ANEXO 3 COMITÊS ESTADUAIS DE ENFRENTAMENTO À HOMO-LESBO-TRANSFOBIA
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- Thiago Fagundes
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1 ANEXO 3 COMITÊS ESTADUAIS DE ENFRENTAMENTO À HOMO-LESBO-TRANSFOBIA Os Comitês Estaduais de Enfrentamento à Homo-Lesbo-Transfobia são uma iniciativa conjunta da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil OAB-CF 1, o Conselho Federal de Psicologia CFP 2 e a parceria da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Em cada estado os Comitês serão articulados a partir do dialogo entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Conselho Regional de Psicologia e a Seccional da OAB. Serão prioridade para instalação dos Comitês, os estados que não possuem Conselhos LGBT, bem como organismos executores de políticas de promoção da cidadania e direitos de LGBT, constituídos para esse fim. Nos estados nos quais existe Conselho Estadual a instalação do Comitê se dará após diálogo com o mesmo, podendo ou não ficar submetidos a ele. 3 Nos estados nos quais existem Coordenadorias LGBT ou órgãos assemelhados, estes serão parceiros prioritários, visando seu fortalecimento e empoderamento. Importante ressaltar ainda o caráter democrático dos mesmos que terão ênfase no dialogo com os movimentos sociais locais. 01. Parceiros a serem convidados para instalação do Comitê Comissões de Direitos Humanos das Assembleias Legislativas; 1 Acordo de Cooperação entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil publicado no Diário Oficial da União no dia 14 de dezembro de Acordo de Cooperação entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Conselho Federal de Psicologia, publicado no Diário Oficial da União do dia 23 de novembro de Atualmente, possuem Conselhos Estaduais LGBT os estados de PA, RJ, GO, MS e SP.
2 Ministério Público; Poder Judiciário; Defensoria Pública; Secretarias Estaduais de Justiça e/ou Direitos Humanos e assemelhadas; Órgãos dos Sistemas Internacionais ONU/OEA (Unesco, Unicef, Unaids, PNUD...); Universidades Federais e Universidades/Faculdades Particulares; Centrais Sindicais; Gestores LGBT; Policia Civil e Policia Militar; Conselhos Estaduais de Segurança Pública; Universidades e Órgãos de Pesquisa; Movimento Social LGBT local (ABGLT, ANTRA, ABL, LBL, REDE AFRO, etc...) Movimentos Sociais afins que trabalhem com recorte LGBT (movimento de mulheres, movimento negro, movimentos das prostitutas, etc...) Conselhos Regionais de Serviço Social. 02. Missão Básica A constituição dos Comitês de Enfrentamento à Homo-lesbo-transfobia ao lidar com as demandas provenientes das ações homofóbicas tem por intuito realizar diagnóstico local a respeito das violações de direitos praticadas contra a população LGBT, pautar a necessidade de políticas públicas, coordenações estaduais e conselhos estaduais LGBTS, os quais se constituem como os instrumentos mais eficazes para a construção da cidadania LGBT. Os Comitês serão espaços de mobilização social voltados a prevenção e ao acompanhamento da violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, tendo como foco a prevenção e o combate à impunidade e à invisibilidade dos crimes praticados contra a população LGBT através do acompanhamento dos casos de discriminação e violência homofóbica relatados ao próprio Comitê ou aos Órgãos de Segurança Pública, além de aprimorar o fluxo das demandas provenientes do Disque Direitos humanos (Disque 100).
3 03. Competência I Incentivar os debates sobre a necessidade de instalação de Conselhos Estaduais e Municipais LGBT e Coordenadorias Estaduais LGBT, assim como, de políticas públicas voltadas para este público, como forma de enfrentamento à Homo-Lesbo-Transfobia; II Acompanhar a implementação dos Termos de Cooperação Técnica de Combate a Homo-Lesbo-Transfobia ou sensibilizar o estado para sua assinatura; III Acompanhar os casos de discriminação e violência homo-lesbo-transfóbica relatados diretamente ao Comitê, ou ao Sistema de Segurança Pública, ou e as Corregedorias e Ouvidorias de Policia Estadual, assim como, aqueles de grande repercussão social e os provenientes do Disque Direitos Humanos; IV Contribuir para o aprimoramento da comunicação entre os órgãos que recebem e atuam nas denúncias provenientes do Disque Direitos Humanos (Disque 100) em relação ao público LGBT; V Colaborar e incentivar a presença das temáticas de direitos humanos, orientação sexual e identidade de gênero nos cursos universitários, nas formações dos profissionais de segurança pública, profissionais do sistema penitenciário, profissionais do sistema socioeducativo, profissionais do sistema de justiça e da rede de assistência social; VI Divulgar em todas as suas ações e publicações o Disque Direitos Humanos (Disque 100); VII Realizar campanhas públicas de enfrentamento à Homo-Lesbo-Transfobia. 04. Estratégias de Divulgação Será enviado e articulado diretamente com todos os parceiros citados no item 01. Além disso, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Conselho Federal de Psicologia CFP 4, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados 4 Acordo de Cooperação entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Conselho Federal de Psicologia, publicado no Diário Oficial da União do dia 23 de novembro de 2012.
4 do Brasil OAB-CF 5 e a da Secretaria de Política para Mulheres da Presidência da República divulgarão amplamente entre suas redes e malas diretas. Todas as informações relacionadas à instalação e funcionamento dos Comitês serão divulgadas na página da Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de LGBT no sitio da SDH. 05. Etapas para instalação I Mapeamento dos estados que não possuem Conselhos LGBT e organismos de políticas de Promoção da Cidadania e Direitos de LGBT, constituídos para esse fim. II Apresentação da Proposta de Estruturação dos Comitês Estaduais de Enfrentamento a Homo-Lesbo-Transfobia ao Conselho Estadual, caso exista um no estado; III Divulgação ampla entre os parceiros locais para diagnostico da realidade local, das redes de dialogo viáveis para a criação dos Comitês e da viabilidade de implementação; V Audiência Pública para a criação e instalação do Comitê com apresentação de relatório sobre Homo-Lesbo-Transfobia e definição da abrangência do Comitê; VI Definição da agenda de trabalho; VII Registro da criação do Comitê na página da Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de LGBT no sitio da SDH; VIII Manter um dialogo aberto com a SDH/PR, CFP/CRPs OAB-CF/OABs Secc., no sentido de assegurar a articulação entre os Comitês Estaduais, a Coordenação Nacional e o Conselho Nacional LGBT. 06. Diretrizes e Preceitos Legais dos Comitês de Enfrentamento à Homo-Lesbo- Transfobia Os Comitês Estaduais de Enfrentamento à Homo-Lesbo-Transfobia deverão guiar-se pelas seguintes diretrizes e preceitos: 5 Acordo de Cooperação entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil publicado no Diário Oficial da União no dia 14 de dezembro de 2012.
5 1. Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena; 2. Promoção e defesa dos Direitos Humanos; 3. Transparência dos seus atos; 4. Garantia de controle social e participação da sociedade civil; 5. Combate à Homo-Lesbo-Transfobia, machismo e sexismo estrutural; 6. Garantia da igualdade na diversidade; 7. Prevenção e enfrentamento à violência e da criminalidade contra a população LGBT; 8. Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de seus familiares e amigos; 9. Combate à violência institucional, em especial a homofóbica; 10. Fortalecimento dos princípios democráticos e dos Direitos Humanos;
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