LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.
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- Rafael Mendonça Carvalhal
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2 LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.
3 DA CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
4 DA CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei n.º de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
5 DA CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.
6 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE
7 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
8 XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 1º) XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
9 XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
10 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
11 XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
12 XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
13 Decreto n.º de 12 de fevereiro de 2007 Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, disciplina a aplicação, acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário de Prevenção - FAP e do Nexo Técnico Epidemiológico, e dá outras providências.
14 Lei nº /2003 Lei nº /2003 possibilitou a redução ou a majoração da contribuição recolhida pelas empresas, destinada ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho.
15 Lei nº /2003 A referida lei, em seu art. 10, prescreve que as alíquotas de 1%, 2% ou 3%, por empresa, poderão variar entre a metade e o dobro, de acordo com a metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Essa lei detalha como é calculado o FAP.
16 Como é calculado o FAP RESOLUÇÃO MPS/CNPS Nº 1.316, DE 31 DE MAIO DE 2010 Índice pode variar de: 0,5000 a 2,0 Evento: - B91 Auxílio - Doença Acidentário (x 0,1); - B92 Aposentadoria por Invalidez Acidentária (x 0,3); - B93 Pensão por Morte Acidentária (x 0,5); - B94 Auxílio - Acidente Acidentário (x 0,1 ).
17 Como é calculado o FAP RESOLUÇÃO MPS/CNPS Nº 1.316, DE 31 DE MAIO DE Geração de Índices de Freqüência, Gravidade e Custo; - Geração do Fator Acidentário de Prevenção- FAP por Empresa; - Taxa de rotatividade para a aplicação do Fator Acidentário de Prevenção FAP.
18 SAT, RAT, FAP e NTEP Finalidade: - Redução dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; - Ajustar o valor pago ao ônus causado a seguridade social; - Equidade do custeio.
19 O que é o Seguro de Acidente do Trabalho - SAT É uma contribuição devida à Previdência Social, a título de seguro de acidente do trabalho, pago pelo empregador sobre a folha de pagamento e recolhido na GPS Guia da Previdência Social.
20 Qual a alíquota do SAT A alíquota do SAT é determinada pelo grau de risco da empresa. Essa alíquota poderá ser de 1%, 2% e 3%. Exemplo: O grau de risco da Construção Civil é 3 e a alíquota SAT também é de 3%. O SAT mudou de nome e agora denomina-se RAT Riscos Ambientais de Trabalho. Vide: Anexo V - DECRETO Nº DE 12 DE FEVEREIRO DE 2007
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24 Aposentadoria Especial Atividades Insalubres ou Perigosas dão direito a aposentadoria especial. O documento a ser apresentado pelo o trabalhador para a requisição da aposentadoria é o PPP Perfil Profissiográfico Previdenciário e a base de dados para a elaboração de tal documento é o LTCAT Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho.
25 AUMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PARA O RAT NAS ATIVIDADES ESPECIAIS A contribuição para o RAT, para custeio da aposentadoria especial, teve sua alíquota elevada. Essa elevação abrange apenas as empresas que têm presentes no ambiente de trabalho agente nocivo que gere aposentadoria especial.
26 AUMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PARA O RAT NAS ATIVIDADES ESPECIAIS Art. 202, 1º, do Decreto nº 3.048/1999 A alíquota maior incidirá apenas sobre a remuneração dos empregados expostos aos agentes nocivos que geram a aposentadoria especial. Sobre a remuneração dos demais empregados, a empresa continuará pagando a alíquota de 1%, 2% ou 3%.
27 AUMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PARA O RAT NAS ATIVIDADES ESPECIAIS Para determinar se há presença de agente nocivo que gere aposentadoria especial no ambiente de trabalho, a empresa deverá: a) realizar perícia técnica no ambiente de trabalho, a cargo de profissional especializado (médico ou engenheiro com especialização em Segurança e Medicina do Trabalho), para determinar quais os agentes nocivos presentes;
28 AUMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PARA O RAT NAS ATIVIDADES ESPECIAIS b) verificar se os agentes nocivos presentes geram aposentadoria especial, de acordo com o Anexo IV do Decreto nº 3.048/1999 (Regulamento da Previdência Social); c) verificar se a aposentadoria especial gerada pelo agente nocivo será concedida após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
29 Fator Acidentário de Prevenção - FAP É o fator multiplicador do SAT. O FAP poderá reduzir o SAT em até 50% e aumentálo em até 100%. O FAT veio para ressarcir a Previdência das despesas com benefícios concedidos e por outro lado individualiza o pagamento do SAT. Ex.: Na Construção Civil o SAT poderá variar entre 1,5% e 6%.
30 Como fico sabendo qual o FAP atribuído pela Previdência Social Entrar no site: No final da página clicar no botão FAP. Informar a raíz do CNPJ e a senha. O relatório será gerado.
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32 Como é determinado o FAP É determinado pela frequência, gravidade e custo que a empresa gerou para a Previdência Social. O FAP, que multiplicará o SAT para o ano de 2013, tem por base os dados da empresa em 2010 e 2011 relativos ao número de acidentes de trabalho, auxíliodoença por acidente, doenças do trabalho, pensão por morte por acidente do trabalho, aposentadoria por invalidez e auxílio acidente por acidente do trabalho.
33 O que a empresa deve fazer - Verificar se os dados de acidentes, pensão e doenças do trabalho correspondem aos dados da empresa; - Verificar se as doenças do trabalho, casa seja apontada alguma, realmente foram desencadeadas pelo trabalho na empresa; - Verificar se o cálculo do FAP está correto; - Impugnar o FAP, caso a empresa constate erro no cálculo ou em algum dado.
34 Contestação do FAP A empresa poderá contestar perante o Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional da Secretaria Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, no prazo de trinta dias da sua divulgação oficial ( Decreto nº 3.048/1999 art. 202-B e Portaria MPS/MF nº 451, de 23/09/2010 ).
35 Nexo Técnico Epidemiológico - NTEp A Previdência estabeleceu que algumas doenças são desencadeadas pelo trabalho: - Suposto nexo entre a doença e a atividade laborativa desenvolvida na empresa. - O trabalhador afastado por mais de 15 dias por doença, irá passar pela perícia do INSS. O perito verificará a classificação da doença e verá se aquela classificação (CID) está relacionada com o CNAE da empresa.
36 Como o NTEp influencia no FAP Quando a Previdência Social entende que a doença do trabalhador foi desencadeada pela atividade da empresa, é gerado o nexo técnico epidemiológico entre a doença e o trabalho desenvolvido e o trabalhador receberá o auxílio-doença acidentário. Assim, esse afastamento será computado para determinar o FAP.
37 ANEXO II - AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI No 8.213, DE 1991 LISTA B Notas: 1 - Ao final de cada agrupamento estão indicados intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do 1o do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns. 2 - As doenças e respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional listados são exemplificativos e complementares.
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41 Exemplo prático
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43 Consulta do FAP
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47 Cálculo do valor pago anual: RAT (SAT) Dados para o cálculo: - Massa salarial: R$ ,18; - FAP: 1,6369; - RAT: 1%; Valor pago = Massa salarial x (FAPxRAT) Valor pago = ,18 x (1,6369x0,01) Valor pago = ,0621 Valor corrigido = R$ ,06
48 Valor pago x Valor gasto pela Previdência Social - Valor gasto pela Previdência Social com os Benefícios Previdenciários: R$ ; - Valor pago pela empresa: R$ ,06,
49 Exercício em grupo 3 pessoas Calcular o RAT (SAT) anual a ser pago pela empresa. Dados para o cálculo: - Atividade econômica da empresa: Coleta de látex em florestas nativas; - Massa salarial: R$ ,12; - FAP: 2,7568; - RAT: Vide tabela;
50 Correção - Massa salarial: R$ ,12; - FAP: 2,7568; - RAT: 3%; Valor pago = Massa salarial x (FAPxRAT) Valor pago = ,12 x (2,7568x0,03) Valor pago = ,12 x (0,082704) Valor pago = ,98 Valor corrigido = R$ ,30
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