OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DO RIO GRANDE DO NORTE. Movimentação do emprego formal no Rio Grande do Norte Janeiro de 2011

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1 OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DO RIO GRANDE DO NORTE Movimentação do emprego formal no Rio Grande do Norte Janeiro de 2011 Contrato de Prestação de Serviços Nº. 011/ SETHAS/DIEESE Março de 2011

2 EXPEDIENTE DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Governadora do Estado do Rio Grande do Norte Rosalba Escóssia Ciarlini Rosado Secretário de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social - SETHAS Luiz Eduardo Carneiro Costa Subsecretário do Trabalho - SETHAS Antoir Mendes dos Santos 2

3 EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio Diretor Técnico Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira Coordenador de Pesquisas Nelson de Chueri Karam Coordenador de Educação Rosana de Freitas Coordenadora Administrativa e Financeira Coordenação Geral do Projeto Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber Supervisor dos Observatórios do Trabalho Maria Virgínia Ferreira Lopes Técnico Responsável pelo Projeto Equipe Executora Haroldo Gomes da Silva Técnico do DIEESE/RN DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua João Pessoa, nº 265, Edifício Mendes Carlos, Sala 208, CEP Fone: (84) Fax: (84) errn@dieese.org.br 3

4 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 5 INTRODUÇÃO 6 1. Comportamento do Saldo de Vagas em Janeiro de Composição do Saldo de Janeiro por Famílias Ocupacionais 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20 ANEXOS 21 4

5 APRESENTAÇÃO Este relatório é um dos produtos do projeto Observatório do Trabalho do Rio Grande do Norte, uma iniciativa da Secretaria de Estado de Trabalho, Habitação e Assistência Social SETHAS do Governo do Estado do Rio Grande do Norte em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos DIEESE, segundo contrato nº 011/ SETHAS/DIEESE. O Observatório do Trabalho visa produzir conhecimento sobre o mundo do trabalho com o objetivo de subsidiar a construção de políticas públicas de emprego, trabalho e renda. Além de orientar medidas de inserção no mercado de trabalho, as políticas devem, também, estimular e promover iniciativas por partes das empresas, no sentido de ampliar e melhorar as condições de admissão dos trabalhadores, com qualificação e requalificação. O presente relatório detalha o perfil da movimentação no mercado de trabalho formal no Rio Grande do Norte, em janeiro de 2011, e no saldo acumulado nos últimos doze meses a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego MTE, que também permite o acompanhamento do movimento mensal do mercado de trabalho formal municipal dos empregados celetistas. Em seu início, o trabalho apresenta uma análise do comportamento do saldo de vagas em janeiro de 2011, detalhando-se na composição do saldo por famílias ocupacionais no estado, com o intuito de compreender melhor a movimentação do emprego no Rio Grande do Norte no citado mês. Por fim, são apresentadas as considerações finais. 5

6 INTRODUÇÃO Em janeiro de 2011, o saldo de empregos celetistas no Brasil apresentou um saldo positivo de postos, resultado do desempenho positivo na maioria das regiões do país. A região Nordeste foi a única que registrou saldo negativo no período (-611 postos). Em relação às Unidades da Federação, observa-se que os destaques foram: São Paulo ( postos), Rio Grande do Sul ( postos), Santa Catarina ( postos) e Paraná ( postos). O Rio Grande do Norte teve um saldo negativo de vagas em janeiro. Antes de 2011, o melhor desempenho do estado para um mês de janeiro havia sido em 2010, com a geração de +177 postos. No RN, os setores que mais se destacaram no mês em análise foram Serviços (+197 postos) e Construção Civil (+79 postos). Os demais setores apresentaram saldo negativo. Por esses números, o Rio Grande do Norte ocupa a penúltima posição tanto na Região Nordeste quanto no Brasil, ficando a frente apenas de Pernambuco. A massa salarial total apresentou queda de R$ em janeiro de 2011, resultado da massa de R$ ,00 gerada pela quantidade de admitidos ( trabalhadores) menos a massa eliminada pelo desligamento de trabalhadores (R$ ,00). O salário médio dos admitidos entre as dez famílias ocupacionais em análise foi de R$ 683,5, valor 4,2% menor que o salário médio dos trabalhadores das famílias ocupacionais desligados no mês (R$ 712,2). Quanto ao tipo de admissão, observa-se que há o predomínio de admissões por reemprego. Enquanto, por outro lado, nos desligamentos prevaleceram demissões sem justa causa e a pedido do trabalhador. O número de Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas por término de contrato chegou a 95,4% do total. Em relação ao tempo de permanência no emprego, observa-se que entre as famílias ocupacionais que lideraram os desligamentos no mês, a distribuição do tempo de permanência se concentrou nas faixas até 11,9 meses. O comportamento de três famílias ocupacionais merece atenção, já que mais de 50% dos desligados não chegaram a completar seis meses no 6

7 emprego: Ajudantes de obras civis (51,3%), Trabalhadores de estrutura de alvenaria (53,7%) e Garçons, barmen, copeiros e sommeliers (55,6%). 1. COMPORTAMENTO DO SALDO DE VAGAS EM JANEIRO DE 2011 A região Nordeste foi a única do país a apresentar saldo negativo de vagas em janeiro de 2011, com -611 vagas, ocupando a última posição no ranking das regiões. Os maiores saldos concentraram-se no Sudeste, com vagas; no Sul, com vagas; no Centro- Oeste, com vagas; e no Norte, com vagas (Anexo 1). Especificamente em relação à região Nordeste, a comparação com o desempenho dos meses de janeiro de 2010 e de 2009 revela que o melhor desempenho da região Nordeste foi em janeiro de 2010 ( ), logo em seguida vem janeiro de 2011 (-611) e, por último, janeiro de 2009 ( ). O resultado de 2009 foi afetado pela crise financeira internacional, mudando em seguida, o que mostra o intenso dinamismo da economia na geração de vagas ao longo do presente ano. O estado com maior participação no saldo do Nordeste, em janeiro de 2011, foi a Bahia, com novos postos de trabalho, seguido de Sergipe, com novos postos de trabalho e de Alagoas, com postos. Por outro lado, Pernambuco, com postos; Rio Grande do Norte, com postos; e Paraíba, com postos, lideraram os saldos negativos na região. 7

8 GRÁFICO 1 Saldo de vagas por Unidade da Federação Nordeste, janeiro de 2011 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Em janeiro de 2011, o Rio Grande do Norte teve saldo negativo de vagas de postos, o quarto pior resultado na geração de empregos formais para o estado no mês na série histórica do CAGED desde Em janeiro de 2010 o saldo havia sido positivo em 177 postos. O resultado negativo de janeiro ocorre por motivos de desaceleração da Indústria de Transformação e por motivos sazonais relacionados principalmente às atividades Agrícolas. O comportamento do saldo se diferencia entre a capital e os municípios do interior. Em Natal, na série histórica o saldo foi negativo em três anos: 2007, 2009 e 2011 (linha vermelha do Gráfico 2), prevalecendo os momentos em que o saldo foi positivo (7 em 10 meses). No interior, entretanto, acontece o inverso, pois em todos os anos da série histórica prevalecem os saldos negativos (linha verde do Gráfico 2). O peso do desempenho do interior do estado tem puxado para baixo o saldo de empregos no Rio Grande do Norte nos meses de janeiro. Em apenas um ano da série histórica, 2010, o saldo de vagas foi positivo no estado, com 177 postos. Em janeiro, do saldo negativo de vagas, -269 foram geradas em Natal e no interior, conforme Gráfico 2. 8

9 GRÁFICO 2 Movimentação do emprego formal (saldo de vagas) Rio Grande do Norte, Natal e Interior, meses de janeiro (2002 a 2011) Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE. A análise setorial ajuda a compreender as diferenças e semelhanças existentes entre o comportamento do emprego na capital e no interior do estado (Tabela 1). Em janeiro de 2011, nota-se que o setor com melhor saldo tanto em Natal (+42 vagas) quanto no interior (+155 vagas) foi o de Serviços. Em janeiro de 2010, na capital, o setor com melhor desempenho havia sido a Construção Civil (+505 vagas) enquanto no interior havia sido o setor de Serviços, com a geração de 537 postos. Em Natal, o setor com melhor desempenho no acumulado de vagas dos últimos doze meses foi a Construção Civil (+5.468); no interior, o destaque ficou com o Comércio, com postos. 9

10 TABELA 1 Movimentação do emprego formal (saldo) por setor de atividade Natal e Interior - jan/10, dez/10, jan/11 e acumulado dos últimos 12 meses Acumulado Setor de Atividade jan/10 dez/10 jan/11 em 12 meses Extrativa mineral 1 (6) (11) (34) 37 Industria de transformacao (109) (591) (34) (443) Servicos ind de util publica (606) 261 Construcao civil 505 (272) Natal Comercio (322) 396 (326) Servicos 407 (1.281) Administracao publica 9 (1) Agropecuaria (6) (3) (41) Interior Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE. Total 498 (1.742) (269) Extrativa mineral Industria de transformacao (386) (178) (1.155) (302) Servicos ind de util publica (45) (277) (47) Construcao civil 110 (523) 66 (361) 996 Comercio Servicos Administracao publica (63) 7 (28) Agropecuaria (632) (1.673) (1.058) (1.659) (1.409) Total (321) (2.033) (1.974) O saldo de janeiro/2011 também apresentou distinções dentre os municípios com mais e com menos de habitantes 1. Os municípios com menos de habitantes foram responsáveis por postos, mais da metade do saldo negativo de janeiro/2011. No mesmo mês do ano anterior, eles responderam por -261 vagas enquanto os municípios com mais de 30 mil habitantes geraram +438 postos. No acumulado dos últimos doze meses, a participação desses municípios equivale a 5,4% do saldo de vagas gerados no estado ( vagas). No acumulado dos últimos doze meses, em janeiro/2010, a participação desses municípios havia sido de 10,7% (847 vagas), conforme Tabela 2. 1 O Rio Grande do Norte possui 13 municípios com mais de 30 mil habitantes, segundo o Censo Demográfico

11 Municípios com mais de 30 mil habitantes TABELA 2 Movimentação do emprego formal (saldo) por tamanho de município Rio Grande do Norte, jan/10, dez/10, jan/11 e acumulado dos últimos 12 meses Acumulado 12 Município jan/10 dez/10 jan/11 meses Acu 26 (13) Apodi (95) (47) (518) Caico (27) (83) Ceara Mirim (264) (924) (363) 163 (978) Currais Novos 84 (159) (37) 197 (152) Parnamirim Macaiba (85) 12 (252) (283) 645 Mossoro 251 (49) (269) Natal 498 (1.742) Nova Cruz 3 (29) 26 (52) 184 Santa Cruz 38 (12) Sao Goncalo do Amarante 20 (58) Sao Jose de Mipibu (13) (4) Menos de 30 mil hab (261) (706) (1.474) Total 177 (3.775) (2.243) Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE Por setores, nota-se que dos dois setores de atividade que apresentaram saldo positivo, em janeiro de 2011, ambos tiveram melhor desempenho nos municípios com mais de 30 mil habitantes (Construção Civil e Serviços). Das 197 vagas geradas no setor de Serviços, 111 foram criadas em Parnamirim. O maior saldo negativo do mês ficou com a Indústria de Transformação ( vagas), das quais foram registradas no interior do estado. 11

12 TABELA 3 Movimentação do emprego formal (saldo) por tamanho de município e setor de atividade econômica Rio Grande do Norte, jan/2011 Município Extrati va Mineral Indústria de Transformaç ão Serv Ind Util Public a Constr ução Civil Comér cio Serviç os Administra ção Pública Agropecuári a Acu - (3) - (1) 31 (17) - (1) 9 Apodi (6) (6) 24 Caico 1 (9) 1 8 (4) Ceara Mirim (1) (72) - (86) 6 (7) - (203) (363) Currais Novos (15) (2) - (8) (13) (3) - 4 (37) Parnamirim (3) (29) (63) 84 (15) (59) 26 Macaiba 7 (14) Mossoro (71) (8) (1) (355) (252) Natal (11) (34) (326) (269) Nova Cruz (1) 1 - (2) 1 Santa Cruz (4) Sao Gonc Amarante (24) 6 (4) Sao Jose de Mipibu (2) - (6) 16 Menos de 30 mil hab 1 (1.202) (27) (442) (1.474) Total (7) (1.189) (28) 79 (239) 197 (24) (1.032) (2.243) Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE Total 2. COMPOSIÇÃO DO SALDO DE JANEIRO POR FAMÍLIAS OCUPACIONAIS As famílias ocupacionais que tiveram melhor desempenho positivo, em janeiro de 2011, apresentaram poucas semelhanças entre capital e interior. Em todo o estado, a família ocupacional com melhor desempenho positivo foi a de Ajudante de obras civis, com 276 vagas, resultado de admissões e desligamentos (Tabela 4). Em segundo lugar aparecem os Agentes, assistentes e auxiliares administrativos, com 177 vagas positivas, resultado de 825 admissões e 648 desligamentos. As dez famílias ocupacionais que apresentaram os maiores saldos positivos no mês foram responsáveis por 966 vagas. 12

13 TABELA 4 Ranking e distribuição percentual do saldo de vagas por familia ocupacional Rio Grande do Norte, janeiro de 2011 Família Ocupacional Admitidos Desligados Saldo Total (2.243) 1º Ajudantes de obras civis º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos º Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios º Vigilantes e guardas de segurança º Recepcionistas º Operadores de telemarketing º Motoristas de veículos de cargas em geral º Camareiros, roupeiros e afins º Operadores de máquinas para costura de peças do vestuário º Auxiliares de contabilidade Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE A composição das dez famílias ocupacionais que mais contribuíram para o saldo positivo de janeiro de 2011 pouco se altera quando se considera apenas a capital do estado. Até porque o peso da capital do estado na geração de emprego é bastante considerável. Em primeiro lugar, aparecem os Agentes, assistentes e auxiliares administrativos (2º lugar no caso do estado) com 87 vagas e em seguida aparecem os Ajudantes de obras civis (1º lugar no estado), com 84 vagas conforme Tabela 5. 13

14 TABELA 5 Ranking e distribuição percentual do saldo de vagas por família ocupacional Natal, janeiro de 2011 Familia Ocupacional Admitidos Desligados Saldo Total (269) 1º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos º Ajudantes de obras civis º Vigilantes e guardas de segurança º Operadores de telemarketing º Trabalhadores nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza e conservação de áreas públicas º Recepcionistas Pintores de obras e revestidores de interiores (revestimentos 7º flexíveis) 8º Auxiliares de contabilidade º Coloristas º Cobradores e afins Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE. A composição se altera pouco quando se consideram apenas os municípios do interior do estado. Em primeiro lugar, aparecem os Ajudantes de obras civis (1º lugar também no estado), ocupando 192 vagas, resultado de 876 admissões e 684 desligamentos. Em seguida, aparecem os Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios (3º lugar no estado) com saldo de 116 vagas, resultado de 133 admissões e 17 desligamentos (Tabela 6). Apenas três famílias ocupacionais coincidiram de estar entre as 10 que mais se destacaram tanto na capital quanto no interior: Agentes, assistentes e auxiliares administrativos (1º lugar na capital e 3º no interior), Ajudantes de obras civis (2º lugar na capital e 1º no interior) e Recepcionistas (6º lugar na capital e 8º no interior). TABELA 6 Ranking e distribuição percentual do saldo de vagas por família ocupacional Interior do Rio Grande do Norte, janeiro de 2011 Familia Ocupacional Admitidos Desligados Saldo Total (1.974) 1º Ajudantes de obras civis º Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos º Operadores de máquinas para costura de peças do vestuário º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações º Motoristas de veículos de cargas em geral º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers º Recepcionistas

15 9º Escriturários de serviços bancários º Camareiros, roupeiros e afins Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE Em janeiro de 2011, foram admitidos trabalhadores no Rio Grande do Norte a uma remuneração média de R$ 683,5. O número de trabalhadores admitidos resultou na geração de uma massa salarial de R$ ,0. A remuneração média dos trabalhadores desligados foi R$ 712,2 (4,2%) superior à remuneração dos admitidos. O maior número de desligamentos ( vínculos), com uma remuneração média mais elevada que a observada entre os admitidos, resultou numa redução da massa salarial no valor de R$ ,0. Entre as famílias ocupacionais que mais admitiram trabalhadores, a família ocupacional que apresentou o maior volume de massa salarial foi Ajudantes de obras civis (R$ ,0), que correspondeu a 10,8% da massa salarial dos admitidos e remuneração média de R$ 564,5. Por outro lado, essa família ocupacional também registrou a segunda maior perda de massa salarial, correspondendo a 7,8% do total. No mês, a remuneração média desses trabalhadores desligados foi de R$ 579,5 valor 2,7% acima do percebido pelos admitidos na mesma família. Das dez famílias de maior massa salarial de admissão, sete estiveram entre as dez famílias que verificaram maior massa salarial entre os desligados. Apenas Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas, Trabalhadores agrícolas na fruticultura e Motoristas de veículos de pequeno e médio porte se localizaram entre as dez famílias que mais desligaram sem estar, entretanto, entre àquelas que mais admitiram (Tabela 7). 15

16 TABELA 7 Ranking das famílias ocupacionais por massa salarial de admitidos e desligados Rio Grande do Norte, janeiro de 2011 Admitidos Posição Familia Ocupacional Massa Remun Vínculos Massa Salarial % Média (R$) 1º Ajudantes de obras civis ,0 10,8 564,5 2º Operadores do comércio em lojas e mercados ,0 9,8 575,9 3º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos ,0 5,9 676,9 4º Trabalhadores de estruturas de alvenaria ,0 5,9 739,8 5º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers ,0 2,6 552,2 6º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações ,0 2,5 568,1 7º Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) ,0 2,3 572,0 8º Recepcionistas ,0 2,0 576,1 9º Trabalhadores nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza e conservação de áreas públicas ,0 1,6 553,3 10º Motoristas de veículos de cargas em geral ,0 2,5 874,3 Outros ,0 54,2 760,7 Total ,0 100,0 683,5 Desligados Posição Familia Ocupacional Massa Rend Vínculos Massa Salarial % Médio (R$) 1º Operadores do comércio em lojas e mercado ,0 10,3 615,1 2º Ajudantes de obras civis ,0 7,8 579,5 3º Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas ,0 7,1 554,6 4º Trabalhadores de estruturas de alvenaria ,0 5,0 763,4 5º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos ,0 3,8 673,2 6º Trabalhadores agrícolas na fruticultura ,0 3,0 565,7 7º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers ,0 2,2 581,7 8º Motoristas de veículos de pequeno e médio porte ,0 4, ,7 9º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações ,0 1,9 575,2 10º Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) ,0 1,9 596,5 Outros ,0 53,0 798,5 Total ,0 100,0 712,2 Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE Observando o tipo de admissão predominante entre as dez famílias ocupacionais que mais admitiram em janeiro de 2011, verifica-se uma concentração nas admissões por reemprego. Entre Garçons, barmen, copeiros e sommeliers e Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) a participação das admissões por primeiro emprego chegou a ser relevante, sendo 30,3% e 31,5%, respectivamente, de acordo com a Tabela 8. TABELA 8 Distribuição percentual das dez famílias que mais admitem por tipo de admissão Rio Grande do Norte, janeiro de 2011 Familia Ocupacional Primeiro Emprego Reemprego Reintegração Contrato de trabalho por prazo determinado Ajudantes de obras civis 20,0 77,4 1,8 0,8 100,0 Operadores do comércio em lojas e mercados 27,1 72,1-0,8 100,0 Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 22,8 75,5 0,4 1,3 100,0 Trabalhadores de estruturas de alvenaria 4,7 93,5 1,0 0,8 100,0 Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 30,3 68,4-1,3 100,0 Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 25,4 73,4-1,2 100,0 Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) 31,5 68, ,0 Recepcionistas 22,6 76,5-0,9 100,0 Total 16

17 Trabalhadores nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza e conservação de áreas 19,1 76,3-4,6 100,0 públicas Motoristas de veículos de cargas em geral 4,8 95, ,0 Total 20,9 77,9 0,4 0,8 100,0 Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE A distribuição dos desligamentos no Rio Grande do Norte, em janeiro de 2011, ocorreu fundamentalmente entre os trabalhadores desligados sem justa causa e a pedido (Tabela 9). Entretanto, chama atenção a participação dos desligamentos por término de contrato em duas famílias: Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas (95,4%) e Garçons, barmen, copeiros e sommeliers (21,7%). 17

18 TABELA 9 Distribuição percentual das dez famílias ocupacionais que mais demitem por tipo de desligamento Rio Grande do Norte, janeiro de 2011 Familia Ocupacional Demissão sem justa causa Demissão com justa causa A pedido Término de contrato Término de contrato por prazo determinado Outros Operadores do comércio em lojas e mercados 63,2 0,6 13,0 19,0 4,0 0,2 100,0 Ajudantes de obras civis 70,6 0,4 10,2 12,2 6,3 0,2 100,0 Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas 0,3-1,0 95,4 3,1 0,1 100,0 Trabalhadores de estruturas de alvenaria 62,9 0,4 18,6 11,8 5,5 0,8 100,0 Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 59,6 0,2 16,4 15,6 7,4 0,9 100,0 Trabalhadores agrícolas na fruticultura 87,6 0,3 6,2 4,7 0,8 0,3 100,0 Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 51,7 0,7 20,4 21,7 5,5-100,0 Motoristas de veículos de pequeno e médio porte 89,7 0,5 4,9 4,1 0,8-100,0 Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 63,9 0,5 15,6 13,5 5,8 0,8 100,0 Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) 64,9 0,8 18,4 14,4 1,3 0,3 100,0 Total 60,7 0,5 13,1 21,0 4,1 0,5 100,0 Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE Total Em relação ao tempo de permanência no emprego dos trabalhadores do Rio Grande do Norte, verifica-se que, em janeiro, o saldo das dez famílias que se destacaram no movimento de desligamento se distribui predominantemente nas faixas inferiores a um ano de emprego (até 11,9 meses), somando um total de 63,9%. Três famílias tiveram mais de 50% dos trabalhadores desligados com menos de seis meses de emprego: Ajudantes de obras civis (51,3%), Trabalhadores de estrutura de alvenaria (53,7%) e Garçons, barmen, copeiros e sommeliers (55,6%). A família ocupacional com maior número de desligamentos, Operadores do comércio em lojas e mercados, teve 60,5% dos seus trabalhadores desligados com menos de um ano de trabalho, na faixa até 11,9 meses. No geral, 35% dos trabalhadores desligados permaneceram menos de 6 meses no emprego. (Tabela 10) 18

19 TABELA 10 Distribuição percentual das dez famílias que mais desligam por tempo de permanência no emprego Familia Ocupacional Rio Grande do Norte, janeiro de ,0 a 2,9 3,0 a 5,9 6,0 a 11,9 12,0 a 23,9 24,0 a 35,9 36,0 a 59,9 60,0 a 119,9 120 ou mais Ignorado Operadores do comércio em lojas e mercados 23,6 18,7 18,2 17,3 8,7 8,3 3,9 0,9 0,4 100,0 Ajudantes de obras civis 23,5 27,8 31,5 11,3 3,5 1,2 0,1-1,1 100,0 Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas 13,4 8,3 78,0 0,1 0,1 0, ,0 Trabalhadores de estruturas de alvenaria 24,9 28,8 30,0 8,9 3,4 2,5 0,4-1,1 100,0 Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 9,0 17,0 23,8 26,4 9,4 8,3 3,9 2,0 0,3 100,0 Trabalhadores agrícolas na fruticultura 4,6 22,1 52,8 17,9 1,6 1, ,0 Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 26,5 29,1 16,0 14,2 6,4 4,1 2,3 0,2 1,1 100,0 Motoristas de veículos de pequeno e médio porte 4,9 9,8 12,7 16,8 16,0 9,3 27,6 2,8-100,0 Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 15,6 18,2 22,4 11,9 8,7 8,4 6,9 7,7 0,3 100,0 Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) 13,6 22,1 16,5 20,7 7,2 10,9 6,1 1,6 1,3 100,0 Total 15,3 19,7 28,9 15,8 6,8 5,9 4,6 2,3 0,7 100,0 Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE Total 19

20 CONSIDERAÇÕES FINAIS A movimentação do emprego formal no Rio Grande do Norte, em janeiro de 2011, apresentou um saldo negativo de postos, sendo o quarto pior resultado na geração de empregos formais para o estado no mês, na série histórica do CAGED desde O resultado negativo de janeiro ocorre por motivos de desaceleração da Indústria de Transformação e por motivos sazonais relacionados principalmente às atividades Agrícolas. Na composição do saldo de janeiro, merece destaque o comportamento da família ocupacional Operadores do comércio em lojas e mercados. Os trabalhadores dessa família foram os principais impactados pelo movimento de ajuste que geralmente ocorre no final e início do ano subseqüente, com desligamentos. No estado, a família ocupacional com melhor desempenho foi Ajudantes de obras civis (+276 postos); em Natal, o destaque ficou com Agentes, assistentes e auxiliares administrativos (+87 postos); e, no Interior, o melhor desempenho foi também da família ocupacional Ajudantes de obras civis (+192 postos). Os desligamentos entre os Operadores do comércio em lojas e mercados ocorreram predominantemente por demissão sem justa causa, cerca de 63,2% dos casos, e por término do contrato em 19,0% das situações. Mais da metade, 60,5% desses trabalhadores permaneceram menos de um ano em seu último posto de trabalho. Por fim, a elevada ocorrência de desligamentos nessa família ocupacional contribuiu significativamente para a redução da massa salarial total do estado. 20

21 ANEXOS 21

22 ANEXO 1 Saldo anual de vagas por grandes regiões Grandes regiões, jan/2009, jan/2010 e jan/2011 Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE. ANEXO 2 Saldo mensal de vagas por unidade da federação Nordeste, jan/10, dez/10, jan/11 e acumulado dos últimos 12 meses Unidade da Federação jan/10 dez/10 jan/11 Acumulado 12 meses Maranhao 816 (6.407) (1.060) (766) Piaui (1.922) Ceara (2.254) (356) (956) Rio Grande do Norte 177 (3.775) (2.243) Paraiba 62 (1.555) (1.112) Pernambuco (4.599) (5.957) Alagoas (913) (250) Sergipe (1.574) Bahia (17.303) Nordeste (37.741) (611) Fonte: MTE/CAGED Elaboração: DIEESE Brasil ( )

23 Mês ANEXO 3 Saldo mensal de vagas por setor de atividade Rio Grande do Norte, Natal e Interior, jan/09 a jan/11 Extrativa Mineral Ind Transformação Serv Ind Util Publica Construção Civil Comércio Serviços Administração Pública Agropecuária RN Natal Interior RN Natal Interior RN Natal Interior RN Natal Interior RN Natal Interior RN Natal Interior RN Natal Interior RN Natal Interior jan/11 (7) (11) 4 (1.189) (34) (1.155) (28) 17 (45) (239) (326) (24) 4 (28) (1.032) 26 (1.058) total 2011 (7) (11) 4 (1.189) (34) (1.155) (28) 17 (45) (239) (326) (24) 4 (28) (1.032) 26 (1.058) dez/10 40 (6) 46 (769) (591) (178) (795) (272) (523) (1.237) (1.281) 44 6 (1) 7 (1.676) (3) (1.673) nov/ (200) 206 (21) 3 (24) (125) (2) 2 (491) (20) (471) out/ (32) (12) 15 (27) (138) (73) (1) (72) set/ (4) 9 (13) (4) (6) ago/ (91) (3) 3 (6) (9) jul/ (21) (12) (9) (77) 53 (16) jun/ (9) (352) 263 (67) (1) (8) (14) 373 mai/ (3) 149 abr/ (110) (522) (522) (700) (1) (699) mar/10 21 (1) 22 (866) 485 (1.351) (985) (19) (966) fev/10 21 (4) 25 (22) (79) (17) (18) 1 (1.870) 3 (1.873) jan/ (495) (109) (386) (286) (322) (54) 9 (63) (638) (6) (632) total (924) (76) (848) dez/09 (27) (9) (18) (361) (310) (51) (91) (6) (85) (716) (86) (630) (494) 86 (580) 3 4 (1) (348) (6) (342) nov/09 69 (1) (93) (7) (86) out/ (2) (19) 14 (33) 111 (191) (2) 101 (2) 103 set/09 19 (2) (21) 96 (32) 2 (34) ago/ (49) (10) (39) 3 (144) (3) jul/09 (20) (5) (15) (12) 15 (27) jun/09 (60) (4) (56) (7) (2) (5) (158) (151) (7) (128) (3) 191 (3) 194 mai/09 (96) (1) (95) (551) (223) (328) (430) (441) (898) (913) 15 (10) (11) 1 (298) 7 (305) abr/09 (46) (5) (41) (527) (41) (486) (21) (5) (16) (577) (194) (383) (537) (301) (236) (158) 33 (3) 36 (1.363) (2) (1.361) mar/09 (39) (5) (34) (755) (45) (710) (13) (488) (95) (393) (100) (150) (1.544) 12 (1.556) fev/09 (10) (1) (9) (3.919) (704) (3.215) (211) (221) 10 (500) (296) (204) (1.513) (33) (1.480) jan/09 21 (3) 24 (716) (270) (446) (155) (195) 40 (739) (194) (545) (405) (416) 11 4 (189) (1.074) (21) (1.053) total (38) 49 (906) (604) (302) (1.091) (814) (277) (823) (462) (361) (1.630) 29 (1.659) Fonte: MTE/CAGED Elaboração: DIEESE 23