Luís Manuel Moura Esteves CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

181 6. Politica de Remuneração 6.1. Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização Em 07 de Novembro de 2014, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L., apreciou e aprovou a Declaração sobre Politica de Remunerações dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no art.2º, nº1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho e nos termos do disposto do Aviso 1/2010 e da Carta-Circular nº2/2010/dsb, ambos do Banco de Portugal Nos termos e para os efeitosdo nº 4 do art.16º do Aviso do Banco de Portugal nº10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, do Decreto-Lei nº104/2007, de 3 de Abril, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº88/2011, de 20 de Julho e do Aviso n.º 10/2011 do Banco de Portugal, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 siga os seguintes princípios orientadores: 1. PRINCIPIOS GERAIS Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Politica de Remunerações dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L.,foi definida e elaborada de modo e CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

182 refletir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A Politica de Remuneração reflete, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à atuação da dita Instituição e também o caráter acessório e complementar de outras atividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o exercício de funções nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, fatores que determinam que as tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetiveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Setor Bancário. Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. todas as disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei nº 104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº 10/ CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Politica de Remunerações dos Órgãos de Administraçao e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente pelo menos uma vez por ano; b) A componente variável da remuneração não existe, dado a natureza e dimensão da Instituição. c) A Politica de Remunerações é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

183 preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição de remuneração acrescida aos executivos, tem em atenção o caráter economicamente acessório e complementar de outras atividades económicas de que se reveste habitualmente o exercício nos Órgãos de Administração e de Fiscalização. d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em sede de eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter-se em funções contra a vontade expressa dos Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício das suas competências legais e estatutárias, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 3. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste no pagamento de uma senha de presença por cada reunião efectuada por aquele órgão, no mês em causa. Não há lugar a qualquer acréscimo a esta remuneração. 4. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste no pagamento de senhas de presença de acordo com o seguinte critério: * Presidente: quatro senhas de presença por semana. * Restantes Vogais: duas senhas de presença por semana. Acresce a esta remuneração: O Presidente do Conselho de Administração tem ainda: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

184 cartão de credito com afectação do mesmo ao pagamento de despesas de representação; Telemóvel; Viatura de Serviço para uso no exercício das suas funções. Tem ainda facilidade de reembolso de despesas não compreendidas no primeiro ponto. Atente a natureza específica da CAIXA AGRÍCOLA e do CRÉDITO AGRÍCOLA inexiste qualquer tipo de plano de atribuição de acções ou opções de aquisição de acções, também atenta essa mesma especificidade tem vindo a ser entendido não ser de atribuir qualquer remuneração variável aos membros do Conselho de Administração. Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a remuneração, directa ou indirectamente. Para além dos montantes supra mencionados, os membros do Conselho de Administração não recebem, na presente data, quaisquer outras compensações, nomeadamente no que se refere ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola. 5. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. 6. REMUNERAÇÕES PAGAS EM 2015 As remunerações brutas auferidas em 2015 pelos membros do Conselho de Administração foram as seguintes: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

185 Fixa Vencimento Subsidios e Outros Variavel Total CCAM José Antonio de Carvalho Barreira , ,00 José Augusto Antunes Regedor , ,00 José Manuel Alvares da Costa Oliveira , , , ,00 As remunerações brutas auferidas em 2015 pelos membros do Conselho Fiscal foram as seguintes: Fixa Vencimento Subsidios e Outros Variavel Total CCAM Luis Patricio da Silva , ,00 João Lourenço Neves - 0,00-0,00 José Valério Vicente Junior , , , ,00 A revisão de contas é efetuada pela Sociedade Esteves, Pinho & Associados, SROC, Lda, representada pelo Dr. Rui Manuel Correia de Pinho. Durante o exercício de 2015 os honorários auferidos com iva incluido foram os seguintes: 2015 Honorarios - Certificação Legal Contas 9.532, ,50 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas

186 6.2 Política de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à politica de remunerações de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Também se atribui uma ou duas horas de isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. 3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. 4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores. 5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem como limite máximo a remuneração de um mês de vencimento. O limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração. 6. A componente variável a verificar-se é assim atribuída anualmente, considerando o resultado da avaliação de desempenho e o grau de concretização de objetivos definidos para cada área. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo. 7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano anterior. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL Relatório e Contas 2015

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