AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL APROVADA NOTA: 8,5

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL APROVADA NOTA: 8,5"

Transcrição

1 AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL APROVADA NOTA: 8,5 DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM: DISLEXIA MARILENE SERAFIM DE SOUZA FEITOSA marivima.01@hotmail.com ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO. BRASNORTE/2015

2 AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM: DISLEXIA MARILENE SERAFIM DE SOUZA FEITOSA ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO. Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do Título de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Educacional. BRASNORTE/2015

3 RESUMO A escolha deste tema caracteriza-se pela necessidade de uma transmissão de conhecimentos e informações a respeito da dislexia e suas particularidades. O presente estudo faz uma abordagem sobre a dislexia, transtorno de causas genéticas e neurológicas, que ocasiona dificuldades no aprendizado da criança, principalmente na leitura e escrita. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados on-line compreendendo a problemática, utilizando as palavras chave dislexia, dificuldades e aprendizagem. O objetivo do estudo foi descrever a dislexia e suas manifestações na área educacional. Após a pesquisa, concluiu-se que existe a necessidade da realização de novos pesquisas científicas sobre o tema a fim de obter maiores esclarecimentos acerca das manifestações clínicas do distúrbio. Palavras chave: Dislexia. Dificuldades. Aprendizagem.

4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...04 CAPÍTULO I- A dislexia...06 CAPÍTULO II- Diagnóstico da dislexia...10 CAPÍTUILO III- Características da criança com dislexia...13 CAPÍTULO IV- Tipos de dislexia...16 CAPÍTULO V- Dificuldades provocadas...17 CAPÍTULO VI- O processo de aprendizagem dos dislexos...20 CAPÍTULO VII- Aquisição da leitura e a escrita...23 CAPÍTULO VIII A dislexia e a alfabetização...25 CAPÍTULO IX Tratamento...28 CONSIDERAÇÕES FINAIS...29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...30

5 INTRODUÇÃO Dislexia é a incapacidade de a criança ler e compreender o que lê. Apesar da inteligência, visão e audição serem normais, oriundas de lares adequados, isto é, que não passem privações de ordem doméstica ou cultural. Definida como um transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é um distúrbio de maior incidência nas salas de aula no mundo todo, muitas vezes confundida como resultado de uma má alfabetização, desatenção ou falta de motivação. Se não for tratada adequadamente, pode comprometer a fase adulta da criança. É diagnosticada geralmente no ingresso da criança na escola, aos seis ou sete anos de idade, quando os sintomas são facilmente notados. Procura-se neste trabalho demonstrar os procedimentos a serem adotados para crianças com dificuldades na leitura e a didática aconselhada para esse distúrbio. Os objetivos desta pesquisa são os seguintes: Identificar os principais fatores que afetam no bom desempenho do processo de ensino-aprendizagem e/ou conhecer novas metodologias, visando uma melhoria no desempenho de suas atividades; aprofundar conhecimentos sobre o que é dislexia; investigar e analisar causas da dislexia nas dificuldades de aprendizagem; compreender o processo ensino/aprendizagem do disléxico; conhecer diferentes técnicas para trabalhar a leitura no aluno disléxico. A pesquisa partiu da seguinte problemática: toda a criança que possui atraso na leitura pode ser considerada uma criança disléxica? Assim, ser disléxico é condição humana. O disléxico pode ser portador de alta habilidade. Em geral, podem ter talento em alguma área, como na arte, música, teatro, esporte, mecânica, vendas, comércio, desenho, construção, engenharia e não se descarta ainda que ele possa ser superdotado, com capacidade intelectual singular, são criativos, produtivos e lideres. O disléxico pode ser portador de conduta típica, com síndrome e quadro de ordem psicológica, neurológica e linguística, de modo que sua síndrome compromete a aprendizagem eficaz e eficiente da leitura e escrita, mas não chega à competência seus ideais, talentos e sonhos.

6 05 A metodologia utilizada nesta monografia foi a pesquisa bibliográfica, onde procurou-se explicar e estudar o problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos específicos como livros, revistas, periódicos, entre outros. Dislexia é uma palavra grega que quer dizer distúrbio de linguagem, ou seja, a pessoa com dislexia tem dificuldade na aprendizagem, tanto no que diz respeito ao ritmo como na qualidade da aquisição das habilidades de leitura, soletração, escrita, fala, em linguagem expressiva ou receptiva, em razão e cálculo matemáticos, como na linguagem corporal e social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são menos inteligentes; aliás, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população. Na verdade, causa da dislexia está relacionada com o processamento de informações, que ocorre diferentemente no cérebro de quem apresenta o distúrbio. Diferentemente de outras pessoas que não sofrem de dislexia, disléxicos processam informações em uma área diferente de seu cérebro; não obstante, os cérebros de disléxicos são perfeitamente normais. A dislexia parece resultar de falhas nas conexões cerebrais. Em suma, o presente trabalho propõe um breve esclarecimento sobre a Dislexia e seus pontos principais, destacando em seus capítulos que se seguem sobre a dislexia e sua definição, o diagnóstico, características da criança com dislexia, os tipos de dislexia, as dificuldades provocadas, o processo de ensino aprendizagem dos dislexos, a aquisição da leitura e da escrita, alfabetização e tratamento.

7 CAPÍTULO I A DISLEXIA A definição mais utilizada segundo a ABD (Associação Brasileira de Dislexia) (1994), caracteriza a dislexia como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração. É o distúrbio de maior incidência nas salas de aula, sendo uma alteração nos neurotransmissores cerebrais que impede uma criança de ler e compreender com a mesma facilidade com que faz as outras crianças da mesma faixa etária, independente de qualquer causa intelectual, cultural ou emocional. Todo o desenvolvimento da criança é normal, até entrar na escola. É um problema de base cognitiva que afeta as habilidades linguísticas associadas à leitura e à escrita. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-IV (1995) caracteriza a dislexia como comprometimento acentuado no desenvolvimento das habilidades de reconhecimento das palavras e da compreensão da leitura. O diagnóstico é realizado somente se esta incapacidade interferir significativamente no desempenho escolar ou nas atividades da vida diária (AVD s) que requerem habilidades de leitura. A leitura oral no disléxico é caracterizada por omissões, distorções e substituições de palavras e pela leitura lenta e vacilante. Neste distúrbio, a compreensão da leitura também é afetada. FONSECA (1995) coloca que a dislexia trata-se de uma desordem (dificuldade) manifestada na aprendizagem da leitura, independentemente de instrução convencional, adequada inteligência e oportunidade sociocultural. E, portanto, dependente de funções cognitivas, que são de origem orgânica na maioria dos casos. CONDEMARIM (1986), expressa seu pensamento sobre dislexia dizendo que é um conjunto de sintomas reveladores de uma disfunção parietal (o lobo do cérebro onde fica o centro nervoso da escrita), geralmente hereditário, ou às vezes adquirida, que afeta a aprendizagem da leitura num contínuo que se estende do leve sintoma ao severo. É frequentemente acompanhada de transtorno na aprendizagem da escrita, ortografia, gramática e redação.

8 07 Conforme ressalta SILVA (2009), a dislexia representa um déficit na capacidade de simbolizar, começa a se definir a partir da necessidade que tem a criança de lidar receptivamente ou expressivamente com a representação da realidade, ou antes, com a simbolização da realidade, ou poderíamos também dizer, com a nomeação do mundo. Segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD), em média 40% dos casos diagnosticados na faixa mais crítica, entre 10 a 12 anos, são de grau severo, 40% são de grau moderado e 20% de grau leve. Segundo LIMA (2002), a compreensão de como aprendemos as coisas, e o porquê de muitas pessoas apresentarem dificuldades paralelas em seu caminho de aprendizagem, é um dos desafios que a ciência vem procurando desvendar, em mais de 100 anos de pesquisas. Além disso, com o avanço da tecnologia atual, em especial com a utilização da ressonância magnética funcional, as pesquisas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre alguns distúrbios de aprendizagem, especialmente sobre a dislexia. Acredita-se que atualmente no Brasil existam cerca de 15 milhões de pessoas que possuem algum tipo de necessidade especial, e estas podem ser bem diferenciadas como, por exemplo, a mental, auditiva, visual, física, de conduta ou várias deficiências em conjunto. Diante deste panorama, avalia-se que cerca de 90% das crianças que estão cursando a educação básica enfrentam alguma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem como a disgrafia, disortografia e a dislexia que é o tema central dessa pesquisa (DAVIS, 2004; MC CABE, 2002). Também pode ser citado que cerca de 10 a 15% da população mundial sofre de dislexia. Muitos não acreditam que a pessoa que possui esse transtorno tem um cérebro absolutamente normal, mas de acordo com muitos pesquisadores, o problema pode ser decorrente de algumas falhas nas conexões cerebrais (MC CABE, 2002). São vários os fatores que podem influenciar, positiva ou negativamente, o processo de aprendizagem de uma língua. Entre os fatores que atrapalham, prejudicam ou até mesmo impedem este processo estão os distúrbios de aprendizagem. Os distúrbios de aprendizagem se manifestam em grande parte da população mundial. Estima-se que só nos Estados Unidos, entre 20 e 30% dos estudantes possuem déficit de aprendizagem maior que a média para a idade.

9 08 Para ROTTA (2006), as diferenças estruturais entre o cérebro das pessoas com dislexia e o das pessoas sem dislexia concentram-se fundamentalmente no plano temporal. Além da simetria incomum dos planos temporais, o cérebro de leitores disléxicos tem alterações na cito arquitetura e alterações do cerebelo e suas vias. Isso ocorre provavelmente porque houve algum tipo de agressão nos primeiros estágios do desenvolvimento. Finalmente, os neurônios de tecido cerebral dos leitores disléxicos parecem ser menores que a média, pelo menos em algumas áreas de cérebro (por exemplo, o tálamo). O tamanho menor dos neurônios talâmicos pode muito bem estar ligado às anormalidades tanto do sistema visual quanto no sistema auditivo de indivíduos com dislexia.. De acordo com a definição estabelecida no de 1981 pelo National Joint Comitee for Learming Disabilities (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem). Nos Estados Unidos da América: Distúrbios de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central. Apesar de um distúrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis (por exemplo, alteração sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional) ou influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é resultado direto dessas condições ou influências. (COLLARES e MOYSÉS, 1992, p.32). Ainda temos a seguinte definição de distúrbio de aprendizagem: Etimologicamente, a palavra distúrbio compõem-se do radical turbare e do prefixo dis. O radical turbare significa alteração violenta da ordem natural. O prefixo dis tem como significado alteração com sentido anormal, patológico e possui valor negativo. (ROSS, 2003, p. 65). Nesta perspectiva, a expressão distúrbios de aprendizagem apresenta significado de anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural da aprendizagem, portanto distúrbio de aprendizagem remete a um problema ou a uma doença que acomete o sujeito em nível individual e orgânico. Os distúrbios de aprendizagem não são óbvios e são vários, ou seja, segundo LIMA (2002), há variadas maneiras de se manifestarem e se combinarem. Por exemplo, distúrbios psicomotores e distúrbios afetivos estão estreitamente ligados se influenciam e se esforçam mutuamente, indicam perturbações ou falhas na aquisição e utilização de informações ou na habilidade para a solução de problemas, implica na modificação dos padrões de assimilação e transformação seja

10 09 por vias internas ou externas no/ao individuo. Distúrbios psicomotores são os de ordem física. A psicomotricidade sempre leva em conta o individuo como um todo, tendo como características, além da coexistência de problemas motores de maior ou menor gravidade, transtornos na área do ritmo, da atenção, do comportamento, esquema corporal, orientação espacial e temporal, lateralidade e maturação. Segundo SILVA (2009, p.14) a Educação psicomotora: Abrange todas as aprendizagens da criança, processando-se por etapas progressivas e específicas conforme o desenvolvimento geral de cada indivíduo. Quando docentes se detém em observações detalhadas dos sintomas percebe-se que estes se manifestam e combinam-se de diferentes modos de sujeito a sujeito. Contribuindo com a importância da psicomotricidade no processo de aprendizagem e a prevenção dos distúrbios neste, BESSA (2010, p.83), coloca que: A prática psicomotora na Educação é uma atividade de caráter essencialmente educativo e preventivo. Esta se utiliza do movimento corporal e de atividades lúdicas para estimular o desenvolvimento psicomotor, promover a integração dos aspectos motores, cognitivos e socioafetivos, além de preparar as crianças para aprendizagens futuras, favorecendo consideravelmente a alfabetização e prevenindo distúrbios de aprendizagem.

11 CAPÍTULO II DIAGNÓSTICO DA DISLEXIA A palavra diagnóstico provém de dia (através de) e gnosis (conhecimento). Se nos atemos à origem etimológica e não ao uso comum (que pode significar rotular, definir, etiquetar), podemos falar de diagnóstico como um olhar-conhecer através de, que relacionaremos com um processo, com um transcorrer, com um ir olhando através de alguém envolvido mesmo como observador, através da técnica utilizada e, nesta circunstância, através da família. (FERNANDEZ, 1991,p. 37 ). A avaliação é muito importante. Ela é fundamental para entender o que está acontecendo com o indivíduo que está apresentando distúrbios na aprendizagem. É através da avaliação multidisciplinar, Segundo FERNANDEZ (1991), que se tem condições de um encaminhamento adequado a cada caso considerando as várias possibilidades, inclusive de manifestação de dislexia. O diagnóstico diferencial é a chave do assunto. Há alterações que possuem alguns sintomas de outra e podem ser confundidas. Pessoas com simples atraso de desenvolvimento de linguagem, dispraxia da fala, desordem programático-semântico, agnosia auditiva, falhas auditivas falta de estimulação no lar e/ou retardo mental ou hiperatividade, muitas vezes são confundidos com disléxicas. As grandes dificuldades aparecem quando a criança começa a enfrentar temas acadêmicos mais complexos, por volta dos oito ou nove anos, quando as notas baixas e o fraco desempenho escolar são companheiros do aluno disléxico. Segundo orientação da ABD (Associação Brasileira de Dislexia), o diagnóstico só pode ser feito após a alfabetização, entre a primeira e a segunda série. Pois a escola alfabetiza precocemente, e a criança não acompanha porque não tem maturidade neurológica suficiente indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes, entre outras. Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada. Uma equipe multidisciplinar, formada por psicóloga, fonoaudióloga psicopedagoga clinica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros, conforme o caso.

12 11 A equipe de profissionais, segundo CONDEMARIN (1986), diz que o objetivo principal do tratamento re-educativo é solucionar as dificuldades localizadas no diagnóstico, que impedem ou dificultam o desenvolvimento normal do processo da leitura. Deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas ou adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar, pois, com os constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são consequências, não causa da dislexia, e outros distúrbios de aprendizagem, como: o déficit de atenção, a hiperatividade (ambas podem ocorrer juntas com Hiperatividade, lembrando que a hiperatividade também pode ocorrer em conjunto com a dislexia). Nesse processo ainda, é muito importante: tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de evolução do paciente. Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como, permite um encaminhamento adequado do caso, através de um relatório por escrito. No caso da dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento consoante às particularidades de cada caso, o que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que assumir o caso não precisará de muito tempo, para identificação do problema, e ainda terá acesso a pareceres importantes. Conhecendo as causas das dificuldades e os potenciais do indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. O acompanhamento profissional dura de dois a cinco anos, dependendo do caso. Ao contrário do que muitos pensam o disléxico, segundo ABD (Associação Brasileira de Dislexia), sempre contorna suas dificuldades. Ele responde muito bem a tudo que passa para o concreto. Tudo o que envolve os sentidos é mais facilmente absorvido. O disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre o profissional e o paciente. Outro passo importante a ser dado, segundo ABD, é definir um programa de etapas, somente passando para a seguinte, após confirmar se a anterior foi devidamente absorvida, retomando sempre as anteriores. Geralmente, estudantes que apresentavam alguma dificuldade para falar, ler

13 12 ou escrever, eram rotulados imediatamente como "disléxicos", pelos educadores, sem que fosse realizada uma avaliação sobre seus antecedentes individuais. O diagnóstico diferencial, segundo LIMA (2002), é a chave do assunto. Há alterações que compartilham alguns sintomas de outra, ou se confundem com esta. As grandes dificuldades aparecem por volta dos oito ou nove anos de idade, quando a criança começa a enfrentar temas acadêmicos mais complexos, as notas baixas e fraco desempenho escolar são características básicas na vida escolar de crianças disléxicas. Reconhecer as características é o primeiro passo para que possam evitar anos de dificuldades e sofrimentos. Induzindo esta criança, fatalmente ao desinteresse pela escola e a tudo o que está em torno dela, gerando ás vezes quadros de fobia, desta criança em relação á tarefas que exijam a leitura e a escrita. Crianças com dificuldades escolares sejam qual for à raiz do problema, necessitam da educação, atenção e ensino diferenciados para que possam desenvolver suas habilidades, e quanto mais cedo for detectado o problema, melhores serão os resultados. Crianças com dificuldades escolares sejam qual for a raiz do problema, necessitam, segundo FONSECA (1995), de educação, atenção e ensino diferenciados para que possam desenvolver suas habilidades, e quanto mais cedo for detectado o problema, melhores serão os resultados. Para autores como CORREA (2006) e FONSECA (1995), seria interessante que todas as crianças fossem avaliadas para se detectar se sofrem ou não de dislexia. No entanto, o sistema educacional brasileiro é de certa maneira deficiente nesse aspecto, bem como ainda existe uma escassez de recursos na maior parte das escolas brasileiras. Sendo assim, é importante que pais, professores e até mesmo profissionais estejam atentos a um mínimo sinal de dislexia para que tenham condições de ajudar seus filhos e alunos.

14 CAPÍTULO III CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS COM DISLEXIA NUNES (1992), mostra que as crianças disléxicas são as que têm dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita e essas dificuldades são maiores do que se esperaria a partir do seu nível intelectual. Essas crianças, embora com as mesmas condições que as outras crianças para aprender a ler, recebendo motivação adequada, apoios satisfatórios dos pais e capacidades intelectuais normais ou até mesmo acima do normal, avançam na alfabetização de forma mais lenta do que seus colegas da mesma idade e da mesma condição intelectual. As crianças que possuem dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita aprendem conforme os outros alunos, mas com lentidão, portanto, todas as crianças aprendem a ler e escrever basicamente da mesma forma, mas alguns vencem as dificuldades dessa aprendizagem com maior facilidade do que outras. Para a criança, independente de ser disléxica ou não, a aprendizagem é muito importante, pois com a repetição combinada em números suficientes de vezes, ela aprenderá a pensar no objeto ao ver a palavra impressa (leitura). Tempos depois, o objeto, um retrato do objeto, a palavra às palavras, reagindo aos estímulos simultâneos, a criança chegará a pensar no objeto ao ver a palavra. (NUNES, 1992). A renovação da prática pedagógica, nos últimos anos refere-se, exatamente às tentativas de tornar a leitura e a escrita mais significativa na escola. Observa-se que a leitura e a escrita são duas habilidades complexas e imprescindíveis para a aquisição das demais habilidades escolares e para o conhecimento. Segundo MARTINS (2003), a dislexia é uma dificuldade específica de leitura. É um transtorno inesperado que professores e pais observam no desempenho leitor da criança. Os sintomas da dislexia podem ser observados no ato de ler, de escrever ou de soletrar. A característica mais marcante da criança que possui dificuldade de aprendizagem é a acumulação e persistência de seus erros ao ler e escrever. Os problemas mais comuns, de acordo com CONDERMARIN (1986), são os seguintes: ¾ Confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t; h-n; v-u; etc. ¾ Confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; b-p; b-q; d-p; n-u; w-m; a-e..

15 14 Muitas vezes, nós educadores acabamos rotulando alunos com dificuldade de leitura como uma criança disléxica, porém nem sempre a criança com essa dificuldade pode ser assim considerada. O que acontece muitas vezes, é que a criança possui dificuldade de alfabetização devido a métodos deficientes e a pouca motivação para a leitura. A dislexia pode ser específica e é restrita a dificuldade de leitura em crianças normalmente desenvolvida nos demais setores os quais não estão ligados à linguagem e onde os distúrbios não são explicados por condições físicas ou ambientais negativas, dificuldades sensoriais, intelectuais ou emocionais. As verdadeiras dislexias são distúrbios circunscritos que resultam de limitações sensoriais discretas ou de anomalias na organização dinâmica dos circuitos cerebrais, responsáveis pela coordenação viso-auditiva-verbal, que asseguram o complexo ato da compreensão da linguagem escrita. A criança, portanto, não é capaz de realizar um comportamento léxico eficaz partindo das formas do esquema de exercícios que, habitualmente, levam o aluno a adquirir o mecanismo da leitura. (REY, apud NOVAES, p. 229) Segundo ABD, a dispersão é a primeira característica a ser percebida entre as crianças com dislexia. Elas demonstram dificuldades em manter a atenção durante a realização de atividades. Geralmente é perceptível no início da alfabetização e pode ser confundida com inteligência baixa ou desmotivação. Características, predominantes: dificuldades com a linguagem e escrita; dificuldades em escrever; dificuldades com a ortografia; lentidão na aprendizagem da leitura. Haverá muitas vezes: disgrafia (letra feia); discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada; dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização; dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de tarefas complexas; dificuldades para compreender textos escritos; dificuldades em aprender uma excessiva ou o palhaço da turma; bom desempenho em provas orais. Adultos com dislexia que não tiveram um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto disléxico ainda apresentará, as seguintes dificuldades: Continuada dificuldade na leitura e escrita; Memória imediata prejudicada; Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia); Dificuldade com direita e esquerda; Dificuldade em organização. Segunda língua. Haverá às vezes: dificuldades com a

16 15 linguagem falada; dificuldade com a percepção espacial; confusão entre direita e esquerda. (ABD). Característica de acordo com a fase escolar. É importante o professor ficar atento caso o aluno apresentar os sintomas relacionados abaixo. O fato de apresentar alguns desses sintomas, segundo CONDEMARIM (1986), não indica necessariamente que a criança seja disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com certeza, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou estimulação. Pré-escola dispersão; Fraco desenvolvimento da atenção; Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem; Dificuldade em aprender rimas e canções; Fraco desenvolvimento da coordenação motora. Dificuldade com quebra cabeça; Falta de interesse por livros impressos. Idade escolar. Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional. Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita; Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras); Desatenção e dispersão; Dificuldade em copiar de livros e da lousa; Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa (ginástica, dança, etc.); Desorganização geral pode citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares; Confusão entre esquerda e direita; Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc... Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas; Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc... Dificuldades em decorar sequências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc.. Dificuldade na matemática e desenho geométrico; Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias). Troca de letras na escrita; Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; Problemas de conduta como: depressão, timidez.

17 CAPÍTULO IV TIPOS DE DISLEXIA De acordo com PESTUN (2003), a dislexia pode ser dividida nos seguintes subtipos: Dislexia Disfonética: Dificuldades de percepção auditiva na análise e síntese de fonemas, dificuldades temporais, e nas percepções da sucessão e da duração (troca de fonemas-sons, grafemas- diferentes, dificuldades no reconhecimento e na leitura de palavras que não tem significado, alterações na ordem das letras e das sílabas, omissões e acréscimos, maior dificuldade na escrita do que na leitura, substituições de palavras por sinônimos). Dislexia auditiva: Deficiência na percepção auditiva, na memória auditiva (não audiabiliza cognitivamente o fonema). CARACTERÍSTICAS DE DISLEXIA AUDITIVA OU DISFONÉTICA: A psicóloga americana Eleanor Boder em 1973 constatou distintos erros na leitura e escrita em diferentes crianças, com isso classificou as crianças em três tipos de disléxicos, o primeiro grupo, denominado disfonéticos é o maior, e inclui as crianças que apresentam dificuldades de consciência fonológica, são insensíveis à rima e à estrutura fonológica das palavras, portanto, têm dificuldade em usar as correspondências letra-som na leitura e escrita. Já, o segundo grupo é bem reduzido e utiliza bem a correspondência letra-som tanto na escrita como na leitura, porém, apresenta dificuldade visual e é denominado diseidético. Por último, o terceiro grupo, que não apresenta uma denominação específica, apresenta os dois tipos de dificuldades citadas acima. Portanto, através disso pode-se concluir que algumas crianças sem dificuldade de leitura tendem a utilizar mais as correspondências letrasom, enquanto outras utilizam mais o visual em geral (NUNES; BUARQUE; BRYANT, 2001).

18 CAPÍTULO V DIFICULDADES PROVOCADAS São muitos os sinais que identificam a dislexia. Crianças disléxicas, segundo CONDEMARIM (1986), tendem a confundir letras com grande frequência. Entretanto, esse indicativo não é totalmente confiável, pois muitas crianças, inclusive não disléxicas, frequentemente confundem letras do alfabeto e as escrevem espelhadas. Na Educação Infantil, crianças disléxicas demonstram dificuldades ao tentar rimar palavras e reconhecer fonemas. Na primeira série, elas não conseguem ler palavras curtas e simples, têm dificuldade em identificar fonemas e reclamam que ler é muito difícil. Da segunda à quinta série, crianças disléxicas têm dificuldades em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras; elas também frequentemente confundem palavras. Essas são apenas algumas das dificuldades provocadas em uma criança que sofre de dislexia. Conforme SELIKOWITZ (2001, p.14), a leitura do disléxico pode ser lenta e hesitante, com erros elementares. Ao ler, ele pode formar a história baseado nas ilustrações para dissimular dificuldades ou pode tentar adivinhar as palavras de forma desordenada. Pode ser incapaz de soletrar as palavras em sua ortografia, apesar de tentar arduamente. Sua letra pode permanecer muito imatura ou ilegível, apesar de grande esforço. Outro sinal é quando ela consegue escrever claramente apenas se o fizer extremamente devagar. Suas habilidades aritméticas, segundo FONSECA (1995), são afetadas, ela parece confusa quando lhe pedem para fazer cálculos que se espera de uma criança de seu nível de escolaridade. A criança tem grandes dificuldades para entender o significado das operações aritméticas, como adição, subtração e multiplicação. Uma outra indicação de que a criança pode ter uma dificuldade específica de aprendizagem, segundo BRUCK ( 1990), é a lentidão da fala. Ela pode encontrar dificuldade para se expressar ou sua fala pode ser imatura e confusa. É a dificuldade da criança entender a linguagem que é primeiramente percebida, ela pode ficar confusa diante de uma situação complexa e não entender histórias adequadas à sua idade.

19 18 A criança, segundo GARCIA (1998), pode ser inquieta, impulsiva e incapaz de se concentrar em uma tarefa por um determinado período de tempo, pode ter grande dificuldade para colocar as coisas na ordem correta ou para aprender a diferenciar as noções de direita e esquerda. Aprender a dar laço no sapato ou dizer as horas pode estar além de suas capacidades, mesmo com idade em que outras crianças dominam estas habilidades facilmente. Uma dificuldade específica de aprendizagem apresenta-se inicialmente como um problema de comportamento ou como uma dificuldade de relacionamento com os colegas, isto pode ser uma armadilha para os menos atentos, já que o problema pode ser atribuído à indisciplina e, consequentemente, não surgir a suspeita de uma dificuldade de aprendizagem. A criança pode recusar-se a fazer as tarefas escolares ou ludibriar ao fazê-las, pode tornar-se arredia, agressiva ou hostil, ela pode ser rejeitada pelas outras crianças e tornar-se socialmente isolada. Estes comportamentos podem indicar autoestima baixa como resultado das dificuldades com as tarefas escolares. Dificuldade de concentração que resulta em inquietação e impulsividade pode também se interpretada erroneamente como indisciplina (SELIKOWITZ, 2001, p. 14). A dislexia está muitas vezes, associada a outros termos e perturbações, como é o caso da DISGRAFIA, DISCALCULIA, HIPERATIVIDADE E HIPOATIVIDADE. (MORAES,2003). A - DISGRAFIA é uma inabilidade ou atraso no desenvolvimento da Linguagem Escrita, especialmente em escrita cursiva. Escrever em computador pode ser muito mais fácil para o disléxico. Na escrita manual, as letras podem se mal grafadas, borradas ou incompletas, com tendência à escrita em letra de forma. Os erros ortográficos, inversões de letras, sílabas e números e a falta ou troca de letras e números ficam caracterizados com muita frequência. B - DISCALCULIA é a dificuldade de calcular, porque encontram dificuldades de compreender o enunciado das questões. C - HIPERATIVIDADE que se refere à atividade psicomotora excessiva, o jovem ou criança hiperativa tem um comportamento impulsivo, é aquela criança que fala sem parar e nunca espera por nada, não consegue esperar por sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos, não consegue focar a atenção em um único tópico. Assim, dá a falsa impressão de que é desligada, mas ao contrário, é por estar ligada em

20 19 tudo, ao mesmo tempo em que não consegue concentrar-se em um único estimulo, ignorando os outros. D HIPOATIVIDADE se caracteriza por um nível baixo de atividade psicomotora, com reação lenta a qualquer estimulo, trata-se daquela criança chamada boazinha, que parece estar sempre no mundo da lua, sonhando acordada. Comumente, o hipoativo tem memória pobre e comportamento vago, pouca interação social e quase não se envolve com seus colegas. (MARTINS, 2003).

21 CAPÍTULO VI O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DOS DISLEXOS O processo de aquisição da leitura e da escrita acontece naturalmente dentro e fora da escola. Inseridas no ambiente familiar as crianças já tem contato com um universo construtor da linguagem escrita e falada, daí a necessidade do estímulo dos familiares para que ela se desenvolva gradativamente, este processo pode ser interrompido ou desviado pelos distúrbios de aprendizagem, de Face aos desafios atuais, o professor precisa desenvolver as competências adquiridas na formação inicial e na maioria das vezes de construir competências inteiramente novas. (PERRENOUD, 2000, p. 158) Segundo FONSECA (1995), o trabalho com o aluno disléxico deve ser realizado primeiramente por profissionais de saúde, o que não exclui o trabalho do professor, da família e do próprio aluno no processo de aquisição da leitura e escrita. Logo, a escola exerce o papel mais significativo no processo de transformação da situação da criança com dislexia. O tratamento com o aluno disléxico deve acontecer onde o problema surge, ou seja, se ocorrer na sala de aula é lá que o professor deve fazer a intervenção. Não se pode simplesmente rotular uma criança, é necessário conhecer a fundo o 48 comportamento da mesma, para assim, através de uma análise geral, realizar as intervenções e encaminhamentos necessários. De acordo com IANHEZ e NICO (2002), as crianças que possuem dislexia aprendem de forma diferente, mas é possível que acompanhem o ensino tradicional se o professor preocupar-se em dar a ela apoio necessário para superar suas dificuldades. O professor deve promover ao aluno a possibilidade de relacionar o aprendizado com o concreto, pois o disléxico apreende melhor o conteúdo se no processo houver a estimulação dos órgãos sensoriais: tato, paladar, visão, sensação, etc. Todo aprendizado que envolva os vários sentidos funciona de maneira positiva para os disléxicos e, convém ressaltar, também para os não disléxicos. (IANHEZ; NICO, 2002, p. 78). IANHEZ e NICO (2002) apresentam ainda várias estratégias para o trabalho com alunos disléxicos. A primeira delas é o jogo da memória, onde os alunos são estimulados a desenvolver habilidades de concentração, observação e memória e também auxilia no trabalho a memorização de objetos, letras ou números. Escrever no céu ou escrever no ar também é um

22 21 ótimo exercício, pois, reforça o padrão neurológico. Para o trabalho com a matemática, segundo FONSECA (1995), sugere-se a permissão do uso de calculadora ou tabuada, pois o trabalho com materiais concretos facilita a aprendizagem. O computador também é um aliado, pois permite que a criança cometa erros sem punições, mas deve-se tomar o devido cuidado, procurando escolher programas que se adaptem ao perfil do aluno. O gravador também pode ser usado no processo de aprendizagem, ele auxiliará o aluno, possibilitando que o mesmo possa gravar a leitura de textos e aulas, entre outras coisas, para posterior revisão. Além dessas estratégias apresentadas pelas autoras citadas anteriormente, a Associação Nacional de Dislexia (2002), elenca algumas sugestões para que o professor possa garantir o sucesso na aprendizagem do aluno, são elas: Certifiquese de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente; Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia as instruções para ele; Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os deveres; Estimule a expressão verbal do aluno; Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões; Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina; Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço; Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade; Dê 49 explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado; Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos; "Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual, e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com a água fervendo; Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele. IANHEZ e NICO (2002), afirmam que a dislexia é um distúrbio que

23 22 acompanhará o disléxico por toda sua vida, mas isso não é uma condição que o tornará incapaz, ele pode com ajuda superar suas dificuldades e aprender a conviver com elas. A ajuda de pais e professores contribuirá para que ela vença a frustação e alcance o sucesso. Todos nós, seres humanos, disléxicos ou não, possuímos limitações, porém o que nos move é a esperança de sermos reconhecidos por aquilo que fazemos de melhor. Entre eles o mais encontrado em salas de aulas, a dislexia.

24 CAPÍTULO VII A AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA Diferentemente do que se pensava até pouco tempo, o processo de aquisição da leitura e da escrita não se dá somente no ambiente escolar, pelo contrário, o ambiente escolar atua como uma espécie de organizador do processo de letramento, o qual se inicia no ambiente familiar e na comunidade que a criança pertence. Diante desta afirmação sabe-se o quanto é importante a estimulação que a criança recebe no seu dia-a-dia para que se sinta seduzida a entrar no universo da palavra. A alfabetização é um processo de construção de hipóteses sobre o funcionamento do sistema alfabético da escrita. Para aprender a ler e escrever, o aluno precisa participar de situações que colocam a necessidade de refletir, transformando informações em conhecimento próprio e enfrentando desafios. Quanto ao processo de construção da escrita, segundo FERREIRO ( 1992), pode-se afirmar que a criança passa por diferentes níveis estruturais da linguagem, descrita a seguir: NÍVEL PRÉ-SILÁBICO - Não se busca correspondência com o som; as hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo. A criança tenta neste nível: - Diferenciar entre desenho e escrita; - utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras; - Reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita; - Percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes. (FERREIRO 1992, p.69).

25 24 O nível silábico subdivide-se em: Silábico e Silábico alfabético. NÍVEL SILÁBICO: A criança compreende que as diferenças na representação escrita está relacionada ao som das palavras, o que leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando, ora apenas consoante, ora apenas vogal, ora letras inventadas, repetindoas de acordo com o número de sílabas das palavras. SILÁBICO ALFABÉTICO: Convivem com as formas de fazer corresponder os sons, as formas silábicas e alfabéticas ela pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética. O nível alfabético é o último nível na aprendizagem da escrita. Momento em que o aluno chega aos seguintes entendimentos: - A sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores; - A identificação do som não é garantia da identificação da terra, o que pode gerar as frequentes dificuldades ortográficas; - a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras. (FERREIRO, 1992, p. 69.). Para a aquisição da leitura é necessário conhecer o princípio alfabético, saber que as letras do alfabeto têm um nome e representam um som da linguagem, saber analisar e segmentar as palavras em sílabas e fonemas, saber realizar as fusões fonêmicas e silábicas e encontrar a pronúncia correta que concorde com o significado das palavras. Os fatores motivacionais são muito importantes no desenvolvimento da capacidade leitora dado que a melhoria desta competência está altamente relacionada com o querer, com a vontade de persistir, embora as dificuldades sentidas e a não obtenção de resultados imediatos tenham forte influência na aquisição da leitura e também da escrita.

26 CAPÍTULO VIII A DISLEXIA E A ALFABETIZAÇÃO Aprender a ler e escrever é um grande desafio, os envolvidos no processo de alfabetizar, inclusive a família, precisam parar e refletir um pouco sobre tudo o que está envolvido no processo de alfabetização. São muitas as dificuldades das crianças no início do processo de aprendizagem da língua escrita, ainda que apresente um perfil normal de desenvolvimento. Segundo FERREIRO E TEBEROSKY (1986), a escrita não reflete uma exata correspondência com a fala. Ela representa por meio de letras, fonemas, mas nem sempre um fonema corresponde a uma letra; muitas vezes a palavra escrita tem mais letras do que os sons que pronunciamos (grafemas). Raramente usamos os fonemas isoladamente, sendo que, de início, a unidade mais facilmente aprendida pela criança é a sílaba, um dos motivos pelos quais, aliás, a criança antes de chegar à fase alfabética se utiliza da representação silábica. Conforme FERREIRO e TEBEROSKY (1986), a divisão em sílabas se dá praticamente em todas as culturas. Segundo essas autoras, conforme uma perspectiva pedagógica, o problema da aprendizagem da leitura e da escrita tem sido exposto como uma questão de método. A preocupação dos educadores tem-se voltado para a busca do melhor ou mais eficaz, levantando, assim, uma polêmica em torno de dois tipos fundamentais: métodos sintéticos, que partem de elementos menores que a palavra, e métodos analíticos, que partem da palavra ou de unidades maiores. O método sintético consiste, fundamentalmente, na correspondência entre o oral e escrito, entre o som e a grafia. Outro ponto chave para esse método é estabelecer a correspondência a partir dos elementos mínimos, num processo que consiste em ir das partes ao todo. Os elementos mínimos da escrita são as letras. Durante muito tempo se ensinou a pronunciar as letras, estabelecendo-se as regras de sonorização da escrita. Os métodos alfabéticos mais tradicionais abonam tal postura. (FERREIRO E TEBEROSKY, 1986). Sob a influência da linguística, desenvolve-se o método fonético, propondo que se parta do oral. A unidade mínima de som da fala é o fonema. O processo,

27 26 então, consiste em iniciar pelo fonema, associando-o a sua representação gráfica. É preciso que o sujeito seja capaz de isolar e reconhecer os diferentes fonemas, para poder, a seguir, relacioná-los aos sinais gráficos (FERREIRO E TEBEROSKY, 1986). Como a ênfase está posta na análise auditiva para se separar os sons e estabelecer as correspondências grafema-fonema (isto é, letra-som), estabelecemse duas questões como prévias: - que a pronúncia seja correta para evitar confusões entre os fonemas e - que as grafias de formas semelhantes sejam apresentadas separadamente para evitar confusões visuais entre as grafias. Outro dos importantes princípios para o método é ensinar um par fonema grafema por vez, sem passar ao seguinte enquanto a associação não esteja bem fixada. Na aprendizagem, está em primeiro lugar a mecânica da leitura que, posteriormente, dará lugar à leitura inteligente (compreensão do texto lido), culminando com uma leitura expressiva, onde se junta a entonação. Segundo FERREIRO e TEBEROSKY (1986, p.19), a aprendizagem da leitura e da escrita é uma questão mecânica; trata-se de adquirir a técnica para o decifrado do texto. Porque se concebe a escrita como transcrição gráfica da linguagem oral, ler equivale a decodificar o escrito em som. Nessa perspectiva, é evidente que o método será tanto mais eficaz quanto mais o sistema da escrita estiver de acordo com os princípios alfabéticos. Isto é, quanto mais perfeita seja a correspondência som-letra. Em nenhum sistema de escrita existe uma total coincidência entre a fala e a ortografia; segundo COLELLO (1995), recomenda-se começar com aqueles casos da ortografia regular, palavras onde a grafia coincida com a pronúncia. As cartilhas ou os livros de iniciação à leitura nada mais são do que a tentativa de conjugar todos esses princípios: evitar confusões auditivas e/ou visuais; apresentar um fonema (e seu grafema correspondente) por vez; e finalmente trabalhar com os casos de ortografia regular. As sílabas sem sentido são utilizadas regularmente, o que acarreta a consequência inevitável de dissociar som da significação e, portanto, dissociar a leitura da fala. O processo de aprendizagem da leitura é visto, simplesmente, como uma associação entre respostas sonoras e estímulos gráficos. (FERREIRO e

28 TEBEROSKY, 1986, p.20). 27

29 CAPÍTULO IX TRATAMENTO Foram desenvolvidos diversos programas para curar a dislexia. Não há um só tratamento que seja adequado a todas as pessoas. Contudo, a maioria dos tratamentos, segundo FONSECA (1995), enfatiza a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e fluência na leitura. Esses tratamentos, ajudam o disléxico a reconhecer sons, sílabas, palavras e, por fim, frases. É aconselhável que a criança disléxica leia em voz alta com um adulto para que ele possa corrigi-la. Alguns estudos, segundo ABD, sugerem que um tratamento adequado, administrado ainda cedo na vida escolar de uma criança, pode corrigir as falhas nas conexões cerebrais ao ponto que elas desapareçam por completo. Nunca é tarde demais para ensinar disléxicos a ler e a processar informações com mais eficiência. Entretanto, diferente da fala que qualquer criança acaba adquirindo a leitura precisa ser ensinada. Utilizando métodos adequados de tratamento e com muita atenção e carinho, segundo FONSECA (1995), a dislexia pode ser derrotada. IANHEZ e NICO (2002), afirmam que a dislexia é um distúrbio que acompanhará o disléxico por toda sua vida, mas isso não é uma condição que o tornará incapaz, ele pode com ajuda superar suas dificuldades e aprender a conviver com elas. A ajuda de pais e professores contribuirá para que ela vença a frustação e alcance o sucesso. Todos nós, seres humanos, disléxicos ou não, possuímos limitações, porém o que nos move é a esperança de sermos reconhecidos por aquilo que fazemos de melhor.

30 CONSIDERAÇÕES FINAIS É reconhecido que a dislexia se apresenta como uma das causas de dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita. No entanto, esse distúrbio pode ser superado ou reduzido por meio de intervenções coerentes. Devido à incompreensão do problema, a criança pode ser considerada como problemática e não como uma criança com dificuldade que necessita de auxílio para superar o obstáculo, pois por não conseguir ler e escrever, seu comportamento pode ser contrário ao esperado. Ela se sente incapaz ao ser comparada com os colegas que são competentes. Dessa forma, é aconselhável que professores e demais envolvidos compreendam as dificuldades dessa criança, entendam os processos de leitura, métodos e estratégias para que se providenciem intervenções adequadas. É necessário que a relação afetiva seja fortalecida, para que as práticas educativas tenham efeito, respeitando e aceitando a criança como ser em construção que, por alguma razão, necessita de uma atenção mais centrada. Nessa interação, deve-se sobrepor o respeito, o carisma e a empatia para que o vínculo de confiança seja construído, visando à integração da criança na sociedade.

Dislexia. Dificuldade na área da leitura, gerando a troca de linhas, palavras, letras, sílabas e fonemas.

Dislexia. Dificuldade na área da leitura, gerando a troca de linhas, palavras, letras, sílabas e fonemas. Dislexia (BARROS, 2010; SILVA, 2009) Dificuldade na área da leitura, gerando a troca de linhas, palavras, letras, sílabas e fonemas. A troca de letras ocorre especialmente naquelas com diferenças sutis

Leia mais

CRDA CENTRO DE REFERÊNCIA EM DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM DISORTOGRAFIA E DISCALCULIA

CRDA CENTRO DE REFERÊNCIA EM DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM DISORTOGRAFIA E DISCALCULIA CRDA CENTRO DE REFERÊNCIA EM DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM Dra. Maria Fernanda C. R. De Campos Neurologia Infantil -UNIFESP Ortografia x Grafia DISORTOGRAFIA E DISCALCULIA Grafia: técnica do uso da linguagem

Leia mais

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Problemas de Aprendizagem na Escola Parte 2. Professora: Nathália Bastos

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Problemas de Aprendizagem na Escola Parte 2. Professora: Nathália Bastos PEDAGOGIA Aspecto Psicológico Brasileiro Parte 2 Professora: Nathália Bastos DISLEXIA. Dificuldades de aprendizagem específicas na leitura; no reconhecimento preciso e decodificação da palavra e ao soletrar

Leia mais

CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO DE BRASÍLIA UM PROJETO PEDAGÓGICO COMPATÍVEL COM O MUNDO ATUAL: CONTRIBUIÇÕES DAS NEUROCIÊNCIAS. Dra.

CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO DE BRASÍLIA UM PROJETO PEDAGÓGICO COMPATÍVEL COM O MUNDO ATUAL: CONTRIBUIÇÕES DAS NEUROCIÊNCIAS. Dra. CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO DE BRASÍLIA UM PROJETO PEDAGÓGICO COMPATÍVEL COM O MUNDO ATUAL: CONTRIBUIÇÕES DAS NEUROCIÊNCIAS Dra. Nadia Bossa Profa. Dra. Nadia Aparecida Bossa Doutora em Psicologia

Leia mais

Constituição de 88, artigo 205 Nota técnca 4/2014 do MEC LEI Nº , DE 6 DE JULHO DE 2015.

Constituição de 88, artigo 205 Nota técnca 4/2014 do MEC LEI Nº , DE 6 DE JULHO DE 2015. Constituição de 88, artigo 205 Nota técnca 4/2014 do MEC LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Podemos entender as di culdades de aprendizagem como um sintoma, e se compararmos a uma febre isso ca mais

Leia mais

DIFICULDADES ESPECÍFICAS NA APRENDIZAGEM DA LEITURA: DISLEXIA RESUMO

DIFICULDADES ESPECÍFICAS NA APRENDIZAGEM DA LEITURA: DISLEXIA RESUMO DIFICULDADES ESPECÍFICAS NA APRENDIZAGEM DA LEITURA: DISLEXIA DORIS ADRIANE MEINE ELISANDRA DA SILVA SOUZA TÂNIA MARIA DE LONGARAY VALDETE LAZAROTI DE CARVALHO AGLAE CASTRO DA SILVA SCHLORKE RESUMO Este

Leia mais

PROBLEMA NA LINGUAGEM ESCRITA: TRANSTORNOS OU DIFICULDADES?

PROBLEMA NA LINGUAGEM ESCRITA: TRANSTORNOS OU DIFICULDADES? PROBLEMA NA LINGUAGEM ESCRITA: TRANSTORNOS OU DIFICULDADES? DALMA RÉGIA MACÊDO PINTO FONOAUDIÓLOGA/PSICOPEDAGOGA PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM Dificuldades dificuldades experimentadas por todos os indivíduos

Leia mais

COMO TRABALHAR E IDENTIFICAR A DISCALCULIA

COMO TRABALHAR E IDENTIFICAR A DISCALCULIA 63 COMO TRABALHAR E IDENTIFICAR A DISCALCULIA Nayana Laura Flores 1 Resumo: A discalculia quando identificada no aluno tem que ser tratado, mas esse tratamento deve ter o auxílio Da escola e da família,

Leia mais

dificuldades de Aprendizagem X distúrbio de Aprendizagem

dificuldades de Aprendizagem X distúrbio de Aprendizagem Capacitação Multidisciplinar Continuada Como lidar com as dificuldades de Aprendizagem X distúrbio de Aprendizagem O que é aprendizagem Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através

Leia mais

Distúrbio de Aprendizagem

Distúrbio de Aprendizagem Distúrbio de Aprendizagem Profa. Dra. Simone Aparecida Capellini FFC/UNESP-Marília-SP Laboratório de Investigação dos Desvios da Aprendizagem LIDA/FFC/UNESP-Marília-SP Alterações do Desenvolvimento da

Leia mais

CRDA CENTRO DE REFERÊNCIA EM DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM DISLEXIA

CRDA CENTRO DE REFERÊNCIA EM DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM DISLEXIA CRDA CENTRO DE REFERÊNCIA EM DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM Dra. Maria Fernanda C. R. De Campos Neurologia Infantil - UNIFESP Definições DISLEXIA Etimologia Dus: grego difícil Lexis palavra Defeito de aprendizagem

Leia mais

GABINETE DE APOIO PSICOLÓGICO

GABINETE DE APOIO PSICOLÓGICO Sessão de esclarecimento On-line GABINETE DE APOIO PSICOLÓGICO Informação ao Encarregado de Educação DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Gabinete de Apoio Psicológico Agrupamento de Escolas de Almeida 1 DIFICULDADES

Leia mais

Transtornos de Aprendizagem. Carla Cristina Tessmann Neuropsicóloga

Transtornos de Aprendizagem. Carla Cristina Tessmann Neuropsicóloga Transtornos de Aprendizagem Carla Cristina Tessmann Neuropsicóloga Neuropsicologia Conforme definição de Luria (1981), Neuropsicologia é a ciência que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento

Leia mais

MÚSICA COMO INSTRUMENTO PSICOPEDAGÓGICO PARA INTERVENÇÃO COGNITIVA. Fabiano Silva Cruz Educador Musical/ Psicopedagogo

MÚSICA COMO INSTRUMENTO PSICOPEDAGÓGICO PARA INTERVENÇÃO COGNITIVA. Fabiano Silva Cruz Educador Musical/ Psicopedagogo MÚSICA COMO INSTRUMENTO PSICOPEDAGÓGICO PARA INTERVENÇÃO COGNITIVA Fabiano Silva Cruz Educador Musical/ Psicopedagogo (gravewild@yahoo.com.br) APRESENTAÇÃO Fabiano Silva Cruz Graduado em composição e arranjo

Leia mais

A importância da decodificação de palavras para a compreensão leitora. Por Renata Taborda

A importância da decodificação de palavras para a compreensão leitora. Por Renata Taborda A importância da decodificação de palavras para a compreensão leitora Por Renata Taborda Atualmente a ciência da leitura vem nos fornecendo informações preciosas sobre como aprendemos a ler e escrever.

Leia mais

DISCALCULIA: A DESMISTIFICAÇÃO DE UMA SIMPLES DIFICULDADE MATEMÁTICA Ana Cláudia Oliveira Nunes Juliana Naves Silva

DISCALCULIA: A DESMISTIFICAÇÃO DE UMA SIMPLES DIFICULDADE MATEMÁTICA Ana Cláudia Oliveira Nunes Juliana Naves Silva DISCALCULIA: A DESMISTIFICAÇÃO DE UMA SIMPLES DIFICULDADE MATEMÁTICA Ana Cláudia Oliveira Nunes Juliana Naves Silva Palavras-Chave: Fracasso Escolar; Distúrbio; Ação Pedagógica Introdução A dificuldade

Leia mais

PANLEXIA COMO RECURSO PEDAGÓGICO DENTRO DO PROGRAMA TEACCH NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO E COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

PANLEXIA COMO RECURSO PEDAGÓGICO DENTRO DO PROGRAMA TEACCH NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO E COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL PANLEXIA COMO RECURSO PEDAGÓGICO DENTRO DO PROGRAMA TEACCH NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO E COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Elisama de Souza Morais (1); Sandra Beltrão Tavares Costa (2); Raqueliane

Leia mais

SALA DE AULA X TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM. A Contribuição da Neurociência na Prática Docente. Fabricia Biaso

SALA DE AULA X TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM. A Contribuição da Neurociência na Prática Docente. Fabricia Biaso SALA DE AULA X TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM. A Contribuição da Neurociência na Prática Docente. Fabricia Biaso INTENCIONALIDADE Apresentar uma visão abrangente acerca dos transtornos de aprendizagem e quais

Leia mais

MODELO DE PARECER DE UMA CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS. Autora : Simone Helen Drumond (92) /

MODELO DE PARECER DE UMA CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS. Autora : Simone Helen Drumond (92) / MODELO DE PARECER DE UMA CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS. Autora : Simone Helen Drumond simone_drumond@hotmail.com (92) 8808-2372 / 8813-9525 MODELO DE PARECER DE UMA CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS.

Leia mais

DISTÚRBIOS, TRANSTORNOS, DIFICULDADES E PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

DISTÚRBIOS, TRANSTORNOS, DIFICULDADES E PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM DISTÚRBIOS, TRANSTORNOS, DIFICULDADES E PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM Os termos distúrbios, transtornos, dificuldades e problemas de aprendizagem tem sido utilizados de forma aleatória, tanto na literatura

Leia mais

REFLEXÕES DOCENTES ACERCA DA DISCALCULIA

REFLEXÕES DOCENTES ACERCA DA DISCALCULIA REFLEXÕES DOCENTES ACERCA DA DISCALCULIA Liziane Batista Souza Universidade Federal de Santa Maria -UFSM liziane.souza6@gmail.com Danieli Martins Ambrós Universidade Federal de Santa Maria -UFSM danieliambros@yahoo.com.br

Leia mais

TRANSTORNO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO

TRANSTORNO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO TRANSTORNO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO Dra Nadia Aparecida Profa. Dra. Nádia Aparecida Doutora em Psicologia e Educação USP, Mestre em Psicologia da

Leia mais

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: DISLEXIA, DISGRAFIA E DISCALCULIA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: DISLEXIA, DISGRAFIA E DISCALCULIA DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: DISLEXIA, DISGRAFIA E DISCALCULIA O processo da leitura no cérebro Existem duas áreas do córtex cerebral que estão relacionadas com a capacidade de comunicação por meio da

Leia mais

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM. Me. Joanne Lamb Maluf

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM. Me. Joanne Lamb Maluf DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Me. Joanne Lamb Maluf Definições (nomenclatura); Dificuldade ou Transtorno? Inclusão escolar; Transtornos de Aprendizagem; Psicopedagogia e os transtornos de aprendizagem.

Leia mais

promove a semana da Dislexia.

promove a semana da Dislexia. O promove a semana da Dislexia. O tema de 2016 é Semeando Boas Práticas, a campanha ocorre entre 5 e 12 de outubro com diversas ações nas instituições parceiras. O, para valorizar estas ações e campanhas,

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO E NEUROCIÊNCIA

ALFABETIZAÇÃO E NEUROCIÊNCIA ALFABETIZAÇÃO E NEUROCIÊNCIA O QUE É NECESSÁRIO PARA O ENSINO DA LEITURA E ESCRITA? - Desconstruir. - Compreender que existem estruturas neuronais que podem ser estimuladas para esta aquisição. - Compreender

Leia mais

DISLEXIA, DE STELLA STELLING. STELLING, Estela. Dislexia. Rio de Janeiro: Revinter, p.

DISLEXIA, DE STELLA STELLING. STELLING, Estela. Dislexia. Rio de Janeiro: Revinter, p. 5 DISLEXIA, DE STELLA STELLING Márcia Morena Soave 1 STELLING, Estela. Dislexia. Rio de Janeiro: Revinter, 1994. 92 p. Stella Stelling é fonoaudióloga, professora, pós-graduada em Metodologia do Ensino

Leia mais

SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO

SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO CASTRO.M.B. 1 ; MARRONI.N.M.O. 2 ; FARIA.M.C.C. 3 ; RESUMO A Síndrome de Asperger é uma desordem pouco comum, ou seja, um grupo de problemas que algumas crianças tem quando

Leia mais

Plano de/ Intervenção

Plano de/ Intervenção Plano de/ Intervenção Transtornos de aprendizagem Jessica Queretti Pereira CONTEXTUALIZAÇÃO As escolas estão cada dia mais aumentando o número de atendimentos a alunos com algum tipo de transtorno de aprendizagem,

Leia mais

INTRODUÇÃO. Para obter mais informações ou serviços, envie para: ou visite:

INTRODUÇÃO. Para obter mais informações ou serviços, envie  para: ou visite: MUESTRA AMOSTRA INTRODUÇÃO Fazendo Chinês Fácil para Crianças, reconhecido como um dos melhores materiais de aprendizagem de chinês em todo o mundo, é publicado pelo Hong Kong s prestigious Joint Publishing

Leia mais

A CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DA ESCRITA COMO PROCESSO COGNITIVO

A CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DA ESCRITA COMO PROCESSO COGNITIVO A CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DA ESCRITA COMO PROCESSO COGNITIVO SILVIA FERNANDES DE OLIVEIRA 1 INTRODUÇÃO Este projeto pretende enfocar a especificidade da construção do sistema da escrita como processo cognitivo.

Leia mais

Prova de Avaliação de Competências Pré- Leitoras (P.A.C.P.L.)

Prova de Avaliação de Competências Pré- Leitoras (P.A.C.P.L.) Prova de Avaliação de Competências Pré- Leitoras (P.A.C.P.L.) INTRODUÇÃO Projeto das bibliotecas escolares: Formar crianças leitoras Avaliar preditores da futura competência leitora. - O objetivo último

Leia mais

Diferentes abordagens de alfabetização

Diferentes abordagens de alfabetização ALFABETIZAÇÃO Diferentes abordagens de alfabetização MODELO 1 (MÉTODO FONÉTICO OU DIRETO) Identificar oralmente os fonemas da língua (sons). Corresponder o fonema ao grafema: mostrar a letra e a pronuncia

Leia mais

Fracasso Escolar: um olhar psicopedagógico

Fracasso Escolar: um olhar psicopedagógico Fracasso Escolar: um olhar psicopedagógico Profa. Dra. Nádia Aparecida Bossa Doutora em Psicologia e Educação USP, Mestre em Psicologia da Educação PUC-SP, Neuropsicóloga, Psicopedagoga, Psicóloga, Pedagoga.

Leia mais

Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia.

Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia. Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia. Fgo. Dr. Fábio Henrique Pinheiro Fonoaudiológo. Doutor em Educação UNESP/SP. Pós Doutor Universidad Católica de Valencia/ESP.

Leia mais

Índice. Grupo Módulo 4

Índice. Grupo Módulo 4 GRUPO 5.4 MÓDULO 4 Índice 1. Níveis Conceituais Linguísticos...3 2. Nível 1 Pré-Silábico...3 3. Nível 2 Intermediário I...4 4. Nível 3 Silábico...5 5. Nível 4 Intermediário II ou Silábico-Alfabético...5

Leia mais

Inclusão escolar. Educação para todos

Inclusão escolar. Educação para todos Inclusão escolar Educação para todos Aprender com as diferenças O movimento das escolas para promover uma educação inclusiva O tema é tão complexo quanto polêmico, mas já é possível contabilizar avanços

Leia mais

Qual a relação entre a singularidade e a configuração do sintoma? Qual o lugar destinado ao sintoma escolar no contexto da clínica?

Qual a relação entre a singularidade e a configuração do sintoma? Qual o lugar destinado ao sintoma escolar no contexto da clínica? Fracasso Escolar: um olhar psicopedagógico Dra Nadia Bossa Q ue s tõ e s Diante do peso da cultura quais são as condições de possibilidade desse sintoma culturalmente determinada, ou seja qual a natureza

Leia mais

METODOLOGIA DA ALF L A F BE B TI T ZA Z ÇÃ Ç O

METODOLOGIA DA ALF L A F BE B TI T ZA Z ÇÃ Ç O METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO Prof. Tiago S. de Oliveira Faculdade Polis das Artes psicoptiago@gmail.com www.faculdadepolis.com.br www.professortiago.jimdo.com www.greatlive.jimdo.com Como você foi alfabetizado?

Leia mais

Dra Nadia Bossa PALESTRA DISTÚRBIOS DE ATENÇÃO E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Dra Nadia Bossa  PALESTRA DISTÚRBIOS DE ATENÇÃO E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Dra Nadia Bossa PALESTRA DISTÚRBIOS DE ATENÇÃO E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Dra Nadia Bossa O cérebro é constituído de vários circuitos neuronais, denominados sistemas funcionais. Esses sistemas são

Leia mais

Doutora em Psicologia e Educação USP, Mestre em Psicologia da Educação PUC-SP, Neuropsicóloga, Psicopedagoga, Psicóloga, Pedagoga.

Doutora em Psicologia e Educação USP, Mestre em Psicologia da Educação PUC-SP, Neuropsicóloga, Psicopedagoga, Psicóloga, Pedagoga. Contribuições das Neurociências para a Qualidade e Inclusão na Educação Profa. Dra. Nádia Aparecida Bossa Doutora em Psicologia e Educação USP, Mestre em Psicologia da Educação PUC-SP, Neuropsicóloga,

Leia mais

Dificuldades de aprendizagem Zuleika de Felice Murrie

Dificuldades de aprendizagem Zuleika de Felice Murrie Dificuldades de aprendizagem Zuleika de Felice Murrie Apresentação utilizada como material de apoio no evento Orientação Técnica sobre a recuperação paralela realizado nos dias 23, 24 e 25 de julho de

Leia mais

Transtornos Funcionais Específicos: compreender para ensinar

Transtornos Funcionais Específicos: compreender para ensinar Transtornos Funcionais Específicos: compreender para ensinar Diana Melissa Faria Fonoaudióloga Formação em Dislexia Autora de livro e softwares sobre Comunicação e Aprendizagem 01/04/2013 Premissa da PNL:

Leia mais

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1 Simone Simões Oliveira 2, Henrique Da Silva Dos Santos 3, Angélica Dos Santos Motta 4, Ricardo Da Silva Hammarstron 5, Simone Simões Oliveira 6 1 Trabalho apresentado

Leia mais

A Informática na Educação Infantil

A Informática na Educação Infantil A Informática na Educação Infantil Apresentação A informática na educação se apresenta como uma inovação nas metodologias educacionais, fazendo uso da tecnologia no ambiente das escolas e trazendo o universo

Leia mais

DISTÚRBIOS E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM Parte I: Discalculia

DISTÚRBIOS E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM Parte I: Discalculia DISTÚRBIOS E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM Parte I: Discalculia Tânia Maria G. Boffoni 1 Neste número, vamos abordar um dos transtornos da aprendizagem que é em geral ignorado ou desconsiderado: a Discalculia.

Leia mais

Dislexia: dificuldades, características e diagnóstico

Dislexia: dificuldades, características e diagnóstico Dislexia: dificuldades, características e diagnóstico Célia Regina Rodrigues 1, Cristina Magalhães 1, Edna Rodrigues 1, Flávia Sousa Pereira 1, Maria das Graças Andrade 1, Solange Silva 1, Olavo Egídio

Leia mais

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM SALA DE AULA: ATUAÇÃO DO PROFESSOR E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM SALA DE AULA: ATUAÇÃO DO PROFESSOR E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM SALA DE AULA: ATUAÇÃO DO PROFESSOR E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO INTRODUÇÃO Alba Simone Nunes Viana Rodrigues E-mail: albasimone@hotmail.com Rosilma Ferreira de Sousa E-mail:

Leia mais

Alfabetização e letramento. Angélica Merli Fevereiro/2018

Alfabetização e letramento. Angélica Merli Fevereiro/2018 Alfabetização e letramento Angélica Merli Fevereiro/2018 1 2 Métodos sintéticos X Métodos analíticos Objetivo: Discutir diferentes métodos de alfabetização que, em cada momento da história da alfabetização,

Leia mais

A APRENDIZAGEM E SEUS DETERMINANTES BIOLÓGICOS, PSÍQUICOS E SOCIAIS

A APRENDIZAGEM E SEUS DETERMINANTES BIOLÓGICOS, PSÍQUICOS E SOCIAIS A APRENDIZAGEM E SEUS DETERMINANTES BIOLÓGICOS, PSÍQUICOS E SOCIAIS Thammis Leal Santana dos Santos 03 de Abril de 2016 Resumo: O presente trabalho busca evidenciar os determinantes biológicos, psíquicos

Leia mais

Desafios da inclusão escolar e

Desafios da inclusão escolar e Desafios da inclusão escolar e dificuldades de aprendizagens das pessoas com deficiência Profa. Dra Nadia Aparecida Bossa Profa. Dra. Nadia Aparecida Bossa Autora dos Livros: - Fracasso Escolar: um olhar

Leia mais

Aspectos Anatômicos: CÉREBRO E TDAH

Aspectos Anatômicos: CÉREBRO E TDAH Entendendo o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Parte I Aspectos Anatômicos: CÉREBRO E TDAH Ft. Alline Camargo Fisioterapeuta graduada pela Universidade de Sorocaba (UNISO) (CREFITO-3/228939-F)

Leia mais

O PERFIL PSICOMOTOR E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DISLÉXICAS

O PERFIL PSICOMOTOR E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DISLÉXICAS O PERFIL PSICOMOTOR E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DISLÉXICAS RAFAEL CESAR FERRARI DOS SANTOS, NINFA BENETTI LIMA, IRINEU A. TUIM VIOTTO FILHO, ORIENTADOR: PROFª. Msa. EDELVIRA DE CASTRO

Leia mais

Diagnóstico PPA (Perfil e Potencial de Aprendizagem): como ler e interpretar o relatório do(a) seu(sua) filho(a)

Diagnóstico PPA (Perfil e Potencial de Aprendizagem): como ler e interpretar o relatório do(a) seu(sua) filho(a) Diagnóstico PPA (Perfil e Potencial de Aprendizagem): como ler e interpretar o relatório do(a) seu(sua) filho(a) Como parte integrante das ferramentas de gestão pedagógica disponibilizadas pelo sistema

Leia mais

AUTISMO INFANTIL E A INCLUSÃO SOCIAL NA CIDADE DE PATROCÍNIO - MG

AUTISMO INFANTIL E A INCLUSÃO SOCIAL NA CIDADE DE PATROCÍNIO - MG Patrocínio, MG, outubro de 2016 ENCONTRO DE PESQUISA & EXTENSÃO, 3., 2016, Patrocínio. Anais... Patrocínio: IFTM, 2016. AUTISMO INFANTIL E A INCLUSÃO SOCIAL NA CIDADE DE PATROCÍNIO - MG Sthéfani Fidelix

Leia mais

HIPÓTESES DE ESCRITA Certezas Provisórias. Dúvidas Temporárias

HIPÓTESES DE ESCRITA Certezas Provisórias. Dúvidas Temporárias HIPÓTESES DE ESCRITA Certezas Provisórias Todas as crianças passam por níveis de hipóteses conceituais de escrita até atingirem a alfabetização: Uns alunos são mais rápidos que outros para se alfabetizarem;

Leia mais

A CRIANÇA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO SEGUNDO EMÍLIA FERREIRO 1

A CRIANÇA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO SEGUNDO EMÍLIA FERREIRO 1 A CRIANÇA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO SEGUNDO EMÍLIA FERREIRO 1 Mayrla Ferreira Silva Acadêmica do curso de Pedagogia Rosana Moraes de Sousa Acadêmica do curso de Pedagogia Universidade Estadual do Maranhão

Leia mais

Faculdade Capixaba da Serra MULTIVIX SERRA - ES. Curso de Licenciatura em Pedagogia

Faculdade Capixaba da Serra MULTIVIX SERRA - ES. Curso de Licenciatura em Pedagogia Faculdade Capixaba da Serra MULTIVIX SERRA - ES Curso de Licenciatura em Pedagogia ARTIGO DISLEXIA: DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM MULTIVIX SERRA ES 2015 Faculdade Capixaba da Serra MULTIVIX SERRA - ES Curso

Leia mais

O APRENDER. Profª Esp. Alexandra Fernandes Azevedo

O APRENDER. Profª Esp. Alexandra Fernandes Azevedo O APRENDER Profª Esp. Alexandra Fernandes Azevedo O conhecimento O Conhecimento é o resultado da relação de dois elementos básicos: Um sujeito conhecedor e um objeto conhecido É uma construção contínua,

Leia mais

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA RESUMO

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA RESUMO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA 1. Joana Hoff Würdig Aline Schmidt Benfatto 2. Aglae Castro da Silva Schlorke RESUMO As dificuldades de aprendizagem da matemática são transtornos significativos

Leia mais

DISLEXIA, O DIAGNÓSTICO TARDIO E SUA RELAÇÃO COM PROBLEMAS EMOCIONAIS.

DISLEXIA, O DIAGNÓSTICO TARDIO E SUA RELAÇÃO COM PROBLEMAS EMOCIONAIS. 1 DISLEXIA, O DIAGNÓSTICO TARDIO E SUA RELAÇÃO COM PROBLEMAS EMOCIONAIS. CARDOSO, Marcelo 1 DOMINGUES, Camila A. 2 INTRODUÇÃO A dislexia é um distúrbio específico de aprendizagem, de origem constitucional,

Leia mais

Métodos de Alfabetização

Métodos de Alfabetização Aulas 12 e 13/04 Métodos de Alfabetização Conceito de método Os métodos tradicionais de alfabetização Métodos de marcha sintética Métodos de marcha analítica Método Global Métodos mistos ou analítico-sintéticos

Leia mais

Como você foi alfabetizado?

Como você foi alfabetizado? METODOLOGIA E PRÁTICA DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Como você foi alfabetizado? Prof. Tiago S. de Oliveira psicoptiago@gmail.com www.professortiago.jimdo.com www.greatlive.jimdo.com 2 O neuropediatra Harry

Leia mais

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA GOVERNO REGIONAL SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO REFERENCIAÇÃO

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA GOVERNO REGIONAL SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO REFERENCIAÇÃO REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA GOVERNO REGIONAL SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO REFERENCIAÇÃO NÍVEL DE INTERVENÇÃO: ANO LETIVO I - PEDIDO DE AVALIAÇÃO ESPECIALIZADA

Leia mais

Aprendizagem e Neurodiversidade. Por André Luiz de Sousa

Aprendizagem e Neurodiversidade. Por André Luiz de Sousa Aprendizagem e Neurodiversidade Por André Luiz de Sousa Você provavelmente já se perguntou: o que é a aprendizagem? Como aprendemos? Neste breve texto, falaremos um pouco sobre este assunto. A aprendizagem

Leia mais

Carla Silva Professora Psicopedagoga

Carla Silva Professora Psicopedagoga Carla Silva Professora Psicopedagoga APRENDIZAGEM Relvas, 2011. -RECEBER -INTEGRAR -ORGANIZAR Aprender é um ato cerebral de plasticidade cerebral, modulado por fatores Intrínsecos (genéticos) e Extrínsecos

Leia mais

As capacidades linguísticas na alfabetização e os eixos necessários à aquisição da língua escrita PARTE 1

As capacidades linguísticas na alfabetização e os eixos necessários à aquisição da língua escrita PARTE 1 1 As capacidades linguísticas na alfabetização e os eixos necessários à aquisição da língua escrita PARTE 1 Linguagem e aquisição da escrita Angélica Merli Março/2018 2 Objetivo Compreender os processos

Leia mais

Transtornos do desenvolvimento (comportamento e aprendizagem)

Transtornos do desenvolvimento (comportamento e aprendizagem) Transtornos do desenvolvimento (comportamento e aprendizagem) Nervoso Agitado Desligado Desatento Muito infantil Diferente Agressivo Desajeitado Não vai bem na escola Transtornos do desenvolvimento Conseqüências

Leia mais

Atena Cursos - Curso de Capacitação - AEE PROJETO DEFICIÊNCIA DA LEITURA NA APRENDIZAGEM INFANTIL

Atena Cursos - Curso de Capacitação - AEE PROJETO DEFICIÊNCIA DA LEITURA NA APRENDIZAGEM INFANTIL Atena Cursos - Curso de Capacitação - AEE PROJETO DEFICIÊNCIA DA LEITURA NA APRENDIZAGEM INFANTIL Aluna: Iara Escandiel Colussi Data: 12/06/2015 Introdução Este projeto apresenta algumas situações de dificuldade

Leia mais

1. Linguagem escrita - Apresentação

1. Linguagem escrita - Apresentação 1. Linguagem escrita - Apresentação Súmula História e paradoxo da linguagem escrita sob o ponto de vista neurológico; teorias de aquisição da linguagem escrita Objetivos Compreender que a linguagem escrita

Leia mais

1 O TERMO DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

1 O TERMO DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as condições materiais, econômicas, sociais, políticas, culturais, e ideológicas em que nos achamos geram quase sempre barreiras de difícil superação para o

Leia mais

Maurício Tadeu da Silva O CABO FERNANDES. 1ª Edição

Maurício Tadeu da Silva O CABO FERNANDES. 1ª Edição 1 Maurício Tadeu da Silva O CABO FERNANDES 1ª Edição São Paulo 2013 2 Copyright By Maurício Tadeo da Silva Direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer

Leia mais

Fundamentos e Práticas de Braille II

Fundamentos e Práticas de Braille II Fundamentos e Práticas de Braille II Aula 13 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades,

Leia mais

Capacitação Multidisciplinar Continuada. TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO (TDA-TDAH) e NEURODESENVOLVIMENTO

Capacitação Multidisciplinar Continuada. TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO (TDA-TDAH) e NEURODESENVOLVIMENTO Capacitação Multidisciplinar Continuada TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO (TDA-TDAH) e NEURODESENVOLVIMENTO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO Os conflitos que começam a surgir quando uma criança não consegue

Leia mais

Ditado para sondagem na alfabetização

Ditado para sondagem na alfabetização Endereço da página: https://novaescola.org.br/conteudo/7765/ditado-parasondagem-na-alfabetizacao Publicado em NOVA ESCOLA Edição 63, 06 de Julho 2016 Anos iniciais do Ensino Fundamental Alfabetização Sala

Leia mais

Neurônios da leitura: o cérebro da pessoa com dislexia Prof.ª Priscila de Sousa Barbosa

Neurônios da leitura: o cérebro da pessoa com dislexia Prof.ª Priscila de Sousa Barbosa UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO UEMANET CURSO ABERTO DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Neurônios da leitura: o cérebro da pessoa com dislexia O processamento

Leia mais

DISLEXIA: COMPREENSÃO DO TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS

DISLEXIA: COMPREENSÃO DO TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS DISLEXIA: COMPREENSÃO DO TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS RESUMO Nádia da Silva Rodrigues Gonçalves UNAES (nadia.rodrigues@aedu.com) Neidi Liziane

Leia mais

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas Objetivos desta aula: 1. Conceituar as DA s sob diferentes perspectivas; 2. Conhecer as diferentes

Leia mais

Já nos primeiros anos de vida, instala-se a relação da criança com o conhecimento

Já nos primeiros anos de vida, instala-se a relação da criança com o conhecimento Materiais didáticos coleção tantos traços Já nos primeiros anos de vida, instala-se a relação da criança com o conhecimento O material Tantos Traços foi elaborado para promover a Educação Infantil de forma

Leia mais

O QUE É A DISLEXIA? DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICA DA LEITURA

O QUE É A DISLEXIA? DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICA DA LEITURA O QUE É A DISLEXIA? DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICA DA LEITURA A origem da Dislexia tem por base alterações genéticas, neurológicas e neurolinguísticas. Cerca de 2 a 10% da população tem Dislexia,

Leia mais

Transtornos de Aprendizagem: Um estudo de caso.

Transtornos de Aprendizagem: Um estudo de caso. Transtornos de Aprendizagem: Um estudo de caso. Interagindo Chegou o momento de reunir a sua Equipe para juntos realizarem o propósito da Escola Inclusiva: reflexão - formação ação. Trabalhamos na 2ª web,

Leia mais

Resumo. Introdução à Didáctica do Português. Docente: Helena Camacho. Teresa Cardim Nº Raquel Mendes Nº

Resumo. Introdução à Didáctica do Português. Docente: Helena Camacho. Teresa Cardim Nº Raquel Mendes Nº Resumo Introdução à Didáctica do Português Docente: Helena Camacho Teresa Cardim Nº 070142074 Raquel Mendes Nº 070142032 Maio de 2010 Descobrir o princípio alfabético de Ana Cristina Silva O princípio

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 16 TÍTULO: O DESCONHECIMENTO DOS DOCENTES FRENTE A DISCALCULIA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FONOAUDIOLOGIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS

Leia mais

Dificuldades de aprendizado: a sua escola sabe como tratar esse desafio?

Dificuldades de aprendizado: a sua escola sabe como tratar esse desafio? Dificuldades de aprendizado: a sua escola sabe como tratar esse desafio? Criar estratégias para trabalhar com os alunos que possuem dificuldades de aprendizagem é, com frequência, um dos maiores desafios

Leia mais

3.3 A criança com dificuldades em aprender

3.3 A criança com dificuldades em aprender Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente 3.3 A criança com dificuldades em aprender Introdução A aprendizagem escolar é uma área importante da vida da criança e os pais naturalmente preocupam-se

Leia mais

TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA)

TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) Estratégias de atendimento educacional para pessoas com Transtorno Global do Desenvolvimento TGD/autistas PARTE 1 Queila Medeiros Veiga 3 Apresentação do professor

Leia mais

PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Programa, Metas Curriculares e Aprendizagens Essenciais

PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Programa, Metas Curriculares e Aprendizagens Essenciais PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Programa, Metas Curriculares e Aprendizagens Essenciais Português 1º Ano Página 1 de 18 TEMAS/DOMÍNIOS CONTEÚDOS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS Nº DE AULAS AVALIAÇÃO

Leia mais

Alfabetização/ Letramento Codificação, decodificação, interpretação e aplicação

Alfabetização/ Letramento Codificação, decodificação, interpretação e aplicação Alfabetização/ Letramento Codificação, decodificação, interpretação e aplicação ALFABETIZAÇÃO E/OU LETRAMENTO? Dissociação entre o aprender a escrever e o usar a escrita Expressão letramento. E o que aconteceu

Leia mais

O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de

O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de idade, surgiram queixas de dispersão na atenção em sala

Leia mais

RESOLUÇÃO. Parágrafo único. O novo currículo será o 0006-LS e entrará em vigor no 1º semestre letivo de 2018.

RESOLUÇÃO. Parágrafo único. O novo currículo será o 0006-LS e entrará em vigor no 1º semestre letivo de 2018. RESOLUÇÃO CONSEPE 30/2017 ALTERA MATRIZ CURRICULAR, BEM COMO, EMENTAS E OBJETIVOS DO CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PSICOPEDAGOGIA: CLÍNICA E INSTITUCIONAL DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO USF E APROVA

Leia mais

Katiane Kaline da Silva. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Suely Maria Alves de Souza

Katiane Kaline da Silva. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Suely Maria Alves de Souza INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DA UFPB - OFICINAS DE APOIO A PARTIR DO LÚDICO NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA A LEITURA E ESCRITA Katiane Kaline da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DA

Leia mais

CURRÍCULO DISCIPLINAR

CURRÍCULO DISCIPLINAR Ano Letivo: 2017/2018 CURRÍCULO DISCIPLINAR 1º CEB 2º Ano de escolaridade Número de aulas previstas no ano letivo 2017/2018 1º Período 64 2º Período 55 170 dias letivos 3º Período 51 Português Domínio:

Leia mais

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde Um olhar sobre as várias formas de demência Vila Velha de Ródão, 28 de novembro de 2016 O que é a Demência? A Demência é uma DOENÇA CEREBRAL, com natureza crónica ou

Leia mais

CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E CONSTRUÇÃO DA ESCRITA. Disciplina: Aquisição da língua escrita Angélica Merli Abril/2018

CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E CONSTRUÇÃO DA ESCRITA. Disciplina: Aquisição da língua escrita Angélica Merli Abril/2018 CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E CONSTRUÇÃO DA ESCRITA Disciplina: Aquisição da língua escrita Angélica Merli Abril/2018 1 OBJETIVO Discutir os pressupostos de duas concepções de linguagem relacionadas à aprendizagem

Leia mais

CURSO O JOGO COMO ESPAÇO DE ALFABETIZAÇÃO CORPORAL II FORMAÇÃO INTERNACIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR. Prof. Fabio D Angelo Novembro 2017

CURSO O JOGO COMO ESPAÇO DE ALFABETIZAÇÃO CORPORAL II FORMAÇÃO INTERNACIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR. Prof. Fabio D Angelo Novembro 2017 II FORMAÇÃO INTERNACIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR MÓDULO 4 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL CURSO O JOGO COMO ESPAÇO DE ALFABETIZAÇÃO CORPORAL Prof. Fabio D Angelo Novembro 2017 O JOGO

Leia mais

NEURO UR PLA S ICI C DA D DE cére r bro br é um sis i t s e t ma m ab a e b rto t, o que est s á cons con t s a t n a t n e i t n e t ra r ç a ã ç o

NEURO UR PLA S ICI C DA D DE cére r bro br é um sis i t s e t ma m ab a e b rto t, o que est s á cons con t s a t n a t n e i t n e t ra r ç a ã ç o NEUROPLASTICIDADE O cérebro é um sistema aberto, que está em constante interação com o meio e que transforma suas estruturas e mecanismos de funcionamento ao longo do processo de interação. Aprende atuando!

Leia mais

Registo Escrito de Avaliação

Registo Escrito de Avaliação CENTRO DE FORMAÇÃO DO SINDICATO DOS PROFESSORES DA MADEIRA Registo Escrito de Avaliação ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO E RECUPERAÇÃO PARA ALUNOS COM DIFICULDADES EM CONTEXTO ESCOLAR: DIFICULDADES COMPORTAMENTAIS

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO LINGUÍSTICA PARA O DIAGNÓSTICO DE APRENDIZ COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO LINGUÍSTICA PARA O DIAGNÓSTICO DE APRENDIZ COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM Página 45 de 510 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO LINGUÍSTICA PARA O DIAGNÓSTICO DE APRENDIZ COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM Silene Fernandes Pereira (Profletras /UESB) Marian Oliveira (PPGLin /UESB) Vera Pacheco

Leia mais