Modernidade e pós- modernidade
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- Milena Bardini Coelho
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1 Modernidade e pós- modernidade O fim da modernidade ou uma outra modernidade? Modernidade e capitalismo: coincidências e contradições. Crise e (re)encantamento: um novo romantismo
2 GIDDENS:...como primeira aproximação... o termo modernidade refere-se a modos de vida e de organização social que emergiram na Europa cerca de século XVII e que adquiriram, subsequentemente, uma influência mais ou menos universal.
3 Modernidade um termo abreviado para a sociedade moderna, ou a civilização industrial (GIDDENS) sociedade moderna: Talcott Parsons (Sociological Theory and Modern Society) mudança social, modernização, desenvolvimento. civilização industrial = sociedade insdustrial Clark Kerr, Industrialism and Industrial Man (1964); Labor and Management in Industrial Society (1972) sociedade pós-insdustrial Alain Touraine, La Société post-industrielle (1969) Daniel Bell, The Coming of the Post-Industrial Society (1973)
4 Daniel Bell, The End of Ideology: On the Exhaustion of Political Ideas in the Fifties, A tese central em The End of Ideology argumenta que as diferenças ideológicas se atenuarão à medida que as nações beneficiam da experiência social da modernização. Isto ocorre porque a crescente abundância fornece os recursos necessários às necessidades sociais mais prementes que têm sido o primeiro objectivo dos governos: assegurar sustentação económica e segurança. Para além disso, a complexidade crescente das sociedades industriais desenvolvidas conduz a uma estrutura social mais diferenciada, a padrões mais complexos das relações económicas e sociais, e a mais interacções entre os membros da classe política.
5 sociedade pós-insdustrial Daniel Bell, The Coming of the Post-Industrial Society (1973) A sociedade industrial é um conceito que abarca experiências de uma dezena de países diferentes e ajusta-se a sistemas políticos de sociedades tão antagónicas como os Estados Unidos e a União Soviética. A sociedade industrial está organizada em torno do eixo da produção e do maquinismo para a fabricação de bens; por contraste, a sociedade pré-industrial depende das fontes de trabalho naturais e a da exploração dos recursos primários da natureza. ( ) Mas, quando utilizada estaticamente, a expressão sociedade industrial, como a de capitalismo, é enganadora, porque não existem formas sociais fixas. Assim como o capitalismo das grandes empresas e dos gestores do século XX se distingue amplamente do capitalismo familiar dos séculos XVIII e XIX, também a sociedade industrial do século XX, com a sua dependência da tecnologia e da ciência, se diferencia da sociedade manufactureira dos últimos dois séculos. ( ) nos próximos trinta ou cinquenta anos veremos a emergência do que designei por sociedade pós-industrial.
6 A condição pós-moderna Jean-François Lyotard, La Condition postmoderne : rapport sur le savoir (1979) Nossa hipótese de trabalho é que o estatuto do conhecimento se alterou à medida que as sociedades entraram na que é conhecida como a era pósindustrial e as culturas entraram no que é conhecido como a era pós-moderna. Esta transição está em curso desde pelo menos o final da década de 1950, o que para a Europa, assinala a conclusão da reconstrução. O ritmo é mais rápido ou mais lento, dependendo do país, e dentro dos países varia consoante o sector de actividade: a situação geral é de disjunção temporal que faz esboçar um panorama difícil.
7 Pós-modernidade: o fim ou a crítica da modernidade? A pós-modernidade enquanto crítica de algumas tendências da modernidade e do movimento moderno. FOUCAULT Eu penso que a questão central da filosofia e do pensamento crítico desde o século XVIII sempre foi, continua a ser, e será, espero eu, a seguinte: o que é a Razão que nós usamos? Quais são as sias consequências históricas? Quais são os seus limites, e quais são os seus perigos. Tal como Max Horkheimer e Theodor Adorno, Michel Foucault acredita que a racionalidade moderna é uma força coerciva, mas onde aqueles se focam na colonização da natureza, e na subsequente repressão da existência física e social, Foucault concentra-se na dominação do indivíduo pelas instituições sociais, dos discursos, e das práticas. Para Foucault, desde o século XVIII que se processa uma autêntica explosão discursiva com vista a limitar e disciplinar o comportamento humano. A tarefa do Iluminismo foi a de multiplicar o poder político da razão e difundi-lo através do campo social até ao mais ínfimo espaço do quotidiano e da intimidade.
8 Pós-modernidade: a expressão cultural da sociedade pós-industrial O estudo de LYOTARD sobre as transformações das características do conhecimento a condição pós-moderna parte explicitamente da premissa de uma sociedade na qual o conhecimento se tornou na principal força da produção e a computadorização da sociedade é entendida como a realidade subjacente. Por outras palavra, Lyotard aceita, tal como se torna claro pelas suas referências bibliográficas, o pensamento de Bell, Nora e Minc e outros teóricos da sociedade da informação pós-industrial.
9 Pós-modernidade: a expressão cultural da sociedade pós-industrial A síntese de David Harvey, The Condition of Postmodernity (1989) 1.Na arquitectura, o pós-modernismo prefer o estilo popular e vernacular de Las Vegas às concepções modernistas de Manhattam. 2.Na filosofia, contesta-se o legado do Iluminismo e a sua fé nos poderes da tecnologia, ciência e da razão. O pós-marxismo e o pós-estruturalismo. 3.O pós-modernismo revela-se pela fragmentação, pela efemeridade e pela descontinuidade, preferindo a diferença à uniformidade. 4.A crítica das metalinguagens, da metanarrativa ou das metateorias, a partir das quais todas as coisas podem ser associadas, representadas ou explicadas. 5.Enfâse no local, no particular, nas explicações parciais, na micro-política das relações de poder. 6.Crítica do iluminismo moderno, favorecendo as múltiplas lutas locais e autónomas pela libertação ( small is beautifull ). 7. Desconstrucionismo (Derrida), a vida cultural é vista enquanto textos entrecruzados. 8.A personalidade esquizofrénica, entendida como sentido fragmentado da identidade.
10 A crítica da Pós-modernidade Capitalismo tardio e a crítica de pós-modernidade A. GIDDENS: alta modernidade U. BECK: sociedade de risco A. GIDDENS, U. BECK, S. LASH modernidade reflexiva Z. BAUMAN: modernidade líquida J. HABERMAS: modernidade tardia
11 Modernidade reflexiva Giddens (1991): Em vez de estarmos a entrar num período de pós-modernidade, estamos a alcançar um período em que as consequências da modernidade estão a tornarse mais radicalizadas e universalizadas do que antes... Não vivemos ainda um universo social pós-moderno, mas podemos ver mais do que uns poucos relances da emergência de novos modos de vida e de organização social... A reflexividade da vida social moderna consiste no facto de que as práticas sociais são constantemente examinadas e reformadas à luz de informação renovada sobre estas próprias práticas, alterando assim constitutivamente o seu caráter.
12 Sociedades Tradicionais (pré-modernas) Sociedades da Primeira Modernidade Instituições e estruturas sobrepõem-se à acção Sociedades de Modernidade Tardia ou Reflexiva Primazia da acção sobre as estruturas estruturas comuns estruturas colectivas primazia da acção Estruturas particulares e concretas formadas em torno do nós : família alargada, Igreja comunidade Sociedade integrada horizontal e verticalmente Sociedade de linhagem organizada em ordens Pessoas integradas na comunidade local- Espacialidade concreta. Siginificados partilhados Processos de desencaixe --- Nós abstracto Indivíduos atomizados Classes sociais Partidos, ideologias Espacialidade, temporalidade e materialidade, são transferidas para as estruturas colectivas Burocratização impessoal interesses/necessidades/ aspirações partilhados Motor da mudança: estruturas Motor da mudança: individuação e acção - O indivíduo como agente que reflete autonomamente e monitoriza a própria vida Reflexividade estrutural: actor social reflete sobre as estruturas Redes de flexibilidade Individualização e distinção Pluralidade de estilos de vida Comunicações Novas tecnologias Compressão do espaço / tempo Conhecimento auto-organizadas narrativas pessoais sociedade de risco e globalização do risco
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