Sexismo, Homofobia e Instituição: um panorama da escola sexista. Daniel Arruda Martins Leonardo Tolentino Paulo Henrique de Queiroz Nogueira

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sexismo, Homofobia e Instituição: um panorama da escola sexista. Daniel Arruda Martins Leonardo Tolentino Paulo Henrique de Queiroz Nogueira"

Transcrição

1 Sexismo, Homofobia e Instituição: um panorama da escola sexista Daniel Arruda Martins Leonardo Tolentino Paulo Henrique de Queiroz Nogueira

2 O QUE VOCÊ ENXERGA COMO HOMOFOBIA NA ESCOLA EM QUE VOCÊ ATUA?

3 Na antiguidade grega há uma separação nítida entre a esfera privada e a esfera pública. A ética e a política, entretanto, regulavam esses dois âmbitos, o que tornava o exercício do governo da cidade e o do governo da casa uma extensão das mesmas hierarquias que legitimavam as assimetrias.

4 No topo da hierarquia encontravam-se os homens adultos, gregos e livres. No mundo público, eles tinham o direito natural de governar a cidade e fazer o trânsito de seus iguais do mundo privado para o mundo público.

5 Assim, a moral sexual não era universal e prescrevia um conjunto de práticas homoeróticas aceitas como legitimas por incidirem diretamente sobre essa passagem dos homens gregos adultos e livres para o espaço público. A pederastia ateniense; A camaradagem entre soldados espartanos e tebanos; A beleza dos atletas eleatas.

6 Há, portanto, uma dissociação entre amor e sexo. A vida conjugal busca garantir a procriação e o amor entre iguais é expressão do sexo recreativo enlevado pela função pública do cultivo da virilidade na política, no esporte e na guerra.

7 Na antiguidade romana há uma pequena torção decisiva em relação à Grécia. Acentua-se, em Roma, o exercício da sexualidade entre diferentes níveis sociais o que permitiria se concentrar não na manutenção da relação entre iguais com fins de aprimoramento do cidadão, mas de subordinação dos reconhecidos como subalternos.

8 A atividade ou passividade do ato sexual ganha relevância no homoerotismo romano e entre os que os praticam: adulto versus imberbe livre versus escravo homem versus mulher.

9 O pênis (fallus) é exaltado como símbolo da supremacia da atividade sobre a passividade Sexismo, Homofobia e Instituição: um

10 No mundo judaico, as esferas pública e privada não eram reconhecidas como duas esferas distintas, pois a lei política era a mesma lei religiosa o que fazia com que houvesse uma sobreposição na pessoa do líder das duas funções. Sexismo, Homofobia e Instituição: um

11 A condenação das práticas abomináveis na sexualidade não era dirigida diretamente aos atos homossexuais em si, mas ao conjunto de atividades impuras que tinham como referência o regime de atividades prescritas pela lei mosaica para hábitos alimentares, de asseio e rituais religiosos. Sexismo, Homofobia e Instituição: um

12 Condena-se o homossexualismo, o bestialismo, o onanismo, assim como se plantar duas sementes distintas no mesmo terreno ou usar roupas de tecidos diferentes. Sexismo, Homofobia e Instituição: um

13 Com o advento do cristianismo, há um duplo movimento: - por um lado há a universalização abstrata de uma identidade (cristã) não circunscrita a uma etnia, como é o caso dos judeus. - Mas se mantêm a aproximação entre esfera pública e privada nas quais a lei moral rege a relação entre os corpos.

14 O sexo mantém-se procriativo e condenase o conjunto de atividades sexuais ilícitas que são vistas como antinaturais, ímpias e sodomíticas. Sexismo, Homofobia e Instituição: um

15 Quatro são os elementos que demarcam o impuro do puro: Comportamento animalesco Associações culturais indecentes Natural e antinatural Regras de sexo/gênero

16 Até o século XI, atos homoeróticos eram tidos como impuros e passíveis de penitências. Após o século XII, entretanto, intensificam-se os combates a essas práticas que passam a ser objeto de condenação civil e religiosa. Alguns fatos apontam essa dinâmica: As cruzadas; As ordens mendicantes e a moralização das ordens religiosas seculares e regulares; A urbanização nascente; A hegemonia da Igreja que se institucionaliza e proclama códigos de conduta moral para os religiosos; A redescoberta dos códigos romanos que, sob a influência do cristianismo, faz prescrever leis civis de condenação de atos homoeróticos.

17 Os sodomitas, judeus e hereges tornam-se, portanto, bode expiatório na Idade Média da peste e da fome.

18 O advento da modernidade dá uma reviravolta nas concepções de mundo ao reconhecer a individualidade e buscar um consenso público que equacione a liberdade individual.

19 O projeto republicano moderno de universalização do direito exige a laicidade do espaço público e a conjugalidade da esfera privada numa separação nítida entre o que é regulado publicamente e privadamente.

20 O público é constituído como âmbito em que o homem se identifica com a cidadania na qual se restringem os interesses privados em nome da igualdade pública universal. O cidadão é o reconhecimento da universalização da igualdade de direitos de todos os indivíduos. Sexismo, Homofobia e Instituição: um

21 A vida privada é confinada ao lar e torna-se lugar de proteção para a individualidade. Há uma alteração significativa da conjugalidade monogâmica ao se identificar a nupcialidade com o amor romântico a ser exercido pelo casal na manutenção da vida doméstica. Sexismo, Homofobia e Instituição: um

22 Conjugalidade: um homem deve desposar uma mulher e gerar uma prole (sexo reprodutivo). Amor romântico: as relações devem ser precedidas pela escolha desejosa entre os nubentes que tornam público o seu consentimento em viver juntos (aproximação do amor e do sexo).

23 Casamento civil: a instituição do casamento civil é a expressão da laicidade do registro da vida civil em que as partes envolvidas assumem consensualmente o compromisso (nupcialidade responsável e civilmente capaz)

24 A vida pública é organizada em torno a um conjunto de instituições que se tornam mediadoras dos processos de socialização e que permitem o usufruto da igualdade social e o reconhecimento do mérito individual.

25 Higienismo: política sanitária que busca promover, por um lado, a organização do espaço público através da urbanização e controle populacional e, por outro lado, a organização do espaço privado do lar na exigência que a casa e seus ocupantes sigam os padrões de higiene exigidos pela sociedade industrial (ênfase no discurso científico e eugenista).

26 Há uma pluralização de espaços disponíveis para a socialização e convivência dos cidadãos e que transparece numa cidade: Urbanização das vias públicas Embelezamento com os jardins e parques Construção de edifícios públicos neoclássicos pomposos Edificação de lugares de lazer e convivência social como clubes, teatros, cinemas

27 Escola republicana: torna-se a instituição responsável pela passagem da esfera privada à esfera pública por romper o egocentrismo da criança ao torná-la um ser altruísta e socialmente responsável com a manutenção das formas sociais de regulação.

28 Sexismo, Homofobia e Instituição: um O edifício da escola republicana, laica e universal torna-se exemplo do prédio organizado segundo os princípios higienistas: por sua arquitetura por sua organização e salubridade das salas de aula pela centralidade dada ao conhecimento e pela disciplinização dos corpos dos alunos.

29 A escola deve educar a criança para a vida cidadã. Tornando-a capaz de reproduzir as relações sociais como um todo e a si como um indivíduo a partir de seu compromisso moral com o bem comum. A missão da escola é aperfeiçoar a vida da família e de outras instituições.

30 Essa dualidade entre espaço público de encontro da cidadania e espaço privado da conjugalidade transparece na heteronormatividade da vida cotidiana e torna a escola lugar de modelação dos corpos para a vida pública.

31 Contraditoriamente, o termo homossexual surge em 1869 para amparar as relações entre pessoas do mesmo sexo e contrapor-se, assim, aos termos impregnados de conteúdos morais: Invertidos Sodomitas Pederasta entre outros.

32 Devido aos princípios higienistas, entretanto, o termo, que deveria servir para designar imparcialmente indivíduos do mesmo sexo que se relacionavam, passa a servir para designar os que se contrapunham a conjugalidade por não poderem dispor da procriação e, portanto, compor uma família.

33 Os termos homossexual e heterossexual, por reduzir identidade de gênero à identidade sexual, provocam: a legitimação da heteronormatividade social culpabiliza a expressão homoerótica na razão direta da discordância entre identidade de gênero e identidade sexual naturaliza o distanciamento da esfera pública da esfera privada.

34 Hierarquia de gênero (Connell, 1987; 1995) Masculinidade Hegemônica Sexismo, Homofobia e Instituição: um Masculinidade Cúmplice MAIS PODER Masculinidades Subordinadas Feminilidades Subordinadas Masculinidade Homossexual Feminilidade Enfática MENOS PODER Feminilidade Resistente

35 A MASCULINIDADE HEGEMÔNICA é o representante do ideal masculino disponibilizado socialmente por seus símbolos identitários A MASCULINIDADE CÚMPLICE distancia-se desse ideal por não portar os seus símbolos de forma acintosa, mas compartilha com esse a pactuação em torno a heteronormatividade, usufluindo vantagens dessa posição hegemônica.

36 Os homossexuais masculinos (MASCULINIDADE SUBORDINADA) estão na escala mais desvalorizada da masculinidade por romperem visivelmente com a heteronormatividade.

37 As FEMINILIDADES são todas formadas em posições de SUBORDINAÇÃO em relação à MASCULINIDADE HEGEMÔNICA A FEMINILIDADE ENFÁTICA é complementar à MASCULINIDADE HEGEMÔNICA e está orientada a satisfazer os interesses e os desejos dos homens (submissão, maternidade e afetividade, receptividade sexual)

38 Há FEMINILIDADES RESISTENTES que rejeitam a totalidade do clichê da feminilidade subordinada. Mas a sociedade o reproduz como convenção a impedir a emersão de um outro feminino não subordinado. A feminilidade resistente é a que busca não se subordinar e inclui as feministas, as lésbicas, as solteironas, as bruxas, as prostitutas... (ocultas na história)

39 A escola reproduz essas desigualdades apontadas pela hierarquia de gênero ao manter práticas sexistas e homofóbicas em seu interior Sexismo, Homofobia e Instituição: um

40 SEXISMO: atitude de discriminação fundamentada no sexo. Ex.: falocracia, machismo, misandria, misoginia são modalidades de sexismo. HOMOFOBIA: rejeição ou aversão a homossexual e a homossexualidade (Dicionário Houaiss)

41 A homofobia é uma forma de sexismo? Sistema sexo/gênero, identidade e orientação sexual

42 Homofobia ou heterossexismo? Heterocentrismo Homosexofobia Homonegatividade Homopreconceito Heteronormatividade Década de 30, estudos biométricos sobre comportamento desviante. In.: TREVISAN(2000)

43 Homofobia (o termo remonta a 1971, K. T. Smith). Podemos compreendê-la, de forma ampliada, como a hostilidade geral, psicológica e social contra aqueles e aquelas que se supõem desejar a indivíduos de seu próprio sexo ou têm práticas sexuais com eles. Forma específica de sexismo, a homofobia rechaça também a todos que não coadunam com o papel predeterminado por seu sexo biológico. Construção ideológica consistente na promoção de uma forma de sexualidade (hétero) em detrimento de outra (homo). A homofobia organiza uma hierarquização das sexualidades e extrai delas conseqüências políticas. (BORRILLO, 2001, 36)

44 Lesbofobia Transfobia Gayfobia Homofobia Travestifobia

45 A homofobia irracional: forma brutal de violência movida irracionalmente que encontra suas origens nos conflitos individuais. (Homofobia individual) A homofobia cognitiva: forma cotidiana de violência eufêmica que tem suas raízes na atitude de desprezo para com o outro que rompe com a heteronormatividade compulsória. (Homofobia Social) Febrônio Ìndio do Brasil, desviante internado por 50 anos no manicômio judiciário. In.: TREVISAN(2000)

46 Por seu caráter de vigilância de gênero, a homofobia atinge: Especificamente a gays, lésbicas, bisexuais, travestis e transexuais. Geralmente a todos e todas por se submeterem à MASCULINIDADE HEGEMÔNICA. TREVISAN(2000)

47 As mulheres, portanto, são vítimas da Homofobia E as lésbicas são duplamente vítimas por serem mulheres e lésbicas Aprofunda-se um duplo silenciamento sexual e de gênero das lésbicas, o que as invisibiliza como vítimas da violência lesbofóbica.

48 As travestis e as transexuais por romperem a isomorfia sexo/gênero são duplamente vítimas da homofobia. A transfobia é a reiteração de um forma específica de heterosexismo que se materializa como ato irracional de ódio à experiência não heterossexual. São as travestis e as transexuais que são as maiores vítimas de crimes hediondos para com a população GLBT.

49 Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), no Brasil, no ano de 2007, houve 122 assassinatos de GLBT. 73% profissionais do sexo 65% menores de 21 anos Só nos três primeiros meses de 2008 já foram registrados 45 homicídios contra GLBTs

50 O Brasil é o campeão mundial de crimes homofóbicos com 122 assassinatos, seguido do México com 35 homicídios por ano e Estados Unidos, com 25.

51 Segundo a UNESCO, 44,9 dos alunos de Vitória e 40,9 de São Paulo não querem ter um colega de classe homossexual. Segundo a UNESCO, bater em homossexuais, para os alunos, é menos violento que atirar em alguém, estuprar, usar drogas, roubar e andar armado.

52 PESQUISAS REALIZADAS EM PARADAS DO ORGULHO GLBT Sexismo, Homofobia e Instituição: um Rio de Janeiro, 2004: entre anos: 40,4% foram discriminadas na escola por serem homossexuais, bissexuais, travestis, transexuais. São Paulo, 2005: 32,6% identificaram a escola e a faculdade como espaços de marginalização e exclusão de LGBTT (perde só para amigos e vizinhos - 34%); 32,7% afirmaram ter sofrido discriminação por partes de professores(as) ou colegas. Belo Horizonte, 2005: 34,5% declararam sofrer na escola freqüentes ou eventuais discriminações homofóbicas Uma das instituições com maior freqüência de homofobia (perde para locais públicos e de diversão )

53 Anistia Internacional informa que nos EUA: Estudantes LGBTT: 26 insultos/dia 80% sofrem grave isolamento social 53% ouvem comentários homofóbicos por parte de professores e da administração 28% deixam a escola antes de obter o diploma (heteros: 11%) 9% são vítimas de agressão física Docentes: não intervêm em 97% dos casos podem ser demitidos se foram LGBTT (40 estados) National Gay and Lesbian Task Force Institute: 42% dos/as jovens homeless são LGBT (700 mil) 25% deles/as: expulsos/as de casa por sua família

54 Na escola, a homofobia se faz presente... Livro didático Currículos Relações pedagógicas Chamada Brincadeiras e piadas inofensivas Bilhetes, carteiras, quadras, banheiros, Orkut Brigas e omissão Rotinas: ameaças, humilhações, intimidações, marginalização, exclusão...

55 Na escola, a homofobia se faz presente a partir do modelo hegemônico da masculinidade... Sexismo, Homofobia e Instituição: um O indivíduo deve exorcizar de si a feminilidade e a homossexualidade Deve ostentar atitudes viris, agressivas e crenças sexistas e homofóbicas Carreiras profissionais Dificuldade de demonstrar afeto Paternidade (ir)responsável Masculinização da violência Dificuldade p/ cuidar da própria saúde etc.

56 O heterosexismo restringe a participação política e o acesso a direito de pessoas GLBT: Homofobia Clínica Homofobia Antropológica Homofobia Liberal Homofobia Burocrática Homofobia Nazi

57 O heterossexismo, o racismo e outras formas de intolerância se conjugam na sobredeterminação da exclusão social. Pode-se associar orientação sexual e pertencimento étnico-racial quando se percebe que são as travestis pardas e negras que são as maiores vítimas de crimes hediondos.

58 O heterosexismo pressupõe que: a homofobia seja compulsória a homofobia seja elemento constitutivo da identidade masculina a homofobia seja guardiã do diferencialismo sexual a homofobia evite a desintegração psíquica e social a homofobia seja internalizada

59

60

61

62 Há um conjunto de 37 direitos aos quais a população GLBT não tem acesso por não participar da conjugalidade heteronormativa.

63 Não podem aceder ao casamento civil. Não têm reconhecida a união estável. Não adotam sobrenome do parceiro. Não podem somar renda para aprovar financiamentos. Não somam renda para alugar imóvel.

64 Não inscrevem parceiro como dependente de servidor público (admissível em diversos níveis da Administração). Não podem incluir parceiros como dependentes no plano de saúde. Não participam de programas do Estado vinculados à família. Não inscrevem parceiros como dependentes da previdência (atualmente aceito pelo INSS). Não podem acompanhar o parceiro servidor público transferido (admissível em diversos níveis da Administração).

65 Não têm a impenhorabilidade do imóvel em que o casal reside. Não têm garantia de pensão alimentícia em caso de separação (posição controversa no Judiciário, havendo diversos casos de concessão). Não têm garantia à metade dos bens em caso de separação (quanto aos bens adquiridos onerosamente, têm direitos pois constituíam sociedade de fato. Contudo, não há que se falar em meação de bens).

66 Não podem assumir a guarda do filho do cônjuge. Não adotam filhos em conjunto. Não podem adotar o filho do parceiro. Não têm licença-maternidade para nascimento de filho da parceira. Não têm licença maternidade/paternidade se o parceiro adota filho.

67 Não recebem abono-família. Não têm licença-luto, para faltar ao trabalho na morte do parceiro. Não recebem auxílio-funeral. Não podem ser inventariantes do parceiro falecido. Não têm direito à herança (precisam de previsão testamentária, mas quanto aos bens adquiridos onerosamente durante a convivência, há sociedade de fato, recebendo o sobrevivente a sua parte).

68 Não têm garantida a permanência no lar quando o parceiro morre. Não têm usufruto dos bens do parceiro (precisam de previsão testamentária). Não podem alegar dano moral se o parceiro for vítima de um crime. Não têm direito à visita íntima na prisão (visitas autorizadas por grande parte do Judiciário).

69 Não acompanham a parceira no parto. Não podem autorizar cirurgia de risco. Não podem ser curadores do parceiro declarado judicialmente incapaz (grande parte do Judicíario admite o exercício da curatela pelo parceiro, mas não é possível que este promova a interdição). Não podem declarar parceiro como dependente do Imposto de Renda (IR).

70 Não fazem declaração conjunta do IR. Não abatem do IR gastos médicos e educacionais do parceiro. Não podem deduzir no IR o imposto pago em nome do parceiro. Não dividem no IR os rendimentos recebidos em comum pelos parceiros. Não são reconhecidos como entidade familiar, mas sim como sócios. Não têm suas ações legais julgadas pelas varas de família.

71 A homofobia é resultante da laicidade pública e da restrição da vida privada à conjugalidade monogâmica e heteronormativa. Aos homossexuais só resta a vida doméstica que escapa à visibilidade pública e não pode ser percebida como espaço de constituição dos interesses públicos.

72 A domesticidade é extendida ao mundo público e torna-se via de acesso e do reconhecimento em que a entrada e a permanência se dá por redes de relativa invisibilidade social.

73 Combater a homofobia é opor-se à naturalização de sua invisibilidade para que se reconheça a legitimidade da diferença que não apenas os indivíduos GLBTs portam, mas que atravessa todo o sistema sexo/gênero.

74 A questão da diferença e sua inclusão não é apenas uma ação dos ou com os indivíduos diferentes, mas que se exerce na totalidade da sociedade contra suas estruturas hegemônicas sexistas, homofóbicas e heterocentradas. Sexismo, Homofobia e Instituição: um

75 Ampliar os espaços públicos de participação de GLBTs é um desafio não apenas por mais visibilidade, pois visibilidade é uma estratégia de luta e não um fim em si. Ser visível é articular esferas privadas e públicas, romper o silêncio que nos cerca e tornar a inclusão uma bandeira mais política e não apenas psicológica Sexismo, Homofobia e Instituição: um Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem, lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize. Boaventura de Souza Santos

76 Ampliar os espaços públicos de participação de GLBTs é um desafio contrahegemônico de reconhecimento da liberdade individual e da igualdade coletiva como expressões republicanas de uma sociedade mais fraterna e menos violenta.

77 Um reconhecimento não apenas como consumidor... Sexismo, Homofobia e Instituição: um

78 Bibliografia ABRAMOVAY, Miriam. et alli. Juventude e Sexualidade. Brasília: UNESCO, BORRILLO, Daniel. Homofobia. Barcelona: Ediciones Bellaterra, BERNOS, Marcel. et alli. O Fruto Proibido. Lisboa: Edições 70, CARRARA, Sérgio; VIANNA, Adriana R. B.. "Tá lá o corpo estendido no chão...": a violência letal contra travestis no município do Rio de Janeiro. Physis, Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, Disponível em: < Acesso em: 17 Maio doi: /S DOVER, Kenneth. A Homossexualidade na Grécia Antiga. São Paulo: Nova Alexandria, HEILBORN, Maria. et alli. O Aprendizado da Sexualidade: reprodução e trajetórias sociais de jovens brasileiros. Rio de Janeiro: Garamond e Fiocruz, NAPHY, William. Bord To Be Gay: história da homossexualidade. Lisboa: Edições 70, PERROT, Michelle. et alli. História da Vida Privada, 4:da Revolução Francesa à Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Companhia das Letras, RICHARDS, Jeffrey. Sexo, Desvio e Danação: as minorias na Idade Média. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, SPENCER, Colin. Homossexualidade: uma história. Rio de Janeiro: Record TAMAGNE, Florence. Mauvais Genre?: une histoire des representations de l homossexualité. Paris: Lamartiniere, TREVISAN, João, Devassos no Paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade. Rio de Janeiro: Record, WELZER-LANG, DANIEL. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 9, n. 2, Disponível em: < Acesso em: 17 Maio doi: /S X

78 DIREITOS NEGADOS A CASAIS HOMOAFETIVOS *

78 DIREITOS NEGADOS A CASAIS HOMOAFETIVOS * 78 DIREITOS NEGADOS A CASAIS HOMOAFETIVOS * 1. Não podem casar 2. Não têm reconhecida a união estável 3. Não adotam sobrenome do parceiro 4. Não podem somar renda para aprovar financiamentos 5. Não somam

Leia mais

LGBT: Público ou Privado. Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero

LGBT: Público ou Privado. Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero LGBT: Público ou Privado Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero 1969 Revolta de Stonewall que marca o Dia Mundial do Orgulho LGBT; 1973 A OMS deixa de classificar a homossexualidade como doença;

Leia mais

Código / Área Temática. Código / Nome do Curso. Etapa de ensino a que se destina. Nível do Curso. Objetivo. Ementa.

Código / Área Temática. Código / Nome do Curso. Etapa de ensino a que se destina. Nível do Curso. Objetivo. Ementa. Código / Área Temática Código / Nome do Curso Etapa de ensino a que se destina Nível do Curso Objetivo Direitos Humanos Gênero e Diversidade na Escola Aperfeiçoamento QUALQUER ETAPA DE ENSINO Aperfeiçoamento

Leia mais

PROJETO EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA INSTAURANDO O DEBATE EM HOMOPARENTALIDADE. Manuela Magalhães.

PROJETO EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA INSTAURANDO O DEBATE EM HOMOPARENTALIDADE. Manuela Magalhães. PROJETO EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA INSTAURANDO O DEBATE EM TORNO DA HOMOPARENTALIDADE Manuela Magalhães manusm@gmail.com OBJETIVOS: Conceituar e debater homoparentalidade, família e configurações homoparentais

Leia mais

Tema: Preconceito na sociedade contemporânea. Temas de redação / Atualidades Prof. Rodolfo Gracioli

Tema: Preconceito na sociedade contemporânea. Temas de redação / Atualidades Prof. Rodolfo Gracioli Tema: Preconceito na sociedade contemporânea Temas de redação / Atualidades Texto I A sociedade atual não tem tolerância com as causas diferentes do comum Tudo o que é novo, ou novo para alguns, é tratado

Leia mais

DIVERSIDADE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL

DIVERSIDADE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL DIVERSIDADE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL PME por uma educação que respeite a diversidade O Plano Municipal de Educação foi construído por meio de discussões e conferência abertas a toda a comunidade

Leia mais

História da sexualidade: a sexualidade como construção social

História da sexualidade: a sexualidade como construção social Daniel Arruda Ilana Mountian Leonel Cardoso Leonardo Tolentino Paulo Nogueira Projeto Educação sem Homofobia 2010 Encontro 5 Sexo é visto como algo natural. Ser homem e mulher é uma experiência que se

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBT DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBT DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBT DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ Sabrina Peripolli (*) (Programa de Iniciação Científica, Departamento de Psicologia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá

Leia mais

Cartilha de Prevenção às Violências Sexistas, Homofóbicas e Racistas nos Trotes Universitários

Cartilha de Prevenção às Violências Sexistas, Homofóbicas e Racistas nos Trotes Universitários Cartilha de Prevenção às Violências Sexistas, Homofóbicas e Racistas nos Trotes Universitários Florianópolis, março de 2011 Parabéns, seja bem-vind@ à UFSC! Sua aprovação foi fruto de muito esforço e com

Leia mais

SEMINÁRIO NACIONAL DIVERSIDADE DE SUJEITOS E IGUALDADE DE DIREITOS NO SUS

SEMINÁRIO NACIONAL DIVERSIDADE DE SUJEITOS E IGUALDADE DE DIREITOS NO SUS CARTA DE BRASÍLIA CARTA DE BRASÍLIA Durante a realização do SEMINÁRIO NACIONAL DIVERSIDADE DE SUJEITOS E IGUALDADE DE DIREITOS NO SUS, promovido pelo Ministério da Saúde em parceria com os Movimentos Sociais,

Leia mais

DIVERSIDADE SEXUAL NA EDUCAÇÃO. Lula Ramires Doutorando em Educação/USP

DIVERSIDADE SEXUAL NA EDUCAÇÃO. Lula Ramires Doutorando em Educação/USP DIVERSIDADE SEXUAL NA EDUCAÇÃO Lula Ramires Doutorando em Educação/USP Sobre Lula Graduação e licenciatura em Filosofia (USP) Mestrado em Educação (USP) dissertação sobre oito jovens gays no Ensino Médio

Leia mais

Palavras-chave: conjugalidade, homossexualidade, mulheres heterossexuais, família.

Palavras-chave: conjugalidade, homossexualidade, mulheres heterossexuais, família. CONJUGALIDADE HOMOSSEXUAL MASCULINA: OLHARES DE MULHERES GOIANAS Maristella Maximo 1 Resumo 2 Este trabalho pretende trazer à discussão os olhares de mulheres heterossexuais casadas, com idades entre 40

Leia mais

militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente

militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente Entrevista por Daniela Araújo * Luíza Cristina Silva Silva militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente é estudante do curso de Geografia na

Leia mais

Homofobia: preconceito, violência e crimes de ódio

Homofobia: preconceito, violência e crimes de ódio Homofobia: preconceito, violência e crimes de ódio Por Carolina Cunha Da Novelo Comunicação 05/08/2016 16h24 m n H J Imprimir F Comunicar erro Sérgio Castro/Estadão Conteúdo A modelo transexual Viviany

Leia mais

Significando a diversidade sexual: uma análise dos dicionários em uso nas escolas públicas.

Significando a diversidade sexual: uma análise dos dicionários em uso nas escolas públicas. Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Significando a diversidade sexual: uma análise dos dicionários em uso nas escolas públicas. Tatiana Lionço (ANIS

Leia mais

CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES

CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES Um desafio para a igualdade numa perspectiva de gênero Ituporanga 30/04/04 Conferência Espaço de participação popular para: Conferir o que tem sido feito

Leia mais

Demografia III (Estrutura da População)

Demografia III (Estrutura da População) Gênero Demografia III (Estrutura da População) A identificação dos grupos masculino e feminino de uma população corresponde a estrutura de gênero. grandes diferenças de oportunidades e condições de vida

Leia mais

Homofobia: Percepção e aceitação da população picoense com relação a relacionamentos homossexuais.

Homofobia: Percepção e aceitação da população picoense com relação a relacionamentos homossexuais. Homofobia: Percepção e aceitação da população picoense com relação a relacionamentos homossexuais. Eliane Nunes Pereira 1, Hellen Sandy Barros dos Santos 2, Luzilene Maria 3, Pedro Vinícius Lopes 4 Ribeiro,

Leia mais

Seus direitos na Hungria

Seus direitos na Hungria Seus direitos na Hungria Uma breve introdução à legislação sobre lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans Descriminalização e idade de consentimento A prática de atos sexuais entre homens com consentimento

Leia mais

7. Referências bibliográficas

7. Referências bibliográficas 104 7. Referências bibliográficas AUAD, D. Relações de gênero nas práticas escolares e a construção de um projeto de co-educação. In: Anais do 27ª. Reunião da ANPED, Caxambu MG, 2004. BAUER, M. Análise

Leia mais

Apêndice J - Quadro comparativo do PNDH 2 e do PNDH 3, por ações programáticas voltadas à população LGBT, por área temática.

Apêndice J - Quadro comparativo do PNDH 2 e do PNDH 3, por ações programáticas voltadas à população LGBT, por área temática. Apêndice J - Quadro comparativo do PNDH 2 e do PNDH 3, por ações programáticas voltadas à população LGBT, por área temática. Legislativo Propor PEC para incluir a garantia do direito à livre orientação

Leia mais

ELAS NAS EXATAS Desigualdades de gênero na educação: o que estamos falando?

ELAS NAS EXATAS Desigualdades de gênero na educação: o que estamos falando? ELAS NAS EXATAS Desigualdades de gênero na educação: o que estamos falando? Suelaine Carneiro 19/03/2018 GELEDÉS INSTITUTO DA MULHER NEGRA Fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade

Leia mais

EIXO I - Papel do Estado na Garantia do Direito à Educação de Qualidade: Organização e Regulação da Educação Nacional

EIXO I - Papel do Estado na Garantia do Direito à Educação de Qualidade: Organização e Regulação da Educação Nacional Apêndice L Considerações e diretrizes relativas à população LGBT, aprovadas na Conferência Nacional de Educação (CONAE), realizada entre 28 de março e 1º de abril de 2010, em Brasília. Considerações e

Leia mais

Legislação Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) - 1/5

Legislação Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) - 1/5 RESOLUÇÃO CONJUNTA CNAS E CNCD/LGBT Nº 01/2018 Estabelece parâmetros para a qualificação do atendimento socioassistencial da população LGBT no Sistema Único da Assistência Social SUAS. O CONSELHO NACIONAL

Leia mais

Proposta de redação: Em pauta, a homofobia. A omissão pode ser sinal de violência.

Proposta de redação: Em pauta, a homofobia. A omissão pode ser sinal de violência. Homofobia Proposta de redação: Em pauta, a homofobia. A omissão pode ser sinal de violência. Homofobia: Ao completo descaso da Constituição Federal, que assegura a todos os brasileiros o exercício dos

Leia mais

Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06

Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06 Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06 Bel Santos Mayer Vera Lion Políticas de Promoção da Igualdade de oportunidades e tratamento

Leia mais

Apêndice I 23 ações programáticas relativas à população LGBT, previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3)

Apêndice I 23 ações programáticas relativas à população LGBT, previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3) Apêndice I 23 ações programáticas relativas à população LGBT, previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3) EIXO ORIENTADOR III - UNIVERSALIZAR DIREITOS EM CONTEXTO DE DESIGUALDADES Diretriz

Leia mais

BORRILLO, Daniel. Homofobia. Espanha: Bellaterra, 2001.

BORRILLO, Daniel. Homofobia. Espanha: Bellaterra, 2001. BORRILLO, Daniel. Homofobia. Espanha: Bellaterra, 2001. Mestre em Educação Ambiental pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Doutorando do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências

Leia mais

GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO

GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO O começo de tudo... Movimentos feministas - PRIMEIRA ONDA: Começo do século XX sufragismo - SEGUNDA ONDA: preocupações sociais e políticas e construções teóricas. - Distinção

Leia mais

Portaria do Ministério da Saúde que institui a Política Nacional de Saúde Integral LGBT

Portaria do Ministério da Saúde que institui a Política Nacional de Saúde Integral LGBT Portaria do Ministério da Saúde que institui a Política Nacional de Saúde Integral LGBT GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 2.836, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2011 Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),

Leia mais

BANCA QUADRIX PROVA APLICADA EM 14/10/2018 QUESTÕES DE CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES

BANCA QUADRIX PROVA APLICADA EM 14/10/2018 QUESTÕES DE CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES PROFESSOR TEMPORÁRIO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL BANCA QUADRIX PROVA APLICADA EM 14/10/2018 QUESTÕES DE CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES 31. ERRADO Em especial nas áreas de arte e de literatura

Leia mais

MOVIMENTOS SOCIAIS. Prof. Robson Vieira da Silva Sociologia 1º ano - UP

MOVIMENTOS SOCIAIS. Prof. Robson Vieira da Silva Sociologia 1º ano - UP MOVIMENTOS SOCIAIS Prof. Robson Vieira da Silva Sociologia 1º ano - UP OS MOVIMENTOS SOCIAIS - DEFINIÇÃO São ações sociais coletivas de caráter socio-político e cultural que viabilizam distintas formas

Leia mais

NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO

NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO Sumário Apresentação...05 Entendendo a temática de Gênero...08 Valdete Cordeiro Coordenadora do Nudis Thaisson Amaral Assessor do Nudis Priscilla Bezerra Estagiária

Leia mais

Ricardo Andrade Coitinho Filho 7

Ricardo Andrade Coitinho Filho 7 Elementos-chave em um debate sobre família, casamento e homossexualidades. Resenha de: ALMEIDA, Miguel Vale de. A chave do armário: homossexualidade, casamento, família. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2010.

Leia mais

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013 BINARISMO SEXUAL NA ESCOLA: CONTROLE SOCIAL DOS CORPOS Ana Franciele de Oliveira Silva * (UESB) João Diógenes Ferreira dos Santos ** (UESB) RESUMO O presente trabalho é fruto das categorias analisadas

Leia mais

Cellos repudia juiz que concedeu liminar parcial para tratar homossexualidade

Cellos repudia juiz que concedeu liminar parcial para tratar homossexualidade Cellos repudia juiz que concedeu liminar parcial para tratar homossexualidade NOTA DE REPÚDIO À 14ª VARA DA JUSTIÇA FEDERAL PELA CONCESSÃO DE LIMINAR PARCIAL PARA TRATAMENTO DA HOMOSSEXUALIDADEBreve Fundamentação

Leia mais

CURSO EFA NS TÉCNICO/A ADMINISTRATIVO/A

CURSO EFA NS TÉCNICO/A ADMINISTRATIVO/A CURSO EFA NS TÉCNICO/A ADMINISTRATIVO/A Módulo: CP_4 Processos Identitários Tema: Identidade Sexual Grupo 4: Carla, Carmen, Sílvia Data: 2009/04/01 1 Introdução Homofobia Transfobia Identidades Sexuais

Leia mais

Com a palavra, as mulheres do movimento LGBT

Com a palavra, as mulheres do movimento LGBT Com a palavra, as mulheres do movimento LGBT A sigla LGBT reúne segmentos da sociedade oprimidos por sua orientação sexual, como é o caso das lésbicas, gays e bissexuais, e também pela sua identidade de

Leia mais

REQUERIMENTO DE PENSÃO: Relação dos documentos necessários

REQUERIMENTO DE PENSÃO: Relação dos documentos necessários 1 /13 1. Documentação necessária, comum a todos os processos: 1.1. Documentação do(a) Segurado(a) Requerimento em formulário próprio, com firma reconhecida do requerente em cartório ou na presença de funcionário

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria de Desenvolvimento Social

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria de Desenvolvimento Social Dia Internacional de Combate à LGBTfobia Data: 17/05/2017 (Quarta-feira) Horário: 18h Local: Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Auditório Franco Montoro, Andar Monumental Endereço: Avenida

Leia mais

ANEXO 3 COMITÊS ESTADUAIS DE ENFRENTAMENTO À HOMO-LESBO-TRANSFOBIA

ANEXO 3 COMITÊS ESTADUAIS DE ENFRENTAMENTO À HOMO-LESBO-TRANSFOBIA ANEXO 3 COMITÊS ESTADUAIS DE ENFRENTAMENTO À HOMO-LESBO-TRANSFOBIA Os Comitês Estaduais de Enfrentamento à Homo-Lesbo-Transfobia são uma iniciativa conjunta da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência

Leia mais

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento Sumário 1 Introdução ao Direito de Família 1.1 Compreensão 1.2 Lineamentos Históricos 1.3 Família Moderna. Novos Fenômenos Sociais 1.4 Natureza Jurídica da Família 1.5 Direito de família 1.5.1 Características

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DO NÚCLEO DE RELAÇÕES ÉTNICO- RACIAIS E DE GÊNERO- NUREG

REGULAMENTO INTERNO DO NÚCLEO DE RELAÇÕES ÉTNICO- RACIAIS E DE GÊNERO- NUREG 1 REGULAMENTO INTERNO DO NÚCLEO DE RELAÇÕES ÉTNICO- RACIAIS E DE GÊNERO- NUREG 2018 (Instituído pela Portaria nº 05/2018) 2 SUMÁRIO CAPÍTULO I - Da definição e finalidades... 3 CAPÍTULO II - Dos objetivos

Leia mais

DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E MOVIMENTOS SOCIAIS

DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E MOVIMENTOS SOCIAIS DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E MOVIMENTOS SOCIAIS Prof. João Gabriel da Fonseca Graduado em História; Filosofia Pós-Graduado em História Cultural Mestre em História das Identidades. LGBT ou ainda, LGBTTTs,

Leia mais

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85 Sumário Nota do Autor à lfi edição, xiii 1 Introdução ao Direito de Família, 1 1.1 Compreensão, 1 1.2 Lineamentos históricos, 2 1.3 Família moderna. Novos fenômenos sociais, 5 1.4 Natureza jurídica da

Leia mais

IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES

IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES TERESA MANECA LIMA SÍLVIA ROQUE DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES APENAS UMA QUESTÃO DE SEXO? SEXO GÉNERO SEXO: conjunto de características biológicas e reprodutivas

Leia mais

A MULHER NA CIÊNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

A MULHER NA CIÊNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS 1 A MULHER NA CIÊNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS Educação, Linguagem e Memória Daniela Maçaneiro Alves 1 (daniela.alves@unesc.net) Introdução A mulher tem na história um papel importantíssimo mesmo que,

Leia mais

NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA INTERPESSOAL/AUTOPROVOCADA. Gladis Helena da Silva

NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA INTERPESSOAL/AUTOPROVOCADA. Gladis Helena da Silva NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA INTERPESSOAL/AUTOPROVOCADA Gladis Helena da Silva Definição de caso Caso suspeito ou confirmado de violência doméstica/intrafamiliar, sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas,

Leia mais

SUMÁRIO Sexualidade, medo e preconceito Expressões, nomes e nomenclaturas Antes O papel das religiões...

SUMÁRIO Sexualidade, medo e preconceito Expressões, nomes e nomenclaturas Antes O papel das religiões... SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À 7.ª EDIÇÃO... 13 APRESENTAÇÃO À 6.ª EDIÇÃO... 15 APRESENTAÇÃO À 5.ª EDIÇÃO... 19 APRESENTAÇÃO À 4.ª EDIÇÃO... 25 APRESENTAÇÃO À 3.ª EDIÇÃO... 27 APRESENTAÇÃO À 2.ª EDIÇÃO... 29 APRESENTAÇÃO

Leia mais

Dados da Violência contra a mulher no Brasil

Dados da Violência contra a mulher no Brasil Semana da Mulher Dados da Violência contra a mulher no Brasil Sobre o Estupro Uma mulher é vítima de estupro a cada: 9 minutos Fonte: 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (FBSP, 2018) O que é considerado

Leia mais

RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE A POSSIBILIDADE DA CRÍTICA NA ATUAÇÃO DO SEXÓLOGO. Psic. Esp. Giovanna Lucchesi CRP 06/92374

RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE A POSSIBILIDADE DA CRÍTICA NA ATUAÇÃO DO SEXÓLOGO. Psic. Esp. Giovanna Lucchesi CRP 06/92374 RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE A POSSIBILIDADE DA CRÍTICA NA ATUAÇÃO DO SEXÓLOGO Psic. Esp. Giovanna Lucchesi CRP 06/92374 FÊMEA SEXO Biológico Distinção com base na categoria biológica MACHO GÊNERO

Leia mais

Dois é Par: uma Referência Fundamental nos Estudos de Gênero e Conjugalidade nas Camadas Médias Urbanas Brasileiras

Dois é Par: uma Referência Fundamental nos Estudos de Gênero e Conjugalidade nas Camadas Médias Urbanas Brasileiras Dois é Par: uma Referência Fundamental nos Estudos de Gênero e Conjugalidade nas Camadas Médias Urbanas Brasileiras MIRIAN GOLDENBERG * HEILBORN, Maria Luiza. Dois é par: gênero e identidade sexual em

Leia mais

Diversidade, Etnia e Demandas Legais

Diversidade, Etnia e Demandas Legais Diversidade, Etnia e Demandas Legais Bel Santos Mayer Luiz Ramires Neto (Lula) Mércia Consolação Vera Lion Proposta para a tarde 13h30 14h00- Chegança: preenchimento de ficha, lista 14h00-14h10 Abertura

Leia mais

InfoReggae - Edição 12 Denúncias de violência contra a comunidade LGBT no estado do Rio de Janeiro 20 de setembro de 2013

InfoReggae - Edição 12 Denúncias de violência contra a comunidade LGBT no estado do Rio de Janeiro 20 de setembro de 2013 O Grupo Cultural AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens das camadas populares.

Leia mais

PERFORMANCES HOMOAFETIVAS NA MÚSICA AVESSO, DE JORGE VERCILO

PERFORMANCES HOMOAFETIVAS NA MÚSICA AVESSO, DE JORGE VERCILO PERFORMANCES HOMOAFETIVAS NA MÚSICA AVESSO, DE JORGE VERCILO Autor: Valdir Ferreira de Paiva Aluno do PPGE/UFPB/NIPAM Pós Graduação em GDE valdirvfp@outlook.com Coator 1 : Francinaldo Freire da Silva Graduando

Leia mais

Sexualidad, Salud y Sociedad

Sexualidad, Salud y Sociedad Sexualidad, Salud y Sociedad REVISTA LATINOAMERICANA DEL PRIORE, Mary & AMANTINO, Márcia (orgs.). 2013. História dos homens no Brasil. São Paulo: Ed. UNESP. Marcos Nascimento Doutor em Saúde Coletiva Instituto

Leia mais

ABORTO E HOMOSSEXUALIDADE NA PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE SERVIÇO SOCIAL DA UFRJ

ABORTO E HOMOSSEXUALIDADE NA PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE SERVIÇO SOCIAL DA UFRJ ABORTO E HOMOSSEXUALIDADE NA PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE SERVIÇO SOCIAL DA UFRJ Amanda Caicó Collares de Lima 1 Resumo Trata-se de um estudo sobre as percepções de jovens universitários do curso de Serviço

Leia mais

Andréa Paixão 1. Revista Tendências: Caderno de Ciências Sociais. Nº 7, 2013 ISSN:

Andréa Paixão 1. Revista Tendências: Caderno de Ciências Sociais. Nº 7, 2013 ISSN: Resenha de: PASSAMANI, Guilherme. Org. (Contra) pontos: ensaios de gênero, sexualidade e diversidade sexual. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2011. [130 p]. Andréa Paixão 1 A compreensão das questões de gênero,

Leia mais

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS HOMOPARENTALIDADE EM FOZ DO IGUAÇU PR MARTINS DE FARIAS, Adriana. Estudante do Curso de Antropologia e Diversidade Cultural ILAACH UNILA; E-mail: adriana.farias@aluno.unila.edu.br;

Leia mais

Ser-Tão Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade. Faculdade de Ciências Sociais, UFG. I

Ser-Tão Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade. Faculdade de Ciências Sociais, UFG.   I Apêndice K Diretrizes e moções relativas à população LGBT, aprovadas na 13ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada em novembro de 2007, em Brasília. I - DIRETRIZES EIXO I - Desafios para a Efetivação

Leia mais

VIOLÊNCIA CONTRA MINORIAS SEXUAIS: PERFIL DOS AGRAVOS NO INTERIOR DO CEARÁ

VIOLÊNCIA CONTRA MINORIAS SEXUAIS: PERFIL DOS AGRAVOS NO INTERIOR DO CEARÁ VIOLÊNCIA CONTRA MINORIAS SEXUAIS: PERFIL DOS AGRAVOS NO INTERIOR DO CEARÁ Grayce Alencar Albuquerque (1); Sáskya Jorgeanne Barros Bezerra (2) (1) Universidade Regional do Cariri, e-mail: geycyenf.ga@gmail.com

Leia mais

O novo papel da família

O novo papel da família conceito O termo família é derivado do latim famulus, que significa escravo doméstico. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem

Leia mais

ÍNDICE 1 A manifestação pública da luta LGBT 2 Concepções, objetivos e políticas publicas 3 Propostas para políticas públicas municipais

ÍNDICE 1 A manifestação pública da luta LGBT 2 Concepções, objetivos e políticas publicas 3 Propostas para políticas públicas municipais LGBT NOS PROGRAMAS DE GOVERNO MUNICIPAIS DO PT ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2008 11 ÍNDICE 1 A manifestação pública da luta LGBT 4 2 Concepções, objetivos e políticas publicas 5 3 Propostas para políticas públicas

Leia mais

HOMOFOBIA, VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE: O QUE SE VIVE NO BRASIL?

HOMOFOBIA, VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE: O QUE SE VIVE NO BRASIL? HOMOFOBIA, VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE: O QUE SE VIVE NO BRASIL? Sande Maria Gurgel D Ávila (1) Universidade Federal do Ceará, sandedavila@yahoo.com.br RESUMO: A homofobia, a violência e a criminalidade

Leia mais

Revisão Sistemática de Literatura Científica. Adolescência, Juventude e Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil ( )

Revisão Sistemática de Literatura Científica. Adolescência, Juventude e Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil ( ) Revisão Sistemática de Literatura Científica Adolescência, Juventude e Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil (2005-2012) Anna Lucia Cunha UNFPA Brasil Brasília, 16 de outubro de 2013 Informações Gerais

Leia mais

Sessão Pública de Apresentação do Plano Nacional de Acção do Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos

Sessão Pública de Apresentação do Plano Nacional de Acção do Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos 2007 Sessão Pública de Apresentação do Plano Nacional de Acção do Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos 2007 23 de Fevereiro de 2007. Miguel Vale de Almeida MIGUELVALEDEALMEIDA.NET 2007

Leia mais

Agenda 2030 e o nome social na UFMG: o papel das bibliotecas universitárias na promoção da inclusão das minorias sexuais

Agenda 2030 e o nome social na UFMG: o papel das bibliotecas universitárias na promoção da inclusão das minorias sexuais Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Agenda 2030 e o nome social na UFMG: o papel das bibliotecas universitárias na promoção da inclusão das minorias sexuais Israel José da Silva (UFMG) - ijosil@yahoo.com.br

Leia mais

Instituto da Mulher Negra SUELAINE CARNEIRO

Instituto da Mulher Negra SUELAINE CARNEIRO + Geledés Instituto da Mulher Negra SUELAINE CARNEIRO + PLATAFORMA DHESCA BRASIL + PLATAFORMA DHESCA BRASIL uma articulação de organizações e redes nacionais de direitos humanos; atua junto às vítimas

Leia mais

Tabela 1. Gestoras entrevistadas, por identidade de gênero e tipo de órgão governamental. Órgãos específicos LGBT

Tabela 1. Gestoras entrevistadas, por identidade de gênero e tipo de órgão governamental. Órgãos específicos LGBT Apêndice A - Tabulação dos questionários respondidos por gestoras (16 vinculadas a e 36 vinculadas a da Administração ). Tabela 1. Gestoras entrevistadas, por identidade de gênero e tipo de órgão governamental

Leia mais

OS CONCEITOS E A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DE GÉNERO. Maria José Magalhães CIIE FPCEUP

OS CONCEITOS E A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DE GÉNERO. Maria José Magalhães CIIE FPCEUP OS CONCEITOS E A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DE GÉNERO Maria José Magalhães CIIE FPCEUP mjm@fpce.up.pt ALGUNS DADOS } Dados do OMA UMAR 2012: } } } } 40 femincídios; 53 tentativas de femicídio; 45 vítimas associadas

Leia mais

TESE LGBT PARA O XI CONGRESSO DE ESTUDANTES DA USP

TESE LGBT PARA O XI CONGRESSO DE ESTUDANTES DA USP TESE LGBT PARA O XI CONGRESSO DE ESTUDANTES DA USP A autoorganização das LGBT da USP é uma necessidade urgente que não pode ser adiada! Para transversalizar de fato a pauta LGBT e formular políticas que

Leia mais

OS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS E OS ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO NÃO- FORMAL. A Geografia Levada a Sério

OS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS E OS ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO NÃO- FORMAL.  A Geografia Levada a Sério OS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS E OS ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO NÃO- FORMAL 1 Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem. Lutar pela diferença sempre que a igualdade nos descaracterize. Boaventura

Leia mais

DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: HOMOFOBIA, PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS E AÇÕES EDUCATIVAS

DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: HOMOFOBIA, PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS E AÇÕES EDUCATIVAS DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: HOMOFOBIA, PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS E AÇÕES EDUCATIVAS Vinícius Pascoal Eufrazio; Samantha Suene de Abreu Leite; Viviane Siarlini Lucena; Karlla Christine Araújo Souza. Universidade

Leia mais

HOMOFOBIA E SEXISMO NO SISTEMA PRISIONAL E NO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO TOCANTINENSE: UMA ANÁLISE DO PERFIL CURSISTAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO

HOMOFOBIA E SEXISMO NO SISTEMA PRISIONAL E NO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO TOCANTINENSE: UMA ANÁLISE DO PERFIL CURSISTAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO HOMOFOBIA E SEXISMO NO SISTEMA PRISIONAL E NO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO TOCANTINENSE: UMA ANÁLISE DO PERFIL D@S CURSISTAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO Milena Carlos de Lacerda 2 ; Bruna Andrade Irineu 3 1 Acadêmica

Leia mais

Promovendo o engajamento das famílias e comunidades na defesa do direito à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens

Promovendo o engajamento das famílias e comunidades na defesa do direito à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens Promovendo o engajamento das famílias e comunidades na defesa do direito à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens Jaqueline Lima Santos Doutoranda em Antropologia Social UNICAMP Instituto

Leia mais

A homofobia que nos mata todo dia

A homofobia que nos mata todo dia Não há hoje no Brasil uma única lei específica que combata e reprima a homofobia. Consequentemente, a ausência de lei penal fomenta uma cultura de impunidade de atos violentos contra LGBT. Some-se à omissão

Leia mais

02/10/2014. Educação e Diversidade. Para início de conversa. Descompasso: educação e sociedade. Tema 1: Multiculturalismo e Educação.

02/10/2014. Educação e Diversidade. Para início de conversa. Descompasso: educação e sociedade. Tema 1: Multiculturalismo e Educação. Educação e Diversidade. Tema 1: Multiculturalismo e Educação. Para início de conversa Como se dá o Multiculturalismo no ambiente escolar, nos dias atuais? Consenso: reinventar a educação escolar. Busca

Leia mais

Sumário. Valores... Conceitos... Comportamento... Direitos... Serviços e Contatos... Créditos...

Sumário. Valores... Conceitos... Comportamento... Direitos... Serviços e Contatos... Créditos... Guia da Diversidade Guia da Diversidade Este guia apresenta termos usuais, legislação e direitos referentes a pessoas LGBT. Ler o guia contribuirá para a boa convivência com os colegas e para o adequado

Leia mais

Unidade 2 - Saúde, sexualidade e reprodução SEMANA 4 SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇAO. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva

Unidade 2 - Saúde, sexualidade e reprodução SEMANA 4 SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇAO. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Unidade 2 - Saúde, sexualidade e reprodução SEMANA 4 SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇAO Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Objetivos: Identificar e analisar como os conceitos sobre sexualidade, gênero

Leia mais

CURSO PRÉ-VESTIBULAR DO CENTRO DE ESTUDOS E AÇÕES SOLIDÁRIAS DA MARÉ AULÃO DA MULHER VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VOCÊ CONHECE A LEI?

CURSO PRÉ-VESTIBULAR DO CENTRO DE ESTUDOS E AÇÕES SOLIDÁRIAS DA MARÉ AULÃO DA MULHER VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VOCÊ CONHECE A LEI? CURSO PRÉ-VESTIBULAR DO CENTRO DE ESTUDOS E AÇÕES SOLIDÁRIAS DA MARÉ AULÃO DA MULHER VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VOCÊ CONHECE A LEI? FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Artigo 7º da Lei nº 11.340/2006:

Leia mais

Rua Bom Jesus do Amparo, 02 Cohab V CEP Carapicuíba SP

Rua Bom Jesus do Amparo, 02 Cohab V CEP Carapicuíba SP Rua Bom Jesus do Amparo, 02 Cohab V CEP 06329-250 Carapicuíba SP E-mail: decar@educacao.sp.gov.br http://decarapicuiba.educacao.sp.gov.br/ Afonso Porto Interlocutor de Diversidade Sexual e de Gênero Sup.

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Família. Homossexualidade. Direito a saúde.

PALAVRAS-CHAVE: Família. Homossexualidade. Direito a saúde. ATENDIMENTO A FAMÍLIAS HOMOAFETIVAS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: uma revisão de Júlio César Coelho do Nascimento (Enfermeiro - Pós-graduando em Oncologia Clínica- Centro de Especialização em Enfermagem

Leia mais

SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva

SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Unidade 1 - Sexualidade: Dimensão conceitual, diversidade e discriminação SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Objetivo: Promover a reflexão sobre a trajetória

Leia mais

CARTILHA DA DISCÓRDIA: RECORTES ACERCA DO KIT ANTI-HOMOFOBIA DO MEC

CARTILHA DA DISCÓRDIA: RECORTES ACERCA DO KIT ANTI-HOMOFOBIA DO MEC CARTILHA DA DISCÓRDIA: RECORTES ACERCA DO KIT ANTI-HOMOFOBIA DO MEC OLIVEIRA JR, Isaias Batista de (UEM) MAIO, Eliane Rose (UEM) INTRODUÇÃO Em uma sociedade, como a brasileira, constituída e estruturada

Leia mais

História do Movimento LGBTI em Portugal

História do Movimento LGBTI em Portugal História do Movimento LGBTI em Portugal 1902 - No segundo volume da publicação "Pathologia", Egas Moniz ( prémio Nobel da Medicina), defende a visão da homossexualidade como doença e perversão, que irá

Leia mais

DEVISA_VE_DANT_ VIGILÂNCIA VIOLÊNCIA

DEVISA_VE_DANT_ VIGILÂNCIA VIOLÊNCIA Orientações sobre a notificação de violência doméstica, sexual, tentativa de suicídio e de outras violências, no âmbito da Portaria GM/MS nº 1.271, de 06 de junho de 2014 e alterações na ficha de notificação

Leia mais

Campanha16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

Campanha16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher Campanha16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher O SINDICATO ESTÁ NA SUA CONQUISTA ; ) No Brasil, a campanha dos 16 Dias de Ativismo começa no dia 25 de novembro e termina em 10 de dezembro,

Leia mais

Campanha de Respeito à Mulher Seja protagonista desta causa!

Campanha de Respeito à Mulher Seja protagonista desta causa! Campanha de Respeito à Mulher Seja protagonista desta causa! Respeitar as mulheres: na vida, no trabalho e no movimento sindical. Garantir e lutar pelos direitos delas, que ainda são negados, excluídos

Leia mais

Cidadania ativa: elegibilidade e participação política das travestis

Cidadania ativa: elegibilidade e participação política das travestis Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Cidadania ativa: elegibilidade e participação política das travestis José Baptista de Mello Neto (UEPB / UFPB), Michelle

Leia mais

Homofobia: Não é somente por respeito é uma questão de direitos 1

Homofobia: Não é somente por respeito é uma questão de direitos 1 Homofobia: Não é somente por respeito é uma questão de direitos 1 Luimar Ferreira GOMES 2 Rhanica Evelise Toledo COUTINHO 3 Douglas Baltazar GONÇALVES 4 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA,

Leia mais

doméstica contra a mulher foi retirada da esfera privada e transferida para a esfera pública. A Lei Maria da penha seguiu recomendações da Convenção d

doméstica contra a mulher foi retirada da esfera privada e transferida para a esfera pública. A Lei Maria da penha seguiu recomendações da Convenção d MODULO II - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS AULA 02: EMBATES E CONQUISTAS NO CENÁRIO DA POLÍTICA: OS DIREITOS DA MULHER TÓPICO 05: A LEI MARIA DA PENHA E SEUS IMPACTOS SOCIAIS O combate à violência

Leia mais

A construção pela construção

A construção pela construção A construção pela construção Juliana Fabbron Não podemos dizer que existe uma única política que solucionará os problemas concernentes ao gênero, etnia e geração na sociedade brasileira. Talvez diversas

Leia mais

Políticas Públicas para LGBTs no Centro-Oeste do Brasil

Políticas Públicas para LGBTs no Centro-Oeste do Brasil Políticas Públicas para LGBTs no Centro-Oeste do Brasil Moisés Lopes Prof. do PPGAS/UFMT e Pós-doc. PPGAS/UFSC sepolm@gmail.com Núcleo de Antropologia e Saberes Plurais (NAPLUS/UFMT www.naplus.com.br )

Leia mais

O Direito de Adoptar?

O Direito de Adoptar? Direito da Igualdade Social 2010 2011 O Direito de Adoptar? A adopção por casais homossexuais Andreia Engenheiro Nº 2068 1. Família Tem influência de factores: - Religiosos; - Económicos; - Socio-culturais.

Leia mais

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 14. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 14. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 14 Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua Concretização dos direitos individuais, coletivos e difusos nas políticas públicas requer mecanismos legais e arranjos institucionais A Lei

Leia mais

- Dificuldades históricas de o Brasil ser realmente republicano.

- Dificuldades históricas de o Brasil ser realmente republicano. - Dificuldades históricas de o Brasil ser realmente republicano. Teoria do Funcionalismo do pensador Émile Durkheim, para as crises eram causadas por aspectos morais e não econômicos. Comparava a sociedade

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Prática de família e sucessões: A-) Casamento: a) Impedimentos matrimoniais: Previsto perante

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 01. De acordo com o Art. 5º da Constituição Federal, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade é garantido: a) Somente aos brasileiros

Leia mais

Pesquisa sobre guerras culturais - 26 de março

Pesquisa sobre guerras culturais - 26 de março Pesquisa sobre guerras culturais - 26 de março Pesquisa realizada na manifestação do dia 26 de março de 2017 sobre identidades políticas, guerras culturais e posicionamento frente a debates atuais sobre

Leia mais

VIOLÊNCIA ENTRE NAMORADOS NA ADOLESCÊNCIA (VNA) S. Taquette, C.Moraes, L. Souza, J. Garcia, L.Meira, T. Freitas, M. Carneiro

VIOLÊNCIA ENTRE NAMORADOS NA ADOLESCÊNCIA (VNA) S. Taquette, C.Moraes, L. Souza, J. Garcia, L.Meira, T. Freitas, M. Carneiro VIOLÊNCIA ENTRE NAMORADOS NA ADOLESCÊNCIA (VNA) S. Taquette, C.Moraes, L. Souza, J. Garcia, L.Meira, T. Freitas, M. Carneiro Introdução VNA é aquela que ocorre entre parceiros envolvidos em relacionamento

Leia mais