MAIS PESCA E AQÜICULTURA
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- Carla Bayer Borges
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1 MAIS PESCA E AQÜICULTURA Plano de Desenvolvimento Sustentável Uma rede de ações para o fortalecimento do setor
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4 PRODUÇÃO DE PESCADOS UMA GRANDE OPORTUNIDADE PARA O BRASIL Diante do crescimento do consumo dos alimentos e do aumento dos preços no mundo, o Brasil tem a condição de desenvolver a pesca e a aqüicultura para produzir um alimento nobre e saudável, o pescado. Assim, também é uma grande oportunidade de aumentar o emprego e a renda para pescadoras e pescadores brasileiros. Os pescadores artesanais são responsáveis hoje por cerca de 60% da pesca nacional, o que representa mais de 500 mil toneladas por ano. Essa produção é resultado da atividade de mais de 600 mil trabalhadores em todo o país. Apesar da grandeza dos números, este setor ainda se encontra com baixa escolaridade, enfrenta condições precárias de trabalho e conta com pouca infra-estrutura para o beneficiamento e venda do pescado. 04
5 Essa situação começou a mudar a partir de 2003, com a definição de uma estratégia estruturante para o setor. O Brasil hoje produz mais de um milhão de toneladas/ano de pescado, gerando um PIB pesqueiro de R$ 5 bilhões, ocupando 800 mil profissionais entre pescadores e aqüicultores e gerando 3,5 milhões de empregos diretos e 05
6 indiretos. O potencial de crescimento é enorme e o Brasil pode se tornar um dos maiores produtores mundiais de pescado. PRODUÇÃO NACIONAL DE PESCADO PRODUÇÃO (TONELADAS) 1,000, , , , , , , , , ,000 0 Previsão: 1,43 milhão de toneladas em ANO PESCA AQÜICULTURA O país possui condições extremamente favoráveis para o incremento da produção. São 10 milhões de hectares de lâmina d água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no interior do Brasil, sendo que nosso país representa 13,7% do total da reserva de água doce disponível no mundo, além do potencial das grandes bacias hidrográficas para produção de pescados, principalmente pela aqüicultura. Temos 8,5 mil km de costa marítima, com uma Zona Econômica Exclusiva de 4 milhões de quilômetros quadrados, o que significa metade do território nacional. Uma variada gama de ambientes interiores e costeiros, entre estuários, represas, açudes, rios, baías e enseadas, contribui para o potencial de expansão da aqüicultura no Brasil. Além disso, o país dispõe de clima favorável para o crescimento dos organismos cultivados e inúmeras espécies nativas com potencial para o cultivo, entre peixes, moluscos, crustáceos, algas, répteis e anfíbios. Temos também potencial de crescimento da pesca oceânica na nossa 06
7 Zona Econômica Exclusiva e em águas internacionais, como a pesca de atum, anchoita e outros. O mercado é muito promissor. A FAO projeta um aumento do consumo mundial para 2030 dos atuais 16 kg/habitantes/ano para 22,5 kg/habitantes/ano. Isso representará um aumento de consumo de mais de 100 milhões de toneladas/ano. Além disso, o Brasil tem um grande potencial de mercado. São 190 milhões de brasileiros que hoje consomem 7 kg/habitantes/ano. Enfim, a produção de pescado é uma grande oportunidade para o Brasil produzir uma proteína nobre e gerar milhões de postos de trabalho, emprego e 07
8 renda e fazer isso de forma sustentável somente aproveitando o vasto território de águas que o Brasil tem.temos espaço, clima e espécies, condições para ser um dos maiores produtores de pescado cultivado no mundo. Recuperar estoques pesqueiros na costa brasileira e nas águas continentais, desenvolver a pesca oceânica e o grande potencial da aqüicultura brasileira em águas da União e em estabelecimentos rurais são os objetivos do Mais Pesca e Aqüicultura Plano de Desenvolvimento Sustentável ( ). Para isso, prevê investimentos importantes, focados na superação dos entraves para o desenvolvimento sustentável do setor aqüícola e pesqueiro. Estruturar a cadeia produtiva é o grande desafio para garantir aumento e regularidade de oferta, qualidade e renda aos pescadores e aqüicultores e com um preço acessível aos consumidores. 08
9 PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA AQÜICULTURA E DA PESCA O Governo Federal, com a participação do setor produtivo e a sociedade civil organizada, elaborou o Mais Pesca e Aqüicultura Plano de Desenvolvimento Sustentável. O objetivo deste plano é promover o desenvolvimento sustentável do setor pesqueiro e aqüícola, articulando todos aqueles envolvidos com a pesca e a aqüicultura, consolidando uma política de Estado com inclusão social e contribuindo para a segurança e soberania alimentar do Brasil. O plano Mais Pesca e Aqüicultura tem as seguintes diretrizes: Consolidar uma política de Estado O reconhecimento da importância deste setor para o desenvolvimento econômico do Brasil em bases sustentáveis requer uma política de Estado. Isso se expressa no fortalecimento das políticas públicas definidas, criando uma estabilidade institucional e garantindo a continuidade das políticas. A definição de programas estruturantes da cadeia produtiva, a ampliação de investimentos, a criação de um quadro de pessoal próprio e, principalmente, a concepção de gestão que articula toda a atividade, desde a produção, passando pela transformação até a comercialização, são passos significativos para consolidar a política de pesca e aqüicultura no Brasil. Os acordos de cooperação técnica com governos estaduais e outros órgãos do Governo Federal promovem parcerias e integram as instituições no desenvolvimento sustentável da pesca e da aqüicultura. Inclusão social A cidadania e a melhoria de renda e qualidade de vida de pescadores e pescadoras são o foco dessa política. A elevação da escolaridade, a capacitação e qualificação do pescador se revestem em ação afirmativa, promotora de inclusão social de cerca de 600 mil famílias que sobrevivem da pesca artesanal. 09
10 É preciso aprofundar o processo de valorização da pesca e da cultura das populações tradicionais, assegurando os direitos dessas populações e considerando o reconhecimento de suas diversidades culturais. A aqüicultura familiar se coloca também como uma alternativa e uma oportunidade de emancipação e promoção da autonomia de milhares de trabalhadores, gerando emprego, aumentando a renda e promovendo a qualidade de vida. Estruturação da cadeia produtiva A articulação de todas as etapas da cadeia produtiva (produção, transformação e comercialização) requer além de um forte envolvimento do setor no processo de produção, a implantação de políticas de fomento e de desenvolvimento da atividade. A pesquisa, o crédito, o ordenamento e a fiscalização são algumas das necessidades para essa estruturação. A busca da qualidade do pescado e de um preço competitivo requer o incremento contínuo da oferta de produtos pesqueiros e a regularização da oferta em períodos de entressafra. Condições essas inerentes à implantação de programas estruturantes. Fortalecimento do mercado interno Com todo o potencial brasileiro para a produção de pescado, o seu consumo ainda é baixo. É preciso aproximar o produtor do consumidor. O incentivo ao consumo do pescado deve ser uma ação permanente e ter foco na educação e na qualidade de vida. Sustentabilidade ambiental O Brasil pode ser referência mundial na aliança do desenvolvimento com a sustentabilidade ambiental. O contínuo aprimoramento tecnológico e a garantia 10
11 de recuperação dos estoques pesqueiros, além do investimento na aqüicultura familiar são alguns dos pilares dessa nova referência. O aumento significativo da produção é possível com o desenvolvimento sustentável da aqüicultura. A cessão de uso das águas da União já é uma realidade de incentivo ao cultivo de pescados junto aos pequenos e médios produtores rurais e comunidades tradicionais, garantindo o princípio da precaução e a aplicação de tecnologias e espécies adequadas ao nosso país. Territórios A partir de uma abordagem estruturada na dimensão territorial, são obtidas informações, considerando estatísticas, base de dados regionais e informações locais que facilitam o processo de tomada de decisões de forma participativa, de monitoramento e de orientações gerais para o setor. Assim, é possível planejar, dinamizar e implementar mecanismos de fomento e desenvolvimento de regiões potenciais para a inclusão das atividades da pesca e da aqüicultura. Na organização territorial são levadas em conta as potencialidades, vocações e características socioculturais. 11
12 Organização do setor A participação social é um método de atuação do Governo Federal e deve ser desenvolvida com o objetivo de transformá-la em parte integrante da política de Estado para a pesca e aqüicultura. O fortalecimento do Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca (CONAPE) amplia e qualifica todas as instâncias colegiadas e participativas e assegura a participação social no processo de gestão dos espaços e recursos pesqueiros e dos empreendimentos, por meio do estímulo e fortalecimento das organizações. UMA REDE DE AÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DO SETOR Infra-estrutura e logística Para melhorar a qualidade e o acesso ao pescado e aumentar a renda do pescador/produtor, é preciso criar uma rede de estruturas voltadas para o desenvolvimento socioeconômico do setor pesqueiro e aqüícola. Estão previstas várias ações de recuperação, ampliação e manutenção das unidades integrantes da cadeia produtiva, como os Terminais Pesqueiros Públicos, Centros Integrados da Pesca Artesanal e da Aqüicultura, trapiches, entrepostos e estruturas isoladas como fábricas de gelo e unidades de beneficiamento. Terminais Pesqueiros Públicos (TPPs): Implantação de estruturas para otimização da recepção e das atividades de movimentação, armazenagem, beneficiamento, comercialização e escoamento de pescado e de mercadorias relacionadas, objetivando o controle e o atendimento à produção pesqueira e aqüícola nacional de forma integrada e tecnologicamente adequada. Meta para 2011: 20 Terminais Pesqueiros Públicos novos e/ou reestruturados. 12
13 Centros Integrados da Pesca Artesanal e da Aqüicultura (CIPARs): Implantação de uma rede estratégica e regionalizada de infra-estrutura de pequeno e médio porte, incluindo a capacitação e qualificação profissional dos pescadores e aqüicultores para o desenvolvimento e o bom funcionamento das cadeias produtivas aqüícola e pesqueira. Uma rede integrada, que contribua com a organização da produção aqüícola e pesqueira nacional e promova o aproveitamento integral e diversificado do pescado, a agregação de valor e a qualificação inclusive sanitária de produtos e subprodutos de pescado. Meta para 2011: 120 CIPARs implantados. Linhas de crédito Articulação e potencialização das linhas de crédito disponíveis ao setor. Envolvendo as diversas organizações de poder locais, regionais e estaduais e instituições creditícias, deflagrar amplas e democráticas ações de crédito para o desenvolvimento da atividade aqüícola e pesqueira. Principais linhas de crédito: Pronaf; Fundo Constitucional de Financiamento do Norte FNO (exclusivo para a região Norte); Fundo Constitucional do Nordeste FNE Aqüipesca (exclusivo para a região Nordeste); FCO Rural; Finame Especial; Moderagro II (Aqüicultura); Prodecoop; Proger Rural Programa de Geração de Emprego e Renda Rural; Custeio Pecuário Tradicional (Aqüicultura e Atividade Pesqueira de Captura Conservação, Beneficiamento ou Industrialização do Pescado). Meta para 2011: Aumento em até 200% de contratos de crédito assinados. Profrota Pesqueira Programa que tem por finalidade apoiar a aquisição, construção, conversão e modernização de uma frota pesqueira oceânica nacional. É fundamental para ampliar a participação da pesca oceânica de espécies com capacidade para serem exploradas, como o atum, e a consolidação do aproveitamento 13
14 sustentável das capturas dos estoques pesqueiros na Zona Econômica Exclusiva brasileira e em águas internacionais. Meta para 2011: 300 projetos atendidos. Assistência técnica e extensão pesqueira e aqüícola A rede nacional integrada de assistência técnica e extensão aqüícola e pesqueira é orientada para a capacitação e a integração de técnicos, agentes multiplicadores e conselhos regionalizados. A apropriação participativa de experiências e a sistematização e difusão de tecnologias eficientes e sustentáveis e de metodologias baseadas em protocolos de boas práticas de manejo e manuseio são relacionadas à otimização e ao fortalecimento das cadeias produtivas da aqüicultura e pesca. Meta para 2011: 400 mil pescadores e aqüicultores atendidos. Formação profissional A dificuldade de acesso à alfabetização e à qualificação profissional é um dos grandes impeditivos para o desenvolvimento do setor. A educação básica deve ser vista como um requisito mínimo e direito de todos os trabalhadores. A formação profissional de nível médio também é uma demanda urgente para o desenvolvimento das atividades da pesca e aqüicultura. Nesta perspectiva está o Pescando Letras, projeto de alfabetização dos pescadores, e a ampliação dos cursos de aqüicultura e pesca nas escolas técnicas. Metas para 2011: 50 mil matrículas no Proeja Pesca; 2 mil matrículas em Cursos Técnicos; 100 mil pescadores alfabetizados pelo projeto Pescando Letras. Incentivo ao associativismo e cooperativismo Para organizar a cadeia produtiva é preciso que o pescador e o aqüicultor estejam organizados. A produção em pequena escala hoje já é responsável 14
15 pela maior parcela da produção de pescado no Brasil. A organização do setor por meio do associativismo e do cooperativismo tem a condição de estruturar a cadeia produtiva, reduzir os custos da produção, aumentar a qualidade do pescado, agregar valor e melhorar a renda. Meta para 2011: 200 organizações apoiadas. Subvenção ao óleo diesel marítimo A equalização dos custos de forma que o combustível tenha o preço equiparado aos preços internacionais é o objetivo do programa. Os estados isentam o ICMS, o Governo Federal subvenciona o óleo em até 25%. Esse programa estende-se também aos pescadores artesanais. Meta para 2011: Ampliar o benefício aos pescadores artesanais e atender à demanda existente. Incentivo ao consumo de pescados Com tanto potencial de produção deste alimento nobre, o brasileiro ainda consome abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para estimular o aumento, a qualificação e a diversificação do consumo no mercado interno é preciso uma ação educativa de divulgação de suas qualidades. Usar estratégias articuladas de capacitação de profissionais que atuam na manipulação do pescado, divulgando as boas práticas de manipulação e técnicas de comercialização. Além disso, desenvolver políticas que facilitem a distribuição comercial do pescado, promover a oferta direta de pescados por produtores/pescadores aos consumidores finais. Semana do Peixe: É realizada anualmente como forma de estimular o consumo e orientar os consumidores sobre como adquirir um pescado de qualidade. Meta para 2011: Aumentar o consumo do pescado para 9 kg/habitantes/ano. 15
16 Feira do Peixe: Aquisição de equipamentos de infra-estrutura para comercialização em feiras livres e mercados públicos para pescadores artesanais e aqüicultores familiares. Fortalecimento das entidades que serão beneficiadas com os módulos de comercialização tanto na sua organização, como na sua capacitação. Meta para 2011: Adquirir 500 módulos de Feira do Peixe. Pescado na alimentação escolar: Capacitação das merendeiras para a manipulação de pescados e dos conselheiros da alimentação escolar, bem como de pescadores artesanais e aqüicultores familiares. Além de qualificar a refeição oferecida aos estudantes a partir de um alimento que faz parte de seus hábitos alimentares, a capacitação tem ainda a vantagem de dinamizar a economia nas comunidades pesqueiras e aqüícolas. Para incentivar a inclusão do peixe nas refeições escolares, os integrantes dos conselhos municipais de alimentação escolar, merendeiras, pescadores e piscicultores receberam orientações sobre as normas estabelecidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para a aquisição de alimentos, sobre boas práticas de manejo (incluindo cuidados sanitários no manuseio e conservação de pescado) e sobre economia solidária. Meta para 2011: Implantar o programa em todos os estados da Federação, em parceria com os governos estaduais e municipais. Ordenamento, monitoramento e controle da atividade A sustentabilidade ambiental da atividade demanda a recuperação dos estoques pesqueiros e a conservação dos ecossistemas. A centralidade que a responsabilidade ambiental ocupa nas políticas públicas de pesca e aqüicultura ainda não foi suficiente para equacionar o passivo ambiental herdado. É preciso avançar na implementação de políticas de desenvolvimento sustentável, ordenando atividades que impactam o meio ambiente, de sorte a assegurar a conservação dos recursos naturais e a resolução de conflitos. É necessário efetivar o ordenamento, monitoramento e controle da atividade pesqueira e aqüícola objetivando a criação, implementação e manutenção de mecanismos 16
17 de avaliação e controle social das ações governamentais, promovendo as atividades produtivas e garantindo a sustentabilidade socioeconômica e ambiental, e o acompanhamento e fortalecimento das cadeias produtivas da aqüicultura e da pesca. Seguro Defeso: Política estratégica que protege as espécies e garante renda aos pescadores. Destina-se ao pagamento do benefício ao pescador profissional que exerce suas atividades de forma individual ou em regime de economia familiar, durante o período de reprodução das espécies, quando fica impedida a pesca. Meta para 2011: Universalização do acesso aos pescadores que capturam espécies controladas. Desenvolvimento sustentável da aqüicultura O fortalecimento da cadeia produtiva aqüícola, considerando sua diversidade, gera aumento da produção, proporciona inclusão social, contribuindo para o incremento da renda e da oferta de emprego. Aqüicultura em águas da União: A regulamentação do uso dessas águas para criação de peixe e outros organismos aquáticos é um instrumento de inclusão social e possibilita que milhares de moradores de comunidades tradicionais (ribeirinhos, pescadores artesanais, assentados e agricultores familiares) tenham acesso, de forma gratuita, a um lote de água para produção por um período de até 20 anos. No caso de projetos de maior porte, as áreas são concedidas por meio de cessão onerosa. Meta para 2011: 40 reservatórios demarcados e títulos de cessão entregues; 13 estados com os Planos Locais de Desenvolvimento da Maricultura (PLDMs) definidos. Aqüicultura em estabelecimentos rurais: Promoção de formas específicas de fomento à aqüicultura e transferência de tecnologias de cultivo adequadas para produção de peixes, camarões, entre outros. 17
18 Apoiando-se na extensão e no acesso ao crédito, proporciona condições para a implantação de infra-estruturas de produção e agregação de valor e estabelece mecanismos de continuidade na atividade produtiva. Ainda prevê a criação de um modelo de desenvolvimento sustentável da carcinicultura envolvendo pescadores artesanais e pequenos produtores familiares. Metas para 2011: 27 mil famílias atendidas; hectares de viveiros implantados. Sanidade Aqüícola: À medida que a atividade aqüícola cresce, surge a necessidade de medidas de sanidade aos organismos aquáticos cultivados para controlar os fatores de risco de transmissão e disseminação de enfermidades. A estruturação de um sistema eficiente de controle da sanidade possibilita o desenvolvimento da aqüicultura segundo os princípios internacionais de biossegurança. O mecanismo adotado é a da articulação interinstitucional com os órgãos públicos, universidades e instituições de pesquisa e de sanidade animal para implementar sistemas de controle epidemiológico, promover treinamento, capacitação e qualificação de profissionais e apoiar a implantação e o funcionamento de estruturas voltadas à pesquisa e ao monitoramento de enfermidades de organismos aquáticos. Meta para 2011: Sistema de controle de sanidade aqüícola estruturado e implantado nos 27 estados da Federação (âmbito nacional). Adoção de princípios internacionais e códigos de condutas responsável para a aqüicultura sustentável: A adoção de princípios internacionais e de códigos de conduta responsável, por meio da disseminação de Boas Práticas de Manejo (BPM) e certificação, promove o desenvolvimento sustentável da aqüicultura, com conseqüente mitigação de impactos ambientais e de conflitos. O propósito é desenvolver um sistema de certificação, edição e publicação de materiais, promoção de eventos para a disseminação de informações e de práticas sustentáveis de aqüicultura. Metas para 2011: Sistema de certificação desenvolvido; Princípios Internacionais da Aqüicultura e Código de Conduta Responsável difundidos em todas as unidades da Federação. 18
19 Gestão estratégica da informação aqüícola e pesqueira Para a tomada de decisões coordenadas com efetividade e eficiência é imprescindível a qualidade da informação com mecanismos de sistematização e difusão. A apresentação de informações consistentes resulta em política pública mais adequada. Uma série de ações para a gestão da informação é necessária como o recadastramento da frota pesqueira nacional, o Registro Geral da Aqüicultura e Pesca, o monitoramento da atividade pesqueira no litoral, o censo aqüícola e pesqueiro; o rastreamento das embarcações pesqueiras e a consolidação da estatística pesqueira nacional, assim como o desenvolvimento de pesquisas estratégicas. Estatística Pesqueira e Aqüícola: O Sistema Nacional de Informações da Pesca e Aqüicultura (SINPESQ), elaborado para todo o território nacional contempla as perspectivas das águas continentais, costeiras e marinhas. Esse sistema integra os bancos de dados de diversas instituições governamentais das esferas federal, estaduais e municipais que têm interface com a pesca e aqüicultura, além da cooperação com instituições de pesquisa para análises dos aspectos pertinentes aos pescadores e à cadeia produtiva. Esse sistema deve ser alimentado com dados socioambientais, educacionais e culturais das comunidades envolvidas nas atividades de pesca e aqüicultura, sendo, ao final, sistematizados e publicados. Metas para 2011: Estatística pesqueira consolidada anualmente Registro Geral da Pesca: O Registro Geral da Pesca (RGP) é o instrumento que permite às pessoas físicas e jurídicas o exercício das atividades relacionadas à pesca e aqüicultura. Inclui-se aí o registro e o permissionamento de embarcações pesqueiras, pescadores profissionais, pescadores amadores/ esportivos, aqüicultores, aprendizes de pesca, armadores de pesca, indústrias aqüícolas e pesqueiras e empresas de comércio de animais aquáticos vivos. Meta para 2011: Registro Geral da Pesca modernizado e atualizado. 19
20 Programa de Rastreamento das Embarcações por Satélite (PREPS): O PREPS permite o acompanhamento das pescarias realizadas na Zona Econômica Exclusiva brasileira, contribuindo para a exploração sustentável dos recursos pesqueiros. Este Programa tem por finalidade o monitoramento, a gestão pesqueira e o controle das operações da frota pesqueira permissionada pela SEAP/PR, além de o potencial para melhorar a segurança dos pescadores embarcados. Metas para 2011: Adesão total de embarcações industriais (1.200); adesão de barcos iguais ou maiores de 12 metros de comprimento embarcações monitoradas. Pesquisa: A delimitação e definição das potencialidades e vocações da aqüicultura e pesca nos diferentes biomas; pescarias experimentais e de prospecção de estoques; o aproveitamento da fauna; o desenvolvimento de novas tecnologias adequadas a cada atividade tanto de produção como de captura e beneficiamento, por meio das instituições de pesquisa e com a construção do programa nacional para o desenvolvimento responsável da aqüicultura e pesca. Fortalecer a participação brasileira na política internacional de aqüicultura e pesca 20
21 MACROINDICADORES Macroindicador Situação atual Situação pretendida (2011) Postos de trabalho 3,5 milhões 5 milhões Consumo 7 kg/hab/ano 9 kg/hab/ano Produção da pesca ton ton Produção da aqüicultura ton ton Produção total de pescado (anual) ton ton ORÇAMENTO : R$ 1,75 BILHÃO Investimentos (R$) Infra-estrutura aqüícola e pesqueira ,00 Modernização da frota pesqueira (equalização de juros) ,00 Assistência técnica, capacitação, cooperativismo e associativismo ,00 Pesquisa e estudos técnicos ,00 Subvenção econômica ao preço do óleo diesel ,00 Ordenamento, monitoramento e estatística pesqueira ,00 Promoção comercial e divulgação do setor ,00 Estudos e demarcação de parques aqüícolas em águas da União ,00 Total ,00 21
22 ÓRGÃOS PARCEIROS Banco da Amazônia Banco do Brasil Banco do Nordeste Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES Casa Civil da Presidência da República Caixa Econômica Federal Ministério da Ciência e Tecnologia FINEP Financiadora de Estudos e Projetos CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento CONAB Companhia Nacional de Abastecimento Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério das Cidades Ministério da Justiça Ministério das Comunicações Ministério da Defesa Marinha do Brasil Ministério do Desenvolvimento Agrário Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério da Educação FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Ministério da Integração Nacional Ministério do Meio Ambiente IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ANA Agência Nacional das Águas ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Ministério de Minas e Energia Petrobras Petróleo Brasileiro S.A. Eletrobrás Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Itaipu Binacional Furnas Centrais Elétricas S.A. Chesf Companhia Hidro Elétrica do São Francisco Eletronorte Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. Eletrosul Centrais Elétricas S.A. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão SPU Secretaria do Patrimônio da União IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Ministério da Saúde Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária Secretaria Especial de Portos Secretaria de Planejamento de Longo Prazo Ministério do Trabalho e Emprego Ministério do Turismo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Ministério das Relações Exteriores 22
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24 Esplanada dos Ministérios bloco D CEP Brasília/DF Telefone: (61) Fax (61) comunicacao@seap.gov.br Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca
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