A seguir é apresentada uma descrição diária sucinta das atividades realizadas:

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1 SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS Gerência de Meio Ambiente - GMA Relatório de Vistoria nº 020 / 2010 GMA Brasília, 30 de dezembro de Com base no disposto nos Arts. 27 e 51-A da Lei nº /2001, durante o período de 18 à 19 de agosto de 2009, procedeu-se, por esta GMA, a atualização da avaliação da gestão ambiental no Porto de Ilhéus, administrado pela Companhia Docas da Bahia - CODEBA. 1. DADOS GERAIS DA VISITA Servidores da ANTAQ: Gustavo Henrique de Araújo Eccard - GMA Uirá Cavalcante Oliveira - GMA Contatos do Porto Eduardo Melquíades Gerente do Porto 2. OBJETIVO A vistoria teve como objetivo a aplicação do formulário do Sistema Integrado de Gestão Ambiental (SIGA) no Porto de Ilhéus, para coleta de informações relacionadas aos aspectos ambientais e ocupacionais de responsabilidade da CODEBA. Os trabalhos compreenderam visitas às instalações do porto, entrevistas com técnicos e análise de documentos. 3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES A seguir é apresentada uma descrição diária sucinta das atividades realizadas: 18 de agosto de 2009: Viagem de Brasília a Ilhéus/BA. Reunião no Porto de Ilhéus com o Gerente do Porto, Eduardo Melquíades, para acoleta de informações para o preenchimento do formulário SIGA. 19 de agosto de 2009: Preenchimento do formulário SIGA e visita ao cais público do Porto de Ilhéus. 4. DESCRIÇÃO E CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ASPECTOS ANALISADOS NÚCLEO AMBIENTAL O núcleo ambiental da CODEBA continua vinculado à Coordenação de Assuntos Estratégicos CAE, da Presidência da Companhia, instituída pelo Regimento Interno da Companhia. Esse núcleo possui sete pessoas. Considerando as demandas ambientais dos portos da Bahia, verificase que o núcleo não possui técnicos em número suficiente e com as diversas formações necessárias. A composição do quadro do núcleo ambiental é demonstrada na tabela abaixo: 1

2 Tabela com a composição profissional do núcleo ambiental da CODEBA. Nome Itamar Trindade Valadares Formação Economista, com especialização em Gestão Ambiental. Regina Mota Vanessa Green Engenheira Civil Abinael Meneses da Hora Técnico de Segurança do Trabalho Marcos Luis Pereira Santos Técnico de Segurança do Trabalho Ubirajara Simas Técnico de Segurança do Trabalho Pedro Jorge dos Santos Técnico de Segurança do Trabalho Entretanto, essa equipe que trata das questões ambientais fica lotada em Salvador, distante aproximadamente 450 km do Porto de Ilhéus. Está sendo estudada ainda uma reestruturação no organograma da CODEBA e a elaboração de Planejamento Estratégico da Companhia. Foi verificado que o núcleo ambiental continua sem possuir orçamento próprio e que os recursos disponibilizados para a área ambiental não atendem de forma satisfatória todas as suas demandas. Com relação à estrutura logística, verificou-se que o núcleo ambiental da CODEBA apenas dispõe de sala própria, alguns computadores e equipamentos de comunicação móvel (rádio e celular). Avaliação: Este aspecto foi considerado parcialmente atendido. TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO Em julho de 2006 foi realizado em Salvador o curso Qualidade Ambiental e Atividade Portuária no Brasil, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA e pela ANTAQ. O curso fazia parte do Programa Train-Sea-Coast Brasil (DOALOS/ONU) e foi direcionado ao público atuante nos portos de Salvador, Aratu e Ilhéus. Esse público contemplou representantes da administração portuária, de órgãos públicos, organizações não-governamentais e empresas privadas, sobretudo aqueles que, direta ou indiretamente, trabalhavam com temas da área ambiental. O objetivo do curso era apresentar um conjunto de conteúdos que possibilitasse o encaminhamento institucional para a implementação do sistema de gestão ambiental nos portos administrados pela CODEBA. Contudo, essa realidade ainda não foi alcançada. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Regularização O porto não possui licença de operação (LO). O processo de licenciamento ambiental para regularização do Porto de Ilhéus está sendo conduzido pelo IBAMA. Atualmente o IBAMA aguarda a elaboração do estudo ambiental (Plano de Controle Ambiental - PCA) pela CODEBA para dar prosseguimento ao processo, depois de ser fornecido um novo Termo de Referência para o porto. 2

3 O porto de Ilhéus possui projetos para a construção de novos berços por meio de aterros hidráulicos. Avaliação: Este aspecto foi considerado não atendido. DRAGAGENS PORTUÁRIAS O porto de Ilhéus possui profundidade de projeto de 10,00 metros para o canal de aproximação, para a bacia de evolução e para os berços. Atualmente, o canal encontra-se com profundidade de 9,50 metros. Atualmente, os processos de licenciamento das dragagens de manutenção do Porto de Ilhéus são abertos no IBAMA, entre eles: ampliação do molhe e aterro hidráulico de retroárea, dragagem de manutenção e dragagem de aprofundamento para a cota 14,00 e de contenção do cais. No primeiro caso, foi requerida a LI e o processo encontra-se em análise pelo IBAMA. No caso da dragagem de manutenção, foi realizado estudo de análise de sedimento. Para a dragagem de aprofundamento e contenção de cais, o EIA-RIMA vem sendo elaborado. Existem duas áreas de disposição final do material dragado. No caso de material argiloso, este será depositado em mar aberto, a sete milhas da costa. No caso de arenoso, será depositado em aterro hidráulico para ampliação do porto. PLANO DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO PDZ O PDZ do Porto de Ilhéus foi elaborado em fevereiro de 2008, aprovado pelo CAP em Agosto de 2008 e publicado em janeiro de Em agosto de 2007 foi concluído o Plano Diretor Portuário do Estado da Bahia - PDP/Bahia (Contrato nº 009/2006 entre a CODEBA e a DZETA Engenharia Ltda, com base na Portaria MT nº 22, de 03/02/2005). O objetivo do PDP/Bahia seria fortalecer o modal portuário do Estado através da definição de diretrizes gerais para o estabelecimento de critérios e normas de utilização, operação e construção das diversas instalações e facilidades, das áreas de uso privativo da CODEBA e das áreas de interesse para arrendamento. Segundo o relatório do PDP/Bahia, existe a necessidade da elaboração de um Plano Estratégico direcionado à revitalização do setor e que, dentre outros aspectos, considerasse as medidas necessárias para redução do impacto ambiental causado pela queima de combustíveis fósseis. O PDP/Bahia indica também a carência no Estado de um Plano Integrado de Zoneamento Costeiro que pudesse definir o uso potencial das frentes marítimas no Estado da Bahia, incluindo a identificação de zonas direcionadas à adequada expansão do setor portuário. Neste contexto, o PDP/Bahia considera o aspecto ambiental como necessário para a avaliação das áreas a serem destinadas à implantação de novos terminais e portos. Por fim, o Anexo C do PDP/Bahia foi dedicado exclusivamente às questões ambientais. Entretanto, o conteúdo do anexo corresponde apenas à um mero relato das ações ambientais já desenvolvidas ou em andamento nos portos da CODEBA, incluindo referências às recomendações de estudo pretéritos, como a Auto-Avaliação Ambiental Estratégica concluída em junho de O PDP/Bahia não apresentou uma análise das características ambientais dos modelos atuais de zoneamento do setor portuário no Estado, de forma que pudesse relacioná-lo com as políticas e planos existentes para o gerenciamento costeiro, desenvolvimento urbano e preservação ambiental. 3

4 AUDITORIA AMBIENTAL Com base na Lei no 9.966/2000 (Art. 9o) e na Resolução CONAMA nº 306/2002, todas as entidades exploradoras de portos devem promover auditorias ambientais bienais com o objetivo de avaliar os sistemas de gestão e controle ambiental em suas unidades. Verificou-se que o Porto de Ilhéus não realizou tal auditoria. Avaliação: Este aspecto foi considerado não atendido. PLANO DE EMERGÊNCIA INDIVIDUAL (PEI) O Porto de Ilhéus ainda não dispõe de Plano de Emergência Individual implantado de acordo com as disposições da Lei 9.966/2000 e da Resolução CONAMA 398/2008, nem dispõe de recursos próprios, humanos e materiais, para eventual utilização em caso de derramamento de óleo. Algumas informações que podem ser relacionadas ao PEI estão presentes no Plano de Controle de Emergência (PCE) e no Plano de Ajuda Mútua (PAM) previstos na NR 29 do Ministério do Trabalho e Emprego. O atendimento a eventuais vazamentos pode ser feito pela Petrobras, mas não há um convênio ou acordo que formalize tal ação. Avaliação: Este aspecto foi considerado não atendido. Abastecimento - O abastecimento de combustível para as embarcações é realizado por meio de barcaças e caminhões-tanque. Podem ocorrer com os navios fundeados ou atracados. Nessa operação são colocadas barreiras de contenção de forma preventiva. Os procedimentos são regulados pela CODEBA através da sua Norma para Acompanhamento do Abastecimento de Navios aprovada pela Diretoria Executiva em 15/04/2003. Plano de Área - Não existe plano de área consolidando os PEI das instalações portuárias existentes do Porto de Ilhéus. Conforme a Lei 9.966/2000 (Art7o, 2o), a responsabilidade pela consolidação dos planos de emergência individuais em um único plano de emergência para a área envolvida cabe às entidades exploradoras de portos organizados e instalações portuárias, sob a coordenação do órgão ambiental competente. Avaliação: Este aspecto foi considerado não atendido. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS Resíduos de navios - O porto não dispõe de instalações próprias para o recebimento e tratamento dos diversos tipos de resíduos das embarcações. A retirada e transporte de resíduos da área portuária até a destinação final é realizada por pessoas físicas contratadas pelos agentes dos navios e as suas operações no porto são controladas pela CODEBA, ANVISA e Receita Federal. Os resíduos retirados das embarcações são destinados ao lixão da cidade de Ilhéus. Resíduos do porto Os resíduos originados durante operações de embarque e desembarque de cargas devem ser removidos pelos operadores portuários. As áreas do porto devem ser devolvidas limpas após as operações. 4

5 PGRS - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) foi elaborado, mas ainda não encontra-se implantado. Plano de Contingência de Influenza O Porto de Ilhéus não foi contemplado com ações para elaboração e implantação de um Plano de Contingência para Influenza. Coleta Seletiva - A coleta seletiva no porto funciona de forma precária. Avaliação: Este aspecto foi considerado parcialmente atendido. OUTROS SERVIÇOS PORTUÁRIOS Serviços de água e esgoto O abastecimento de água para o porto e para os navios é realizada pela Embasa, empresa pública de saneamento. Há monitoramento da qualidade da água fornecida. Manutenção e Pintura de Casco de Embarcações Não é realizada no Porto de Ilhéus Oficinas Mecânicas A Autoridade Portuária possui oficinas na área do porto, mas apenas para a realização de pequenos reparos elétricos. NORMAS E PROCEDIMENTOS INTERNOS O porto de Ilhéus não dispõe de manual de procedimento interno para o gerenciamento dos riscos de poluição, bem como para a gestão dos diversos resíduos gerados ou provenientes das atividades de movimentação e armazenamento de óleo e substâncias nocivas ou perigosas, conforme previsto na Lei 9966/2000. Avaliação: Este aspecto foi considerado parcialmente atendido. Apesar de não existir o manual de procedimento interno, a CODEBA possui normas internas que disciplinam as seguintes atividades: Acompanhamento de serviços de limpeza, tratamento e pintura nos conveses e costados dos navios, com o objetivo de regulamentar procedimentos relacionados ao controle, acompanhamento e fiscalização desses serviços nos Portos Organizados da Salvador, Aratu e Ilhéus, com vistas a segurança no trabalho e proteção do ambiente marinho. Acompanhamento do abastecimento de navios, com o objetivo de regulamentar procedimentos relacionados ao controle, acompanhamento e fiscalização dos serviços de abastecimento de combustível para navios atracados e fundeados, a contrabordo, através de caminhões tanques ou através de outras modalidades (tanques power teck e tonéis) nos Portos organizados de Salvador, Aratu e Ilhéus, com vistas a segurança no trabalho e proteção às pessoas e ao ambiente marinho. Gerenciamento de resíduos, com o objetivo de regulamentar os procedimentos para gerenciamento de resíduos nos Portos Organizados administrados pela Companhia a fim de assegurar a preservação do meio ambiente, a promoção da vigilância epidemiológica e do controle de vetores, impedir a introdução e disseminação de pragas e agentes etiológicos de doenças que constituam ou possam constituir riscos à agropecuária, de forma a garantir a sanidade dos produtos importados e exportados. 5

6 POLUIÇÃO SONORA O gerenciamento de ruídos no porto faz parte do seu Plano de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA. Segundo o Núcleo Ambiental, não há registros de reclamações da comunidade relacionadas à geração de ruídos pelas atividades portuárias. Entretanto, não houve certeza sobre o atendimento à legislação que trata do assunto, em especial a NBR , NBR , a Resolução CONAMA no 001/1990 e a NR15-MTE, inclusive porque não há monitoramento dos ruídos. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS E POEIRA As principais fontes de emissões de gases do efeito estufa identificadas no Porto de Ilhéus são: caminhões, navios atracados, outras embarcações (rebocadores, lanchas) e veículos utilizados em operações com cargas. Não existe iniciativa do porto ou empresas para adoção de medidas de redução das emissões. Já houve reclamações da população da cidade em relação à poeira gerada pela movimentação de cargas da Bungue Alimentos. A empresa realizou um estudo para modificação da operação para diminuir a quantidade de poeira gerada. PASSIVOS AMBIENTAIS Em agosto de 2010 o Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus ajuizou ação civil pública contra a União (ACP no ) em razão de graves danos socioeconômicos e ao meio ambiente provocados pela construção do Porto de Ilhéus sem qualquer estudo de impacto ambiental. A infra-estrutura do porto vem causando a erosão das praias localizadas ao norte em razão do avanço do mar e o alargamento das praias ao sul em virtude do acúmulo de areia. O Porto de Ilhéus foi o primeiro a ser construído em mar aberto no Brasil, tendo sido inaugurado em 1971, anteriormente à Lei no 6.938/19811 e à Resolução Conama no 01/ Entretanto, MPF entenderia que a União sabia que da forma como foi idealizado, a construção do porto causaria os problemas hoje observados. O MPF pediu que a Justiça Federal concedesse liminar determinando que a União elaborasse estudos de campo, por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), para identificação das obras necessárias à contenção efetiva da erosão e do assoreamento das praias. Além disso, a União também deverá apresentar um plano de recuperação das áreas degradadas (Prad) e que não promova a dragagem de aprofundamento do porto até que os processos de erosão e assoreamento sejam definitivamente contidos. No julgamento do mérito da ação, o MPF pede ainda que a União seja condenada a realizar o pagamento de indenização às famílias e comerciantes dos bairros de São Miguel e São Domingos que sofreram prejuízos financeiros com o avanço do mar sobre o continente, bem assim o pagamento de indenização pelos danos ambientais causados. Em contato com a Procuradoria da República Polo Ilhéus/Itabuna,3 autora da Ação, fomos informados que até o momento ainda não houve o retorno da Justiça Federal. 1 Que instituiu a avaliação de impactos ambientais e o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras como instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. 2 Que dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. 3 Procuradores: Flávia Galvão Arruti / Eduardo Ribeiro Gomes El Hage - Endereço: Rua Marquês de Paranaguá, n Ed. Paranaguá - Centro, CEP Ilhéus/BA - Tel.: (73) / Fax.: (73) prmilh@prba.mpf.gov.br. 6

7 O problema relacionado à poeira gerada pela movimentação de carga e a presença de um tanque de diesel para abastecimento de embarcações pesqueiras sem bacia de contenção também merecem destaque para eventuais melhorias. CARGAS PERIGOSAS O Porto não armazena nenhuma classe de produtos perigosos previstos no IMDG Code da Organização Marítima Internacional (IMO). SEGURANÇA PORTUÁRIA O Porto de Ilhéus possui setor de segurança com a denominação Unidade de Segurança para a implantação do ISPS Code, com atribuição formal no regimento interno da CODEBA. E presente no organograma da empresa..houve aprovação do Plano de Segurança Pública Portuária pela CONPORTOS e não existem mais obras para a sua implantação. Existem 19 câmeras (fixas e móveis) para a vigilância do porto. O porto possui certificação do Plano de Segurança por meio de Declaração de Cumprimento (DC). PCE / PAM Plano de Controle de Emergência (PCE) - O porto possui PCE, mas não está implantado por falta de recursos. Ele contempla procedimentos apenas para combate a incêndio e explosão. O porto público possui brigadas de incêndio e sistema de alarme de para situações de emergência. Há a realização de treinamentos previstos no PCE, mas os simulados ainda não ocorrem. Plano de Ajuda Mútua A CODEBA apresentou o Plano de Ação para implantação do PCE-PAM do porto de Ilhéus, mas faltam equipamentos e mão de obra para a sua implantação. Avaliação: Este aspecto foi considerado parcialmente atendido. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) O porto público possui Plano de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), previsto também na NR 29. A versão desse plano encontra-se desatualizada, pois foi elaborada em fevereiro de SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO A CODEBA não dispõe de SESMT para atendimento dos seus funcionários. O SESSTP é mantido pelo OGMO, mas tem participação da CODEBA. O setor de segurança do trabalho da CODEBA é subordinado à CAE. Não existe certificação referente ao Sistema de Gestão de Saúde e Segurança (OHSAS 18001). O Porto de Ilhéus conta com 120 trabalhadores portuários avulsos e 37 vinculados à CODEBA. O OGMO possui 1 técnico de segurança do trabalho. Avaliação: Este aspecto foi considerado não atendido. 7

8 POLÍTICA AMBIENTAL E AGENDA AMBIENTAL PORTUÁRIA LOCAL Política Ambiental - A CODEBA possui uma Política Ambiental desde junho de 2005, na qual, através da sua Diretoria Executiva, compromete-se a realizar suas atividades preservando o meio ambiente, a segurança e a saúde da comunidade interna e externa com as quais interage. Sua versão mais recente foi ratificada em abril de O documento enumera algumas ações a serem cumpridas pela CODEBA, dentre elas: Implantar Manter um Sistema de Gestão Integrada de Meio Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho; os portos preparados para emergências; Implementar continuamente programas de educação, capacitação e comunicação; Fiscalizar e avaliar periodicamente as atividades portuárias quanto ao cumprimento do estabelecido na presente Política. Cabe ressaltar, entretanto, que a Política Ambiental da CODEBA ainda não está totalmente implementada. Agenda Ambiental - No âmbito da gestão ambiental portuária e considerando as diretrizes da Portaria CIRM nº 005/1998, a construção de uma Agenda Ambiental Portuária Local visa dar celeridade ao atendimento dos aspectos ambientais e implantação de outros compromissos com a qualidade do meio ambiente, considerando para tanto as particularidades locais de cada ambiente portuário. Devem ser contemplados nesta Agenda os instrumentos (como planos, projetos e programas), as metas e as responsabilidades que possam ser assumidas pelo universo de atores presentes no dia-a-dia dos portos. Conforme apresentado no item deste relatório sobre capacitação, entre 24 e 28 de julho de 2006 foi aplicado o curso Qualidade Ambiental e Atividade Portuária no Brasil para representantes da CODEBA e de outras instituições e empresas envolvidas nos portos da Bahia. A realização deste curso tinha como uma das suas finalidades preparar a comunidade portuária para trabalhar na elaboração e adoção da agenda ambiental dos portos da CODEBA, mas esse objetivo ainda não foi alcançado. 8

9 5. SITUAÇÃO ATUAL DE ATENDIMENTO DAS CONFORMIDADES O quadro abaixo ilustra a situação do desempenho ambiental do Porto de Ilhéus com base no atendimento dos aspectos ambientais levantados pela aplicação do formulário do SIGA. Esta avaliação ambiental é a primeira que a ANTAQ realiza no porto. QUADRO 2009 CERTIFICAÇÃO ISPS NÚCLEO DE SEGURANÇA (ISPS) CARGAS PERIGOSAS PCE PPRA SESSTP MANUAL DE PROCEDIMENT OS P/ GERENC.DE RISCOS AUDITORIA AMBIENTAL PGRS PEI LICENCIAMENTO QUALIFICAÇÃO DO NÚCLEO AMBIENT AL PORTO NÚCLEO AMBIENTAL QUADRO COM A AT UAL SIT UAÇÃO DE AT ENDIMENT OS ÀS PRINCIPAIS CONFORMIDADES AMBIENT AIS, DE SEGURANÇA OCUPACIONAL E PORT UÁRIA Porto de Ilhéus- BA 6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Considerando o exposto acima, verificou-se que a administração do Porto de Ilhéus ainda não atende adequadamente diversos aspectos ambientais considerados no SIGA. Os aspectos listados abaixo foram classificados como parcialmente atendidos ou não atendidos, devendo a administração do porto desprender esforços para buscar suas conformidades: Qualificação do Núcleo Ambiental Como qualquer outro setor dentro da estrutura organizacional de um porto, o Núcleo Ambiental deve ser formado por profissionais com conhecimentos em gestão ambiental e sobre os aspectos e impactos ambientais das atividades portuárias. Dessa forma, a equipe deve possuir caráter multidisciplinar e, no caso da CODEBA, deve ser dimensionada para atender as demandas dos seus três portos. A administração deve ainda apoiar a contínua capacitação dos integrantes do Núcleo Ambiental, conforme definido na Política Ambiental da empresa. Além disso, deve-se ressaltar que a estrutura ambiental da CODEBA encontra-se localizada em Salvador, muito distante do Porto de Ilhéus. Seria importante a manutenção permanente de algum técnico lotado no próprio porto para tratar de questões ambientais específicas da unidade portuária. Licenciamento Ambiental A Autoridade Portuária deve dar especial atenção à promoção da regularização ambiental do Porto de Ilhéus, cujo processo no IBAMA iniciou-se em Auditoria Ambiental O porto de Ilhéus deverá realizar auditoria ambiental. Após realização dessa primeira auditoria, a Administração do porto deve realizá-la a cada dois anos, em conformidade com o art. 9º da Lei 9.966/2000 e a Resolução CONAMA nº 306/2002; Plano de Emergência Individual - PEI A administração deve, o quanto antes, se adequar aos dispositivos da Lei nº 9.966/2000 e da Resolução CONAMA nº 398/2008, implantando o PEI do Porto de Ilhéus, atestando junto ao órgão ambiental competente a sua capacidade operacional de resposta à emergências envolvendo vazamentos de óleo; 9

10 Gerenciamento de Resíduos - O porto não dispõe de instalações próprias para o recebimento e tratamento dos diversos tipos de resíduos das embarcações. Os meios também não são considerados adequados, visto que a Autoridade Portuária possui pouco controle sobre a pessoa física prestadora do serviço. Além disso, deverá ser implantado o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos na área portuária, com ações do tipo: coleta seletiva, capacitação e treinamento, locais de confinamento, entre outros. Manuais de Procedimento Interno o porto deve elaborar para o gerenciamento dos riscos de poluição, bem como para a gestão dos diversos resíduos gerados ou provenientes das atividades de movimentação e armazenamento de óleo e substâncias nocivas ou perigosas, conforme previsto na Lei 9966/2000. Outra possibilidade é a elaboração de outras normas internas que disciplinem atividades potencialmente poluidoras dentro da área portuária. Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) o porto deve possuir SESMT para atender as normas regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Plano de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) o porto deverá atualizar o PPRA para atender a NR 29 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que diz que tal plano deve ser periodicamente atualizado. Plano de Controle de Emergência (PCE) o porto deverá implantar o PCE, assim como o PAM a fim de atender o que determina a NR 29 do MTE. Agenda Ambiental Recomenda-se que a CODEBA promova, juntamente com as demais empresas e instituições intervenientes do porto, a Agenda Ambiental Portuária Local. Poluição Sonora O porto deve verificar o atendimento à legislação que trata do assunto, em especial a NBR , NBR , a Resolução CONAMA no 001/1990 e a NR15-MTE; Emissões Atmosféricas Considerando que o Porto de Ilhéus está localizado em área urbana, recomenda-se que a Administração estude a possibilidade de adotar medidas que minimizem as emissões atmosféricas, sobretudo de material particulado decorrente das operações portuárias. Gustavo Henrique de Araújo Eccard Especialista em Regulação Uirá Cavalcante de Oliveira Especialista em Regulação 10

11 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO Porto de Ilhéus. Porto de Ilhéus. Porto de Ilhéus.

12 Porto de Ilhéus. Resíduos da movimentação de cargas no Porto de Ilhéus. Porto de Ilhéus.

13 Porto de Ilhéus. Porto de Ilhéus. Rua de acesso ao Porto de Ilhéus.

14 Área ao sul do Porto de Ilhéus, onde ocorreu o assoreamento. Molhe do Porto de Ilhéus com área assoreada. Fonte: Petrobras. Região ao norte do Porto de Ilhéus, onde ocorreriam problemas de erosão costeira. Fonte: Google Earth.