A FORMAÇÃO DO PADRÃO DISCURSIVO EM MACUNAÍMA: UMA PROPOSTA DE COMPREENSÃO DA NARRATIVA BASEADA EM MODELOS SITUACIONAIS

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1 A FORMAÇÃO DO PADRÃO DISCURSIVO EM MACUNAÍMA: UMA PROPOSTA DE COMPREENSÃO DA NARRATIVA BASEADA EM MODELOS SITUACIONAIS Giezi Alves de Oliveira 1 Departamento de Letras UFRN O processo de compreensão da linguagem envolve diversos fatores, dentre eles o acionamento de sentidos por meio de inferências, analogias, referencias e representações mentais, evocados por pistas linguísticas presentes na construção de constructos mais ou menos convencionalizados. Essa convencionalidade é fruto da capacidade cognitiva do ser humano de criar padrões discursivos e linguísticos que nos ajuda, em quanto compreendedores, a extrair o sentido de textos, sejam eles ficcionais ou não. A existência de uma estrutura interna em um padrão linguístico é integrada por constituintes que instanciam forma e significado. Alguns autores acreditam que o processo de compreensão de textos leva o compreendedor a criar representações mentais no momento em que as coisas são descritas. A essas representações, ele chamou Modelos Situacionais. Este artigo pretende analisar a formação do padrão discursivo em Macunaíma, de Mário de Andrade e o processo de compreensão da narrativa ficcional, baseado na teoria dos Modelos Situacionais de Zwaan. Desse modo, acreditamos que este trabalho possa vir a contribuir para os estudos cognitivistas acerca da análise construcional do discurso. Palavras-chave: Linguagem e Cognição - Modelo Situacional - Padrão Discursivo INTRODUÇÃO Uma função importante, constitutiva do aparato cognitivo humano, é a capacidade do ser humano de criar padrões discursivos e extrair informações importantes descritas em textos. Essa é uma habilidade vital para a compreensão de narrativas. Mas como se dá o processamento discursivo ficcional de base narrativa? Macunaíma, de Mário de Andrade (1928), é um romance de temática épica. Sua narrativa gira em torno de um plano mítico-maravilhoso que brinca com as marcas da cultura regional com suas lendas, folclores, mitos, rituais e fábulas. O texto é construído cognitivamente por meio da linguagem, fazendo emergir as marcas da cultura brasileira na mente do compreendedor. O enredo oscila entre a realidade e a fantasia e como qualquer narrativa, se baseia no esquema imagético ORIGEM- CAMINHO-META que, segundo Duque e Costa (2011), parecem ser básicos em padrões discursivos de base narrativa. O desenvolvimento das ações nesse romance pode ser resumido da seguinte forma: o protagonista nasce numa tribo da floresta amazônica e passa a sua infância com a família aprendendo e apreendendo a cultura de seu povo. Quando se forma homem, ele desposa Ci, mãe do Mato que morre dias depois deixando uma pedra 1 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

2 supostamente mágica de nome muiraquitã, mas Macunaíma a perde logo em seguida. O referido objeto se encontraria em São Paulo nas mãos de um peruano conhecido como Gigante Piaimã. A partir daí, começa a jornada desse herói tão atípico quando o comparamos aos heróis dos romances brasileiros. Resolvendo ir à cidade com os dois irmãos, a fim de reaver o amuleto, o herói passa por várias aventuras antes de voltar para a floresta. Após passar por muitas experiências, vividas na cidade, Macunaíma encontra-se com o gigante, derrota-o e recupera o amuleto. Ao retornar para a floresta, ele é perseguido por um monstro, chamado minhocão Obiê, e é enganado pela Uiara, uma espécie de sereia amazonense que o faz perder novamente a pedra mágica. Cansado e ferido, tendo perdido uma perna e sem a ajuda dos irmãos, o herói decide abandonar este mundo se transformando na constelação de ursa maior. Como podemos perceber, o enredo se apresenta como o de outros romances. É constituído por meio de um Padrão Discursivo. A personagem não é um herói prototípico. Ele possui virtudes e defeitos que em outros heróis românticos não se configuram como, por exemplo, o medo e a coragem, a força e a franqueza, a abnegação e a preguiça, a astúcia, a temperança, a vaidade, entre outros. O objetivo deste trabalho é analisar o processamento cognitivo envolvido na elaboração de Modelos Situacionais na compreensão do romance Macunaíma, de Mário de Andrade. Acreditamos que a compreensão desse texto é desenvolvida por meio da ativação de Modelos Situacionais construídos a partir de referentes como TEMPO, LUGAR e PESSOA. A PERSPECTIVA COGNITIVA FOCADA NA COMPREENSÃO A compreensão diz respeito à aplicação de recursos linguísticos e imagéticos na geração de experiências, a partir do repertório experiencial internalizado pelo compreendedor (ZWAAN, 2004). As perspectivas que focalizam a produção podem nos revelar como os eventos estão relacionados entre si, mas não como esses eventos são baseados na percepção e na experiência corporificada do compreendedor. Segundo Duque e Costa (2011), a nossa percepção da realidade é influenciada pela constante manipulação das pistas linguísticas presentes em um texto. Para Gibbs (2005), nossas experiências sensório-motoras e perceptuais não só acionam os sentidos que armazenamos na mente, mas constroem significados. Para Duque (no prelo), constructos linguísticos acionam traços referenciais por meio de memórias de experiências perceptuais recorrentes. A análise da construção linguística pelo compreendedor consiste em unir os significados das palavras, morfemas, construções frasais e gírias que compõem a frase. Estas devem se encaixar não só do ponto de vista formal, como, por exemplo, as palavras, que são pronunciadas em uma ordem particular, com uma fonologia particular, mas também envolve um arranjo semântico concebido cognitivamente, funcionando de forma integrada à nossa percepção, atenção e memorização. Por exemplo, os requisitos das subcategorizações semânticas de um verbo devem ser satisfeitas por elementos que representam o agente, o paciente e assim por diante. O resultado desse processo de análise seria uma especificação semântica, definindo simulações a serem executadas, tais como transferência de posse, locomoção, e experienciação. A recorrência de atividades associadas às nossas experiências sensóriomotoras e perceptuais cria Padrões Discursivos que, segundo Duque e Costa (2011), são

3 compreendidos em consonância com a abordagem da Gramática de Construções, uma vez que representam propriedades linguísticas especificas. Conforme esses autores, construções discursivas como contos, piadas, charges e romances são espaços de negociações intersubjetivas em cujo interior ocorre um trabalho conjunto de construções de sentido. A noção de Padrões Discursivos, segundo Duque e Costa (2011), são convencionalizações construídas pelo pareamento entre os esquemas da forma e os esquemas do significado, No caso do Padrão Discursivo, o pólo da forma estaria associado às relações internas, e o pólo do sentido, às relações externas que um discurso exibe em relação aos contextos sociais e comunicativos. Essa definição de forma e sentido parece se harmonizar com as noções de tipos textuais e gêneros discursivos, respectivamente. (DUQUE E COSTA, 2011) Dentro de um Padrão Discursivo como o romance, que hora analisaremos, a maneira como os elementos linguísticos são organizados no texto podem nos levar, enquanto compreendedor, a criar Modelos de Situação (ZWAAN, 2004). MODELOS DE SITUAÇÃO Segundo Zwaan (1999), quando as pessoas compreendem um texto, formam representações mentais do estado de coisas descritas. Essas representações são denominadas modelos de situação. Leitores vão além da construção de uma representação mental do texto. Eles também constroem um modelo da situação denotada por esse texto (JOHNSON-LAIRD, 1983; KINTSHC &VAN DJIK, 1978). Compreender um texto equivale a construir uma representação coerente do mundo descrito. Há um suporte empírico para a afirmação de que leitores constroem modelos mentais de experienciação. Segundo Duque (no prelo), Modelos de Situação se configuram nos aspectos situacionais, influenciando no processo de compreensão dos leitores. Estes modelos parecem estar em consonância com os Centros Dêiticos (DUQUE e COSTA, 2011), ou seja, estão ancorados em um Quem (protagonista, por exemplo) e sua relação com os objetos ao seu redor; um LUGAR; um TEMPO específico; um OBJETIVO e suas causalidades cujo compreendedor parece incorporar. O nosso conhecimento acerca do layout de um cenário descrito, torna-se importante porque é com base neles que acionamos, inferimos e ajustamos nossas representações mentais, levando em conta a locação e os objetivos dos protagonistas. Realizamos inferências em torno das ações das personagens, sua relação com os objetos que manipulam, e até sobre seu estado emocional, como podemos verificar neste exemplo: (...) Terminada a função, a companheira de Macunaíma, toda enfeitada ainda, tirou do colar uma muiraquitã famosa, deu-a pro companheiro e subiu pro céu por um cipó. (ANDRADE, 1928, p. 20). Os elementos linguísticos aqui parecem nos conduzir para a construção de um modelo de situação típico de pacto matrimonial durante uma cena romântica e ao mesmo tempo cômica. Nessa passagem, podemos inferir, em primeiro lugar, a ideia de posse e a transmissão dessa posse: X dá algo a Y. Nessa cena, poderíamos abstrair também a existência de uma relação afetiva entre as personagens a partir daquilo que conhecemos como juras de amor, marcadas pelo uso de adornos, alianças, enfeites etc.

4 Nesse caso, o objeto seria o colar e a muiraquitã que parecem transmitir a ideia de vínculo, de aliança, de elo entre o casal. Outro elemento que contribui para o processamento da compreensão é o tempo em que uma narrativa se desenvolve. Esse tempo não necessita, necessariamente, de uma ordem cronológica, porque o que está em jogo é a focalização revelada pelos sintagmas temporais e também espaciais, No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, Tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Sio incitavam a falar exclamava: If Ai! que preguiça!... e não dizia mais nada."] Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. (ANDRADE, 1928, p. 04) Podemos depreender que o tempo, no trecho acima, é representado nas passagens: já na meninice, passou mais de seis anos, Mannape, já velhinho, Jiguê na força de homem. Verificamos aqui que a narrativa não se desenrola de maneira cronológica, mas há uma linearidade na sequência dos eventos, onde podemos inferir que o foco é denotar os acontecimentos ocorridos na infância, na juventude e na velhice dos protagonistas. Outro dado importante seria a relação entre os objetivos e as causalidades. Ao inferirmos objetivos, inferimos causalidade e são graças a esses elementos que somos capazes de predizer ações futuras das personagens. Quando interagimos com o ambiente e as personagens, tendemos a interpretar sequências de eventos como sequências causais. Segundo Duque (no prelo), o objetivo de um modelo de compreensão do discurso seria o de apreender a maneira como um texto é representado na memória e como essas representações são cognitivamente reproduzidas na mente do compreendedor. Durante a leitura de um texto, dois processos, no mínimo, estão envolvidos: um textbase (texto base) e um modelo de situação (c.f.: GRAESSER, MILLIS e ZWAAN, 1997, apud DUQUE, no prelo). Um textbase estaria associado a padrões discursivos como um conto, um romance, uma charge, etc. Modelos Situacionais revelam referentes ativados pelas as pistas linguísticas que o texto aciona e é sobre isso que iremos tratar em seguida. ANÁLISE DOS ELEMENTOS QUE COMPÕEM OS MODELOS SITUACIONAIS EM MACUNAÍMA Criamos expectativas sobre um determinado assunto no momento em que as coisas são descritas. À medida que as pistas linguísticas, presentes no texto, vão acionado nossas experiências perceptivas e sensório-motoras, somos conduzidos a construir representações mentais e probabilidades acerca dos eventos que possivelmente aconteceram ou acontecerão em seguida. Algo que contribui para esse processo é a ativação dos possíveis significados, constituintes do padrão discursivo em que está inserida a narrativa. Quando estamos diante de um texto, como o romance Macunaíma,

5 nos preparamos para os possíveis atos e fatos envolvendo as personagens. Desse modo, criamos expectativas sobre o protagonista e seus objetivos, bem como sobre a relação deste com o espaço, o tempo e os acontecimentos à medida que os elementos linguísticos vão sendo apresentados, construindo na mente do compreendedor significados de acordo com suas experiências anteriores. O trecho abaixo, extraído do romance Macunaíma, servirá como objeto de análise de como os modelos situacionais podem contribuir para o processo de compreensão: No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, Tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. (ANDRADE, 1928, p. 04) Vejamos agora como se daria o processo de compreensão a partir de alguns recortes extraídos do texto acima: No fundo da mata virgem (...) (ANDRADE, 1928, p. 04). No momento em que nos deparamos com um constructo linguístico indicativo de lugar, como o verificado acima, começamos a inferir sobre lugares que possivelmente tenhamos experienciados. Talvez algo como uma floresta, em que tenha estado fisicamente, ou visto em filmes, fotos, etc. Desse modo um compreendedor tende a criar uma representação mental sobre esse lugar. Nasceu Macunaíma (...) (ANDRADE, 1928, p. 04). Nesse momento, poderíamos abstrair que aquele, nascido na mata virgem, era um garoto de nome Macunaíma. Contudo, não temos as características da criança como: a cor da pele, os olhos, o cabelo etc. Talvez nos questionemos quem seria a mãe e em que condições esse bebê viveria. Criamos, então, expectativas de como seria essa personagem e qual a relação dela com o lugar em que vive. (...) Herói de nossa Gente. (...) (ANDRADE, 1928, p. 04). Ao percebermos que aquele nascido em uma mata, atendendo pelo nome de Macunaíma e além de tudo é herói, passamos a (re)configurá-lo, criando inferências a partir dos modelos de herói que temos conhecimento. Construímos representações mentais de como ele seria, quais os seus poderes (se tem) e como os adquiriu, por exemplo; se ele é um semideus, tal qual os heróis da literatura clássica, assim sendo, qual seria a divindade paterna; quais as aventuras em que tomaria parte e quais os objetivos a seriam conquistados; ele possuiria uma arma, um objeto mágico, um ponto fraco, como outros heróis que temos conhecimento? (...) Era preto retinto (...) (ANDRADE, 1928, p. 04). Aqui é apresentado uma das primeiras características físicas do herói. É a partir dela que, talvez, passemos a reconstruir sua imagem. A informação apresentada

6 poderia se configurar numa primeira quebra de expectativa, ou seja, ao fazermos referência aos dados apresentados inicialmente, formamos uma nova representação mental do protagonista, associando-o, talvez, às raças característica do povo brasileiro. (...) e filho do medo da noite. (ANDRADE, 1928, p. 04) Podemos inferir a partir do trecho acima que a história se insere no mundo ficcional. Além disso, o protagonista, que hora verificamos, não constitui um herói prototípico do romance brasileiro. Há, nitidamente, uma quebra de expectativa ao percebermos que alguém considerado herói, mas filho do medo pode ser também desprovido de coragem. A partir dos excertos acima analisados poderíamos chegar a uma possível conclusão: em Macunaíma, Modelos de Situação parecem estar na base da compreensão dessa narrativa. Esses modelos estão ancorados em uma Simulação Mental extraído de um textbase. Verificamos a partir das pistas linguísticas, referidas na análise, que a compreensão se dá de forma gradativa, integrando as informações encontradas explicitamente na superfície do texto às informações que carregamos com base na nossa experiência sensório-motora e perceptual. Podemos perceber que um processamento discursivo é dinâmico e se dá de maneira online, ou seja, testes realizados com grupos de controle demonstraram que durante o processo de compreensão de narrativas, leitores levaram milésimos de segundos para processar as informações e ativar os possíveis significados por meio dos elementos linguísticos de um texto. Durante o processo de compreensão de narrativas, compreendedores tendem a adotar estratégias que relacionam constructos linguísticos a traços referenciais. Vamos verificar agora como poderíamos inferir significados de uma situação específica à medida que as coisa vão sendo descritas. Isso ocorre devido ao chamado efeito bootstrapping (processo de construção de referentes com base em elementos descontextualizados ): seis anos água de chocalho Macunaíma principiou falando pediu pra mãe passear no mato não podia choramingou Macunaíma na praia choramingando muita formiga dentro do mato curumim botou corpo príncipe lindo (ANDRADE, 1928, p. 05 No texto acima, cada linha constitui um modelo de situação e à medida que são lidos, poderíamos construir representações mentais cujas imagens são formadas em nossa mente a partir de experiências particulares. Desse modo, nossas percepções acerca do mundo inferem eventos, causas e efeitos. Nos trechos acima, o referente Macunaíma é construído pelo acionamento das pistas linguísticas que inferem, TEMPO, ESPAÇO, PESSOA e sua relação com os objetos ao seu redor. Os eventos acontecem de maneira gradativa. Um compreendedor poderia abstrair que a personagem seria uma criança

7 prematura que principiou a falar após tomar água de chocalho. Essa criança faz uso de estratégias para convencer a mãe a atender seus pedidos e dentro do mato ele se transforma em um príncipe. O processo de compreensão se dá por meio dos esquemas, de base corporificada, do tipo causa e efeito: alguém que é levado a fazer algo por efeito de outro. Podemos, por exemplo, ao compararmos o texto acima com o original abaixo, verificarmos que as informações subtraídas anteriormente só têm valor como refinamento das informações e servem apenas de guias na precisão dos fatos: Nem bem teve seis anos deram água num chocalho pra ele e Macunaíma principiou falando como todos. E pediu pra mãe que largasse da mandioca ralando na cevadeira e levasse ele passear no mato. A mãe não quis porque não podia largar da mandioca não. Macunaíma choramingou dia inteiro. A moça botou Macunaíma na praia, porém ele principiou choramingando, que tinha muita formiga!... e pediu pra Sofará que o levasse até o derrame do morro lá dentro do mato, a moça fez. Mas assim que deitou o curumim nas tiriricas, tajás e trapoerabas da serrapilheira, ele botou corpo num átimo e ficou um príncipe lindo. Andaram por lá muito. (ANDRADE, 1928, p. 05 Percebemos, assim, de acordo com as análises iniciais realizadas, que compreendedores constroem modelos de situação a partir de pistas linguísticas fornecidas pelo texto. A compreensão da narrativa em Macunaíma se dá por intermédio dos eventos e das situações intencionais da personagem e se configuram como pontos focais dos Modelos de Situação, ou seja, são as ações do protagonista e sua relação com os objetos, o espaço e o tempo. Esses elementos contribuem para a criação de representações mentais no momento em que as coisas são descritas, levando-nos a construir e abstrair significados em Macunaíma. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho analisou dentro do romance Macunaíma, de Mário de Andrade, o processo de compreensão da narrativa ficcional. Nessa obra, a narrativa é instanciada por um processo de Simulação Mental e pela construção de Modelos de Situação construídos a partir de referentes como TEMPO, LUGAR e PESSOA. Verificamos, preliminarmente, que representações mentais são evocadas por pistas linguísticas presentes no texto, ora analisado, e que a capacidade cognitiva do ser humano de criar Padrões Discursivos nos ajuda, enquanto compreendedores, a construir sentidos em textos ficcionais como em Macunaíma. Baseado em modelos de situação, o leitor/compreendedor parece ir além da construção linguística de um texto. Acreditamos que na base do processo da compreensão linguística está envolvida uma Simulação Mental, conduzindo o compreendedor a criar imagens que se revelam no momento em que as coisas são descritas. Durante a leitura de um texto de ficção, leitores se envolvem com a história, criando expectativas e construindo probabilidades para ações que provavelmente aconteceram ou acontecerão. Eles assumem a perspectiva da personagem e passam a simular os eventos na medida em que são descritos. Durante o processo de compreensão da narrativa, esquemas também vão sendo construídos por intermédio de um Padrão Discursivo específico. Na narrativa analisada, verificamos que

8 a construção tem como base o esquema ORIGEM CAMINHO META, ajudando na construção do padrão discursivo romance ficcional. Julgamos que este trabalho, focado no processo de compreensão e em Modelos Situacionais, possa contribuir para os estudos cognitivistas acerca da compreensão da Análise Construcional do Discurso, na medida em que demonstra o que pode acontecer nos bastidores da mente humana quando envolvidos no processo de compreensão de narrativas ficcionais. REFERÊNCIAS BERGEN, B. K. Mental simulation in literal and figurative language. In Seana Coulson and Barbara Lewandowska-Tomaszczyk (eds.) The Literal/Non-Literal Distinction, DUQUE, P. H. e COSTA, M. A. Linguistica Cognitiva: em busca de uma arquitetura de linguagem compatível com modelos de armazenamento e categorização de experiências. Natal: EDUFRN, DUQUE, P. H. Mecanismos Cognitivos na compreensão de Histórias. (no prelo). JOHNSON-LAIRD, P.N. Mental Models: Toward a Cognitive Science of Language, Inference and Consciousness. Harvard University Press, KINTSHC, W. e VAN DJIK, T.A. Toward a model of, text comprehension and production. Pysichol. Rev. 85, , ZWAAN, R. A.Situation Models: The mental leap into imagined worlds. American psychological Society. Florida: Blackwell Publishers, 1999a

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