AVALIAÇÃO DA RESPOSTA HIPERALGÉSICA E EDEMATOGÊNICA INDUZIDA POR BmTx: UMA MIOTOXINA ISOLADA DA PEÇONHA DA SERPENTE Bothrops moojeni (CAIÇACA).

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1 1 CONVÊNIOS CNPq/UFU & FAPEMIG/UFU Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DIRETORIA DE PESQUISA COMISSÃO INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2008 UFU 30 anos AVALIAÇÃO DA RESPOSTA HIPERALGÉSICA E EDEMATOGÊNICA INDUZIDA POR BmTx: UMA MIOTOXINA ISOLADA DA PEÇONHA DA SERPENTE Bothrops moojeni (CAIÇACA). Laura Carneiro Matoso Nunes Canabrava 11. lalacanabrava@yahoo.com.br Álvaro Carneiro Matoso Nunes Canabrava 22. Fábio de Oliveira 3. Hudson Armando Nunes Canabrava 4. Resumo: O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a hiperalgesia e o edema causados pela miotoxina BmTx da serpente Bothrops moojeni e testar os efeitos de alguns fármacos sobre esses eventos. A miotoxina nas doses de 1, 5 e 15µg/pata acarretou diminuição no limiar nociceptivo e edema quando comparadas à medida inicial e ao controle (salina). A administração de prometazina (5 mg/kg), dexametasona (0,4 mg/kg), meloxicam (400 µg/animal) e indometacina (4 mg/kg) foi eficaz na redução tanto da hiperalgesia quanto do edema até a hora 4 após a inoculação da miotoxina. Em conjunto, os dados apresentados indicam que a miotoxina BmTx da serpente de B. moojeni é capaz de induzir edema e hiperalgesia e que o uso de alguns fármacos (prometazina, dexametasona, meloxicam e indometacina), foi eficaz na redução tanto da hiperalgesia quanto do edema até a hora 4 após a inoculação da miotoxina. Palavras chave: miotoxina, Bothrops moojeni, hiperalgesia, edema. 1 Acadêmica de Medicina 2 Acadêmico de Medicina Veterinária 3 Pro. Dr./Icbim/Orientador 4 Prof. Dr./ Icbim 1

2 2 1.INTRODUÇÃO As peçonhas das serpentes contêm uma vasta gama de componentes (Kamiguti et al., 1996), cujo papel preliminar é agir para imobilizar a presa (Brent Jennings et al., 2005), mas essas também são usadas defensivamente contra grandes animais e contra o homem (Storer et al., 1995). Os acidentes ofídicos representam, ainda, grave problema de saúde pública em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Anualmente, são relatados cerca de acidentes no Brasil e cerca de na América Central (Arroyo et al., 1999). Grande parte desses acidentes na América Latina é causada por espécies de serpentes do gênero Bothrops (família Viperidae). No Brasil, a espécie Bothrops jararaca é responsável por 90% dos acidentes ofídicos (Saúde, 1998) e na nossa região, Uberlândia-MG, a espécie Bothrops moojeni, é a principal causadora de acidentes ofídicos (Brites and Bauab, 1988). Os efeitos causados pelo envenenamento botrópico podem ser classificados de acordo com a presença de manifestações sistêmicas e locais. Do ponto de vista sistêmico, as atividades coagulantes, hemorrágicas e proteolíticas destas peçonhas têm sido bem estudadas (Gutiérrez and Lomonte, 1989). As alterações da coagulação sanguínea são consideradas as reações sistêmicas mais importantes. As peçonhas botrópicas induzem sérias reações locais, observando-se dor forte, presença de exsudato purulento, edema intenso, equimose com material sero-sanguinolento e mionecrose (Bolaños, 1982). O edema pode acometer vários segmentos do membro afetado e, dependendo das proporções que adquire, acarreta aumento da pressão sanguínea em compartimentos levando à síndrome compartimental. O quadro local pode evoluir para necrose podendo determinar a perda do membro afetado (Rosenfeld and Kalen, 1971). Estudos experimentais têm evidenciado que a resposta inflamatória local, induzida por peçonhas do gênero Bothrops, é caracterizada por exsudação de proteínas plasmáticas e decorre da síntese e/ou liberação de mediadores endógenos como histamina, serotonina, eicosanóides e fator ativador de plaquetas (PAF), além da ativação de receptores adrenérgicos α-1 e α-2 (Chaves and Gutiérrez., 1995). A lesão local é caracterizada ainda, pela presença de células inflamatórias. O recrutamento leucocitário acarretado pela peçonha de Bothrops jararaca acompanha a liberação de mediadores lipídicos, particularmente leucotrieno B4 (LTB4) e tromboxano A2 (TXA2), além da ativação do sistema complemento (Farsky et al., 1997). A participação de mediadores lipídicos nos fenômenos locais induzidos pelas peçonhas botrópicos indica que enzimas com atividade de fosfolipase A2, presentes nestas peçonhas ou liberadas pela atuação dos mesmos, são relevantes para estes fenômenos (Chaves et al., 1998). Do mesmo modo, as fosfolipases também induzem edema em animais (Liu et al., 1991), acarretam degranulação de mastócitos in vivo (Damerau et al., 1975). As lesões locais causadas por peçonhas do gênero Bothrops, com exceção do fenômeno da dor têm sido amplamente investigadas, possibilitando o entendimento dos mecanismos farmacológicos e fisiopatológicos envolvidos na gênese destes fenômenos e a caracterização das substâncias presentes nestas peçonhas, responsáveis pelo quadro local. Apesar da importância clínica do fenômeno de dor, poucos estudos foram realizados com o intuito de caracterizar os mecanismos envolvidos na gênese deste fenômeno. Estudos pioneiros realizados por Teixeira et al. (1994) demonstraram que a peçonha de Bothrops jararaca acarreta hiperalgesia em ratos, mediada, ao menos em parte, por prostaglandinas, leucotrienos e PAF. Estes dados indicam, adicionalmente, a importância da atividade fosfolipásica e da geração de mediadores lipídicos para a indução da reação local, neste caso, da hiperalgesia. Com relação aos envenenamentos causados por serpentes Bothrops moojeni, o efeito hiperalgésico e os mecanismos envolvidos no fenômeno causado por esta peçonha ainda não foram determinados. 2

3 3 Atualmente, o procedimento terapêutico utilizado no tratamento dos acidentes ofídicos é a soroterapia, utilizando-se o soro polivalente, produzido pela administração da peçonha em cavalos (Coetzer and Tilbury, 1982). Esse método é eficaz na neutralização dos efeitos sistêmicos (Cardoso et al., 1993), mas incapaz de neutralizar de modo eficiente os efeitos locais, ainda que administrado logo após o acidente (Aguiar et al., 1998). Mesmo após o tratamento com soro, as lesões locais, particularmente o edema, progridem nas primeiras 24 horas, mantendo-se por vários dias (Domingos, 1992). Assim, este trabalho teve por objetivo caracterizar a hiperalgesia e o edema causados pela miotoxina BmTx da serpente Bothrops moojeni e testar os efeitos de alguns fármacos sobre esses eventos. 2.MATERIAIS E MÉTODOS 2.1.Animais de Experimentação: Foram utilizados ratos da linhagem Wistar, machos, pesando entre 250 e 350 gramas, criados no biotério da área de Ciências Fisiológicas do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia. Cada grupo era composto por 05 (cinco) animais. Esses animais foram mantidos em caixas plásticas com forragem, tendo livre acesso à ração e água,sendo que um dia antes da realização dos testes eram levados a uma sala, para ambientalização. Todos os experimentos foram realizados na fase clara do dia. 2.2.Miotoxina: Foi utilizada uma toxina miotóxica presente na peçonha da serpente Bothrops moojeni, denominada BmTx, e que foi isolada pelo nosso grupo de pesquisa. A toxina foi liofilizada e mantida à 20 ºC e preparada (p/v) em solução estéril de NaCl 0,85%, no momento do uso. Para a realização dos ensaios de dor e edema foram utilizadas doses de 1, 5 e 15µg/pata Administração das Soluções: Todas as soluções foram administradas via subcutânea na superfície plantar posterior (via intraplantar), sendo o volume total de todas as soluções de 0.1 ml. Para avaliação da hiperalgesia foi utilizada somente a pata posterior direita dos animais, enquanto para avaliação do edema as toxinas foram injetadas na pata posterior direita, como também na pata contralateral, com volume igual. 2.3.Teste Nociceptivo: Método de Compressão da Pata do Rato Para a medida do limiar nociceptivo foi utilizado o método de retirada da pata do rato submetida à compressão, descrito originalmente por Randall and Selitto (1957). Foi utilizado o aparelho algesímetro produzido pela Insight. 2.4.Medida do Limiar Nociceptivo e Hiperalgesia Realizou-se acompanhamento temporal (0,1,2,3,4 e 5 horas) do limiar nociceptivo nos animais. Para obter o valor da hiperalgesia foi necessário calcular a média aritmética de 3 medidas por animal. Como cada grupo era composto por 5 animais, fez-se novamente a média aritmética desses em cada hora. Para se comparar os diferentes grupos estabeleu-se o valor do limiar em 3

4 4 gramas da hora 0 como 100% e o das horas seguintes foi calculado de acordo com a seguinte fórmula: L(%)= V x 100 Onde: L(%)=percentual do limiar de dor/hiperalgesia Vo= valor do limiar de dor em gramas na hora 0 V = valor do limiar de dor em gramas após injeção da toxina ou salina nas horas 1, 2, 3, 4 e 5 ou 24. OBS: O valor de L pode ser maior que 100%, pois o animal pode suportar nas horas subseqüentes limiar maior que o da hora Avaliação do Edema A miotoxina Bmtx foi administrada nas mesmas doses e utilizadas para o estudo do edema, por via intraplantar (v. ipl.), na pata posterior direita do rato. Na pata contralateral foi injetado o mesmo volume de salina (controle). Para a avaliação do edema, o volume das patas posteriores, foi medido antes e em diversos tempos (0,1,2,3,4, e 24 hrs) após os tratamentos com miotoxina, utilizando um paquímetro padrão. O volume das patas posteriores, onde houve a injeção de toxinas ou salina, foi medido em escala de milímetros (mm) pelo paquímetro e o aumento percentual das patas foi calculado através da expressão: E(%)= ( Vf - Vo ) x 100 Onde: E(%)= aumento percentual do volume da pata Vo= volume inicial da pata Vf = volume da pata após injeção da miotoxina ou salina O resultado final foi obtido subtraindo-se os valores controles (patas injetadas com salina) dos valores testes (patas injetadas com miotoxina). 2.6.Tratamentos Farmacológicos Para a caracterização da mediação química da hiperalgesia e do edema induzidos pela miotoxina BmTx, os seguintes tratamentos farmacológico foram utilizados: Prometazina (5 mg/kg), antagonista de receptor H1 de histamina, dissolvida em salina estéril e administrada por via i.pl., 30 minutos antes da miotoxina. Dexametasona (0,4 mg/kg), inibidor de fosfolipase A2, dissolvido em salina estéril e administrado via i.pl., 60 minutos antes da miotoxina. Indometacina (4 mg/kg), inibidor de ciclooxigenases, dissolvida em tampão TRIS 1M, ph 8, a 37 ºC e solução salina estéril. A concentração final do tampão TRIS foi de 10%. A indometacina foi administrada por via i.pl., 30 minutos antes da miotoxina. Meloxicam (400 µg/animal), inibidor de ciclooxigenase tipo 2, dissolvido em salina estéril e administrado por via i.pl., 20 minutos antes da miotoxina. 3.RESULTADOS Vo Vo 4

5 5 A miotoxina da serpente Bothrops moojeni nas doses de 1, 5 e 15µg/pata foi injetada nas patas posteriores direita dos animais. Ocorreu diminuição no limiar nociceptivo nas três doses empregadas em relação à medida inicial e quando comparada com o controle (salina). No gráfico 1, está demonstrado a relação entre as 3 doses utilizadas e o aumento da hiperalgesia A dose de 1 µg/pata apresentou um importante aumento do grau de hiperalgesia. Na dose 5 µg/pata a diminuição do limiar de dor ocorreu de forma mais acentuada com o passar das horas do que na dose de 1µg/pata. Já na dose de 15 µg/pata esse aumento foi maior na primeira hora e permaneceu relativamente constante nas horas 2, 3, 4.. Nesse mesmo gráfico pode ser observado que até na hora 2, com o aumento da dose aumentou-se o grau de hiperalgesia. Já nas horas 3, 4 e 5, somente a dose de 15 µg/pata não seguia esse padrão, sendo que na hora 3 essa dose determinou hiperalgesia menor que a da dose (5µg/pata). A administração da toxina na pata direita dos ratos também acarretou edema que foi observado nas três doses empregadas: 1, 5 e 15µg/pata. O controle foi realizado através da administração de salina na pata esquerda, não ocorrendo formação de edema. Nos grupos de 1, 5 e 15 µg/pata o edema máximo ocorreu 1 hora após a admistração. No de 1 µg/pata decaiu na hora 2, sendo que na hora 5 ele já estava ausente. No grupo de 5 µg/pata, também decaiu na hora 2, porém ficou presente até a hora 5; na hora 24 ele estava ausente. Já no grupo de 15 µg/pata permaneceu presente e constante da hora 2 até a hora 5 e também ficou ausente na hora 24. Esses dados podem ser observados no gráfico 2. 5

6 L(%) Hora(s) 1µg/pata 5µg/pata 15µg/pata Controle Gráfico 1: Comparação do percentual do limiar de dor (L) entre as diferentes doses administradas de BmTx. E(%) Hora(s) 1 µg/pata 5 µg/pata 15 µg/pata Controle Gráfico 2: Aumento percentual do volume da pata(e/edema) das diferentes doses de BmTx. Para os estudos subseqüentes foi estabelecido como controle positivo, em relação aos tratamentos, a dose de 5 µg/pata, em decorrência do fato dessa ter apresentado, melhores padrões em relação a hiperalgesia e edema. A dose de 1 µg/pata apresentou bom padrão de resultados em relação a hiperalgesia, porém o edema regredia rapidamente; já a de 15 µg/pata, apresentou os maiores valores relacionados ao edema (E máximo) como observado acima, porém um padrão de hiperalgesia similar ao verificado com o uso de 5 µg/pata (Gráficos 1 e 2), o que justificou a utilização posterior da dose citada acima. Conforme o gráfico 3, abaixo, na hora 1 todos os tratamentos farmacológicos foram eficientes, sendo a ordem decrescente de eficiência: dexametasona, prometazina, meloxicam e indometacina. Nas horas 2 e 3 todos continuaram eficientes, porém o mais eficiente passou a ser o meloxicam.. Já na hora 4 somente a indometacina foi ineficiente. Na hora 5, os tratamentos apresentaram comportamento similar ao controle (prometazina, meloxicam e dexametasona) ou menores (indometacina). Em relação ao aumento percentual do volume das patas (E), o gráfico 4 demonstra que o E máximo ocorreu na hora 1 nos grupos tratados com prometazina e dexametasona, porém menor que do controle, e decresceu na hora 2, permanecendo constante da hora 2 até a 4 e tornando-se ausente na hora 24. Em relação aos tratamentos com meloxicam e indometacina o E foi constante da hora 1 até a 4, sendo maior o primeiro e menor o segundo, quando comparados ao E do grupo controle; na hora 24 o edema relacionado a indometacina estava ausente e ao meloxicam estava presente (86,7%). 6

7 L(%) Prometazina Meloxicam Controle Hora(s) Dexametasona Indometacina Gráfico 3: Comparação entre os efeitos dos fármacos sobre o percentual do limiar de dor (L) induzida pela miotoxina BmTx (5µg/pata) L(%) Prometazina Meloxican Controle Hora(s) Dexametasona Indometacina Gráfico 4: Comparação do efeito dos tratamentos farmacológicos (prometazina, dexametasona, meloxicam e indometacina) sobre o aumento percentual das patas (E) induzido pela miotoxina BmTx (5µg/pata). 4.DISCUSSÃO As peçonhas das serpentes do gênero Bothrops induzem sérias reações locais caracterizadas por mionecrose, hemorragia, edema e dor intensa (Gutiérrez et al., 1986). A dor possui grande importância clínica e apesar disso, poucos estudos têm sido realizados com o objetivo de caracterizar a gênese desse fenômeno. Assim, o presente trabalho visou avaliar a dor e o edema desencadeados pela miotoxina BmTx da serpente B. moojeni, principal causadora de acidentes ofídicos em nossa região. Para avaliar a sensibilidade dolorosa, utilizou-se o teste de estímulo mecânico (pressão em gramas) na pata do rato, de acordo com o método descrito por Randall and Sellito (1957). Segundo Chacur (2000), esse método é empregado como modelo para avaliar hiperalgesia, que é caracterizada pela diminuição do limiar de dor. Além disso, por essas características, tal modelo é freqüentemente utilizado para o estudo de fármacos com atividade antiinflamatória e/ou analgésica periférica. Como relatado, a miotoxina BmTx, nas diferentes doses utilizadas (1, 5, 15µg/pata), induz hiperalgesia, uma vez que acarretou diminuição da força (em gramas) necessária para a indução da reação de retirada da pata, e edema após a administração intraplantar desses. Esses dados estão de acordo os obtidos por Gomes (2007) que trabalhou com a peçonha bruta e duas toxinas (com ação fosfolipásica A2 e proteolítica) da serpente B.moojeni e com os de Chacur (2000) que estudou o veneno da Bothrops asper (Vba), da B. jararaca e da miotoxina III (fosfolipase A2, variante Asp 49) isolada do veneno da B. asper. Também de acordo com Gomes (2007), a cinética da resposta edematogênica não foi semelhante à observada para o efeito hiperalgésico. Nas doses de 1 e 5µg/ pata o edema máximo, causado por essas, ocorreu na hora 1 reduzindo-se nas horas subseqüentes; na 7

8 8 dose de 15µg/ pata o edema permaneceu constante da hora 2 até a 5. Já a hiperalgesia acarretada na hora 1 não foi máxima em nenhuma das doses e essa foi aumentando, sendo o menor limiar nociceptivo detectado na hora 5 para as doses de 1 e 5µg/ pata e na hora 3 para a dose de 15µg/ pata. Tais dados sugerem que o desenvolvimento da hiperalgesia e do edema estão dissociados, conseqüentemente, parece que a dor causada pela miotoxina de B. moojeni não é conseqüência direta do aumento do volume da pata dos animais (edema). Os resultados ora apresentados sugerem a liberação de histaminas, uma vez que o pré-tratamento com antagonistas de receptores H1 da histamina interferiu na dor e formação do edema causados por todas as doses utilizadas da miotoxina. Tais dados diferem parcialmente daqueles obtidos por Chacur (2000), pois segundo o autor citado a hiperalgesia induzida pelos venenos de B. jararaca e B. asper não parece depender da liberação de histaminas, porém a induzida pela miotoxina III depende; o edema induzido pelo veneno de B. asper e pela miotoxina III também dependem e o da B. jararaca não possui relação. Tais resultados apresentados sugerem também o envolvimento de mediadores lipídicos na hiperalgesia e no aumento percentual do volume das patas desencadeados por BmTx, uma vez que a dexametasona reduziu a dor e o edema causados por essa. O efeito inibitório sobre fosfolipases A2 causado pela dexametasona, parece envolver a síntese de anexina-1 (Chacur, 2000). Segundo Flower (1994) a dexametasona é um potente inibidor da hiperalgesia induzida por carreginina, bradicinina e citocinas. Em relação ao veneno de B. jararaca, Teixeira et al. (1994) demonstraram que a resposta hiperalgésica também é inibida pela dexametasona. Essas evidências apontam para a importância da atividade fosfolipásica na gênese da dor acarretada pelos venenos botrópicos. A ciclooxigenase (COX) é a enzima conversora de ácido araquidônico em prostaglandinas (PG s ) e tromboxanos (TX s ). Pelo menos duas isoformas da COX já foram identificadas e detalhadamente estudadas; a COX-1, é constitutiva e está expressa na maioria dos tecidos, e a COX-2, que é uma forma induzível da enzima localizada principalmente nas células e tecidos envolvidos em processos inflamatórios, mas que também possui algumas funções constitutivas (Carvalho et al., 2004) O Meloxicam é um inibidor parcialmente seletivo da COX-2 e a indometacina é inibidor não seletivo da COX, portanto inibe simultaneamente COX 1 e COX-2. Ambos reduzem a inflamação. O pré-tratamento com o meloxicam interferiu na hiperalgesia, porém não interferiu no edema, pelo contrário agravou ainda mais o aumento percentual do volume da pata desencadeado pela miotoxina quando comparado ao controle (5 µg/pata). Já a indometacina, diminuiu o limiar de dor, até a hora 4, e o edema. Foi o tratamento que apresentou os melhores resultados relacionados ao edema. Em seu trabalho Chacur (2000) sugere que os produtos da COX não contribuíram de modo significante com os fenômenos da hiperalgesia e do edema induzidos pela Vba e pela miotoxina III. Já nos estudos relacionados a enzima fosfolipase A2 (Bmoo-PLA2) extraída do veneno de B. moojeni de Gomes (2007) houve influência. Na presente pesquisa essa influência ficou ambígua, já que o pré-tratamento com meloxicam foi eficaz apenas na hiperalgesia e o com indometacina na hiperalgesia (somente até a hora 4) e edema. Isso pode sugerir que os inibidores não seletivos de COX são mais eficientes do que os seletivos sobre os efeitos hiperalgésico e edematogênico da miotoxina de B. moojeni testada no presente modelo. 8

9 9 5.CONCLUSÕES Em conjunto, os dados apresentados indicam que a miotoxina BmTx da serpente de B. moojeni é capaz de induzir edema e hiperalgesia e que o uso de alguns fármacos (prometazina, dexametasona, meloxicam e indometacina), foi eficaz na redução tanto da hiperalgesia quanto do edema até a hora 4 após a inoculação da miotoxina. 6.AGRADECIMENTO Financiamento FAPEMIG/UFU. 7.REFERÊNCIAS Aguiar, G.F; Fan. H.V.; Cardoso, D.F.; Cury, Y.; Farsky, S.H.P. Efficacy of bothropic antivenom events induced by Bothrops jararaca venom on microcirculation. Intravital microscopic stuffy. In: V Simósico da Sociedade Brasileira de Toxinologia, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil, Arroyo, O.; Rojas, G.; Gutiérrez, J. M. Envenenamiento por mordedura de sepiente en Costa Rica en 1996: epidemiologia y consideraciones clínicas. Acta Med. Costarric., 41: 23-29, Bolaños, R. Las serpientes venenosas de Centroamérica y el problema del ofidismo. Primera parte. Aspectos zoológicos, epidemiológicos y biomédicos. Rev. Costarric. Cienc. Med., 3: , Brent, J., Wendy, S., Enid S.,. A novel 25 kda protein from the venom of Bitis arietans with similarity to C-type lectins causes fibrinogen-dependent platelet agglutination. Toxicon, 46, , Brites, V. L. C.; Bauab, F. A. Fauna ofidiana do município de Uberlândia, Minas Gerais- Brasil. In: Ocorrência na área urbana, Cardoso, J.L.C.; Fan, H.W.; Franca, F.O.S.; Jorge, M, T.; Leite, R.P.; Nishioka, S.A; Avila, A.; Sano-Martins, I.S.; Tomy, S.C.; Santoro, M.L.; Chudzinski, A.M.; Castro, S.B.; Kamiguti, A.S.; Kelen, E.M.A.; Hirata, M.H.; Miranadola, R.M.S.; Theakston, R.D.G.,; Warrell, D.A. Randomized comparative trial of three antivenoms in the treatment of envenoming by lance-headed vipers (Bothrops jararaca) in São Paulo, Brasil. Q.J.Med.,86: ,1993. Carvalho, W.A.; Carvalho R.D.S.; Santos, F.R.; Analgésicos inibidores específicos da ciclooxigenase-2: avanços terapêuticos. Revista brasileira de anestesiologia, vol.54. no. 3 Campinas, Chacur, M. Mediação química da hiperalgesia induzida pelos venenos de serpentes Bothrops jararaca e Bothrops asper e por uma miotoxina com atividade de fosfolipase A2 isolada do veneno de B. asper.dissertação (mestrado).- Instituto de Ciência Biomédicas da Universidade de São Paulo, São Paulo, Chaves, F.; Barbosa, M.; Gutiérrez, J. M. Pharmacological study of edema induced by venom of the snake Bothrops asper (terciopelo) in mice. Toxicon, 33: 31-39,

10 10 Chaves, F.; Léon, G.; Alvarado, V. H.; Gutiérrez, J. M. Pharmacological modulation of edema induced by Lys-49 and Asp-49 myitoxic phospholipase A2 isolated from the venom of the snake Bothrops asper (terciopelo). Toxicon, 36 (12): , Coetzer, P.W and Tilbury, C.R. The epidemiology of snakebite in northern Natal. S. Afr. Med., 62 (7): , Domingos, M.O. Resposta immune humoral em pacientes acidentados por Botrhops spp e biodistribuição e neutralização do veneno de B.jararaca em camundongos. In Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Farsky, S. H.; Walber, J.; Costa-Cruz, M.; Cury, Y.; Teixeira, C. F. Leukocyte response induced by Bothrops jararaca crude venom: in vivo and in vitro studies. Toxicon, 35 (2): , Flower, R. J.; Rothwell, N. J. Liporcortin-1: cellular mechanisms and clinical relevance. Trends Pharmacol. Sciences, 15: 71-76, Gomes, M. S. Avaliação da hiperalgesia induzida pela peçonha bruta e por duas toxinas isoladas (com ação proteolítica e fosfolipasica A2) da serpente Bothrops moojeni. Monografia de gradução em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Gutiérrez, J. M.; Rojas, E.; Lomonte, B.; Gené, J. A.; Cerdas, L. Comparative study of the edema-formation activity of Costa Rican snake venoms and its neutralization by a polyvalent antivenom. Comp. Biochem. Physiol., 85C: , Gutiérrez, J. M.; Lomonte, B. Local tissue damage induced by Bothrops snake venoms. Mem. Inst. Butantan, 51: , Kamiguti, A.S., Hay, C.R.M., Theakston, R.D.G., Zuzel, M. Insights into the mechanism of haemorrhage caused by snake venom metalloproteinases. Toxicon 34, , 1996 Liu, C.S.; Chen, J.M.; Chang, C.H.; Chen, S.W.; Teng, C.M.; Tsai, I.H. The amino acid sequence and properties of an edema-inducing Lys-49 phospholipase A2 homolog from the venos of Trimeresurus mucrosquamatus. Biochem. Biophy. Acta, 1077 (3): , Randall, L.; Sellito, J.J. A method for measurement of analgesic activity on inflamed tissues. Archa. Int. Pharmacodyn., 113: , Rosenfeld, G.; Kalen, E. M. Measurement of the coagulation activity of snake venoms: importance to scientific research and therapeutic application. Rev. Paul. Med., 77 (4): , Saúde, M. D. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peconhentos. Fundacão Nacional de Saúde, Storer, T. I.; Usinger, R. L.; Stebbins, R. C.; Nybakken, J. W. Zoologia Geral. 6ª edição. São Paulo, Editora Nacional. (Biblioteca Universitária, Série 3, Ciências Puras; v. 8,1995. Teixeira, C. F. P.; Cury, Y.; Oga, S.; Jancar, S. Hyperalgesia induced by Bothrops jararaca venom in rats: role of eicosanoids and platelet activating factor (PAF). Toxicon, 32 (4): , Evaluation of hyperalgesia and edema induced by BmTx: myotoxin from Bothrops moojeni (CAIÇACA). 10

11 11 Laura Carneiro Matoso Nunes Canabrava 1. Álvaro Carneiro Matoso Nunes Canabrava 2. Fábio de Oliveira 2. Hudson Armando Nunes Canabrava 2. Abstract: This study aimed to characterize the hyperalgesia and edema caused by the snake myotoxin BmTx Bothrops moojeni and test the effects of some drugs on these events. The miotoxin in doses of 1, 5 and 15 µ g / leg led decrease in nociceptive threshold and edema when compared to the original measure and control (saline). The administration of prometazine (5 mg / kg), dexamethasone (0.4 mg / kg), meloxicam (400 µ g / animal) and indomethacin (4 mg / kg) was effective in reducing both the hyperalgesia as the edema to 4 hours after inoculation of myotoxin. Together, the data presented indicate that the snake miotoxina BmTx of B. moojeni is able to induce edema and hiperalgesia and that the use of some drugs (prometazine, dexamethasone, indomethacin and meloxicam) was effective in reducing both the hyperalgesia as the edema by the hour 4 after the inoculation of myotoxin. Key words: myotoxin, Bothrops moojeni, hyperalgesia, edema. 11

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