Educação em saúde. BRASIL, Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, 2006.
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- Manuella Sales Aleixo
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2 Educação em saúde Processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população e não a profissionalização ou carreira na saúde. 2 - É também o conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas necessidades. Notas: 1. A educação em saúde potencializa o exercício do Controle Social sobre as políticas e os serviços de saúde para que estes respondam às necessidades da população. 2. A educação em saúde deve contribuir para o incentivo à gestão social da saúde. BRASIL, Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, 2006.
3 Atenção Básica à Saúde Estratégia organizativa da atenção à saúde, definida pelos princípios e diretrizes que esses serviços devem proporcionar, quais sejam: atenção generalizada, sem restrição a grupos de idade, gênero ou problemas de saúde; atenção acessível, integrada e continuada, trabalho em equipe; atenção centrada na pessoa e não na enfermidade; atenção orientada à família e à comunidade; atenção coordenada, incluindo o acompanhamento do usuário nos outros níveis de atenção, e apoio constante aos usuários nos aspectos relacionados à saúde e bem-estar. Starfield apud Mendonça et. Al, 2002.
4 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO TULO VIII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL SEÇÃO II DA SAÚDE ART AS AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE INTEGRAM UMA REDE REGIONALIZADA E HIERARQUIZADA E CONSTITUEM UM SISTEMA ÚNICO, ORGANIZADO DE ACORDO COM AS SEGUINTES DIRETRIZES: I - DESCENTRALIZAÇÃO, COM DIREÇÃO ÚNICA EM CADA ESFERA DE GOVERNO; II - ATENDIMENTO INTEGRAL, COM PRIORIDADE PARA AS ATIVIDADES PREVENTIVAS, SEM PREJUÍZO DOS SERVIÇOS ASSISTENCIAIS; III - PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
5 LEI Nº N 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 DOU DE 20/09/1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências Artigo 2º, 3º: A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. Parágrafo Único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
6 FITOTERAPIA EM SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006: A Fitoterapia é um recurso terapêutico caracterizado pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas e que tal abordagem incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social.
7 FITOTERAPIA EM SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos O objetivo geral desta Política é garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional.
8 MULTIPLICIDADE DE OLHARES Terapêutico Antropológico Pedagógico Econômico Ecológico Eficácia, segurança Resgate de saberes Troca de saberes, prevenção de doenças, alimentação Agricultura, indústria Biodiversidade
9 O QUE É UMA PLANTA MEDICINAL???? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é qualquer planta, que administrada por qualquer forma e por qualquer via, exerce algum tipo de ação farmacológica. Podendo ser usada diretamente na terapêutica, na forma de preparações ou como matéria-prima para extração de princípios ativos.
10 PESQUISA EM ETNOBOTÂNICA A pesquisa em etnobotânica baseia-se em dois pontos principais: > A coleta de plantas > A coleta de informações sobre o uso destas plantas Quanto mais detalhadas forem as informações, maiores serão as chances de a pesquisa trazer subsídios de interesse para se avaliar a eficácia e a segurança do uso de plantas para fins terapêuticos.
11 DROGA VEGETAL Planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. RDC nº 48, de 16/03/2004.
12 MEDICAMENTO FITOTERÁPICO Medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos do seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. RDC nº 48, de 16/03/2004.
13 PRINCÍPIOS ATIVOS Constituintes químicos com a capacidade de produzir uma ação ou efeito terapêutico ao organismo humano e também dos animais. PLANTA ÁGUA MINERAIS LUZ SOLAR GÁS CARBÔNICO OXIGÊNIO SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS METABÓLITOS PRIMÁRIOS METABÓLITOS SECUNDÁRIOS (PRINCÍPIOS ATIVOS)
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15 RAIO X DO CORAÇÃO NO SUL Pesquisa divulgada no 60º Congresso Nacional de Cardiologia, realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, Porto Alegre, setembro de Fonte: Jornal Correio Riograndense, 21/09/2005, p. 7. HIPERTENSÃO 30,4% COLESTEROL 24,3% TABAGISMO 25,2% SEDENTARISMO 77,4% OBESIDADE ABDOMINAL: HOMENS 15% MULHERES 21%
16 USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS GRIPE/BRONQUITE GUACO Mikania glomerata Princípios ativos: Glicosídeos, Resinas, Taninos, Óleo essencial (mirceno), Saponinas e Guacosídeos (cumarinas), Ácidos orgânicos, Pigmentos e Substâncias amargas.
17 USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DORES DE CABEÇA MIL EM RAMA Achillea millefolium Princípios ativos: Óleos essenciais (Cânfora, Azuleno, Cineol, Pineno e Cariofileno), Flavonóides, Ácido fenólico, Ácido aquiléico, Aquineína, Cumarinas, Aquilina (substância amarga), Resinas, Aspargina, Fitosterina, Mucilagens, Taninos, Saponinas e Sais minerais.
18 USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS HIPERTENSÃO/SISTEMA NERVOSO Princípios ativos: MELISSA Melissa officinalis Ácido rosmarínico, caféico e clorogênico, ácidos triterpenos, sesquiterpenos, taninos, glicosídeos flavônicos, materiais resinosos, alcóois (citronelol, linalol, geraniol) e Óleos essenciais (citral, citronelal).
19 USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DIABETES Princípios ativos: Glicosídeos, Flavonóides (quercitina), Ácidos orgânicos (tartárico), Pigmentos, Mucilagens, Taninos, Sais minerais, Esteróis, Pinitol, Colina, Cumarinas. PATA DE VACA Bauhinia forficata
20 USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS COLESTEROL/HIPERTENSÃO/DIABETES/PROBLEMAS DIGESTIVOS Princípios ativos: ALCACHOFRA Cynara scolymus Flavonóides (luteol), Taninos, Mucilagens, Cinarosídeo, Cinaropectina, Cinarina, Ácido caféico, Glicosídeos, Fósforo, Potássio, Sódio, Cálcio, Silício, Ferro, Cloro, Enxofre, Magnésio, Proteínas, Vitamina A, B1, B2 e C.
21 USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS ALERGIAS CALÊNDULA Calendula officinalis Princípios ativos: Óleo essencial (amarelo), Carotenóides, Mucilagens, Flavonóides, Resinas, Vitamina C, Saponinas, Glicosídeos, Fitosterina e Taninos.
22 USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS DOR DE GARGANTA Princípios ativos: TANSAGEM Taninos, Sais minerais (principalmente enxofre), Glicosídeo (Acubina), Ácido sílico, Ácidos orgânicos, Saponinas, Fenóis, Mucilagens (xilose, galactose e ácido galacturônico) e Vitamina C. Plantago major
23 PROCESSOS EXTRATIVOS INFUSÃO DECOCÇÃO MACERAÇÃO
24 FORMAS DE USO XAROPE SUCO OU SUMO TINTURA ALCOOLATURA TINTURAS VINOSAS OU VINHO MEDICAMENTOSO VINAGRES AROMATIZADOS AZEITE AROMATIZADO ÓLEOS COMPRESSA CATAPLASMA POMADA OU CREME UNGÜENTO PÓS
25 CUIDADOS AO USAR PLANTAS MEDICINAIS 1- Utilizar plantas conhecidas 2- Em que parte da planta está o remédio 3- Forma correta de preparação 4- Plantas tóxicast 5- Bom senso
26 CONHECER SENTIR FAZER a) Matemática: Contagem de sementes, medição dos canteiros. b) Língua Portuguesa: Escrevendo corretamente o nome das plantas e colocando tabuletas para identificar os cultivos. Lendo sobre as necessidades da planta como água, solo, etc. c) Ciências: O solo é formado durante milhões de anos, mediante intemperismos sobre as rochas e ação de microorganismos; as minhocas auxiliam na reciclagem de nutrientes; insetos benéficos e pragas; partes do vegetal; a liberação de oxigênio pelas plantas, etc.
27 CONHECER SENTIR FAZER d) Preservação do Meio Ambiente: Reciclando caixinhas de leite e garrafas pet, para o plantio de espécies; fazendo a compostagem do lixo orgânico; utilização racional da água. e) Comunicação: O plantio sociabiliza a criança, estimulando ela a se relacionar com os pais, irmãos ou coleguinhas, criando vínculos afetivos; interagindo com o ambiente a sua volta. f) Desenvolvimento do raciocínio e responsabilidades: Observando a planta, anotando os dados do seu pequeno cultivo, tais como emergência de plântulas, floração, frutificação, irrigando as plantas e,
28 CONHECER SENTIR FAZER formulando hipóteses sobre o sucesso ou insucesso do pequeno empreendimento. g) Desenvolvimento da motricidade: Estimula a criança a atividades físicas e motoras, minimizando os efeitos do sedentarismo, obesidade infantil e problemas visuais devido ao uso indiscriminado de televisão, computador ou vídeo-game.
29 Desenvolver essas habilidades nos pequenos é um aprendizado para a vida. É incentivar-lhes bons sentimentos e bons hábitos.
30 Respeitar a vida na Terra É viver como ser humano. Saber dividir bons momentos, Dar valor para a chuva e o vento, Praticar os nossos talentos. Trabalhar com dignidade, Viver na diversidade, No interior e na cidade: Com plantas, seres humanos e animais. Ilse Mayer e Libra Carrer Linha Dourado; Tereza Girardi Linha Salete. Oficina sobre a Carta da Terra, Medianeira/PR, 1º/08/2006.
31 BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS GÓMEZ, J. Andrés Domíngues; AGUADO, Octavio Vázquez; PÉREZ, Alejandro Gaona (Orgs.). Tradução de Silvana Cobucci Leite. Serviço Social e Meio Ambiente, Editora Cortez, São Paulo, MORAES, Iracélis Fátima de; SUAREZ, Maria Tereza Rodriguez. Alquimia das Plantas Medicinais, Cabral Editora e Livraria Universitária, Taubaté/SP, READER S DIGEST BRASIL LTDA. Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais, Rio de Janeiro, 1999.
32 BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS TORRES, Patrícia Garcia Vilar. Plantas Medicinais, Aromáticas & Condimentares: Uma abordagem prática para o dia-a-dia, Editora Rígel, Porto Alegre, DI STASI, Luiz Claudio (Org.). Plantas Medicinais: Arte e Ciência Um guia de estudo interdisciplinar, Editora da Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 1996.
33 CENTRO POPULAR DE SAÚDE YANTEN Rua Maranhão, 1300 Caixa Postal 1005 CEP: Medianeira Paraná Fone/fax: (45) yanten@arnet.com.br Elaboração: Roseli Turcatel Motter
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