A crítica wittgensteiniana à teoria da identidade de Ramsey
|
|
- Maria Clara Molinari Estrela
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 A crítica wittgensteiniana à teoria da identidade de Ramsey Anderson Luis Nakano Doutorando em Filosofia pela UFSCar. Bolsista FAPESP gmail.com Palavras-chave Ramsey, Wittgenstein, logicismo, identidade, funções em extensão. Resumo Ramsey foi certamente o primeiro a mourejar, do ponto de vista técnico, nas consequências da eliminação, feita pelo Tractatus de Wittgenstein, do sinal de identidade enquanto uma função proposicional legítima. No plano da aritmética cardinal dos Principia Mathematica, as consequências desta eliminação eram devastadoras e minavam o projeto logicista como um todo. Por outro lado, Ramsey acreditava que a teoria do Tractatus, segundo a qual o método propriamente matemático consiste em trabalhar com equações, encontrava dificuldades insuperáveis. Em face destas dificuldades, Ramsey procurou defender, contra Wittgenstein, uma posição logicista segundo a qual as equações corretas da aritmética podem ser concebidas como tautologias (e as incorretas como contradições). Para isto, Ramsey procurou legitimar uma outra definição do sinal de identidade, que não estivesse exposta às mesmas críticas que Wittgenstein fizera à tentativa de Russell de defini-lo a partir do princípio leibniziano de identidade dos indiscerníveis. Para isto, Ramsey introduz a noção de função em extensão, a qual serviria como uma ferramenta para extensionalizar a lógica, possibilitando um cálculo lógico de extensões. Neste contexto, o presente trabalho procura elucidar, em um primeiro momento, os detalhes deste movimento apresentado sucintamente neste resumo e, posteriormente, os argumentos que Wittgenstein move contra Ramsey, em particular a denúncia de circularidade que o filósofo austríaco faz à definição de Ramsey da identidade. Ramsey foi certamente o primeiro a mourejar, do ponto de vista técnico, nas consequências da eliminação, feita pelo Tractatus de Wittgenstein, do sinal de identidade enquanto uma função proposicional legítima. O trabalho de Ramsey, neste âmbito, dividiu-se em duas frentes. Na primeira delas, Ramsey dedicou-se ao problema da tradução dos enunciados dos Principia Mathematica de Russell, em particular dos que faziam uso do sinal de identidade, para uma linguagem que fazia uso da convenção tractariana de exprimir a identidade entre objetos ou variáveis por meio da identidade do sinal que representava estes objetos ou variáveis 1. Na segunda, Ramsey investigou os efeitos destrutivos da eliminação da identidade para a aritmética baseada, tal como nos Principia Mathematica de Russell, em uma teoria intensional das classes. A consequência mais imediata da eliminação do sinal de identidade é o fato de que nenhuma descrição (dada por uma função proposicional, por uma função material) pode ela própria garantir que ela é satisfeita por 31 1 Cf., em particular, Frank Plumpton Ramsey: Identity, em: Maria Carla Galavotti (ed.): Notes on Philosophy, Probability and Mathematics, Napoli: Bibliopolis, 1991, pp
2 pelo menos um objeto ou por exatamente um objeto ou ainda por uma lista previamente dada de objetos. Por mais que se tente individuar um objeto por meio de uma descrição, nunca há garantias suficientes, a partir da própria descrição, de que é esse objeto, e apenas esse, que a satisfaz. Assim, dois objetos podem ter todas as propriedades em comum, e ainda assim serem diferentes. Não que a definição do sinal = de Russell 2 seja inaceitável: na qualidade de definição de um sinal, ela é irreprochável. No entanto, ela não fornece aquilo que usualmente se chama de identidade de um objeto, pois a proposição a = b, neste caso, pode muito bem ser verdadeira e ainda assim o objeto a ser distinto do objeto b. No plano da aritmética cardinal dos Principia Mathematica de Russell, as consequências eram devastadoras: não há nenhuma garantia de existir uma função proposicional satisfeita por, digamos, dois objetos (o mesmo vale para três, quatro, etc.). Nesse sentido, ao se definir o número 2, ao modo de Russell, como a classe de todos os pares, o 3 como a classe de todos os trios, etc., não há nenhuma garantia lógica de que estes números sejam distintos, já que ambas classes podem muito bem ser vazias. Por outro lado, Ramsey acreditava que a teoria do Tractatus, segundo a qual o método propriamente matemático consiste em trabalhar com equações 3, encontrava dificuldades insuperáveis 4. Em face destas dificuldades, Ramsey procurou defender, contra Wittgenstein, que as equações corretas da aritmética podem ser concebidas como tautologias (e as incorretas como contradições), no sentido preciso que tais termos assumem no Tractatus. Que tautologias e contradições seriam estas que cumpririam o papel de equações e inequações? É bem conhecido o fato de que Ramsey introduz, em sua obra Os Fundamentos da Matemática, um sinal para expressar a identidade entre dois objetos, um sinal que não estivesse exposto às mesmas críticas que Wittgenstein fizera à tentativa de Russell de defini-lo a partir do princípio leibniziano de identidade dos indiscerníveis. A despeito disso, Ramsey não poderia tratar as equações como simples identidades, já que números não são, pace Frege, objetos. Seria preciso que ele traduzisse as equações para o simbolismo da lógica (utilizando, neste processo, a forma mais geral da aplicação da equação), o que ia, é claro, ao encontro de sua tentativa de vindicar o projeto logicista. Considere dois exemplos: i) a equação = 7 e ii) a inequação 3 2. As tautologias correspondentes seriam dadas por: i) xˆ(φx) 3 xˆ(ψx) 4 ( x)φx ψx xˆ(φx ψx) 7 φψ (Se há exatamente 3 objetos que são φ e há exatamente 3 objetos que são ψ e não há nenhum objeto que seja φ e ψ, então, para toda função φ e ψ, há exatamente 7 objetos que são φ ou ψ). ii) ( 3 x)φx φ ( 2 x)φx (Se uma função φ é satisfeita por 3 objetos, então ela é satisfeita por 2 objetos) 32 2 (a = b) = (f )f a f b Def. 3 Cf. Tractatus, aforismo Cf. Ramsey: The Foundations of Mathematics and other Logical Essays, pp
3 Considere, agora, i) a equação falsa = 8 e ii) a inequação falsa 2 3. Elas corresponderiam, na tradução proposta, às seguintes proposições: i) xˆ(φx) 3 xˆ(ψx) 4 ( x)φx ψx xˆ(φx ψx) 8 φψ (Se há exatamente 3 objetos que são φ e há exatamente 3 objetos que são ψ e não há nenhum objeto que seja φ e ψ, então, para toda função φ e ψ, há exatamente 8 objetos que são φ ou ψ). ii) ( 2 x)φx φ ( 3 x)φx (Se uma função φ é satisfeita por 2 objetos, então ela é satisfeita por 3 objetos) No entanto, se as variáveis denotadas por φ e ψ percorrem apenas funções materiais, então é evidente que as proposições acima não são contradições, e sim proposições com sentido. Para que a primeira fosse verdadeira, bastaria que o lado esquerdo da implicação material fosse sempre falso, o que ocorre, p. ex., se não há nenhum conceito material sob o qual caem exatamente 3 objetos. O mesmo raciocínio se aplica à segunda proposição: se não há nenhum conceito sob o qual caem dois objetos, a proposição é verdadeira. Mas, ora, se é assim, então, em termos gerais, a equação a + b = c é compatível com a equação a + b = c + 1, e a inequação m n é compatível com a inequação m < n. Consequentemente, m < n não pode ser a negação de m n e toda tentativa de aplicar a lógica na matemática levaria a resultados indesejados. Com isso, ía por água abaixo toda a tentativa de tratar equações verdadeiras como tautologias e falsas como contradições. A conclusão de Ramsey é que não é possível dar conta da matemática via lógica sem funções do tipo ξ = a v ξ = b. É claro que, se o sinal de identidade é permitido, então para cada extensão há um conceito correspondente (i.e., para cada lista de objetos, há uma descrição que é satisfeita por estes, e apenas por estes, objetos), e as equações falsas acima se tornam, portanto, contradições. Em um outro escrito, Ramsey chama estas funções de propriedades formais, em contraste com as propriedades reais que são dadas por conceitos materiais 5. Na concepção de Ramsey, era absolutamente imprescindível considerar propriedades formais no mesmo nível de propriedades materiais, sob pena de deixar a verdade das proposições matemáticas transvestidas em sua tradução lógica depender de fatos contingentes. É importante caracterizar este debate sobre a natureza da extensão como um debate entre uma teoria logicista e uma teoria anti- -logicista. O tratamento da extensão via conceito é essencialmente logicista, e é por isso que a eliminação da identidade põe diversos problemas para o logicismo. Ramsey concordava que nem toda classe era definida por um conceito material, mas isto levava à impossibilidade de tratar a matemática via lógica. É por isso que Ramsey procurará fundamentar de outro modo a noção de um conceito formal (com o uso da identidade), afim de que se dispusesse 33 5 Cf. idem: Identity, p. 187.
4 de um aparato suficiente para prover uma lógica extensional. Que a matemática seja essencialmente extensional, na concepção de Ramsey, isto era o resultado do fato que as relações e conceitos de que a matemática precisava não eram relações e conceitos materiais/reais (actual) 6. Assim, era preciso extensionalizar a lógica para que ela desse conta desta característica constitutiva da matemática. Em um certo sentido, Wittgenstein concorda com o diagnóstico de Ramsey: a matemática trabalha com extensões. É o passo que Ramsey dá na tentativa de tratar extensões pela lógica que é condenado 7. O fato é que, se a ideia de uma função em extensão não é permitida na lógica, o projeto logicista cai por terrra. É por isso que, consequente com seu objetivo, Ramsey procurará dar cidadania a esta noção que parece ter uma doppia vita intensional e extensional. É precisamente a noção de função em extensão que aparece, para Ramsey, como uma noção que completa o rol de intensões que os conceitos materiais não são capazes de prover; como uma noção que faz as vezes, na lógica, do meramente possível. O modo pelo qual Ramsey introduz a noção de função em extensão o único modo, segundo ele, viável é um abandono da concepção de função tal como concebida por Russell nos Principia Mathematica e por Wittgenstein no Tractatus, no sentido em que a estrutura de uma proposição que é analisada em termos de uma função em extensão e seus argumentos deixa de ter qualquer vínculo com a estrutura da proposição que é valor da função para aqueles argumentos. No caso de uma função unária, ela resulta, segundo Ramsey (1931, p. 52, grifo e tradução nossos), (...) de qualquer relação um-para-muitos em extensão entre proposições e indivíduos; isto é, uma correlação, praticável ou impraticável, na qual uma única proposição é associada a cada indivíduo, sendo este o argumento da função, e a proposição seu valor. Assim φ (Sócrates) pode ser Queen Anne está morta, φ (Platão) pode ser Einstein é um grande homem; φˆx sendo simplesmente uma associação arbitrária de proposições φx a indivíduos x. Uma função em extensão será marcada por um sufixo e, portanto φ eˆx. Ora, como Ramsey adota, em seu sistema de lógica, o Axioma do Infinito 8, uma tal correlação é sempre impossível de ser feita na prática. Mas isso, segundo Ramsey, pouco importa: embora uma tal correlação não esteja disponível individualmente, ela sempre estará incluída nas proposições que quantificam sobre a totalidade de funções em extensão, e são precisamente estas proposições que são importantes para a matemática, e não proposições que versam sobre uma função em extensão particular Cf. Ramsey: The Foundations of Mathematics and other Logical Essays, p Cf. Juliet Floyd: Wittgenstein on Philosophy of Logic and Mathematics, em: Stewart Shapiro (ed.): The Oxford Handbook of Philosophy of Logic and Mathematics, Oxford: Oxford University Press, 2005, p. 105 : The heart of his unwillingness to follow Ramsey s approach to the foundations of mathematics was that he could not see what made the notion of function-in-extension a logical notion. 8 Cf. ibid., p. 61.
5 A partir da introdução das funções em extensão, a identidade x = y é definida como (φ e ) φ e x φ e y. Esta definição é adequada, segundo Ramsey, pois quando x e y denotam o mesmo indivíduo, o definiens se torna uma tautologia, caso contrário ele se torna uma contradição. Em uma nota de rodapé 9, Ramsey nota que a proposição (φ) φx φy, por outro lado, também é uma tautologia caso x e y denotem o mesmo, mas não é, no caso oposto, uma contradição, como também acontecia, como vimos, no caso da tradução lógica de expressões aritméticas. Munido das funções em extensão, Ramsey poderia evitar, por conseguinte, este problema e tratar equações corretas como tautologias e equações incorretas como contradições, concretizando assim o seu projeto logicista. Não é de causar espanto o fato de Wittgenstein condenar 10 tanto a definição da identidade de Ramsey quanto a própria ideia de função em extensão. A função em extensão abandona duas características centrais da noção de função proposicional como concebida pelo Tractatus: i) uma função em extensão não determina uma forma lógica; ii) uma função em extensão não caracteriza o sentido da proposição que é valor da função para um determinado argumento, mas apenas seu modo de apresentação. Nesse sentido, a função em extensão deixa de ter uma relação interna e essencial com o valor da função para um dado argumento, mas passa apenas a ter uma relação externa e convencional com este valor. Com efeito, a função em extensão é, na verdade, um dicionário que correlaciona objetos e proposições, e já não representa, como a função proposicional legítima, uma característica comum a uma classe de proposições. Dada uma proposição, digamos, Sócrates é ateniense, é possível inferir a função proposicional que produziu esta proposição para o argumento Sócrates, ao passo que, no caso da função em extensão, esta inferência não pode ser feita, já que a função em extensão não possui vínculo algum, a não ser mediante uma convenção arbitrária, com o valor da função para um dado argumento. Nesse sentido, ainda que o valor de uma certa função em extensão φ e para o argumento Sócrates seja de fato a proposição Sócrates é ateniense, essa correlação não é algo que se poderia obter a partir da análise da proposição ela própria, mas é antes o produto de uma convenção simbólica, que já não tem nenhuma ligação essencial com a estrutura proposicional. Os argumentos que Wittgenstein move contra Ramsey e sua definição da identidade se encontram espalhados por diversos textos do período intermediário de seu pensamento, que vão desde uma carta pessoal ao próprio Ramsey até obras não publicadas como as Observações Filosóficas e a Gramática Filosófica. Em todas elas há uma denúncia de círcularidade da definição de Ramsey. Neste curto texto, iremos nos ater apenas a uma metáfora que Wittgenstein utiliza, nas Observações Filosóficas, para explicar o seu desconforto 35 9 Cf. Ramsey: The Foundations of Mathematics and other Logical Essays, p A primeira crítica à Ramsey ocorre em uma carta de 1927, na qual Wittgenstein aponta para o fato de que a função de Ramsey para a identidade leva a contrassensos, e não apenas a proposições sem sentido (tautologias e contradições). Cf. Ludwig Wittgenstein: Wittgenstein in Cambridge: Letters and Documents , ed. por Brian McGuinness, Malden: Blackwell, 2008, pp
6 com a teoria da identidade de Ramsey. A exposição desta metáfora é suficiente, creio, para que se reconheça o penhasco em que tal tentativa de definição da identidade deve necessariamente cair. Eis a metáfora (Wittgenstein, 1964, p. 143, tradução nossa): A teoria da identidade em Ramsey comete o erro que seria cometido por alguém que dissesse ser possível usar um quadro também como um espelho, mesmo que somente para uma única postura. Dizer isso é ignorar que o essencial para um espelho é justamente que dele se pode inferir a postura do corpo que está a sua frente, ao passo que, no caso do quadro, é preciso saber primeiramente que as posturas coincidem antes de se poder entender o quadro como uma imagem de espelho. Na metáfora, o espelho representa a noção legítima de função, enquanto que o quadro usado como espelho representa a noção de função em extensão, concebida como um dicionário que correlaciona objetos a proposições. Quando Wittgenstein afirma que o essencial para um espelho é a possibilidade de inferir a postura do corpo que está na sua frente, ele quer dizer que, para uma função, é essencial que, dado um argumento para ela, seja possível inferir o seu valor independentemente de qualquer correlação arbitrária. Se f(ξ) é uma função legítima e a é seu argumento, o sentido da proposição f(a) não é modo algum determinado pela determinação de Ramsey 11 ou daquele que traçar efetivamente a correlação arbitrária proposta por Ramsey, mas é simplesmente determinado pela função e argumento eles próprios. Já no caso da função em extensão, afim de que seja possível utilizá-la como uma função legítima, é preciso saber de antemão que a correlação foi feita corretamente, que o valor de f(ξ) para o argumento a seja, de fato, f(a). Mas Ramsey poderia replicar que não é preciso utilizar funções em extensão enquanto funções legítimas, mas apenas como um instrumento para definir a identidade e, com isso, criar as bases para um cálculo lógico de extensões. Mas seria isto possível? Pois vamos supor que as funções em extensão não funcionem de modo análogo a funções legítimas e suponhamos que alguém esteja em dúvida a respeito da identidade entre dois objetos denotados por a e b, isto é, se a verdade ou falsidade da proposição a = b está sub judice. A definição proposta por Ramsey fornece supostamente um critério segundo o qual se poderia decidir a respeito da verdade ou da falsidade desta proposição. Mas, para isso, seria preciso percorrer a totalidade das funções em extensão para que uma tal questão fosse decidida. Deixando de lado o problema do infinito o que Wittgenstein parece sugerir quando afirma que o problema surgiria mesmo que o quadro fosse usado como espelho apenas para uma única postura, o problema pode ser colocado nos seguintes termos: como as funções em extensão não se comportam como funções legítimas, não basta que o nome da função e seu argumento Compare com a crítica que o Tractatus faz, no aforismo 4.431, da teoria fregiana da negação, utilizando a distinção entre função e índice. É uma característica de um índice o fato de que não é suficiente conhecer o seu significado se é que ele tem algum significado e o significado do nome que o índice acompanha para conhecer o significado do sinal composto do nome e do índice, assim como acontece com as palavras compostas (p. ex., criado-mudo). É preciso ainda de uma nova determinação arbitrária para conferir-lhe um significado.
7 sejam dados para saber o valor da função para um tal argumento. É preciso ainda de uma correlação arbitrária que vincula o argumento da função com uma proposição qualquer. Mas como traçar esta correlação adequadamente sem saber, ex hypothesi, se a é ou não idêntico a b? Afinal, é preciso saber se os valores da função, para os argumentos a e b, podem ser distintos, o que acontece apenas se a não é idêntico a b. Deste modo, malogra toda tentativa de definir a identidade por meio de funções construídas arbitrariamente pois, na definição da função, cumpriria indicar, para cada argumento distinto, um único valor para a função; e ao aplicar a definição a um caso particular, surgiria novamente a questão de saber se dois objetos são de fato idênticos ou distintos. E assim nos moveríamos em círculo. Dado o fracasso de toda e qualquer tentativa de se criar as bases para uma lógica extensional, Wittgenstein será levado a vincular, nas Observações Filosóficas, a teoria do número cardinal a uma teoria extensional das classes, desvinculando a primeira de todo e qualquer aparato lógico/intensional, de toda e qualquer tentativa de se fornecer a forma mais geral da aplicação do número e das equações aritméticas. O reconhecimento deste caráter autônomo da aritmética, no entanto, merece ser considerado em mais pormenores do que este pequeno trabalho nos permite. 37
8 Bibliografia FLOYD, J. Wittgenstein on Philosophy of Logic and Mathematics, em: Stewart Shapiro (ed.): The Oxford Handbook of Philosophy of Logic and Mathematics, Oxford: Oxford University Press, RAMSEY, F. P. Identity, em: Maria Carla Galavotti (ed.): Notes on Philosophy, Probability and Mathematics, Napoli: Bibliopolis, The Foundations of Mathematics and other Logical Essays. London: Routledge, WITTGENSTEIN, L. Tractatus logico-philosophicus. São Paulo: Editora Edusp, Wittgenstein in Cambridge: Letters and Documents , ed. por Brian McGuinness, Malden: Blackwell, Philosophische Bemerkungen, ed. por Rush Rhees, Frankfurt: Suhrkamp,
A crítica wittgensteiniana à teoria da identidade de Ramsey
A crítica wittgensteiniana à teoria da identidade de Ramsey Anderson Luis Nakano Doutorando em Filosofia pela UFSCar. Bolsista FAPESP andersonnakano@ gmail.com Palavras-chave Ramsey, Wittgenstein, logicismo,
Leia maisLÓGICA, MATEMÁTICA E INFERÊNCIA NO TRACTATUS
14 LÓGICA, MATEMÁTICA E INFERÊNCIA NO TRACTATUS Anderson Luis Nakano 1 O Tractatus Logico-Philosophicus 2 é uma obra sobre a fundamentação da lógica. Em geral, a tarefa filosófica de fundamentação de uma
Leia maisNotas de Ramsey sobre o Tractatus de Wittgenstein e versão preliminar dos Foundations of Mathematics
Notas de Ramsey sobre o Tractatus de Wittgenstein e versão preliminar dos Foundations of Mathematics Transcrição, tradução e introdução de Anderson Luis Nakano Pós-doutorando em Filosofia pela USP / Fapesp
Leia maisPalavras-chave: divisão por zero; números transreais; semântica total; espaço lógico.
Números Transreais e o Espaço Lógico Tiago S. dos Reis Doutor pelo HCTE/UFRJ Professor do IFRJ - Volta Redonda tiago.reis@ifrj.edu.br Resumo: Divulgamos uma proposta de matematização, de geometrização,
Leia maisLógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios...
Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 11 Tautologias Sumário 1 Comportamento de um enunciado 2 1.1 Observações................................ 4 2 Classificação dos enunciados 4 2.1
Leia maisLógica e Metodologia Jurídica
Lógica e Metodologia Jurídica Argumentos e Lógica Proposicional Prof. Juliano Souza de Albuquerque Maranhão julianomaranhao@gmail.com Quais sentenças abaixo são argumentos? 1. Bruxas são feitas de madeira.
Leia maisA LINGUAGEM NO TRACTATUS DE WITTGENSTEIN. Bruno Senoski do Prado (PIBIC), Marciano Adilio Spica (Orientador),
A LINGUAGEM NO TRACTATUS DE WITTGENSTEIN. Bruno Senoski do Prado (PIBIC), Marciano Adilio Spica (Orientador), e-mail: marciano.spica@gmail.com Universidade Estadual do Centro-Oeste, Setor de Ciências Humanas,
Leia maisCálculo proposicional
O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais
Leia maisUMA PROVA DE CONSISTÊNCIA
UMA PROVA DE CONSISTÊNCIA Felipe Sobreira Abrahão Mestrando do HCTE/UFRJ felipesabrahao@gmail.com 1. INTRODUÇÃO Demonstradas por Kurt Gödel em 1931, a incompletude da (ou teoria formal dos números ou aritmética)
Leia maisWITTGENSTEIN E A NOÇÃO MINIMALISTA DA VERDADE 1. INTRODUÇÃO
WITTGENSTEIN E A NOÇÃO MINIMALISTA DA VERDADE PEREIRA, Julio Henrique Carvalho ; DO CARMO, Juliano Santos Universidade Federal de Pelotas juliohenrique-pereira@hotmail.com Universidade Federal de Pelotas
Leia maisUma questão acerca do espaço lógico no Tractatus Logico-Philosophicus
Uma questão acerca do espaço lógico no Tractatus Logico-Philosophicus Gustavo Gueraldini Michetti Mestrando em Filosofia pela UFSCar Bolsista CAPES gusmichetti@gmail.com Palavras-chave Espaço lógico. Fatos.
Leia maisA LÓGICA E SUA APLICAÇÃO
SÍLVIA ALTMANN A Antecipação das Formas das Proposições Elementares no Tractatus de Wittgenstein Sílvia Altmann UFRGS Um dos fios condutores centrais da investigação que culminou no Tractatus é a tese
Leia maisLógica e Metodologia Jurídica
Lógica e Metodologia Jurídica Argumentos e Lógica Proposicional Prof. Juliano Souza de Albuquerque Maranhão julianomaranhao@gmail.com Argumento Sequência de sentenças......uma das quais se afirma verdadeira
Leia maisLógica Proposicional
Lógica Proposicional Lógica Computacional Carlos Bacelar Almeida Departmento de Informática Universidade do Minho 2007/2008 Carlos Bacelar Almeida, DIUM LÓGICA PROPOSICIONAL- LÓGICA COMPUTACIONAL 1/28
Leia maisMatemática para Ciência de Computadores
Matemática para Ciência de Computadores 1 o Ano - LCC & ERSI Luís Antunes lfa@ncc.up.pt DCC-FCUP Complexidade 2002/03 1 Teoria de Conjuntos Um conjunto é uma colecção de objectos/elementos/membros. (Cantor
Leia maisLógica Computacional DCC/FCUP 2017/18
2017/18 Raciocínios 1 Se o André adormecer e alguém o acordar, ele diz palavrões 2 O André adormeceu 3 Não disse palavrões 4 Ninguém o acordou Será um raciocínio válido? Raciocínios Forma geral do raciocínio
Leia maisLógica Formal. Matemática Discreta. Prof Marcelo Maraschin de Souza
Lógica Formal Matemática Discreta Prof Marcelo Maraschin de Souza Implicação As proposições podem ser combinadas na forma se proposição 1, então proposição 2 Essa proposição composta é denotada por Seja
Leia maisconstituímos o mundo, mais especificamente, é a relação de referência, entendida como remissão das palavras às coisas que estabelece uma íntima
1 Introdução Esta tese aborda o tema da relação entre mundo e linguagem na filosofia de Nelson Goodman ou, para usar o seu vocabulário, entre mundo e versões de mundo. Mais especificamente pretendemos
Leia maisSejam A o conjunto de todos os seres humanos e B o conjunto de todos os livros. Consideremos
Correspondências e funções O principal problema da combinatória enumerativa é saber quantos elementos tem um dado conjunto finito. Além disso, dedica-se a encontrar procedimentos e estratégias para a forma
Leia maisLógica e Metodologia Jurídica
Lógica e Metodologia Jurídica Argumentos e Lógica Proposicional Prof. Juliano Souza de Albuquerque Maranhão julianomaranhao@gmail.com Puzzle 2 pessoas A e B fazem uma oferta um ao outro. O problema é identificar
Leia maisMatemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017
Matemática Discreta Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números Professora Dr. a Donizete Ritter Universidade do Estado de Mato Grosso 4 de setembro de 2017 Ritter, D. (UNEMAT) Matemática Discreta 4
Leia maisExpressões e enunciados
Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 2 Expressões e enunciados Sumário 1 Expressões e enunciados 2 1.1 Observações................................ 2 1.2 Exercício resolvido............................
Leia maisPalavras-chave: transmatemática; números transreais; mundos possíveis.
Transmatemática e o Espçao dos Mundos Possíveis Tiago S. dos Reis Doutor pelo HCTE/UFRJ Professor do IFRJ tiago.reis@ifrj.edu.br Resumo: No presente trabalho fazemos uma síntese do que foi proposto durante
Leia maisApresentação do curso
Folha 1 Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica
Leia maisAlgumas considerações sobre a primeira pessoa segundo a filosofia intermediária de Wittgenstein
Algumas considerações sobre a primeira pessoa segundo a filosofia intermediária de Wittgenstein NOME DO AUTOR: Priscilla da Veiga BORGES; André da Silva PORTO. UNIDADE ACADÊMICA: Universidade Federal de
Leia maisIndiscernibilidade de Idênticos. Atitudes Proposicionais e indiscernibilidade de idênticos
Indiscernibilidade de Idênticos Atitudes Proposicionais e indiscernibilidade de Consideremos agora o caso das atitudes proposicionais, das construções epistémicas e psicológicas, e perguntemo-nos se é
Leia maisIME, UFF 3 de junho de 2014
Lógica IME, UFF 3 de junho de 2014 Sumário A lógica formal e os principais sistemas A lógica formal Um dos objetivos da lógica formal é a mecanização do raciocínio, isto é, a obtenção de nova informação
Leia maisIME, UFF 10 de dezembro de 2013
Lógica IME, UFF 10 de dezembro de 2013 Sumário.... Considere o seguinte argumento Um problema de validade (1) p q q r r s s t p t (1) é válido ou não? A resposta é sim... Uma demonstração Uma demonstração
Leia maisLógica e Raciocínio. Introdução. Universidade da Madeira.
Lógica e Raciocínio Universidade da Madeira http://dme.uma.pt/edu/ler/ Introdução 1 Lógica... é a ciência que estuda os princípios e aproximações para estabelecer a validez da inferência e demonstração:
Leia maisA INTENCIONALIDADE NOS PARÁGRAFOS 20 A 38 DAS OBSERVAÇÕES FILOSÓFICAS DE WITTGENSTEIN
A INTENCIONALIDADE NOS PARÁGRAFOS 20 A 38 DAS OBSERVAÇÕES FILOSÓFICAS DE WITTGENSTEIN Resumo Aluno: Marcio Rodrigo Mello 1 (*) O conceito de intencionalidade é discutido em muitas passagens das Observações
Leia maisCompletude diz-se em Vários Sentidos
Completeness can be said in Several Meanings Edelcio Gonçalves de Souza Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) edelcio@pucsp.br Resumo: A partir de um raciocínio equivocado acerca do significado
Leia maisLógica Computacional. Métodos de Inferência. Passos de Inferência. Raciocínio por Casos. Raciocínio por Absurdo. 1 Outubro 2015 Lógica Computacional 1
Lógica Computacional Métodos de Inferência Passos de Inferência Raciocínio por Casos Raciocínio por Absurdo 1 Outubro 2015 Lógica Computacional 1 Inferência e Passos de Inferência - A partir de um conjunto
Leia maisObjetivos Gerais. Ementa
DISCIPLINA: Metafísica, Ciência e Linguagem na Contemporaneidade Subtítulo: Cálculo, gramática, toda uma cultura Variações wittgensteinianas do Princípio de Contexto LINHA DE PESQUISA: METAFÍSICA, CIÊNCIA
Leia maisNHI Lógica Básica (Lógica Clássica de Primeira Ordem)
NHI2049-13 (Lógica Clássica de Primeira Ordem) página da disciplina na web: http://professor.ufabc.edu.br/~jair.donadelli/logica O assunto O que é lógica? Disciplina que se ocupa do estudo sistemático
Leia maisFREGE E A FILOSOFIA DA LINGUAGEM 1
FREGE E A FILOSOFIA DA LINGUAGEM 1 FREGE AND THE PHILOSOPHY OF LANGUAGE Abílio Rodrigues Filho* Resumo É certo que Frege contribuiu imensamente para a filosofia da linguagem. Entretanto, isso não é o bastante
Leia maisArgumentos e Validade Petrucio Viana
GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 7 Argumentos e Validade Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF Sumário 1 Argumentos 1 1.1 Observações................................
Leia maisMD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1
Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados
Leia maisLógica Proposicional Parte 3
Lógica Proposicional Parte 3 Nesta aula, vamos mostrar como usar os conhecimentos sobre regras de inferência para descobrir (ou inferir) novas proposições a partir de proposições dadas. Ilustraremos esse
Leia mais1 Lógica de primeira ordem
1 Lógica de primeira ordem 1.1 Sintaxe Para definir uma linguagem de primeira ordem é necessário dispor de um alfabeto. Este alfabeto introduz os símbolos à custa dos quais são construídos os termos e
Leia maisLógica Computacional
Lógica Computacional Frases Quantificadas Quantificadores e Variáveis Fórmulas Bem Formadas: Sintaxe e Semântica Formas Aristotélicas 21 Outubro 2013 Lógica Computacional 1 Frases Quantificadas - Existem
Leia maisSENTIDOS E PROPRIEDADES 1. Abílio Azambuja Rodrigues Filho 2
Abstracta 1:1 pp. 40 51, 2004 SENTIDOS E PROPRIEDADES 1 Abílio Azambuja Rodrigues Filho 2 Abstract: This article proposes an interpretation of the sense/reference distinction, especially regarding predicates.
Leia mais1. Métodos de prova: Construção; Contradição.
Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas Bacharelado em Ciência da Computação Fundamentos Matemáticos para Computação 1. Métodos de prova: Construção; Contradição.
Leia maisO artigo Sobre o sentido e a referência de Frege
O artigo Sobre o sentido e a referência de Frege Sérgio R. N. Miranda Universidade Federal de Ouro Preto O matemático e filósofo alemão Gottlob Frege nasceu em 1848 em Wismar, uma pequena cidade costeira
Leia maisLógica Matemática. Prof. Gerson Pastre de Oliveira
Lógica Matemática Prof. Gerson Pastre de Oliveira Programa da Disciplina Proposições e conectivos lógicos; Tabelas-verdade; Tautologias, contradições e contingências; Implicação lógica e equivalência lógica;
Leia maisFILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS
FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO - 36 Esperava-se que o estudante estabelecesse a distinção entre verdade e validade e descrevesse suas respectivas aplicações. Item
Leia mais3 Cálculo Proposicional
3 Cálculo Proposicional O Cálculo Proposicional é um dos tópicos fundamentais da Lógica e consiste essencialmente da formalização das relações entre sentenças (ou proposições), de nidas como sendo frases
Leia maisLÓGICA I. André Pontes
LÓGICA I André Pontes 1. Conceitos fundamentais O que é a Lógica? A LÓGICA ENQUANTO DISCIPLINA Estudo das leis de preservação da verdade. [Frege; O Pensamento] Estudo das formas válidas de argumentos.
Leia maisSOBRE A IDENTIDADE NO TRACTATUS LOGICO-PHILOSOPHICUS 1
ARTIGO ORIGINAL DOI: 10.5216/PHI.V17I2.17676 SOBRE A IDENTIDADE NO TRACTATUS LOGICO-PHILOSOPHICUS 1 Rogério Saucedo Corrêa (UFSM) 2 rogeriosaucedo@ufsm.br Resumo: No Tractatus Logico-Philosophicus, o sinal
Leia maisAlfabeto da Lógica Proposicional
Ciência da Computação Alfabeto da Lógica Sintaxe e Semântica da Lógica Parte I Prof. Sergio Ribeiro Definição 1.1 (alfabeto) - O alfabeto da é constituído por: símbolos de pontuação: (, ;, ) símbolos de
Leia maisQuantificadores Modulados e o Método da Semântica de Sociedades
Trabalho apresentado no XXXV CNMAC, Natal-RN, 2014. Quantificadores Modulados e o Método da Semântica de Sociedades Luiz Henrique C. Silvestrini Departamento de Matemática, FC, UNESP 17033-360, Bauru,
Leia maisAula 8: Tableaux Analíticos
Lógica para Computação Segundo Semestre, 2014 Aula 8: Tableaux Analíticos DAINF-UTFPR Prof. Ricardo Dutra da Silva O métodos de Dedução Natural não permite inferir a falsidade de um sequente, ou seja,
Leia maisPré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 6 29 de março de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense
Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 6 29 de março de 2010 Aula 6 Pré-Cálculo 1 Implicações e teoria dos conjuntos f (x) =g(x) u(x)
Leia maisO Critério de Identidade entre objetos na Ontologia Tractariana
O Critério de Identidade entre objetos na Ontologia Tractariana Resumo: Este presente texto possui como objetivo expor a maneira como Ludwig Wittgenstein aborda o critério de identidade entre objetos no
Leia maisPressuposição Antecedentes históricos
A suposta natureza pressuposicional dos performativos Pressuposição Antecedentes históricos Luiz Arthur Pagani 1 1 Frege sentido sem referência (acomodação) [1, p. 137]: A sentença Ulisses profundamente
Leia maisOBSERVAÇÕES FILOSÓFICAS 1 LUDWIG WITTGENSTEIN. OBSERVAÇÕES FILOSÓFICAS. SÃO PAULO: EDIÇÕES LOYOLA, TRADUÇÃO (DO
1 André Porto (UGF) 2 andre.s.porto@uol.com.br LUDWIG WITTGENSTEIN.. SÃO PAULO: EDIÇÕES LOYOLA, 2005. TRADUÇÃO (DO INGLÊS) POR ADAIL SOBRAL E MARIA STELA GONÇALVES. Reza a versão oficial da história da
Leia maisNeste artigo, a título de sugestão de abordagem do tema, apresentamos exemplos de explicitação e utilização de algumas dessas regras.
Somo Gilda de La Roque Palis e Iaci Malta PUC - RJ Em sua autobiografia, Carl Gustav Jung 1, um dos grandes pensadores da Psicanálise, lembrando de seus tempos de colégio, diz:... o que mais me irritava
Leia maisFundamentos de Lógica Matemática
Webconferência 5-22/03/2012 Prova por resolução Prof. L. M. Levada http://www.dc.ufscar.br/ alexandre Departamento de Computação (DC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 2012/1 Introdução É possível
Leia maisA LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA
MAT1513 - Laboratório de Matemática - Diurno Professor David Pires Dias - 2017 Texto sobre Lógica (de autoria da Professora Iole de Freitas Druck) A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA Iniciemos
Leia maisNOTAS DE AULA. O conceito familiar de Trabalho em Mecânica pode servir como ponto de partida: O trabalho elementar realizado por uma força F r
Trabalho e Calor Departamento de Engenharia Naval e Oceânica EPUSP PNV-3 Termodinâmica e Transferência de Calor NOTAS DE AULA Introdução Vamos aqui introduzir os conceitos de Trabalho e Calor em Termodinâmica.
Leia maisLógica Proposicional e Dedução Natural 1/48. Douglas O. Cardoso docardoso.github.io
Lógica Proposicional e Dedução Natural douglas.cardoso@cefet-rj.br docardoso.github.io Lógica Proposicional e Dedução Natural 1/48 Roteiro 1 Uma Introdução Intuitiva 2 Proposições 3 DN: regras básicas
Leia maisLógica Computacional
Lógica Computacional Consequência Tautológica e Lógica em Frases Quantificadas Leis de de Morgan Separação de Quantificadores Consequências Analíticas e Método Axiomático 3 Novembro 2016 Lógica Computacional
Leia maisSCC Capítulo 2 Lógica de Predicados
SCC-630 - Capítulo 2 Lógica de Predicados João Luís Garcia Rosa 1 1 Departamento de Ciências de Computação Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Universidade de São Paulo - São Carlos http://www.icmc.usp.br/~joaoluis
Leia maisMatemática I. 1 Propriedades dos números reais
Matemática I 1 Propriedades dos números reais O conjunto R dos números reais satisfaz algumas propriedades fundamentais: dados quaisquer x, y R, estão definidos a soma x + y e produto xy e tem-se 1 x +
Leia maisFundamentos de Lógica Matemática
Webconferência 6-29/03/2012 Introdução à Lógica de Predicados Prof. L. M. Levada http://www.dc.ufscar.br/ alexandre Departamento de Computação (DC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 2012/1 Introdução
Leia maisA Negação como uma Operação Formal
143 Rogério Saucedo Corrêa 1 A Negação como uma Operação Formal A Negação como uma Operação Formal Rogério Saucedo Corrêa Resumo A distinção entre operação e operação de verdade permite esclarecer o caráter
Leia maisLógica Computacional
Aula Teórica 5: Semântica da Lógica Proposicional António Ravara Simão Melo de Sousa Departamento de Informática, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa Departamento de Informática,
Leia maisContando o Infinito: os Números Cardinais
Contando o Infinito: os Números Cardinais Sérgio Tadao Martins 4 de junho de 2005 No one will expel us from the paradise that Cantor has created for us David Hilbert 1 Introdução Quantos elementos há no
Leia mais2016 / Nome do aluno: N.º: Turma:
Teste de Matemática A 2016 / 2017 Teste N.º 1 Matemática A Duração do Teste: 90 minutos 10.º Ano de Escolaridade Nome do aluno: N.º: Turma: Grupo I Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Em
Leia maisMatemática Discreta. Lógica Proposicional. Profa. Sheila Morais de Almeida. agosto DAINF-UTFPR-PG
Matemática Discreta Lógica Proposicional Profa. Sheila Morais de Almeida DAINF-UTFPR-PG agosto - 2016 Tautologias Tautologia é uma fórmula proposicional que é verdadeira para todos os possíveis valores-verdade
Leia maisLógica Proposicional Parte II. Raquel de Souza Francisco Bravo 25 de outubro de 2016
Lógica Proposicional Parte II e-mail: raquel@ic.uff.br 25 de outubro de 2016 Argumento Válido Um argumento simbólica como: pode ser ser representado em forma P 1 P 2 P 3 P n Q Onde P 1, P 2,,P n são proposições
Leia maisFundamentos de Lógica Matemática
Webconferência 3-01/03/2012 Inferência Lógica Prof. L. M. Levada http://www.dc.ufscar.br/ alexandre Departamento de Computação (DC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 2012/1 Objetivos Análise
Leia maisLógica Matemática 1. Semana 7, 8 e 9. Material Previsto para três semanas
Lógica Matemática 1 Semana 7, 8 e 9. Professor Luiz Claudio Pereira Departamento Acadêmico de Matemática Universidade Tecnológica Federal do Paraná Material Previsto para três semanas Implicação e equivalência
Leia maisCálculo proposicional
O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais
Leia maisAfirmações Matemáticas
Afirmações Matemáticas Na aula passada, vimos que o objetivo desta disciplina é estudar estruturas matemáticas, afirmações sobre elas e como provar essas afirmações. Já falamos das estruturas principais,
Leia maisINE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA
INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/53 1 - LÓGICA E MÉTODOS DE PROVA 1.1) Lógica Proposicional
Leia mais5 Conclusão. ontologicamente distinto.
5 Conclusão Considerando a força dos três argumentos anti-materialistas defendidos por Chalmers e a possibilidade de doutrinas alternativas não materialistas, devemos definitivamente abandonar o materialismo?
Leia maisIntrodução a computação
Introdução a computação 0 Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação Coordenador: Emerson dos Santos Paduan Autor(a): Daniel Gomes Ferrari São Paulo - 2016 1 Sumário 1. Lógica Matemática...
Leia maislógica e teoria de conjuntos
aula 01 lógica e teoria de conjuntos A noção matemática mais fundamental é certamente a noção de conjunto. Adoptaremos a concepção cantoriana, segundo a qual um conjunto é uma colecção X de objectos, produto
Leia maisJá falamos que, na Matemática, tudo se baseia em axiomas. Já estudamos os números inteiros partindo dos seus axiomas.
Teoria dos Conjuntos Já falamos que, na Matemática, tudo se baseia em axiomas. Já estudamos os números inteiros partindo dos seus axiomas. Porém, não é nosso objetivo ver uma teoria axiomática dos conjuntos.
Leia maisAs cores e os números
As cores e os números 181 João Vergílio Gallerani Cuter USP/CNPq galleranicuter@uol.com.br resumo É fácil mostrar que, no Tractatus, atribuições de cor não podem ser proposições elementares. Mas já não
Leia mais) a sucessão definida por y n
aula 05 Sucessões 5.1 Sucessões Uma sucessão de números reais é simplesmente uma função x N R. É conveniente visualizar uma sucessão como uma sequência infinita: (x(), x(), x(), ). Neste contexto é usual
Leia maisLógica Computacional
Aula Teórica 13: Dedução Natural em Lógica Proposicional António Ravara Simão Melo de Sousa Departamento de Informática, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa Departamento de
Leia maisLógica Computacional Aulas 8 e 9
Lógica Computacional Aulas 8 e 9 DCC/FCUP 2017/18 Conteúdo 1 Lógica proposicional 1 11 Integridade e completude dum sistema dedutivo D 1 111 Integridade do sistema de dedução natural DN 1 112 3 12 Decidibilidade
Leia maisSERÃO AS EQUAÇÕES MATEMÁTICAS PSEUDOPROPOSIÇÕES? UMA ANÁLISE CRÍTICA DA FILOSOFIA DA MATEMÁTICA DO TRACTATUS LOGICO-PHILOSOPHICUS DE WITTGENSTEIN
SERÃO AS EQUAÇÕES MATEMÁTICAS PSEUDOPROPOSIÇÕES? UMA ANÁLISE CRÍTICA DA FILOSOFIA DA MATEMÁTICA DO TRACTATUS LOGICO-PHILOSOPHICUS DE WITTGENSTEIN Sérgio Ricardo Neves de Miranda 1 Pedro Merlussi 2 RESUMO
Leia maisLÓGICOS E ALGÉBRICOS DA PROGRAMAÇÃO Licenciaturas em Engenharia Informática, Ensino de Informática e Matemática 2º Semestre 2005/2006
FUNDAMENTOS UNIVERSIDADE da MADEIRA Departamento de Matemática e Engenharias LÓGICOS E ALGÉBRICOS DA PROGRAMAÇÃO Licenciaturas em Engenharia Informática, Ensino de Informática e Matemática 2º Semestre
Leia maisInteligência Artificial IA II. LÓGICA DE PREDICADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO
Inteligência Artificial IA Prof. João Luís Garcia Rosa II. LÓGICA DE PREDICADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO 2004 Representação do conhecimento Para representar o conhecimento do mundo que um sistema
Leia maisMatéria: Raciocínio Lógico Concurso: Auditor Fiscal da SEFAZ-SC Professor: Alex Lira
Concurso: Auditor Fiscal da SEFAZ-SC Professor: Alex Lira Prova comentada: Auditor Fiscal SEFAZ-SC 2018 Raciocínio Lógico SUMÁRIO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PREVISTO NO EDITAL... 3 QUESTÕES COMENTADAS... 3
Leia maisIntrodução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos
Observação Como para k > 1 se tem (a 1, a 2,..., a k ) = (a 1, a k )(a 1, a k 1 ) (a 1, a 2 ), um ciclo de comprimento par é uma permutação ímpar e um ciclo de comprimento ímpar é uma permutação par. Proposição
Leia maisIntrodução aos Métodos de Prova
Introdução aos Métodos de Prova Renata de Freitas e Petrucio Viana IME-UFF, Niterói/RJ II Colóquio de Matemática da Região Sul UEL, Londrina/PR 24 a 28 de abril 2012 Sumário Provas servem, principalmente,
Leia maisFórmulas da lógica proposicional
Fórmulas da lógica proposicional As variáveis proposicionais p, q, são fórmulas (V P rop ) é fórmula (falso) α e β são fórmulas, então são fórmulas (α β), (α β), (α β) e ( α) DCC-FCUP -TAI -Sistemas Dedutivos
Leia maisMatemática Básica I Notas de aula - versão
1 - Departamento de Matemática Aplicada (GMA) Matemática Básica I Notas de aula - versão 3 2011-1 Marlene Dieguez Fernandez Observações preliminares A disciplina Matemática Básica I é oferecida no mesmo
Leia maisA Projeção e seu Potencial
A Projeção e seu Potencial Rolci Cipolatti Departamento de Métodos Matemáticos Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio de Janeiro C.P. 68530, Rio de Janeiro, Brasil e-mail: cipolatti@im.ufrj.br
Leia maisUm alfabeto é um conjunto de símbolos indivisíveis de qualquer natureza. Um alfabeto é geralmente denotado pela letra grega Σ.
Linguagens O conceito de linguagem engloba uma variedade de categorias distintas de linguagens: linguagens naturais, linguagens de programação, linguagens matemáticas, etc. Uma definição geral de linguagem
Leia maisLógica proposicional. Capítulo 1
Capítulo 1 Lógica proposicional 1.1 Introdução A lógica proposicional, à qual este capítulo é dedicado, pode ser vista como a parte da lógica que se ocupa do estudo do comportamento dos conectivos lógicos
Leia maisRETICULADOS: NOTAS DO SEMINÁRIO DE 7/03/03
RETICULADOS: NOTAS DO SEMINÁRIO DE 7/03/03 PEDRO A. TONELLI 1. Introdução: o esqueleto do espírito E ainda mais remoto que o tempo em que as coisas não tinham nome, é o tempo em que as coisas nem existiam,
Leia maisLógica e Computação. Uma Perspectiva Histórica
Lógica e Computação Uma Perspectiva Histórica Alfio Martini Facin - PUCRS A Lógica na Cultura Helênica A Lógica foi considerada na cultura clássica e medieval como um instrumento indispensável ao pensamento
Leia maisNotas de Aula Aula 2, 2012/2
Lógica para Ciência da Computação Notas de Aula Aula 2, 2012/2 Renata de Freitas & Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF 23 de janeiro de 2013 Sumário 1 Conteúdo e objetivos 1 2 Legibilidade
Leia mais