Prof. Gustavo Santos Medicina 4º Bloco RESPOSTA NEUROENDÓCRINA E METABÓLICA AO TRAUMA
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1 Prof. Gustavo Santos Medicina 4º Bloco RESPOSTA NEUROENDÓCRINA E METABÓLICA AO TRAUMA
2 Trauma
3 Trauma Agressão Natureza física Politraumatismo Frio Choque elétrico Cirurgias Natureza biológica Infecções Natureza emocional Ansiedade Depressão
4 Trauma Ato cirúrgico Agressão controlada Incisão cirúrgica Morte de células Ruptura de vasos sanguíneos Descolamento de tecidos Destruição / manipulação / cauterização de tecidos Exposição / manuseio de estruturas nobres Comunicação do meio interno com externo Perda de calor, líquidos, sangue
5 O Organismo Frente ao Trauma Comportamento semelhante frente a traumas Independente da causa / origem As respostas diferem dependendo de: Intensidade Duração Natureza Resposta modelada pela seleção natural / evolução
6 A Resposta ao Trauma Finalidade Recuperar o equilíbrio perdido Reparo dos danos causados / Cicatrização Manutenção da homeostasia Combate a infecções Ações deletérias - Respostas excessivas / descontroladas Respostas sistêmicas / não específicas Danos a tecidos normais Disfunção orgânica Potencialmente graves! Risco de Óbito!
7 Exemplos de Ações Benéficas/ Deletérias RESPOSTA À INJÚRIA BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS RISCOS FISIOLÓGICOS Aumento da FC Manter a PA e a perfusão Hipertensão e isquemia miocárdica Aumento do débito Manter perfusão tissular Arritmias cardíaco Retenção de sódio e água livre Mantém o volume intravascular Hiponatremia, hipervolemia, EAP, ICC, trocas gasosas Hiperglicemia Catabolismo Aumento da adesividade plaquetária Aumento da oferta de substrato Aumenta a oferta do substrato Hemostasia Hiperglicemia, diurese osmótica, hiperosmolaridade Desnutrição, miólise, atrofia de vilosidades intestinais Trombose, embolia
8 A Resposta ao Trauma Complexa interrelação de sistemas e substâncias Eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal Sistema nervoso autônomo Sistema hormonal (somatotrópico, tireóideo, gonadal, lactotrófico) Mediadores com ações locais e sistêmicas Citocinas (Interleucinas, TNF, NO, IGF, PAF,...) Cortisol Sistema complemento Resposta Neuro- Endócrina
9 Fases da Recuperação do Trauma Fase de injúria (do trauma / agressão até 1 a 7 dias) Mobilização de gordura corporal para cobrir as necessidades energéticas Fase de supressão (até o 14º dia) Ferida adquire integridade Peristaltismo retoma atividade Diurese aumentada Fase anabólica (2 a 5 semanas) Anabolismo protéico ( N 3~5g/dia = 18~30g de proteína = 90~150g de tecido) Fase Catabólica Anabolismo lipídico Ü período final da convalescença Ü aumento de peso corporal
10 Resposta Metabólica ao Trauma Fatores desencadeantes Redução da PA e volume arterial Mudanças na osmolaridade Modificações do ph Conteúdo arterial de oxigênio Dor Ansiedade Mediadores tóxicos (infecção, injúria tecidual)
11 Interessante!! Trauma físico = psicológico Dor estímulo para o sistema neuro-endócrino projeções de fibras nociceptivas periféricas para o SNC estimulação do tálamo e hipotálamo Emoção, ansiedade (percepção ou ameaça de injúria) Sist. límbico Núcleos hipotalâmicos e encefálicos inferiores Respostas similares
12 Respostas Inflamatória Resposta imune Reparação de tecidos Remoção de restos necróticos Endócrina / Metabólica Eixos com feedback negativo
13 Resposta Inflamatória Interleucinas 1, 6 e 8: pro-inflamatórias Interleucinas 4 e 10: anti-inflamatórias TNF-α : pro-inflamatório Cortisol (eixo HHA > ACTH) Controle negativo da resposta inflamatória e imune prevenção de resposta exagerada Estimula glicogênese e lipólise, inibe a síntese proteica Uso terapêutico
14 Resposta Endócrina / Metabólica Aumento da disponibilidade de nutrientes Direcionamento a órgãos vitais Diminuição do catabolismo ADR / GH / IGF / T3 / TSH
15 Resposta Endócrina / Metabólica Glucagon originado pela ADR plasmática e pelo da atividade simpática Persiste até a convalescença Insulina Principal hormônio anabolizante Secreção reduzida (catecolaminas) Meia-vida reduzida Ação periférica bloqueada
16 Resposta Endócrina / Metabólica
17 Resposta Endócrina / Metabólica Resposta exagerada deletéria Diminuição da síntese protéica Miólise, atrofia muscular, piora da ventilação pulmonar Atrofia de vilosidades intestinais (translocação bacteriana) Comprometimento da cicatrização Comprometimento imune Hiperglicemia, hipercalcemia, perda de água intracelular
18 Eixo Autonômico Controle mais rápido Influencia e é influenciado pelos outros sistemas Efeito direto (negativo) sobre sistema imune Componente humoral: ADR, NOR
19 Eixo Autonômico Ação das catecolaminas: Metabólicas: Estímulo à glicogenólise, gliconeogênese Liberação de aminoácidos pelo tecido muscular Hormonais: Insulina ACTH e Glucagon Hemodinâmicas: Estimulação cardíaca Vasoconstrição
20 Eixo Autonômico Consequências indesejáveis: Íleo adinâmico Hipertensão arterial Arritmias Isquemia miocárdio Diminuição de perfusão renal
21 Sistema Renina-Angiotensina- Aldosterona Aldosterona Secreção pelo córtex adrenal aumentada até alguns dias pós-op Diminuição da excreção renal de Na +, HCO 3 - e água Urina com ph diminuído e perda de K + Expansão do volume
22 Eixos / Sistemas / Susbstâncias Complexa interrelação Inúmeras ações ainda desconhecidas Feedbacks e estímulos
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25 Reação Deletéria Máxima - SIRS Quando a reação se torna deletéria e sistêmica Sinais T>38ºC ou T<36ºC fc > 90bpm fr > 20ipm ou PaCO 2 < 32mmHg Leuc > ou <4.000 Gravidade 2 ou mais efeitos sistêmicos
26 Importância Conforto / Bem-estar Confiança / Segurança Satisfação Previnir complicações Tratar pacientes graves com mais eficiência Diminuir mortalidade
27 F I M Fontes: Técnica Operatória e Cirurgia Experimental Ruy Garcia Marques Técnica cirúrgica - 4ª ed. Fábio Schmidt Goffi
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