PLURALIDADE DE PARTES. CUMULAÇÃO SUBJETIVA ou LITISCONSÓRCIO

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1 PLURALIDADE DE PARTES CUMULAÇÃO SUBJETIVA ou LITISCONSÓRCIO

2 Litisconsórcio Haverá litisconsórcio quando no mesmo pólo da relação jurídica processual houver duas ou mais pessoas figurando como partes (dois ou mais autores, dois ou mais réus)

3 LITIS + CON + SÓRCIO: - o prefixo con= comum; - litis no sentido de lide, mas adaptando: processo, ou melhor ainda, interesse litigioso; - sórcio= sorte. Litisconsortes são pessoas que têm interesse comum no mesmo processo, têm elos porque podem ter o mesmo destino no mesmo processo não obstante isso não seja posto como idéia absoluta

4 Litisconsórcio -classificações 1) levando-se em conta a localização dos litisconsortes no processo: -se estão posicionados no pólo ativo, fala-se em litisconsórcio ativo -se estão no pólo passivo, fala-se em litisconsórcio passivo -litisconsórcio em ambos os pólos, fala-se em litisconsórcio bilateral(há quem o chame de misto, mas não é isso que misto significa, eis que no que é misto há integração de elementos)

5 2) levando-se em conta o momento da formação do litisconsórcio: - original ou inicial: instaurado no momento da formação do processo, do ajuizamentodademanda-éomaiscomum - posterior ou ulterior: aquele que se forma no curso do processo, depois que já está instaurado - é mais raro e geralmente decorre de intervenção de terceiros

6 Ex.1: obrigação solidária 3 sujeitos devem a 1 credor o credor pode cobrar dos 3, de 2 ou de apenas 1 Se o credor entra com ação apenas contra um e ganha -pode executar a sentença contra os outros 2? Não, eis que não foram parte (475, CPC). Por outro lado, se apenas um paga sozinho, tem direito a voltar-se contra os outros 2, mas se for condenado em ação em que só ele foi parte, não poderá fazê-lo! Então é melhor que ele chame os outros 2 ao processo: o réu, eleito como tal pelo autor, traz para o processo o outro devedor solidário. Então quando a ação foi ajuizada havia 1 autor e 1 réu. Com o chamamento, o pólo foi alterado: litisconsórcio passivo ulterior!

7 Ex. 2: Jonas move reivindicatória na qual Carolina é ré. Litigam sobre quem seja o titular de direito sobre o imóvel. Rodrigo entra no processo: nem de Jonas nem de Carolina! Oposição incidental! Quem são réus na oposição? Carolina e Jonas (adversários em ação e litisconsortes na oposição!!) - Litisconsórcio passivo ulterior

8 3) levando-se em conta a quantidade de litisconsortes: - multitudinário: aquele formado por uma quantidade considerável de pessoas. Quando o litisconsórcio multitudinário é ativo, os problemas que virão serão práticos, e não jurídicos: se 40 pessoas resolvem impetrar MS - ex: 40 servidores públicos prejudicados por um ato da chefia - não fica mais barato os 40 entrar com MS num mesmo processo? Sim. É possível identificar os 40? Sim. É possível pegar procuração dos 40? Sim. A inicial ficará bem volumosa, mas processualmente sei quem são as partes.

9 Art. 46. Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.(incluído pela Lei nº 8.952, de )

10 Problema: você tem uma Fazenda e 300 famíliasinvadem a Fazenda -quantidade enorme de pessoas -você entra com Reintegração de Posse -pelo CPC o autor tem que dar a qualificação completa de todos os réus -como qualificar? Várias alternativas: identificar um só e pedir que seja expedido mandado e o Oficial de Justiça vai identificando, citação por edital, enfim, é um problema sem solução no CPC, já que essa ação deveria ser coletiva -Ex.: se o MST fosse pessoa jurídica regularizada você não processaria o invasor, e sim o movimento. Fato: o CPC autoriza a limitação do litisconsórcio multitudinário, embora não use essa expressão -art. 46, parágrafo. Só que o art. 46 trata do facultativo. Então só é possível limitar litisconsórcio multitudinário quando ele for facultativo. Se o litisconsórcio é necessário e há necessidade de 2001 litisconsortes, só 2000 não é necessário -o processo é nulo!!!!

11 4) levando-se em conta a uniformidade do julgamento em relação aos litisconsortes - litisconsórcio unitário: a solução será a mesma para todos Ex: relação jurídica matrimonial é incindível, indivisível -quando for dividida desaparecerá -divórcio, morte, declaração de nulidade, etc). Se o MP promover ação declaratória de nulidade de casamento, quem serão os réus? Marido e mulher. Qual será o resultado? Qualquer que seja, será igual para ambos os réus-não poderá ser diverso - não unitário (eventual): a solução poderá ser diferente para os litisconsortes: ex: ação de cobrança de dívida solidária

12 a unitariedade do litisconsórcio resulta da incindibilidade da relação jurídica entre os litisconsortes. Você não sabe se ele é unitário ou não esperando o resultado. Pode ser unitário e pode não ser -se não era e todos ganharam, foi uma coincidência, por isso diz que o não unitário é eventual

13 5) levando-se em conta a exigência ou não de participação de todos os interessados no processo - litisconsórcio necessário: é aquelequeexigea participaçãode todosnarelaçãolitigiosasob pena de nulidade do processo - Litisconsórcio facultativo: faculdade é uma permissão que o contrato ou a lei confere a alguém. A lei permite que em alguns casos haja litisconsórcio, caso haja interesse em sua formação. Essa formação atende ao P. da economia processual - ao invés de 2 audiência,umasó,aoinvésde2oitivas,umasó!

14 Litisconsórcio facultativo: entre os litisconsortes deve sempre haver uma ligação, e quem estabelece esse elo é o CPC, em seu art. 46. Logo, é facultativo, sim, desde que na situação estabelecida em lei! São elas:

15 Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I -entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide: mesmo direito comum ex: condomínio, composse, devedores solidários

16 II -os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito: Mesma fonte geradora de direitos Ex.: 3 pessoas na paulista -ponto de ônibus -mendigo se dirige a um passageiro -policial assiste -os 3 são atropelados -cada um tem direito pessoal de ser indenizado, embora a fonte geradora (ato ilícito) seja a mesma. O réu poderá alegar conexão? Sim - causa de pedir é a mesma. Art o juiz reunirá os processos na mesma vara -então é melhor reunir os 3 num processo só como litisconsortes.

17 III -entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; Causas conexas pelo objeto (pedido) ou causa de pedir

18 - se lhe fosse dado o poder de revogar um inciso do art. 46, qual você revogaria? II -conexão pela causa de pedir (fonte geradora) III -conexão pela causa de pedir ou do pedido

19 IV -ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito: tudo o que cabe nos outros 3 cabe no IV!! Esse rol não é científico, é pedagógico! O legislador não precisaria ter colocado nenhum dos incisos, bastaria dizer que há litisconsórcio quando há qualquer ponto comum

20 Litisconsórcio necessário A relação que vincula os litisconsortes é jurídica. Ou todos participam ou o processo é nulo! Se está-se debatendo em juízo relação jurídica que envolva 10 pessoas, as 10 DEVEM estar em juízo. Se essa relação for incindível o litisconsórcio é necessário e unitário, o que não quer dizer que todo litisconsórcio necessário seja unitário!

21 Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo. Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo.

22 litisconsórcio necessário é aquele que exige a participação de todos na relação litigiosa, sob pena de nulidade do processo

23 Exemplo 1: A e B são possuidores de uma área. Eu invado a área. Qual dos dois pode entrar com a reintegração? Os dois ou qualquer deles individualmente - logo, esse litisconsórcio é facultativo. Se os dois entrarem em juízo o juiz não poderá julgar procedente em relação a um e improcedente em relação ao outro: o litisconsórcio é unitário!

24 Exemplo 2: Vários terrenos vizinhos -imóvel do meio é objeto de usucapião -CPC: todos os confrontantes serão citados como réus: litisconsórcio necessário por força de lei! Nesse caso, entretanto, não há unitariedade, eis que o resultado não será igual para todos: se o juiz julgar procedente, ele poderá julgar procedente em parte? Um dos réus não se opõe, mas outro sim -a sentença poderá ser diferente em relação a ele!

25 -em resumo: litisconsórcio será necessário e unitário quando houver relação incindível!! -em provas em geral: letra da lei, ou seja, necessário = unitário! todo litisconsórcio necessário é unitário

26 Problema: litisconsórcio necessário ativo quando o litsé necessário passivo, não há problema algum: basta que o autor indique todos os réus -se não indicar, juiz não pode agir de ofício e trazer o 3o. ao processo ("iussuiudicis") -se o autor não requerer a citação, ele extinguirá o processo o problema surge quando o litisconsórcio é ativo: A e B adquirem galpão ainda na planta. Quando está edificado, vão utilizá-lo para colocar mercadorias. Vão medi-lo e falta área: compraram galpão maior e receberam menor. Pode-se entrar com ação edilícia redibitória para desfazer o negócio ou ação edilícia estimatóriaou quanti minoris, em que se pede abatimento de preço. São objetivos diferentes! Pode um dos compradores entrar com a redibitória e o outro com estimatória? Ou ambos pedem a mesma coisa, ou não tem jeito!! Os DOIS tem que entrar com ação. E se um só quiser? 3 posições:

27 1a.: aquele que quiser entrar com a ação e encontrar resistência entra com a ação assim mesmo e pede para que o outro seja citado para ser autor 2a.: pede para que o outro seja citado para ser litisconsorte do réu! 3a.: Dinamarco: não há como se forçar alguém a ser autor: as duas correntes estão equivocadas. Se houver resistência de um deles, não pode haver processo -o que entende ter sofrido prejuízo é que deve entrar com perdas e danos!!!!

28 Relações litisconsorciais Art. 48: estabelece o princípio processual que vai reger as relações litisconsorciais, ou seja, como os litisconsortes serão tratados no processo: P. da Autonomia dos Litisconsortes

29 Art. 48. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros. não se estendem benefícios ou prejuízos de um litisconsorte para outro Art. 49. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo e todos devem ser intimados dos respectivos atos.

30 o que o CPC diz é que cada litisconsorte será tratado no processo como litigante distinto dos demais, de tal modo que aquilo que um faça ou deixe de fazer, somente a ele beneficia ou prejudique! - Tratamento INDIVIDUALIZADO não se estendem benefícios ou prejuízos de um litisconsorte para outro. Ex: 2 réus: um contesta, o outro não. Há revelia para o que não contestou a regra da incomunicabilidade de prejuízos é ABSOLUTA. A de incomunicabilidade de benefícios é RELATIVA

31 E a revelia? Art Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor. Art A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente: I -se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;

32 o art. 319 fala do efeito mais grave da revelia: consideram-se verdadeiros os fatos alegados na inicial -o réu perderá a causa. Aí vem o 320, I: não se aplicam os efeitos da revelia ao réu revel quando, havendo pluralidade de réus (litis passivo) UM DELES houver contestado -a contestação dele aproveita ao revel?! Não! Esse 320, I deve ser interpretado restritivamente em cotejo com o 48: se um contestou e o outro é revel, AZAR do revel - não aproveita. Aplica-se o 320, I, excepcionalmente, quando o litisconsórcio for unitário ou a defesa for comum!!!só em caso de UNITÁRIO OU DEFESA COMUM!!!! Deve-se interpretar restritivamente, remetendo-se ao 48! caso concreto: fulano, subindo uma ladeira íngreme com um fusca -na contramão vem um ônibus em alta velocidade -não há como evitar o choque -ele entrou com indenizatória contra o motorista e a empresa -lits passivo facultativo. O motorista réu ficou revel, a co-réconstestoue alegou e provou que o motorista, no dia dos fatos, compareceu à garagem bêbado e foi suspenso pelo seu superior -inconformado ele agrediu fisicamente o gerente e foi demitido no ato! Ele fugiu e saiu com o ônibus, tendo entrado na contramão e afins. Em que medida isso beneficia o revel? EM NADA

33 Caso concreto 2: A e B são meus devedores solidários -posso cobrar só de A ou só de B, ou de ambos. Se eu resolver cobrá-los ambos o lits é passivo facultativo não unitário (há defesas pessoais!!!) -processo os dois, um fica revel e o outro prova que PAGOU TUDO defesa comum - aproveitará ao revel!!!

34 Lembrar do art. 509, CPC Art O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor Ihes forem comuns.

35 - art. 509: se um litisconsorte recorre e o recurso é PROVIDO, o provimento aproveita aos demais, salvo se seus interesses são distintos ou antagônicos! - em resumo: cada litisconsorte será tratado no processo como litigante distinto dos demais litisconsortes,desortequeoqueelefazoudeixade fazer, só a ele prejudica ou beneficia. NUNCA, jamais o que o litisconsorte deixar de fazer prejudicará o outro. QUASE NUNCA o que o litisconsorte fizer beneficiará o outro, mas isso poderá ocorrer.

36 ASSISTÊNCIA Arts. 50 a 55, CPC

37 Tem-se assistência quando o terceiro, na pendência de uma causa entre outras pessoas, tendo interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes, intervém no processo para prestar-lhe colaboração

38 Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra.

39 Pressupostos de admissibilidade da assistência a) Existência de uma relação jurídica entre uma das partes do processo e o terceiro (assistente) b) Possibilidade de a sentença influir na relação jurídica entre eles

40 Modalidades de assistência: Simples (adesiva): interesse do assistido é indireto (ex: ação de despejo entre locador e locatário) Litisconsorcial: interesse do assistido é direto (ex: ação reivindicatória promovida por um dos condôminos, sendo facultativo o litisconsório, pode outro condômino ingressar na demanda como assistente do autor)

41 Poderes e ônus processuais Art. 52. O assistente atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. Parágrafo único. Sendo revel o assistido, o assistente será considerado seu gestor de negócios.

42 Art. 53. A assistência não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação ou transija sobre direitos controvertidos; casos em que, terminando o processo, cessa a intervenção do assistente.

43 Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez que a sentença houver de influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. Parágrafo único. Aplica-se ao assistente litisconsorcial, quanto ao pedido de intervenção, sua impugnação e julgamento do incidente, o disposto no art. 51.

44 Procedimentos cabíveis e limite temporal para admissão Assistência tem lugar em qualquer tipo de procedimento (ordinário e sumário), mas não cabe nos Juizados Especiais Após a citação do réu e até o trânsito em julgado da sentença (se o processo está em segundo grau de jurisdição a assistência faz-se por meio de recurso de terceiro prejudicado, art. 499, CPC)

45 Art. 51. Não havendo impugnação dentro de 5 (cinco) dias, o pedido do assistente será deferido. Se qualquer das partes alegar, no entanto, que falece ao assistente interesse jurídico para intervir a bem do assistido, o juiz: I -determinará, sem suspensão do processo, o desentranhamento da petição e da impugnação, a fim de serem autuadas em apenso; II - autorizará a produção de provas; III -decidirá, dentro de 5 (cinco) dias, o incidente.

46 Efeitos da decisão sobre o assistente: Art. 55. Transitada em julgado a sentença, na causa em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: I -pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declarações e atos do assistido, fora impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II -desconhecia a existência de alegações ou de provas, de que o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.

47 Intervenção de Terceiros Arts. 56 a 80

48 Terceiros: são pessoas estranhas à relação de direito material deduzida em juízo e estranhar à relação processual já constituída mas que, sujeitos de uma relação de direito material que àquela se liga intimamente, intervêm no processo sobre a mesma relação, a fim de defender interesse próprio ou, ainda, um interesse metaindividual ou institucional (Moacyr Amaral in Primeiras Linhas, p. 44)

49 Modalidades de intervenção de terceiros a) Provocada (coacta) Nomeação à autoria Chamamento ao processo Denunciação da lide b) Voluntária (espontânea) Assistência Oposição Amicus curiae

50 1.Nomeação à Autoria (arts. 62 a 68) Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor. Art. 63. Aplica-se também o disposto no artigo antecedente à ação de indenização, intentada pelo proprietário ou pelo titular de um direito sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro.

51 É o ato pelo qual o possuidor ou o detentor da coisa demandada nomeia ao autor o proprietário ou o possuidor indireto da mesma, a fim de afastar de si as conseqüências da demanda É ato exclusivo do réu, e obrigatório

52 Objetivo: Correção do pólo passivo, acertamento da letigimidade ad causam passiva

53 procedimento Art. 64. Em ambos os casos, o réu requererá a nomeação no prazo para a defesa; o juiz, ao deferir o pedido, suspenderá o processo e mandará ouvir o autor no prazo de 5 (cinco) dias. Limite temporal: prazo da contestação Art. 65. Aceitando o nomeado, ao autor incumbirá promoverlhe a citação; recusando-o, ficará sem efeito a nomeação. Art. 66. Se o nomeado reconhecer a qualidade que Ihe é atribuída, contra ele correrá o processo; se a negar, o processo continuará contra o nomeante.

54 Art. 67. Quando o autor recusar o nomeado, ou quando este negar a qualidade que Ihe é atribuída, assinar-se-á ao nomeante novo prazo para contestar. Art. 68. Presume-se aceita a nomeação se: I -o autor nada requereu, no prazo em que, a seu respeito, Ihe competia manifestar-se; II -o nomeado não comparecer, ou, comparecendo, nada alegar.

55 Tríplice concordância Do réu (nomeante), que faz a nomeação Do autor Do nomeado

56 sanções Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação: I -deixando de nomear à autoria, quando Ihe competir; II -nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada.

57 2. Chamamento ao processo (arts. 77 a 80) Objetiva a inclusão do devedor principal ou dos coobrigados pela dívida (chamados) para integrarem o pólo passivo da relação já existente, a fim de que o juiz declare, na mesma sentença, a responsabilidade de cada um

58 Hipóteses de admissbilidade: Art. 77. É admissível o chamamento ao processo: I -do devedor, na ação em que o fiador for réu; II -dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles; III -de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum.

59 Procedimento a ser observado Art. 78. Para que o juiz declare, na mesma sentença, as responsabilidades dos obrigados, a que se refere o artigo antecedente, o réu requererá, no prazo para contestar, a citação do chamado. Art. 79. O juiz suspenderá o processo, mandando observar, quantoàcitaçãoeaosprazos,odispostonosarts.72e74. Art. 80. A sentença, que julgar procedente a ação, condenando os devedores, valerá como título executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na proporção que Ihes tocar.

60 3. Oposição Intervenção de terceiro em demanda alheia com o objetivo de haver para si o bem jurídico disputado, excluindo-se autor e réu. Ex: em ação reivindicatória entre A e B, C, considerando-se verdadeiro titular do domínio, ingressa com oposição

61 Hipótese de admissibilidade Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.

62 Finalidade Economia processual

63 Procedimento Art. 57. O opoente deduzirá o seu pedido, observando os requisitos exigidos para a propositura da ação (arts. 282 e 283). Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa dos seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias. Parágrafo único. Se o processo principal correr à revelia do réu, este será citado na forma estabelecida no Título V, Capítulo IV, Seção III, deste Livro. Art. 58. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente. Art. 59. A oposição, oferecida antes da audiência, será apensada aos autos principais e correrá simultaneamente com a ação, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.

64 Art. 60. Oferecida depois de iniciada a audiência, seguirá a oposição o procedimento ordinário, sendo julgada sem prejuízo da causa principal. Poderá o juiz, todavia, sobrestar no andamento do processo, por prazo nunca superior a 90 (noventa) dias, a fim de julgá-la conjuntamente com a oposição. Art. 61. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar.

65 4. Denunciação da lide Ação regressiva, in simultaneus processus, sendo citada como denunciada aquela pessoa contra quem o denunciante tem uma pretensão indenizatória ou de reembolso caso venha a sucumbir na ação principal

66 Finalidade Economia processual

67 Hipóteses de Cabimento Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: I -ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; (obrigatória também por força do art. 456, CC) II -ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; III -àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a

68 Evicção: perda total ou parcial de uma coisa, em virtude de sentença, que a atribui a outrem, por direito anterior ao contrato, de onde nascerá a pretensão do evicto

69 Procedimento Art. 71. A citação do denunciado será requerida, juntamente com a do réu, se o denunciante for o autor; e, no prazo para contestar, se o denunciante for o réu. Art. 72. Ordenada a citação, ficará suspenso o processo. 1 o -A citação do alienante, do proprietário, do possuidor indireto ou do responsável pela indenização far-se-á: a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 (dez) dias; b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 (trinta) dias. 2 o Não se procedendo à citação no prazo marcado, a ação prosseguirá unicamente em relação ao denunciante.

70 Denunciação sucessiva Art. 73. Para os fins do disposto no art. 70, o denunciado, por sua vez, intimará do litígio o alienante, o proprietário, o possuidor indireto ou o responsável pela indenização e, assim, sucessivamente, observando-se, quanto aos prazos, o disposto no artigo antecedente.

71 Art. 75. Feita a denunciação pelo réu: I -se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o denunciado; II -se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que Ihe foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até final; III -se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante prosseguir na defesa. Art. 76. A sentença, que julgar procedente a ação, declarará, conforme o caso, o direito do evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos, valendo como título executivo.

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