O PRESBITERIANIMOS NAS TERRAS MINEIRAS: A GÊNESE PROTESTANTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS UFLA (LAVRAS, )

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1 O PRESBITERIANIMOS NAS TERRAS MINEIRAS: A GÊNESE PROTESTANTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS UFLA (LAVRAS, ) ROSSI, Michelle Pereira da Silva UFU INÁCIO FILHO, Geraldo UFU ** Nosso trabalho investigativo refere-se ao estudo da instituição escolar. Mais especificamente refere-se à Escola Agrícola de Lavras, da qual se originou a Universidade Federal de Lavras - UFLA, objeto esse, até o presente momento, nãotrabalhado pela historiografia, em particular, local. 1 Pois a criação dessa instituição para o desenvolvimento agrícola foi ponto importante, não somente na sociedade lavrense, mas como referencial para o Brasil. O presente estudo fundamenta-se na valorização das pesquisas em História da Educação Brasileira, principalmente no que já vem sendo construído pelo núcleo de pesquisa em História da Educação da Universidade Federal de Uberlândia e outros grupos como HISTEDBR- Unicamp, o Congresso de História da Educação em Minas Gerais, SBHE etc, importantes na ênfase sobre as particularidades e singularidades das instituições educacionais na história da educação brasileira. Assim, salientamos a necessidade de pesquisar a presença protestante - Presbiteriana - no contexto brasileiro e a sua influência na estrutura e organização do ensino no Sul de Minas Gerais, em Lavras. É importante salientar que poucos trabalhos de pesquisa foram desenvolvidos a partir deste tema e a bibliografia nacional existente sobre História e História da Educação, pouco analisou o protestantismo e o seu ideário de progresso. Na tentativa de localizar tais princípios educacionais, recuamos aos primeiros anos do Brasil República, 1892, quando os missionários presbiterianos se instalaram em Lavras, sendo possível, distinguir dois pontos importantes: a consolidação do projeto educativo em Lavras (1892), e o desenvolvimento da Escola Agrícola (1908), momentos estes que nos lançam subsídios para entendermos até que ponto esta Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Mestre em Educação pela UFU. mpsrossi@hotmail.com ** Orientador. gifilho@faced.ufu.br 1 Procuraremos trabalhar a metodologia que considera a história local como expressão do desenvolvimento geral, pois a história local pode favorecer a compreensão das relações entre o particular e aquilo identificado com o geral e universal, possibilitando-nos a compreensão da sociedade e das pessoas em relação a si mesmas e ao seu contexto social (VEIGA, 2002, p. 31).

2 2 instituição atendia aos valores de progresso que eram perseguidos pelos republicanos e, em que medida se quadrinavam com os ideais protestantes. Em relação à nossa data limite, o ano de 1938, quando a Escola Agrícola de Lavras passa a ser denominada Escola Superior de Agricultura de Lavras (E.S.A.L.). 1. A HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A educação e a escola são construções históricas e não podem ser vistas longe da realidade da qual ela faz parte. Para Cury (1985, p. 13) a educação se opera, na sua unidade dialética com a totalidade, como um processo que conjuga as aspirações e necessidades do homem no contexto objetivo de sua situação histórico-social, acrescentando algo a este conceito, afirmamos que a escola é o espaço onde o saber historicamente acumulado é transmitido pedagogicamente, com o objetivo de preparar o indivíduo para viver em determinada sociedade. Portanto a educação está presente em todas as instituições, em especial na escola, que é espaço de transmissão do conhecimento sistematizado. Ao fazermos referência a esses conceitos, é possível apontarmos que a escola configura-se de acordo com a estrutura e organização do trabalho. Então ela não é neutra e nem apolítica, mas corresponde aos anseios de seu tempo. É certo que, na sua estrutura, reflete os interesses das classes dominantes e as aspirações de determinada sociedade. Isso nos remete a compreensão de que a educação é vista como fator estruturante da modernidade. A escolarização, as universidades fazem parte de um projeto burguês para alcançar o desenvolvimento ou progresso, reclamados pela vida moderna. De fato, é impossível pensarmos no fenômeno escolar sem considerarmos a sua natureza externa. Suas dimensões são envolvidas com a realidade política, econômica e ideológica. Para Magalhães (1998, p. 52), perguntar qual o sentido da educação é também levantar uma questão historiológica. A complexidade dessas abordagens apresenta uma dialética entre as dimensões envolvidas no processo educativo, pois a própria educação, e conseqüentemente a escola, é um produto da ideologia de seus promotores (RAMALHO, 1976, p. 16). É precisamente sobre tais conceitos que nos lançamos à pesquisa da História das Instituições, que no pensamento de Justino Magalhães, um dos teóricos desta nova modalidade, é um campo caracterizado pela renovação, onde novas formas de

3 3 investigação, alargamento de problemáticas, e a diversidade dos contextos e à especificidade dos modelos e práticas educativas (MAGALHÃES, 1996, p. 1). Na História da Educação, a História das Instituições tem alcançado cada vez mais espaço, pois possibilita uma análise mais profunda sobre o processo educativo, sua história e finalidades ideológicas e sociais. Partindo desses pressupostos, entendemos que no estudo sobre as instituições educativas vale destacá-las como local de: Formações sociais e culturais complexas em sua multiplicidade de instâncias, dimensões e registros. Suas identidades são o resultado de processos de interrelações, oposições e transformações de forças sociais e não de uma identidade vazia ou tautológica da instituição consigo mesma (GARAY, 1998, p. 11). Podemos então centrar a nossa atenção para a preciosidade em se estudar a instituição escolar, pois transmitem uma cultura, como também não deixam de produzir culturas. Desta forma, o conhecimento educacional deve visar uma história que compreenda as complexidades do passado, problematizando o processo educativo, com o objetivo de compreender e analisar tal contexto observado. Magalhães (1998, p. 449) completa nossa abordagem ao dizer: o passado compreendido e explicado na sua própria historicidade, suas genealogias, seus presentes seus meta-presentes. Esse retorno ao passado permiti-nos configurar como a escola pode contribuir para preparar o indivíduo para a vida, desenvolvendo um papel importante na construção das transformações sociais, econômicas ou religiosas, pois constitui-se numa instância social, portanto, cultural e, claro, pedagógica. Então, entendemos que fazer a história de uma escola exige o lançar-se sobre tais complexidades, do mesmo modo que aponta a relação fundamental entre o contexto local e a sua expressão com a totalidade a qual está inserida. Magalhães traz à tona essa realidade, à qual nos referimos como complexa, mas caracterizada por ele, multidimensional, pois fazer a história da escola é conseqüentemente, compreender e explicar um processo não linear, é oscilar entre idéias, racionalidades pedagógicas e a construção de um conceito e de uma pedagogia prático-teórico, integrada e organizada, é recrear o percurso histórico de uma totalidade em organização sob constante tensão entre factores macro, meso e micro nos planos sociológicos, cultural, ideológico, antropológico (1996, p. 9) Esse movimento de investigação e análise é marcado por continuidades e rupturas que exigem a compreensão da relação entre teoria educacional e prática ou dependência e autonomia. Principalmente porque a escolarização moderna supervaloriza a escrita em detrimento da oralidade e evidencia a própria racionalização

4 4 da sociedade, atendendo, portanto, determinada ideologia ou realidade histórica. Finalizando, entendemos que os pontos apresentados por Magalhães (1996, p. 16), sobre as principais características institucionais para a existência de um processo pedagógico dos colégios, são consideráveis para a análise do nosso objeto de pesquisa: 1. Uma disciplina com prêmios, castigos, promoções, humilhações; 2. (Uma estrutura de poder) uma hierarquia e diversidade de funções; 3. Uma ordem de classes nas quais os alunos se distribuem segundo as suas idades; 4. Um método; uma organização do tempo, do saber e do espaço; 5. Um regulamento (MAGALHÃES, 1996, p. 16). Tomando por base tais considerações sobre a organização do espaço escolar, almejamos entender como tais características foram adotadas pela Escola Agrícola e como os educandos e a própria sociedade lavrense incorporavam tais estratégias e valores protestantes transmitidos por essa instituição presbiteriana. Com efeito, não podemos olvidar que a Escola Agrícola de Lavras oferecia possibilidade de transmissão de uma cultura marcada por princípios religiosos para a formação de um caráter cristão protestante. Desse modo, para entendermos seu processo de instalação, a origem social da clientela escolar, os professores, as normas, a caracterização do espaço físico, sua identidade histórica e suas relações entre o local/regional e geral/nacional, integrando-a numa realidade mais ampla e contextualizada, entendemos que faz-se necessário recorrermos às categorias como protestantismo educação racionalização trabalho progresso, para entendermos o sentido religioso-moral-educacional dessa instituição escolar. Considerando tais abordagens, abrangemos que o estudo da Instituição Escolar, especificamente no contexto presbiteriano, é importante para configurarmos diferentes momentos da História da Educação Brasileira, a sua relação com a promulgação de ideais protestantes, como apreender o envolvimento de diferentes atores (religiosos, políticos, etc) na constituição de tais objetivos. Este olhar permiti-nos especular fontes, descobertas pela nossa inquietação na compreensão do nosso objeto de pesquisa. Segundo Thompson (1998, p. 139, 164) os recursos do historiador são as regras gerais para o exame de evidências: Buscar consistência interna, procurar confirmação em outras fontes, e estar alerta quanto ao viés potencial. Sua proposta lança-nos ao desafio da investigação: a evidência e a autenticidade das fontes de pesquisa, pois todo o historiador pode sofrer as dificuldades ao penetrar a realidade passada ou presente. Assumindo esse desafio desenvolvemos a

5 5 pesquisa por meio do levantamento bibliográfico, utilizando fontes primárias e secundárias, de obras referentes aos estudos sobre o Protestantismo, principalmente na tentativa de conceituar a ação e a cultura protestante na América do Norte, pois foi o modelo protestante-americano que influenciou na formação da Igreja Presbiteriana no Brasil. Ainda, faz-se necessário compreender os conceitos de escolaridade na visão calvinista/puritana, no contexto norte-americano, onde a religião protestante moldava as características morais, sociais e políticas. Sob tais princípios, a religião e sociedade formavam um todo, apresentando um ideal de sociedade em que o sagrado e o profano seriam indistintos [...] nunca houve separação entre cristianismo e povo americano (MENDONÇA, 1995, p. 50). 2. O PRESBITERIANIMOS NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE O CENÁRIO MINEIRO O Trabalho Presbiteriano no Brasil, oficialmente, iniciou-se com a chegada do Rev. Ashbel Green Simonton enviado pela Junta de Missões Estrangeiras, sediada em Nova York, em Dentro de poucos anos essa junta enviou missionários para a Índia, Tailândia, China, Colômbia e Japão. O Brasil foi o sexto país a receber missionários da Junta de Nova York (MATOS, 2004, p. 13). A proposta de missão no Brasil foi outorgada em maio de 1859, na Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América, a qual apresentava o Brasil como campo atraente de trabalho missionário. Dentre as peculiaridades da proposta destacamos: É de alta importância para seu presente e para seu bem-estar futuro (Brasil), que a mente nacional esteja imbuída de idéias e princípios religiosos corretos, e estes deverão proceder, em primeiro lugar, das igrejas evangélicas de nosso país. Talvez jamais tenha havido época mais oportuna que esta para agirmos [...] Seus primeiros objetivos serão: explorar o território, verificar os meios de atingir com sucesso a mente dos naturais da terra, e testar até que ponto a legislação favorável à tolerância religiosa será mantida (Cf. Proposta da Assembléia Geral da Igreja presbiteriana nos Estados Unidos da América, 1859; citada por RIBEIRO, 1981, p. 17). A Missão estava alerta aos desafios que poderiam encontrar no Brasil devido à presença do catolicismo romano como religião oficial do país. Ao mesmo tempo, compreendia ser importante no seu projeto missionário, a compreensão e conquista do pensamento dos brasileiros. Neste aspecto o projeto educacional, como forma indireta na evangelização brasileira, teve na educação escolar um instrumento para o progresso e

6 6 desenvolvimento cultural, mas também seria a ênfase para atingir com sucesso a mente dos naturais da terra. Essa finalidade é apontada por HACK (1985, p.58): o propósito da propaganda indireta do evangelho tinha como objetivo atrair as elites nacionais para os meios protestantes, para orientá-las e oferecer-lhes os valores morais e espirituais que eram tidos como interpretação genuína do cristianismo. Não é surpresa que, com a missão de Simonton, ele desenvolveu campos missionários no Rio de Janeiro e São Paulo, criou um seminário teológico, lançou o jornal a Imprensa Evangélica e mais tarde em 1870, a Escola Americana foi criada em São Paulo, três anos após a sua morte, como resultado dos seus esforços missionários. Todo este trabalho centralizava-se na proposta da Assembléia norte-americana quanto ao projeto missionário para o Brasil, ou seja, era o tempo oportuno para levar ao povo brasileiro idéias e princípios religiosos corretos, e estes deverão proceder, em primeiro lugar, das igrejas evangélicas de nosso país. Conforme Mendonça (1995, p ), tais ideais se relacionavam com o que a própria América do Norte vivenciava no século XIX: o ideal milenarista. Durante todo esse século, imperou a idéia de que religião e civilização estavam unidas na visão da América cristã, 2 por meio deste pensamento, desenvolvia-se a esperança de construir uma civilização cristã modelo sob o tripé religião-moralidade-educação, constituindo-se num processo civilizador que garantisse a estabilidade e o progresso social. Portanto o ideal do milênio surgiu no fim de um processo de construção social de que todos deviam participar no mundo inteiro e sob inspiração e a liderança americana. Todas as denominações protestantes se reuniram com o propósito de cooperar para a reforma do mundo a partir da visão de uma população religiosa livre, letrada, industriosa, honesta e obediente às leis. Este modelo centrava-se na sociedade e na religião americana, daí o momento oportuno para que as Igrejas Protestantes dos Estados Unidos agissem no contexto brasileiro. Portanto, o empreendimento missionário americano neste período foi o resultado do desejo de expansão, ao mesmo tempo, em que envolvia objetivo religioso: levar o reino de Deus ao mundo pagão, o qual incluía países evangelizados pela Igreja Católica Romana. Quanto à Igreja Presbiteriana, ela não fugia destas finalidades, pois o projeto missionário no Brasil buscou atender tais ideais. 2 O termo utilizado América Cristã correspondia aos valores cristãos segundo o protestantismo ou princípios reformados: Somente a Escritura, Somente Cristo, Somente a Graça, Somente a Fé e a Glória deveria ser oferecida somente a Deus, tais princípios valorizavam o individuo e a sua relação direta (leitura da Bíblia e orações), com Deus mediada por Cristo. Ao contrário do catolicismo romano que enfatizava a Igreja como autoridade sobre a salvação do homem (Concílio de Trento ).

7 7 Ainda no século XIX, verificamos que a América do Norte foi palco da Guerra Civil Americana ( ), um dos resultados desse conflito foi a divisão de diferentes denominações entre o norte e o sul do país. Como exemplo, surgiu a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUS), conhecida como Igreja do Sul, que de imediato criou uma agência missionária para o exterior Comitê Missões Estrangeiras. Sua primeira missão estrangeira foi a China, em O Brasil constituiu seu segundo campo, em 1869, dez anos após a vinda de Simonton. Seus primeiros missionários foram: Edward Lane 3 e George N. Morton, em Campinas. Portanto, o trabalho presbiteriano até 1869 ficou assim estabelecido: Desde 1859, na primeira década trabalharam no Brasil apenas os missionários da Igreja do Norte (PCUSA) e, a partir de 1869, começaram a atuar também os missionários da Igreja do Sul (PCUS). É nesse contexto que procuramos desenvolver uma pesquisa para compreender como a Igreja Presbiteriana se materializou no Brasil e se expandiu, de forma significativa, o que possibilita-nos várias investigações. Para um aprofundamento melhor, procurei configurar a Missão da Igreja Presbiteriana do Sul dos Estados Unidos (PCUS), que no Brasil iniciou seu trabalho com os missionários Lane e Morton em 1869 em Campinas (SP). Nosso olhar volta-se, portanto, para o projeto missionário da Missão Sul dos Estados Unido e sua atividade em Lavras 4 (chamada Missão Leste a partir de 1906) e o seu impacto na região sul de Minas Gerais abrangendo a sua presença a partir da transferência da missão de Campinas-SP, para Lavras-MG em 1892, constituindo-se em o primeiro campo oficial em Minas Gerais da Igreja Presbiteriana da Missão Sul dos Estados Unidos em Somente a partir de 1913 a missão se estendeu para o Oeste de Minas Gerais. Até este momento histórico apresentado, sabemos o quanto ele já foi explorado por pesquisas desenvolvidas por Ribeiro (2005) e Ferreira (2004), que apreenderam o processo educacional protestante da Missão Oeste Presbiteriana na região oeste de Minas Gerais. 5 3 Edward Lane foi o primeiro missionário da família Lane no Brasil, seu campo de atuação foi Campinas, morrendo em 1892 de febre amarela. Seu Filho, também chamado Edward Lane, nascido no Brasil, retornou como missionário e atuou em Patrocínio-MG, como importante consolidador do Instituto Bíblico Eduardo Lane. 4 Resultado da divisão que aconteceu em (1906), por causa de algumas divergências de finalidades missionárias, a missão (Sul) se subdividiu em Missão Oeste, abrangendo o Oeste de Minas e Goiás (West Brazil Mission, com sede em Campinas) e Missão Leste, abrangendo, principalmente o Sul de Minas (East Brazil Mission com sede em Lavras). 5 Pesquisas de mestrado desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em História da Educação da Universidade Federal de Uberlândia - UFU, respectivamente pelos autores RIBEIRO (2005) e FERREIRA (2004): Da Ética Protestante à Finalidade do Trabalho: Os Presbiterianos no Contexto

8 8 Meu objeto se diferencia, em razão de buscar a configuração do projeto educacional desenvolvido pela Missão Leste Presbiteriana no Sul de Minas, desenvolvida a partir de 1892, a qual resultou no estabelecimento de uma Escola Agrícola (1908), a base para a oficialização da Universidade Federal de Lavras UFLA. Ação que difere de outros empreendimentos educadores desenvolvidos pelas missões protestantes em diversos contextos de evangelização no mundo. 3. O PROJETO EDUCACIONAL PRESBITERIANO Ao investigar o método ou o projeto educacional católico que entendeu a educação como importante investimento ou meio de evangelização, inquietou-me perceber o projeto educacional protestante, que naquele momento era o outro lado da moeda ou considerado uma ameaça à própria sociedade. Verificando esse contexto, percebi o confronto existente, no qual a educação e os princípios morais e religiosos católicos apontavam o protestantismo como uma seita. Já os protestantes, viram no processo educacional uma forma de reformar a sociedade nos âmbitos religiosos e sociais. Diante de tais discursos, busquei apreender a visão educacional protestante presbiteriana, com a finalidade de configurar o seu pensamento e seus ideais educacionais vinculados à ação de evangelização e progresso, que no momento estudado ( ), aconteceram investimentos significantes por parte dos protestantes no aspecto educacional e muitos destes investimentos eram de orientação presbiteriana. 6 Em Campinas, a Missão Sul dos Estados Unidos iniciou o seu trabalho e fundou a Escola Internacional, que foi a primeira instituição escolar protestante na América Latina, Ferreira (1992, p. 115) confirma nossos dados: Há uma particularidade que, de início, dá relevo histórico à fundação do Colégio Internacional em Campinas, no ano de 1869 (em 1871 foram adquiridos os terrenos e 1874, construídos os edifícios). Esta foi a primeira das grandes escolas estabelecidas pelos missionários evangélicos na América educacional do Alto Paranaíba-MG ( ); e A Evangelização pela Educação Escolar: Embates entre Presbiterianos e católicos em Patrocínio. MG ( ). 6 Colégio Internacional (Campinas, 1869 ao ser transferido para Lavras em 1893, denominou-se Instituto Evangélico); Mackenzie College (São Paulo, 1870); Ginásio Evangélico Agnes Erskine (Recife, 1904); Instituto Ponte Nova (Wagner, 1906), Colégio 15 de Novembro (Garanhuns, 1907), Instituto Cristão (Castro, 1907), Colégio Evangélico do Alto Jequitibá (Presidente Soares, 1923), Colégio Evangélico de Buriti (Buriti, 1924), Patrocínio College (Patrocínio, 1925); Instituto José Manoel da Conceição (Jandira, 1928) e Colégio 2 de Julho (Salvador, 1928).

9 9 do Sul. Pois, no primeiro ano em Campinas, Lane e Morton iniciaram uma escola noturna que chegou a ter quase 30 alunos. Assim, o grande colégio americano de Campinas é, de fato, o marco histórico do contato intelectual e espiritual do elemento saxônico com o latino em nosso continente, no terreno da instrução. A Escola Internacional exerceu presença significativa na sociedade campinense, chegou a receber em 1882, a visita do Imperador D. Pedro II, que visitou o colégio expressando admiração: Sua Magestade examinou toda a instalação e visitou algumas classes, tendo tido palavras de louvor e apreciação para os esforços que se realizavam em favor da mocidade brasileira (SYDERSTRICKER, 1941, p.26). À medida que o trabalho se intensificava, outros missionários chegaram em Campinas para cooperar com o empreendimento. Salientamos, dentre eles, o Dr. Samuel Rhea Gammon em 1889, que assumiu a direção do colégio Internacional em 1890 e teve proeminente papel na solidificação do trabalho ao ser transferido para Lavras (MG). Essa mudança de localização da missão aconteceu em 1892, como resultado da violenta epidemia de febre amarela entre 1891 e 1892 em Campinas. Na busca por uma localização apropriada houve a possibilidade de transferência para Bagagem, atual Estrela do Sul, no Oeste de Minas Gerais, como indicação do Rev. Boyle. No entanto, devido à distância e à dificuldade de acesso àquela região naquele período, foram descartadas as possibilidades. Lavras, por situar-se no caminho para o Rio de Janeiro, devido ao clima e às montanhas, foi escolhida para sediar aquele empreendimento educativo. O ano letivo em Lavras deu-se a 01 de fevereiro de 1893, com 9 alunos e, uma semana após, já eram 14 alunos. Em Minas Gerais a escola denominou-se Instituto Evangélico. Somente em 1928, após a morte do Rev. Samuel Rhea Gammon passou a ser chamada de Instituto Gammon UMA ESCOLA AGRÍCOLA PARA LAVRAS Constituindo-se uma cidade do século XVIII, 8 em 1892, Lavras já contava com uma Casa de Misericórdia (1880), canalização de água potável (1885), uma companhia 7 Em 2003, sob ordem do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil denominou-se Instituto Presbiteriano Gammon. 8 Em 1720, surgiram as descobertas da Colina do Funil de novos vieiros de ouro atraindo muitos mineradores das Gerais. No entanto, a data referencial para a formação da cidade é 1837, a qual aconteceu o povoamento das primeiras famílias, dando origem ao nome da referida cidade: Lavras de Ouro do Funil. Em 1751, pela ordem de D. Manoel da Cruz Bispo de Mariana, os moradores do arraial das Lavras do Funil iniciaram a construção da nova capela dedicada à Sant Ana.

10 10 de fiação e tecidos União Lavrense (1886), o primeiro jornal da cidade de Lavras, O Lavrense (1887), a inauguração da Estação de Lavras (1888) e, finalmente a instalação do colégio (1882) e uma Escola Noturna (1883) (Cf. SALVIANO, arquivo histórico do Museu Bi Moreira UFLA). A permanência presbiteriana na cidade não foi diferente dos diversos contextos brasileiros daquela época: havia muita curiosidade em Lavras, a respeito desta penetração protestante. O povo simples, fazia os mais extravagante juízos acerca dos missionários,inclusive das suas condições físicas: se teriam mesmo pé de cabra ou pé de pato, como se dizia (GAMMON, 2003). Esses exemplos relatam os constrangimentos pelos quais os missionários americanos passavam, devido à diferença de religião. Tais características eram ensinadas pelos padres para colocar medo nos fiéis em relação aos protestantes, fato como este que foi vivenciado pela Miss. Carlota Kemper que era a tesoureira da missão: o vigário da cidade dizia aos seus paroquianos que d. Carlota todos os sábados recebia o dinheiro do Demônio, num quarto escuro do Colégio das meninas. O Demônio colocava o dinheiro nos sapatos dela!. Deste modo, contavam-se muitas estórias a respeito dos protestantes naqueles dias: O dinheiro deles não prestava, porque ao cair nas mãos de que o recebia transformava-se em carvão. Por isso ninguém gostava de trabalhar, nem vender para esses emissários de Santan! (SYDERSTRICKER, 1941, p.32, 33). Mesmo diante dessas perseguições, o trabalho progrediu com entusiasmos e resultados favoráveis, Conforme Clara Gammon, esposa do Dr. Gammon, Desde o começo, os filhos das melhores famílias freqüentavam a escola (GAMMON, 2003, p. 58). O relato intensifica o prestígio do colégio na cidade, do mesmo modo que lança evidências sobre o público alvo da instituição. Em 1904, o Dr. Gammon fundou a escola de rapazes, o Ginásio. A partir daí o Instituto Evangélico abrangia as duas escolas: A Escola de Meninas (chamada Carlota Kemper que já estava em funcionamento desde 1893) e a Escola de Rapazes, o Ginásio. No entanto, o Dr. Gammon almejava a criação de um empreendimento maior que possibilitasse aos jovens lavrenses um curso especial para os que se destinassem à vida de agricultores. Foi em 1907 com a chegada do Dr. Benjamin Hunnicutt que chegou em Lavras com 20 anos de idade, Bacharel em Ciências Agrícolas pela Escola Agrícola de Mississippi USA, que se tornou possível o funcionamento da Escola Agrícola de Lavras a partir de 1908 (Transformou-se em Escola Superior de

11 11 Agricultura, em 1938, sendo federalizada em 1963, tornando-se Universidade Federal de Lavras - UFLA em 1994). O Dr. Gammon enunciou a finalidade da escola: [...] Que os prepare para convenientemente aproveitar as riquezas naturaes da terra. Incontestavelmente, a mão da natureza prodigalizou os seus benefícios quando passou por esta terra: o solo é ubérrimo, o clima é salubre e favorável; não menos certo é, porém, que o povo não tem sabido desfrutar estas ricas dádivas da generosa providência. Nenhuma ciência ou arte, neste último meio século, tem feito progresso com a arte e a ciência de agricultura em certos países da Europa e América [...] O Brasil é um país essencialmente agrícola, e Minas, sobretudo, tem a sua principal fonte de riqueza no seu solo fertilíssimo [...] Está chegando o tempo em que desejamos, por meio de nossa Escola Agrícola, concorrer modestamente para o desenvolvimento desta ciência e do progresso desta arte de agricultura (Prospecto do Instituto Evangélico, 1909) Com essas idéias, percebemos que o propósito maior do Dr. Gammon era a criação de uma Universidade 9. Conforme relata o Jornal da Cidade, a criação do velho campus era o amadurecimento das idéias do Dr. Samuel Gammon em torno de uma Universidade (Acrópole, 1979, p. 1). De fato, esta escola seria a base para a construção de projetos educacionais maiores no contexto de Lavras: desenvolver a ciência da agricultura ou o desenvolvimento racional da atividade agrícola, que naquele contexto era uma das atividades econômicas em Minas Gerais. É considerável que, em Minas oitocentista, havia muitas fazendas isoladas que atendiam apenas à produção de subsistência ou familiar. Embora diversificada em suas forças produtivas (roceiros, agricultores, mineiros criadores, pecuaristas e fazendeiros), tais fazendas não se especializavam com vista ao mercado. Com a criação de uma escola agrícola, desenvolvia-se a possibilidade de utilizar a terra de forma racional, visando à produção do mercado, pois as ciências agrícolas foram percebidas como importante meio para o desenvolvimento e progresso. A Escola Agrícola de Lavras foi a primeira escola deste ramo dentro da Missão Presbiteriana no mundo. No Brasil, foi a quarta instituição educativa, em Minas Gerais, o primeiro estabelecimento de ensino. Por isso, o Governo de Minas Gerais mantinha alunos em Lavras e ofereceu bolsas de estudo a moços indicados pelo Instituto, para fazerem especialização nos Estados Unidos. Além dessas bolsas oferecidas pelo governo, a escola mantinha um laticínio desenvolvido pelos alunos, para ajudar os próprios custos do estabelecimento. 9 Desde a criação do Colégio Internacional em Campinas, o plano primitivo desenvolvido por Morton visava graduar cuidadosamente os cursos para criar em Campinas o primeiro estabelecimento universitário do Brasil.

12 12 Ainda em 1908, Benjamim Hunnicutt importou dos Estados Unidos a raça de porcos Duroc- Jersey. Foi incentivador da cultura do milho no Brasil. Em 1915, promoveu a primeira Expansão Nacional do Milho; em 1916, construiu na Escola Agrícola o primeiro Silo Aéreo de Alvenaria do Estado de Minas Gerais. Finalmente, organizou em Lavras em 1922, a Primeira Exposição Agropecuária e Industrial de Lavras, sendo a pioneira em Minas Gerais. Neste mesmo evento inaugurou o prédio da escola chamado Álvaro Botelho. Devido à influência na formação do estudo agrícola, a instituição recebeu alunos de diversos lugares do Brasil: Mato Grosso, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas etc. De acordo com o testemunho de Alberto Deodato em 1916, a escola foi responsável por importante empreendimento agrícola em várias regiões do país: A ciência agrária que ensinastes multiplicou a fecundidade das terras mineiras, floriu campos maninhos, fez brotar recantos estéreis. E por toda a terra brasileira, no norte e no sul, os agrônomos da vossa escola dirigem a produção, levando para os mais remotos sertões os vossos ensinamentos (Jornal Agrícola) No entanto, mesmo ganhando apoio do governo, recebeu concorrentes no ramo com a criação da Escola Agrícola em Viçosa. Porém, o diferencial destas duas escolas estava na própria missão do Instituto Gammon, vejamos: O governo do Estado veio a criar uma Escola Agrícola em Viçosa, não tendo poupado recursos para dotá-la de todo o aparelhamento moderno. É claro que a escola de Lavras não poderia competir com ela nesse terreno; entretanto, um alto funcionário do governo deu este testemunho: quando preciso de um homem capacitado para empregar equipamentos modernos, eu o procuro em Viçosa; mas se preciso de um homem por sua integridade de caráter e fidelidade no serviço, vou a Lavras (GAMMON, 2003, p. 130) A Escola Agrícola exerceu influência moral e educativa na formação de seus alunos, não somente por causa do seu ensino de forma específica em relação à agricultura ou pecuária, mas nas próprias atividades esportivas que, segundo SCHULZ (2003), ao procurar apreender a formação moral no ensino protestante no Brasil, apontou a educação física como importante preparo para essa finalidade, pois, além do ensino bíblico, que era a base dessa formação, os programas de educação física disciplinavam o corpo e foram valorizados na formação gammonense. Tais exemplos possibilitam-nos entender a influência na formação moral dos próprios alunos, indicada pela educação religiosa desta instituição, pela educação do corpo e pela própria disciplina estabelecida para os alunos, atendendo, assim, aos objetivos que revolucionaram a América no século XIX: religião-moral-educação. Em

13 13 todo o empreendimento educativo do Dr. Gammon esse objetivo estava nitidamente explícito em seu lema: Dedicado à glória de Deus e ao progresso humano, frase esta que destacou no frontispício do prédio do Ginásio em Quando pensamos nesse lema, recorremos às próprias tradições reformadas desenvolvidas por Calvino. Para ele, o trabalho era um dom divino e todas as atividades humanas deveriam glorificar a Deus. Segundo o seu catecismo Instrução na Fé, escrito em 1537 e traduzido para o português em 2003: todo homem nasce para conhecer a Deus sensus Divinitatis - ou seja: o homem nasce com o senso de Deus e nasce com a semente religiosa sêmen Religionis. Ao conhecê-lo, o homem deve honrá-lo com todo o temor, amor e reverência [...] Portanto é necessário que a principal preocupação e solicitude de nossa vida seja buscar a Deus, aspirá-lo com toda a afeição, honrando-o em toda a vida humana Calvino via a educação, o trabalho e o desenvolvimento de uma profissão como vocação do homem; por isso essa formação deveria constituir-se de um ensino completo e avançado. De acordo com o estudo desenvolvido por SCHULZ (2003), essas finalidades foram semelhantes em diversas denominações protestantes que desenvolveram o ensino superior no Brasil, como os Batistas, Metodistas e Presbiterianos. De fato, o ensino superior assumiria esses objetivos, pois visava formar líderes e educadores que correspondessem a tão elevados ideais. Assim, identificamos os objetivos de uma escola agrícola naquele contexto regional mineiro: desenvolver um ensino profissionalizante que chegasse, de forma gradual, ao nível superior, para atingir de modo prático o seu contexto social, religioso e econômico. A partir destes pressupostos históricos, tive atenção despertada para a compreensão do projeto educativo presbiteriano desenvolvido pela Missão Leste no Sul de Minas e o seu discurso religioso relacionado ao conceito de educação e progresso. Daí a ênfase sobre a vinculação entre razão religiosa (protestante) com a razão racionalizadora (Ciência), as quais o lema Gammonense ilustra muito bem: Glória de Deus e progresso humano. Tal condensado levanta algumas questões importantes: Qual o ideal de sociedade estava presente nos objetivos missionários protestantes? Qual a relação presente entre trabalho-progresso-educação e a fundação de uma Escola Agrícola? Como a sociedade lavrense, assimilou tais ideais? Entretanto, tais questões só 10 O seu empreendimento educativo não parou com a criação da Escola Agrícola, pois em 1910 começou a funcionar a Escola Normal, oficializada em 1947; em 1921 foi organizada a Escola Técnica de Comércio. O projeto educacional do Gammon também se estendeu para outras cidades da região, como a Escola Armstrong (1913 em Bomsucesso e foi transferida em 1921 para Campo Belo) e Escola Ruth See (1930, em Nepomuceno); criadas respectivamente pelas missionárias: Harriette Taylor Armstrong e Ruth See, missionárias em Lavras.

14 14 podem ser esclarecidas a partir do momento que construirmos uma abordagem mais profunda sobre a compreensão da cultura americana 11 e a sua influência naquele momento no Brasil. Sob o olhar de Cândido (1978, p. 109), entendemos que os grupos religiosos, como os políticos ou de classe etc, estabelecem para a escola um sistema de normas, em vista de conformá-las às suas finalidades próprias. É sob essa análise que buscamos apreender o universo ideológico, mental e a concepção de ser humano, transmitidos por esta instituição. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pretendemos aqui configurar como o projeto de progresso vinculava-se à criação de uma escola superior, num período em que o país pouco investiu nesta área e a presença de universidades era bem pequena. Além disso, foi uma preocupação protestante investir não somente em escolas paroquiais, rurais, primárias, ginásios e técnicas mas, igualmente, em escolas superiores, pois a oferta escolar no país era mínima e, ainda em 1920, o índice de analfabetismo no Brasil era de 80%. Então, de acordo com as próprias palavras de Ferreira (1992), ao falar sobre a História do presbiterianismo no Brasil: Se a juventude tem que receber cultura do intelecto e aprimoramento da sensibilidade, o missionário é que há de inaugurar a obra, e, ao fazê-lo segue apenas as pegadas dos grandes reformadores. Tais missionários assumiram o papel de reformadores religiosos e sociais, a exemplo do que aconteceu na Europa no século XVI, e nos Estados Unidos no século XIX: a formação de uma sociedade cristã perfeita constituída de uma religião pura e discurso progressista, a partir da visão de uma população religiosa livre, letrada, industriosa, honesta e obediente às leis. Neste aspecto a educação entraria como importante recurso para a formação desses princípios na sociedade. O projeto educacional protestante desenvolvido pelos presbiterianos, pouco explorado pela literatura nacional, foi uma relevância social, que se estendeu significativamente na cidade de Lavras e abrangeu diferentes contextos brasileiros. Desta forma, entendemos que o vínculo entre educação e evangelização atendeu ao 11 O presbiterianismo que chegou à América Latina, calvinista, recebeu influências do próprio puritanismo herdado de um contexto britânico. Os puritanos buscavam reformas da Igreja Anglicana na concretização de uma religião pública e pessoal. O puritanismo foi mais um modo de ser da vida religiosa [...] e parece ter sido uma feliz tradução do calvinismo no sentido de sua viabilidade eclesiástica e política. O governo eclesiástico calvinista puritano foi muito importante para a expansão do protestantismo (Cf. MENDONÇA, 1995 p. 42)

15 15 ideário protestante, sendo possível identificar que, neste processo, a evangelização indireta (via educação), assumida pela missão leste em Lavras, procurou delinear um modelo de escola que atendesse a princípios religiosos e sociais (alfabetização e formação de uma elite); evidenciando os objetivos que direcionaram o próprio lema da instituição Gammonense Dedicado a Glória de Deus e ao progresso humano, numa perspectiva social: ensinar era transmitir não somente uma cultura religiosa mas, também, a própria cultura americana, em um contexto que a influência americana emergia-se em diferentes realidades internacionais. A partir do desenvolvimento deste estudo, espera-se oferecer subsídios importantes para a compreensão da estrutura escolar protestante e a sua relevância social. Do mesmo modo, busca-se recuperar a História da Educação em Lavras, enfatizando as raízes históricas protestantes no desenvolvimento dessa Universidade Federal, pois o projeto educativo do Instituto Gammon, iniciado em Campinas, é o mais antigo da América do Sul e, ao ser transferido para Lavras, é o mais notável da História da Educação presbiteriana na Região Sul de Minas. Observamos, de tal modo, que essa história está para ser explorada a contento. 6. BIBLIOGRAFIA Fontes primárias encontradas no Museu Bi Moreira: Prospecto do Instituto Evangélico, 1909; Jornal Acrópole, 1979, p.1; Jornal Agrícola, Livros: BIÉLER, A. A força oculta dos protestantes. São Paulo: Cultura Cristã, CALVINO, J. Instrução na Fé: Princípios para a vida cristã. Goiânia: Logos, CÂNDIDO, A. A estrutura escolar. In: PEREIRA, L; FORACCHI, M. (Orgs) Educação e Sociedade. 9 ed. São Paulo: Editora Nacional, CUNHA, M. V. (Org) Ideário e Imagem da Educação Escolar. Campinas: Autores Associados, CURY, C. R. J. Educação e contradição. São Paulo: Cortez/ Autores Associados, ENGUITA, M. A face oculta da Escola educação e trabalho no capitalismo. Porto Alegre: Artes Médicas, FERREIRA, J. A. História da Igreja Presbiteriana do Brasil. 2 ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana: 1992 (Volume 1)

16 16 FERREIRA, J. F. S. P. B. A Evangelização pela Educação Escolar: Embates entre Presbiterianos e Católicos em Patrocínio. MG ( ). Dissertação de Mestrado: Universidade Federal de Uberlândia, GAMMON, C. Assim Brilha a Luz A vida de Samuel Rhea Gammon. São Paulo: Cultura cristã, GARAY, L. A questão institucional da educação e as escolas: conceitos e reflexões. In: BUTELMAN, I. (Org.) Pensando as Instituições: teorias e práticas em educação. Porto Alegre: Artmed, 1998, p GOMES, A. M. A. Religião, Educação & Progresso. São Paulo: Mackenzie, GONZALEZ, J. L. A era dos novos horizontes. São Paulo: Vida Nova, (Volume 9) HACKE, O. H. Protestantismo e educação brasileira: Presbiterianismo e seu relacionamento com o sistema pedagógico. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, INÁCIO FILHO, G. A Monografia na Universidade. 4 ed. Campinas: Papirus, MAGALHÃES, J. Contributo para a histórica das instituições educativas entre a memória e o arquivo. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, Portugal: s/d (mimeografado). Sobre o estatuto epistemológico da história da educação. In: Ensaios em homenagem a Joaquim Ferreira Gomes. Coimbra: Minerva, Um apontamento metodológico sobre a história das instituições educativas. In: SOUSA, C. P. & CATANI, D. B. (Orgs) Práticas educativas, culturas escolares, profissão docente. São Paulo: Escrituras, 1998, p Um contributo para a História do processo de escolarização da sociedade portuguesa na transição do antigo regime. Revista Educação, Sociedade & Cultura. Nº , MATOS, A. Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil. São Paulo: Cultura Cristã, MENDONÇA, A. G. O Celeste porvir: a inserção do protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTES, NAGLE, J. Educação e sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU, Ed. Da, RAMALHO, J. P. Prática Educativa e Sociedade. Rio de Janeiro: Zahar Editores, RIBEIRO, B. Protestantismo e Cultura Brasileira: aspectos culturais da implantação do protestantismo no Brasil. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, RIBEIRO, V. Da ética protestante À finalidade do trabalho: os presbiterianos no contexto educacional do Alto Paranaíba-MG. ( ).Dissertação de Mestrado: Universidade Federal de Uberlândia, SALVIANO, M. A formação histórica dos Campos de Sant Ana das Lavras do Funil. Lavras: Museu Bi Moreira (apostila).

17 17 SCHULZ, A. Educação Superior Protestante no Brasil. Engenheiro Coelho -SP: UNASPRESS, SYDERTRICKER, M. Carlota Kemper. São Paulo: Editora Limitada, THOMPSON, P. A voz do passado: História Oral. 2 ed. Trad Lólio Lourenço de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e terra, VEIGA, C. G. Historiografia da Educação de Minas Gerais: Uma história regional? In: LOPES, A. A. B. M; GONÇALVES, I. A. FARIA FILHO, L. M.; XAVIER, M. C. (Orgs) História da Educação em Minas Gerais. Belo Horizonte: FCH/FUMEC, WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 9 ed. São Paulo: Pioneira, 1994.

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