Ricardo Correia Bioquímica
|
|
- Marcos Azeredo Brandt
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Ricardo Correia Bioquímica
2 Índice Introdução.. 2 Bases moleculares da PAF Manifestações. 12 Diagnóstico.. 14 Tratamento Conclusão Resumo Bibliografia
3 Introdução A amiloidose pode ser definida como a deposição extracelular da proteína fibrosa amilóide num ou mais locais do corpo. O amilóide é amorfo, eosinofílico, extracelular e de distribuição ubíqua. Os órgãos afectados apresentam consistência elástica e um aspecto céreo, rosado ou cinza. O aumento dos órgãos, especialmente do fígado, dos rins, do baço e do coração, pode ser proeminente. Ao exame microscópico, o amilóide adquire uma coloração rósea com a hematoxilina-eosina e mostra metacromasia com cristal violeta (isto é, cora-se com cor diferente daquela que cora os demais tecidos). Em vez de verde ou roxo cora de vermelho aos corantes verde metileno, violeta de cresila e violeta de genciana. O melhor corante para a identificação do amilóide é o vermelhocongo produzindo a sua coloração uma birrefrigência esverdeada peculiar (as vezes vermelha ou azul amarelada) quando os cortes examinados no micorscópio de polarização, sendo este o procedimento mais útil para estabelecer a presença de amilóide, e ao exame com ultra violeta mostra uma fluorescência avermelhada. Biopsia de língua corada por hematoxilina-eosina: substâncias róseas distribuídas entre fragmentos musculares sugerindo substância amilóide. 2
4 Biopsia de língua corada com vermelho Congo: birrefringência no microscópio com luz polarizada. A) Biopsia cardíaca corada com vermelho Congo específico para substância amilóide (a substância amilóide apresenta-se com a coloração avermelhada no interstício e ao redor dos vasos; B) biopsia cardíaca corada com hematoxilina-eosina (a substância amilóide não se cora como se pode observar ao redor dos vasos e no interstício; C) biopsia hepática corada com vermelho Congo mostrando a substância amilóide em tom avermelhado ao redor dos vasos e, em menor intensidade no interstício; D) biopsia hepática corada pela hematoxilina-eosina mostrando o infiltrado amilóide em tom claro em torno dos vasos e no interstício (aumento 400x ). Todos os tipos de amilóide humano consistem em fibrilas finas, rígidas e sem ramificação que, nos cortes teciduais, medem cerca de 10 x 10-9 m 3
5 (100 Ǻ) de diâmetro. As fibrilas amilóides isoladas possuem um aspecto fibroso delicado, fino e sem ramificações. A fibrila (ou filamento) individual possui um diâmetro de aproximadamente 7 x 10-9 m (70 Ǻ) e tende a agregar-se lateralmente. Cada fibrila (filamento) possui subunidades de protofibrilas de 3 a 3.5 x 10-9 m (30 a 35 Ǻ) de diâmetro. A difracção aos raios X de fibrilas isoladas de amilóide revela em padrão beta cruzado, o lençol pregueado de Pauling e Corey, indicando que as cadeias polipeptídicas se dirigem transversalmente ao eixo longitudunal da amostra de fibrila. Estas proteínas constituintes do amilóide, principalmente com aminoácidos ácidos (em inúmeras sequências diferentes) formam peptídeos empilhados e dobrados, isto é, adquirem uma estrutura em folha pragueada beta ( pragueamento β ), que lhe confere a característica de resistência à degradação, formando uma estrutura molecular em lâmina ou folha pragueada antiparalela, semelhante à β-queratina. Modelo de uma fibrila. 4
6 Modelo de 4 fibrilas. 5
7 Bases moleculares da PAF A polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), mais conhecida por doença dos pezinhos ou paramiloidose, foi descrita pela primeira vez na população portuguesa, em doentes da região da Póvoa do Varzim, em 1952, pelo eminente neurologista, o Professor Corino de Andrade. A doença dos pezinhos é uma doença neurológica, crónica, progressiva e hereditária de transmissão autossómica dominante que afecta o sistema nervoso nas suas vertentes motora, sensitiva e autónoma. A Paramiloidose continua ainda a ser uma doença incurável. Pensando-se que esta era uma doença tipicamente portuguesa, rapidamente se verificaram outros casos por todo o mundo. Daí afirmar-se que a propagação da doença a nível mundial ter sido feita pelos portugueses através das suas rotas de comércio e de navegação, principalmente para a Suécia e Japão. Outra hipótese levantada é a de terem sido os Vikings a trazerem esta doença para o nosso país. A PAF está associada à deposição nos tecidos em particular nos nervos da substância fibrilar altamente insolúvel amilóide. As fibras de amilóide são constituídas por sub-unidades de uma proteína do sangue que transporta hormonas da tiróide e Vitamina A. Em situações normais, a transtirretina (TTR) que circula no sangue é solúvel nos tecidos, contudo, quando ocorrem determinadas mutações na TTR que alterem a sua estrutura, por razões ainda desconhecidas, esta proteína forma fibras de amilóide nos tecidos. A substituição de uma única base, de valina por metionina, em posição 30 origina TTR Met 30, que é a principal forma mutada de TTR nos doentes de PAF, em Portugal. A mutação é transmitida de uma forma autossómica dominante. Se o progenitor for portador heterozigótico (quase todos os casos), a probabilidade de um filho ser também portador da mutação é de 50%. A mutação Met 30 ocorre em diferentes países do mundo, tendo o seu maior foco em Portugal, seguido do Japão, Suécia, a ilha de Maiorca, Brasil e Itália. A doença tem idade de início entre os 25 e 35 6
8 anos (podendo ocorrer depois dos 50), inicia-se nos membros inferiores, afectando a sensibilidade aos estímulos (por exemplo, térmicos), a capacidade motora, e é fatal, com evolução média, em 10 anos. As fibras de amilóide resultam duma alteração (mutação) no braço longo do cromossoma 18 do gene que codifica a TTR. A substituição neste gene de um único nucleótido (unidade estrutural dos ácidos nucleicos) em adenina por um em guanina (bases constituintes dos nucleótidos), na posição 30, leva a que seja codificado o aminoácido metionina (Met) em vez de valina, o qu vai originar uma proteína com características diferentes. Como é dominante, se os indivíduos forem homozigóticos (tiverem os dois elementos do par do cromossoma 18 com a mutação) têm 100% de probabilidade de transmitir a doença aos seus descendentes. Se forem heterozigóticos (só um dos cromossomas afectado) a probabilidade desce para 50%. O facto de um indivíduo ser homo ou heterozigótico parece não agravar a sintomatologia, havendo até casos de homozigotas assintomáticos. 7
9 Substituição duma Adenina por uma Guanina, no exão 2, levando à substituição de uma Valina original por uma Metionina na posição 30 da proteína (TTR Val30Met). Enquanto a TTR normal é solúvel no plasma e estável nos tecidos, a mutada é solúvel no plasma mas instável nos tecidos, polimerizando (agregando) e formando fibras de amilóide. As fibras, ao serem observadas ao microscópio de luz polarizada, aparecem esverdeadas, devido à dupla refracção da luz incidente. Deposição de substância amilóide num tecido de PAF observado ao microscópio de luz polarizada. 8
10 Como existem outras proteínas com capacidade de polimerizar, quando os investigadores observam depósitos de amilóide em tecidos, para terem a certeza que se trata de TTR, coram-nos com anticorpos específicos dessa proteína obtidos após injecção de TTR num animal que a reconheça como proteína diferente. Localização de depósitos da TTR no tecido muscular corados com anticorpos. A TTR é uma proteína tetrámera (constituída por quatro subunidades), relacionada com o transporte da RBP (proteína de ligação da Vitamina A), de lípidos e da tiroxina (hormona da tiróide). Se o indivíduo for homozigota, tem as quatro subunidades mutadas, se for heterozigota poderá ter uma, duas ou três. No entanto, se o mecanismo de deposição das fibras for o mesmo, o que ainda está em investigação, tanto faz ser homo ou heterozigota. Existem outras mutações na TTR, algumas das quais não patogénicas, que estão associadas à Met 30. Em Portugal foram identificadas famílias com a dupla mutação (Met 30 e Met 119), verificando-se que a doença aparece mais tardiamente e a sua evolução é menos acentuada. A protecção que a segunda mutação (Met 119) faz da sintomatologia clínica está relacionada com o facto de, para se formarem fibras, haver necessidade da TTR se dissociar nas suas quatro subunidades. Como a Met 30 o faz muito facilmente e a Met 119 oferece grande resistência a essa dissociação, a associação das duas atenua a sintomatologia. 9
11 Proteína de tanstirretina (TTR) vista lateral. Proteína de transtirretina (TTR) vista superior. 10
12 Duas RBP ligam-se a um tetrámero de TTR. 11
13 Manifestações O acúmulo de grandes quantidades de amilóide pode comprometer o funcionamento normal de muitos órgãos. Os sintomas da amiloidose dependem do local onde o amilóide se acumula. Muitos indivíduos apresentam poucos sintomas, enquanto outros apresentam uma doença grave e potencialmente letal. A principal zona afectada pela doença são os membros inferiores (daí o nome doença dos pezinhos ), alastrando-se, contudo, mais tarde, aos membros superiores e outras zonas do corpo. A maioria dos casos começa com polineuropatia periférica (perda de destreza motora, dor e sensação), frequentemente seguida por alguns sinais nervosos autónomos. Relativamente às fibras motoras, verificam-se atrofias musculares, abolição dos reflexos tendinosos e uma marcha em steppage. A nível autónomo, são comuns os problemas cardíacos (desde a hipotensão ortostática até diferentes arritmias e obstruções auriculoventriculares de primeiro e segundo graus). A disfunção eréctil é um dos primeiros distúrbios. Desenvolvem-se então disfunções gastro-intestinais, com graves prisões de ventre e diarreias e, por vezes, incontinência fecal. Dificuldades nos esvaziamentos gástricos com náuseas e vómitos são também frequentes. As disfunções da bexiga com retenção ou incontinência estão ambas presentes em casos avançados da doença. A proteinúria é frequentemente a expressão do envolvimento dos rins, diminuindo a taxa de filtração glomerular e a diminuição do despejo da creatinina. Nas fibras sensitivas é normal a perda progressiva da sensibilidade, começando pela dor e temperatura e depois as sensações tácteis, vibratórias e articulares. Graças a uma das funções da TTR, a sua anormalidade leva também a perturbações oculares. Sinais e Sintomas da Amiloidose Doença cardíaca e arritmia Primária Doença renal, incluindo insuficiência Distúrbios gastrointestinais, como perfuração, sangramento, dismotilidade e obstrução 12
14 Aumento do fígado ( hepatomegalia ) Redução na função do baço Insuficiência da adrenal e outras glândulas Neuropatia, levando a impotência, problemas gastrointestinais e hipotensão ortostática ( quando se levanta rapidamente ) Síndrome do túnel do carpo Alterações neurológicas, como espessamento, mudança de cor, púrpura ao redor dos olhos Aumento na língua, dificuldade respiratória e apnéia nocturna Doenças pulmonares Inchaço nas articulações dos ombros Facilidade de sangramento Doença renal, incluindo insuficiência ( causa do óbito em 40-60% dos casos ) Secundária Aumento do fígado ( hepatomegalia ) Aumento do baço ( esplenomegalia ) Doenças cardíacas ( mais leve que nas outras amiloidoses ) Distúrbios do sistema nervoso Hereditária Distúrbios gastrointestinais, como diarreia e perda de peso Doenças cardíacas Doença renal 13
15 Diagnóstico O diagnóstico específico de amiloidose depende da obtenção de uma amostra de tecido por biopsia e da demonstração do amilóide com colorações apropriadas. No entanto, em quaisquer síndromes hereditárias, especialmente naquelas que apresentam uma modalidade autossómica dominante de herança e se caracterizam por neuropatia periférica, neufropatia ou cardiopatia, deve ser aventado o diagnóstico de amilóide. Ao suspeitar desse diagnóstico, convém realizar um aspirado da camada adiposa subcutânea abdominal ou uma biopsia retal. Se houver alguma razão específica para não realizar esses procedimentos, poderão ser biopsiados outros locais, tais como pele, gengivas ou o órgão suspeitado. Todos os tecidos obtidos devem ser corados com vermelho-congo e examinados ao microscópio de polarização em busca de birrefringência verde. Biopsia renal corada com vermelho Congo, mostrando o aspecto fluorescente da proteína amilóide. A PAF é uma doença autossómica dominante. Habitualmente, num indivíduo afectado ocorre a presença de uma cópia normal e de uma cópia alterada (mutação). A cada um dos filhos o indivíduo em causa transmite um dos genes (a cópia normal ou a mutação). O outro gene do indivíduo ser-lhe-á transmitido pelo outro elemento do casal. Independentemente da mutação estar presente no homem ou na mulher, da doença já se ter ou não manifestado (até mesmo no caso do doente já ter sido submetido a transplante hepático), de se tratar de um primeiro ou segundo filho, rapaz ou rapariga, a probabilidade de transmitir o gene normal é de 50% e a probabilidade de 14
16 transmitir a mutação também é de 50%. Como forma de evitar a transmissão da doença, os indivíduos com antecedentes familiares com PAF devem verificar se possuem o gene mutado. A prevenção da transmissão da doença permite aos casais em risco de terem filhos com a mutação, o nascimento de crianças que se sabe terem dois genes normais (e por isso nunca terão a doença nem a transmitirão a futuros descendentes). Uma possibilidade é proceder ao diagnóstico Pré-Natal, sendo realizada uma amniocentese às 14/16 semanas de gravidez. No caso do exame ser positivo (confirmação da presença da mutação no feto), faz-se a interrupção da gravidez por volta das 17 semanas. Contudo, este diagnóstico pode parecer agressivo para alguns casais sobre o ponto de vista ético, religioso e moral. Outra é o diagnóstico pré-implantatório. Nesta possibilidade há uma combinação de diversas áreas da biotnecologia: fertilização in vitro, cultura de embriões e sua biopsia, diagnóstico genético ao nível de uma única célula, amplificação da região do gene com interesse por PCR e detecção da mutação por análise de restrição enzimática, entre outros procedimentos. Neste método procede-se à administração de medicamentos e a uma vigilância da mulher, à colheita no laboratório das células da linha reprodutiva dos dois elementos do casal, à fertilização in vitro (conhecida como a técnica dos «bebés proveta») e ao teste dos embriões. Os embriões são criados em laboratório e ao terceiro dia já devem ter entre 8 a 12 células. Nessa altura faz-se uma biopsia, retirando-se duas células do embrião, sendo depois analisadas geneticamente de forma independente. Passado 42 horas tem-se o resultado e se o diagnóstico for negativo, o embrião é implantado no útero da mãe. Só são transferidos os embriões sem a mutação mas a mulher só fica grávida em cerca de 20% dos casos. Outra alternativa é a doação de gâmetas (neste caso as células não têm origem no elemento do casal com a mutação pelo que o filho não receberá dele nenhuma informação genética). 15
17 Tratamento Quando a amiloidose é causada por uma outra doença, o tratamento desta normalmente alentece ou reverte a amiloidose. No entanto, quando a amiloidose se manifesta em pacientes com mieloma múltiplo, as manifestações que resultam na hospitalização inicial estão relacionados muito mais à doença amilóide que ao mieloma. Nesses casos, o prognóstico é extremamente sombrio, e a expectativa de vida costuma ser inferior a seis meses. A amiloidose generalizada costuma ser uma doença lentamente progressiva que resulta em morte após vários anos, embora possa ter um melhor prognóstico do que se suspeitava no passado. A sobrevivência média na maioria das grandes séries é de um a quatro anos, porém inúmeros indivíduos com amilóide foram acompanhados por cinco a dez anos ou mais. Não existe uma terapia específica para qualquer variedade de amiloidose. A terapia racional deve ser dirigida para (1) reduzir os estímulos antigénicos crónicos que produzem o amilóide, (2) inibir a síntese e a deposição extracelular das fibrilas amilóides e (3) promover a lise ou a mobilização dos depósitos pré existentes de amilóide. Já foram utilizados inúmeros agentes para tratar a amiloidose, no entanto, não havendo qualquer prova da sua eficácia. Ainda não existe um tratamento etiológico para a polineuropatia amiloidótica familiar. Tratando-se de um caso de amiloidose hereditária com produção de transtiretina e, mesmo esta proteína causando lesões neurológicas e cardíacas fatais, ela é produzida no fígado, sendo o transplante hepático a única forma efectiva de travar a progressão da doença. O transplante deve ser realizado antes dos 50 anos de idade, início da doença há menos de 5 anos, sintomas localizados aos membros inferiores ou apenas alterações dos hábitos intestinais, ausência de sinais e sintomas de insuficiência renal ou cardíaca. A taxa de sobrevivência aos 5 anos após o transplante hepático é de 80%. O transplante hepático é uma hipótese terapêutica, iniciada na Suécia em 1991 e, em Portugal, pela Unidade de Transplante Hepático de Curry Cabral, 16
18 em O objectivo desta intervenção reside na diminuição da concentração de proteína mutada no plasma sanguíneo, já que mais de 90% da TTR Met 30 é produzida no fígado, pelo que se espera que o seu transplante pare a progressão da doença e que assim a TTR Met 30 desaparecesse do soro. Duas terapias têm sido usadas para reduzir os altos níveis de TTR Met30 no sangue para prevenir futuros depósitos ou para reduzir os já existentes: a imunoadsorção e a plasmoforese. Mas, também por não serem muito eficazes, se olha para o transplante hepático como a melhor solução. A Plasmapheresis necessita de ser repetida varias vezes por mês, o que não é prático e leva a uma deterioração da qualidade de vida. A Imunoadsorção levanta algumas dúvidas sobre a eficácia, custos e previsibilidade. Está provado que a TTR Met 30 desaparece do soro dos doentes brevemente após o transplante. Contudo, a duração da doença antes do transplante parece ser um importante factor para a melhoria. Os casos de sobrevivência diminuem em doentes com a doença sintomática há mais de 7anos. Há quem defenda a praticabilidade de um transplante fígado-coração (nos casos de disfunção dos 2 órgãos traz bons resultados). Às vezes recorre-se a um transplante triplo: coração, fígado e rim. A recuperação da temperatura ao nível dos pés e das mãos é breve após a cirurgia. A recuperação da função nervosa periférica é mais lenta e limitada. A melhoria nos distúrbios sensitivos e autónomos é observada durante o primeiro ano após o transplante. Não foram observados melhoramentos na função motora ou nos danos dos órgãos. Não pode ser esquecido que a TTR não é unicamente sintetizada no fígado, sendo também sintetizada nos plexos coroideos e na retina. A produção de TTR pelos plexos coroideos não cessa após o transplante de fígado. Os problemas oculares são comuns e podem-se tornar sérios após o transplante de fígado. Têm vindo a ser estudadas algumas novas possibilidades para o futuro para a cura da PAF, como: Fase de Priming, que consiste em impedir a dissociação do tetrámero em monómeros, e consequentemente formação de espécies intermediárias (potencialmente amiloidogénicas); Fase de Extensão, inibindo a associação das espécies intermediárias e crescimento das fibras e Fase de Disrupção, fazendo a desagregação de fibras já formadas. Outra 17
19 possibilidade em estudo e a atenuação com a Diethylstilbestrol (DES). A DES é um estrogénio sintético, potente inibidor competitivo da hormona da tiróide para a TTR. Contém dois grupos fenil hidrofóbicos com substituintes hidroxil ligados por um grupo etileno, apresentando uma estrutura molecular semelhante ao resveratrol, composto descrito como inibidor da fibrilogénese Conclusão Concluiu-se que o transplante de fígado pára o progresso da doença no ponto de evolução, sendo mesmo possível demonstrar objectivamente, nalguns casos, regressão de lesões. Pelo contrário verifica-se que em casos graves não há benefício com o transplante hepático, uma vez que as graves lesões já estabelecidas nos diversos órgãos vão condicionar a evolução. Mas coloca-se o problema de escassez de fígados para transplante. Assim, futuramente será de esperar a possibilidade de transplantação de células hepáticas (os hepatócitos), obtidos através de cultura de tecidos. Neste caso não seria necessário transplantar a totalidade do órgão, permitindo mais transplantes. 18
20 Resumo As amiloidoses são um vasto grupo de doenças que é definido pela presença de depósitos de proteína insolúvel nos tecidos, sendo classificadas consoante os sinais clínicos e o tipo bioquímico da proteína amilóide envolvida. Estas doenças afectam, sobretudo, os rins, o coração, o aparelho gastro-intestinal, o fígado, a pele, os nervos periféricos e os olhos, podendo, no entanto, atingir qualquer órgão. A proteína amilóide foi assim designada por Rudolf Virchow em 1854 com base na sua cor após coloração com o iodo (de amarronzado para azulado, semelhante ao que ocorre com o amido). O amilóide possui singulares características ultra-estruturais, bioquímicas e de difracção aos raios X. Agora sabe-se que existem múltiplas formas clínicas e bioquimicamente diferentes de amilóide que são assim classificadas em virtude da estrutura fibrosa ímpar que todas elas possuem. O amilóide é amorfo, eosinofílico, extracelular e de distribuição ubíqua. Os órgãos afectados apresentam consistência elástica e um aspecto céreo, rosado ou cinza. A polineuropatia amiloidótica familiar (PAF) foi pela primeira vez descrita na população portuguesa, em doentes da região da Póvoa do Varzim, em 1952, pelo Professor Corino de Andrade. A PAF está englobada nas amiloidoses hereditárias, sendo uma doença neurológica, progressiva, crónica e de transmissão autossómica dominante. A doença dos pezinhos é uma doença neurológica, crónica, progressiva e hereditária de transmissão autossómica dominante que afecta o sistema nervoso nas suas vertentes motora, sensitiva e autónoma. A PAF está associada á deposição nos tecidos em particular nos nervos da substância fibrilar altamente insolúvel amilóide. As fibras de amilóide são constituídas por sub-unidades de uma proteína do sangue que transporta hormonas da tiróide e Vitamina A. As manifestações da doença começam entre os 25 e 35 anos (podendo ocorrer depois dos 50), inicia-se nos membros inferiores, afectando a sensibilidade aos estímulos (por exemplo, térmicos), a capacidade motora, e é fatal, com evolução média, em 10 anos. 19
21 A Paramiloidose continua ainda a ser uma doença incurável. Pensando-se que esta era uma doença tipicamente portuguesa, rapidamente se verificaram outros casos por todo o mundo. Daí afirmar-se que a propagação da doença a nível mundial ter sido feita pelos portugueses através das suas rotas de comércio e de navegação, principalmente para a Suécia e Japão. Outra hipótese levantada é a de terem sido os Vikings a trazerem esta doença para o nosso país. Bibliografia Harrison Medicina Interna 13ª edição; volume 2:
A doença de Descendência Portuguesa
Instituto Superior de Ciências da Saúde - Norte A doença de Descendência Portuguesa Eduarda Teixeira Lopes Bioquímica 2º Ano 10/12/2007 Polineuropatia Amiloidótica Familiar Introdução 3 designações diferentes:
Leia maisParamiloidose: Prof. Dr. Corino de Andrade
Amiloidose Polineuropatia amiloidótica familiar As doenças amiloidóticas As Amiloidoses são um grupo de doenças definido pela presença de depósitos de proteína insolúvel (fibrilas) nos tecidos. As Polineuropatias
Leia maisInstituto Superior de Ciências da Saúde - Norte. Bioquímica 2º ano. Trabalho Realizado por: Eduarda Catarina Chaves da Silva Teixeira Lopes
Instituto Superior de Ciências da Saúde - Norte Bioquímica 2º ano Trabalho Realizado por: Eduarda Catarina Chaves da Silva Teixeira Lopes Gandra, 3 de Janeiro de 2008 Índice Introdução... 3 A História
Leia maisFicha de Trabalho de Biologia 12º Ano
UNIDADE 2 PATRIMÓNIO GENÉTICO HEREDITARIEDADE MENDELIANA Ficha de Trabalho de Biologia 2º Ano Monohibridismo. Classifique cada uma das seguintes afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F): (A) Os indivíduos
Leia maisBiologia - 12º Ano Teste de Avaliação
Escola Secundária Prof. Reynaldo dos Santos Vila Franca de Xira Biologia - 12º Ano Teste de Avaliação 1. Analise os documentos 1 e 2. Documento 1 A polineuropatia amiloidótica familiar, vulgo paramiloidose
Leia maisPolineuropatia Amiloidótica Familiar Bases moleculares de uma doença portuguesa
Bases moleculares de uma doença portuguesa adormecimento, formigueiro, falta de sensibilidade Ana Leonor Rolo Rui Filipe Reis Sara Quelha Sofia Eduarda Castro Sofia Santareno Assim é a Paramiloidose Orientação:
Leia maisAmiloidose ATTR hereditária
Amiloidose ATTR hereditária Brochura educacional Um olhar mais atento sobre uma doença hereditária O que é a amiloidose ATTR hereditária (ATTRh)? A amiloidose ATTRh é provocada por uma alteração genética
Leia maisSíndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)
www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende
Leia maisÁrvore genealógica. Árvore genealógica. de saúde Faça o mapa dos seus antecedentes familiares de amiloidose ATTR hereditária
Árvore genealógica Árvore genealógica de saúde Faça o mapa dos seus antecedentes familiares de amiloidose ATTR hereditária Amiloidose ATTR hereditária (ATTRh): a importância de mapear os antecedentes familiares
Leia maisSíndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)
www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende
Leia maisGlossário. Formas alternativas de um gene no mesmo locus (posição no cromossoma). Uma pessoa herda um alelo do pai e outro alelo da mãe
Glossário aborto espontâneo aconselhamento genético alelos aneuploidia anomalia cromossómica autossómico recessivo BRCA cariótipo caso índice citogeneticista Perda gestacional de um feto não viável antes
Leia maisDeficiência de mevalonato quinase (MKD) (ou síndrome Hiper-IgD)
www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Deficiência de mevalonato quinase (MKD) (ou síndrome Hiper-IgD) Versão de 2016 1. O QUE É A MKD 1.1 O que é? A deficiência de mevalonato quinase é uma doença
Leia maisE se ocorrerem erros durante estes processos? Mutações, que consequências?
E se ocorrerem erros durante estes processos? Mutações, que consequências? Alterações do material genético Mutações alterações bruscas do material genético. Mutantes indivíduos que manifestam mutações.
Leia maisBiologia 12 Património Genético
FICHA (IN)FORMATIVA Biologia 12 Património Genético Mendel, segundo filho de uma família de agricultores, nasceu em 1822, na actual República Checa. Sendo um estudante brilhante, foi encorajado pela família
Leia mais[ERLICHIOSE CANINA]
[ERLICHIOSE CANINA] 2 Erlichiose Canina A Erlichiose Canina é uma hemoparasitose causada pela bactéria Erlichia sp. Essa bactéria parasita, geralmente, os glóbulos brancos (neste caso, Erlichia canis)
Leia maisHereditariedade dominante
12 Hereditariedade dominante Revisão do texto e tradução de Jorge Sequeiros Agosto 2008 Modificado a partir de folhetos produzidos pelo Guy s and St Thomas Hospital, London; e o London IDEAS Genetic Knowledge
Leia maisSíndrome periódica associada ao recetor do fator de necrose tumoral (TRAPS) ou febre familiar hiberniana
www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Síndrome periódica associada ao recetor do fator de necrose tumoral (TRAPS) ou febre familiar hiberniana Versão de 2016 1. O QUE É A TRAPS 1.1 O que é? A TRAPS
Leia maisFebre recorrente relacionada com NLRP12
www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Febre recorrente relacionada com NLRP12 Versão de 2016 1. O QUE É A FEBRE RECORRENTE RELACIONADA COM NLRP12 1.1 O que é? A febre recorrente relacionada com
Leia maisé um tipo de gráfico que representa a herança genética de determinada característica dos indivíduos representados...
é um tipo de gráfico que representa a herança genética de determinada característica dos indivíduos representados... EXEMPLO DE UM HEREDOGRAMA Herança Autossômica Dominante Critérios da Herança Autossômica
Leia mais- Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90
INTRODUÇÃO - Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90 - Caracterizada pela infiltração de eosinófilos na mucosa esofágica - Pode ser isolada ou como manifestação
Leia maisDeficiência de mevalonato quinase (MKD) (ou síndrome Hiper-IgD)
www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Deficiência de mevalonato quinase (MKD) (ou síndrome Hiper-IgD) Versão de 2016 1. O QUE É A MKD 1.1 O que é? A deficiência de mevalonato quinase é uma doença
Leia maisEstudo de caso. Mª Teresa Tomás 1,2 ; Helena Santa-Clara 1 ; Estela Monteiro 3 ; Eduardo Barroso 3 ; Luís Bettencourt Sardinha 1
. Estudo de caso Mª Teresa Tomás 1,2 ; Helena Santa-Clara 1 ; Estela Monteiro 3 ; Eduardo Barroso 3 ; Luís Bettencourt Sardinha 1 1) Laboratório de Exercício e Saúde, Faculdade de Motricidade Humana, Universidadde
Leia maiswww.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro SIndrome de Blau Versão de 2016 1. O QUE É A DOENÇA DE BLAU/SARCOIDOSE JUVENIL 1.1 O que é? A síndrome de Blau é uma doença genética. Os doentes sofrem de
Leia maisAgrupamento de Escolas Eugénio de Castro Escola Básica de Eugénio de Castro Planificação Anual
Compreender a importância da saúde individual e comunitária na qualidade de vida da população Sintetizar as estratégias de promoção da saúde Viver Melhor na Terra Saúde Individual e Comunitária Transmissão
Leia maisRastreio genético de doenças hereditárias
Rastreio genético de doenças hereditárias para Homens e Mulheres Kerry B. e David A. Recorreram ao Foresight Carrier Screen Pais de uma menina de 1 ano Se está grávida ou a pensar engravidar pode descobrir
Leia maisFarmacoterapia aplicada em grupos alvo. Profa. Fernanda Datti
armacoterapia aplicada em grupos alvo Profa. ernanda Datti atores associados com variação na resposta farmacológica Idade Gravidez Doença Idade Recém-nascidos: menos de 1 mês Bebês: 1 mês a 1 ano. Crianças:
Leia maisIntrodução. Informação Complementar. Doenças Genéticas. Causadas por alteração em genes ou cromossomas
Informação Complementar Aula TP 1º ano Ano lectivo 2014/2015 Introdução Doenças Genéticas Causadas por alteração em genes ou cromossomas Maioria são: Crónicas De início precoce Associadas a défice cognitivo
Leia maisQue caracteres são herdados de geração em geração?
Músculos Cor dos olhos Membro amputado Cor do cabelo Que caracteres são herdados de geração em geração? Existem características que são transmitidas de geração em geração caracteres hereditários. Ex.:
Leia maisAnálises moleculares - DNA
Análises moleculares - DNA Como o mapeamento genético contribui para a genética médica? A caracterização de um gene e suas mutações aumenta a compreensão da doença Aplicações: -Desenvolvimento de diagnóstico
Leia maisQuestão 01. a) A doença hereditária possui herança dominante ou recessiva? b) Informe os genótipos do heredograma. Questão 02
LISTA 2 1ª Lei de Mendel 9 Ano Biologia Prof. Feresin Questão 01 Aconselhamento genético é um processo que serve para o portador de qualquer doença hereditária e seus familiares conhecerem as consequências
Leia maisGene tica. O que é genética? É o estudo dos genes e de sua transmissão para as futuras gerações. Genética Clássica -> Mendel(1856)
Gene tica Conceitos básicos Na semente estão contidas todas as partes do corpo do homem que serão formadas. A criança que se desenvolve no útero da mãe tem as raízes da barba e do cabelo que nascerão um
Leia maisA Diabetes É uma doença metabólica Caracteriza-se por um aumento dos níveis de açúcar no sangue hiperglicemia. Vários factores contribuem para o apare
Diabetes Mellitus Tipo I Licenciatura em Bioquímica 1º ano 2005/2006 Duarte Nuno Amorim dos Santos A Diabetes É uma doença metabólica Caracteriza-se por um aumento dos níveis de açúcar no sangue hiperglicemia.
Leia maisDEFICIÊNCIA DE ALFA1 ANTITRIPSINA
DEFICIÊNCIA DE ALFA1 ANTITRIPSINA 1. A situação 2. O que é a Alfa1 3. Como se herda 4. O diagnóstico 5. O tratamento 6. Doentes Alfa 7. A associação A situação A Deficiência de alfa1 antitripsina (Alfa1)
Leia maisIdentificação: FTG, feminino, 34 anos, branca, odontóloga. Natural e procedente de São Paulo Data da Primeira consulta: 13/04/2018
Caso Clínico #7 Identificação: FTG, feminino, 34 anos, branca, odontóloga. Natural e procedente de São Paulo Data da Primeira consulta: 13/04/2018 Queixa Principal: Inchaço há 6 meses HMA: Gestante de
Leia maisCondroflex. 500mg + 400mg. Cápsula
Condroflex 500mg + 400mg Cápsula CONDROFLEX sulfato de glicosamina + sulfato sódico de condroitina APRESENTAÇÕES Condroflex 500mg + 400mg. Embalagem com 20, 40, 60 ou 90 cápsulas. USO ORAL. USO ADULTO.
Leia maisTema B TECIDO CONJUNTIVO
Tema B TECIDO CONJUNTIVO 1 Características gerais 2 Características dos principais tipos de tecido conjuntivo 2.1 Tecido conjuntivo propriamente dito 2.1.1 Laxo 2.1.2 Denso: modulado e não modulado 2.2
Leia maisAnexo III Alterações às secções relevantes do resumo das características do medicamento e do folheto informativo
Anexo III Alterações às secções relevantes do resumo das características do medicamento e do folheto informativo Nota: Estas alterações às secções relevantes do resumo das características do medicamento
Leia maisA Dieta do Paleolítico Alergias Alimentares vs. Intolerâncias Alimentares
Artigo de Opinião N.º 5 10 de julho de 2017 Rubrica Nutricional A Dieta do Paleolítico Alergias Alimentares vs. Intolerâncias Alimentares O que é uma alergia alimentar? A alergia alimentar é uma reação
Leia maisPredominância do componente celular % do peso corporal. Tecido muito influenciado por estímulos nervosos e hormonais
Predominância do componente celular ADIPÓCITOS Caracterizam-se pela acumulação intracelular de gordura Tecido Adiposo Homem Mulher 15-20 % do peso corporal 20-25 % do peso corporal Tecido muito influenciado
Leia maisProjecto Tutorial Licenciatura em Bioquímica
Projecto Tutorial Licenciatura em Bioquímica Cecília Carlos Leite Duarte 1º Ano Ano lectivo 2005/2006 Índice Páginas Introdução 1 Bases Moleculares da Hemofilia 2 Hereditariedade da Hemofilia 5 O caso
Leia maisNos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de janeiro, por
NORMA NÚMERO: 013/2017 DATA: 13/07/2017 ASSUNTO: Abordagem Diagnóstica e Critérios de Referenciação da Paramiloidose no Adulto PALAVRAS-CHAVE: Polineuropatia amiloidotica familiar, paramiloidose, centro
Leia maisTarefa 13 à 16 Professor Danin
9º ano Biologia Tarefa 13 à 16 Professor Danin 01. Renato (III.1), cuja avó materna e avô paterno eram albinos, preocupado com a possibilidade de transmitir o alelo para o albinismo a seus filhos, deseja
Leia maisIntrodução à Histologia e Técnicas Histológicas. Prof. Cristiane Oliveira
Introdução à Histologia e Técnicas Histológicas Prof. Cristiane Oliveira Visão Geral Corpo humano organizado em 4 tecidos básicos: Epitelial Conjuntivo Muscular Nervoso Visão Geral - Tecidos consistem
Leia maisDoenças do Sistema Nervoso
SISTEMA NERVOSO Doenças do Sistema Nervoso Alzheimer degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais frequente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar,
Leia maisSobre a Esclerose Tuberosa e o Tumor Cerebral SEGA
Sobre a Esclerose Tuberosa e o Tumor Cerebral SEGA A Esclerose Tuberosa, também conhecida como Complexo da Esclerose Tuberosa, é uma desordem genética que atinge entre 1 e 2 milhões de pessoas no mundo
Leia maisComposição e Estrutura Molecular dos Sistemas Biológicos
Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Prof. Hugo Henrique Pádua M.Sc. Fundamentos de Biofísica Composição e Estrutura Molecular dos Sistemas Biológicos Átomos e Moléculas Hierarquia
Leia maisNome: Exercícios de Genética (Conceitos e 1a. Lei de Mendel) Atividade Avaliativa 0 a 2,5
Nome: Exercícios de Genética (Conceitos e 1a. Lei de Mendel) Atividade Avaliativa 0 a 2,5 Turma 3o. Ano A/B disciplina Biologia Professora Carina Justino 1. Um casal buscou um serviço de aconselhamento
Leia maisVírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A)
Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A) Disciplina : Microbiologia Curso: Nutrição Professora: Adriana de Abreu Corrêa (adrianacorrea@id.uff.br) DOENÇAS TRANSMITIDAS POR
Leia maisA esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens.
CLAUDIA WITZEL A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. De causa ainda desconhecida, foi descrita inicialmente em
Leia maisHANSENÍASE. Prof. Natale Souza
HANSENÍASE Prof. Natale Souza O QUE É UM CASO DE HANSENÍASE? Considera-se caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais, a qual necessita de tratamento com poliquimioterapia
Leia maisNíveis de Organização do Corpo Humano
Níveis de Organização do Corpo Humano Ao estudar o corpo humano, podemos analisá-lo por meio de diferentes níveis de organização. Podemos estudá-lo analisando os sistemas do corpo ou então seus tecidos
Leia maisGlicolive. Aché Laboratórios Farmacêuticos Pó para solução oral 1500 mg
Glicolive Aché Laboratórios Farmacêuticos Pó para solução oral 1500 mg MODELO DE BULA PARA PACIENTE Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009 I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Glicolive sulfato de glicosamina
Leia maisSistema Urinário. Patrícia Dupim
Sistema Urinário Patrícia Dupim Insuficiência Renal Ocorre quando os rins não conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo. As substância normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos
Leia maisTecido conjuntivo e tecido osseo
Tecido conjuntivo e tecido osseo Tipos de tecido conjuntivo Tecidos responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e sustentar os outros tecidos Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos Frouxo Denso Modelado
Leia maisCONCEITOS BÁSICOS DE GENÉTICA
CONCEITOS BÁSICOS DE GENÉTICA * Cromossomos homólogos: cada um dos dois cromossomos que formam um par é homólogo do outro, isto é, idênticos entre si, quanto a constituição gênica. Cada um dos dois homólogos
Leia maisO Cancro - Aspectos gerais O termo Cancro é aplicado e utilizado genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malign
presentes na Leucemia Daniela Bessa O Cancro - Aspectos gerais O termo Cancro é aplicado e utilizado genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malignos, também designamos
Leia maisQUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015
QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015 01. Em situações problemas relacionadas à genética mendeliana, um dos cálculos probabilísticos utilizados é a aplicação da denominada regra da
Leia maisPORFIRINAS DISCIPLINA: BIOQUÍMICA PROFESSOR: Dra. Selene Babboni
PORFIRINAS DISCIPLINA: BIOQUÍMICA PROFESSOR: Dra. Selene Babboni AS PORFIRINAS SÃO PIGMENTOS DE CÓR PÚRPURA DE ORIGEM NATURAL As PORFIRINAS são uma classe de moléculas orgânicas, que possuem estrutura
Leia maisInterpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal
Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica Interpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal Prof. Marina Prigol Investigação da função renal Funções do rim: Regulação do
Leia maisESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Como é a estrutura tridimensional das proteínas??? 4 níveis estruturais Estrutura primária, secundária, terciária e quaternária Mantidas por: ligações covalentes (ligação peptídica
Leia maisNOME GÊNERO IDADE ENDEREÇO TELEFONE
HISTÓRIA CLÍNICA PARA INVESTIGAÇÃO DE URTICÁRIA DATA / / NOME GÊNERO IDADE ESTADO CIVIL RAÇA ENDEREÇO TELEFONE PROFISSÃO 1. ANTECEDENTES A) história familiar: Urticária angioedema Doenças da tireóide Asma,
Leia maisGravidez. Prof.ª Leticia Pedroso
Gravidez Prof.ª Leticia Pedroso Qual a sensação ao descobrir que você está grávida?? 23/03/20 18 DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO Vem se tornando cada vez mais preciso e precoce, podendo ser feito pelo emprego
Leia maisESTUDO DA INFLAMAÇÃO ATRAVÉS DA VIA DE EXPRESSÃO GÊNICA DA GLUTATIONA PEROXIDASE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
ESTUDO DA INFLAMAÇÃO ATRAVÉS DA VIA DE EXPRESSÃO GÊNICA DA GLUTATIONA PEROXIDASE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS ALUNA: Roberta Gomes Batista ORIENTADOR: Profa. Dra. Flávia de Sousa Gehrke UNIVERSIDADE PAULISTA
Leia maisRastreio simples de doenças hereditárias
Rastreio simples de doenças hereditárias para Homens e Mulheres Kerry B. e David A. Recorreram ao Foresight Carrier Screen Pais de uma menina de 1 ano PAINEL FUNDAMENTAL Se está grávida ou a pensar engravidar
Leia maisSíndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)
www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende
Leia maisPâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino. Tem uma função exócrina (segregando suco pancreático que contém enzimas digestivas) e
Projecto Tutorial - Diabetes Trabalho realizado por: Carlos Bernardo 2 º Ano Bioquímica No âmbito da Cadeira de M.E.T. III Ano Lectivo: 2007/2008 Pâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino.
Leia maisVocê já alguma vez pensou o que acontece debaixo da
Você já alguma vez pensou o que acontece debaixo da Nos humanos sabemos que um acidente imprevisto p o d e c a u s a r d o r e sofrimento por muito tempo. A a n a t o m i a d o c ã o é basicamente igual
Leia maisORGANIZADOR. Página 1 de 9
RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 0 TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (R) / 0 PROVA DISCURSIVA Página de 9 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 0 TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (R) / 0 PROVA DISCURSIVA HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA ) Homem
Leia maisRastreio simples de doenças hereditárias
Rastreio simples de doenças hereditárias para Homens e Mulheres Kerry B. e David A. Recorreram ao Foresight Carrier Screen Pais de uma menina de 1 ano FIBROSE QUÍSTICA E ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL Se está
Leia mais[CUIDADOS COM OS ANIMAIS IDOSOS]
[CUIDADOS COM OS ANIMAIS IDOSOS] Geriatria é o ramo da Medicina que foca o estudo, a prevenção e o tratamento de doenças e da incapacidade em idosos. Seus objetivos maiores são: manutenção da saúde, impedir
Leia maisExercícios: Módulo 2 Aula 3 Heredogramas
Exercícios: Módulo 2 Aula 3 Heredogramas 01. (Mackenzie SP) No heredograma abaixo, os indivíduos marcados apresentam uma determinada condição genética. Os indivíduos 3, 4, 5 e 6 são obrigatoriamente heterozigotos.
Leia mais. a d iza r to u a ia p ó C II
II Sugestões de avaliação Ciências 8 o ano Unidade 3 5 Unidade 3 Nome: Data: 1. As bactérias não têm núcleo nem DNA. Você concorda com essa afirmação? Justifique. 2. Uma mulher de 40 anos de idade está
Leia maisTRABALHO POVOS E CULTURAS
TRABALHO POVOS E CULTURAS 8 grupos Povos e culturas: Indígena, africano, asiático, europeu, brasileiro, aborígenes, chineses, indiano Pesquisar alguma característica marcante desta cultura e apresentar
Leia maisVyndaqel tafamidis meglumina
Vyndaqel tafamidis meglumina I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Nome comercial: Vyndaqel Nome genérico: tafamidis meglumina APRESENTAÇÃO Vyndaqel 20 mg em embalagens contendo 30 cápsulas. VIA DE ADMINISTRAÇÃO:
Leia maisDoença de Addison DOENÇA DE ADDISON
Enfermagem em Clínica Médica Doença de Addison Enfermeiro: Elton Chaves email: eltonchaves76@hotmail.com DOENÇA DE ADDISON A insuficiência adrenal (IA) primária, também denominada doença de Addison, geralmente
Leia maisBio. Bio. Monitor: Júlio Junior
Professor: Nelson Paes Monitor: Júlio Junior Genética do sexo 12 set RESUMO As características comuns aos dois sexos como a formação de órgãos somáticos (ex.: fígado, baço, o estômago, etc), deve-se a
Leia maisENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos
ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Parte 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Insuficiência Cardíaca: - é uma síndrome clínica na qual existe uma anormalidade na estrutura ou na função cardíaca,
Leia maisDrogas que atuam no sistema cardiovascular, respiratório e urinário
Drogas que atuam no sistema cardiovascular, respiratório e urinário Drogas que atuam no sistema cardiovascular As principais classes terapêuticas: 1. Antihipertensivos 2. Antiarrítmicos 3. Antianginosos
Leia maisESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO
ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO DISCIPLINA DE BIOLOGIA 2º Teste de Avaliação (V1) 12ºano Turma A e B TEMA: Manipulação da Fertilidade e Património Genético Nome: Nº Classificação:, valores A professora:
Leia maisDoenças Adquiridas do Neurônio Motor. Msc. Roberpaulo Anacleto
Doenças Adquiridas do Neurônio Motor Msc. Roberpaulo Anacleto ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA Unidade motora: Esclerose Lateral Amiotrófica Doença degenerativa e progressiva, afetando os neurônios motores
Leia maisReprodução e Manipulação da fertilidade
Bio12 Unidade 1 Reprodução e Manipulação da fertilidade De que modo os processos reprodutivos interferem na qualidade de vida dos seres humanos? Capítulo 1. Anatomia, gametogénese e controlo hormonal Em
Leia maisSumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI
Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI Conteúdo ANTICORPOS ANTI Mi-2 ALTERAÇÕE NO EXAME... 2 ANTICORPOS ANTI ANTÍGENO HEPÁTICO SOLÚVEL ALTERAÇÃO DE INFORMAÇÕES DO HELP E LAYOUT... 3 PARVOVÍRUS B19 NOVO
Leia maisTERAPÊUTICA ESPECÍFICA DA DOENÇA DE FABRY
TERAPÊUTICA ESPECÍFICA DA DOENÇA DE FABRY Critérios adoptados pela Comissão Cooordenadora de Tratamento das Doenças Lisossomais de Sobrecarga Princípios Fundamentais As decisões terapêuticas na doença
Leia maisEssas fitas de DNA, localizadas no núcleo das células, se esticadas medem cerca de 2 metros de comprimento.
O que é DNA? São fitas de uma substância química orgânica denominada ácido desoxirribonucleico, que contêm os códigos para a fabricação de todas as proteínas do nosso organismo, determinando todas as características
Leia maisPADRÃO DE HERANÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X
PADRÃO DE HERANÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X HOMENS: apresenta um X e um Y XY sexo heterogamético o seus gametas serão metade com cromossomo X e metade com cromossomo Y MULHER: apresenta dois X XX sexo homogamético
Leia maisGENÉTICA Profº Júlio César Arrué dos Santos
FONTE: www.klickeducacao.com.br GENÉTICA Profº Júlio César Arrué dos Santos História Mentor Gregor Mendel (1822 a 1884); Formação Matemática e Ciências Naturais; Pesquisa Variabilidade genética de plantas
Leia maisFebre maculosa febre carrapato
A febre maculosa, também conhecida como febre do carrapato é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é intracelular obrigatória e tem como vetor biológico o carrapato
Leia maisDiagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral
Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia
Leia maisAPROVADO EM INFARMED
FOLHETO INFORMATIVA C A R D U R A Doxazosina Comprimidos Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. - Caso tenha dúvidas, consulte
Leia maisPLANO CURRICULAR DISCIPLINAR. Ciências Naturais 9º Ano
PLANO CURRICULAR DISCIPLINAR Ciências Naturais 9º Ano COMPETÊNCIAS TEMAS/UNIDADES CONTEÚDOS 1º Período Aulas Previstas 28 Definir saúde segundo a O.M.S. Identificar medidas individuais promotoras de saúde.
Leia maiswww.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndrome PAPA Versão de 2016 1. O QUE É A PAPA 1.1 O que é? O acrónimo PAPA significa Artrite Piogénica, Pioderma gangrenoso e Acne. É uma doença determinada
Leia maisArtrite Idiopática Juvenil
www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite Idiopática Juvenil Versão de 2016 2. DIFERENTES TIPOS DE AIJ 2.1 Existem tipos diferentes da doença? Existem várias formas de AIJ. Distinguem-se principalmente
Leia maisPlano de Aulas. Biologia. Módulo 4 A célula e os componentes da matéria viva
Plano de Aulas Biologia Módulo 4 A célula e os componentes da matéria viva Resolução dos exercícios propostos Retomada dos conceitos 12 CAPÍTULO 1 1 b Graças ao microscópio óptico descobriu-se que os seres
Leia maisBULA PARA O PACIENTE MEGESTAT (acetato de megestrol) comprimidos
BULA PARA O PACIENTE MEGESTAT (acetato de megestrol) comprimidos MEGESTAT acetato de megestrol Uso oral APRESENTAÇÃO MEGESTAT 160mg comprimidos é apresentado em frasco com 30 comprimidos sulcados. USO
Leia maisSíndromes Coronarianas Agudas. Mariana Pereira Ribeiro
Síndromes Coronarianas Agudas Mariana Pereira Ribeiro O que é uma SCA? Conjunto de sintomas clínicos compatíveis com isquemia aguda do miocárdio. Manifesta-se principalmente como uma dor torácica devido
Leia maisO SISTEMA URINÁRIO. Cap. 09 Profa. Jéssica Ciências
O SISTEMA URINÁRIO Cap. 09 Profa. Jéssica Ciências - 2019 A eliminação de substâncias - EXCREÇÃO: processo pelo qual o organismo elimina substâncias que podem fazer mal ao organismo. realizado principalmente
Leia mais