PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL CONSTRUÇÃO DA PONTE-CAIS DE TANDANHANGUE

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1 Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized SFG2285 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL ADMINISTRAÇÃO NACIONAL DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO PROJECTO MOZBIO Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL CONSTRUÇÃO DA PONTE-CAIS DE TANDANHANGUE PROVÍNCIA DE CABO-DELGADO

2 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL ADMINISTRAÇÃO NACIONAL DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO PROJECTO MOZBIO PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL CONSTRUÇÃO DA PONTE-CAIS DE TANDANHANGUE PROVÍNCIA DE CABO-DELGADO MAPUTO, MAIO,

3 RESUMO NÃO TÉCNICO INTRODUÇÃO O presente documento constitui o Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) da Ponte-Cais de Tandanhangue localizada no Distrito de Quissanga, Província de Cabo Delgado. O PGAS é um elemento norteador das acções de minimização e prevenção dos efeitos ambientais e sociais adversos gerados pela construção e operação da Ponte-Cais. Portanto, o PGAS descreve e caracteriza as acções propostos para a protecção ambiental e social. DESCRIÇÃO DO PROJECTO A ANAC está a implementar o projecto Áreas de Conservação de Moçambique para Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável (MozBio) cujo objectivo é aumentar a gestão efectiva das áreas de conservação e melhorar as condições de vida das comunidades dentro e em volta das áreas de conservação. Parte dos fundos do MozBio serão utilizados para financiar a construção da Ponte Cais de Tandanhangue, localizada em Cabo Delgado, no distrito de Quissanga, no Parque Nacional das Quirimbas. na Província de Cabo Delgado, mais precisamente nas coordenadas 12º 23' 44.29" S e 40º 31' 12.33" E e está inserido dentro do Parque Nacional de Quirimbas. Caracterização do Projecto da Ponte Cais O projecto pretende construir uma Ponte- Cais de madeira para atraque de barcos de pequena e média dimensão. O projecto proposto da Ponte-Cais foi desenhado tomando em consideração o tipo de barco de 1,5 m de profundidade sob a água; 2,5 m de largura e 15 m de comprimento; com capacidade de 2-3 toneladas e pessoas. O projecto consiste na construção de uma Ponte- Cais, composto por uma plataforma de madeira horizontal de 263 m de comprimento por 1,90 m de largura. A plataforma de madeira vai ser construída mediante pranchas de pavimento de madeira, as quais vão apoiar-se sobre uma estrutura de madeira, formada por vigas e travamentos, com 14 escadas verticais num só lado do dique e degraus horizontais para um melhor acesso das 3 plataformas do dique pelos barcos. Localização do Projecto da Ponte Cais O projecto de construção da Ponte-Cais de Tandanhangue localiza-se na zona costeira, 5 km a nordeste e 10 km a sudoeste das sedes dos Distritos de Quissanga e do Ibo, respectivamente. Portanto, insere-se na aldeia Tandanhangue, na localidade Quissanga-Sede, Posto Administrativo de Quissanga, no distrito do mesmo nome, POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS E LEGISLAÇÃO NACIONAL As políticas de salvaguardas do Banco Mundial representam a pedra angular dos esforços do Banco para proteger as pessoas e o meio ambiente e a lesgilação nacional promove um desenvolvimento que seja socialmente justo, economicamente viável e i

4 ecologicamente sustentável. As mais relevantes políticas de salvaguardas ambientais e sociais para o Projecto Ponte-Cais de Tandanhangue sao as mesmas accionadas para o Projecto Mozbio, e descritas no ESMF, nomeadamente: Avaliação Ambiental (OP 4.01); Habitats Naturais (OP 4.04); Gestão de Pragas (OP 4.09); Recursos Culturais Físicos (OP 4.11); Reassentamento Involuntário (OP 4.12); Florestas (OP 4.36), enquanto a nível de lesgislação nacional os mais relavante incluem: Lei do Ambiente; Lei de Conservação; Lei sobre a Protecção do Património Cultural; Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes; Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental. SITUAÇÃO DE REFÊRENCIA DA ÁREA DO PROJECTO Caracterização Abiótica O clima do distrito de Quissanga é fortemente influenciada pela Zona de Convergência Inter-tropical (ZCIT) e caracteriza-se por apresentar o clima sub húmido seco, onde a precipitação média anual varia entre 900 a 1200 mm, sendo a média mensal de 40.2 mm e a temperatura média é de 22 ºC, sendo máxima absoluta de 31.2 ºC e minima absoluta de 14.5ºC. Os Ventos são influenciados pelos sistemas de monções com ventos NE durante o verão e ventos de SW durante o inverno. O distrito de Quissanga apresenta um relevo caracterizado por planícies e planaltos. A altitude aumenta à medida que se desloca da costa para o interior, desde os 0 m, alcançando cerca de 500 m acima do nível do mar. Caracterização Biótica Vegetação - o distrito de Quissanga apresenta 8 vários tipos florestais incluíndo outras formações de vegetação não florestais nomeadamente áreas agrícolas. A classificação florestal do distrito obedece aos diferentes tipos, variando do mosaico de diversas fáceis da série dos miombos de tipo caducifólio tardio, agricultura, mosaico de miombos tipico e savanas, mosaico de savanas climácicas e formações arbustivas, formações arbustivas sub-litorais (em plataforma e alcantilados calcários ou em areais arenosas), mangal, zonas limosas e saladares na região itermareal e paisagem antroporizada. Fauna - a ocorrência de espécies faunísticas terrestres de grande e médio porte incluindo cabrito cinzento, elefante, cão-selvagem, porco-selvagem, mangul ou cabrito vermelho, pala-pala, chango, macacos-cão cinzento. Contudo no interior, sobre tudo na região mais a norte de Quissanga especificamente em Macomia, é reconhecido por acomodar maior diversidade de espécies faunísticas terrestres principalmente ao longo do rio Messalo. Os recursos marinhos são relativamente ricos, verificando-se uma abundância de espécies de peixe de elevado valor comercial, destacando-se o camarão, polvo, lula, caranguejo e inúmeros mariscos. De realçar que há diversas espécies de peixes: carapau, garoupas, pescadinha, peixe vermelho, peixe ladrão; camarão, lagostas, polvo e diversas espécies de crustáceos. Caracterização Socioeconómica Segundo os resultados do III Recenseamento Geral da População e Habitação de 2007, o distrito de Quissanga contava com habitantes, espalhadas numa superficie de km², o que resulta numa densidade populacional de 18.6 ha/km², representando 2.7% do total da população da Provincia. Contudo, dados mais actualizados (2012), apontavam para uma população estimada em hab, o que se traduz num incremento de cerca de hab, num espaço de 5 ii

5 anos. POTENCIAIS IMPACTOS E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO Foram identificados os potenciais impactos ambientais e sociais nas diferentes fases do projecto: planeamento, construção, operação e encerramento. A seguir apresenta-se algumas das medidas de mitigação: As áreas a serem afectadas pelas actividades de construção devem ser mantidas ao minímo, somente suficientes para levar a cabo as actividades necessárias. Todos os residentes em redor ao local do projecto, principalmente os próximos, serão sensibilizados sobre os principais impactos do projecto através de reuniões antes da construção. O empreiteiro deverá asseguar que sinais de alerta de perigo são erguidos em todo limite da vedação. A integridade do habitat natural em torno da instalação da Ponte-Cais de Tandanhangue deverá ser mantida. O uso de herbicidas e pesticidas e outros produtos químicos hortícolas relacionados devem ser cuidadosamente controlado e apenas aplicado por pessoal devidamente certificado para aplicar pesticidas e herbicidas. O combustível inflamável e gás serão mantidos separado das actividades de solda, áreas de montagem e cais de carga. O corte das árvores de mangal ou remoção de espécies protegidas deverá ser evitado ao máximo possível. A abertura ou alargamento das estradas de acesso devem ser adequadamente mantidas para minimizar as poeiras, erosão e danificação indesejada da superfície. A mistura de cimento deve ocorrer numa área designada, numa superfície impermeável onde o lixiviamento pode ser apropriamente contido, e dentro do estaleiro. INDICADORES E PLANO DE MONITORIA O PGAS identifiou indicadores de monitoria social e ambiental e definiu a reponsabilidade e periodicidade com que estes se efecturão. Alguns dos indicadores incluem: tamanho da área ocupada e quantidade de operários residentes; reportagem de casos e medidas de prevenção, etc. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Todos impactos biofísicos, socioeconómicos e de saúde e segurança ocupacional são altamente mitigáveis e localizados. Por outro lado, a área possui um Plano de Maneio aprovado a 31 de Dezembro de 2014, cuja implementação é monitorada pela Administração do Parque Nacional das Quirimbas. Os potenciais impactos ambientais e sociais identificados neste projecto são controlados através de medidas de mitigação, gestão e monitorização constantes neste PGAS. A responsabilidade de garantir a implementação das acções de gestão ambiental formuladas no PGAS recai sobre ANAC, na qualidade de proponente da obra. iii

6 INDÍCE RESUMO NÃO TÉCNICO... i ÍNDICE DE FIGURAS... vi ÍNDICE DE TABELAS... vii LISTA DE ACRÓNIMOS... viii 1. INTRODUÇÃO DESCRIÇÃO DO PROJECTO Localização do Projecto Caracterização do Projecto POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL E LEGISLAÇÃO NACIONAL Políticas de Salvaguardas do Banco Mundial Legislação Nacional Processo de Avaliação de Impacto Ambiental SITUAÇÃO DE REFÊRENCIA NA ÁREA DO PROJECTO Caracterização Abiótica Clima Ventos Topografia Batimetria Ciclones e Nível do Oceano Marés Solos Caracterização Biótica Vegetação Fauna terrestre Fauna marinha Caracterização Socioeconómica POTENCIAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO Potenciais Impactos Ambientais e Medidas de Mitigação Fase de Planeamento Fase de construção Fase de Operação Potenciais Impactos Sociais e Medidas de Mitigação Fase de Planeamento Fase de Construção Respeito pela cultura e tradições da comunidade local Operação iv

7 6. MECANISMO DE QUEIXAS E RECLAMAÇÕES INDICADORES DE MONITORIA Indicadores de Monitoria Ambiental Monitoria de Impactos Sociais Plano de Monitoria do Cumprimento do PGA da Ponte Cais de Tandanhangue CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS ANEXO I Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação v

8 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Localização da Ponte-Cais de Tandanhangue....2 Figura 2. Desenho arquitetônico da Ponte-Cais de Tandanhangue....3 Figura 3. Localização do traçado da Ponte-Cais de Tandanhangue....4 Figura 4. Tramos da Ponte-Cais de Tandanhangue....5 Figura 5. Escadas horizontais (em circulo) e verticais da Ponte-Cais de Tandanhangue....5 Figura 6. Constituição do muro em betão ciclópico de: (a) Parede do banco dos passeios; (b) Parede da rampa; (c) Parede dos bancos; e (d) Parede do encosto da Ponte-Cais....6 Figura 8. Fases do processo de Avaliação de Impacto Ambiental segundo Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro vi

9 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1. Políticas de salvaguardas ambientais e sociais accionadas as Projecto Mozbio e aplicáveis ao projecto da Ponte-Cais de Tandanhangue Tabela 2 Legislação ambiental e sectorial relevante para a actividade proposta Tabela 3. Espécies faunísticas que ocorrem na área do projecto Tabela 4. Distribuição da População de Quissanga, Por Posto Administrativo Tabela 5. Potenciais Impactos Ambientais e Medidas de Mitigação na fase de planeamento Tabela 6. Potenciais impactos ambientais e medidas de mitigação na fase de construção Tabela 7. Potenciais impactos ambientais e medidas de mitigação na fase de operação vii

10 LISTA DE ACRÓNIMOS AC Áreas de Conservação AIA Avaliação de Impacto Ambiental ANAC Administração Nacional das Áreas de Conservação DPTADER Direcção Provincial de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural DPTC Direcção Provincial dos Transportes e Comunicações EAS Estudo Ambiental Simplificado EPDA MITADER MozBio OSAC OS PGA PNQ TdR ZCIT Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição do Âmbito Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural Áreas de Conservação de Moçambique para Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável Oficial de Saúde, Ambiente e Segurança Ocupacional Oficial de Segurança Plano de Gestão Ambiental Parque Nacional das Quirimbas Termos de Referência Zona de Convergência Inter-tropical viii

11 1. INTRODUÇÃO O presente documento constitui o Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) da Ponte-Cais de Tandanhangue localizada no Distrito de Quissanga, Província de Cabo Delgado. O PGAS é um elemento norteador das acções de minimização e prevenção dos efeitos ambientais e sociais adversos gerados pela construção e operação da Ponte-Cais. Portanto, o PGAS descreve e caracteriza as acções propostos para a protecção ambiental e social. A construção desta infra-estrutura é de iniciativa do Governo da Província de Cabo Delgado através da Direcção Provincial dos Transportes e Comunicações (DPTC) que é a instituição responsável pela planificação, direcção e coordenação da área socioeconómica dos transportes e comunicações (Decreto n. o 21/2015 de 9 de Setembro). A construção da Ponte-Cais de Tandanhangue conta com financiamento do Banco Mundial, através do projecto das Áreas de Conservação para a Biodiversidade e Desenvolvimento (MozBio), implementado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC). A legislação nacional (Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro) e as políticas do Banco Mundial requerem que seja feita uma avaliação ambiental dos projectos propostos antes da sua construção de modo a assegurar que os mesmos sejam socialmente e ambientalmente sustentáveis. Mais além, tanto as Políticas de Salvaguardas do Banco Mundial como as leis nacionais definem os procedimentos operacionais que devem ser utilizados durante a implementação dos projectos. Neste contexto, tornase necessário tomar em consideração estas políticas e procedimentos bem como a observância da legislação ambiental vigente no país de modo que a construção da infra-estrutura Ponte-Cais de Tandanhangue seja sócio e ambientalmente sustentável. 1

12 2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO A ANAC está a implementar o projecto Áreas de Conservação de Moçambique para Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável (MozBio) cujo objectivo é aumentar a gestão efectiva das áreas de conservação e melhorar as condições de vida das comunidades dentro e em volta das áreas de conservação. Uma das componentes do projecto está ligada a melhorar a gestão das áreas de Conservação, onde parte dos fundos é direccionada a financiar infra-estruturas. Em 2015, o Parque Nacional das Quirimbas foi solicitado pela Direcção Provincial dos Transportes e Comunicação de Cabo Delgado, no sentido de enquadrar o projecto da Ponte Cais de Tandanhangue no plano das infra-estruturas do PNQ. Neste contexto, parte dos fundos do MozBio serão utilizados para financiar a construção da Ponte Cais de Tandanhangue, localizada em Cabo Delgado, no distrito de Quissanga, no Parque Nacional das Quirimbas Localização do Projecto O projecto de construção da Ponte-Cais de Tandanhangue localiza-se na zona costeira, 5 km a nordeste e 10 km a sudoeste das sedes dos Distritos de Quissanga e do Ibo, respectivamente. Portanto, insere-se na aldeia Tandanhangue, na localidade Quissanga-Sede, Posto Administrativo de Quissanga, no distrito do mesmo nome, na Província de Cabo Delgado, mais precisamente nas coordenadas 12 o 23' 44.29" S e 40 o 31' 12.33" E. Esta secção do Distrito de Quissanga faz parte do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ) criado em 2002 através do Decreto n.º 4/2002, de 6 de Junho (Figura 1). Figura 1. Localização da Ponte-Cais de Tandanhangue. 2

13 2.2. Caracterização do Projecto O projecto pretende construir uma Ponte-Cais de madeira para atraque de barcos de pequena e média dimensão na Aldeia de Tandanhangue. Em tempos, esta aldeia foi um dos principais povoados de África e o mais importante ponto de travessia para a Ilha do Ibo por ser o ponto mais próximo do lado do continente. Devido ao forte desenvolvimento que a Ilha de Ibo enfrenta e também para promover o turismo e desenvolvimento sustentável local é necessário melhorar as infraestruturas portuárias que facilitarão a carga e a descarga de pessoas e bens, indo e saindo da Ilha de Ibo. Figura 2. Desenho arquitetônico da Ponte-Cais de Tandanhangue. Desta forma, o projecto proposto da Ponte-Cais foi desenhado tomando em consideração o tipo de barco de 1,5 m de profundidade sob a água; 2,5 m de largura e 15 m de comprimento; com capacidade de 2-3 toneladas e pessoas. E que a altura da maré: de acordo com as medições levantadas na zona onde vai ser feita a obra e das informações tiradas do livro Tabela de marés Ano XXIX. Moçambique do Instituto Nacional de Hidrografía e Navegaçâo, é possível estimar a maré máxima vai-se situar no ponto 4,46 m, correspondente a uma diferença de marés de 4,25 m. Portanto, segundo o estudo das marés feito, esta solução vai permitir um incremento no tempo de utilização Ponte-Cais em 40%, alcançando as 12 horas de utilização por dia. O projecto consiste na construção de uma Ponte-Cais, composta por uma plataforma de madeira horizontal de 263 m de comprimento por 1,90 m de largura. A Ponte-Cais iniciará na linha final do nível das marés, próximo do Embondeiro (12 23'44.58"S e 40 31'10.23"E) que corresponde ao ponto mais alto e que as marés não atingem, direccionando-se ao canal marinho, até a saída do mangal que se encontra nas laterais da área de atraque dos barcos (Figura 3). 3

14 Figura 3. Localização do traçado da Ponte-Cais de Tandanhangue. A plataforma de madeira vai ser construída mediante pranchas de pavimento de madeira, as quais vão apoiar-se sobre uma estrutura de madeira, formada por vigas e travamentos. Estes elementos vão se situar sobre umas colunas verticais introduzidas em terra por meio manual nos dois primeiros tramos (A=37.5m e B=37.5m) e por meio de finca das colunas nos restantes quatro vãos (C=75.0m; D=100.0m e E=11.6m) (Figura 4). Para o acesso em barco à plataforma, vai se dispor de 14 escadas verticais e de uma série de degraus horizontais segundo se mostra na Figura 5, e que seguidamente se procede a descrição: Escada Verticais: Vai se dispor no dique de 14 escadas verticais num só lados do dique. Estes elementos vão ser feitos com 2 pranchas de madeira verticais de dimensões 10x10 cm e 5 m de comprimento. Para os 11 degraus que compõem as escadas, vai se usar pranchas de madeira de 10x5 cm e de 60 cm de comprimento. 4

15 Degraus Horizontais: Para um melhor acesso à plataforma do dique, vai se executar degraus horizontais (num só lado do dique) a modo de plataformas horizontais de 0.75 metros de largura e 4 metros de comprimento, cada uma a uma diferença de altura de 50 cm. A ideia é permitir a colocação dos barcos perto dum destes degraus, a depender da altura do mar. As plataformas horizontais vêm constituídas por 3 pranchas de madeira de dimensões 25x4 cm e 4 m de comprimento, as quais vai se apoiar em vigas perpendiculares a estas apoiadas sobre colunas de vários comprimentos, dependendo do tramo, e de secção quadrada de 20x20 cm, com uma penetração mínima no terreno de 1,6 metros. Figura 4. Tramos da Ponte-Cais de Tandanhangue. Figura 5. Escadas horizontais (em circulo) e verticais da Ponte-Cais de Tandanhangue. Para o encoste da plataforma, no início da ponte, será feita de uma parede de betão ciclópico para a protecção das terras e também será construída uma parede de retenção de terras próxima do Embondeiro. Entre os muros será aterrada e compactada com areias e construída uma laje em pedra rachão com 30 cm de espessura. Para o revestimento dos muros utilizar-se-á argamassa ao traço 1:2 em volume de cimento de tipo Portland 42 e areia de rio. O acabamento deve ser do tipo queimado com cimento á colher de pedreiro. (a) (b) 5

16 (c) (d) Figura 6. Constituição do muro em betão ciclópico de: (a) Parede do banco dos passeios; (b) Parede da rampa; (c) Parede dos bancos; e (d) Parede do encosto da Ponte-Cais. A madeira que se utilizará será do tipo Messinge com as seguintes características: (i) nome científico: Terminalia stenostachya; (ii) família: Combretaceae; (iii) nome comercial: Messinge; (iv) nome vernácular: Nomba; (v) densidade: 0,85 t/m 3 à 12% de humidade; tensão de roptura: 105 kn/m 2 ; compressão axial - tensão de roptura: kn/m 2 3. POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL E LEGISLAÇÃO NACIONAL As políticas de salvaguardas do Banco Mundial representam a pedra angular dos esforços do Banco para proteger as pessoas e o meio ambiente, e para garantir resultados na erradicação da pobreza extrema e promover a prosperidade compartilhada de maneira sustentável em todos os países parceiros. De igual modo, a lesgilação nacional promove um desenvolvimento que seja socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente sustentável. 6

17 3.1. Políticas de Salvaguardas do Banco Mundial As políticas de salvaguardas do Banco Mundial são amplamente consideradas como um meio eficaz para assegurar que as preocupações ambientais e sociais e as vozes das comunidades sejam representadas na formulação e implementação dos projectos por si financiados. Estas políticas de salvaguardas estão agrupadas em dez Políticas Operacionais, nomeadamente: Avaliação Ambiental (OP 4.01), Habitats Naturais (OP 4.04), Gestão de Pragas (OP 4.09), Povos Indígenas (OP 4.10), Recursos Culturais Físicos (OP 4.11), Reassentamento Involuntário (OP 4.12), Florestas (OP 4.36), Segurança de Barragens (OP 4.37), Águas Internacionais (OP 7.50), e Áreas em Litigio (OP 7.60). Para o Projecto MozBio onde a a infraestrutura da Ponte Cais de Tandanhangue se insere seis destas dez políticas de salvaguardas ambientais e sociais são relevantes e serão seus requesitos serão observados durante a construção e/ou operação da Ponte-Cais, de acordo com o apresentado na tabela abaixo (Tabela 1). Tabela 1. Políticas de salvaguardas ambientais e sociais accionadas pelo Projecto Mozbio e aplicáveis ao projecto da Ponte-Cais de Tandanhangue. Políticas do Banco Mundial Avaliação Ambiental (OP 4.01) Habitats Naturais (OP 4.04) Gestão de Pragas (OP 4.09) Povos Indígenas (OP 4.10) Recursos Culturais Físicos (OP 4.11) Reassentamento Involuntário (OP 4.12) Enquadramento no Projecto Ponte-Cais de Tandanhangue Considerando o Quadro de Gestão Ambiental e Social (QGAS) aprovado para o MozBio, bem como a respectiva Ficha de Avaliação Ambiental e Social classificou o projecto como sendo de Categoria B. No entanto, segundo a legislação nacional, Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro, intruiu-se o processo de Categorização junto a DPTADER de Cabo Delgado para observância de todos os requisitos tanto das políticas de salvaguarda do Banco Mundial como da legislação da República de Moçambique. A actividade da empreitada vai interferir nos habitatess marinhos assim como terrestres. Estes habitates deverão ser compensados nas áreas ecologicamente similares de maior ou igual tamanho. O empreiteiro vai adquirir madeiras tratadas para a execução da obra, pelo que não há previsão de uso de pesticidas ou outros produtos, portanto não se prevê que haja propagação de pragas. Não existem povos indígenas na área do projecto, considerando o conceito da política A construção da Ponte Cais não prevê interferência com recursos culturais físicos. Caso sejam encontrados artefactos arqueológicos, arquitectura especiais ou qualquer recurso cultural físico, durante as escavações, denotando a presença humana no passado, deve se proceder com a observância da Lei sobre a Protecção do Património Cultural (Lei n. 10/88 de 22 de Dezembro). A zona de implantação da Ponte-Cais de Tandanhangue é uma zona sem assentamentos humanos, pelo que não prevê nenhum tipo de reassentamento, nem campo campos agricolas. No entanto, durante a construção da Ponte-Cais poderá haver necessidade de limitar o acesso à este ponto de travessia pelas comunidades locais para dar lugar as obras de construção a fim de garantir a segurança de ambos intervinientes, população e proponente. Apesar disso, não se prevê que acção gere impactos negativos sobre seus meios de subsistência uma vez que a prior encontrar-se-á alternativas viavéis de travessia nos 7

18 Florestas (OP 4.36) Segurança de Barragens (OP 4.37) Águas Internacionais (OP 7.50) Áreas em Litigio (OP 7.60) pontos e far-se-á a observância do Decreto n.º 31/2012, de 8 de Agosto: o Regulamento sobre o Processo de Reassentamento resultante de Actividades Económicas. De um modo geral uma pequena parte da zona isolada durante a fase de construção vai interferir com a floresta do tipo mangal. A construção da ponte cais de Tandanhangue não prevê nenhum tipo de actividades que impliquem a construção de represas ou barragens com paredões acima de 15 metros de altura- O empreendimento em causa não será realizado em áreas transfronteiriças que envolvam cursos de águas internacionais. O Projecto proposto não será implementado em áreas em disputa Legislação Nacional A construção da Ponte-Cais de Tandanhangue também será implementada a luz da reforma da lesgislação do sector do ambiente na República de Moçambique em termos de cumprimento de uma séria de convenções e protocolos internacionais de protecção ambiental, social e conservação. Os instrumentos legais que garantem o desenvolvimento sustentável da actividade em conformidade com os planos previamente traçados pelo Governo, a AIA deve seguir-se pela legislação nacional vigente bem como normas e práticas ambientalmente aceites a nível internacional. Neste contexto quer as políticas de salvaguardas do BM, quer os regulamentos vigentes na República de Moçambique serão aplicados para garantir que os impactos ambientais e sociais negativos sobre o recurso como terra, solos, água, biodiversidade, vegetação, comunidades locais e a sociedade no geral sejam adequadamente geridos garantindo assim que os impactos positivos com a construção da Ponte-Cais de Tandanhangue sejam alcançados. A legislação de Moçambique contém uma série de disposições legais de prevenção e controlo, que asseguram o uso sustentável dos recursos naturais, mantendo a capacidade de renovação, estabilidade ecológica, direitos Humanos, as quais estão ilustradas na Tabela 2 do presente PGAS. 8

19 Tabela 2 Legislação ambiental e sectorial relevante para a actividade proposta. Decreto / Regulamento / Política Constituição da República de 2004 (aprovada pela Assembleia da República a 16 de Novembro) Política Nacional do Ambiente (Resolução n o 05/1995 de 3 de Agosto) Breve Descrição A Constituição da República de Moçambique contém as bases da organização do Estado moçambicano, dentre os quais podemos encontrar referências aos mecanismos para a defesa e protecção do meio ambiente. Estabelece a base para toda a legislação ambiental. De acordo com o artigo 2.1, o principal objectivo desta política é garantir o desenvolvimento sustentável, a fim de manter um equilíbrio aceitável entre o desenvolvimento socioeconómico e a protecção ambiental. Relevância para o projecto O proponente tem a responsabilidade de assegurar que o empreiteiro e outros trabalhadores contratados para construção e exploração do projecto responsabilidades ambientais no local e enquanto prestam serviços. O proponente tem a responsabilidade de assegurar que as actividades propostas estão em conformidade com esta política e assegurar a sustentabilidade ambiental do projecto. Política Nacional de Águas (Resolução nº 46/2007 de 30 de Outubro) Promove a conservação da água na gestão dos recursos hídricos e os padrões de qualidade de água introduzindo medidas para prevenção da poluição e mitigação dos seus efeitos. As actividades de construção podem causar implicações negativas nos ecossistemas aquáticos, águas superficiais ou subterrâneas. Política Pesqueira e a respectiva Estratégia de Implementação (Resolução n. 11/96, de 28 de Maio) Proíbe o lançamento de despejos e lixos no recinto do cais fora dos locais apropriados ou terrenos adjacentes. As actividades de contrução e operação poderão produzir despejos e lixos e que ou seu manuseamento e elinação deve estar de acordo com a legislação vigente. Política Nacional de Terra e a Estratégia de Implementação (Resolução nº 10/1995, de 17 de Outubro) Advoca o uso sustentável dos recursos naturais de forma a garantir a qualidade de vida para os presentes e futuras gerações, assegurando que as zonas de protecção total e parcial mantenham a qualidade ambiental e os fins os fins ambientais para que foram constituídos. O proponente tem a responsabilidade de assegurar que as actividades propostas não comprometam a qualidade de vida para os presentes e futuras gerações 9

20 Decreto / Regulamento / Política Política do Turismo e Estratégia da sua Implementação (Resolução n 14/2003, de 4 de Abril) Política de Conservação e Estratégia da Implementação (Resolução nº 63/2009, de 2 de Novembro) Breve Descrição Encoraja o desenvolvimento de infraestruturas de suporte para o turismo desde que sejam geridas de acordo com os princípios de sustentabilidade ambiental, económica e social, preservando a biodiversidade e assegurando a sustentabilidade natural e cultural. Incorpora o princípio da responsabilidade ambiental em que quem danifica a biodiversidade sem o devido licenciamento tem o dever de repor a biodiversidade danificada e/ou pagar os custos para a prevenção e eliminação dos danos por si causados. Relevância para o projecto A construção e exploração das infraestruturas propostas podem alterar a situação ambiental, económica, social e cultural. O proponente deve garantir que todas licenças são obtidas previamente ao início de qualquer actividade. Politica e Estratégia de Florestas e Fauna Bravia (Resolução n.º 8/97, de 1 de Abril) Tem como uma das prioridades o melhoramento da protecção, maneio e uso das áreas de conservação de florestas e fauna bravia, com vista a contribuir para o desenvolvimento sustentável nacional e local, uso apropriado da terra e conservação da biodiversidade ; O projecto proposto irá garantir a presença permanente do corpo administrativo e dos fiscais do PNM no terreno contribuindo para melhor conservação e desenvolvimento. Lei da revisão do Código Penal (Lei n.º 35/2014, de 31 de Dezembro) Lei de Ordenamento do Território (Lei n.º 19/2007, de 18 de Julho) e Regulamento da Lei de Ordenamento do Território (Decreto n.º 23/2008 de 1 de Julho) Estabelece os crimes contra o ambiente: exploração ilegal de recursos florestais, abate de espécies protegidas ou proíbdas, poluição da aguá e solo e não recuperação natural da área explorada. A lei e o regulamento estabelecem os princípios e normas de sustentabilidade para agregar valor ao espaço físico, a igualdade de acesso à terra e aos recursos naturais e precaução, priorizando a criação de sistemas de prevenção para minimizar os impactos significativos ou irreversíveis ao meio ambiente. O proponente tem a responsabilidade de assegurar que as actividades propostas não violem o Código Penal. O projecto irá mudar o padrão actual do uso do solo na região. Lei de Terras (Lei n.º 19/97, de 1 de Outubro) e Regulamento da Lei de Esta lei e o seu regulamento indicam quais as áreas que constituem zonas de protecção total e parcial e fixa que nas zonas de protecção total e parcial não podem ser adquiridos A Construção da Ponte Cais de Tandanhangue no Parque Nacional das Quirimbas (PNQ) inclui por exemplo área para actividade comercial como loja 10

21 Decreto / Regulamento / Política Terras (Decreto n.º 66/98, de 8 de Dezembro), Breve Descrição direitos de uso e aproveitamento da terra, podendo, no entanto, ser emitidas licenças especiais para o exercício de actividades determinadas. Relevância para o projecto de conveniência e parque de estacionamento de viaturas que necessitaram respectivas licenças sectoriais. Lei de Pescas (Lei n.º 3/90, de 26 de Setembro) Determina que os recursos pesqueiros das águas jurisdicionais moçambicanas são de domínio público e consagra ainda medidas de conservação e gestão dos recursos pesqueiros e define as competências para o regime de licenciamento. Durante a construção do complexo o empreiteiro ou os trabalhadores contratados podem se envolver na cadeia de comercialização do pescado afectando directa ou indirectamente a proliferação de pesca ilegal. Lei do Ambiente (Lei nº 20/1997, de 1 de Outubro) Estabelece os princípios básicos gerais de gestão ambiental, dentre outros, a utilização racional dos componentes ambientais de forma a promover a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a valorizar as tradições e o saber das comunidades locais. A construção e exploração da Ponte Cais de Tandanhangue poderá influenciar no ambiente e nos meios de subsistência da comunidade local. Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei nº 10/99, de 7 de Julho) e Regulamento da Lei de Floresta e Fauna Bravia (Decreto nº 12/2002 de 6 de Junho) Define os princípios e normas básicas sobre a protecção, conservação e utilização sustentável dos recursos florestais e faunísticos no âmbito de uma gestão integrada, com vista ao desenvolvimento socioeconómico do país, portanto define espécies de fauna e flora que são protegidos por lei. O projecto pode afectar as áreas circundantes de protecção total e parcial (extracção do mangal para construção e como combustível lenhoso) e outras espécies faunísticas protegidas por lei. Lei do Trabalho (Lei n.º 8/98 de 10 de Julho) Lei de Águas (Lei n.º 16/91, de 3 de Agosto) Do ponto de vista ambiental esta lei é relevante para o projecto proposto pois a mesma contém cláusulas relativas à Saúde e Segurança dos trabalhadores que como forma de minimizar os riscos de acidentes no trabalho e garantir o bem-estar dos trabalhadores devem ser observadas. Determina que as águas interiores constituem o domínio público hídrico do Estado. Entre as suas normas, a Lei de Águas determina medidas para prevenção e controlo de A fase de construção irá envolver manuseamento de equipamento e material que poderá resultar em ferimentos e acidentes se a normas de segurança e protecção não serem observadas. O proponente tem a responsabilidade de implementar medidas que evitem a poluição de 11

22 Decreto / Regulamento / Política Lei do Mar (Lei n.º 4/96 de 4 de Janeiro) Breve Descrição contaminação das águas, licenciamento de actividades nas zonas de protecção adjacentes aos recursos hídricos e regras para autorização de despejo de efluentes. A Lei nº 4/96, define os direitos de jurisdição sobre a faixa do mar ao longo da costa moçambicana. Esta lei cria a Zona Económica Exclusiva e confere direitos soberanos ao Estado para fins de exploração, aproveitamento, conservação e gestão de recursos naturais vivos ou não das águas subjacentes ao leito do mar e subsolo, bem como no que se refere a outras actividades com vista à exploração e aproveitamento da zona para fins económicos e para a produção de energia a partir da água, das correntes e dos ventos. Relevância para o projecto quaisquer recursos de água durante e depois da implementação do projecto. Nos parques nacionais marinhos é interdita toda e qualquer actividade de pesca, incluindo a pesca de subsistência, a pesca recreativa e desportiva e a pesca submarina. Nas reservas naturais marinhas com carácter total pode ser exercida a pesca de subsistência, enquanto que, nas reservas naturais marinhas com carácter parcial podem ser exercidas para além da pesca de subsistência, a pesca artesanal e a pesca recreativa e desportiva, desde que em ambos casos as actividades piscatórias não prejudiquem o interesse de proteger. Lei do Turismo (Lei nº 4/2004, de 17 de Junho) Lei sobre a Protecção do Património Cultural (Lei n 10/88 de 22 de Dezembro) Estabelece o quadro legal para o fomento e exercício de actividades turísticas. Esta lei determina ainda que as actividades turísticas devem ser desenvolvidas respeitando o ambiente e com vista ao crescimento económico sustentável. Objectiva proteger legalmente os bens materiais e imateriais do património cultural moçambicano. Nos termos desta lei, o património cultural é definido como um grupo de activos materiais e não materiais criados ou integrados pelo povo de Moçambique através da história, com relevância para a definição da identidade cultural de Moçambique. O proponente deve fazer uma gestão adaptativa para assegurar que na fase de operação e exploração da Ponte Cais os benefícios sejam tangíveis e ocorra um crescimento económico sustentável. Alguns objectos arqueológicos podem ser encontrados durante a fase de construção do projecto. Se isso acontecer, o proponente deve comunicar imediatamente à agência de património cultural relevante. Lei de Conservação (Lei 16/2014 de 20 de Junho) Esta lei prevê que a administração da área de conservação deva procurar salvaguardar os valores que motivaram a sua As actividades de construção podem afectar negativamente o ambiente envolta do complexo, deste modo o PNM e/ou ANAC deverão sempre que possível estabelecer formas de evitar, minimizar, 12

23 Decreto / Regulamento / Política Breve Descrição declaração, manter a qualidade ambiental e, quanto possível, restaurar o meio. Relevância para o projecto mitigar e restaurar os impactos a fim de manter a qualidade do habitat. Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes (Decreto nº 18/2004, de 2 de Junho) Estabelece padrões de qualidade ambiental e de emissão de efluentes, tendo em vista o controlo e a manutenção dos níveis admissíveis de poluição sobre os componentes ambientais. Nele se definem parâmetros e metodologias de controlo para a manutenção da qualidade do ar, da água, do solo e para emissões de ruído. As fases de construção e operação devem levar em consideração as normas ambientais sobre a qualidade da água, qualidade do ar, ruído, etc estabelecidos por lei. Regulamento sobre a Gestão de Resíduos (Decreto n.º 13 /2006, de 15 de Junho) Estabelece regras relativas à produção, ao depósito no solo e subsolo, bem como ao lançamento para a água ou para a atmosfera de toda e qualquer substância tóxica ou poluidora, tendo em vista prevenir ou minimizar os seus impactos negativos sobre a saúde e o ambiente. Define as obrigações das entidades produtoras e gestoras de resíduos e estabelece regras para a recolha, movimentação, acondicionamento, tratamento e valorização de resíduos. Durante a fase de construção e operação haverá uso de máquinas e material de construção que muito provavelmente irão gerar resíduos sólidos que podem contaminar a água, o solo ou a atmosfera. Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental (Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro) Estabelece os procedimentos e condições para o licenciamento ambiental e classifica as actividades e os impactos que podem ser causados dependendo do bem em causa em categorias A +, A, B ou C, determinando respectivamente em consequência a necessidade de um estudo de impacto ambiental com revisão de especialista, estudo de impacto ambiental, estudo ambiental simplificado ou, casos de isenção de licença ambiental, devendo observar as normas básicas de gestão ambiental. O desenvolvimento do projecto deve seguir os procedimentos de avaliação de impacto ambiental antes da construção e operação. Regulamento sobre a Inspecção Ambiental Regula a actividade de supervisão, controlo e fiscalização do cumprimento das normas de protecção ambiental a nível Durante a implementação do projecto, o projecto estará sujeito a inspecções do MITADER a fim de 13

24 Decreto / Regulamento / Política (Decreto n.º 11/2006, de 15 de Julho) Regulamento sobre o Processo de Auditoria Ambiental (Decreto nº 32/2003 de 12 de Agosto) Regulamento para a Prevenção de Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro (Decreto n.º 45/2006 de 30 de Novembro) Regulamento da exploração dos cais do porto de Lourenço Marques, Inhambane, Qulimane, Breve Descrição nacional e define os trâmites processuais a serem respeitados. A inspecção ambiental, que pode ser ordinária ou extraordinária. O regulamento estabelece parâmetros para a realização de auditorias ambientais, a que estão sujeitas todas as actividades públicas ou privadas que, durante a implementação, possam, directa ou indirectamente, ter impacto no ambiente. A Auditoria ambiental pode ser pública (i.e. realizada pelo órgão estatal competente para o efeito, no caso o MITADER) ou privada (o mesmo que interna, ou seja, realizada pelo Proponente). O Regulamento para a Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro, foi aprovado pelo Decreto nº 45/2006, de 30 de Novembro, e tem como objecto prevenir e limitar a poluição derivada das descargas ilegais efectuadas por navios, plataformas ou por fontes baseadas em terra, ao largo da costa moçambicana, bem como o estabelecimento de bases legais para a protecção e conservação das áreas que constituem domínio público marítimo, lacustre e fluvial, das praias e dos ecossistemas frágeis. Daí que, todas as pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, que exerçam actividades susceptíveis de causar impacto no ambiente nas áreas que constituem domínio público marítimo, lacustre e fluvial, incluindo, todos ecossistemas frágeis localizados junto à costa e águas interiores, são abrangidos por este regulamento. Regula as actividades e operações portuárias e de carga/descarga de navios e de ponte-cais, embora alguns artigos referem-se ao meio ambiente, saúde e segurança. Relevância para o projecto verificar o cumprimento da legislação ambiental e do PGA. O PNQ e a ANAC devem permitir e facilitar tais inspecções. Depois do início da construção e mesmo na fase da operação, o proponente deverá organizar a realização de auditorias ambientais independentes a ser realizado pelo menos duas vezes por ano, sem prejuízo da auditoria ambiental pública que pode estar sujeito no âmbito do presente decreto. Nos termos deste regulamento é necessário que no exercício de qualquer actividade adoptem-se medidas para a gestão dos riscos de poluição e gestão dos diversos resíduos gerados ou provenientes das actividades de movimentação e armazenamento de óleos e substâncias nocivas ou perigosas. O artigo 42 refere-se à necessidade de monitorar as actividades em terra (por exemplo, introdução de combustível, derrames de petróleo), que possa ter impacto das águas marinhas que rodeiam a ponte-cais. 14

25 Decreto / Regulamento / Política Moçambique (Ponte-cais do Lumbo), Nacala, Porto Amélia e Mocímboa da Praia (Portaria nº 18630, de 24 de Abril de 1965) Regulamento do Transporte Comercial Marítimo (Decreto n. o 18/2002, de 27 de Junho) Regulamento da Pesca Recreativa e Desportiva (Decreto n. o 51/99, de 31 de Agosto) Breve Descrição Estabelece que as embarcações empregues no transporte comercial marítimo estão sujeitas à legislação nacional e internacional ractificada pela República de Moçambique sobre segurança marítima e proteção do meio ambiente marinho. Inclui uma lista de espécies marinhas protegidas por exemplo: dugongos, baleias e golfinhos, tartarugas marinhas e algumas espécies de peixes, bivalves e gastrópodes. Relevância para o projecto O proponente do projecto deve asseguarar as actividades de construção e operação estão de acordo com a Convenções Internacionais relevantes para área marinha e costeira que Moçambique ractificou por exemplo: a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar; Convenção para a Proteção, Gestão e Desenvolvimento do Meio Ambiente Marinho e Costeiro da Região da África Oriental (a Convenção de Nairóbi). O desenvolvimento do projecto pode impactar de algumas espécies marinhas. Directiva Geral para Estudos do Impacto Ambiental (Diploma Ministerial n.º 129/2006, de 19 de Julho) Directiva Geral para a Participação Pública no Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (Diploma Ministerial n.º 130/2006, de 19 de Julho) Estabelece uma série de normas e procedimentos, bem como de linhas mestras que deverão orientar a realização dos Estudos de Impacto Ambiental. Aprova os princípios básicos a considerar num processo de participação pública, bem como as metodologias e procedimentos a serem adoptados. Para projectos de Categoria A, a Consulta Pública é um processo de realização obrigatória, mas sendo facultativa para actividades de categoria B. No entanto deve ocorrer sempre que implique houver deslocação permanente ou temporária de O relatório do EIA deve estar em conformidade com as orientações descritas neste Diploma Ministerial. Se houver necessidade de levar a cabo o processo de consulta pública e neste caso é de carácter obrigatório, dever-se-á usar as orientações fornecidas neste Diploma Ministerial. 15

26 Decreto / Regulamento / Política Estratégia de Gestão do Conflito Homem/Fauna Bravia (Resolução n.º 68/2009, de 29 de Dezembro) Breve Descrição comunidades ou de bens ou restrição no uso dos recursos naturais. Esta Estratégia define mecanismos de conservação, as medidas de prevenção de conflito e avança com propostas de categorias de áreas de conservação do domínio público e um plano de uso da terra e de reassentamento da população. Relevância para o projecto A existência de fauna bravia no local e o aumento da presença humana no local pode resultar num aumento dos encontros fauna bravia e homem resultando em ferimentos ou mortes. 16

27 3.3. Processo de Avaliação de Impacto Ambiental De modo a descrever com mais detalhe a Politica Operacional (OP.4.01) que também é fundamentada no Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro do processo de Licenciamento Ambiental, torna-se necessário atribuir as responsabilidades e a demostrar o fluxograma (Figura 8). É da inteira responsabilidade da instituição contratante, a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), obter a licença ambiental para a construção da Ponte- Cais de Tandanhangue de modo a alinhar, em termos de sustentabilidade ambiental, a Politica Operacional OP.4.01 do Banco Mundial e cumprir-se com todas as obrigações patentes no Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro sobre o Regulamento do Processo de Avaliação do Impacto Ambiental. É de salientar também que a obra de construção da Ponte-Cais de Tandanhangue só terá início depois da aprovação do PGAS respectivo o que não obsta a tramitação em curso para a obtenção da licença ambiental. O Regulamento de AIA determina a classificação do projecto durante a fase de instrução do processo entre quatro categorias (Figura 7), identificando o nível adequado de Avaliação de Impacto Ambiental necessário, nomeadamente: Categoria A + : refere-se a projectos que podem ter impactos significativos devido às actividades propostas ou à sensibilidade da área, estão sujeitas a realização de um EIA e supervisão por Revisores Especialistas independentes com experiência comprovada. Os projectos de Categoria A + estão listados no anexo I do Regulamentos de AIA. Categoria A: refere-se a projectos que podem ter impactos significativos devido às actividades propostas ou à sensibilidade da área, requerem uma AIA completa, incluindo um Plano de Gestão Ambiental (PGA). Os projectos classificados como projectos de Categoria A estão listados no anexo II do Regulamentos de AIA. Categoria B: corresponde a projectos com impactos negativos de curta duração, intensidade, extensão, magnitude e/ou relevância, que requerem uma AIA e PGA simplificados. O anexo III do Regulamento de AIA de projectos de categoria B descreve as actividades de baixo impacto ambiental, elegíveis para um Estudo Ambiental Simplificado (EAS). Categoria C: para projectos que não necessitam de qualquer AIA, mas que estão sujeitos à apresentação de procedimentos de Boas Práticas de Gestão Ambiental, incluídas em directivas específicas, a serem elaborados pelo proponente do projecto e aprovados pela entidade que superintende a área de AIA. 17

28 A Instrução do Processo fornece informações suficientes sobre o projecto para a autoridade reguladora do ambiente de modo a categorizálo através da Pre-Avaliação. O EPDA visa determinar a possível existência de questões fatais relativo a implementação da actividade, enquanto que os TdR constituem um guião para elaboração do EIA. Durante esta fase analisa-se de forma técnica e científica as consequências da implantação do projecto no ambiente para melhor ou pior, especialmente com efeitos no ar, terra, água e saúde e bem- estar humano. Nesta fase emite-se o certificado confirmando a viabilidade ambiental do projecto. Figura 8. Fases do processo de Avaliação de Impacto Ambiental segundo Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro. 18

29 4. SITUAÇÃO DE REFÊRENCIA NA ÁREA DO PROJECTO 4.1. Caracterização Abiótica Clima Em relação ao clima, dados climáticos da área de Tandanhangue são incipientes, o que se acredita estar relacionado com a sua localização insular. Os dados disponíveis referem-se apenas a duas localizações costeiras da província de Cabo Delgado, nomeadamente, Pemba e Mocimboa da Praia. Deste modo, é apenas possível uma caracterização climática geral da zona. O clima do distrito de Quissanga e da zona da província de Cabo Delgado é fortemente influenciada pela Zona de Convergência Inter-tropical (ZCIT). A zona de localização do projecto, caracteriza-se por apresentar o clima sub húmido seco, onde a precipitação média anual varia entre 900 a 1200 mm, sendo a média mensal de 40.2 mm e a temperatura média é de 22 ºC, sendo máxima absoluta de 31.2 ºC e minima absoluta de 14.5ºC. A maior parte do territorio de Quissanga, que comprende quase a totalidade dos Postos Administrativos de Quissanga Sede, Mahate e Bilibiza apresenta uma temperatura média anual que oscila entre os 25 a 26 graus. A noroeste de Quissanga Sede, numa faixa de pequena proporção, zona contigua ao distrito de Macomia, a média anual é de 24 a 26 e no extremo mais a meridional de Bilibiza, numa faixa de pequena dimensão a média é de 26 a 27 graus. A pluviosidade varia do litoral para a região do interior do distrito, verificando-se uma ligeira subida à medida que se caminha naquela direcção. Ao longo da faixa costeira a média anual varia entre os 900 a 1000 mm, na região central, particularmente no PA de Quissanga e no extremo Sudoeste do PA de Mahate a média anual é de 1000 a 1100 mm e finalmente numa faixa mais a setentrional - noroeste do PA de Quissanga sede a média oscila entre 1100 a 1200 mm Ventos De acordo com Impacto (2008), os ventos na região norte de Moçambique são influenciados pelos sistemas de monções com ventos NE durante o verão e ventos de SW durante o inverno. A análise do comportamento dos ventos na área entre os distritos de Macomia e Palma, distinguem-se quatro períodos com características determinantes durante os meses de Janeiro (meio da estação chuvosa), Abril, Julho (meio da estação seca) e Setembro. Em Janeiro, são registados ventos com direcção norte (27%), sendo dominantes os ventos de noroeste (51%). Durante este mês, são comuns ventos com uma velocidade média que varia entre os 5 e os 10 km/h (Impacto, 2008). 19

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