V - Correcção de perspectiva
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- Mikaela Fartaria Moreira
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1 V - Correcção de perspectiva E se o afastamento do ponto de tomada de vista e a utilização de uma altura média em relação ao elemento a fotografar reduzem a necessidade de movimentos de correcção da perspectiva, tais movimentos serão sempre a base da realização de um trabalho cuidado, razão pela qual é de todo o interesse o domínio dos mesmos. Fotografia de Bruno Martins Oficina de Fotografia de Fotografia de António Campos Leal, orientador da Arquitectura e Interiores Instituto Português de Fotografia Oficina de Fotografia de Arquitectura e Interiores Instituto Português de Fotografia - O estudo da zona envolvente do elemento a fotografar, determina muitas das opções de trabalho a tomar.
2 Quer com a utilização de objectivas de controlo de perspectiva (PC) ou nos casos mais avançados, com a utilização de sistemas que permitam a oscilação do plano de filme ou da objectiva, é possível realizar um conjunto de operações de correcção, indispensáveis à obtenção de resultados finais que a fotografia de arquitectura e interiores não pode dispensar. Quando se utilizam sistemas designados de banco óptico ou banca técnica aumentam as possibilidades oferecidas para a resolução eficaz dos diferentes obstáculos que se nos deparam na concretização de trabalhos fotográficos vocacionados para o que poderemos designar como fotografia de arquitectura e interiores. Fotografia de Alexandre Gomes Oficina de Arquitectura e Interiores do Instituto Português de Fotografia)
3 O Princípio de Scheimpflug Pela aplicação do "Princípio de Scheimpflug" obteremos resultados mais satisfatórios no que respeita á utilização de aberturas de quociente de menor valor. A não aplicação do princípio em causa obriga a que o Diafragma a utilizar seja bastante reduzido o que em muitos casos é quase impraticável. O Princípio de Scheimpflug consiste na projecção de duas linhas imaginárias, uma traçada a partir do bastidor traseiro, e que corresponde mais concretamente ao plano de filme, a outra traçada a partir de um plano imaginário correspondente ao motivo a fotografar. No caso de uma construção, consideramos a fachada como elemento a partir do qual imaginamos essa linha. Ao ponto em que as duas linhas se encontram, e que designaremos por ponto P, corresponderá a passagem de uma terceira linha imaginária a partir do bastidor frontal, (grosso modo corresponderá ao plano traçado perpendicularmente sobre o eixo óptico da objectiva). Assim, por oscilação do bastidor frontal, é possível obter melhor rendimento da imagem formada, quanto à sua nitidez, reduzindo assim o valor do diafragma a utilizar.
4 Iluminação Interior / Exterior Aspectos físicos e subjectivos da Luz Aula III Forma e Textura Luz directa / Luz difusa Iluminação Solar Luz do Sol, directa e reflectida V - Iluminação Interior / Exterior A utilização de diferentes tipos de fontes de luz facilitará certamente a realização dos trabalhos que se nos deparem. Assim, o domínio das técnicas que lhes estão associadas é por demais evidente. Se a utilização de um único tipo de iluminação não acarreta grande grau de dificuldade para a realização de trabalhos de qualidade aceitável, já uma utilização mista obriga a uma maior atenção das diferentes etapas do trabalho. A utilização de iluminação artificial associada à presença de luz natural, obriga a uma correcta partilha de iluminação das diferentes áreas de preenchimento da fotografia a executar. Um equilíbrio, o mais correcto quanto possível, da temperatura, de cor, das diferentes fontes de luz, ou o jogo dessas diferenças, permitirá a realização de trabalhos, com uma qualidade satisfatória. Uma coerência na relação luz directa/luz difusa é factor determinante para uma boa iluminação de interiores. Nesta fotografia, encontram-se misturados três tipos de luz. A luz do Sol que entra pelas janelas, a luz artificial que ilumina o ambiente e a luz de relâmpago, introduzida para fazer ressaltar os sofás.
5 VI - Aspectos físicos e subjectivos da Luz A visualização de objectos, construções, etc., é feita a partir a partir do brilho e da cor dos materiais em questão. E, se o brilho tem como razão de ser a quantidade de luz emitida/reflectida e recebida pelos nossos olhos, já a cor está relacionada com a qualidade dessa luz ou mais concretamente com a qualidade espectral dessa luz. Qualidade essa directamente ligada com os comprimentos de onda que com ela estão relacionados. Influenciando esta característica temos o que denominamos por Temperatura de Cor, unidade de medida do Sistema Internacional e utilizada na fotografia para caracterizar as fontes de luz. Expressa-se em Kelvin (K), e já não em graus Kelvin como anteriormente. Como temperatura de Cor entende-se a temperatura absoluta da radiação de um corpo negro emitindo a mesma cor da fonte de luz em comparação. A luz é uma manifestação de energia radiante e está ligada directamente ao sentido da visão, podendo contudo ser avaliada por processos físicos. A caracterização subjectiva obtida a partir do sentido da visão, permite o erro que resulta em diferenças de observação, que vão da intensidade à cor de um objecto, ao reflectirem um determinado conjunto de comprimentos de onda que, quando observados por um daltónico, resultam em informações incorrectas. E, se um objecto se caracteriza por um brilho próprio, porque ele mesmo é fonte de produção luminosa, como por exemplo: o Sol, uma lâmpada, uma vela, um eléctrodo de soldadura, estamos assim perante fontes primárias de luz, já que os que reflectem luz são considerados fontes secundárias, como acontece com a Lua, paredes, tectos ou painéis reflectores. Se um objecto apresenta a cor vermelha, tal deve-se ao facto de ele absorver da luz branca que nele incide, as cores azul e verde, reflectindo essencialmente o vermelho. Assim, se a síntese aditiva é de facto a mistura em igualdade de proporções da luz azul, verde e vermelho, ao ser-lhe retirada as componentes de azul e verde restará o vermelho. Em oposição as suas cores complementares; amarelo, magenta e ciano darão origem ao negro que corresponde de facto à ausência de luz. A presença como elemento de iluminação de fontes de luz caracterizadas por uma qualidade espectral não similar à luz do Sol, originará um tipo de iluminação com cores dominantes. Assim no desenvolvimento de trabalhos com iluminação artificial será necessário um perfeito domínio da qualidade dessa luz, de molde a ser conseguido o equilíbrio entre a iluminação existente e as emulsões utilizadas. O equilíbrio será conseguido quer pela utilização de películas equilibradas para luz artificial, quer pela utilização de filtros de correcção: Um bom termoclorimetro em parceria com uma colecção de filtros, o mais completa quanto possível é importante para uma boa realização do trabalho
6 A maior ou menor distribuição de luz sobre uma superfície é designada por iluminação, e exprime-se em lúmens/m2 ou lux. Direcção, dimensão e quantidade de determinada fonte de luz são factores que tornam possível uma perfeita visualização dos diferentes objectos iluminados num espaço determinado. A relação existente entre luz natural, luz ambiente e luz de relâmpago, favorece a percepção das características das diferentes salas. A luz de relâmpago não destrói o equilíbrio existente entre luz natural e a luz de iluminação. A luz natural que penetra pelas janelas, é compensada pela luz de relâmpago que foi distribuída com grande coerência pela sala.
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