RELATÓRIO PESQUISAS INOVADORAS SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - CONSTRUÇÃO CIVIL -

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1 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI) DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE) PROGRAMA OSASCO DIGITAL OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO RELATÓRIO TEMÁTICO RELATÓRIO PESQUISAS INOVADORAS SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - CONSTRUÇÃO CIVIL - MARÇO/08 A FEVEREIRO/09

2 EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO Prefeito: Emídio Pereira de Souza Secretária: Dulce Helena Cazzuni Chefe de Gabinete: Luis Mansur Szajubok Coordenadores(as): Marisa Campos Programa Juventude Humberto Alencar Programa Osasco Inclui Ronnie Aldrin Programa Osasco Digital Rosa Maria Alves de Almeida Programas Redistributivos Sandra Fae Praxedes Programa Osasco Solidária Sergio Donda Programa de Capacitação Ocupacional Responsável pelo Observatório do Trabalho de Osasco e Região: Alexandre Guerra

3 EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio Diretor Técnico Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira Coordenador de Pesquisas Nelson de Chueri Karam Coordenador de Educação Cláudia Fragozo dos Santos Coordenadora Administrativa e Financeira Coordenação Geral do Projeto Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça Supervisor dos Observatórios do Trabalho Marcos Aurélio Souza Técnico Responsável pelo Projeto Equipe Executora DIEESE DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 Parque da Água Branca São Paulo SP CEP Fone: (11) Fax: (11) en@dieese.org.br

4 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 5 INTRODUÇÃO 6 I. SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES BRASIL E GRANDES REGIÕES 9 II - SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES NAS GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA 10 FEDERAÇÃO III - MOVIMENTAÇÃO DO NÚMERO DE TRABALHADORES EM OSASCO SEGUNDO CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHADORES E DAS VAGAS 14 4

5 APRESENTAÇÃO A presente pesquisa tem por objetivo analisar a movimentação e o perfil do emprego formal no setor da Construção Civil no município de Osasco, nos doze meses entre março de 2008 e fevereiro de 2009, em comparação com os doze meses imediatamente anteriores, isto é, de março de 2007 a fevereiro de Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, é apresentado o perfil das vagas criadas nos doze meses de março de 2008 a fevereiro 2009 em duas seções. Na primeira, é destacado o panorama geral da movimentação do mercado formal de trabalho para o Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Na segunda, serão identificados elementos relevantes da movimentação do emprego formal no município de Osasco, segundo algumas características dos trabalhadores e das vagas, como gênero, grau de instrução, idade e grupos ocupacionais, entre outras. 5

6 INTRODUÇÃO De acordo com os dados levantados pelo cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, no acumulado entre os meses de 2008 a 2009, o país apresentou um saldo positivo de empregos formais, número 50,1% inferior ao saldo de março de 2007 a fevereiro de 2008 ( vagas). Por grandes regiões, o maior saldo absoluto positivo concentrou-se na região Sudeste, com novas vagas. A região Sul apareceu em segundo lugar com novos postos. Na região Nordeste do país, registrou-se o terceiro maior saldo de vagas com novos empregos formais. Seguiram-se as regiões Centro Oeste, com novos postos e Norte, com novas vagas. O setor da Construção Civil apresentou uma participação de 14% no saldo total gerado no Brasil no acumulado dos doze meses entre março e fevereiro de 2008 a Em três regiões o setor da Construção Civil elevou sua participação em relação ao saldo total da região, comparado aos doze meses anteriores: região Nordeste, de 15% para 16%; Sudeste, de 13% para 15%, e região Sul, que saiu de 9% para 13%. Na Região Metropolitana de São Paulo, ainda de acordo com os dados do CAGED, o setor da Construção Civil apresentou um saldo positivo de novos postos de trabalho entre março de 2008 a fevereiro de A Região Metropolitana Oeste 1, no mesmo período, registrou um saldo positivo de vagas. O município de Osasco também apresentou um saldo positivo de empregos formais no setor da Construção Civil, com 613 novas vagas nos doze meses de março a fevereiro de 2008 a 2009, significando um aumento de 65,7% em comparação com o acumulado de março a fevereiro de 2007 a Região formada pelos municípios de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana do Parnaíba 6

7 Analisando o movimento do mercado de trabalho formal em Osasco por grandes setores, observase que a Construção Civil foi o único setor a apresentar crescimento entre os períodos de março a fevereiro de 2008 a 2009, comparado aos doze meses anteriores, saindo de 370 postos nos primeiros doze meses, para 613 vagas nos doze meses seguintes. A análise da Construção Civil, segundo famílias ocupacionais relacionadas na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, revela que 10 famílias ocupacionais, dentre aquelas ligadas ao setor em questão, representaram 96,7% do saldo positivo do emprego gerado entre março de 2008 a fevereiro de Nos doze meses de março de 2007 a fevereiro de 2008, a soma do saldo dessas 10 famílias ocupacionais representou uma participação de 18,5% do saldo total. Segundo nível educacional, no setor da Construção Civil predomina ocupações de baixa escolaridade. Nos doze meses de março de 2008 a fevereiro de 2009 as contratações nesse setor ficaram concentradas entre os trabalhadores do 6º ao 9º ano incompleto do ensino fundamental e com o ensino fundamental completo somaram 576 postos, o que significou 94,0% do saldo total do período. Nos doze meses anteriores, os trabalhadores com até o 5º ano incompleto do ensino fundamental responderam por 36,2% do saldo da Construção Civil, enquanto os trabalhadores com ensino médio completo participaram com 30,0%. Os trabalhadores da Construção Civil, no município de Osasco, são em sua maior parte jovens. As ocupações desse setor, no período dos doze meses de março a fevereiro de 2008 a 2009, foram preenchidas por jovens de 18 a 24 anos (31,3% do total), em seguida pelos trabalhadores entre 30 a 39 anos (21,2%). Segundo gênero, neste mesmo período, os trabalhadores do sexo masculino responderam por 96,2% do saldo total gerado. Em relação ao tamanho dos estabelecimentos, observa-se que a distribuição do saldo entre março de 2008 a fevereiro de 2009 ocorreu principalmente entre os micro estabelecimentos (até 4 empregados), com 24,8% do saldo total gerado, e os médios (100 a 249 empregados), com 34,3%. Essas duas faixas de tamanho de estabelecimento somaram 59,1% do saldo total gerado no período em análise. 7

8 Quando se analisa o saldo da movimentação do mercado de trabalho de Osasco pela ótica da renda, nota-se que as faixas salariais de 1,51 a 2,0 SM concentraram 361 vagas, 58,9% de todo o saldo entre março de 2008 a fevereiro de A análise do rendimento mostra que o salário médio dos admitidos e desligados na Construção Civil, no acumulado entre março de 2008 a fevereiro de 2009, foi superior ao dos doze meses anteriores. Nos doze meses de março a fevereiro de 2008 a 2009, o salário médio dos admitidos (R$ 793,06) e dos desligados (R$ 798,75) foi, respectivamente, 15,5% e 20,8% maiores que o dos doze meses anteriores. Por fim, registra-se que o tempo de permanência no emprego desses trabalhadores da Construção Civil é relativamente curto. Entre março de 2008 a fevereiro de 2009, 75,6% dos contratados permaneceram no emprego no período entre 1,0 a 11,9 meses.. 8

9 1. SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES - BRASIL E GRANDES REGIÕES No Brasil, entre março de 2008 e fevereiro de 2009, de acordo com o CAGED, foram criadas novas vagas no mercado formal de trabalho, uma diminuição de 51,0% em relação ao saldo de março de 2007 a fevereiro de 2008 ( ). Esse número foi puxado principalmente pela região Sudeste, com saldo positivo de postos, ou 53,4% do total de vagas criadas. Todas as demais regiões apresentaram saldo positivo entre março de 2008 e fevereiro de 2009, entretanto inferior ao resultado dos doze meses imediatamente anteriores (Gráfico 1) GRÁFICO 1 Saldo de empregos Brasil e Grandes Regiões, Mar/8 a Fev/ Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste Brasil

10 2. PARTICIPAÇÃO DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO SALDO TOTAL - BRASIL E GRANDES REGIÕES Quanto à participação do setor da construção civil em relação ao total do saldo gerado por regiões do país, observa-se que nos doze meses de março de 2008 a fevereiro de 2009 essa proporção se elevou, comparada aos doze meses anteriores, nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Na região Nordeste foi de 15% para 16%; no Sudeste saiu de 13% para 15% e na região Sul aumentou de 9% para 13%. A região Norte apresentou, no mesmo período de comparação, uma participação negativa (-15%), enquanto no Centro Oeste essa participação variou negativamente, caindo de 21% para 11%. No Brasil a participação do setor da construção civil no saldo total apresentou leve aumento, saindo de 13% para 14%. Gráfico 2 Participação do Setor da Construção Civil no Saldo de Empregos no Brasil e 25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% -20% Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste Brasil 22% 21% 16% 15% 15% 13% 13% 13% 14% 11% 9% -15% Fonte: MTE, CAGED.. A Região Metropolitana de São Paulo apresentou um saldo positivo na Construção Civil de novas vagas nos doze meses de março de 2008 a fevereiro de Esse saldo foi 57,9% menor que o observado nos doze meses anteriores, quando a região apresentou um saldo de emprego formal de novas vagas no setor. Desagregando a Região Metropolitana de São Paulo para a Região Metropolitana Oeste - RMO, na qual está inserido o município de Osasco, observa-se que houve um aumento de 16,5% do saldo da Construção Civil nos doze meses de março a fevereiro 10

11 entre 2008 e 2009 (2.472 vagas), em comparação ao saldo dos doze meses anteriores (2.121 vagas). O município de Osasco registrou, entre março de 2008 e fevereiro de 2009, uma elevação no saldo de novas vagas na Construção Civil de 65,7% em comparação com os doze meses anteriores. O saldo positivo aumentou de 370 postos para 613 postos (Tabela 1). TABELA 1 Saldo de empregos na Construção Civil Brasil, Sudeste, Estado de São Paulo, RMSP, RMO e Município de Osasco, Localidade Saldo de Movimentação em 12 meses Brasil Sudeste São Paulo RM São Paulo Região Metropolitana Oeste (1) Osasco (1) Composta pelos municípios de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana do Parnaíba 11

12 3. MOVIMENTAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO EM OSASCO SEGUNDO CARACTERÍSTICAS DOS TRABALHADORES E DAS VAGAS Nos doze meses de março de 2008 a fevereiro de 2009, Osasco gerou um saldo positivo de vagas, o que significou uma queda bastante forte em relação aos doze meses de março de 2007 a fevereiro de 2008, que registrou um saldo de novos postos, uma diminuição relativa de 88,5%. Esta retração do emprego formal em Osasco, no período em análise, foi influenciada principalmente pelos setores da Indústria e dos Serviços. Entre março de 2008 a fevereiro de 2009, a Indústria acumulou um saldo negativo de postos, ante um saldo positivo de postos entre março de 2007 a fevereiro de No mesmo período de comparação, o setor de Serviços registrou um saldo de 27 novas vagas entre março e fevereiro de 2008 a 2009, contra um saldo positivo de postos criados no acumulado dos doze meses anteriores. O setor da Construção Civil o único a apresentar aumento do saldo de vagas. Entre março de 2007 a fevereiro de 2008, seu saldo foi de 370 postos, crescendo para 613 postos nos doze meses seguintes, o que resultou numa variação positiva de 65,7% (Gráfico 3). Gráfico 3 Saldo acumulado da movimentação do emprego formal de Osasco, segundo grandes setores e INDUSTRIA CONSTR CIVIL COMERCIO SERVICOS AGROPECUARIA Total 12

13 O setor da Construção Civil apresentou um saldo positivo acumulado entre os meses de março de 2008 a fevereiro de 2009 de 613 vagas. A análise mês a mês do saldo mostra que a maior contribuição para o resultado acumulado nos doze meses ocorreu nos meses abril de 2008 (163 vagas) e março de 2008 (107 vagas). Estes dois meses responderam por 44,0% do saldo total gerado no período. Nesta série, apenas dois meses registraram saldo negativo: junho de 2008 (-16 postos) e dezembro (-89 postos) (Gráfico xx) Gráfico 4 Saldo mensal e acumulado da movimentação do emprego formal na Construção Civil Município de Osasco, e /07 03/08 04/07 04/08 05/07 05/08 06/07 06/08 07/07 07/08 08/07 08/08 09/07 09/08 10/07 10/08 11/07 11/08 12/07 12/08 01/08 01/09 02/08 02/ Saldo Saldo Em relação às famílias ocupacionais, 10 delas explicam 96,7% do saldo total entre março de 2008 e fevereiro de 2009, o que significa 593 novas vagas. Nos doze meses anteriores, essas mesmas 10 famílias geraram um saldo total de 161 vagas, isto é, 18,5% do total. Os Ajudantes de Obras Civis foram, nos dois períodos, os mais contratados. Entre março de 2007 a fevereiro de 2008 foram contratados 188 Ajudantes de Obras Civis (33,6% do total). Nos doze meses seguintes Este saldo se ampliou para 227 postos (37,0% do total. Os Trabalhadores nos serviços de manutenção e conservação de edifícios e logradouros saíram de um saldo negativo (-24 postos) nos doze meses 13

14 de março de 2007 a fevereiro de 2008, para um saldo positivo entre março de 2008 a fevereiro de 2009 (103 postos). No geral, todas as dez famílias ocupacionais destacadas entre março de 2008 a fevereiro de 2009 aumentaram a participação no saldo, comparado aos doze meses anteriores (Tabela 2). Tabela 2 Movimentação do emprego na Construção Civil, por ordem de desempenho das famílias ocupacionais Município de Osasco, Saldo Positivo Mar/07 a Fev/08 Part. no Saldo Total Positivo / Negativo Mar/08 a Fev/09 Part. no Saldo Total Positivo Ajudantes de obras civis ,6% ,0% Trab. nos serviços de manutenção e conservação de edifícios e logrado -24-6,5% ,8% Motoristas de veículos de cargas em geral 41 7,3% 53 8,6% Trab. na operação de máquinas de terraplenagem e fundações 4 0,7% 45 7,3% Trab. operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) ,8% 36 5,9% Trab. de estruturas de alvenaria 26 4,7% 35 5,7% Supervisores da construção civil 0 0,0% 31 5,1% Pintores de obras e revestidores de interiores 4 0,7% 31 5,1% Vigilantes e guardas de segurança 8 1,4% 16 2,6% Aplicadores de revestimentos cerâmicos, pastilhas, pedras e madeiras 2 0,4% 16 2,6% Total ,5% ,7% Por grau de instrução, as informações do CAGED entre março de 2007 a fevereiro de 2008 revelam que no setor da Construção Civil predominam os trabalhadores com menor grau de instrução. Nesse período, os trabalhadores com até o 5º ano incompleto do ensino fundamental registraram um saldo negativo de 155 postos. Nos doze meses anteriores, estes trabalhadores haviam registrado um saldo positivo de 134 vagas. Por outro lado, os trabalhadores do 6º ao 9º ano incompletos do ensino fundamental e do ensino fundamental completo somaram 576 postos, representando 94,0% do total. Registre-se, também, que os trabalhadores com ensino médio completo diminuíram seu saldo entre março de 2007 a fevereiro de 2008, frente aos doze meses anteriores, caindo de um saldo de 111 postos para 40 postos (Tabela 3). 14

15 Tabela 3 Movimentação do emprego na Construção Civil, segundo grau de instrução, município de Osasco Grau de Instrução Mar/07 a Fev/08 Mar/08 a Fev/09 Admitidos Desligados Admitidos Desligados Saldo Saldo Analfabeto Até o 5ª ano Inc. do Ens. Fundamental ª ano Completo do Ensino Fundamental Do 6ª ao 9ª ano Inc. do Ens. Fundamental Ensino Fundamental Completo Ensino Médio Incompleto Ensino Médio Completo Educação Superior Incompleta Educação Superior Completa Total O saldo do mercado formal de trabalho de Osasco entre março de 2008 a fevereiro de 2009 se distribuiu de modo equitativo entre os trabalhadores com idade compreendida entre as faixas de 18 a 49 anos. Os trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos ocuparam a maior quantidade de novos empregos em entre março de 2008 e fevereiro de 2009, com 192 vagas, 31,3% do saldo total gerado, seguidos pelos trabalhadores com idade entre 30 a 39 anos, que registraram um saldo positivo de 130 vagas, 21,2% do saldo total. A seguir aparecem os trabalhadores com faixa etária entre 25 a 29 anos e 40 a 49 anos, respectivamente, 103 e 102 postos (Tabela 4). Tabela 4 Movimentação do emprego na Construção Civil, segundo faixa etária, município de Osasco Faixa Etária Mar/07a Fev/08 e Mar/07 a Fev/08 Mar/08 a Fev/09 Admitidos Desligados Admitidos Desligados Saldo Saldo Ate 17 anos a 24 anos a 29 anos a 39 anos a 49 anos a 64 anos ou mais Ignorado Total

16 Por gênero, o saldo gerado no município mostra que o setor da Construção Civil é predominantemente masculino. No acumulado dos doze meses de março de 2008 a fevereiro de 2009, os homens preencheram 96,2% do saldo total gerado. Nos doze meses anteriores, essa participação foi de 10 4,6%, isto é, 4,6% acima do saldo total (Gráfico 5). Gráfico 5 Participação no saldo total de vagas na Construção Civil, segundo gênero, município de Osasco 120,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 104,6% 96,2% 20,0% 0,0% -20,0% Masculino -4,6% Feminino 3,8% % em Relação ao Saldo Total Por tamanho de estabelecimento, entre março de 2008 a fevereiro de 2009 a distribuição do saldo de vagas ficou concentrada nos micro-estabelecimentos (até 4 empregados) e nos estabelecimentos médios (de 100 a 249 empregados). Foram criadas 152 novas vagas nos micro estabelecimentos, representando 24,8% do total de novas vagas. Os estabelecimentos médios registraram um saldo de 210 vagas, 34,3% do saldo total. Ressalte-se que não há qualquer registro, no setor da Construção Civil, de estabelecimentos com 1000 ou mais empregados no município de Osasco (Tabela 5). 16

17 Tabela 5 Movimentação do emprego na Construção Civil, segundo tamanho do estabelecimento, município de Osasco - e Tamanho do Estabelecimento Mar/07 a Fev/08 Mar/08 a Fev/09 Admitidos Desligados Admitidos Desligados Saldo Saldo Até De 5 a De 10 a De 20 a De 50 a De 100 a De 250 a De 500 a ou mais Total Adotando-se um critério adicional de tamanho para os estabelecimentos 2 verificou-se que tanto os micro e pequenos estabelecimentos (até 99 empregados) quanto os médios estabelecimentos (100 a 499 empregados) concentraram o saldo de novas vagas no setor da Construção Civil, como já demonstrado anteriormente. Registre-se apenas que, em março de 2007 a fevereiro de 2008, os micro e pequenos estabelecimentos responderam por quase todas as vagas criadas no setor (Gráfico 6). Gráfico 6 Saldo do emprego na Construção Civil, por tamanho de estabelecimento Município de Osasco, Micro e Pequeno Médio Grande 2 Considerando micro e pequeno estabelecimento aqueles com até 99 empregados, médio estabelecimento aqueles com 100 a 499 empregados e estabelecimento grande os que empregam 500 ou mais empregados. 17

18 O setor da Construção Civil se caracteriza pelos baixos salários. Por nível de rendimento, entre março de 2008 a fevereiro de 2009, a geração de empregos concentrou-se na faixa de renda de 1,51 a 2,0 salários mínimos (SM), ocupando 58,9% das vagas surgidas (361). Comparado com os doze meses anteriores, observa-se uma redução da participação no saldo total dessa faixa de rendimento. Nesse período, de março de 2007 a fevereiro de 2008, essa relação era de 69,7%. Essa mudança se deve principalmente ao resultado positivo verificado nas faixas de renda de 0,51 a 1,0 e de 1,01 a 1,5 salários mínimos entre março de 2008 a fevereiro de Entre março de 2007 a fevereiro de 2008 essas faixas de renda apresentaram resultado negativo (Tabela 6). Tabela 6 Movimentação do emprego na Construção Civil, segundo faixa de salário dos trabalhadores Município de Osasco, e Saldo Fx Sal. Mensal Mar/07 a Mar/08 a Admitidos Desligados Admitidos Desligados Fev/08 Fev/09 ATE 0, ,51 A 1, ,01 A 1, ,51 A 2, ,01 A 3, ,01 A 4, ,01 A 5, ,01 A 7, ,01 A 10, ,01 A 15, ,01 A 20, MAIS DE 20, IGNORADO Total Fonte: MTE. Caged Observando a evolução do salário médio da Construção Civil nos doze meses entre março de 2008 a fevereiro de 2009, constata-se que tanto para admitidos quanto para desligados, os rendimentos foram superiores aos verificados entre março de 2007 a fevereiro de Entre março de 2008 a fevereiro de 2009, o salário médio dos admitidos foi de R$ 793,06, 15,5% maior que o salário médio pago nos doze meses anteriores (R$ 686,64). Por outro lado, nos doze meses de março a fevereiro entre 2008 e 2009, o rendimento médio dos trabalhadores desligados foi de R$ 798,75, isto é, 20,8% superior aos doze meses anteriores (R$ 661,23). No acumulado dos meses de março de 2008 a fevereiro de 2009, o salário médio de admissão (R$ 793,06) foi levemente inferior ao salário médio de desligamento (R$ 798,75). Ou seja, neste 18

19 período, o salário do trabalhador que foi admitido correspondeu a 99% do salário do trabalhador que foi desligado. Nos doze meses precedentes, esta relação correspondeu a 104%, isto é, o rendimento dos admitidos era 4% superior ao dos desligados (Gráfico 7). Gráfico 7 Evolução do salário médio entre admitidos e desligados da Construção Civil município de Osasco - e 800,00 793,06 798,75 600,00 400,00 686,64 661,23 200,00 0,99 0,00 1,04 Admitidos Desligados Adm/Desl Fonte: MTE. Caged Na Construção Civil há uma predominância de ocupações com tempo de emprego relativamente curto. Entre março de 2008 a fevereiro de 2009, 75,6% dos trabalhadores desligados tinha 1,0 a 11,9 meses de tempo no trabalho, valor um pouco superior aos doze meses de março de 2007 a fevereiro de 2008 (72,9%) (Gráfico 8). Gráfico 8 Tempo de permanência no emprego dos desligados da Construção Civil município de Osasco 160,0% 140,0% 120,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% 75,6% 72,9% 16,7% 17,7% 4,7% 5,8% 1,0 A 11,9 12,0 A 35,9 36,0 ou mais Fonte: MTE. Caged 19