O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA PENAL E SUA INCIDÊNCIA AOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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1 O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA PENAL E SUA INCIDÊNCIA AOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Francielle Aline Frantz 1 Cleber de Freitas Prado 2 RESUMO Este estudo tem por objetivo analisar a possibilidade da aplicação do Princípio da Insignificância aos crimes praticados contra a Administração Pública, os quais se encontram previstos no Título XI do Código Penal vigente no país. Veremos inicialmente a origem do Princípio da Insignificância, bem como a sua complementaridade entre o Princípio da Dignidade de Pessoa Humana e o Princípio da Legalidade Penal. Em seguida, será abordada a fundamentação do Princípio da Insignificância com relação aos demais princípios que vigoram dentro do Código Penal. Ademais, será abordada a aplicabilidade do referido princípio aos crimes cometidos contra a Administração Pública em geral e a divergência entre as decisões do Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, a partir de estudo em casos jurisprudenciais. Palavras-chave: Princípio, Insignificância e Administração. ABSTRACT This study aims to examine the possibility of applying the Principle of Bickering to crimes against the public administration, which are provided for in Title XI of the Penal Code in the country. Initially we will see the origin of the Principle of Bickering and their complementarity between the Principle of Dignity of the Human Person and the Principle of Legality Criminal. Then will look at the reasoning of the Principle of Bickering in relation to other principles that apply within the Criminal Code. Moreover, you discussed the applicability of that principle to the crimes against the public administration in general and the divergence between the decisions of the Superior Court and the Supreme Court, based on a study in jurisprudence cases. Key-words: Principle Bickering and Administration. 1 INTRODUÇÃO O Princípio da Insignificância pode ser tratado dentro do Direito Moderno, como o princípio que cada vez mais é utilizado para a elaboração das normas como também para sua aplicação. Quando falamos dos crimes praticados contra a Graduanda em Direito - Faculdade Dom Alberto. 2 2 Mestre em Direito Público. Professor de Direito Penal e Processo Penal da Faculdade Dom Alberto. Advogado criminalista.

2 Administração Pública, pode-se dizer que existe uma parcela da doutrina e dos tribunais que é favorável a aplicação de tal princípio sem distinção e outra parcela, que ainda não aplica o Princípio da Insignificância, afirmando que o que é violado é a moralidade administrativa e não o patrimônio. Atualmente, a divergência quanto à aplicação do Princípio da Insignificância também ocorre entre o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça. Enquanto o Superior Tribunal de Justiça rejeita a aplicação do Princípio da Insignificância para os crimes praticados contra a administração pública o Supremo Tribunal Federal, ainda em caso isolado, aceita a aplicação do referido princípio. Diante disso, a presente pesquisa utilizará o método dedutivo, tendo como plataforma cientifica a pesquisa quantitativa, mediante a coleta de casos jurisprudenciais julgados pelos tribunais de justiça brasileiros. Com isso, esta será a grande problemática do presente estudo: quais crimes praticados contra a administração pública são passíveis de incidência do princípio da insignificância penal do resultado lesivo? 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A insignificância penal do resultado lesivo à luz dos princípios constitucionais O Princípio da Insignificância, desde sua origem, gera grande discussão quanto da sua aplicação como princípio no Direito Penal. Tal discussão deve levar em consideração de que o referido princípio ainda não está incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro. Mesmo não estando incorporado no ordenamento jurídico brasileiro, a Constituição Federal prevê em seu art. 5 a existência de tais princípios implícitos: Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil for parte. Segundo Ribeiro Lopes, o Princípio da Insignificância consiste no resgate da ordem constitucional pressuposta, ou seja, tenta solucionar a ausência de relação entre a conduta criminal praticada e a pena aplicável em relação à ausência de lesão significativa ao bem jurídico tutelado. (Ribeiro Lopes, 2000, p. 385)

3 Contudo, diante da idéia de que o Princípio da Insignificância consiste na complementaridade entre o Princípio da Dignidade de Pessoa Humana e o Princípio da Legalidade Penal, percebe-se que o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana é a base norteadora da interpretação dos demais princípios, principalmente ao Princípio da Legalidade, fazendo com que se determine a proporcionalidade da sanção aplicada em relação à dimensão do resultado lesivo, surgindo assim, o Princípio da Insignificância. Assim, se deve a Claus Roxin a sistematização do Princípio da Insignificância no Direito Penal, que propôs: Uma solução mediante um recuso à interpretação restritiva dos tipos penais. Formulou, então, no ano de 1964, o Princípio da Insignificância, como princípio de validez geral para determinação do injusto. (Silva, 2011, p. 113) Diante disso, pode-se dizer que a interpretação do Princípio da Insignificância consiste em interpretar a lei penal com base na equidade e em critérios de razoabilidade. Para Ricardo de Brito Freitas: a finalidade do Princípio da Insignificância é a de evitar a pratica de injustiças decorrentes de uma aplicação rígida da lei, quando a ação não acarretar qualquer conseqüência em termos penais. (Freitas, 1996, p. 167). Na mesma linha, Ribeiro Lopes, refere que: A interpretação da lei penal com base nos critérios da razoabilidade serve para traçar um limite para redução da normatividade positiva do Direito através de uma fixação criteriosa de métodos reconhecedores e desconhecedores da relevância ético-jurídica de fatos praticados, através de uma interpretação atual e ontológica da própria norma, individualmente considerada, e de Direito, como sistema. (Mauricio Antonio Ribeiro Lopes, 1997, p. 58) Com isso, pode-se falar que o Princípio da Insignificância é uma função interpretativa do tipo penal, para que se possa excluir condutas formalmente típicas em que em face de sua pouca lesividade não demonstram relevância jurídica para o Direito Penal. (Silva, 2011, p. 115) Com origem no Direito Romano, o Princípio da Insignificância foi introduzido no sistema penal por Claus Roxin, no ano de 1964, a partir de considerações sobre a máxima latina mínima non curat praetor, onde sustenta que quando a lesão é

4 insignificante, não há necessidade de aplicação de uma pena, pois não se trata de fato punível. (Sanguiné, 1990, p. 39) Cumpre ressaltar, ainda, a divergência do Princípio da Insignificância e do Princípio da Adequação Social. Para Ribeiro Lopes apesar de serem de origem distinta, há uma relação existente entre eles, haja vista que ambos os princípios não tem previsão legal e são instrumentos de interpretação restritiva fundado na concepção material do tipo penal. (Ribeiro Lopes, 2000, p.31) Já, para Fernando Capez, tais princípios não podem ser confundidos, pois no Princípio da Adequação Social, a conduta deixa de ser punida por não mais ser considerada injusta pela sociedade e na insignificância a conduta é considerada injusta, mas de escassa lesividade. (Capez, 2008, p.14) O Princípio da Insignificância fundamenta-se, também, em vários princípios que vigoram dentro do Direito Penal, para que ao se interpretar o tipo penal, possa se dar a ela uma melhor concretização. Entre os princípios podemos citar: o princípio da igualdade, da liberdade, da fragmentariedade e da subsidiariedade e da proporcionalidade. A relação entre o Princípio da Insignificância e o Princípio da Igualdade de deve ao fato de evitar que o agente seja apenado mais do que exige o grau de reprovabilidade da conduta por ele praticada. (Silva, 2011, p. 128) Quando falamos da relação existente entre o Princípio da Insignificância e o Princípio da Liberdade é de que o Princípio da Insignificância atende a necessidade de reduzir a incidência de medidas constritivas sobre a liberdade individual, já que, muitas vezes, a pena de prisão, mostra-se desproporcional ao delito praticado, analisando, nesse sentido, a liberdade. (Silva, 2011, p. 130). Sob esse aspecto, o doutrinador supracitado, traz que: A aplicação do Princípio da Insignificância evita que o agente de condutas penalmente insignificantes tenha sua liberdade indevidamente atingida, concretizando, assim, o valor liberdade individual, albergado pelo Princípio da Liberdade em nosso ordenamento jurídico. (Ivan Luiz da Silva, 2011, p. 130) Para Ivan Luiz da Silva, como fundamento para o Princípio da Insignificância, o Princípio da Fragmentariedade decorre dos princípios da reserva legal e da intervenção mínima, ou seja, apenas condutas mais gravosas merecem sanção

5 penal, onde só permite a aplicação da pena de condutas típicas que materialmente lesionem o bem atacado. (Silva, 2011, p. 130/131) Sendo assim, o Princípio da Fragmentariedade colabora no sentido de que nem toda conduta lesiva deve ser punida, mas sim, somente aquelas condutas mais graves e intoleráveis praticadas contra os bens jurídicos tutelados (Silva, 2011, p. 131). Já, ainda nos ensinamentos de Silva, a subsidiariedade, que decorre da fragmentariedade, traz que as sanções penais só deveriam ser aplicadas quando nenhuma outra mais surtisse efeito. (Silva, 2011, p. 131/132) O Princípio da Proporcionalidade age diretamente quando da aplicabilidade do Princípio da Insignificância, haja vista a desproporcionalidade entre o fato praticado e a sanção penal aplicada, justamente da escassa lesividade do resultado, com o objetivo de manter sempre um valor de justiça no seu sentido material. (Ribeiro Lopes, 2000, p. 421) Da mesma forma, Odone Sanguiné ensina que: O fundamento do principio da insignificância está na idéia de proporcionalidade que a pena deve guardar em relação à gravidade do crime. Nos casos de ínfima afetação ao bem jurídico, o conteúdo de injusto é tão pequeno que não subsiste nenhuma razão para o phatos ético da pena. Ainda a mínima pena aplicada seria desproporcional à significação social do fato. (Odone Sanguiné, 1990, p. 47) Decorrente do caráter fragmentário e subsidiário do Direito Penal encontra-se ainda, o Princípio da Intervenção Mínima. Conforme os ensinamentos de Cezar Roberto Bittencourt: O Princípio da intervenção mínima, também conhecida como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. Se outras formas de sanção ou outros meios de controle social revelarem-se suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização é inadequada e não recomendável. Se para o restabelecimento da ordem jurídica violada forem suficientes medidas civis ou administrativas, são estas que devem ser empregadas e não as penais. Por isso, o Direito Penal deve ser a ultima ratio, isto é, deve atuar somente quando os demais ramos do Direito revelarem-se incapazes de dar a tutela devida a bens relevantes na vida do individuo e da própria sociedade. (Cezar Roberto Bittencourt, 2010, p. 43) Desse modo, conclui-se que é preciso fazer uma interpretação de toda a conduta típica penal, para que se possa dar ela uma melhor concretização, ou seja, para que se fundamente dentro dos princípios corretos.

6 2.2 A insignificância penal do resultado lesivo dos crimes cometidos contra a administração pública O Princípio da Insignificância ainda encontra resistência quando falamos dos crimes praticados contra a Administração Pública. Segundo José Paulo Baltazar Junior a corrente majoritária não aplica o princípio da insignificância aos chamados crimes contra a administração pública, pois o bem jurídico protegido é o bom andamento da administração, e não apenas seu aspecto material. (Baltazar Junior, 2010, p. 132) O STJ na maioria de seus julgados entende que não é possível a aplicação deste princípio nos crimes contra a Administração Pública, pois entende que nos crimes contra a Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo, a norma busca resguardar não somente o aspecto patrimonial, mas a moral administrativa, o que torna inviável a afirmação do desinteresse estatal à sua repressão (Resp /DF). Assim, alguns doutrinadores, como Luiz Regis Prado e Celso Bandeira Mello, afirmam que o citado princípio não é aplicado aos crimes contra a Administração Pública, em razão de que o que se defende nesses casos é a moralidade administrativa e não apenas o patrimônio da administração. Para Luiz Regis Prado, os crimes contra a Administração Pública refletem uma ofensa da obrigação do funcionário público para com a administração. (Prado, 2001, p. 348) Sob tal perspectiva, dentro da Administração Pública existem princípios que devem ser de observância obrigatória por parte da administração em geral. Assim, Constituição Federal prevê em seu artigo 37 os cinco primeiros princípios básicos: Art. 37: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Já a Lei n 9.784/99 de 29 de janeiro de 1999, no seu art. 2 enumera outros princípios que necessitam serem observados pela Administração Pública: A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

7 Para Celso Antonio Bandeira de Mello: O art. 37, caput, reportou de modo expresso à Administração Publica (direta e indireta) apenas cinco princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (este último acrescentado pela EC 19/98). Fácil é ver-se, entretanto, que inúmeros outros mereceram igualmente consagração constitucional: uns, por constarem expressamente da Lei Maior, conquanto não mencionados no art. 37; outros, por nele estarem abrigados logicamente, isto é, como conseqüências irrefragáveis dos aludidos princípios; outros, finalmente, por serem, implicações evidentes do próprio Estado de Direito, e pois, do sistema constitucional como um todo. (Celso Antonio Bandeira de Melo, 2010, p. 95) Dentre os princípios que regem a Administração Pública, o que merece melhor atenção é o princípio da moralidade, o qual tem ligação direta com o Princípio da Insignificância. O princípio da moralidade nada mais é de que o administrador público deva atuar em conformidade com princípios éticos, de evidência fática no caso concreto. Para Marcelo Alexandrino: É importante compreender que o fato da Constituição haver erigido a moral administrativa em princípio jurídico expresso permite afirmar que ela é um requisito de validade do ato administrativo e não de aspecto atinente ao mérito. Vale dizer, um ato contrario à moral administrativa não está sujeito a uma analise de oportunidade e conveniência, mas a uma analise de legitimidade, isto é, um ato contrário à moral administrativa é nulo, e não meramente inoportuno ou inconveniente. (Marcelo Alexandrino, 2008, p. 195) Conforme os ensinamentos de Hely Lopes Meireles (2010), além de sua adequação aos demais princípios, o princípio da moralidade, juntamente com o princípio da finalidade, constituem pressupostos de validade sem os quais toda a atividade pública será ilegítima. (Meireles, 2010, p. 93) O princípio da moralidade ainda é um dos critérios observados nos processos administrativos, conforme elencado na Lei n /99 de 29 de janeiro de 1999, em seu art. 2, inciso IV, dito, mais expressamente como probidade e boa-fé. Art. 2 : A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: (...) IV - atuação segundo padrões éticos de probidade decoro e boa-fé; (grifo nosso)

8 A Lei n 8.429, de 02 de junho de 1992, que trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimentos ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providenciais, em seu artigo 4 traz o bem jurídico protegido pela Lei de Improbidade, qual seja: Art. 4 Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. (grifo nosso) Desse modo, de acordo com o professor Alexandre de Moraes, percebe-se que o princípio da moralidade é visto como o vetor da atuação da administração pública. (Alexandre de Moraes, 2013 p. 787). Ademais, conforme os ensinamentos de Humberto Ávila, o princípio da moralidade exige condutas serias, leais, motivadas e esclarecedoras, mesmo que não previstas na lei. Ensina, ainda, que constituem violação ao princípio da moralidade a conduta adotada sem parâmetros objetivos e baseada na vontade individual do agente e o ato praticado sem a consideração da expectativa criada pela Administração. (Humberto Ávila, 2003, p. 77) Destarte, outro princípio que merece devida atenção é o da economia processual, cuja finalidade é atingir um objetivo prático e seguro com o mínimo de atos processuais possíveis. Assim, pode-se dizer que o princípio da economia processual correlacionada com o crime de bagatela repercute na medida em que o resultado lesivo advindo com a conduta criminosa é insignificante, o que, por si só, violaria o referido princípio, caso toda e qualquer delito de lesividade ínfima fosse submetido a processamento judicial regular. Dessa maneira, cabe observar ainda os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. O princípio da razoabilidade exige a harmonização da norma geral com cada caso individual, sendo possível ou não a aplicação das normas. Ainda, exige a harmonização das normas com suas condições externas de aplicação e exige uma relação de equivalência entre a medida adotada e o critério que a dimensiona. (Humberto Ávila, 2003, p. 94/101) Quanto ao princípio da proporcionalidade, de acordo com o doutrinador supracitado, ele se aplica a partir da idéia de proporção entre o gravame ocasionado e a finalidade a que se destina o ato processual. (Humberto Ávila, 2003, p. 104)

9 A partir dessas considerações, é possível dizer que a proporcionalidade exige que o Poder Legislativo e o Poder Executivo escolham, para a realização de seus fins, meios adequados, necessários e proporcionais, exigindo a relação de causalidade entre meio e fim. Sendo que a razoabilidade não faz referencia a uma relação de causalidade entre meio e fim, apenas expressa o enquadramento legal a cada caso concreto. Portanto, partindo da correlação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, é plausível enquadrar ainda o princípio da economia processual. Pois, a partir da aplicação de todos os princípios acima mencionados, não seria necessário mover a máquina pública, utilizando o uso mínimo de atos processuais, aos crimes de lesividade ínfima, ou seja, crimes de bagatela, fazendo-se, assim, jus ao valor de cada princípio. Sendo assim, nenhum principio será absoluto, sendo o caso concreto que deverá nortear o princípio que melhor e, adequadamente solucione o impasse entre a incidência normativa que decorreria dos princípios da moralidade na administração publica e da economia processual frente aos delitos de contra a administração publica, cujo resultado lesivo é mínimo ou inexistente (irrelevante). 2.3 Das possibilidades de bagatela no crime de peculato O crime de peculato está previsto no Código Penal no rol dos crimes praticados contra Administração Pública, mais especificamente em seu Capitulo I dos crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral. Assim, de acordo com o artigo 312 do Código Penal: Peculato: Art Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Peculato culposo 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. (grifado)

10 De acordo com os ensinamentos de Cleber Masson, nos crimes de peculato, o bem jurídico tutelado é a Administração Pública, no seu aspecto patrimonial como também em sua face moral, representada pela lealdade e probidade dos agentes públicos. (Masson, 2013, p. 598/599) Refere, ainda, que também se protege o patrimônio do particular nas hipóteses em que seus bens estejam confiados á guarda da Administração Pública. Quanto ao objeto material do crime de peculato podemos citar o dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular. (Masson, 2013, p. 598/599) No que concerne a aplicação do Princípio da Insignificância aos crimes de peculato, tem-se a lição de Luiz Flavio Gomes: Não está escrito em lugar nenhum da lei que ao crime de peculato não se aplica o princípio da insignificância. Por razões moralistas o STJ concluiu pela inaplicabilidade. O crime de peculato não é mais imoral que o furto. De qualquer modo, ainda que o fosse, por razões moralistas não pode nenhum juiz ou tribunal negar a aplicação do princípio da insignificância, quando presentes seus requisitos (criados pela jurisprudência do STF HC SP). A aplicação do Princípio da Insignificância, quando o sujeito passivo do delito for a Administração Pública, é visivelmente rejeitada nas decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça. Veja-se: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PECULATO. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. O entendimento firmado nas Turmas que compõem a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que não se aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo, uma vez que a norma visa resguardar não apenas o aspecto patrimonial, mas, principalmente, a moral administrativa. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (REsp / SC, rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU, 5 Turma, DJ 11/10/2011) (grifo nosso) Para o Superior Tribunal de Justiça, nesses casos, a norma penal busca resguardar, não somente o aspecto patrimonial, mas também a moral administrativa, o que torna inviável a afirmação do desinteresse estatal à sua repressão. Veja-se: Habeas corpus. Crime militar. Peculato. Desclassificação. Posse ou detenção da coisa em razão do cargo de policial militar. Circunstância firmada na origem. Impossibilidade de demovê-la. Princípio da insignificância. Inaplicabilidade. Delito contra administração militar. Res restituída. Alegação em confronto com aquilo firmado pelo tribunal de origem. Ordem denegada. (hc nº , Rel. Min. Vasco Della Giustina, Desembargador convocado do TJ/RS; DJ: 06/09/2011) (grifo nosso)

11 Quanto à aplicação do princípio da insignificância, o Relator Ministro Vasco Della Giustina ressaltou que a jurisprudência do STJ firmou entendimento de ser inaplicável tal princípio aos delitos praticados contra a administração pública, uma vez que, nesses casos, além da proteção patrimonial, deve prevalecer o resguardo da moral administrativa. Com relação às decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, cumpre ressaltar, que mesmo em casos isolados, há registros da aplicabilidade do Princípio da Insignificância nos crimes praticados contra a Administração Pública. Porém, a maioria dos casos julgados, ainda afasta a aplicação do referido princípio. O Supremo Tribunal Federal criou quatro critérios que devem ser observados para a aplicabilidade do citado princípio, quais sejam: a) conduta minimamente ofensiva, b) a ausência de periculosidade social da ação, c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e d) lesão jurídica inexpressiva. (STF, HC /RS, j ). EMENTA: HABEAS CORPUS. PECULATO PRATICADO POR MILITAR. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. CONSEQÜÊNCIAS DA AÇÃO PENAL. DESPROPORCIONALIDADE. 1. A circunstância de tratar-se de lesão patrimonial de pequena monta, que se convencionou chamar crime de bagatela, autoriza a aplicação do princípio da insignificância, ainda que se trate de crime militar. 2. Hipótese em que o paciente não devolveu à Unidade Militar um fogão avaliado em R$ 455,00 (quatrocentos e cinqüenta e cinco) reais. Relevante, ademais, a particularidade de ter sido aconselhado, pelo seu Comandante, a ficar com o fogão como forma de ressarcimento de benfeitorias que fizera no imóvel funcional. Da mesma forma, é significativo o fato de o valor correspondente ao bem ter sido recolhido ao erário. 3. A manutenção da ação penal gerará graves conseqüências ao paciente, entre elas a impossibilidade de ser promovido, traduzindo, no particular, desproporcionalidade entre a pretensão acusatória e os gravames dela decorrentes. Ordem concedida. (HC /PA PARÁ; Relator: Min. EROS GRAU; DJ: 29/08/2006; Órgão Julgador: Primeira Turma) (grifo nosso) 2.4 Corrupção Passiva e a possibilidade de bagatela O crime de Corrupção Passiva também está no rol dos crimes previstos do Capitulo I do Código Penal, mais precisamente no artigo 317: No que diz respeito à aplicação do Princípio da Insignificância aos crimes de corrupção passiva, temos o entendimento do autor Cleber Masson (2013), bem como do Superior Tribunal de Justiça, cuja aplicabilidade não é aplicada.

12 CONCUSSÃO. CORRUPÇÃO PASSIVA. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO APLICAÇÃO. "HABEAS CORPUS". 1. Não se aplica o chamado princípio da insignificância quando a hipótese engloba crimes contra a administração pública, em razão da efetiva ofensa ao bem juridicamente tutelado. 2. A aferição da insignificância é matéria afeta ao juízo de instrução, e não no "Habeas Corpus". Óbice da Súmula 07/STJ. 3. Habeas corpus conhecido; provimento negado. (RHC 8357 / GO, Rel. Ministro Edison Vidigal, 5 Turma, DJ 25/10/1999) (grifo nosso) Para o autor supracitado, não interessa o valor da vantagem indevida recebida ou solicitada pelo funcionário pública, pois o que caracteriza o crime de corrupção passiva é a violação a integridade da Administração Pública, que não se compadece com o comportamento irregular de agentes ímprobos e desonestos. 3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS A presente pesquisa utilizou o método dedutivo, tendo como plataforma cientifica a pesquisa quantitativa, mediante a coleta de casos jurisprudenciais julgados pelos tribunais de justiça dos estados no Brasil. Assim, o estudo de diversas doutrinas foram essenciais, inicialmente para que pudesse ser compreendido a origem do Princípio da Insignificância e posteriormente para analisar os diversos princípios que incorporam o ordenamento jurídico. Ainda, houve a análise dos crimes praticados contra a Administração Pública, bem como a aplicação do referido princípio em tais crimes. Por fim, houve a pesquisa em diversos casos jurisprudenciais, aonde foi compreendido o efetivo uso do Princípio da Insignificância quando das decisões do Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. Além disso, a referida pesquisa em casos julgados trouxe a análise da resistência pelos Tribunais da aplicação da bagatela em crimes de lesividade ínfima. 4 COLETA E ANÁLISE DE DADOS Na obra de Cleber Masson (2013) temos um exemplo básico de circunstancias que ocorrem, quase que diariamente, dentro de uma administração e que são considerados crimes praticados contra a Administração Pública, o qual merece atenção especial quanto à aplicabilidade do Princípio da Insignificância, veja-se:

13 Imagine-se, por exemplo, a situação em que funcionário público subtrai duas folhas de papel em branco ou alguns clipes de metal, da repartição pública em que se encontra lotado. (Masson, 2013, p. 600) Diante disso, o autor supracitado, defende a idéia da aplicabilidade de tal princípio em delitos considerados ínfimos em relação ao resultado lesivo. O Supremo Tribunal Federal já tem algumas decisões em que defende a aplicação do Princípio da Insignificância em crimes considerados meramente insignificantes, veja-se: EMENTA: HABEAS CORPUS. PECULATO PRATICADO POR MILITAR. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. CONSEQÜÊNCIAS DA AÇÃO PENAL. DESPROPORCIONALIDADE. 1. A circunstância de tratar-se de lesão patrimonial de pequena monta, que se convencionou chamar crime de bagatela, autoriza a aplicação do princípio da insignificância, ainda que se trate de crime militar. 2. Hipótese em que o paciente não devolveu à Unidade Militar um fogão avaliado em R$ 455,00 (quatrocentos e cinqüenta e cinco) reais. Relevante, ademais, a particularidade de ter sido aconselhado, pelo seu Comandante, a ficar com o fogão como forma de ressarcimento de benfeitorias que fizera no imóvel funcional. Da mesma forma, é significativo o fato de o valor correspondente ao bem ter sido recolhido ao erário. 3. A manutenção da ação penal gerará graves conseqüências ao paciente, entre elas a impossibilidade de ser promovido, traduzindo, no particular, desproporcionalidade entre a pretensão acusatória e os gravames dela decorrentes. Ordem concedida. (HC /PA PARÁ; Relator: Min. EROS GRAU; DJ: 29/08/2006; Órgão Julgador: Primeira Turma) (grifo nosso) Na decisão proferida acima, verifica-se que o julgador fez uso da aplicação do Princípio da Insignificância, pois o valor do delito de peculato estaria estimado em quatrocentos e cinqüenta e cinco reais. Portanto, faz jus a aplicação do referido princípio no presente caso, haja vista o delito não ser de questão relevante e muito menos havendo ausência da periculosidade social da ação. Quanto às decisões julgadas pelo Superior Tribunal de Justiça, vemos que os julgadores ainda encontram resistência em aplicar o Princípio da Insignificância mesmo em casos considerados ínfimos, pois o que avaliado é a questão da moralidade administrativa e não o valor do bem juridicamente atacado. Assim, vejamos a decisão abaixo: Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PECULATO. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. O entendimento firmado nas Turmas que compõem a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que não se aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo, uma vez que a

14 norma visa resguardar não apenas o aspecto patrimonial, mas, principalmente, a moral administrativa. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (REsp / SC Ministro Adilson Vieira Macabu 5 Turma DJ: 11/10/2011) (grifado) Diante disso, verifica-se que ainda há muito que se discutir quanto a aplicação do Princípio da Insignificância aos crimes praticados contra a Administração Pública, haja vista as divergências de posicionamento entre o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista o estudo desenvolvido, a presente pesquisa obteve relevantes e determinantes resultados, quando se confronta a perspectiva de incidência do Princípio da Insignificância Penal, nos crimes contra a Administração Pública, cujo resultado lesivo tenha sido insignificante, em detrimento da fundamentação, como regra nos tribunais, acerca da incidência do Princípio da Moralidade nos atos administrativos. Desse modo, o presente estudo buscou averiguar possíveis soluções ao seguinte problema de pesquisa: quais crimes praticados contra a administração pública são passíveis de incidência do princípio da insignificância penal do resultado lesivo? Uma das possíveis soluções a que se chegou, reside na identificação do princípio que sirva de melhor respaldo e pertinência na adequação jurídica do princípio da bagatela nos crimes contra a administração pública. Nesse sentido, o princípio da economia processual tem se mostrado mais eficaz na abordagem processual do trato estatal de crimes de menor potencial ofensivo envolvendo condutas lesivas à administração pública, desde que o referido delito tenha resultado de inexpressiva lesividade. Em contrapartida, o princípio da moralidade na Administração Pública, analisado nos crimes administrativos de menor potencial ofensivo, quando admitido, em detrimento da bagatela, tem causado maior ônus e desgaste da engrenagem da maquina estatal judiciária, o que repercute no dispêndio do erário e de verbas públicas, mediante a instauração de procedimentos cujo objeto seja tão

15 insignificante a ponto de tornar o próprio processo penal desnecessário, o que causaria a violação do Princípio da Economia Processual. REFERENCIAS ÁVILA, Humberto. Teoria dos Princípios. 2 edição. Malheiros Editores. São Paulo, BITTENCOURT, Cezar Roberto. Manual de direito Penal. Parte Geral. 5 Ed. São Paulo, BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte Geral. 15 Ed. Editora Saraiva, CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal Parte geral. Vol Ed. Editora Saraiva, FREITAS, Ricardo de Brito. Revista da Esmape, 1996 GOMES, Luiz Flavio. A lei formal como fonte única do Direito Penal. Ed: Revista dos Tribunais. São Paulo, LOPES, Mauricio Antonio Ribeiro. Teoria constitucional de Direito Penal MASSON, Cleber. Direito Penal esquematizado, parte especial. Vol Ediçao. Ed: Metodo. São Paulo, MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36 edição. Malheiros Editores. São Paulo, PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, volume 3 parte especial, 5 edição. Ed: revista dos tribunais. São Paulo, Silva, Ivan Luiz. Princípio da Insignificância no Direito Penal. 2ª edição. Ed: Juruá. Curitiba, 2011

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