LULA LÁ: UM PRESIDENTE DO POVO E UM CANDIDATO APAIXONADO

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1 8 LULA LÁ: UM PRESIDENTE DO POVO E UM CANDIDATO APAIXONADO Camila de Araújo Beraldo Ludovice Doutoranda em Lingüística e Língua Portuguesa pela Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCLAR) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Mestre em Lingüística pela Universidade de Franca (Unifran). Docente dos cursos de Letras e Ciências Contábeis da Universidade de Franca. RESUMO O artigo em questão tem o objetivo de analisar as manifestações da paixão presentes nas propagandas televisivas do candidato Lula nas eleições de Através desta pesquisa pretende-se mostrar como o sujeito da enunciação apaixonado manifesta as paixões do ator Lula que, por sua vez, espelha as paixões do sujeito da enunciação e também quais são as principais paixões presentes na publicidade. A presente pesquisa foi embasada na teoria semiótica greimasiana, que tem por objeto de estudo o texto, ou melhor, procura descrever e explicar o que o texto diz e como ele faz para dizer o que diz. E também na semiótica das paixões que tem o objetivo de construir uma semântica da dimensão passional dos discursos e analisar a modalidade juntamente com sua cena actancial por meio das modalidades do fazer, dos sujeitos envolvidos no discurso e dos valores que o definem. Palavras-chave: paixão; teoria semiótica greimasiana; propagandas; autor.

2 1 2 2 ABSTRACT This paper aims at analyzing the passion displays which are present in the television advertisements of candidate Lula in the 2006 elections. Besides, this research intends to show how the impassioned subject of the enunciation displays the passions of the actor Lula, who mirrors the passions of the subject of enunciation and also the most important passions shown in the television advertising campaign. The research was based on the Greimasian Semiotic Theory, whose object of study is the text, that is, it tries to describe and explain what the text says and how it does to say what it is saying. And in the Semiotics of Passion as well that aims at building a semantic of the passionate dimension of the discourses and to analyze the way together with its acting scene through the doing way, of the involved subjects in the discourse and of the values that define them. Key words: passion; greimasian semiotic theory; advertisements; actor.

3 1 2 3 INTRODUÇÃO O presente artigo faz parte de um trabalho mais amplo, uma dissertação de mestrado, cujo objetivo foi analisar a campanha eleitoral do presidente Luís Inácio Lula da Silva do ano de 2006, campanha em que concorria à reeleição para a presidência do Brasil. O foco do trabalho foi verificar a forma como a publicidade construiu o ator Lula para que ele pudesse entrar em conjunção com seu objeto-valor poder. Para alcançar este objetivo foi necessário mostrar as estratégias que o enunciador utilizou para construir o ator Lula; o jogo polifônico das vozes dos narradores presentes na publicidade; as figurativizações; os procedimentos de manipulação e também a forma como foi construído o espaço da publicidade. A presente pesquisa foi embasada na teoria semiótica greimasiana, que tem por objeto de estudo o texto, ou melhor, procura descrever e explicar o que o texto diz e como ele faz para dizer o que diz. Por meio da semiótica figurativa e da semiótica plástica e também do percurso gerativo de sentido, detendo-se, principalmente no nível discursivo, em que a narrativa é assumida pelo ator Lula, mostrou-se como se dá a persuasão e também como se dá a figurativização do sujeito Lula. Além de explicitar também como o sujeito da enunciação apaixonado referenda as paixões do ator Lula que, por sua vez, espelha as paixões do sujeito da enunciação. A semiótica, ao analisar as estruturas narrativas, a partir da ação, relação de produção e de transformação do sujeito com o objeto, chegou à manipulação, na relação intersubjetiva entre o destinador e o destinatário. Quando percebeu que a comunicação incluía o fazer persuasivo do destinador e o fazer interpretativo do destinatário, partiu para o caminho da modalização. Natural, portanto, que as modalidades que se aplicam ao fazer e os enunciados modais que regem enunciados do fazer tenham sido os primeiros a serem examinados. Nada mais previsível que o passo seguinte tenha sido a abordagem da modalização do ser, que resultou na semiótica das paixões (BARROS, 2002, p ).

4 1 2 4 De acordo com Bertrand (2003, p. 357), A semiótica das paixões se origina diretamente das hipóteses teóricas e dos procedimentos metodológicos da semiótica geral. Assim, o estudo das dimensões pragmática e cognitiva dos discursos deixava na sombra, como um vazio a preencher, a dimensão dos sentimentos, das emoções e das paixões, que ocupam, no entanto, um lugar essencial nos discursos, sejam eles literários ou não. A semiótica das paixões tem o objetivo de construir uma semântica da dimensão passional dos discursos, ou seja, a paixão não naquilo em que ela afeta o ser efetivo dos sujeitos reais, mas enquanto efeito de sentido inscrito e codificado na linguagem (BERTRAND, 2003, p. 358). A linguagem, nesse ponto de vista, contribui para as configurações culturais inscritas no discurso, que moldam o imaginário passional, valorizam algumas paixões em detrimento de outras e estabelece até uma virtude social. E a modalidade deve ser analisada juntamente com sua cena actancial por meio das modalidades do fazer, dos sujeitos envolvidos no discurso e dos valores que o definem, pois como afirma Bertrand (2003, p. 309) À semiótica modal interessa, com efeito, o que se trama na própria organização discursiva. A modalidade não pode então ser pensada independentemente da cena actancial, isto é, da competência modal dos sujeitos do fazer, envolvidos na interação, e da existência modal dos objetos de valor que define, por meio de suas variações, o estatuto do sujeito de estado. A lingüística, a lógica e a semiótica conseguem definir modalidade com uma base em comum: É denominado modal um predicado que modifica outro predicado. O predicado modal opõe-se, portanto, em bloco ao predicado descritivo. (BERTRAND, 2003, p. 311). A descontinuidade dos estados é assentada em uma transformação

5 1 2 5 que ocorre por meio dos enunciados de fazer. O actante é considerado como um simples operador que pode se desdobrar através de uma variação contínua com relação a junção e então, o espaço passional pode ser explicado como: o da relação entre o sujeito e a junção, focalizando o dinamismo interno, poderíamos dizer íntimo, dos estados (BERTRAND, 2003, p. 360). Para Bertrand (2003, p. 361), O espaço passional, feito de tensões e aspectualizações cujo estatuto deverá ser precisado é, pois, da ordem do contínuo e se dispõe em torno das transformações narrativas. É desse modo que a semiótica do agir permite identificar o lugar, reconhecível no discurso, de uma semiótica do sofrer. A problemática da paixão se define em relação à da ação. O estudo da semiótica das paixões pode ser concebido através das modalidades que definem o estatuto de sujeito e objeto. A paixão, nessa perspectiva, aparece como um excesso, um excedente em relação a uma estrutura modal (BERTRAND, 2003, p. 366). Dessa forma, a competência do sujeito é definida pela modalização do fazer, ou seja, o sujeito é dotado de uma carga modal de maior ou menor complexidade que se constitui por modalidades compatíveis, contrárias ou contraditórias e que o definem no seu percurso. Então, Bertrand (2003, p. 367) afirma que: O passional pode ser entendido como uma variação dos estados do sujeito, permitindo depreender uma outra ordem de relações, aquelas que definem sua existência modal por meio da modalização dos enunciados de estado. Ainda segundo Bertrand (2003, p. 379), A projeção dos simulacros é a característica central da enunciação passional. Ela consiste em uma espécie de desdobramento imaginário do discurso. Nela o sujeito elabora objetos repentinamente dotados de qualidades sintáxicas

6 1 2 6 e semânticas inéditas: assim o afeto, elevado à condição de objeto, tende a tornar-se o parceiro-sujeito do sujeito apaixonado. A comunicação se estabelece então nesse segundo plano do funcionamento discursivo: na troca passional, cada um dos interlocutores dirige seus simulacros aos simulacros do outro. Para Greimas e Fontanille (1993, p. 25), a modalização do estado do sujeito, e é disso que se trata quando se quer falar das paixões, só é concebível passando pela do objeto, que se transforma em valor, se impõe ao sujeito. De acordo com Greimas e Fontanille, para falar de paixão é necessário reduzir a distância entre o conhecer e o sentir, O sentir se oferece à primeira vista como uma maneira de ser natural, anteriormente a toda marca ou graças à eliminação de toda racionalidade. Situar a paixão num além da emergência da significação, anteriormente a toda articulação semiótica, sob a forma de puro sentir, seria como captar o grau zero do vital, o parecer minimal do ser, e que constitui sua tela ôntica (1993, p. 22). O sentir é muito profundo e complexo, ultrapassa a simples combinação de conteúdos modais que se associam e se escapam. Até porque, as paixões não são propriedades exclusivas do sujeito, mas constituem o discurso inteiro, projetam-se sobre os sujeitos, sobre os objetos e sobre sua junção. Para Greimas e Fontanille (1993, p. 21), As paixões aparecem no discurso como portadoras de efeitos de sentido muito particulares; exalam como que um cheiro confuso, difícil de determinar. A interpretação que a semiótica reteve é que esse perfume específico emana da organização discursiva das estruturas modais. Aristóteles (2000, p. XL) diz que: as paixões cristalizam as relações recíprocas e fixam as imagens da própria natureza do eu no outro [...] as paixões são as respostas às representações que os outros concebem de nós, são representações em segundo grau. Então, as

7 1 2 7 paixões conseguem refletir as representações que fazemos dos outros no âmbito da imaginação ou da realidade representada. De acordo com Aristóteles (2000, p. LI), se há paixão é porque o homem não pode deixar de agir; a paixão é, conseqüentemente, a realização da práxis que avançará num sentido ou no outro, sinal do bem e do mal, portanto sempre perigosa para o homem sensato. Dessa forma, a paixão pode ser associada à liberdade, mas a liberdade pode ser positiva ou negativa, pois às vezes é perigosa. Aristóteles (2000, p. 5) conceitua paixão como todos aqueles sentimentos que, causando mudança nas pessoas, fazem variar seus julgamentos, e são seguidos de tristeza e prazer, como a cólera, a piedade, o temor e todas as outras paixões análogas, assim como seus contrários. Portanto, a paixão não é fixa, pois representa a instabilidade e inconstância dos sentimentos humanos. É possível encontrar vários tipos e denominações de paixões, mas para o trabalho em questão, vamos utilizar apenas as paixões presentes nas propagandas eleitorais do candidato Lula analisadas. A calma é uma paixão presente nos discursos de Lula tanto quando ele está figurativizado como presidente quanto quando ele está figurativizado de candidato e de acordo com Aristóteles (2000, p. XLIV), A calma é uma verdadeira paixão porque reflete, interioriza uma certa imagem que o outro forma de nós, de sorte que, ao mesmo tempo, agimos sobre ele, mantendo nossa calma a seu respeito. [...] Conduz à virtude da temperança, da reserva. A calma é a aceitação de uma relação e, com isso, constitui a melhor expressão da indiferença. Lula mostra-se também sempre muito seguro com relação ao seu governo e também com relação às propostas que podem garantir o progresso do país, essa segurança também pode ser explicada como uma paixão e nas palavras de Aristóteles (2000, p. XLIV), quanto à

8 1 2 8 segurança, provém de uma certa superioridade tanto sobre as coisas quanto sobre as pessoas, de um afastamento, suposto ou real, relativamente ao que pode ser prejudicial. A postura do candidato Lula também é dotada de muita confiança, pois ele demonstra acreditar no apoio popular que possui e faz questão também de demonstrar que não se sente intimidado pelo adversário. Essa atitude comprova a sua paixão da confiança, pois, de acordo com Aristóteles (2000, p. 35), A confiança é o contrario do temor; o que inspira confiança é o contrária do temível. [...] O que inspira confiança é o distanciamento do temível e a proximidade dos meios de salvação. E Lula está, ou pelo menos tenta se mostrar próximo do apoio popular e é deste apoio que ele necessita no momento das eleições, é este apoio que causa a confiança na sua vitória. O candidato que mais possui o apoio popular, neste momento, mais próximo está do objeto-valor poder, do objeto valor-valor vitória e do objeto-valor presidência. E para Lula entrar em conjunção com estes objetos-valor significa continuar na presidência, pois ele já é presidente, precisa apenas continuar sendo. Por isso, há uma paixão que rege as propagandas eleitorais de Lula e talvez as propagandas eleitorais em geral: a paixão pelo poder. O poder dá competência para governar, manipular, dissuadir, dissimular, mandar e agir. O poder torna o ser que o possui soberano, superior, influente, forte. Além disso, dá a esse ser autoridade e possibilidade de dominar e mandar. Todas essas competências são adquiridas quando um homem se torna presidente da república, seja esse homem quem for, ele não pode mais ser considerado um homem comum. E Lula deixou de ser um homem comum no momento em que assumiu a Presidência da República pela primeira vez e como ainda é presidente no momento da sua campanha para reeleição, ele não

9 1 2 9 perdeu seu poder adquirido. Ele é ao mesmo tempo candidato e presidente, mas é um candidato diferente dos outros, pois ele está em busca de uma forma de manutenção do seu objeto-valor. Então, na busca pelo seu objeto-valor, ele já o possui, ou melhor, ele ainda o possui, pois pode perdê-lo dependendo do resultado das eleições. Lula neste momento que precede as eleições é um ser inquieto e em conflito e pode ser descrito como o homem em busca pelo poder na definição de Fontanille no seu Dictionnaire des passions littéraires (2005, p. 267), O homem é um ser habitado pela inquietude do futuro, seu desejo traz ao que pode assegurá-lo um futuro que o satisfaça. Somente a força pode dar essa certeza, os homens são todos invadidos de poder, desejo e força, definem toda a humanidade. O candidato Lula é esse homem em busca de um futuro incerto, mas preenchido na sua totalidade por desejo enorme e de uma força incansável em busca do poder: poder para governar a nação brasileira, poder para governar o país em decadência, poder para mostrar aos adversários que é capaz de manipular os eleitores e de mostrar sua capacidade, poder para vencer as eleições e continuar por mais quatro anos como presidente do Brasil. Pode-se afirmar que esse poder desejado por Lula é uma paixão, pois esse desejo que emana de Lula se mostra tão intenso e imenso que toma conta de sua vida e de sua esposa. Lula e sua esposa Marisa são atores em busca de manutenção do objeto valor: o cargo de presidência. Esse desejo é tão grande que se torna uma paixão, pois para que esse desejo se torne paixão, é necessário que ele ocupe o homem de maneira exclusiva e excessiva, para que coloque tudo em jogo para conquistar o poder (FONTANILLE, 2005, p. 267). E por sua vez, o povo, objeto-valor necessário para que Lula detenha

10 1 3 0 o poder, também precisa manter uma relação favorável e amigável com o candidato, pois ele depende do voto da maioria da população para conseguir seu objeto-valor reeleição. Lula não consegue exercer poder sozinho, depende do apoio popular para que isto aconteça. Então, ele se reveste de figuras que o aproximam da população, em certos momentos até se mistura com seus eleitores, coloca-se no mesmo patamar que eles, torna-se um ator coletivo. Essa estratégia faz com que Lula consiga exercer um poder de fascínio sobre o povo, mesmo enquanto candidato e esse poder prévio é que o dota das competências necessárias para tentar conquistar seu objeto-valor poder, pois a paixão pelo poder pode ser definida da seguinte forma: A exerce poder sobre B à medida que ele obtém de B uma ação que B não teria feito espontaneamente. Ele insiste na relação, na reciprocidade que existe no poder. Não exercemos poder sozinhos. A partir desta constatação, imaginamos sem pena que o poder exige estratégias de persuasão. Os homens apaixonados pelo poder e que querem o conquistar devem inventar estratégias; a paixão deve se aliar à razão e à astúcia (FONTANILLE, 2005, p. 267). Na realidade, Lula se vale de estratégias publicitárias para manipular seus eleitores, pois esses eleitores de que os enunciatários de sua campanha são simulacros, são os responsáveis por ajudá-lo a entrar em conjunção com seu objeto-valor: poder. Esse objeto-valor se manifesta, para Lula, no cargo de presidente da república do Brasil. O candidato Lula, para manifestar a paixão pelo poder, demonstra ao mesmo tempo várias outras paixões que ajudam na aquisição de seu desejo maior. Lula se reveste da paixão pela calma para gerar o efeito de sentido de serenidade e maturidade, faz questão de sempre se apresentar aos seus eleitores de maneira ponderada e sensata. Afirma várias vezes a sua preocupação com o país, com os mais pobres, com a economia

11 1 3 1 brasileira, enfim, com o Brasil em geral, mas não deixa transparecer seu desejo de poder. Por isso, Lula pode ser explicado como ser semiótico enquanto homem em busca pelo poder, pois de acordo com Fontanille (2005, p. 268), O homem do poder é um ser semiótico completo. Ele pode ter nele mesmo várias paixões, não específicas da paixão pelo poder, ambição, ódio, desejo de possessões e da dominação que as compõem. Essas tensões são de ordem do querer. O despertar passional pode ser precoce e se instalar na duração. O que acontece quando queremos o poder? O objeto do poder é distante, é desejado, pois é fora do alcance no início, ele pertence a um espaço utópico, ao espaço do outro que necessitara pegar. O ato de reconciliação do poder se torna um ato de dominação e apropriação. O objeto que vai simbolizar o poder se torna propriedade daquele que a conquistou. A paixão da confiança também recobre o ator Lula durante sua campanha, pois ele se mostra confiante e seguro quanto aos seus projetos de governo para o segundo mandato, além disso, ele expõe de forma muito agradável e positiva as conquistas adquiridas durante seu primeiro mandato. Por trás dessas paixões que mascaram a paixão pelo poder e que se evidenciam de maneira positiva no discurso de Lula, têm-se outras paixões, que não se mostram e que o próprio Lula faz questão de esconder, pois são paixões consideradas negativas aos olhos de seus enunciadores. Por trás da busca pelo poder, está a paixão da ambição, pois a ambição é uma das causas da busca pelo poder. A ambição de Lula pode ser caracterizada por desejo veemente de conquistar novamente a Presidência da República, mas essa ambição não pode transparecer, pois Lula precisa conquistar a confiança do povo, então essa ambição pessoal em busca pelo poder, se exterioriza nas propagandas através de um desejo coletivo em busca de objetos-valor

12 1 3 2 positivos para o brasileiro humilde e não para a pessoa de Lula. Ele se mostra várias vezes ambicioso, mas seu desejo manifestado é de conquistar o poder para ajudar os mais pobres, gerar empregos, melhorar o atendimento público, aumentar a renda familiar, construir escolas, facilitar o acesso às universidades. Enfim, sua ambição pessoal é ocultada para dar espaço a um desejo coletivo e positivo, pois essas atitudes são benéficas para a população, não podem ser consideradas como uma aspiração pessoal na busca pelo poder. Ainda por trás dessa busca pelo poder há um desejo incessante de posse e de dominação, o ator Lula, mesmo que tente mostrar o contrário, possui tensões da ordem do querer, ele deseja possuir o cargo de presidente, todas as atribuições que esse cargo lhe possibilita e todas as possibilidades que ele pode usufruir a partir desse cargo. Como presidente do Brasil, ele se torna um homem público respeitado por todos, ou melhor, que deve ser respeitado por todos. Com o cargo a que aspira, ele passa a ser reconhecido não por ele mesmo, mas pela sua função, pelo lugar que ocupa na sociedade. E como presidente seu lugar na sociedade é privilegiado, é detentor de poder e respeito pré-adquiridos, pois pelo simples fato de ser presidente da república, um homem já é respeitado porque representa um país e porque passou pelo crivo da população. Além do querer, a passionalidade de Lula em busca pelo poder é regida por um poder-fazer. Nas propagandas o ator Lula sempre é descrito e mostrado como se possuísse todas as atribuições necessárias para tornar o Brasil um país perfeito. Na realidade cria-se um simulacro para mostrar que Lula é o único candidato capaz de melhorar o Brasil, pois ele já errou e aprendeu com seus erros, ele já fez muita coisa concreta que ajudou a melhorar o país e ele adquiriu experiência necessária para continuar governando e para continuar fazendo o país progredir. Nas propagandas tem-se uma imagem passional a

13 1 3 3 respeito de Lula, pois mesmo em posse da paixão pelo poder ele não tem o poder ilimitado, não pode fazer tudo ou qualquer coisa. De acordo com Fontanille (2005, p. 268), A imagem passional, sempre renovada, que se forma no seu espírito é aquela de um poder-fazer que se torna cada vez mais absoluto. Aquele que quer o poder se imagina, em principio, capaz de exercê-lo, mas ele não é obrigado a fazer tudo que pode, e, de toda maneira, seu poder efetivo será limitado. Limitado pela realidade, antes de tudo: existem coisas que o poder não pode obter, coisas as quais ninguém pode. Lula consegue obter o apoio e o respeito dos mais humildes, consegue obter o seu objeto-valor presidência, pelo menos conseguiu uma vez, mas não consegue obter o respeito e a admiração de uma boa parcela dos políticos e de alguns segmentos da parcela mais culta e privilegiada da população. E mesmo que não deixe transparecer, para Lula é muito importante ser reconhecido e respeitado como presidente por todos os brasileiros, pois como afirma Fontanille (2005, p. 269), Para o apaixonado pelo poder, o julgamento do outro ou dos outros, é essencial: ou ele é rejeitado, pois suas estratégias não são eficazes; ou ele adquire o consentimento, e está no caminho do triunfo. Lula está e se considera no caminho do triunfo porque já foi eleito e está tentando pela segunda vez, mas, mesmo assim, não possuiu a aprovação de toda população. A paixão discursivizada tem como característica principal a projeção e operacionalização de simulacros. Dessa forma, é a paixão que comanda as estratégias intersubjetivas, pois cada sujeito pode adaptar seu discurso em função da previsibilidade passional de seu enunciatário. Voltando ao nosso objeto de estudo, a publicidade da campanha eleitoral de Lula, para chegar ao apaixonamento do enunciatário eleitor privilegia principalmente a fase da manipulação e se utiliza da tentação

14 1 3 4 e da sedução para despertar no enunciatário a confiança necessária para que Lula entre em conjunção com seu objeto-valor. Nesse sentido, a confiança também pode ser entendida como uma paixão que se constrói e se manifesta no discurso, essa paixão da confiança aparece como uma condição para que o discurso seja considerado verdadeiro. A confiança é amparada na autoridade daquele que enuncia, seja pelo seu prestígio ou posição social, seja pela simpatia. E como afirma o próprio Greimas (1983, p. 116), crer é confiar. REFERÊNCIAS ARISTÓTELES. Retórica das paixões. São Paulo: Martins Fontes, BARROS, D. L. P. de. Teoria do discurso: fundamentos semióticos. 3. ed. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, BERTRAND, D. Caminhos da semiótica literária. São Paulo: EDUSC, FONTANILLE, J. Dictionnaire des passions littéraires. Paris: Belin, GREIMAS, A. J. Sobre o sentido: ensaios semióticos. Tradução de Ana Cristina Cruz Cezar et al. Petrópolis: Vozes, GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de semiótica. Tradução de Alceu Dias Lima et al. São Paulo: Cultrix, GREIMAS. A. J.; FONTANILLE, J. Semiótica das paixões: dos estados de coisas aos estados de alma. Tradução de Maria José Rodrigues Coracini. São Paulo: Ática, 1993.

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