CURCEP. PROFª Drª CAMILA M PASQUAL ALUNO(A) A ÚLTIMA QUIMERA 1 ANA MIRANDA A AUTORA

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1 CURCEP PROFª Drª CAMILA M PASQUAL ALUNO(A) A ÚLTIMA QUIMERA 1 ANA MIRANDA A AUTORA Ana Miranda nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1951, e mudou-se para o Rio de Janeiro aos quatro anos de idade. Em 1959 foi para Brasília, ao encontro de seu pai, engenheiro, que trabalhava na construção da cidade, onde ele viveu até De volta ao Rio de Janeiro, prosseguiu os estudos de artes. Iniciou a vida literária com os livros de poesia. Anjos e demônios (1979) e Celebrações do outro. A escritora pode ser considerada renovadora do romance histórico brasileiro, pois em seus livros traz à luz o sentimento vivo do passado, os elementos líricos, psicológicos e dramáticos, lacunas que permaneciam nos documentos e arquivos trazidos da penumbra do tempo. Além de revelar a clara intenção de valorizar autores brasileiros que, por um ou outro motivo, foram negligenciados e esquecidos pelos críticos e pelo público leitor. Ana Miranda continua escrevendo artigos, ensaios e resenhas críticas para jornais e revistas, roteiros de cinema, além de trabalhar na edição de originais, pesquisa e organização de publicações. Colabora com a revista Caros amigos, escrevendo artigos. Foi escritora visitante da Universidade de Stanford, e ainda faz palestras e leituras em universidades e instituições culturais de diversos países. Hoje vive numa praia de seu Estado natal. OBRAS E TEMAS O primeiro romance da autora, Boca do Inferno (1989), foi publicado com grande repercussão no Brasil e no exterior. A obra é uma recriação literária do Brasil colonial, cujos personagens centrais são o poeta Gregório de Matos e o jesuíta Antônio Vieira. Em O retrato do rei ela focaliza a Idade do Ouro do Brasil. Sem pecado, uma ficção contemporânea, foi editado em A autora publicou, em 1995, o romance A última quimera, sobre o poeta Augusto dos Anjos, ambientado no Rio de Janeiro, da Belle Époque. Desmundo, retomando a linguagem do século 16, conta a história de órfãs mandadas de Portugal ao Brasil para se casarem com os colonos. Esta obra foi adaptada para o cinema. Na novela Clarice, a personagem é a escritora Clarice Lispector. O romance Amrik fala sobre os imigrantes libaneses em São Paulo. Dias & Dias, publicado em 2002, é uma narrativa clara e simples que, reproduzindo a linguagem do Romantismo, focaliza a vida do poeta Gonçalves Dias. A ÚLTIMA QUIMERA O que eu encontro dentro de mim é uma coisa sem fundo, uma espécie aberratória de buraco na alma, e uma noite muito grande e muito horrível em que ando, a todo instante, a topar comigo mesmo, espantado dos ângulos de meu corpo e da pertinácia perseguidora de minha sombra. Este desabafo do personagem Augusto dos Anjos, ilustra como Ana Miranda, com sua rara habilidade de trazer até o presente o sentimento vivo do passado, debruça-se neste livro sobre a biografia e a obra de Augusto dos Anjos ( ), que surpreendeu o mundo literário de seu tempo ao misturar a objetividade do cientificismo com os mais profundos sentimentos do ser humano. 1 s.f. Sonho; resultado da imaginação que tende a não se realizar. Mitologia. Monstro mitológico caracterizado por possuir cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente. Zoologia. Peixes. Aspecto comum aos peixes do gênero Chimaera, da família dos quimerídeos, de cabeça curta e corpo mais espesso ao centro, com extremidades mais afinadas. Sinônimo de quimera: devaneio, fantasia, ficção, ilusão, imaginação, sonho e visão 1

2 Na obra, a autora parte dos próprios versos e cartas de Augusto a sua adorada mãe para recompor a atmosfera soturna de sua obra e o itinerário dramático de sua vida, desde a infância no Engenho do Pau d'arco até os últimos dias na cidade mineira de Leopoldina. Abre-se assim para o leitor a vida cheia de frustrações e fracassos do poeta paraibano cujo valor literário só foi reconhecido após sua morte. Quando ele publicou sua única obra, Eu, as opiniões se dividiram, houve polêmica, mas ninguém chegou realmente a compreender a profundidade de sua mensagem. No título da obra é clara a referência ao poema extremamente pessimista "Versos íntimos", de Augusto dos Anjos, em especial aos versos "Vês / Ninguém assistiu ao formidável / Enterro de tua última quimera". O ESPAÇO Em A última quimera a autora privilegia o espaço: o romance começa e termina focalizando a cidade do Rio de Janeiro. Particularmente notável, neste livro, é a evocação do Rio de Janeiro, onde o poeta atravessou anos cruciais de seu desenvolvimento. Ali, naquela época de transição, quando os primeiros automóveis disputavam as ruas com os tílburis puxados a cavalo, ainda se faziam sentir os últimos suspiros da belle époque sensual e boêmia. Por esse cenário tumultuado, onde ousados projetos de reurbanização da Capital conviviam com disputas políticas e literárias que magnetizavam toda a população, desfilam personagens reais e fictícios, surpreendidos nos momentos mais significativos. E é nesse contexto inusitado que emerge, como contraponto ao drama de Augusto, a figura ímpar de Olavo Bilac. Definida como romance histórico, a obra de Ana Miranda retrata o Rio de Janeiro, centro de acontecimentos históricos de relevância nacional, em um de seus mais conturbados e interessantes momentos, o final do século XIX e primeiros anos do XX. Capital do país, palco de transformações que o abalaram, porto de chegada das novidades europeias e passando pelas modificações provocadas pelo processo de urbanização, a cidade é a escolhida pelo poeta Augusto dos Anjos, que abandona sua província natal para, no Rio de Janeiro, tentar realizar seus sonhos. A Revolta da Chibata, o governo de Hermes da Fonseca, a influência política de Rui Barbosa, a Primeira Guerra Mundial, tanto quanto os preços das passagens de trem e os primeiros automóveis circulando pela cidade, recebem o mesmo cuidado na transposição do referente externo para a ficção. É por esse Rio de Janeiro dos boêmios, da Livraria Garnier, das confeitarias, das rodas que se diziam literárias e nem sempre o eram e, principalmente, da forte influência parisiense que Augusto dos Anjos não será compreendido. Não fará parte dos verdadeiros clãs que determinavam a moda a ser seguida pelos demais, inclusive em termos de literatura. Nos textos da autora, a reconstrução histórica do período em que o poeta viveu é extremamente fiel aos fatos, entre os quais se destacam: As disputas políticas do período republicano: Uma turbamulta no Catete desfilou aos berros e, diante do palácio, se fizeram discursos incendiários, pedindo a volta de Deodoro. [...] Floriano, que morava na Piedade, ouvindo as notícias dos tumultos, calçou seus sapatos e correu para o campo, a pé mesmo. [...] Mandou prender um monte de gente, inclusive José do Patrocínio, Pardal Mallet e Olavo Bilac. [...] Havia mais de uma dúzia de jornalistas presos. [...] Cinco meses depois, Bilac foi posto na rua, [...] A Revolta da Chibata: Logo que chegaram ao Rio de Janeiro, Augusto e Esther assistiram pela janela do sobrado à sublevação da marinhagem. Podiam ver os couraçados parados no mar; os canhões [...] durante a revolta ficaram assestados sobre diversos pontos da cidade, como o Catete, o Senado, o Arsenal da Marinha, para a qualquer momento bombardeá-la, [...] Os marinheiros queriam que fossem abolidos os castigos corporais chibata e outros [...] A modernização do Rio de Janeiro: No cais Mauá atravesso uma multidão de operários, passo a passo sob o molhe de ferro galvanizado e ondulado, [...] sentindo o cheiro delicioso do café nas sacas empilhadas; [...] a fumaça que sai dos navios enegrece o ar, [...]. Ao passarmos na avenida o tílburi toma uma incrível velocidade, cruzando com outros veículos também rápidos, [...] Peço ao cocheiro que vá mais devagar. Ele conta que uma chuva alagou parte da cidade, [...] Depois reclama da 2

3 quantidade de automóveis e carros tirados a cavalos ou burros, [...] já existem mais de duzentos automóveis licenciados na cidade, ele lamenta. Citam-se, ainda, o duelo entre Olavo Bilac e Raul Pompéia, e a onipresente influência francesa. Paris é também cenário para o romance de Ana Miranda, pois o narrador, em visita à cidade, segue Olavo Bilac pelas ruas, até uma igreja. A cena, como é recorrente na narrativa, aproxima-os, na medida em que, sendo ambos parte do furor francês de influir culturalmente no mundo inteiro, consideram imprescindível, fundamental à vida e qualquer pessoa, visitar a França. Entretanto, ao mesmo tempo em que o narrador parece reiterar essa necessidade de estabelecer um vínculo coma metrópole francesa, também diz da suprema solidão que experimentou lá, do quanto se sentiu diferente dos parisienses e principalmente do quanto tudo diferia do Rio de Janeiro. "Ninguém sorria para mim. Ninguém tinha aquela mania provinciana de reparar no corte de cabelo, do sapato (...); na província um sorriso mais generoso era sempre motivo de murmúrios, olhares enviesados. Nada disso acontecia em Paris". O resultado é um panorama vivo de um dos momentos mais fascinantes de nossa história, numa narrativa instigante e memorável. PERSONAGENS O NARRADOR/PERSONAGEM É conhecida a cena de um de seus raros admiradores que leu um soneto de Augusto dos Anjos a Olavo Bilac e recebeu a resposta desdenhosa: "É este o seu grande poeta?" O "raro admirador" foi transformado em narrador por Ana Miranda. O nome de tal admirador é desconhecido e, no romance, o nome do narrador não nos é revelado em nenhum momento. Ficamos sabendo que ele é apaixonado por Esther, é amigo de infância de Augusto dos Anjos, tem vários encontros com Olavo Bilac e possui uma chácara em Botafogo, na qual vive com Camila, uma doente tuberculosa e quase adolescente. O narrador/personagem é poeta e frequenta a casa de Augusto e Esther com assiduidade. Mesmo com as mudanças rotineiras do casal, ele mantém-se sempre em contato. Com a morte de Augusto, tem esperanças de conquistar Esther que, entretanto, acaba casando-se com um professor do grupo escolar de Leopoldina, conhecido como Caboclinho. Preterido por Esther, ele consola-se com Camila: "Mas estou feliz com Camila. Nunca mulher alguma tratou-me com tanto amor e respeito, até mesmo adoração. Perdoou-me por tê-la abandonado. Livrou-se da tuberculose, embora viva sempre presa a cuidados especiais". O ponto de vista, a partir do qual é narrado o romance A última quimera, é o deste amigo e companheiro de infância e adolescência de Augusto dos Anjos. Este aspecto compromete a narrativa na medida em que temos acesso aos fatos somente a partir de um eu determinado, cujas emoções, opiniões e principalmente obsessão interferem diretamente na narrativa. Temos um narrador que foi contemporâneo de Augusto dos Anjos, de modo que os olhos que se voltam tanto para este personagem quanto para uma parcela de nosso passado histórico e literário são de alguém que vivenciou aquela época, que não tem, portanto, o privilégio do conhecimento futuro. A morte do amigo desencadeia no narrador todo o processo. Envolto pela emoção causada pela morte prematura de Augusto é que toda a história vai sendo construída. De modo ambíguo, delineia-se a relação entre esses dois personagens, já que, com nossa visão apenas parcial dos fatos, apenas podemos especular sobre os verdadeiros sentimentos que os unem. Parece mais coerente que falemos numa obsessão, já que se mesclam sentimentos que vão da quase idolatria do narrador em relação a Augusto, até a mais mesquinha inveja, passando pela piedade. AUGUSTO DOS ANJOS Incompreendido em seu tempo e quase miserável (como herança à família deixou pouco mais que os exemplares encalhados de seu único livro), o poeta paraibano foi um dos raros escritores a transpor o abismo entre as expressões literárias do final do século e a explosão do Modernismo. Sua obra permanece viva, não apenas nos manuais de literatura, mas nos poemas que se incorporaram à memória popular. Muito já se disse sobre o homem e o poeta Augusto dos Anjos. Suas cartas pessoais foram publicadas, várias biografias foram escritas, muitos estudos críticos sobre os poemas 3

4 também foram feitos e sua própria obra poética em si nos diz algo a respeito da genialidade do artista. Por outro lado, persiste a imagem do incompreendido pela sua época, do miserável, do pobre coitado, feio, magro demais, com fama de excêntrico e louco. O título do romance evidencia a intenção da autora em construir sua obra a partir de um dos poemas mais famosos de Augusto, "Versos íntimos", o que também esclarece de início o posicionamento dela diante do agora personagem Augusto dos Anjos: prevalecerá, ao longo do texto, a visão pessimista da vida, o descrédito em relação ao ser humano. O romance de Ana Miranda poderia ser definido como a transposição para a prosa desse já antológico texto de Augusto dos Anjos, cujos versos "Vês! Ninguém assistiu ao formidável / Enterro de tua última quimera." nos remetem ao caminho escolhido pela autora para nos conduzir ao universo literário e particular do poeta do Eu. Toda a narrativa é desencadeada pela morte de Augusto e a consequente necessidade que sente o seu amigo de infância e narrador de comparecer ao enterro, o enterro da última quimera, o momento final de Augusto na Terra. Cercado pela ingratidão, a famosa pantera, o poeta encontrou algum respeito e dignidade em Leopoldina, mas morreu logo em seguida. Terrivelmente pessimista, o poema "verso íntimos" exemplifica a visão que o poeta tinha da vida. OLAVO BILAC Este é outro personagem que se destaca no romance. O narrador estabelece um contraponto entre os dois poetas e entre as escolas que os dois representam: o Simbolismo e o Parnasianismo, mostrando fragmentos de poemas de ambos, acompanhados de comentários a respeito de suas produções e sobre algumas características dessas escolas literárias. O Olavo Bilac de Ana Miranda tem interesses particulares e não coletivos em todas as questões nas quais se envolveu. Teve lugar de destaque entre a intelectualidade aceita como tal, teve espaço garantido na imprensa, teve enfim sucesso nem sempre por seus próprios méritos. Contou com certos empurrõezinhos, às vezes, dados por ele mesmo. As ironias que ajudam a compor o personagem colaboram para a necessidade de se repetir sobre a mitificação de algumas figuras históricas, não apenas literárias. Por isso, ao contrário do modelo idealizado que ele representava na época, o personagem em questão é tão humano quanto qualquer um de nós. Suas virtudes e seus defeitos, seus atos nobres e vis fazem parte de sua constituição. Nem melhor nem pior do que o personagem Augusto dos Anjos, Olavo Bilac é apenas diferente, individualizado, o que não nos impede de perceber um certo maniqueísmo 2 na construção dos dois. Essa complexidade do personagem se revela principalmente quando o narrador, de forma onisciente, coloca-nos diante dos últimos dias de Bilac. Paralelamente à sua glória, temos a sua solidão, sal luta contra a bebida, sua doença, seu sofrimento enfim. É perceptível que nesse momento ele está mais próximo do que nunca de Augusto. A morte e a dor os deixam nas mesmas condições. Famosos, respeitados, frustrados ou sem nada disso, o fim é o mesmo. Na morte eles se equivalem, mas a vida, vale dizer a sociedade, continua marcando a diferença entre os dois. ESTHER Esther, a esposa de Augusto, e por quem o narrador é apaixonado, é uma representante típica do mundo feminino do final do século. Sua aparente fragilidade física, que contribui para lhe conferir certo ar de mistério, de distanciamento, aproxima-a das heroínas românticas, o que não é difícil explicar, se lembrarmos que a obra é narrada em primeira pessoa e que esse narrador, permanentemente enlevado, idealiza-a ao extremo: "Esther está em seu pedestal, sobre-humana e clássica. se penso em alguma intimidade com ela, é possuído pela santificação e funda reverência diante do sagrado ato da reprodução humana que preserva nossa espécie. Esther também é uma deusa que habita minha alma, e que não possui nenhum caráter demoníaco". Coerente com o modo de vida de sua época, Esther limita-se a cuidar da casa e dos filhos, não sem grandes sofrimentos, devido aos constantes problemas financeiros do marido. Instruída e inteligente, poderia dar aulas particulares para colaborar no orçamento doméstico, mas é impedida pelo orgulho de Augusto. Para agravar a situação, acaba sendo vítima de dois 2 Filosofia dualística que divide o mundo entre bem, ou Deus, e mal, ou o Diabo. Com a popularização do termo, maniqueista passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do bem e do mal 4

5 abortos, o que, além das consequências psicológicas, físicas e financeiras, decepciona seu marido e a família deste, pois nesse sentido Esther não consegue cumprir suas obrigações de mulher. Augusto, vindo de uma família numerosa, sonhara ter nove filhos, a esposa só consegue lhe dar dois. Segundo Iaiá, irmã d Augusto, Esther não era mulher para ele. Ela gostava de festas, teatro, alegria, enfim, o que parecia ser bastante raro em sual vida de casada. Para o narrador, ela se casara com Augusto seduzida por sua inteligência, mas sugere também que uma gravidez precipitara a decisão. De todo modo, o casamento não agrada à família dele, que não acha que Esther seja capaz de cuidar dele, função social que lhe era atribuída, como a qualquer pessoa. O silêncio, tão típico dela, seu recolhimento desaparecem após a morte do marido. Se na presença dele ela sequer permanecia na sala quando recebiam visitas, viúva, ela conversa com desenvoltura com o narrador, de certo modo toma a iniciativa de convidá-lo a entrar já que ele, mais uma vez, hesitava. Recebe-o na cozinha, com intimidade, revelando o quanto seu espaço, seu poder de decisão, eram restritos na presença do marido. O tom bastante pessoal dessa conversa, em que Esther expressa sua dor e relata os últimos dias de vida do poeta, é conseguido por Ana Miranda ao utilizar como fonte a carta que Esther Fialho dos Anjos escreveu à sogra, dando essas informações. A personagem revela o desejo de escrever à mãe do marido, temendo ser considerara negligente durante a doença dele. Apesar dessa aparente maior liberdade, Esther passa a sentir o que significa ser uma mulher sozinha, com dois filhos para cuidar, numa cidade em que tem também que enfrentar o peso de ser "a viúva do poeta" que "se tornara a atração do momento", o que condiciona duplamente seu comportamento. Sem poder trabalhar, é obrigada a se desfazer dos móveis que possuíam e contar com a solidariedade dos moradores de Leopoldina. Seu segundo casamento, mesmo depois de nove anos de viuvez, gera comentários maldosos. O narrador, sempre apaixonado por ela, lamenta-se que não tenha sido com ele o casamento. Ele crê que o escolhido por Esther tenha sido o professor, colega de Augusto, com quem ele duelara verbalmente em Leopoldina, numa tentativa de ambos para impressioná-la, já que reconheciam o poder de sedução da inteligência quando se tratava de conquistar uma mulher como ela. Não sabemos muito dessa personagem, a não ser o que é possível perceber através do olho e das lembranças do narrador, do que sempre temos uma leve desconfiança, tamanha é a obsessão dele em relação a ela. Apesar disso, aí está Esther, um dos fortes motivos condutores da vontade do narrador em comparecer ao enterro do amigo. CORDULA ou DONA MOCINHA A mudança de Esther e do marido para o Rio de Janeiro é explicada pelo anseio em deixar a província, conhecer a capital, participar das oportunidades culturais e especialmente literárias que só uma cidade maior poderia oferecer. Apesar de isso ser explicitado no texto, há também a insinuação de que uma mulher seria a responsável não só pela ida dos dois para o Rio de Janeiro, como também pela promessa do poeta de jamais voltar à Paraíba. Essa mulher seria a mãe de Augusto, com quem ele parece ter tido uma relação doentia. Presente na narrativa apenas através das lembranças ou informações de outros personagens, Cordula, ou Dona Mocinha, como era chamada, exercia um poder assustador sobre o filho, que lhe mandava cartas semanais dando conta de tudo que lhe acontecia e aguardando notícias: "Quando demorava a chegar uma carta de sua mãe, Augusto se tornava inquieto, fumava cigarrilhas de cânfora ou eucalipto para evitar um ataque de asma, tomava banho de água muito fria, falava a cada instante na falta de notícias, temeroso de significar alguma doença, ou mesmo a morte, de sua adorada mãe". Dominadora, Cordula teria tomado providências drásticas e até cometido um crime para manter a vida do filho de acordo com a sua vontade. Ela teria demitido uma empregada do engenho, por quem Augusto se encantara. Como o filho teimosamente deu continuidade aos encontros, Cordula teria mandado alguns homens baterem na moça, que, grávida, acabaria morrendo. Descrita como uma mulher de personalidade forte e feroz na conduta de toda a família, ela é caracterizada também como uma louca: "Uma semana antes de Francisca viajar, sua mãe quebrou as louças da casa, e os vidros das janelas; rasgou as roupas dos filhos, como fazia antigamente, quando moravam no engenho. Pobre Dona mocinha. Gritava de noite, tinha pesadelos, uivava feito um cão do mato". 5

6 Entretanto, não era privilégio de sua mãe agir de modo tão incomum. Havia ainda na família Acácio, irmão mais novo de Cordula, que "vivia solitário, trancado em seu quarto (...), sem jamais aparecer à janela, que mantinha fechada, e sem abrir a porta para quem quer que fosse (...). Dizem que Acácio saia furtivamente nas noites sem lua, embrenhava-se nos canaviais e uivava como um cão triste, retornando para o quarto antes do amanhecer". CAMILA Esta personagem, mesmo quando ausente, representa uma força poderosa, quase um fardo pesado na vida do narrador. Camila é uma jovem paraibana que se apaixonara pelo narrador quando ainda na província. Ele ia casar-se com Marion Cirne, irmã dela. Camila tem uma existência suspensa, ficcionaliza uma vida para si, é quase uma personagem se si mesma. Considerada morta por todos que a conheciam, passa a viver com o homem que ama, sem que ninguém da família saiba, de uma forma romântica, idealizada. Chamada pelo narrador de "uma triste dama das camélias, sem regeneração porque não houve pecado", passa seus dias em casa, na cama, tossindo, lendo jornais e romances, sofrendo as intermináveis esperas pelo amado, que nem sempre sabe o que fazer com ela. O narrador a caracteriza como frágil e romântica, alguém cujos "dedos estavam sempre sangrando, era desconfortável vê-la puxar com os dentes os fiapos de unha e arrancar as peles das cutículas, como um coelho faminto, um esgar 3 sardônico 4 na boca". Colaborando com o estereótipo da heroína romântica, é tísica, inspira cuidados, está sempre próxima da morte e sabe se utilizar de toda essa fragilidade para manter o homem que ama por perto. Atormentado pela imagem dela escarrando sangue, o narrador a sente o tempo todo por perto, como um fantasma. Afastar-se de Esther e passar a ter uma vida menos atribulada, mais caseira e menos boêmia, ao lado de Camila, especialmente porque ele não precisa se esforçar muito para ser amado por ela, ajuda-o a encontrar um pouco de sossego. TESTES 01. Leia o poema a seguir, que deu origem ao título da obra de Ana Miranda. VERSOS ÍNTIMOS Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão esta pantera Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! A leitura do poema permite-nos afirmar que: a) Augusto dos Anjos demonstra extremo cuidado formal na construção de seus poemas, o que faz com que seja considerado um dos expoentes do Parnasianismo, no Brasil. 3 Careta, cocoete, trejeito do rosto. 4 diz-se do riso forçado e sarcástico, que podia a crer nos antigos, ser produzido pela sardônia. 6

7 b) Para Augusto dos Anjos, o ideal feminino repousa no modelo da mulher submissa, dedicada ao lar e à educação dos filhos, o que faz com que ele, em versos simples e coloquiais, expresse seus sentimentos em relação à mulher, sempre idealizada. c) O autor faz um desabafo até com certo sarcasmo em relação ao modo como sempre foi tratado por todos e ao modo como as pessoas em geral se tratam. Pouco ou nada importa o drama do outro, especialmente se ele nada tem a nos oferecer. d) O lirismo do poeta revela-se em poemas reflexivos sobre as relações com o sexo feminino ou em poemas sensuais, descritivos, em que celebra o prazer do amor físico. e) O sentimento que Augusto dos Anjos revela nesses versos está ligado aos temas sociais e nacionalistas que tanto o ocuparam em sua vida pública. 02. Avalie as seguintes proposições a respeito de A última quimera, de Ana Miranda. 1. O narrador/testemunha narra em 1ª pessoa, mas é um "eu" já interno à narrativa, que vive os acontecimentos aí descritos como personagem secundária que pode observar, desder dentro, os acontecimentos, e, portanto, dá-los ao leitor de modo mais direto, mais verossímil. 2. Como testemunha, o ângulo de visão do narrador é mais amplo, pois ele pode contar tanto os fatos que vê, ouve e dos quais participa, como o que ele observa. Ele pode também lançar mão de hipóteses, questionamentos, pois consegue saber perfeitamente o que se passa na cabeça dos outros personagens. 3. A intertextualidade e a metaficção perpassam todo o romance e podem ser observadas e comprovadas em várias passagens do enredo. O entrecruzamento de vários discursos encontra-se marcado pela presença das cartas que são assimiladas e transformadas em diálogos e também pelos textos de autoria de Augusto dos Anjos que são incorporados à matéria narrada. 4. A última quimera enquadra-se nos moldes do romance histórico tradicional, busca reavaliar a recepção crítica de Augusto dos Anjos em sua época e destaca sua importância dentro da Literatura Brasileira, convidando críticos e leitores a ler sua obra com um novo olhar, corroborando as críticas severas que o poeta recebeu no passado, numa clara atitude de desvalorização do escritor e de sua obra. Estão corretas apenas as proposições: a) 1 e 2 e 3; b) 2 e 3; c) 1 e 3; d) 1, 3 e 4; e) 2 e (UFRS) Augusto dos Anjos é autor de um único livro, Eu, editado pela primeira vez em Outras Poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Considerando a produção literária desse poeta, pode-se dizer que: a) Foi recebida sem restrições no meio literário de sua época, alcançando destaque na história das formas literárias brasileiras. b) Revela uma militância político-ideológica que o coloca entre os principais poetas brasileiros de veio socialista. c) Foi elogiada poeticamente pela crítica de sua época, entretanto, não representou um sucesso de público. d) Traduz a sua subjetividade pessimista em relação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário técnico-científico-poético. e) Anuncia o Parnasianismo, em virtude das suas inovações técnico-científicas e de sua temática psicanalítica. 04. Avalie as seguintes observações críticas sobre os personagens de A última quimera, de Ana Miranda. 1. Os personagens Augusto dos Anjos e Olavo Bilac não diferem dos oficializados pela crítica, o que a autora faz é humanizá-los, de forma que perde a importância procurar um culpado para o descaso com que Augusto é tratado. 7

8 2. Por inúmeras contingências, inclusive pela produção de uma arte mais dentro dos padrões da moda da época, Olavo Bilac conseguiu, ainda vivo, o que Augusto só obteve depois da morte. 3. Não há o herói da história, como não há o bandido, há dois homens tentando conseguir reconhecimento para o talento que ambos possuíam. 4. Tanto os sucessos quanto as fraquezas dos dois nos são mostrados, com um radical maniqueísmo, como nas cenas dos enterros, e isso chega a comprometer a verossimilhança da narrativa. Estão corretas as observações das alternativas: a) 2, 3 e 4; b) 1, 3 e 4; c) 1, 2, 3 e 4; d) 1, 2 e 4; e) 1, 2 e É correto afirmar que Augusto dos Anjos foi o poeta do: a) pessimismo aliado à ciência que acusava a degradação humana mediante associações e comparações com processos químicos e biológicos; b) cientificismo triunfante que, aliado à ideia de progresso, marcou boa parte da lírica contemporânea nos primeiros anos da República; c) pessimismo acusatório que denunciou o latifúndio e a política oligárquica, reproduzindo na poesia as preocupações e temas de Lima Barreto; d) esteticismo que depurava a forma de seus sonetos à perfeição, sem jamais fazer concessões a temas considerados prosaicos ou de mau gosto; e) cientificismo militante disposto a abranger temas como o cálculo algébrico, a crítica literária e arquitetura para retirar o caráter subjetivo da poesia. 06. A respeito de Ana Miranda e do romance A última quimera, podemos afirmar que: a) Ana Miranda é uma das escritoras que se tem dedicado a escrever obras que os críticos denominam romances metalinguísticos; b) as características da obra em questão, permitem-nos considerá-lo como um romance autobiográfico, e analisar as semelhanças que se estabelecem entre Augusto dos Anjos e Olavo Bilac; c) por meio da análise deste romance, é possível verificar como se efetiva o processo de releitura e reinterpretação da evolução social e econômica da sociedade brasileira; d) nos seus livros, a história do Brasil, a vida e as produções de romancistas e poetas brasileiros converteram-se em matéria ficcional; e) A última quimera é uma obra de caráter híbrido, ou seja, mistura ao discurso filosófico o histórico e o político. 07. Leia o poema a seguir de autoria de Augusto dos Anjos. VERSOS A UM COVEIRO Numerar sepulturas e carneiros, Reduzir carnes podres a algarismos, Tal é, sem complicados silogismos, A aritmética hedionda dos coveiros! Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros, Na progressão dos números inteiros A gênese de todos os abismos! Oh! Pitágoras da última aritmética, Continua a contar na paz ascética Dos tábidos carneiros sepulcrais Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros, Porque, infinita como os próprios números, A tua conta não acaba mais! 8

9 Sobre o texto NÃO podemos afirmar que: a) o rigor formal que estrutura o poema se expressa pela forma clássica do soneto (14 versos, 2 quartetos, 2 tercetos); b) O emprego de termos técnicos racionaliza a morte, tratada como realidade objetiva, quantificável, sem mistificação. Tal perspectiva se sustenta no sentimentalismo e subjetivismo da tradição romântica; c) foram empregadas métrica e rimas regulares, com predominância de versos decassílabos; d) nos quartetos as rimas obedecem ao esquema abba rimam as últimas palavras do primeiro e quarto versos e as do segundo e terceiro versos e nos tercetos, o esquema é aab; e) o poema faz uso de palavras e expressões do campo semântico da matemática ( algarismos ; silogismos ; aritmética ; progressão dos números inteiros ; Pitágoras ) e da biologia ( Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros ). 08. Leia o poema a seguir, que inicia a obra A última quimera, de Ana Miranda: Na madrugada da morte de Augusto dos Anjos, caminho pela rua, pensativo, quando avisto Olavo Bilac saindo de uma confeitaria, de fraque e calça xadrez, com bigodes encerados de pontas para cima e pincenê 5 de ouro se equilibrando nas abas do nariz. A partir do texto, podemos afirmar que: a) Ana Miranda criou um narrador quimérico para relatar as "fortunas e adversidades" do poeta Augusto dos Anjos; b) a obra insere-se na linhagem intimista da ficção de 1930, por coincidência e por influência, principalmente de Clarice Lispector; c) nesta obra a autora se volta para seus mitos, dá vazão ao inato transcendentalismo, colocando-se a par dos grandes poetas do idioma; d) o narrador parece convocar para dentro da narrativa tudo quanto lhe constituíra o mundo original, incluindo personagens primitivos e justiceiros; e) num tom entre a reportagem, a crônica, o diário e a autobiografia, o autor cultiva a linguagem coloquial sem recuar diante da gíria e do palavrão desbocado. 09. Leia o poema abaixo, de Augusto dos Anjos, e assinale a afirmativa INCORRETA. Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme este operário das ruínas Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! a) O elemento verme, que aparece no poema como sinônimo de morte, revela os traços modernistas de Augusto dos Anjos. O poeta usa com frequência a imagem do verme para 5 Óculos sem haste, preso ao nariz por uma mola. 9

10 refletir sobre a inutilidade da vida humana, cujo único fim é servir de alimento a este operário das ruínas. b) A expressão filho do carbono e do amoníaco, presente no primeiro verso do poema, revela a preocupação do sujeito lírico em tentar definir o eu, o qual, na poesia de Augusto dos Anjos, figura como um mistério originado a partir da fusão de todas as energias do universo. c) O vocabulário científico presente no poema carbono, amoníaco, epigênese ainda que lembre o evolucionismo naturalista, revela a problemática existencial, que se afasta do cientificismo, na medida em que revela uma profunda angústia diante da fatalidade humana. Tal aspecto pode ser observado nas duas últimas estrofes, o que nos permite aproximar Augusto dos Anjos da poesia simbolista. d) Os dois últimos versos da primeira estrofe, Sofro, desde a epigênese da infância,/ A influência má dos signos do zodíaco, tematizam a miséria da existência humana desde o momento de sua constituição elementar, epigênese. O homem, assim, se encaminha, gradativamente, para a destruição implacável, para a frialdade inorgânica da terra, habitada apenas pelo verme. e) O título do poema, Psicologia de um vencido, sintetiza a vivência de asco e horror do eulírico diante de um mundo doente, profundissimamente hipocondríaco. Tal asco pode ser observado pelo contraste estabelecido entre o eu e o mundo nos três últimos versos da segunda estrofe: Este ambiente me causa repugnância.../ Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia/ Que se escapa da boca de um cardíaco. EPÍGRAFE A obra começa antes da chamada parte um, com uma epígrafe em espanhol, chave para o jogo que a autora estabelece entre seu texto e os textos de Augusto. A epígrafe escolhida traz algumas informações sobre o significado da palavra quimera, busca as mais antigas referências a esse vocábulo e as modificações que o seu significado foi sofrendo ao longo do tempo, desde um ser divino, com cabeça de leão, ventre de cabra e rabo de serpente, com algumas variantes, até chegar a significar o mito, o impossível, o utópico, o sonho inatingível. ESTRUTURA E ENREDO DA OBRA A obra é dividida em cinco partes que se subdividem em subtítulos e cada um desses em pequenos capítulos, que raramente ultrapassam duas páginas. Também a linguagem é estruturada em frases e parágrafos curtos. A escritora, que foi roteirista, usa a técnica cinematográfica dos cortes e cenas rápidas, o que dá grande agilidade ao relato. Todos estes elementos tornam a leitura agradável e interessante para o leitor. A narrativa inicia-se com a morte do poeta e mantém-se fiel aos dados biográficos do poeta paraibano, desde seu nascimento no Engenho Pau d'arco, até sua morte em Leopoldina. PARTE UM RIO DE JANEIRO, 12 DE NOVEMBRO DE A PLENITUDE DA EXISTÊNCIA No dia da morte de Augusto dos Anjos, o narrador casualmente se encontra com Olavo Bilac com quem conversa até lhe dar a notícia da morte do grande poeta. Olavo não se lembra de conhecer Augusto dos Anjos. Depois que o narrador declama o poema Versos íntimos, o poeta das estrelas declara: Se quem morreu é o poeta que escreveu esses versos, então não se perdeu grande coisa. O narrador lembra-se de Esther, agora viúva, por quem sempre foi apaixonado e se perturba: mulher de uma beleza angelical, olhos escuros, em amêndoa, palidez de magnólia, sobrancelhas grossas, cintura de princesa..., seios eretos, que não precisam de espartilho, como os de uma adolescente. Numa retrospectiva, passam pela mente do narrador os inúmeros endereços, lugares pobres e decadentes, onde Augusto e Esther moraram antes de se mudarem para Leopoldina. Lembra-se de uma das visitas que fez ao amigo, sempre meio adoentado, que culpava o ar insalubre da região em que morava por seus ataques de asma. Soubera então que Esther, com 10

11 grande sofrimento e até perigo de vida, abortara o primeiro filho do casal e como o fato caíra sobre a vida deles como uma asa negra. O narrador até pensara em acolher o poeta em sua casa que era grande, mas não podia fazer isso porque vivia com Camila e ninguém poderia saber disso, pois todos achavam que ela estava morta e ela não queria ser descoberta. O poeta saíra da Paraíba, magoado com a falta de consideração, e agora estava desiludido com o Rio de Janeiro, uma cidade que, segundo ele, premiava as falcatruas, enquanto os honestos e sonhadores eram considerados bestas. Revelara as dificuldades que tinha para publicar seu livro, mas recusou ajuda financeira do amigo narrador. A sopa rala que seria servida para o jantar da família sem que ele fosse convidado, talvez por causa do constrangimento do poeta com a pobreza da refeição, trouxe à lembrança a época da infância quando ia passar férias com o amigo no engenho. A fartura de alimentos, os odores dos temperos e a imagem dos pratos suculentos, legumes, frutas e a delícia das sobremesas, atiçavam-lhe a memória, contrastando com a realidade em que Augusto vivia agora. O narrador sai sufocado. Um ano depois, o poeta publicaria seu livro de poesias chamado desafiadoramente de EU. EU A maioria manifestou repulsa pelo livro. Para uns era romântico; parnasiano ou simbolista para outros. As opiniões em geral chamavam aquele poeta e aquela poesia de aberrante, inclassificável, um caso patológico, negra putrefação, indigestão literária, assombroso, eletrizante, teratológico 6, desequilibradíssimo. O narrador encantou-se. E o narrador resolve queimar todos os seus poemas como prometera a si mesmo quando Augusto publicasse o seu livro. Mas quando foi atear fogo aos papeis viu um poema que fizera para Esther e adiou a ideia. Odilon, irmão de Augusto comenta e elogia a obra. Genoino, tio do poeta, publica um artigo entusiasmado. Nenhuma editora aceita publicar o EU. Em novo encontro, Olavo Bilac se desculpa por ter menosprezado o poeta morto, mostra um exemplar do Eu, que adquirira numa liquidação, e faz uma crítica feroz aos novos poetas que se embriagam para fazerem poesias medíocres, paranoicas, pessimistas, doentias e principalmente vulgares. Entretanto, ao se referir a Augusto dos Anjos, Bilac o considera um poeta magnífico, que cria rimas belíssimas e originais, apesar das podridões, do pessimismo e do aspecto sombrio que emana de seus versos. E manifesta desejo de conhecer melhor a alma do poeta falecido. Faz várias observações sobre os poemas de Augusto dos Anjos que revelam claramente o seu critério parnasiano de avaliação, espanta-se por perceber que o poeta não consultara nenhum dicionário de rimas, arrisca uma paradoxal definição, em forma de questionamento, para a estranha produção que, tão inesperadamente, ganhou o seu respeito. O narrador revela então a influência do ambiente da infância no engenho na formação da alma soturna de Augusto dos Anjos. Uma várzea onde corria um rio misterioso de águas negras como se carregasse a própria morte. Matas escuras, ranger de carros de boi como se fossem gritos, moendas de cana ressoando como lamentos de morte. Fornalhas semelhantes a entradas do inferno, fumaça espessa das chaminés que apaga as estrelas do céu, gente quieta, murcha, que vive trancada em casa como morcegos. A LUZ LASCIVA DO LUAR ( UM PERFIL DE OLAVO BILAC) Na grama da praça o narrador se ajoelha, retira do bolso um filhote de passarinho morto que guardara, enterra-o e reza pela alma atormentada do poeta falecido. Mentalmente compara: Augusto falava da morte e suas inumeráveis correlações, Bilac canta as estrelas e as infindáveis imagens que elas inspiram. Vem-lhe à mente a viagem que fizera a Paris onde se sentira isolado e só, e onde vira Olavo Bilac em alguns lugares bem frequentados. Lembra o duelo que o poeta travou com o amigo Mallet e o outro com Raul Pompéia que não chegou acontecer. Raul Pompéia, na ocasião, sentiu-se ofendido ao ler um artigo de responsabilidade de Bilac e respondeu com insinuações de que Bilac tivera uma relação incestuosa com a própria irmã e de que praticava a necrofilia. Numa discussão que se seguiu, Bilac acertara um murro em Pompéia e este, humilhado, o desafiara para um duelo. 6 Monstruoso. 11

12 Bilac sabia que era mais hábil com a espada e que venceria facilmente o desafiante míope e desengonçado. Por isso, na hora do embate, estendeu a mão ao amigo e se retirou. Dizem que Raul Pompéia acabaria suicidando-se por causa desse duelo que não aconteceu. Numa ocasião, Bilac passou cinco meses na cadeia por ordem de Floriano Peixoto, porque um impulso de curiosidade o levara a participar de um movimento revolucionário que exigia a volta de Marechal Deodoro. Na sequência, utilizando inúmeros pseudônimos, o poeta continuou a atacar, pela imprensa, os republicanos e o Mal. Floriano, embora odiasse os monarquistas. E o narrador continua pensando obsessivamente em Olavo Bilac: dizem que ele é necrófilo, tem pavor de doença, é abúlico, alcoólatra e solitário, um verdadeiro poeta. O narrador conclui que precisa ir a Leopoldina, de qualquer jeito, para o enterro de Augusto dos Anjos. A TRISTE DAMA DAS CAMÉLIAS (RETRATO DE CAMILA) Quando surgiram os primeiros automóveis no Rio de Janeiro causaram espanto, surpresa eram seguidos pelas ruas, criticados e amaldiçoados pelos cocheiros. O poeta Olavo Bilac foi um dos primeiros a comprar um carro que ele, dirigindo bêbado, destruiu-o ao chocarse contra uma árvore O primeiro carro chegara ao Rio em 1900 e, movido a benzina, acabou explodindo. Para poder ir a Leopoldina ao enterro de Augusto dos Anjos e rever Esther, o narrador terá que mentir à esposa Camila. Acabara de passar a noite fora. Na luxuosa mansão onde mora, é a governanta que resmunga e faz cara feia em lugar de Camila. Esta vive adoentada, de cama, sonolenta, pairando entre o sonho e a realidade. Pálida, gelatinosa, parece uma lesma, uma triste Dama das camélias, sem pecado. A pedido de Camila, o narrador conta-lhe o encontro que tivera com Bilac, dá-lhe a notícia da morte do amigo Augusto dos Anjos e lhe diz que vai a Leopoldina para os funerais do poeta. Camila chora sabendo que o marido vai encontra-se com Esther. Camila disfarça seu íntimo sofrimento ao ouvir o narrador falar de Esther e de seu jeito extrovertido. Camila sempre foi introspectiva, desde menina. Teve tuberculose, sofre de anorexia e, depois que veio para o Rio atrás do homem amado, nunca mais deu notícias suas para a família, que a julga morta. Camila está muito magra. Voltou a cuspir sangue. Acha que não vai estar viva quando o marido voltar da viagem. Camila vive com ele há dois anos. Hospedou-se e ficou, dominou e tomou posse da casa. O narrador se aflige, sente que deveria ficar com ela, mas desce as escadas correndo. Ele sente uma necessidade inevitável de sair, de fugir, de se sentir livre. Pega a mala, o dinheiro e sai, ouvindo ao longe a tosse de Camila. O MORCEGO TÍSICO (CENAS DA VIDA DE AUGUSTO DOS ANJOS) O progresso, a modernidade dá ao narrador uma sensação de vertigem. O automóvel (ele é um dos poucos que possuem um), a velocidade, a fumaça, a nova iluminação das ruas, causam-lhe medo. A reforma do sobrado onde Augusto dos Anjos vivera, trazem-lhe à mente momentos de sua vida. Vê o amigo caminhando pela rua, sentado num café, gargalhando, fazendo versos desde a infância, apegado doentiamente à mãe. Ele era o melhor na escola em todas as matérias, era o que mais lia, o mais eloquente, o mais bem preparado. Como um gênio desses não conseguiu nenhum emprego decente no Rio de Janeiro? Augusto viera para o Rio de Janeiro por ter sido injustiçado em seu Estado natal. Por causa da politicagem paraibana, perdeu a vaga de professor para um incompetente. Apesar de ser grande poeta e intelectual, não lhe concederam a estabilidade no cargo de professor interino. Os elogios que recebeu por sua aula inaugural, causaram inveja. O governador mandou-o retirar-se de sua sala aonde fora solicitar a nomeação. Magoado, jurou nunca mais voltar à Paraíba e, como outros jovens, trocou a vidinha medíocre da província pela utópica efervescência cultural, social e política do Rio de Janeiro. A Capital Federal o ignorou e isolou. Os conhecidos, amigos e autoridades a quem procurava se esquivavam. Ninguém o ajudou a conseguir um emprego. O poeta vivia arrasado, humilhado, fora condenado à indiferença. O grande amigo do poeta, o próprio narrador, bem sucedido financeiramente, sentia uma barreira entre eles, não conseguia ajudá-lo. Passou-lhe pela cabeça até matar o amigo para livrá-lo daquele inferno. 12

13 Augusto, em certa ocasião, conhecera Alberto de Oliveira, cuja irmã foi noiva de Bilac. Depois, tornou-se membro de uma comissão que elegera Bilac. príncipe dos poetas. Provavelmente, Bilac mentira ao dizer que nunca tinha ouvido falar de Augusto dos Anjos. Ou será que sentia inveja por não ter a alma neurótica de Augusto, que todos os poetas sonhavam ter? O salário que Augusto dos Anjos recebia por aulas esporádicas, não dava para as despesas e isso o deixava mais infeliz. Esperava a chegada semanal do navio que trazia cartas de sua mãe. Queria voltar a ser criança. Vivia empurrado de um lado para outro. Seu tipo magro e sem aparência, a falta de influência econômica, política e intelectual eram as causas do desinteresse e da indiferença que sentia ao redor. Quando chegara ao Rio, assistira de longe a Revolta da Chibata. O narrador chegara à casa do poeta em meio a tiros de canhão e granadas. Dizia-se depois que os marinheiros anistiados após um acordo, foram sumariamente mortos. Houve um conflito entre imigrantes italianos e turcos; no Natal foi decretado estado de sítio; veio uma epidemia de gripe; vieram as eleições em que Rui Barbosa foi derrotado; Hermes da Fonseca se casa com Nair de Teffé, e Augusto dos Anjos continua sem emprego, morava numa pensão com Eshter e os filhos Glorinha e Guilherme. Foi quando recebeu uma nomeação para Diretor de Escola em Leopoldina, Minas Gerais. Augusto sentia-se aliviado, otimista, via o lado bom da vida. Defendia a tese de que o amor é o fundamento da existência e tudo o que acontece é unicamente para o bem. Pelas reações da mulher, o narrador imagina, com medo, esperança e felicidade misturados, que Esther iria abandonar o poeta. Na estação, ao se despedirem e entrarem no vagão de terceira classe, Augusto e Esther nem se olhavam nem se tocavam. Dava a impressão de terem brigado. Provavelmente, Esther estava odiando ir para o interior. PARTE DOIS A VIAGEM O terror como leitmotiv Na estação, o narrador lê os cartazes com os preços, o trajeto e as quilometragens. Ao embarcar ele tem a sensação de ter visto Camila acenando de uma janela. Passando pelas diversas classes de vagões observa os tipos diferentes de pessoas de variadas condições. Na 4ª classe estão camponeses malvestidos, maltratados, malcheirosos, descalços, com sacos, gaiolas, cachos de banana. Na 3ª classe, estudantes, mulheres que conversam animadamente. Na 2ª classe, famílias, crianças, pessoas caladas. Ele se instala na 1ª classe, mais silenciosa e atapetada, com cabines fechadas. Na cabine está apenas uma mulher. É Francisca, irmã de Augusto dos Anjos. Ele não entra. Observa as paisagens e pensa naquelas mulheres, Francisca, Esther e Camila. Lembra-se então de Acácio, o tio do poeta. Era um tipo fechado, misantropo, um lobisomem, como diziam. Na infância, o narrador passava alguns meses no engenho do Pau d Arco, espiava o velho. Tinha pesadelos e sentia verdadeiro horror a Acácio que vivia fechado no quarto. A comida e uma bacia para se lavar eram colocadas na porta. UMA SIMPLICIDADE CAMPESINA ( A IRMÃ DE AUGUSTO DOS ANJOS) Conversando com Francisca, percebe que ela ainda não sabe da morte do irmão. Soube da doença de Augusto por carta de Esther e veio ficar com ele. Acha que Esther não serve para seu irmão, que nunca gostou dele de verdade. Francisca tem a voz doce, mas autoritária, como a da mãe, D. Mocinha. Quando adolescente, era muito nervosa, agitada, roía as unhas. Era a minha velha, não brincava, não se divertia. Era quase uma escrava dos irmãos. Francisca acredita que o irmão esteja bem. Traz os remédios que ele costumava tomar em casa. Traz ingredientes para fazer os pratos de que ele mais gosta e um poema que fez para ele. Quando crianças, Francisca e Augusto dormiam, passeavam e tomavam banho juntos. Houve boatos de que o poeta a engravidara obrigando-a a fazer um aborto. A suspeita de incesto foi muito forte. Augusto, que tinha uma visão animalizada do ato sexual, teria também engravidado uma moça do engenho, além de correrem cochichos de que ele teria um filho com uma negra. 13

14 Francisca, emocionada, comenta as saudades que Augusto deixara na família, nos amigos, conhecidos e admiradores. A mãe, sempre orgulhosa e arrogante, vive adoentada, quase enlouquecendo quando lê as cartas do filho. Vem à tona a paixão que o narrador sentia por Esther e ela por ele, desde a infância. Lembra um baile de máscaras na juventude, quando o narrador passou a noite dançando e se declarando para Francisca, pensando que fosse Esther. Esta, segundo se comentou na época, casara-se com Augusto porque estava grávida. E ele parece, preferia ter-se casado com Pupu, como era chamada Leopoldina, outra paixão. Havia comentários no engenho de que Augusto dos Anjos odiava a mãe. Esta viagem de trem traz à lembrança de Francisca a morte do pai que fora levado de trem para a capital. Francisca continua tagarelando o resto da viagem, enche o narrador de perguntas pessoais e comenta sobre os mais variados assuntos da atualidade TESTES 10. Assinale a alternativa correta. a) Em A última quimera, o narrador falseia os elementos que permitiriam reler dados da vida e da obra do sempre consagrado poeta paraibano, Augusto dos Anjos. b) A obra, A última quimera, ao enfocar a biografia de Augusto dos Anjos, propicia uma releitura e uma revalorização do escritor e de sua produção artística. c) Quimera supõe um ideal objetivo e, por extensão, conquista, sucesso e, por isso, é um narrador personagem quimérico quem narra suas poucas desventuras e as muitas aventuras na companhia do poeta paraibano Augusto dos Anjos. d) Foi só no terreno da história oficial que o romance A última quimérica empreendeu releituras e reinterpretações. Ele evitou abordar a própria história da literatura brasileira e transformar autores conhecidos ou não, em personagens ficcionais, e suas obras em matéria narrativa. e) O narrador de A última quimera, além da sua função de narrar a história para o leitor, também é o personagem principal dentro do enredo do romance. 11. Leia o texto a seguir, extraído de A última quimera, de Ana Miranda. Disse que o Rio era uma cidade que premiava as falcatruas. Os honestos,os sonhadores eram considerados bestas idiotas. Dentre os poetas, grassava o convencionalismo imbecil de Aníbal Tavares, Teófilo Pacheco, a camarilha inteligente, competindo em bovarismo com os letrados de Buenos Aires e Paris. Os intelectuais só se preocupavam com futilidades... Assinale a alternativa que explica e analisa corretamente as ideias do texto acima. a) Os comentários feitos pelo personagem Augusto a respeito da intelectualidade carioca revelam seu posicionamento em relação à arte, frontalmente contrário ao que estava em vigor na época. Isso explica, em parte, a marginalização sofrida por ele. b) É bastante complexa a relação entre o narrador e Augusto e, às vezes, contraditória. Toda a comoção diante da morte de Augusto, toda a admiração que perpassa suas recordações, toda a dívida que ele tem para com o mestre se transforma em alguns momentos, em acirrada disputa. c) A insinuação que o próprio narrador faz de que os outros poetas, entre os quais ele se inclui, teriam inveja do espírito neurótico baudelairiano de Augusto. Isso confirma o sentimento ambíguo de amor e ódio que o narrador alimenta por Augusto dos Anjos. d) A trajetória poética de Augusto dos Anjos aponta muito mais para a mudança do que para a permanência, o que nos obriga a pensar na situação do Eu no espaço da história da Literatura Brasileira e, por consequência, nos aponta a necessidade de repensar a periodização literária. e) Defendendo Augusto, o narrador afirma não ter ele pertencido a escola nenhuma e faz uma síntese do caminho particular e atormentado traçado pelo poeta em sua produção, ressaltando justamente esse como tendo sido seu maior mérito, o de ter permanecido fiel a si mesmo, a suas próprias convicções: Augusto partia do real e mergulhava no ideal. Nesta ascensão, tinha seu negror, sua sinfonia, sua alma tocada de luz. 12. Leia e avalie as observações a seguir, sobre o personagem central do romance A última quimera, de Ana Miranda. 01. Augusto, mesmo pobre, era reconhecido publicamente na Paraíba como um grande poeta. Intelectual respeitado, ressentiu-se ao não conseguir uma licença do cargo de professor interino de História da Literatura no Liceu paraibano. O cargo de professor efetivo fora dado a 14

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