1. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, "Tem de ser o Governo a procurar um plano B" - Entrevista a Carlos Silva

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1 25 Novembro

2 Revista de Imprensa (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, "Tem de ser o Governo a procurar um plano B" - Entrevista a Carlos Silva 1 2. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, Bairros devem 32 milhões de euros 2 3. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, CGTP volta a S. Bento para jornada de luta 3 4. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, Função Pública vai dar luta aos cortes salariais 4 5. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, Governo dá prioridade a juízes e professores 5 6. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, Greve de 24 horas 7 7. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, Greve do SEF com adesão a 100% pára aeroportos 8 8. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, Humilhados e ofendidos 9 9. (PT) - Correio da Manhã, 25/11/2013, Ri-se de quê? (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Adriano Moreira admite raparigas no Colégio Militar (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Bacalhau, galinha e feijão tropeiro à mesa do português e do imigrante (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Empreiteiros falidos por falta de pagamento da Parque Escolar (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Ensaio sobre a cegueira (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Governo fala em falta de ambição sobre clima (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Médicos exigem concurso (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Militares prometem "resistir aos ataques do Governo" (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Orçamento será fiscalizado pelo Constitucional (PT) - Diário de Notícias, 25/11/2013, Socialistas e bloquistas recusam suspeitas de manipulação política (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Não vamos assinar um acordo que ameace os portugueses com mais austeridade - Entrevista a Carlos Silva (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Temos de comunicar melhor o que fizemos junto dos investidores - Entrevista a António Pires de Lima (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, A esquerda ainda sabe quem defende? (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Combate à fraude dá mais 250 milhões de euros no IRS (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Editorial - As greves num país em protesto (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Governo tem até ao final do ano para escolher 100 novos cargos dirigentes 33

3 25. (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Investidores têm até amanhã para desistir das acções dos CTT (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Repsol quer continuar a crescer e investe 100 milhões em (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Salvador Caetano em negociações para abrir fábrica de autocarros na Colômbia (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Segurança Social notifica trabalhadores do desconto a aplicar a partir de Dezembro (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Troika quer alternativa a um chumbo das pensões já na próxima avaliação (PT) - Diário Económico, 25/11/2013, Violências (PT) - Diário Económico - Emprego & Universidades, 25/11/2013, Inovação vai criar 50 mil empregos - entrevista a Maria da Graça Carvalho (PT) - i, 25/11/2013, Arrendamento vai continuar a crescer até final do ano (PT) - i, 25/11/2013, Austeridade, versão Cavaco Silva deu a palavra ao Constitucional (PT) - i, 25/11/2013, Crise ou depressão? Economistas não entendem sobre a cura da doença (PT) - i, 25/11/2013, Greve de amanhã desconvocada (PT) - i, 25/11/2013, O orçamento volta sempre duas vezes (PT) - i, 25/11/2013, Paralisação deve afectar linhas da STCP amanhã (PT) - i, 25/11/2013, Portugueses não arriscam ser empreendedores por medo de falharem (PT) - i, 25/11/2013, Saúde contratou trabalhadores a empresas privadas no montante de 23,2 milhões de euros (PT) - i, 25/11/2013, Soares e a encruzilhada da esquerda (PT) - Jornal de Negócios, 25/11/2013, Funcionários que rescindam já podem ter ADSE (PT) - Jornal de Negócios, 25/11/2013, Governo já cortou quatro mil milhões na despesa com pessoal (PT) - Jornal de Negócios, 25/11/2013, Oito em cada dez euros de austeridade saíram do bolso das famílias (PT) - Jornal de Negócios, 25/11/2013, Receita com IVA cresce em Outubro pela primeira vez desde (PT) - Jornal de Negócios, 25/11/2013, Resgate das PPP implicava assumir milhões de dívida (PT) - Jornal de Negócios, 25/11/2013, TC analisa pela primeira vez cortes definitivos em pensões baixas (PT) - Jornal de Negócios - Investidor Privado, 25/11/2013, Carta aos bancos de um pequeno investidor (PT) - Jornal de Negócios - Investidor Privado, 25/11/2013, Saiba qual o banco mais barato para investir nos CTT 80

4 49. (PT) - Jornal de Notícias, 25/11/2013, "Não temos Governo, mas só o presidente pode tirar a conclusão final" - Entrevista a Carlos Zorrinho (PT) - Público, 25/11/2013, Desemprego na zona euro terá ficado nos 12,2% em Outubro (PT) - Público, 25/11/2013, Este ano 33 mulheres foram assassinadas (PT) - Público, 25/11/2013, Governo prepara taxas contra a especulação imobiliária (PT) - Público, 25/11/2013, Número de médicos reformados desde 2010 é mais do dobro do previsto (PT) - Público, 25/11/2013, Outono incerto (PT) - Público, 25/11/2013, Reformados da Metro e da Carris ameaçam regressar ao trabalho 93

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26 A22 ID: E ENTREVISTA ECONOMIA / POLÍTICA CARLOS SILVA Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 16 Área: 29,44 x 33,78 cm² Corte: 1 de 2 PONTOS CHAVE Paula Nunes No caso da UGT, todas as propostas que apresentámos em sede de Orçamento para 2014, nenhuma delas foi aceite, diz Carlos Silva. ENTREVISTA CARLOS SILVA Secretário-geral da UGT Não vamos assinar um acordo que ameace os portugueses com mais austeridade Concertação O secretário-geral da UGT rejeita desde já participar em qualquer acordo que preveja mais medidas de austeridade, mesmo que exigido pela troika. Rosário Lira Bruno Proença Carlos Silva nunca fecha a porta ao diálogo com o Governo, mas reconhece que neste momento é muito difícil um novo acordo tripartido na concertação social, nomeadamente porque Passos Coelho rejeita uma subida do salário mínimo nacional para os 500 euros. O secretário-geral da UGT quer uma inversão da política de austeridade e deixa um recado para Cavaco Silva. O acordo tripartido falhou. Agoraestáemcimadamesaa possibilidade de um novo acordo e, na última reunião da concertação social, falou-se do salário mínimo nacional. Como está esse processo? O diálogo pelo diálogo não faz sentido e, desde a concertação social, que temos vindo a manifestar a nossa insatisfação pela forma como Governo interpretou as nossas pretensões. Há muitas matérias essenciais, mas há umas mais essenciais do que outras, e o salário mínimo é fundamental, tal como o desbloqueamento da negociação colectiva easustentabilidade dasegurançasocialeorespeito pela valorização do trabalho, nomeadamente de uma classe que está sob fogo que são os professores. Se o Governo desse o primeiro passo em relação ao salário mínimo Nós esperávamos que o Governo desse o primeiro passo no dia da concertação social. Mas ainda há margem? Se o Governo quiser, há sempre margem. A votação final do OrçamentoéamanhãeseoGoverno entender que tem margem, deve naturalmente manifestá-la. A questão do salário mínimo não é uma panaceia para todos os males, mas é uma reivindicação em particular da UGT e também, reconheço, da CGTP, da Confederação de Comércio e de outros, alicerçada por um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), por um parecer consensual do Conselho Económico e Social, pela audiência que tivemos com o sr. Presidente da República em que ele nos manifestou apoio ao aumento do salário mínimo. Se este requisito social e económico não for entendido pelo Governo como um sinal de confiança dado à economia, vamos ter um 2014 de fortíssima penalização para os portugueses e particularmente para as pessoas com menores rendimentos. Isso é o que nós queremos alterar. Essanãoéavisãoda troika. Tanto a Comissão Europeia como o FMI insistem numa lógica de salários mais baixos para potenciar a competitivi- dade externa da economia. Há um crescente clamor na opinião pública em relação ao demasiado protagonismo que se tem dado à troika. Todos nós compreendemos que há compromissos que têm de ser assumidos. Se nos emprestaram mais de 70 mil milhões de euros para fazermos face a uma quase falência do Estado, certamente que há compromissos assumidos aos quais a UGT não fugiu. Mas a troika tem errado em várias leituras que tem feito da economia portuguesa. Quando o ministro Vítor Gaspar se demitiu, quase pediu perdão aos portugueses porque as medidas de austeridade e o plano que traçou para Portugal não estavam a ter sucesso. Às vezes é preciso fazer frente à troika e devíamos dizer: nós vamos cumprir, mas neste momento não temos condições de continuar uma política de austeridade que violenta os cidadãos do nosso país. Chegamos a 2014, a troika quer ir embora e nós queremosqueelaseváemboraem Junho Mas acha mesmo que a troika vai embora em 2014? O cenário que está em cima da mesa é de que Portugal vai precisar de um programa cautelar ou de um segundo resgate com medidas mais gravosas. Na UGT não concebemos que haja um programa cautelar ou um novo programa de assistência financeira, porque as medidas do Governo são tão violentas e tão penalizadoras para os trabalhadores, para os reformados e pensionistas que o Executivo só tem de gerir bem este espaço de intervenção. Julgo que o secretário-geral do PS já o veio afirmar, qualquer programa cautelar ou novo resgate é um sinal de um fracasso das políticas do Governo. Mas a questão é: e se acontecer, qual vai ser a postura da UGT? Posso antecipar desde já o que é que a UGT vai dizer: não vamos assinar nenhum acordo para garantir a estabilidade do país em sede de concertação social. O Governo que assuma as suas responsabilidades, nós assumiremos as nossas. A penalização tem sido tão violenta que não somos nós que vamos assinar ou subscrever qualquer acordo que venha de novo colocar os portugueses sob uma ameaça tremenda de ainda mais políticas de austeridade. Página 22

27 ID: Carlos Silva diz que o Governo tem margem, amanhã na aprovação do OE/14, para dar um sinal de que está aberto a um novo acordo com os parceiros sociais, se aprovar o Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. aumento do salário mínimo nacional. O líder da UGT defende que se deve honrar o compromisso com a troika, mas que é preciso enfrentar os credores e mudar o rumo da austeridade. Pág: 17 Área: 12,28 x 35,12 cm² Corte: 2 de 2 O Presidente devia exibir uma postura mais assertiva junto do Governo O líder da UGT diz que é preciso um consenso alargado para enfrentar o futuro imediato, mas não a todo o custo. Para Carlos Silva, uma postura mais interventiva de Cavaco Silva seria importante. Até poderia ajudar a um consenso mais alargado. Um acordo na concertação social seria também uma porta para o entendimento entre a maioriaeops? Uma coisa são os partidos e outra são os sindicatos. Às vezes misturam-se estas ideias e isto até leva as pessoas a pensarem: é tudo a mesma coisa, ninguém se entende. Tenho feito um esforço para manter algum distanciamento. Há muita expectativa em relação a si, em relação à UGT, em relação à concertação social e ao que isso pode representar na aproximação entre o PS e a maioria. Sobre o PS responde o seu secretário-geral e os seus órgãos nacionais. A UGT tem uma matriz de diálogo, nunca abandonamos a concertação social. Agora o diálogo pelo diálogo, sem contrapartidas, não faz sentido. O que é que nós em sede de concertação social ou em termos bilaterais temos conseguido nestes últimos tempos? Nada. Mas Portugal precisa ou não de um consenso para sair da crise? Porque é que se fala tanto em consenso e depois ele nunca acontece? Acho que é importante um consenso alargado para grandes reformas e sobretudo para enfrentarmos o futuro imediato. Estamos a falar dos partidos do arco da governação, das organizações sindicais e parceiros sociais. Mas não pode ser um consenso a todo o custo. Quem deve promover o consenso é quem está no poder. Deve ser o Governo a dar provas de boa-fé, quer perante os parceiros sociais, quer perante os partidos políticos, aceitando discutir as propostas que vêm dos vários lados. No caso da UGT, todas as propostas que apresentámos em sede de Orçamento para 2014, nenhuma delas foi aceite. Devia o Presidente da República, neste contexto, desempenhar um papel diferente para esses consensos? Na conversa que tivemos com o Presidente da República, na última audiência que ele nos concedeu, foi exactamente uma matéria em que fomos assertivos. O Presidente da República devia exibir uma postura mais assertiva junto do Governo, e naturalmente junto dos partidos. Mas sobretudo junto do Governo que é quem governa e tem mantido uma intransigência em relação às políticas que temos vindo a seguir, uma tremenda obstinação em relação ao cumprimento deste calendário, independentemente de ser ou não penalizador para os trabalhadores, reformados e pensionistas. Uma palavra do Presidente da República, mais dinâmica, mais assertiva, inclusivamente até perante a opinião pública para que se perceba que o Presidente está a usar os seus poderes constitucionais para ser realmente um órgão de soberania com maior intervenção. É uma decisão que cabe ao Presidente da República, ele não a tem tomado. O diálogo pelo diálogo, sem contrapartidas, não faz sentido. O que é que nós em sede de concertação social ou em termos bilaterais temos conseguido neste últimos tempos? Nada. Página 23

28 Tiragem: Pág: 4 A24 ID: G GRANDE Âmbito: Economia, Negócios e. Temos de comunicar melhor o que fizemos junto dos investidores Recuperação Portugal, diz Pires de Lima, foi o País que dentro da Europa Ocidental mais viu crescer as exportações, mas é preciso fazer um melhor esforço de comunicação. Área: 29,44 x 33,38 cm² Corte: 1 de 6 ENTREVISTA ANTÓNIO PIRES DE LIMA António Pires de Lima, ministro da Economia, considera que o Orçamento é credível e diz que um eventual chumbo do Constitucional não pode ser compensado com um agravamento de impostos. António Costa antonio.costa@economico.pt O Orçamento do Estado para 2014 é credível, defende o ministro da Economia que o justifica com a consolidação do lado da despesa. Retoma- -se um trajecto que, de alguma forma, foi prejudicado pelas decisões do Tribunal Constitucional em Considera ainda que a economia nacional dá sinais mais consistentes de que saiu da espiral recessiva, mas avisa que a recuperação será gradual. Amanhã é aprovada na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado (OE) para É um Orçamento credível? É um orçamento credível. Em primeiro lugar, é consistente com aquilo que este Governo procurou fazer assim que foi eleito, que foi fazer a consolidação orçamental por via da despesa. Nesse sentido, retoma-se um trajecto que, de alguma forma, foi prejudicado pelas decisões do Tribunal Constitucional (TC) em Depois, a prova está no tipo de discussão que hoje se vive do ponto de vista económico em Portugal. Aquilo que se está a discutir neste momento é se Portugal vai crescer 0,4% ou 0,8%, se o desemprego vai cair 1% ou 2%. Mas isso não torna o Orçamento credível. Não, mas o tom de discussão que se está a ter é completamente diferente daquele que se tinha há quatro ou cinco meses. Há quatro ou cinco meses, aquilo que se discutia era se a receita que se estava a aplicar em Portugal iria algum dia produzir resultados. Hoje, o que estamos a falar é do nível de crescimento que teremos no próximo ano, do nível de desemprego se bem que se começa a dar como garantido que o pior em termos de desemprego já se atingiu em 2013 e que se entrou num ciclo decrescente e a forma como terminaremos este programa de resgate em 2014, isto é, sem qualquer necessidade de um mecanismo cautelar ou com necessidade de um mecanismo cautelar. Então, por que é que o mercado não a acredita no OE? Por que é que diz que o mercado não está a acreditar? Os juros da dívida pública permanecem na casa dos 6%. O Orçamento é um desafio grande, mas, em qualquer caso, permito-me dar dois dados relevantes e que de alguma forma contrariam a sua análise: as taxas yields a dez anos - desde o dia 2 ou 3 de Julho, baixaram de quase 8% para uma baliza que está neste momento abaixo dos 6%, isso é um progresso importante feito apenas em três meses e uma boa parte dessa redução aconteceu depois da oitava e nona avaliações da troika e da apresentação do OE para Mas é um progresso limitado Por outro lado, e este sinal para mim é mais importante e relevante, o mercado de capitais está a valorizar-se desde o princípio de Julho em Portugal. Há sinais mistos, há ainda incertezas Há sinais cada vez mais consistentes de que entrámos num ciclo económico novo e de retoma gradual, mas é perigosa a euforia e, nesse sentido, parece-me prudente assumir que esta retoma económica será seguramente gradual. Qual é a evolução necessária das yields da dívida pública para garantir um regresso aos mercados sem cautelar? Essa pergunta é típica do António Costa, mas também é típico meu não responder a uma pergunta dessas. Nos últimos três meses, o discurso do Governo passou do segundo resgate para uma saída limpa, sem programa cautelar. Discurso do Governo? Sim, o primeiro-ministro disse-o no dia 30 de Agosto. O que é que mudou? Entretanto, aconteceu a oitava e nona avaliações da troika que foi concluída num tempo bastante curto e com uma avaliação francamente positiva. Como é que explica que o défice irlandês é superior ao nosso, a dívida pública não é muito diferente da nossa, mas as yields de juros da dívida pública irlandesa estão nos 3,5% e as portuguesas estão nos 6%. A Irlanda é um país anglo-saxónico que tem uma economia diferente da nossa, a nível de exportações, em termos de peso Há sinais cada vez mais consistentes de que entrámos num ciclo económico novo e de retoma gradual, mas é perigosa a euforia e, nesse sentido, parece-me prudente assumir que esta retoma económica será seguramente gradual. do PIB, que é ainda um bocadinho diferente do nosso. Fizemos uma evolução extraordinária, Portugal foi o país que mais viu crescer as suas exportações de 2010 para 2013 em percentagem do PIB na Europa Ocidental, passamos de 28% do PIB para 42%. Mas a Irlanda, salvo erro, está nos 60%, portanto há um trajecto para o qual apontamos em Portugal, mas que ainda tem uma caminho importante para percorrer. Além disso, temos de fazer um esforço de comunicação em Portugal relativamente à Irlanda. Há uma desconfiança por sermos portugueses? Não creio bom, somos um país da Europa do Sul e sabe-se como é que os países da Europa do Sul, em determinados momentos, foram tratados ao longo desta crise, mas, acima de tudo, acho que tem de haver um esforço acrescido de comunicação por parte de Portugal naquilo que são os mercados que, depois, avaliam esses indicadores e isso explica que este esforço grande que o Ministério da Economia está a fazer e que não está a fazer sozinho ainda agora em Berlim fui acompanhado por João Moreira Rato, presidente do IGCP é dar a conhecer aquilo que está a acontecer em Portugal. É difícil apreciar muito aquilo que não se conhece. E até devo dizer que aquilo que mais valorizo é o extraordinário salto que demos ao nível da balança corrente e de capital, que passou de um défice de 10% do PIB para 3%, em dois ou três anos. E acima de tudo, o comportamento absolutamente extraordinário, às vezes até surpreendentemente positivo, que as empresas que estão a operar em Portugal estão a ter em circunstâncias bastante adversas. Página 24

29 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 5 Área: 30,24 x 33,54 cm² Corte: 2 de 6 PONTOS CHAVE O Orçamento é credível, diz o ministro da Economia que há sinais cada vez mais consistentes de que entrámos num novo ciclo económico. Sobre um eventual chumbo do Tribunal Constitucional, Pires delimaafirmaquearedução da despesa pública não é substituível por um novo agravamento de impostos. Na vertente política, Pires de Lima diz que tem pena que o PS não tenha uma oposição mais construtiva. Banco de Fomento arranca em Julho do próximo ano com três mil milhões de euros. Paula Nunes Plano B? Credores não querem falar de mais impostos Reduzir a despesa pública não é substituível por qualquer aumento de impostos. O Presidente da República mandou para o Tribunal Constitucional o diploma das pensões, mas Pires de Lima garante que não há plano B. Mais impostos teriam um efeito negativo na retoma da economia. O Tribunal Constitucional é a maior incerteza do País nos próximos meses? Identificada pelos nossos credores em discursos públicos, parece que sim. Eu mantenho a confiança, acho que aqueles que mais acerrimamente defendem a Constituição são os principais interessados em que se prove que Portugal consegue conclui este programa de assistência económica e financeira com esta Constituição. Eu revejo-me nesta Constituição, mas várias vezes no passado mais distante defendi algumas alterações a essa, nomeadamente no sentido de a tornar mais financeiramente sustentável. Já o disse uma vez e é factual apesar de parecer ter chocado algumas pessoas a Constituição que temos e que foi aprovada em 1976, salvo erro, não impediu que o País entrasse em pré-default, quase banca rota, três vezes nos últimos 40 anos. É muito importante, e acho que é do interesse geral que, com esta Constituição, Portugal consiga terminar bem este programa já em Junho de 2014, e acredito que isso vai acontecer. Agora, admito que a percepção de quem está fora de Portugal e que não conhece os detalhes daquilo que é a nossa própria vivência democrática possa ser de alguma incerteza e temos de trabalhar para, precisamente, a vencer. Acho que o Governo trabalhou especialmente este OE para 2014, recolhendo também os ensinamentos que foi obtendo ao longo de 2011, 2012 e 2013 para que este Orçamento seja aprovável nas suas normas principais do ponto de vista constitucional, e estou confiante que isso irá acontecer. Já não deveria haver um plano B? Não creio que possa existir um plano B ao nível daquele que é o esforço fundamental que é dado no Orçamento, que é fazer a consolidação orçamental pelo lado da despesa. Não existe plano B, diga- -me que outras despesas é que eventualmente quer cortar não tenho nenhum conhecimento de plano B nem de qualquer esforço para estar a construir um plano B, acho que o Governo tem tido um cuidado muito grande, e que tenho percepcionado também, para que as medidas que estão nesse OE possam ir ao encontro das dúvidas ou das decisões que o TC tomou no passado. Portanto, quem está de consciência tranquila, como é o caso do Governo, aguarda com grande calma e serenidade as decisões que vierem dos tribunais, sempre com certeza de que essas decisões serão respeitadas, como é evidente. A primeira será sobre a convergência das pensões no Estado, que o Presidente enviou para o constitucional. E agora? Respeitemos a decisão do Presidente da República e aguardemos serenamente a decisão do TC. De facto não temos nenhum plano B: reduzir a despesa pública não é substituível por qualquer aumento de impostos. Aumentar os impostos outra vez? Seria mau para a economia, que finalmente esta a retomar, e os credores nem querem ouvir falar do assunto... A.C. Acho que é do interesse geral que, com esta Constituição, Portugal consiga terminar bem este programa já em Junho de Página 25

30 Tiragem: Pág: 6 ID: G GRANDE ENTREVISTA ANTÓNIO PIRES DE LIMA Tenho pena que o PS não tenha uma oposição mais construtiva Consenso O ministro da Economia preferia um ambiente político construtivo e diz mesmo que uma alternativa política só se constrói se o PS deixar de estar refém do não. António Costa antonio.costa@economico.pt A instabilidade política é um dos riscos no regresso de Portugal aos mercados? Seria desejável que, em Portugal, a cultura política fosse mais favorável aos compromissos, não sei se gosto muito da palavra consensos, mas aos compromissos e que o ambiente político fosse mais construtivo. Tenho alguma pena que o PS esteja constantemente a ficar refém de uma posição política que assenta todo o seu discurso no não, às vezes até no não à discussão. No Orçamento, o PS apresentou propostas que simplesmente não foram aceites. Não há aqui um diálogo de surdos, isto é, ninguém quer verdadeiramente comprometer-se? Foi aberto espaço para a discussão das propostas para o OE desde que não se traduzissem num agravamento dos compromissos que assumimos com os nossos credores, esse foi um ponto de partida. Poderia haver um sinal para aceitar alguma coisa dos PS, que permitisse dar o sinal de que há verdadeiramente um interesse do Governo, efectivo, no compromisso. Consegue identificar-me uma iniciativa política concreta que permitisse levar o PS a dizer o Governo quer mesmo o compromisso? Confesso que, até pelo próprio posicionamento que o PS assumiu ao não concordar com as metas que foram impostas pelos nossos credores para o OE/14 e que nos vão permitir concluir o programa em Junho, as coisas estão todas relacionadas... É evidente que o espaço de negociação se reduziu de uma forma substancial. Mais uma vez, acho que é importante valorizar alguns aspectos onde, apesar de tudo, se pode construir pontes. O que é que se pode fazer para construir essas pontes noutras matérias? Nessa matéria, creio que o Governo deu um sinal importante ao ter autonomizado a discussão do IRC que como sabe só será discutido na especialidade e votado um par de semanas depois do Orçamento daquilo que foi a apresentação do Orçamento. Depois há outros projectos igualmente importantes para a economia, que creio que não têm de dividir os partidos dogovernoeops. Os sinais políticos não vão nesse sentido. Veja o caso da conferência promovida por Mário Soares na Aula Magna. Não tenho qualquer medo da violência de que fala - ou a que apela - o grupo que se reúne periodicamente na Aula Magna sob a liderança do privilegiado dr. Soares. Chega a ser patético: julgam-se donos da democracia. Que futuro representam? Construir dá muito mais trabalho do que mal dizer e destruir. Do que tenho pena é de que o PS - que, faça-se justiça, obviamente não se revê nos apelos violentos de Soares - não encontre um espaço político que lhe permita ser uma oposição mais construtiva e realista. Uma alternativa política só se constrói se o PS deixar de estar refém do não. Âmbito: Economia, Negócios e. É evidente que em matéria fiscal precisamos de estabilidade, por isso é que temos insistido que esta reforma possa ser aprovada por uma maioria que vá além do PSD e CDS, diz o ministro. Área: 28,66 x 33,62 cm² Corte: 3 de 6 Paula Nunes O que interessa é recuperar as SGPS e não insultarmos os empresários A reforma fiscal coloca Portugal ao nível daquilo que são os regimes mais competitivos da UE. Já reconheceu que a manutenção do IVA na restauração acabou com o seu estado de graça. Foi uma medida pela qual se bateu e que não foi assumida É verdade! Mas conseguiu inscrever, no Orçamento, a redução do IRC em dois pontos. Tendo em conta que já estão anunciadas novas reduções nos anos seguintes, comporta o risco de levar empresas a aguardarem para poderem fazer novos investimentos? É preciso estar na vida das empresas para perceber que o seu raciocínio é bastante teórico. Só se uma empresa estiver no mundo da lua é que decide investir e pensa ter lucros passados seis meses ou 12 meses, ou até dois anos. Esta reforma assume um compromisso muito claro de redução do IRC em 12 ou 13 pontos, de 31,5%, para 18%, em quatro ou cinco anos. Uma empresa que esteja a ponderar um investimento em Portugal, está à espera de ter um payback a três, quatro ou cinco anos, portanto, quando esse investimento começar a produzir lucros, a taxa do IRC já vai estar em 23% ou 22%. Por outro lado, reduzir esta reforma do IRC à redução das taxas é muito curto. Porquê? Em primeiro lugar, introduz factores de simplificação da vida das pequenas empresas, nomeadamente aquelas que têm volume de negócios inferior 200 mil euros, mas que significam quase dois terços das empresas que existem em Portugal. Ainda por cima, muitos dos sectores que podem entrar nesse regime simplificado vão beneficiar de taxas de IRC substancialmente mais baixas do que a taxa standard, pela própria forma de cálculo do regime simplificado. Depois, temos elementos nesta reforma que potenciam muito o investimento em áreas que têm a ver com o valor acrescentado da economia: a inovação, a criação de marcas e patentes... Temos um terceiro elemento, que é o regime participation exemption, que vai entrar já em vigor. Finalmente, Portugal posiciona- -se, em termos de projectos internacionais, ao nível daquilo que são os regimes fiscais mais competitivos, mais favoráveis de toda a UE. Servirá para recuperar os grupos portugueses que mudaram as SGPS para a Holanda? Praticamente todo o PSI 20 está hoje... Espero, em primeiro lugar, que, sendo aprovado, os faça pensar e ponderar. É evidente que em matéria fiscal precisamos de estabilidade, por isso é que temos insistido que esta reforma possa ser aprovada por uma maioria que vá além do PSD e CDS. O País está em crise e vemos grupos que transferem sedes para a Holanda por razões fiscais. É também uma questão moral. Não tenho muito jeito para encarar a economia como um processo moral e procurar dar lições de moral a quem quer que seja. Vivemos de factos e acho que os gestores das maiores empresas portuguesas merecem respeito, são eles que estão a investir uma boa parte do seu dinheiro na economia. Quando 19 em 20 das empresas portuguesas têm as suas holdings sediadas fora de Portugal, o Governo, em vez de procurar discursar contra esses empresários, o que está a fazer é o possível para que Portugal tenha um regime fiscal que não só faça pensar esse empresários na vantagem de regressarem a Portugal ou, mais do que isso, atrair muitas outras empresas internacionais que considerem Portugal um destino interessante para as suas holdings. O que interessa é recuperar as que saíram, em vez de estarmos permanentemente a protestar ou a até insultar os empresários que muitas vezes estão inseridos em grupos internacionais ou em estruturas accionistas complexas e que fizeram o que julgaram ser o mais racional face à enorme volatilidade fiscal que Portugal tem conhecido nas últimas décadas. Página 26

31 Tiragem: Pág: 8 ID: G GRANDE ENTREVISTA ANTÓNIO PIRES DE LIMA Âmbito: Economia, Negócios e. Área: 29,61 x 34,34 cm² Corte: 4 de 6 Banco de Fomento arranca com 1,5 mil milhões de fundos estruturais Financiamento Novo banco terá licença bancária e arranca em Julho de 2014 com fundos estruturais e linhas de financiamento. António Costa antonio.costa@economico.pt O novo banco público terá uma licença bancária, embora com um perfil diferente dos bancos comerciais, será complementar e um catalisador de financiamentos, explica o ministro da Economia. Portugal precisa de um Banco de Fomento? A crise que estamos a viver afectou particularmente as condições de financiamento das empresas, nomeadamente das PME. Além disso, a banca comercial portuguesa foi obrigada a fazer um esforço de reestruturação dos seus balanços. Portanto, um Banco de Desenvolvimento não é uma originalidade portuguesa, tivemos a oportunidade de estudar instituições semelhantes ou de carácter semelhante que existem noutros países europeus, por exemplo, o alemão KfW E o próprio Governo inglês está a constituir um business bank, um banco destinado a suprir as carências de financiamento das PME. Vai financiar empresas directamente ou não? Acima de tudo, este banco vai funcionar como um catalisador de financiamentos. Em 2014 e 2015,através da utilização de fundos estruturais numa fase inicial, estamos a pensar alocar 1,5 mil milhões de euros de fundos estruturais a essa instituição - seja através da captação de linhas de financiamento internacionais, também com cerca de 1,5 mil milhões de euros... Do tipo das linhas BEI? Sim, do tipo BEI, e outras, é público que já assinámos um protocolo com o Kf W. A ideia é, através de linhas de financiamento a muito baixo custo que, de outra forma, muito provavelmente não estariam disponíveis, e de fundos estruturais, funcionar como catalisador a um custo acessível de financiamento das PME, através da contratualização dessas linhas de financiamento com a banca comercial. Além da concentração de uma série de actividade que hoje em dia estão dispersas por uma série de entidades... A PME Capital, a PME Investimento, a Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua, a SOFID... Portanto, vai ser um banco, vai ter uma licença bancária, embora com um perfil diferente dos bancos comerciais. Vai estar sob a supervisão do Banco de Portugal? Vai, claro. Não vai ser um banco vocacionado para captar depósitos, nem vai estar a concorrer com os outros bancos nessa missão. Vai actuar fundamentalmente em registo de complementaridade com a banca comercial, mas vai ter elementos Vai actuar num registo de complementaridade com a banca, mas vai ter elementos de financiamento e de capitalização. de financiamento e de capitalização. Claro, há um elemento que não é possível vencer só com a criação de uma banco, e que é o facto de continuarmos a viver num registo de moeda única, sem uma verdadeira união bancária. Essa incoerência não é totalmente solucionada por este banco, portanto não quero que se crie a expectativa de que esta instituição, por estar activada e a funcionar em Julho de 2014, vai resolver esse assunto. Esse é outro tema que precisa de ser... Como é que a banca comercial avalia esta iniciativa? A Associação Portuguesa de Bancos teve uma reacção francamente positiva ao anúncio da criação desta instituição e, portanto, creio que isso é uma resposta à sua questão. Esta instituição tem uma vocação grossista, pretende actuar num registo de complementaridade, mas em parceria, com a banca comercial, nomeadamente assegurando uma correcta contratualização desses instrumentos de que falávamos com a banca comercial. O objectivo é Leonardo Mathias (à direita) acompanhou a entrevista a Pires de Lima e falou sobre o Banco de Desenvolvimento. mesmo alongar as maturidades dos empréstimos e reduzir as taxas de juro. Mas, no seu entender, a banca tem feito o seu trabalho ou gostaria que tivesse feito mais? As generalizações são sempre perigosas, mas uma parte da banca está ainda a fazer um ajustamento de balanço, nalguns casos não tem todo o poder creditício que tinha no passado. Há outra banca que já está com a sua situação de balanço mais resolvida. Mas há sempre um dilema que eu, se fosse banqueiro, também teria: a economia retoma ou não retoma? Porque os projectos comerciais, nomeadamente as pequenas e médias empresas que dependem mais do tecido da economia nacional, dependem daquilo que é a própria evolução do mercado interno e nomeadamente do consumo privado. E, portanto, percebo o dilema que se põe à banca quando diz que, muitas vezes, tem alguma dificuldade em encontrar projectos suficientemente válidos e bons para justificar o poder de financiamento que eles próprios têm. Paula Nunes Há ineficiências de mercado O secretário de Estado-adjunto, Leonardo Mathias, explicou em pormenor os objectivos do novo Banco de Desenvolvimento. O secretário de Estado conduziu, da parte da Economia, estes estudos. Por que é que é necessário um banco com estas características? Alguns dos factores apontados pelos empresários nos inquéritos de conjuntura ao investimento dizem respeito ao financiamento. Este é o enquadramento. O que é que encontramos? Falhas e ineficiências de mercado. Porque, depois, vamos ao outro ponto que é o preço, e estamos com um spread três pontos percentuais acima para um empréstimo até um milhão de euros, e até acima de um milhão de euros, em relação à Alemanha, o que destrói qualquer capacidade de lucro operacional. Portanto, ao contrário do que dizem os banqueiros, há problemas de financiamento? Há ineficiências de mercado e o Governo pode encontrar uma solução anti-ciclica. O que está a acontecer é que há falhas do mercado porque, preponderantemente, as PME financiam-se com crédito bancário. Outra das falhas que encontrámos é a capitalização, é o capital das empresas. E esta instituição pode servir para lançar outros instrumentos, os chamados investimentos híbridos, como obrigações convertíveis, acções preferenciais sem voto, dívida subordinada, que possam emprestar capital, sem recriarmos a antiga IPE, porque não é esse o objectivo. Quem é que está no meio? A banca comercial que conhece o tecido empresarial. Como é que esta instituição vai garantir essa função? Através de uma equipa de gestão de risco forte e independente, que vai trabalhar com os bancos. Página 27

32 Tiragem: Pág: 10 ID: G GRANDE ENTREVISTA ANTÓNIO PIRES DE LIMA Âmbito: Economia, Negócios e. Sou contra taxinhas nas Parcerias Público-Privadas Cortes O ministro da Economia revela que o Governo já poupou 7,391 mil milhões de euros de um total de 29,2 mil milhões de encargos brutos com as Parcerias Público-Privadas. Área: 28,89 x 34,40 cm² Corte: 5 de 6 Álvaro Santos Pereira fez um trabalho louvável, diz Pires de Lima. António Costa antonio.costa@economico.pt Por que é que o Governo não avançou com uma taxa extraordinária sobre as Parcerias Público-Privadas (PPP)? Sempre fui contra essa ideia, porque o caminho que o Governo escolheu em 2011 é o que permite ter mais resultados. Já poupamos 7,391 mil milhões de euros de um total de 29,2 mil milhões de encargos brutos das PPP. Ao nível anual, estamos a falar num poupança que, quando cheguei, já estava orçamentada em quase 300 milhões de euros para 2014, a que se acrescentaram cerca de 100 milhões de euros. Acho que o secretário de Estado das infra-estruturas [Sérgio Monteiro] tem feito um trabalho muito substancial nesta matéria. Por que é que não optaram pelo mesmo caminho na energia......e, portanto, se optássemos por estabelecer um imposto dessa natureza, é evidente que as empresas que mostraram disponibilidade para assumir essas reduções substanciais de rentabilidade, a tire [rentabilidade] média destas contratos de parceria passou de 13%, 14% para 8% e 9%, as empresas não estariam disponíveis para assinar esses contratos. Na energia não estariam disponíveis para assinar esses contratos? Não, a energia é um universo diferente, aliás, não é tutelado neste momento pelo Ministério da Economia. Foi criada uma taxa para a banca, foi criada outra para os produtores energéticos, e não foi criada uma para as PPP. Mas as PPP já estão a contribuir. Ou escolhemos poupar esses 400 milhões de euros ou fixamos uma taxinha de 50 ou 100 ou 150 milhões de euros. Eu confesso-lhe também que não são muito partidário, nomeadamente no momento em que queremos atrair investimento e puxar pela economia, de estar em estado de necessidade a criar novas taxas e impostos. Portanto, assumo, nunca fui um grande defensor da criação de taxas e impostos específicos para determinados sectores e para grandes empresas, nomeadamente quando essas empresas vivem, nos sectores de que se falava, num regime altamente concorrencial, como é o caso da distribuição ou das telecomunicações. E a energia, é um sector concorrencial em Portugal? Não é um sector que tutelo directamente, se me permite vou ser mais discreto nos meus comentários mas, é um sector onde existem acordos com o Estado, de que as empresas beneficiam em substância, pelo menos em algumas empresas de energia, e isso justificará o tratamento que foi entendido ter relativamente a esse sector específico. Venda da TAP pode ser em 2014, não me pergunte em que trimestre Privatização dos CTT através do mercado de capitais revela uma escolha arrojada. O Governo decidiu avançar com uma privatização dos CTT em bolsa, que começou na semana passada. Já tem os primeiros números? O processo arrancou agora, não me compete como ministro da Economia estar especular sobre o resultado, a única coisa a destacar é a ousadia do Governo ao avançar para uma oferta pública de venda que poucos julgariam antecipável no princípio de Setembro de 2012 quando o processo de privatização foi lançado. Depois é uma escolha arrojadaporqueéaprimeira operação em bolsa que se faz nos últimos cinco anos e, portanto, revela uma grande confiança por parte do Governo no Efromovich, o único concorrente interessado em comprar a TAP, só poderá voltar a apresentar uma proposta em 2014, porque a privatização neste momento fechada. O sector da energia, em a EDP liderada por António Mexia é o maior operador, tem algumas empresas que beneficiam em substância de acordos com oestado. funcionamento do mercado de capitais com um instrumento importante não só de privatização, mas de capitalização das empresas. Foi um sinal que quisemos dar. E a TAP? Ainda está na agenda das privatizações ou o Governo vai ter de assumir em algum momento que a TAP saiu da lista de empresas a vender? Em 2014 temos uma agenda bastante ambiciosa na área dos transportes e a TAP está incluída nessa agenda. O senhor Eframovich continua a ser o único candidato público e notório. O Governo não vai decidir este ano nada sobre a TAP? Não! Começo por lhe dar nota de que acho desejável que a TAP seja privatizada. Acho que a privatização, se for bem feita, potencia o valor da empresa, potencia a sua capacidade e dinâmica comercial. Isso é assumido por todo o Governo, só voltaremos a avançar com o processo de privatização da TAP, e a lançá-lo porque ele está fechado neste momento se entendermos que há um grau de probabilidade elevado desse processo terminar bem, do ponto de vista financeiro, mas também do ponto de vista estratégico. E pensamos que em 2014 isso pode acontecer, não me pergunte é em que trimestre. Não queremos repetir a experiência que vivemos em E essa condição é ter mais do que um concorrente? Que a operação seja bem sucedida. Não existe nenhuma urgência e muito menos existe a vontade de vender a TAP se não estiver assegurada uma alienação em boas condições para o Estado português. A marca pirilinista e o plano de fomento industrial Plano de Fomento industrial tem sentido operacional e não queremos inventar nada. Fez um grande elogio ao seu antecessor, quando apresenta o relatório sobre a reindustrialização em que acrescenta um ponto aos que tinham sido desenhados por Álvaro Santos Pereira. É um reconhecimento do seu trabalho? Acho curioso que, cada vez que me fazem uma entrevista mais profunda, me peçam para elogiar o meu antecessor. Não sei se isso é muito bom para ele, mas faço- -o com todo o gosto, porque acho que o Dr. Álvaro Santos Pereira fez um trabalho muito louvável no Ministério da Economia e em circunstâncias que objectivamente foram mais difíceis do que aquelas que estou a viver agora. O relatório foi anunciado em Abril. Este documento da estratégia do fomento industrial tinha sido lançado em Abril, se ler o texto de uma forma atenta há-de verificar que foram introduzidas algumas actualizações importantes. A minha preocupação e a preocupação da equipa que esteve centrada neste trabalho foi que este documento tivesse um sentido operacional, de plano de acção, mais do que estar a inventar medidas, ou que o documento tivesse uma marca muito pirilinista. Creio que a principal virtude desse documento é que apresenta um conjunto de objectivos a curto prazo, alguns deles aliás integrando um nível maior de ambição em função da evolução da economia e daquilo que se foi conhecendo nos últimos meses. Página 28

33 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 1 Área: 21,02 x 13,86 cm² Corte: 6 de 6 Paula Nunes GRANDE ENTREVISTA ANTÓNIO PIRES DE LIMA Não há plano B. Aumentar impostos outra vez? Seria mau para a economia O ministro da Economia defende que a redução da despesa pública não se substitui por um aumento dos impostos. Assume ainda que interessa ao País recuperar as SGPS e não insultar os empresários e que a privatização da TAP pode ser em qualquer trimestre de P4A10 Tenho pena que o PS não tenha uma oposição mais construtiva Sou contra taxinhas nas Parcerias Público- -Privadas Página 29

34 A30 ID: CAIXA NEGRA Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 2 Área: 21,02 x 30,31 cm² Corte: 1 de 1 Paula Nunes A esquerda ainda sabe quem defende? Bruno Faria Lopes Editor de Economia e de Política Mário Soares foi o mentor do encontro das esquerdas na Aula Magna, na semana passada. Não assisti ao encontro das esquerdas na Aula Magna. Li os artigos de jornal sobre o evento, li o discurso de Pacheco Pereira e vi as imagens da plateia grisalha que as cadeias de televisão seleccionaram. No final, sobrou aquela sensação familiar e deprimente: entre citações de O Neill, elucubrações sobre a destruição do país e convites insidiosos à violência contra os governantes (que não devem ser perdoados só por virem do decano Mário Soares), os senadores da esquerda e da social-democracia não têm qualquer contribuição realista com que possam influenciar o curso dos acontecimentos ou sequer o debate. Ali se deu uma aula magna sobre o declínio merecido e preocupante da esquerda em Portugal (e na Europa). Há muitas teorias sobre a fragilidade da esquerda numa altura em que, em teoria, deveríamos assistir ao oposto. Há quem sobreponha simplesmente uma linha de crescimento económico na Europa ao gráfico do número de governos socialistas no continente (a correlação é evidente) para concluir que a esquerda sempre teve dificuldade em governar com menos dinheiro para cumprir promessas. Há quem vá mais longe, como Rafaelle Simone ou Nick Cohen, autores de esquerda que fazem perguntas simples: Os líderes de esquerda ainda sabem o que vale a pena defender? Ainda sabem quem defendem? Em Portugal, com uma parte da esquerda que não conseguiu ainda renunciar ao comunismo e outra que se faz de morta à espera que o poder lhe caia nas mãos, estas são perguntas com respostas incómodas. O exemplo paradigmático, num contexto de restrição financeira extrema, é a reacção ao corte nas pensões de sobrevivência para quem recebe mais de dois mil euros em pensões. Toda a esquerda (e a social-democracia do PSD, que é Os senadores da esquerda e da social-democracia não têm qualquer contribuição realista com que possam influenciar o curso dos acontecimentos ou sequer o debate. o PS moderado (sem o casamento gay) gritou escândalo, mas uma sondagem mostrou que 75% dos portugueses concordam com a medida. Pudera: dois mil euros é quase o triplo do salário médio em Portugal. Pergunta-se então: a esquerda ainda sabe quem defende? Mas há mais. O Governo acumula erros na eufemisticamente designada reforma do Estado, corta com pouco escrutínio na Saúde, moraliza de forma constante para cima de um país que vai conhecendo enquanto governa mas, o que defende a esquerda? A esquerda em Portugal tem uma política para a Administração Pública e a Segurança Social que anule a necessidade de cortes? Ou prefere defender um Estado social iníquo com mais impostos sobre quem trabalha? A esquerda sabe governar melhor dentro da restrição europeia que nos é imposta, e que parte da própria esquerda subscreveu? A esquerda sabe como influenciar a Europa liderada informalmente pela Alemanha de forma a flexibilizar essa restrição? A resposta para (quase) todas estas perguntas é não. Políticos à esquerda têm dificuldade natural em moverem-se em sociedades cada vez mais individualistas e votadas ao entretenimento na vertente económica da política (não dos valores ), esse é terreno mais amigo da direita. Mas a insuficiência gritante da esquerda e da social-democracia em Portugal é mais elementar:é a incapacidade em discutirem dentro da restrição financeira e do problema concreto do país (competitividade fraca para tanta dívida privada e pública). Tal fragilidade preocupa porque entrega de bandeja à direita (a esta direita específica, de Passos Coelho) o discurso conveniente do não há alternativa, reduz o escrutínio e diminui as opções viáveis de política. Por isso, da fuga do PS a propostas duras, aos apelos vazios dos ilustres senadores da Aula Magna, convém não ter ilusões. Não só pelos erros do passado, mas porque se demitem de contribuir no presente, também eles são responsáveis pelo estado a que isto chegou. Bruno Faria Lopes assina a coluna Caixa negra à segunda-feira. Página 30

35 Tiragem: Pág: 3 A31 ID: Âmbito: Economia, Negócios e. Combate à fraude dá mais 250 milhões de euros no IRS Área: 20,78 x 23,86 cm² Corte: 1 de 1 Em ano de recessão, o Fisco apertou a malha aos contribuintes. Há mais cruzamento de dados e unidades que acompanham de perto trabalhadores independentes, os mais ricos e grandes empresas. Paula Cravina de Sousa e Margarida Peixoto paula.cravina@economico.pt As medidas de combate à fraude e evasão fiscal já permitiram arrecadar cerca de 250 milhões de euros a mais em receitas de IRS. De acordo com os dados adiantados pelo Ministério das Finanças ao Diário Económico, o esforço para melhorar o cumprimento das obrigações fiscais representa 10% do aumento de receitas verificado neste imposto específico. Entre Janeiro e Setembro deste ano, o Estado arrecadou 8.519,7 milhões de eurosemreceitasdeirs,umaumentode 30,6% face ao obtido em A principal justificação para esta subida da receita arrecadada está no enorme aumento de impostos aplicado pelo Governo aos rendimentos das famílias. Mas este não é o único motivo: Entre 10% a 15% da subida da receita de IRS justifica-se pelos esforços adicionais no sentido de limitar a fraude e a evasão fiscais, garantiu a secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais ao Diário Económico. Num ano em que a recessão está a diminuir os rendimentos tanto das famílias como das empresas, o Governo está apostado em garantir a maior base de tributação possível. No IRS, e além do aumento de impostos, o bom desempenho decorre também do cruzamento de dados que é feito através da Declaração Mensal de Remunerações. Este documento é entregue por cerca de 400 mil empresas ao Fisco e permite ter informação mensal sobre as retenções na fonte feitas aos trabalhadores. Isto permitiu uma detecção e reacção mais rápidas a discrepâncias nos valores declarados. Para as empresas, o cerco apertou com a criação da unidade dos grandes contribuintes. Esta iniciativa contribuiu para aumentar o valor das autoliquidações, que até Setembro cresceu 310 milhões de euros. Além disso, a regra que limita o reporte de prejuízos a 75% fez subir o número de empresas a pagar imposto em 10% a 12%, adianta a secretaria de Estado. Assim, cerca de 70% das empresas já paga algum AUTOLIQUIDAÇÃO 310 milhões Este foi o aumento da autoliquidação até Setembro, face a Leia mais sobre a receita fiscal na pág. 18 O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, diz que o aumento da receita fiscal não teria sido possível sem um aumento da eficácia do combate à fraude e evasão. tipo de tributação: IRC, tributações autónomas ou pagamento especial por conta. No que toca ao IVA, o impacto da obrigatoriedade de passar factura nota-se pelo aumentodoimpostopagopelosquatro sectores que dão benefício fiscal (restauração, oficinas de carros, de motas e cabeleireiros), quando o conjunto da receita está a cair. É certo que, no caso dos restaurantes, houve o contributo da subida da taxa do IVA de 13% para 23%. Mas a secretaria de Estado estima que cerca de metade do aumento desde 2011 neste sector se deva à reforma da facturação. O crescimento expressivo da receita fiscal de 8,4% em 2013 (até Outubro) não teria sido possível sem um aumento significativo da eficácia da administração fiscal nas medidas de controlo e de combate à fraude e à economia paralela, frisou o secretário de Estado, Paulo Núncio. No âmbito das 8ª e 9ª avaliações da troika, as autoridades portuguesas também sublinharam o esforço que está a ser feito neste sentido. Mas os peritos querem ver estudos concretos sobre os resultados, bem como um esforço ainda mais acentuado. A recentes reformas na administração dos impostos melhoraram a eficiência da luta contra a evasão fiscal mas são precisos mais esforços, lê-se no documento dos peritos de Bruxelas. Os técnicos pedem, por exemplo, um reforço da capacidade operacional para analisar os dados de modo atempado e efectivo, agora que o cruzamento da informação é possível. Paula Nunes Página 31

36 A32 ID: EDITORIAL As greves num país em protesto Tiragem: Os protestos de diferentes grupos profissionais continuam na ordem do dia. A Polícia Judiciária recusa-se a fazer horas extra, os magistrados do Ministério Público agendaram para hoje uma greve em contestação aos cortes salariais e à reforma do mapa judiciário, os juízes deixaram em aberto a possibilidade marcar novas paralisações para reclamar as verbas que dizem estar a fazer falta a um eficiente funcionamento da Justiça. Nos transportes públicos também não faltam paragens, dos barcos da Transtejo às carruagens do Metro, e até os inspectores dos serviços de fronteiras anunciaram uma greve com impacto no processamento das entradas e saídas de visitantes no país. Todas estas situações são sinais de um evidente (e crescente) descontentamento de muitos profissionais que, como a esmagadora maioria dos portugueses, viu os seus rendimentos encolherem, à conta de um corte de rendimento e agravamento de impostos. O problema é que, quando esses profissionais param, áreas essenciais ao funcionamento do Estado também param e comprometem a eficiência da máquina pública bem como o dia-a-dia de milhares de portugueses. O país vive tempos excepcionais que estão a obrigar a medidas de excepção e, como tal, difíceis de suportar. As greves são um instrumento de protesto legítimo, mas nesta conjuntura criam mais impasse que progresso. Se há reivindicações a fazer, elas que sejam feitas com diálogo e que se negoceiem alternativas viáveis para o que está mal ou em falta. Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 2 Cores: Preto e Branco Área: 6,85 x 30,31 cm² Corte: 1 de 1 Página 32

37 Tiragem: Pág: 14 A33 Área: 28,74 x 32,52 cm² ID: Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 3 Governo tem até ao final do ano para escolher 100 novos cargos dirigentes CRESAP Executivo ainda não pediu abertura de concurso para directores-gerais dos Impostos, do Orçamento e do IEFP. Denise Fernandes e Márcia Galrão denise.fernandes@economico.pt O Governo tem até ao final deste mês para pedir a abertura de concurso para 100 cargos de direcção superior na Administração Pública. Se o prazo resvalar, os actuais dirigentes que agora estão em regime de substituição até final do ano - como é o caso do actual director-geral da Autoridade Tributária (AT), Azevedo Pereira - correm o risco de ficar sem remuneração a partir de Janeiro de Segundo o presidente da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP), João Bilhim, há um compromisso dos membros do Governo para que os pedidos de abertura de concurso entrem todos até 30 de Novembro. Se os pedidos dos vários ministérios que ainda estão em falta, que são cerca de 100 cumprirem o prazo, é possível que todos os concursos sejam abertos até final do ano e assim não há qualquer problema, esclareceu Bilhim ao Diário Económico. O responsável garante que a comissão tem todas as condições para cumprir os prazos, mas para isso é preciso que o Governo não falhe. A CRESAP foi criada em 2012 pelo actual Governo com o objectivo de despolitizar as chefias da Administração Pública, que passaram a ser escolhidas por concurso, segundo o mérito, e não por nomeação directa. O parecer da CRESAP não é, no entanto, vinculativo, e cabe sempre ao Executivo a última palavra. De acordo com a lei, a abertura de concursos para cargos de chefia no Estado, num total de cerca de 400, terá de estar concluída até final deste ano. Ou seja, em Janeiro de 2014, todos os dirigentes em funções terão já de ter passado pelo crivo da CRESAP ou, pelo menos, os concursos terão de estar em andamento, sendo concluídos nos primeiros meses do próximo ano. O presidente da CRESAP explica que a lei não prevê o que acontece aos dirigentes em regime de substituição cujos concursos não forem abertos até 31 de Dezembro. Mas uma coisa é certa: Se isso acontecer, em Janeiro os serviços não podem pagar salários a esses dirigentes, adiantou. No Ministério das Finanças, por exemplo, Maria Luís Albuquerque ainda não pediu a abertura de concurso para director- -geral da Autoridade Tributária (AT), nem para director-geral do Orçamento (DGO) ou para a inspecção-geral (IGF). Por abrir está também o concurso para a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), liderada por Elsa Roncon Santos, que pediu a demissão do cargo em Julho, depois de ver o seu nome envolvido na polémica dos swaps. Na altura, o Ministério confirmou o pedido de demissão e disse que a responsável se manteria em funções até que fosse encontrado um substituto. João Bilhim conta que já recebeu o pedido das Finanças nesse sentido e que o concurso será em breve publicado em Diário da República. No caso da Segurança Social, falta abrir concurso para a presidência do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), onde o vice-presidente tem assumido estas funções desde a ida para o Governo do antigo presidente Octávio Oliveira. João Bilhim diz que além dos 100 concursos que aguardam pedido de abertura por parte das tutelas, há ainda outros 100 por abrir, mas cujos pedidos já foram feitos à CRESAP. Até agora, a comissão abriu cerca de 200 concursos, estando cerca de uma centena de dirigentes que foram escolhidos por concurso a exercer funções. Porém, destes, só cerca de metade corresponde a novos dirigentes, uma vez que a outra metade diz respeito a chefias que se mantiveram no cargo. Se os concursos não forem abertos até ao final deste ano, os dirigentes em regime de substituição correm o risco de ficar sem salário a partir de Janeiro. José Azevedo Pereira substituiu Paulo Macedo, actual ministro da Saúde, no cargo de director-geral dos Impostos, em Escolhido por Teixeira dos Santos, manteve-se no cargo quando Passos tomou posse. Terá agora que se sujeitar ao concurso da CRESAP ou sair. Octávio Oliveira foi até Junho presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), cargo que ocupava desde Dezembro de Desde que passou a secretário de Estado do Emprego, o IEFP tem estado a ser gerido pelo seu vice-presidente Félix Esménio. Elsa Roncon dos Santos já entregou em Julho à ministra das Finanças o pedido de demissão do cargo de Directora-Geral do Tesouro, depois de ver o seu nome envolvido no caso dos swaps. Mas só agora é que o Governo enviou o pedido à CRESAP para abertura de concurso para a sua substituição. Paulo Alexandre Coelho Paula Nunes Paula Nunes Página 33

38 Tiragem: Pág: 15 ID: Área: 28,66 x 16,22 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 3 CRESAP já chumbou 23 nomes de gestores propostos pelo Executivo Luís Centeno foi chumbado para a presidência da CP e Francisco Almeida Leite aprovado com reservas para vogal da Sofid. A Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP) já chumbou até agora 23 nomes de gestores propostos pelo Governo para liderar empresas públicas, incluindo hospitais. Até ao momento foram dados 23 pareceres com reservas a várias personalidade propostas pelo Governo para gestores do sector empresarial do Estado, diz ao Diário Económico o presidente da CRESAP, João Bilhim. O responsável adianta que, apesar dos pareceres sobre os nomes para gestores da comissão de recrutamento não serem vinculativos, o Governo sempre respeitou as reservas da CRESAP e nunca nomeou ninguém com reservas. Os nomes propostos pelo Ministério da Educação para vogais da administração da Parque Escolar foram chumbados pela CRESAP, assim como o nome de Luís Centeno para a CP. Recentemente, a CRESAP aprovou com reservas nome de Francisco Almeida Leite, indicado pelo Governo para vogal da Sofid, sociedade de financiamento que apoia a internacionalização das empresas portuguesas em países emergentes, considerando contudo que lhe faltava conhecimentos e experiência no sector financeiro. A comissão deu parecer de adequado com limitações, recomendando-lhe vivamente a frequência de formação complementar em gestão, de O Governo sempre respeitou a reservas da CRESAP e nunca nomeou ninguém com reservas. nível académico, com obtenção de um grau num escola com reconhecida exigência formativa. Nem sempre o Governo tem concordado com as short-list que a CRESAP lhe apresenta. Nos concursos abertos, a comissão recebe os currículos de vários candidatos e escolhe depois três nomes que submete à escolha do Executivo. No caso da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) o concurso esteve parado no Ministério da Economia durante vários meses. Ainda com Álvaro Santos Pereira como ministro, a CRESAP indicou para inspector-geral, dos 33 candidatos, Jorge Bacelar Gouveia, ex- -deputado do PSD e constitucionalista, Joaquim Carlos Pinto Rodrigues, antigo inspector-geral das Autarquias, e Pedro Portugal Gaspar, antigo inspector-geral do Ministério da Agricultura. O Governo não queria nenhum dos nomes. Já com Pires de Lima no cargo, acabou por optar por Pedro Gaspar. D.F. e M.G. OS CONCURSOS POR ABRIR EM CADA MINISTÉRIO A Economia tem ainda por lançar 17 concursos: Secretaria-Geral, Gabinete de Estratégia e Estudos, Director- -Geral do Consumidor, Instituto Nacional de Aviação Civil (que passa a entidade reguladora), Instituto da Mobilidade e dos Transportes, Instituto da Construção e do Imobiliário elnec. No Ministério da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas tem a decorrer 15 concursos e por abrir mais 16 (secretário-geral e dois subdirectores da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, entre outros). No ministro da Presidência, Marques Guedes, ainda tem que escolher novos dirigentes para o CEJUR, CEGER, Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e IPDJ. Na Saúde, Paulo Macedo vai ter que abrir concurso para presidente do INEM e presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD). Na Educação, Nuno Crato só concluiu ainda o processo para a secretaria-geral do ministério. Por pedir, estão ainda concursos para as direcções-gerais da Administração Escolar, de Estatísticas da Educação e Ciência, de Planeamento e Gestão Financeira, além dos concursos nos outros organismos que estão a decorrer mas ainda sem conclusão. Com a demissão do Director- -Nacional da PSP, Miguel Macedo tem mais um cargo para ocupar no Ministério da Administração Interna. Além deste, falta abrir concurso para a Direcção-Geral de Infraestruturas e Equipamento. Página 34

39 Tiragem: Pág: 1 ID: Âmbito: Economia, Negócios e. Área: 21,02 x 6,77 cm² Corte: 3 de 3 Governo tem até ao final do ano para escolher 100 novos cargos de chefia Se o prazo para abrir os concursos resvalar, os dirigentes em regime de substituição correm o risco de ficar sem salário a partir de Janeiro. É o caso dos directores-gerais dos Impostos e do Orçamento. P14 Página 35

40 Tiragem: Pág: 34 A36 ID: Investidores têm até amanhã para desistir das acções dos CTT Privatização Primeira fase para particulares termina hoje. Prazo para revogação termina antes de ser conhecido o preço. Cátia Simões catia.simoes@economico.pt Os investidores têm até amanhã, inclusive, para decidir se querem ou não ficar com acções dos CTT, cuja entrada em bolsa está prevista para 5 de Dezembro. A partir de 27 de Novembro (inclusive) as ordens para compra de acções tornam-se irrevogáveis, segundo o calendário definido no prospecto e respeitando as regras do mercado de capitais. A primeira fase de subscrição da Oferta Pública de Venda (OPV) para particulares, que têm direito a 20% do capital, com 5% reservado aos operadores, termina hoje; a segunda fase arranca amanhã e prolonga-se até a 2 de Dezembro, altura em que também acaba o período de subscrição para investidores institucionais. O preço final das acções dos CTT só será conhecido a 3 de Dezembro. Os investidores estão a basear-se no intervalo definido pelo Governo entre os 4,10 euros e os 5,52 euros por título. Ou seja, quando os investidores decidirem não avançar com a revogação das ordens de compra estarão a fazê- -lo sem saber, ao certo, quanto custará cada título dos CTT. 5DEDEZEMBRO Data de entrada dos CTT em bolsa, na Euronext Lisbon. Na véspera ocorrerá uma sessão especial de bolsa para apurar os resultados do IPO. A atribuição das acções ainda terá de passar por um processo de rateio (ver texto ao lado) mas, no limite, um investidor a quem sejam atribuídas 25 mil acções o máximo de acções possíveis de subscrever por particulares, no limite máximo do intervalo de preço 5,52 euros gastará 138 mil euros. O período de ordens decorre em simultâneo com o roadshow da equipa de gestão, que arrancou no início da semana passada e deverá terminar na sexta-feira. A equipa de gestão liderada por Francisco Lacerda, que o Governo quer reconduzir para o próximo mandato, tem passagem marcada pelas principais praças europeias e norte-americanas. Pelas contas reveladas no prospecto da operação, caso as acções sejam vendidas no intervalo médio de preço (4,81 euros) e excluindo comissões e outros encargos, o Governo encaixará 479,3 milhões de euros com o IPO dos Correios. O Estado vai manter, durante pelo menos os próximos nove meses, uma participação de 30% na empresa. Com o IPO a empresa fica avaliada em 828 milhões de euros, acima dos 610 milhões de euros das propostas de compra que o Executivo recebeu. A maior parte dos interessados são fundos de investimento. A opção afastou os investidores portugueses: o grupo Rangel e Paulo Fernandes já tinham feito saber que não avançavamparaaoperaçãoeagorafoia vez da Urbanos. Não vamos subscrever. Sempre dissemos que queríamos uma maioria de controlo e, não sendo possível, pelo menos dentro do que estamos dispostos a gastar, não vamos avançar para a operação, afirmou ao Diário Económico Alfredo Casimiro, presidente do grupo. Âmbito: Economia, Negócios e. O período de subscrição das acções dos CTT decorre até 2 de Dezembro. Paulo Figueiredo Área: 29,29 x 32,43 cm² Corte: 1 de 1 Saiba tudo sobre o período de subscrição das acções Acções vão ser vendidas entre os 4,10 euros e os 5,52 euros. Traders revelam procura eufórica pelos títulos. O preço final das acções dos CTT só será conhecido a 3 de Dezembro mas a primeira fase de subscrição termina hoje. Saiba quais as vantagens e desvantagens dos diferentes períodos de subscrição. 1 QUANTAS ACÇÕES POSSO SUBSCREVER E ATÉ QUANDO? Os investidores particulares podem subscrever até acções. Os trabalhadores dos CTT até 2.500, com desconto de 5%. A primeirafasedeopvparaparticulares termina hoje. A segunda fase decorre até 2 de Dezembro, altura quando termina o período de subscrição dos investidores particulares. 2 AS ORDENS SÃO REVOGÁVEIS? Sim, mas só até amanhã. A partir de 27 de Novembro, inclusive, as ordens de compra tornam-se irrevogáveis. 3 VAI HAVER RATEIO? Sim, se a procura exceder a oferta, com vantagens para quem subscrever na primeira fase. Estes investidores vão beneficiar de um coeficiente superior em 100% aos investidores que só derem ordens a partir de amanhã. 5 OS CTT PAGAM DIVIDENDOS? Sim. Desde 2006 já deram ao Estado quase 300 milhões de euros em dividendos. Para 2014 está previsto o pagamento de 60 milhões de euros, cerca de 90% do resultado líquido, o que torna a empresa uma das mais rentáveis da bolsa portuguesa. 6 QUAISOSRISCOS? São vários os factores que podem levar à desvalorização da acção ou à suspensão dos dividendos, desde a redução do tráfego postal a um crescimento abaixo do esperado no correio de encomendas. Consulte o prospecto no capítulo dos riscos para ter acesso a toda a informação. Página 36

41 A37 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Repsol quer continuar a crescer e investe 100 milhões em 2014 Energia O grupo espanhol, além do foco na distribuição de combustíveis, vai centrar esforços na produção de gás natural. A última aposta foi o reforço na exploração petrolífera em Peniche. Pág: 32 Área: 29,05 x 29,61 cm² Corte: 1 de 3 REPSOL QUESTIONA EFICÁCIA Ana Maria Gonçalves ana.goncalves@economico.pt A petrolífera espanhola Repsol, apesar do clima económico adverso, mantém a estratégia de crescimento e consolidação no mercado português, onde projecta investir, durante o próximo ano, cerca de 90 a 100 milhões de euros. Um esforço financeiro que será canalizado maioritariamente para as áreas da distribuição de combustíveis e exploração e produção de gás natural, revelou ao Diário Económico o presidente da Repsol Portuguesa, António Calçada de Sá. Deste pacote, 15 a 20 milhões de euros têm como destino a manutenção e modernização da rede de distribuição, actualmente com 430 postos, bem como a instalação de novos postos de abastecimento. A restante verba, entre 70 a 80 milhões de euros, será gasta na sondagem de gás natural, na costa algarvia. No sector petroquímico, ainda a ressentir-se dos efeitos da crise global, o objectivo passa por começar a colher frutos do investimento de 30 milhões de euros realizados recentemente no complexo industrial de Sines. O projecto implicou a redução dos custos de produção, através da adopção de matérias-primas mais baratas. Com vendas de 500 milhões de euros e 85% da produção destinada no mercado externo, Sines está a reforçar a sua competitividade, adianta o líder da Repsol Portuguesa, Temos um compromisso claro com o mercado português, onde estamos entre as 10 maiores empresas, com um volume de facturação de 2,3 mil milhões de euros, e um total de milhões de euros em activos, empregando pessoas, afirmou o gestor, realçando que a contracção do mercado, que se arrasta nos últimos anos, obriga a optimizar os custos, melhorar a eficiência e garantir sinergias. António Calçada de Sá sublinha que o plano de negócios da Repsol tem ainda em linha a indefinição em torno das alterações legislativas que o Governo Sines [o complexo petroquímico] está a reforçar a sua competitividade, sublinha o presidente da Repsol Portuguesa, António Calçada de Sá. CONCESSÕES 6 A Repsol possui dois blocos para exploração e produção de gás natural, no Algarve. Agora juntou- -lhe mais quatro, em Peniche. REDE DISTRIBUIÇÃO 430 Este é o número de postos de abastecimento de combustíveisdo gupo espanhol, em território nacional. quer introduzir no sector. Um cenário que obriga a imprimir um ritmo de evolução mais suave, destaca o presidente da Repsol Portuguesa. Com 20% de quota de mercado e focado num crescimento orgânico, o grupo espanhol afirma que estará, no entanto, sempre atento a qualquer oportunidade de negócio. Temos muita vontade de crescer e consolidar. Mas face às actuais condições de mercado e ao grau de indefinição existente, não seria sensato fazer grandes programas de desenvolvimento da rede, explica António Calçada de Sá. A mais recente investida da Repsol em Portugal incide na exploração e produção de petróleo e gás natural, uma área em que admite a entrada de novos parceiros. Ao largo de Peniche, tornou-se o operador da concessão, depois de reforçar a sua participação para 65%, com a saída da Petrobras, que está a concentrar esforços no mercado brasileiro. Vamos analisar os resultados dos estudos sísmicos. A partir daí teremos uma avaliação mais completa quanto ao volume de investimento necessário. Neste negócio é normal dividir riscos. Até porque a probabilidade de um furo ser um êxito é de 1 para 10 e o seu custo, nesta zona, pode atingir 100 milhões de dólares, sublinhou. Este projecto está numa fase prematura. Encaixa numa lógica de diversificação dos projectos de investimento da Repsol, a nível mundial. Há ali uma oportunidade e estamos a estudá-la, diz António Calçada de Sá. No Algarve, concessão que conta com a presença da Partex (10%), as atenções, finalizados os trabalhos sísmicos, centram-se agora na perfuração do primeiro furo em PERFIL Um gestor ibérico Com uma vasta trajectória internacional no sector petrolífero, António Calçada de Sá trabalhou, além de Portugal, em Espanha, Itália, Argentina e Brasil. Estreou-se, na década de 80, na Exxon, tendo integrado o grupo Repsol, em Com 51 anos, o gestor é licenciado em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e tem um Master em Corporate Resources pelo IMD de Lausanne. António Calçada de Sá acumula a presidência da Repsol Portuguesa com o cargo de director-executivo da rede de retalho, em Espanha. Do seu curriculum consta ainda o prémio de Gestor Ibérico do ano , concedido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola. Actualmente é presidente da Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa, em Madrid. ENTREVISTA Existe uma O gestor aponta o dedo ao peso da fiscalidade no preços dos combustíveis. A Repsol Portuguesaapoiaacriação da entidade fiscalizadora dos combustíveis. Mas alerta que deve ajudar a dar transparência e não a duplicar custos e aumentar a ineficiência. O seu presidente, Calçada de Sá tem, no entanto, uma posição crítica face à imposição do lowcost e àsalteraçõesnalogística dos combustíveis. Como vê a futura entidade fiscalizadora dos combustíveis? Tudo o que seja para dar transparência ao mercado e traga um maior volume de informação, permitindo demonstrar, aquilo que está demonstrado, é bem- -vindo. Este é um dos mercados mais escrutinados em Portugal. Foi analisado pela Autoridade da Página 37

42 Tiragem: Pág: 33 Área: 29,83 x 30,00 cm² ID: Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 3 Paulo Alexandre Coelho DO PREÇO DE REFERÊNCIA DOS COMBUSTÍVEIS António Calçada de Sá, presidente da Repsol Portuguesa, tem dúvidas sobre a eficácia da criação de um preço de referência para os combustíveis. Uma medida que será implantada pela futura entidade de supervisão do sector. Este é um mercado livre. Um mercado regulado tem o seumodelode funcionamento e a sua teoria. A história demonstrou que são mais ineficientes. Como se vai conjugar um mercado dito livre com medidas de regulação? Temos que aguardar a legislação e ver o detalhe, defende o gestor. ANTÓNIO CALÇADA DE SÁ presidente da Repsol Portuguesa certa demagogia em torno do sector Concorrência e pela troika, que no seu memorando não fez qualquer reparo aos combustíveis. É um mercado que tem três variáveis muito transparentes. Os impostos e a cotação internacional dos produtos, se estivermos a falar de gasóleos, equivalem a 88% do preço. Se for a gasolina, é 92% do preço. Disto sobram 8%, que pagam reservas, armazenagem, distribuição, comercialização, custos fixos, variáveis, campanhas, descontos, fidelização, frotas, margem do grossista e do retalhista. Espero que este organismo ajude a dar mais transparência e não a duplicar custos e aumentar a ineficiência. A Repsol mantém uma posição crítica face aos combustíveis low cost? O tema low cost tem o seu espaço e qualquer companhia no desenvolvimento das suas políticas comerciais pode aplicar mais descontos, mais promoções, mais campanhas, ou o inverso. A Repsol aposta na qualidade do produto, do serviço, segurança das instalações, modernização. Quem quiser ter um produto low cost deve poder fazê-lo, se é essa a sua vocação. Quem não tem, não deve ser obrigado a fazê-lo. Não imagino, chegar a um hotel de cinco estrelas e pedir um quarto low cost. O mercado é livre, ou não? Ainda não vimos o diploma no seu detalhe. À primeira vista o que podemos dizer é que o mercado tem descontos. São conhecidos e agressivos e, nalguns casos, muitíssimo agressivos porque estão ligados a um negócio que não tem a venda do combustível como principal target. Mas isso faz parte da política comercial dos diferentes players. Posso e tenho postos com diferentes preços, em função do posicionamento e dos níveis concorrenciais que existem nessa envolvente. Os descontos não são exclusivos de determinados postos. O Governo quer ainda mexer na logística e armazenagem de combustíveis para dar espaço aos pequenos operadores... Qualquer operador tem a possibilidade de fazer os seus investimentos em logística. Não exis- Os impostos e a cotação internacional dos produtos, se estivermos a falar de gasóleos, equivalem a 88% do preço. Se for a gasolina, é 92% do preço. tem restrições. Pode-se comprar o produto ao refinador ou importar, bem como aditivá-lo. Só tem que se fazer o investimento. Tudo isto faz parte das regras de jogo do mercado livre. Espero que se isso chegar a ser uma iniciativa se veja todo o ciclo. As empresas e os accionistas têm expectativas em relação ao retorno dos investimentos já realizados. Existe tancagem em muitos pontos em Portugal. Neste momento, o mercado caiu. Mas não se pode pensar que, pelo facto de agora haver mais capacidade livre, podemos fazer isso. Fala-se no open acess como se estivéssemos a falar do mercado de electricidade ou uma rede de gás. Culpa a conjuntura pela pressão que existe sobre o sector? Penso que sim. Existe do ponto de vista mediático uma certa tentação de comparar coisas que não se podem comparar, como o caso dos preços em determinados países europeus. Muitas vezes ignora-se que cada país tem os seus próprios critérios de reporte dos preços para a Europa, o que faz com que se comprarem coisas completamente distintas. O rigor não é complicado. Quando não se sabe, é preciso estudar e ver como funciona. Há aqui um exercício que muitas vezes não nada longe da demagogia. Dizer que os preços estão altos por causa das petrolíferas, é fácil. Custa muito menos do que explicar que os preços, antes de impostos, em Portugal, são comparáveis aos que existem na Europa a 17, a zona euro. Entre impostos e a cotação do produto, que é transparente no mercado internacional, está lá 90% do custo. Existe uma certa demagogia em torno do sector. Página 38

43 ID: Tiragem: Repsol investe 100 milhões em Portugal em 2014 Petrolífera espanhola vai reforçar aposta no mercado português no próximo ano e centrar esforços na produção de gás natural. Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 1 Área: 6,70 x 4,25 cm² Corte: 3 de 3 Página 39

44 A40 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 36 Área: 28,66 x 32,13 cm² Corte: 1 de 2 João Manuel Ribeiro As vendas da joint- venture na China vão ter (...) um impacto positivo no volume da CaetanoBus, em Portugal. José Ramos Presidente da Salvador Caetano Indústria OUTRAS EMPRESAS PORTUGUESAS Jerónimo Martins A retalhista portuguesa entrou este ano na Colômbia, o seu terceiro mercado de expansão onde opera com a marca Ara. As primeiras lojas foram inauguradas no passado dia 13 de Março, mas a Jerónimo Martins quer chegar ao final do anocom30a40lojas. A expansão na Colômbia temuminvestimento previsto de 100 milhões de euros, dos 600 a 700 milhões fixados para Salvador Caetano em negociações para abrir fábrica de autocarros na Colômbia Automóvel O grupo português pretende acelerar a estratégia de internacionalização, pois acredita que existem boas perspectivas de crescimento na América Latina. Sara Piteira Mota sara.mota@economico.pt A Colômbia foi o local escolhido pelo grupo Salvador Caetano para abrir a segunda fábrica de autocarros fora de Portugal. José Ramos, presidente da Salvador Caetano Indústria, revelou ao Diário Económico que foi identificada uma oportunidade de expansão de negócio na Colômbia, onde estamos em negociação. Se este negócio se concretizar, o nosso objectivo é abastecer o importante mercado da América Latina. Ainda na semana passada, o grupo inaugurou a primeira fábrica na China, em Dalian, cidade portuária do nordeste da China. A Brillance Caetano é o primeiro projecto industrial do grupo na Ásia e nasce de uma joint-venture com a Brilliance Auto, uma empresa local do grupo Huachen ligada ao sector PRODUÇÃO NA CHINA 150 veículos A capacidade instalada inicial será de 150 unidades por ano, mas poderá aumentar até às 300 unidades. EMPREGO 250 colaboradores Prevê-se a criação de cerca de 250 postos de trabalho nos primeiros anos de actividade. automóvel. Esta fábrica tem três linhas de produção que estarão a funcionar até 2015 e tem uma capacidade instalada inicial de 150 veículos por ano, podendo ser estendida até às 300 unidades. Para já a empresa prevê criar cerca de 300 trabalhadores e facturar 30 milhões de euros, no primeiro ano. A Brillance Caetano, que resulta de um investimento de cinco milhões de euros, vai fabricar autocarros para aeroporto, escolar, dois pisos e urbano eléctrico. Para já os veículos que serão produzidos nesta fábrica destinam-se ao mercado chinês, mas mantém-se em aberto a possibilidade de serem exportados para os mercados vizinhos com os quais a China mantém relações privilegiadas, sublinha José Ramos. Brilliance Caetano vai ter impacto positivo na CaetanoBus A Caetano Bus, fábrica situada em Vila Nova de Gaia que já exporta regularmente para a China há 23 anos peças para autocarros, vai ser também um fornecedor da fábrica chinesa. As peças fabricadas em Portugal serão exportadas para a fábrica na Brilliance Caetano, o que irá gerar mais volume na Caetano- Bus. Não vamos substituir a nossa produção pela produção na China. As vendas da joint- -venture na China vão ter um impacto positivo no volume da CaetanoBus, adiantou o presidente do grupo. O centro de competências do grupo continuará a ser em Portugal, ou seja, o todo o kown-how continuará a ser desenvolvido em Portugal e depois exportado para as restantes fábricas. A fábrica de Vila Nova de Gaia exporta para a Europa, sobretudo Inglaterra e países do norte da Europa, África e Ásia. Actualmente, a empresa, com cerca de 500 colaboradores, prevê terminar o ano com uma produção de 400 unidades. Para 2013 a previsão de volume de negócios é de aproximadamente 45 milhões de euros. Grupo Pestana No ano passado, a maior cadeia hoteleira portuguesa inaugurou a primeira unidade na Colômbia. O Pestana Bogotá 100 representou um investimento de 12 milhões de dólares (cerca de nove milhões de euros) e é um dos hotéis mais luxuosos da capital colombiana, dispondo de 82 quartos e espaços como ginásio, salas de reuniões, restaurante, work station, entre outros. Prébuild A carteira de projectos já garantidos este ano pela construtora portuguesa na Colômbia deverá atingir um valor de 500 milhões de dólares (cerca de 380 milhões de euros). A recente compra da construtora local Ekko foi determinante neste reforço e cumpre um dos passos definidos para a expansão da Prébuild na América Latina. Sonae Sierra A empresa do grupo Sonae especializada em centros comerciais está há dois anos na Colômbia, onde até agora apenas prestava serviços para terceiros. No entanto, prevê avançar com um investimento de raiz em 2014 na Colômbia. A expectativa inicial da Sonae Sierra era iniciar este projecto próprio ainda este ano, mas acabou por adiar para Página 40

45 ID: Tiragem: Salvador Caetano negoceia fábrica na Colômbia Depois da China, o grupo português escolheu a Colômbia para abrir a segunda fábrica de autocarros fora de Portugal. P36 Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 1 Cores: Preto e Branco Área: 6,62 x 4,10 cm² Corte: 2 de 2 Página 41

46 A42 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Paulo Alexandre Coelho Pág: 18 Área: 11,17 x 17,48 cm² Corte: 1 de 1 Os trabalhadores independentes vêem os seus vêem o seu escalão contributivo reposicionado anualmente. Independentes Segurança Social notifica trabalhadores do desconto a aplicar a partir de Dezembro Os trabalhadores independentes poderão ver o seu nível de descontos mudar em Dezembro. A Segurança Social já está a notificar estas pessoas da base contributiva e do desconto a que serão sujeitas a partir do próximo mês, uma obrigação que decorre do Código Contributivo. A lei prevê que os trabalhadores independentes sejam reposicionados em escalões contributivos todos osanos,emoutubro,deacordo com os rendimentos do ano anterior. É sobre este escalão que incide depois a taxa de desconto. Actualmente, os trabalhadores independentes já declaram os seus rendimentos à Segurança Social através da declaração de IRS. O Instituto da Segurança Social deu início ao processo de notificação obrigatória dos Trabalhadores Independentes, por correio electrónico e por carta, para comunicar o rendimento relevante,abasedeincidênciaea taxa contributiva desses mesmos trabalhadores, bem como a contribuição a pagar no mês de Dezembro, relativa ao mês de Novembro, diz uma nota da Segurança Social. Recorde-se, no entanto, que nem todos os trabalhadores independentes têm de descontar para a Segurança Social. Por exemplo, quem acumula trabalho independente com uma profissão por conta de outrem em empresas distintas, está isento de contribuir por este regime na generalidade dos casos. C.O.S. Página 42

47 Tiragem: Pág: 12 A43 ID: Âmbito: Economia, Negócios e. Troika quer alternativa a um chumbo das pensões já na próxima avaliação Constitucional Se os juízes chumbarem os cortes de 10% nas pensões, a troika só desembolsa a próxima tranche de financiamento depois de validar medidas de consolidação alternativas. Margarida Peixoto margarida.peixoto@economico.pt Se o Tribunal Constitucional (TC) chumbar o corte nas pensões da CGA previsto para 2014, a troika não vai desembolsar a próxima tranche sem primeiro conhecer e avaliar as medidas alternativas, apurou o Diário Económico, junto de um responsável da Comissão Europeia. As eventuais medidas alternativas serão avaliadas no âmbito da 10ª revisão ao programa de resgate, em Dezembro. Tudo vai depender do momento em que a decisão dos juízes do Palácio Ratton for conhecida. Como o Presidente da República enviou no sábado o diploma da convergência das pensões para o Constitucional, os juízes têm até dia 19 de Dezembro para decidir se deixam passar o corte de 10% nas pensões dos reformados da CGA, ou se obrigam o Governo a refazer as contas. Ora, a próxima avaliação da troika começa a 4 de Dezembro. Se houver um chumbo, mesmo que parcial, decidido durante o decurso da avaliação do programa, as medidas alternativas serão avaliadas de imediato. Caso a decisão seja tomada encostada ao final do prazo e caia fora do período da revisão da troika, a avaliação das medidas alternativas será considerada como uma acção prévia ao desembolso da próxima tranche de financiamento, sabe o Diário Económico. Em causa estão 2,7 mil milhões de euros que se destinam a cobrir as necessidades de financiamento das administrações públicas do primeiro trimestre do próximo ano. Por enquanto, se não houver nada que motive atrasos, a data prevista para o desembolso do financiamento é 14 de Janeiro. No caso de algumas das medidas [de consolidação orçamental] serem consideradas inconstitucionais, o Governo terá de reformular o Orçamento do Estado de modo a atingir a meta do défice estabelecida, lê-se no relatório dos peritos de Bruxelas sobre as 8ª e 9ª avaliações da troika, conhecido na semana passada. Segundo explicou uma fonte de Bruxelas ao Diário Económico, a troika terá sempre de avaliar eventuais medidas alternativas para garantir que a mudança no Orçamento é neutral para o cumprimento da meta do défice no próximo ano. Ou seja, que os 4% de défice que foram prometidos aos credores continuam a ser uma meta viável. POUPANÇA 388 milhões Este é o valor, em termos líquidos, da medida da convergência das pensões permite poupar na despesa pública. Representa 12% do valor total dos cortes que o Governo quer implementar em CORTE NAS PENSÕES 10% Cerca de 324 mil pensionistas de aposentação e de sobrevivência vão sofrer cortes nas pensões, de acordo com o diploma da convergência. A proposta do Governo prevê que a partir de 1 de Janeiro de 2014, as pensões vão levar reduções de 10%. É por isso que o documento de Bruxelas frisa que eventuais mudanças ao Orçamento de 2014 teriam de ser reavaliadas no contexto da próxima revisão do programa. Se a decisão do TC só chegar depois da visita da missão, esta avaliação será sempre uma medida indispensável à libertação da próxima tranche, devendo por isso acontecer tão depressa quanto possível. Da parte do FMI, o chefe da missão para Portugal, Subir Lall, também já tinha avisado, durante a conferência de imprensa sobre a conclusão das duas últimas avaliações, que as medidas alternativas teriam de ser discutidas. O Governo tem garantido que não tem ainda qualquer plano B para o caso de haver um chumbo do Constitucional aos cortes de despesa previstos para o próximo ano. Mas com o envio do diploma das pensões para o TC poderá ser forçado a trabalhar no tema muito em breve. O corte nas pensões que Cavaco Silva quer que os juízes do Palácio Ratton avaliem permite poupar 388 milhões de euros na despesa pública (em termos líquidos), no próximo ano. Representa 12% do valor total de cortes que o Governo quer implementar. Tanto o FMI como a Comissão Europeia já tinham considerado o risco constitucional como a principal dúvida do programa de ajustamento português. No relatório sobre as duas últimas avaliações, o FMI disse que este é o principal risco e avisou que responder a uma situação destas será extremamente difícil. Já a Comissão Europeia garantiu que novos chumbos do TC tornam os planos do Governo para regressar plenamente ao mercado a partir de meados de 2014 significativamente mais desafiantes. DEZEMBRO É JANEIRO SÃO MESES DE PRESSÃO Terça-feira, 26 de Novembro Votação final do Orçamento do Estado para 2014 no Parlamento,comosvotosafavordo PSDedoCDSeosvotoscontra dos restantes partidos da oposição. Meados de Dezembro Uma vez aprovado na Assembleia, o OE/14 segue para Belém para veto ao promulgação do Presidente da República (o que tradicionalmente demora cerca de uma semana). Cavaco tem depois 20 dias para decidir se veta ou promulga ou um prazo de oito dias para pedir ao Tribunal Constitucional que fiscalize preventivamente o diploma. 4 de Dezembro Troika chega a Lisboa para o 10º exame regular ao programa de ajustamento. 19 de Dezembro Esgota-se o prazo para o juízes do Constitucional se pronunciarem sobre o diploma da convergência das pensões. 1 de Janeiro de 2014 Data de entrada em vigor do Orçamento do Estado para o próximo ano, caso o Presidente da República promulgue o diploma (sem pedir a fiscalização prévia). Se o OE não entrar em vigor os serviços da administração pública continuam a funcionar em sistema de duodécimos calculados com base no Orçamento de de Janeiro de 2014 É a data prevista para o desembolso da próxima tranche de financiamento, que poderá ficar suspensa até a troika avaliar e validar as medidas alternativas para compensar o eventual chumbo do TC às pensões. Área: 29,13 x 30,39 cm² Corte: 1 de 3 AS DÚVIDAS DO PRESIDENTE REACÇÕES AO PEDIDO DE Miguel Poiares Maduro Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional O Governo não tem nenhuma alternativa preparada, se escolheu esta medida é porque entende, sabendo que é uma difícil, que éaquemelhorserve os interesses do país e a considera constitucional, disse Poiares Maduro. Página 43

48 Tiragem: Pág: 13 ID: SOBRE O DIPLOMA DA CONVERGÊNCIA DAS PENSÕES FISCALIZAÇÃO Teresa Leal Coelho Vice-presidente do PSD Estamos tranquilos com o conteúdo do diploma. Trabalhámos esta solução de forma a garantir uma solução mais equitativa e mais justa no que diz respeito aos pensionistas de um e de outro sistema, afirmou Teresa Leal Coelho. António José Seguro Secretário-geral do PS Não basta o Presidente da República enviar esta iniciativa dos cortes retroactivos das pensões para o Tribunal Constitucional. Seria também importante que ele seguisse com a mesma atitude em relação ao futuro Orçamento do Estado, defendeu o líder socialista. João Paulo Dias / Arquivo Económico O Presidente da República, Cavaco Silva, tem várias dúvidas sobre a constitucionalidade da medida de convergência das pensões da CGA com a Segurança Social. Aos juízes do Palácio Ratton pediu que avaliassem os princípios da unidade do imposto sobre o rendimento, da capacidade contributiva, da progressividade e da universalidade, com o princípio da protecção da confiança quando conjugado com o da proporcionalidade. Por outras palavras, quer dizer que os juízes vão avaliar se o corte de 10% em pensões que já estão a pagamento fere a confiança dos reformados. Depois, vai verificar se o esforço pedido a estes pensionistas é adequado tendo em conta o seu próprio rendimento, e o esforço pedido ao resto da sociedade. Por fim, pesará se o interesse público deve prevalecer. Paulo Portas Vice-primeiro-ministro e Presidente do CDS Fonte da direcção do Partido Popular garantiu à agência Lusa que o partido se manterá em silêncio até que seja conhecida a posição dos juízes do Palácio Ratton. O CDS só comentará após a decisão do TC, disse a mesma fonte. Âmbito: Economia, Negócios e. Área: 29,76 x 29,44 cm² Corte: 2 de 3 Governo pode ter de voltar a subir impostos O diploma das pensões não faz parte da Lei do Orçamento, mas é fulcral para cumprir défice. O Governo já disse que não tem nenhum plano B para responder a um eventual chumbo do Tribunal Constitucional (TC) a qualquer uma das medidas de consolidação previstas para Mas a pressão para encontrar forma de garantir que o défice do próximo ano não ultrapassa os 4% é cada vez maior. Caso os juízes confirmarem a suspeita do Presidente da República, as contas do Orçamento já não batem certo. Se o Governo se vir forçado a encontrar medidas para compensar um chumbo do TC, tudo vai depender dos valores em causa. Primeiro, os juízes podem não chumbar completamente a medida, colocando em causa apenas parte da poupança prevista. Em termos brutos, a convergência das pensões vale 728 milhões de euros, mas implica prescindir de uma parte significativa da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) para evitar que haja pensionistas a sofrer um duplo corte. Feitas as contas, em termos líquidos vale 388 milhões de euros. Um cenário em que os juízes determinassem que os cortes só podem ser aplicados para os futuros pensionistas seria, contudo, praticamente o mesmo que eliminar esta ideia do leque de possibilidades. O secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, já disse que se a convergência fosse só aplicada para o futuro, a poupança em 2014 não seria mais do que oito milhões de euros. Se o Governo tiver de mexer no Orçamento, o Expresso já adiantou que o mais provável é recuperar o desenho actual da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) - o que implica que fica por compensar o impacto líquido. Uma nova subida no IVA tem sido a medida alternativa mais debatida. O Diário Económico já avançou que o Governo e a troika trabalharam em simulações para esta possibilidade, tendo sido estudados três cenários: o aumento de um ponto percentual em cada taxa do imposto; a eliminação da taxa intermédia, com aumento da normal para os 24%; e a subida da taxa normal para 24%, conjugada com um corte no cabaz de produtos que fica na taxa reduzida. Tanto o Governo como a troika desmentiram que tenham sido debatidas alternativas às medidas que constam na proposta de Orçamento do Estado para Contudo, o Económico sabe que a mexer no IVA, o mais provável será eliminar a taxa intermédia. A ideia já foi defendida pelo FMI, mas enquanto medida estrutural (e não no âmbito da necessidade de conter o défice). Ainda assim, Governo e troika têm-se esforçado por explicar que mexer nos impostos não pode ser solução. Em entrevista ao Económico, António Pires de Lima, ministro da Economia, frisa que cortar na despesa não é substituível por um aumento de impostos e que tal faria mal à economia (ver páginas 4 e 5). O FMI já disse que responder a um chumbo do TC pode implicar adoptar outra vez medidas de pior qualidade. E tanto os peritos de Washington como os de Bruxelas frisam que as medidas alternativas teriam um impacto negativo no crescimento, no emprego e poderiam colocar em causa o regresso ao mercado. M.P. com B.P. O Económico avançou a 5 de Novembro que o aumento do IVA poderia compensar um chumbo do TC. Página 44

49 Tiragem: Pág: 1 ID: Âmbito: Economia, Negócios e. Área: 21,11 x 3,62 cm² Corte: 3 de 3 Troika exige alternativas já na próxima avaliação se Constitucional chumbar pensões A troika quer discutir medidas alternativas a um eventual chumbo de 10% nas pensões já na próxima revisão do programa de resgate que se inicia em Dezembro. Nova tranche de financiamento só será desbloqueada depois das medidas validadas. P12 Página 45

50 A46 ID: SOCIEDADE ABERTA Violências Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 38 Área: 9,91 x 31,41 cm² Corte: 1 de 1 Luís Lima Presidente da CIMLOP Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa A comunicação social diz que, nos primeiros seis meses de 2013, o número de pessoas singulares que foram à falência superou o número de empresas. Também foi notícia recente a opinião do professor Adriano Moreira a revelar temer que a continuação da austeridade acabe com a paz social num país onde disse a fadiga tributaria já foi atingida. A opinião de sinal contrário que um conhecido economista português proferiu recentemente ao proclamar que em Portugal há muita gente que finge ser pobre, alegadamente para disso poder beneficiar, não anula, seguramente, o número de portugueses da classe média que desceram para o patamar da pobreza mas têm vergonha de o assumir. Voltando à opinião insuspeita de Adriano Moreira, sublinho a preocupação manifestada por este político de referência para uma importante fatia da população portuguesa quando diz que a Nação, enquanto comunidade de afetos, não se une se se poêm velhos contra novos e funcionários públicos contra privados. Nesta linha de preocupações é de referir o aumento verificado em Portugal do numero de casos de violência sobre os mais velhos, violência não raras vezes exercida por familiares das próprias vítimas que até utilizam os escassos rendimentos das pensões de sobrevivências dos velhos em proveito próprio. É chocante, mas é um retrato do Portugal que certas instituições internacionais, pouco informadas e preparadas para avaliar esta comunidade de afetos em risco de desagregação, estão a redesenhar tentando salvar um esquisso de fraca qualidade traçado em nome de uma recuperação económica que tarda a chegar. O problema, ou, para ser mais rigoroso, a violência que tudo isto configura, afasta-nos do rumo que pretendemos reencontrar para satisfazermos os nossos compromissos internacionais e para satisfazermos as nossas necessidades colectivas de comunidade de afetos para continuar a adoptar a feliz expressão do professor Adriano Moreira. Esta será talvez a maior das violências que se têm abatido sobre Portugal e sobre os portugueses, uma violência com reflexos na nossa vida colectiva e na vida dos negócios que deviam ajudar a dar vida à nossa vida. Página 46

51 Tiragem: Pág: 3 A47 Period.: Semanal Área: 7,96 x 32,28 cm² ID: Emprego & Universidades Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 2 TRÊS PERGUNTAS A MARIA DA GRAÇA CARVALHO Eurodeputada do PSD e relatora do Programa Específico de Execução do Horizonte 2020 Inovação vai criar 50 mil empregos O Horizonte 2020 prevê um investimento de 79 mil milhões de euros em Ciência e Inovação nos próximos sete anos. Omaior programa do mundo de investimentoemciênciaeinovaçãoacaba deseraprovadopeloparlamentoeuropeu. Um programa a que poderão concorrerinvestigadores, universidadeseempresas portuguesas. Uma das novidades é a criação de um voucher inovaçãoparaaspme,explicagraça Carvalho,eurodeputadaportuguesa. Um dos objectivos do Horizonte 2020 é fomentar o emprego jovem? O próximo Programa Quadro de Investigação e Inovação foi desenhado com um orçamento dos 79,4 mil milhões de euros, montante equivalente ao valor do empréstimo da troika a Portugal, o que representa um crescimento considerável, em relação ao 7 programa quadro, de 52 mil milhões de euros. Um dos objectivos é estimular o emprego jovem. O financiamento da mão-de-obra, associada aos projectos aprovados, só será feito a quadros que sejam contratados de novo para os executar. As estimativas apontam para um impacto de criação de 50 mil postos de trabalho directos com o programa e uma subida de 1,5% da taxa de emprego média da UE, como resultado deste investimentoeminovaçãoeciência. Pretendem fomentar o crescimento económico através da aposta na inovação? Pretendemos com este programa-quadro criar as condições para que este investimento em inovação e tecnologia tenha repercussões favoráveis na criação de emprego na Europa. Evitando, assim, que estas empresas que convertem conhecimentoemriquezaseinstalemforadaeuropa. Como é que o programa pode contribuir para ajudar a Europa a sair da crise? O Horizonte 2020 é crucial para a Europa sair da crise. O desemprego jovem é um problema gravíssimo e que se tem espalhado pela Europa. Promove o emprego através da contratação directa de recursos humanos, por exemplo, por cada mil milhões de euros o Horizonte 2020 financia quatro mil PME inovadoras; ou 600 investigadores e respectivas equipas através das bolsas ECR ; ou bolsas Marie Curie; ou 240 projectos de grande dimensão em que participam em média entidades da indústria e academia. O Programa prevê a criação de bolsas de retorno dos jovens investigadores para evitar o brain drain. Página 47

52 ID: Emprego & Universidades Bruxelas aprova fundo de 80 mil milhões para a ciência P.3 Tiragem: Period.: Semanal Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 1 Área: 4,73 x 4,73 cm² Corte: 2 de 2 Página 48

53 A49 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 32 Área: 12,47 x 30,02 cm² Corte: 1 de 1 Página 49

54 A50 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 2 Cores: Preto e Branco Área: 15,61 x 30,34 cm² Corte: 1 de 3 Página 50

55 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 3 Área: 24,22 x 30,44 cm² Corte: 2 de 3 Página 51

56 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 1 Área: 4,78 x 3,74 cm² Corte: 3 de 3 Página 52

57 A53 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 22 Área: 24,51 x 30,82 cm² Corte: 1 de 1 Página 53

58 A54 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 9 Área: 4,73 x 8,69 cm² Corte: 1 de 1 Página 54

59 A55 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 14 Área: 24,25 x 30,22 cm² Corte: 1 de 5 Página 55

60 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 15 Área: 23,55 x 30,37 cm² Corte: 2 de 5 Página 56

61 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 16 Área: 24,29 x 32,30 cm² Corte: 3 de 5 Página 57

62 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 17 Área: 24,74 x 32,50 cm² Corte: 4 de 5 Página 58

63 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 1 Área: 22,72 x 9,30 cm² Corte: 5 de 5 Página 59

64 A60 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 7 Área: 4,83 x 6,45 cm² Corte: 1 de 1 Página 60

65 A61 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 24 Área: 24,34 x 31,21 cm² Corte: 1 de 2 Página 61

66 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 25 Área: 24,85 x 31,16 cm² Corte: 2 de 2 Página 62

67 A63 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 18 Área: 24,56 x 32,36 cm² Corte: 1 de 3 Página 63

68 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 19 Área: 24,68 x 31,24 cm² Corte: 2 de 3 Página 64

69 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 1 Cores: Preto e Branco Área: 23,72 x 2,33 cm² Corte: 3 de 3 Página 65

70 A66 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 13 Área: 17,47 x 29,37 cm² Corte: 1 de 1 Página 66

71 A67 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 25 Área: 5,10 x 8,76 cm² Corte: 1 de 1 Página 67

72 A68 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 25 Área: 21,16 x 17,52 cm² Corte: 1 de 1 Página 68

73 A69 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 6 Área: 27,21 x 33,86 cm² Corte: 1 de 6 Página 69

74 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 7 Área: 27,26 x 33,66 cm² Corte: 2 de 6 Página 70

75 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 8 Área: 27,35 x 34,01 cm² Corte: 3 de 6 Página 71

76 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 9 Área: 27,26 x 34,01 cm² Corte: 4 de 6 Página 72

77 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 10 Área: 27,13 x 34,44 cm² Corte: 5 de 6 Página 73

78 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 1 Área: 17,01 x 7,16 cm² Corte: 6 de 6 Página 74

79 A75 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 21 Área: 10,80 x 29,39 cm² Corte: 1 de 1 Página 75

80 A76 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 18 Cores: Preto e Branco Área: 20,95 x 16,21 cm² Corte: 1 de 1 Página 76

81 A77 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 19 Área: 27,21 x 31,84 cm² Corte: 1 de 2 Página 77

82 ID: Tiragem: Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 1 Área: 14,46 x 4,08 cm² Corte: 2 de 2 Página 78

83 Tiragem: Pág: II A79 Period.: Ocasional Cores: Preto e Branco Área: 10,73 x 31,97 cm² ID: Investidor Privado Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Página 79

84 Tiragem: Pág: IV A80 Period.: Ocasional Área: 27,24 x 31,50 cm² ID: Investidor Privado Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 4 Página 80

85 Tiragem: Pág: V Period.: Ocasional Área: 27,35 x 33,50 cm² ID: Investidor Privado Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 4 Página 81

86 Tiragem: Pág: I Period.: Ocasional Área: 27,67 x 25,48 cm² ID: Investidor Privado Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 4 Página 82

87 Tiragem: Pág: 1(principal) Period.: Ocasional Área: 9,05 x 15,19 cm² ID: Investidor Privado Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 4 de 4 Página 83

88 A84 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 32 Área: 27,36 x 31,02 cm² Corte: 1 de 3 Página 84

89 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 33 Área: 27,36 x 33,95 cm² Corte: 2 de 3 Página 85

90 ID: Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 1 Área: 5,10 x 4,30 cm² Corte: 3 de 3 Página 86

91 A87 ID: Desemprego na zona euro terá ficado nos 12,2% em Outubro Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 18 Área: 10,14 x 29,90 cm² Corte: 1 de 1 Pré-abertura Catarina Silva Após, na última semana, termos conhecido os índices PMI para o desempenho da indústria e do sector dos serviços na zona euro em Novembro e de, nos Estados Unidos, terem sido divulgadas as minutas da última reunião de política monetária da Reserva Federal, os próximos dias serão muito importantes para a consolidação das expectativas quanto à evolução das principais economias mundiais no último trimestre do ano. Na zona euro, a semana será marcada pela apresentação, na quinta-feira, dos indicadores de sentimento económico, apurados pela Comissão Europeia (CE), para o mês de Novembro. Embora os dados recentemente divulgados apontem para um abrandamento da actividade dos Dezassete, prevê-se que os indicadores da CE registem uma melhoria do sentimento, o que ocorreria pelo sétimo mês consecutivo, sugerindo um aumento da confiança dos consumidores e empresários europeus. Já no final da semana será conhecida a estimativa do Eurostat para a evolução homóloga dos preços em Novembro e a taxa de desemprego referente a Outubro. Para ambos os indicadores, não são esperadas variações de grande relevo, sendo expectável que a taxa de desemprego permaneça em 12.2% da população activa e que a taxa de inflação homóloga aumente levemente de 0,7% para 0,8%. A nível dos Estados-membros, destaque, na Alemanha, para a divulgação dos dados referentes às vendas a retalho no mês de Outubro (quarta-feira). Após o recuo de 0,6% das vendas a retalho em Setembro, a forte subida do índice Ifo de sentimento empresarial (de 107,4 para 109,3 pontos), conhecida na passada semana, sugere que a evolução mensal das vendas possa ter retornado a terreno positivo. A confirmar-se, este será um indicador importante para a consolidação das expectativas em torno do desempenho da maior economia da zona euro no arranque do 4.º trimestre. Outro indicador relevante será a publicação, na quinta-feira, da evolução dos preços nos consumidores alemães em Novembro. Embora se antecipe uma aceleração mensal dos preços de -0,1 em Outubro para 0,2, em termos homólogos, a taxa de inflação deverá manter-se estável em 1,2%. Para Portugal, o principal destaque, para além dos índices de confiança da Comissão, será a divulgação, na sexta-feira, do desempenho da produção industrial e vendas a retalho de Outubro. De referir ainda, amanhã, a publicação do Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal. Do outro lado do Atlântico, serão conhecidos, amanhã, os dados referentes ao mercado da habitação e confiança dos consumidores. Em linha com a expectativa de uma expansão moderada da economia norte-americana no último trimestre do ano, é esperada uma melhoria da performance do mercado da habitação, com um aumento do número de novas construções e de novas licenças de construção em Novembro, e com um aumento dos preços Próximos dias serão muito importantes para a consolidação das expectativas do sector em Outubro. Os sinais de melhoria deverão ser, ainda, extensíveis ao índice de confiança dos consumidores de Novembro, a ser publicado também amanhã. Já na quarta, serão conhecidas encomendas de bens duradouros no mês de Outubro. Embora, em termos totais, se preveja que as encomendas de bens duradouros tenham recuado no mês, excluindo a componente dos transportes, esta rubrica deverá ter aumentado face a Setembro. Com o feriado do Thanksgiving, a publicação semanal dos novos pedidos de subsídio de desemprego será conhecida também na quarta. Por último, de referir, ainda, a reunião de política monetária do Banco Central do Brasil (quarta-feira). Contrastando com as políticas expansionistas do BCE e da Fed, o Banco do Brasil deverá aumentar, uma vez mais, a taxa de juro de referência em 50 pontos base, de 9,50% para 10%. ES Research Banco Espírito Santo Página 87

92 A88 ID: Este ano 33 mulheres foram assassinadas Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 9 Área: 15,60 x 13,67 cm² Corte: 1 de 1 Violência de género Ana Cristina Pereira Para além dos 33 homicídios consumados, há 32 tentativas registadas em Portugal desde o início de 2013 O Observatório de Mulheres Assassinadas registou 33 homicídios consumados e 32 tentados desde o início do ano. São mais de três mulheres mortas a cada mês por homens com quem elas mantinham ou já tinham mantido uma relação de afecto. O Observatório de Mulheres Assassinadas registou 33 homicídios consumados e 32 tentados desde o início do ano. Os dados são divulgados hoje, Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra as Mulhe- res, data escolhida também pelo Governo para lançar a nova campanha, que este ano poderá ser replicada em toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Pelo que se pode perceber desde que a UMAR criou o Observatório de Mulheres Assassinadas, isto é, pôs uma equipa a passar os jornais nacionais a pente fino em busca de notícias sobre mulheres vítimas de homicídio ou de tentativa de homicídio, oscilam as idades das vítimas. De acordo com o relatório, a que o PÚBLICO teve acesso, nas notícias deste ano é mais expressivo o grupo de vítimas maiores de 50 anos (com 21 mulheres). Dentro dele, pesa mais o grupo formado por maiores de 65 anos (com um total de 14). Entre os suspeitos de homicídio, as idades são mais diversificadas, embora também seja superior a percentagem de homens mais velhos (17). Algumas notícias aludem às supostas motivações do crime. Grande parte sugere um contexto de violência doméstica já conhecido (28%). Ao cruzar a prevalência do femicídio com a presença de violência doméstica nas relações de conjugalidade ou de intimidade, presente ou passadas, e relações familiares privilegiadas, a UMAR concluiu que 61% das mulheres assassinadas até 20 de Novembro de 2013 foram vítimas de violência nessa relação. O facto de tal crime ser conhecido de familiares ou vizinhos não as protegeu. Março foi até agora o mês com maior número de casos (nove). No calendário, segue-se Junho (cinco). Na geografia, destaca-se Lisboa (12). Nada de invulgar. Os distritos de Lisboa (82), Porto (48) e Setúbal (34) assumem maior incidência 164 dos 350 casos registados desde Página 88

93 Tiragem: Pág: 12 A89 Área: 26,65 x 29,97 cm² ID: Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Governo prepara taxas contra a especulação imobiliária Mais-valias urbanísticas podem vir a ser tributadas num intervalo entre os 20% e os 40%, na nova política de solos e ordenamento do território que vai esta semana ser discutida no Parlamento Ordenamento Ricardo Garcia O Governo quer taxar em até 40%, segundo números preliminares, a valorização de terrenos que passem de rurais a urbanos. A tributação das chamadas mais-valias urbanísticas é uma das peças da nova política de solos e de ordenamento do território que o executivo está a elaborar, a partir de uma proposta de lei de bases já enviada para discussão na Assembleia da República. A proposta de lei prevê que os planos directores municipais (PDM) concentrem tudo o que os particulares precisam de saber ou cumprir quando querem desenvolver um projecto urbanístico. Mas dá aos PDM maior flexibilidade do que hoje. É possível fazer a reclassificação do solo, transformar solo rústico em urbano. Caso existam planos de pormenor e de urbanização, não é preciso uma revisão do PDM, afirma o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto. Mas a prioridade da nova política de solos não é a expansão das cidades. O Governo quer apostar antes na reabilitação urbana, que abrange 6,5% do parque edificado no país, contra 37% em média na Europa, segundo o secretário de Estado. Para que avance um novo loteamento, por exemplo, será necessário garantir a sua viabilidade económica e financeira, levando em conta a tributação das mais-valias, os custos das infraestruturas e a partilha dos benefícios e encargos entre diversos proprietários num plano urbanístico. Não há uma liberalização total do processo de reclassificação do solo rústico em urbano. Antes pelo contrário, [o processo] vai ser mais exigente, assegura Miguel de Castro Neto. Acreditamos estar a criar as condições necessárias e suficientes para que haja uma clara reorientação dos investimentos para a reabilitação urbana, acrescenta. A ideia de taxar as mais-valias urbanísticas vem sendo reclamada há anos por especialistas, alguns partidos e organizações não governamentais, como forma de se combater a especulação imobiliária. O Governo quer avançar e está a discutir um modelo de tributação. Ambientalistas defendem que o Estado devia ficar com a totalidade das mais-valias fundiárias Junção da conservação da natureza com as florestas faz sentido Governo promete avançar com a marca Parques de Portugal Uma vez em cada 15 dias, os secretários de Estado Miguel de Castro Neto e Francisco Gomes da Silva sentam-se à mesma mesa para assinar despachos conjuntos. O primeiro tem a seu cargo a conservação da natureza e o segundo, as florestas. Ambos respondem pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que passou a ter uma tutela bicéfala desde a última remodelação governamental. Miguel de Castro Neto diz que tem tudo corrido às mil maravilhas. Tenho um relacionamento pessoal com o secretário de Estado das Florestas, fomos professores na mesma faculdade, afirma. Até agora não tivemos qualquer dificuldade. O secretário de Estado do Ordenamento defende que o INCF se deve manter tal como está, depois do longo processo de junção das duas áreas promovido desde 2011 pelo Governo de Pedro Passos Coelho. Faz todo o sentido que a conservação da natureza esteja junto com as florestas, diz Miguel Neto. O Governo quer apresentar nos próximos meses um novo modelo de gestão da conservação da natureza e da biodiversidade. Uma das peças centrais será a criação da marca Parques de Portugal, uma ideia já anunciada por governos anteriores mas nunca levada à prática. Numa primeira fase, o Estado realizará investimentos para recuperar instalações, criar percursos de visitação e promover os parques. Os privados terão de participar de alguma forma nos custos, mas apenas mais tarde, quando aderirem. O objectivo é que a marca Parques de Portugal RITA BALEIA impulsione a promoção e o desenvolvimento das actividades económicas nas áreas protegidas. Miguel Neto afirma que não vai mexer na forma como as áreas protegidas, várias delas sem um director, são hoje geridas. Não haver directores nos parques não está a criar constrangimentos, justifica o secretário de Estado. O modelo que existe agora não está a ser reequacionado. É o adequado para o momento, completa. Entregar a gestão das áreas protegidas a privados está, por ora, fora de questão. Mas estamos a avaliar se há estruturas ou espaços cuja concessão seja razoável, diz Miguel Neto. O novo modelo de gestão das áreas protegidas deverá estar concluído e em vigor antes do início do novo quadro de apoios comunitários, em R.C. Se eu passar o solo de rústico a urbano, vai haver ali uma mais-valia. Esta mais-valia vai ser taxada, afirma o secretário de Estado do Ordenamento. Em cima da mesa está a ideia de aplicar uma taxa de 20% a 40% sobre a diferença entre o valor dos solos, quando houver uma reclassificação. Os números são no entanto preliminares e a solução final pode vir a ser diferente. LPN critica proposta Serão as próprias autarquias a calcular as mais-valias fundiárias. Miguel de Castro Neto diz que haverá três níveis de complexidade destes cálculos do mais simplificado ao mais analítico conforme a informação disponível em cada concelho. Esta ideia não agrada a Pedro Bingre, especialista em ordenamento do território no Instituto Politécnico de Coimbra e vogal da direcção da Liga para a Protecção da Natureza. Bingre alerta para o facto de não haver, na proposta de lei de bases, índices quantitativos que vinculem as autarquias a este respeito. O especialista vai mais além e defende que, ao invés de serem tributadas, as mais-valias deveriam ficar integralmente com o Estado. Estas mais-valias nunca deveriam chegar às mãos dos particulares, afirma. O modelo económico e financeiro da política de solos está em avaliação no âmbito da revisão dos regimes jurídicos da Edificação e Urbanização e dos Instrumentos de Gestão Territorial, que irão detalhar os princípios da proposta de lei de bases. Além da tributação das mais-valias, o Governo quer instituir princípios comuns para as taxas municipais de urbanização e edificiação, valorizando aspectos como a manutenção de infra-estruturas como arruamentos e redes de esgotos. O secretario de Estado do Ordenamento afirma que, até agora, os promotores imobiliários têm suportado sobretudo o investimento nas infra-estruturas, mas não a sua manutenção. A proposta do Governo para a nova lei dos solos e do ordenamento será discutida na Assembleia da República esta semana. O tema está na agenda desta quarta-feira de duas comissões parlamentares a do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local e a da Agricultura e Mar. Página 89

94 ID: Governo quer taxas contra especulação imobiliária Ministério do Ambiente quer taxar até 40% a valorização de terrenos que passem de rurais a urbanos p12 Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 1 Área: 5,10 x 4,25 cm² Corte: 2 de 2 Página 90

95 Tiragem: Pág: 11 A91 ID: Âmbito: Informação Geral Número de médicos reformados desde 2010 é mais do dobro do previsto Cores: Preto e Branco Área: 15,51 x 30,19 cm² Corte: 1 de 1 Saúde Alexandra Campos Mais de dois mil médicos aposentaram-se entre 2010 e Estudo pedido pelo Governo apontava para menos de mil Nos últimos quatro últimos anos, reformaram-se 2141 médicos, mais do dobro do que estava previsto no Estudo de Necessidades Previsionais de Recursos Humanos em Saúde feito em 2009 por especialistas da Universidade de Coimbra a pedido da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Ao longo deste ano, quase meio milhar de médicos reformaram-se do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Pelas contas da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), entre Janeiro e Dezembro aposentaram-se 463 profissionais, mais do que no ano passado, em que foram 406 os deixaram hospitais públicos e centros de saúde. São números que, apesar de ficarem muito aquém dos registados em 2010 e 2011 (anos em que houve uma autêntica corrida às aposentações, com 666 clínicos e 606 a reformarse, respectivamente), suplantam em muito as previsões do Ministério da Saúde e têm contribuído para agravar a falta de médicos, sobretudo nos centros de saúde. As projecções que constam do estudo encomendado pela ACSS apontavam para 982 aposentações neste período, no total. O problema é que houve muitas reformas antecipadas, sobretudo em 2010 e Só assistentes graduados seniores, que são médicos no topo da carreira, foram 641 os que saíram do SNS desde 2010, frisa o presidente da FNAM, Sérgio Esperança (a federação faz as contas das reformas a partir das listas publicadas todos os meses pela Caixa Geral de Aposentações no Diário da República). No congresso da FNAM, que decorreu no fim-de-semana em Coimbra, foi aliás reivindicada a abertura de concurso para assistente graduado sénior já no início de Está a decorrer, neste momento, um concurso para o preenchimento de 130 lugares de assistente graduado sénior, mas este número de vagas é insuficiente, disse à agência Lusa Sérgio Esperança. Para contornar o problema da falta de médicos nalguns serviços, este ano o Ministério da Saúde voltou a Só este ano reformaram-se já quase 500 médicos do SNS permitir a contratação temporária de duas centenas de reformados, mas este reforço excepcional não tem sido suficiente para colmatar as lacunas. Ainda na sexta-feira, várias pessoas manifestaram-se durante quatro horas em frente ao Centro de Saúde de Arouca, para protestar contra a falta de médicos que obriga os utentes a ir de madrugada para o estabelecimento só para conseguirem vagas para serem atendidos. A porta-voz da comissão de utentes deste centro de saúde explicou que algumas pessoas estão há mais de oito anos sem médicos de família e que há quem aguarde meses só para poder fazer análises. 982 médicos a reformarem-se, desde 2010, era o número previsto no estudo encomendado pelo Governo para antever as necessidades NELSON GARRIDO Este tipo de protestos tem-se sucedido sobretudo em centros de saúde do interior do país. É dramático. Estamos a bater no fundo, mas já andamos a alertar [para este problema] e já sabemos disso há dez anos, acentua Rui Nogueira, vice-presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral. No estudo feito a pedido da ACSS, estava previsto que a maior parte dos médicos se iria aposentar a partir de 2016 até 2020, mas a alteração da idade da reforma motivou uma corrida às aposentações antecipadas. Os médicos que se reformaram este ano são aqueles que já tinham pedido a aposentação em 2012, porque a Caixa Geral de Aposentações está a demorar um ano a dar resposta, explica Rui Nogueira, que está convencido que a partir de agora o fenómeno abrandará. O grosso das reformas já aconteceu. Mas no próximo ano ainda haverá grandes problemas, prevê. Os médicos, sobretudo os dos centros de saúde, são o grupo profissional mais envelhecido do SNS. Página 91

96 A92 ID: Outono incerto Tiragem: Âmbito: Informação Geral Pág: 46 Área: 27,50 x 30,75 cm² Corte: 1 de 1 António Correia de Campos Terra e Lua Semana cheia de pequenos episódios. Nenhum deles decisivo, todos compondo um quadro de incertezas 1. as guaritas, entrado no Parlamento e assentado arraiais no Plenário. A sua O País todo viu milhares de polícias a galgarem a barreira física e psicológica da escadaria do Parlamento. Demoraram a tomar balanço pela oposição de colegas. Levaram de vencida a barreira, chegaram ao topo, pararam e cantaram A Portuguesa. Poderiam ter derrubado contenção foi naturalmente preparada, demonstrando maturidade. Depois do pequeno passo, festejaram e dispersaram. O Ministro e o Governo, no dia imediato resolveram cobrar pela indisciplina. Exigiram demissões, criando mais um bode expiatório, desta vez o director-geral da polícia. Falta de inteligência e confissão de fraqueza. Um governo forte teria reconhecido aos polícias a sua contenção, felicitado as chefias por evitarem males maiores e estaria já a tentar resolver as causas do diferendo. O Governo actual não aprendeu com o episódio dos secos e molhados de há vinte e cinco anos. Ao adoptar a força, demonstrou indisfarçável fraqueza. Um governo forte e ligado ao País louvaria a inteligente contenção. Um governo fraco assusta-se e destrava a patilha de segurança. Revela-se pronto a carregar no gatilho, por medo. 2. A Grécia continua a concentrar riscos. A coligação governamental tenta evitar mais uma dose de austeridade e vê o seu apoio no Parlamento reduzir-se a uma diferença de quatro deputados. Só que a alternativa não é o centro-esquerda, é o Syriza, um novo partido da extrema-esquerda que conseguiu liquefazer o Pasok. A atitude de rebeldia tem desta vez um argumento forte: desde há vários trimestres que a Grécia tem saldo positivo no balanço primário, isto é, sem os encargos com o serviço da dívida, Se o País entender que pode resistir, exigirá uma moratória no serviço da dívida, ou até mais do que isso, um terceiro resgate em condições excepcionais, com anulação de mais dívida. Um corte de cabelo profundo. Os credores irão hesitar e amaciarão posições. O melhor será mesmo negociar com o actual governo, pensarão. Pode este filme vir a beneficiar-nos? Certamente, se deixarmos de ser o cordeiro obediente, à espera da próxima páscoa. 3. De Bruxelas, em tempo de fim de feira, as vozes são dissonantes: Olli Rehn, sempre ele, declara no Parlamento Europeu, com surpresa geral, que a austeridade foi longe de mais, devendo dar lugar ao investimento para gerar emprego e crescimento. Continuamos com frases feitas, só que desta vez a ajustarem-se ao discurso de bom senso que o Parlamento recomendou há mais de dois anos. Dois anos de on the job training à custa das vítimas. Mas em Portugal, pasme-se, a Troika continua atrasada no discurso e na prática. Ela sabe bem quanto custa em desemprego e perda de crescimento exigir para 2014 um défice irrealista e infeccioso. Serão os cérebros dos revisores de contas empedernidos? Nada disso, trata-se apenas de actores menores que debitam um papel e uma marcação que lhes foi encomendado. Tão crentes que são na evidência empírica e não teriam ainda dado conta de que os seus modelos resultam ao contrário do esperado? Só que não existe hierarquia mais rígida que a das missões internacionais. Se não houver contra-ordem de quem manda, o erro continuará até final. Lembrem-se, meus amigos, os funcionários podem ser responsabilizados, não lhes basta cumprir ordens. Não faltará quem proponha que respondam no Tribunal de Haia pelos males que infringem aos Povos. Desta vez o Governo (Marques Guedes) timidamente ousou criticar a bipolaridade. Parece que acordaram! 4. As Universidades recusam o diálogo com um governo que lhes corta, além dos sacrifícios passados, mais trinta milhões de euros para Meu Caro Nuno Crato, conviria olhar para a história. Se os estudantes vierem para a rua tudo se torna mais complicado. E só os professores e reitores os poderão deter. Já vivi este filme. Tudo começa de forma inocente e imprevisível e tudo Um governo fraco assustase e destrava a patilha de segurança. Revela-se pronto a carregar no gatilho, por medo acaba sem se saber como. Conviria dar mais atenção aos reitores. Eles não são sindicalistas, nem corporatistas, nem funcionários, nem pensionistas. São tudo isso e mais o poder que têm, se quiserem, sobre os jovens. Mas este é apenas o aspecto da conjuntura. Grave, grave é o mal que o governo está a infligir ao conhecimento. Sem universidades à altura, desmoralizadas, como poderemos nós aspirar ao bom uso do programa europeu Horizonte 2020? E a emparelhar com a Europa do conhecimento? Deixemo-nos de miopias. As Universidades existem desde há vários séculos, a administração, os sindicatos e as pensões têm um século de existência. A Troika tem apenas dois anos. 5. As negociações para a grande coligação alemã que reunirá o CDU, o CSU e o SPD, ou seja, dois partidos democratas cristãos e o partido social democrata, ainda não foram dadas por concluídas. Vinte mesas negociais, e mais de trezentos especialistas e dirigentes políticos estão envolvidos num rendilhado de propostas onde tudo estará previsto até ao limite do possível e onde tudo será executado fielmente. Concluídos os acordos, eles serão apresentados aos partidos que os votarão com pleno conhecimento de causa, sem directórios a decidir por eles. Pouco se sabe do que se discute e os nossos colegas deputados alemães, mesmo que saibam, guardam sempre não apenas prudente silêncio, mas rigoroso sigilo. À alemã. Todos têm a noção da importância europeia destas negociações. 6. Pouco acompanho o futebol mas reconheço em Cristiano Ronaldo muito mais que um executante de génio. Ronaldo é um trabalhador incansável. Não esbanja talento, condiciona-o. Não se desgasta em vidas mediatizadas, trabalha mais que os outros, fica mais tempo no campo a afinar o remate, exercita musculação e destreza física que o leva, aos vinte e oito anos, a correr como gazela, como se tivesse dezoito. Disciplinou-se em Inglaterra com RAFAEL MARCHANTE/REUTERS quase um ano inteiro a ganhar estofo, entrando em jogo apenas nos dez minutos finais. Sabedoria dos mestres. Associa agora outra sabedoria, a de lidar com os media e enfrentar adversários poderosos e invejosos que se comprazem em o diminuir. As suas declarações contidas, certamente preparadas, têm sido um exemplo de boa comunicação política. Vão merecer estudo. 7. Luís Capoulas conseguiu uma tremenda vitória política, técnica e económica com a aprovação da nova política agrícola comum, negociada à minúcia. Outro exemplo de imenso trabalho, enorme experiência acumulada, fino talento negocial. Capoulas não se limitou a pegar numa proposta de uma Comissão fraca e com pouco brilho. Conversou com todos, investigou o que cada um pretendia, mediu as forças em presença, aprumou as inovações, reorientada a PAC para um modelo mais equilibrado e mais verde e manobrou habilmente. Como confessou, os seus principais adversários estava no seu grupo parlamentar, o que tornava ainda mais difícil a negociação. E sobretudo conseguiu vantagens para Portugal, não apenas financeiras, mas a maior de todas, a prossecução da linha que inaugurou quando ministro de Guterres e de Sócrates, de modernizar a nossa agricultura. Um homem experiente, sabedor e cheio de bom senso é um activo precioso. Felizmente que o Governo o reconheceu. Deputado do PS ao Parlamento Europeu. Escreve à segunda-feira Página 92

97 Tiragem: Pág: 16 A93 ID: Âmbito: Informação Geral Área: 26,85 x 30,32 cm² Corte: 1 de 2 Reformados da Metro e da Carris ameaçam regressar ao trabalho Suspensão de complementos de reforma, que geram encargos anuais de 24,5 milhões de euros, afecta actualmente 5600 aposentados e pensionistas das duas empresas de transportes detidas pelo Estado Transportes Raquel Almeida Correia Os aposentados da Metro de Lisboa e da Carris que deixaram as duas empresas antes de atingirem a idade de reforma pretendem avançar com acções judiciais para serem readmitidos nos seus postos de trabalho. Argumentam que a suspensão dos complementos de pensão, proposta inscrita no Orçamento do Estado (OE) para 2014 e já aprovada na semana passada no Parlamento, muda por completo as condições em que aceitaram sair destas transportadoras públicas.o provedor de Justiça irá recebê-los a 3 de Dezembro. Um dos membros da comissão que representa os reformados da Metro de Lisboa, Pedro Vazão de Almeida, avançou que há um grupo de pessoas que vai avançar para os tribunais com o objectivo de serem readmitidas, caso a medida avance. Depois de terem sido estimuladas a deixar o emprego, foram-lhes dadas garantias que hoje se preparam para lhes retirar. Se essas garantias não tivessem sido dadas, não teriam saído das empresas, explicou. O pedido de readmissão terá sempre de passar por uma via judicial, mas as expectativas são altas. É altamente provável que seja dada razão a estas pessoas, visto que foi o compromisso de pagamento dos complementos que as levou a tomar a decisão de se reformarem antecipadamente, numa altura em que as pré-reformas foram incentivadas para reduzir os custos com pessoal, acrescentou. Estes complementos, que existem há várias décadas nas duas empresas, foram criados para que, numa situação de reforma, os trabalhadores não perdessem uma parte substancial dos seus rendimentos. E, por isso, servem para compensar o diferencial entre o último salário auferido e a pensão a que têm direito. Actualmente, 1167 aposentados da Metro de Lisboa têm direito a estas verbas, aos quais acrescem outros 2619 da Carris. A este grupo juntamse 240 pessoas que recebem uma pensão de sobrevivência (por motivos de viuvez) da primeira empresa e mais 1619 da segunda, o que perfaz um total de 5645 beneficiários, de acordo com dados facultados pelas Medida que suspende os complementos de reforma afecta de forma directa 2619 ex-trabalhadores da Carris e mais 1167 da Metro de Lisboa duas transportadoras do Estado. Actualmente, a Metro de Lisboa e a Carris têm encargos anuais de 24,5 milhões de euros com estes complementos, com maior peso para a primeira (13,5 milhões). Mas existem responsabilidades futuras com outros 3374 trabalhadores que ainda estão no activo e teriam direito a receber estas verbas. A partir de um certo momento, as empresas acordaram com os sindicatos que só os funcionários que entrassem até determinado ano (2004 no caso da Metro) receberiam complementos. No OE para o próximo ano, o Governo inscreveu a suspensão do pagamento destas verbas em empresas que apresentassem prejuízos durante três anos consecutivos. Uma situação que é historicamente transversal ao sector público de transportes, não só devido ao desequilíbrio natural entre receitas e custos, mas sobretudo fruto do endividamento galopante (que foi crescendo à medida que começaram a fazer obra a mandato do Estado). No entanto, apenas a Metro de Lisboa e a Carris pagam este tipo de complementos. Os partidos da maioria apresentaram, a 15 de Novembro, uma proposta de alteração ao OE que prevê que a suspensão atinja apenas os beneficiários que tenham rendimentos superiores a 600 euros mensais e que o pagamento destas verbas seja retomado quando as empresas derem lucros durante três anos (o Governo estipulava um prazo de cinco). Foi esta a formulação final da medida, que Pedro Vazão de Almeida considera ser uma mera alteração cosmética por excluir apenas duas dezenas de reformados e pensionistas, que foi aprovada no Parlamento, na semana passada, com os votos a favor do PSD e do CDS e contra de toda a oposição. A comissão que representa os apo- sentados já tinha avisado que pretende levar este tema até às últimas consequências. E, por isso, ainda acredita que a medida poderá não passar no crivo do Tribunal Constitucional. Pedido de fiscalização Depois de terem enviado uma carta ao Provedor de justiça (e também ao Presidente da República e de terem sido ouvidos por diferentes grupos parlamentares) os reformados vão ser recebidos por José de Faria Costa a 3 de Dezembro. A intenção é que seja pedida a fiscalização sucessiva do OE, já que a comissão acredita que viola princípios da Constituição, como o da confiança e da proporcionalidade, e defende que o impacto nos rendimentos dos beneficiários (que chega a cortes de 60% nos rendimentos) é grande face aos ganhos gerados. No dia seguinte têm marcada uma VASCO NEVES acção nas empresas: vão juntar-se todos para fazer a prova de vida que a Metro de Lisboa e a Carris exigem todos os anos por esta altura para continuar a pagar os complementos. Logo em Janeiro, os aposentados que pretendem avançar para os tribunais para regressar ao posto de trabalho vão fazê-lo de forma simbólica e colectiva, não havendo ainda uma data marcada para esta iniciativa. O PÚBLICO questionou a Metro de Lisboa e a Carris sobre a eventualidade de os reformados terem de ser readmitidos, mas as empresas não responderam. Esclareceram apenas que no caso das rescisões por mútuo acordo não se mantém, para futuro, a atribuição de qualquer complemento. Uma situação diferente daquela que existe com os aposentados. Tal como todo o sector, as duas transportadoras têm vindo, nos últimos três anos, a fazer um esforço para reduzir os seus quadros. Página 93

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