Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Disciplina de Parasitologia CISTICERCOSE. Carlos E. Cavasini Ricardo L. D. Machado
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- Gabriel Henrique Vilalobos Farinha
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1 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Disciplina de Parasitologia TENÍASE E CISTICERCOSE Carlos E. Cavasini Ricardo L. D. Machado 2009
2 INTRODUÇÃO TENÍASE E CISTICERCOSE são duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie, porém m com fase de vida diferente. TENÍASE : solitária CISTICERCOSE : Canjuiquinha
3 CLASSIFICAÇÃO SISTEMÁTICA TICA Filo: Platyhelminthes Classe: Cestoda Família: Taenide Gênero: Taenia Taenia solium e Taenia saginata Linnaeus, 1758
4 VERMES ADULTOS MORFOLOGIA Escólex fixação, 4 ventosas de tecido muscular, arredondadas e proeminentes. Colo zona de crescimento Estróbilo corpo do helminto, união de proglotes (anéis): jovens, maduras e grávidas. OVO Esféricos, 30 µm, embrióforo, oncosfera CISTICERCO Formas larvárias rias
5 Fonte: Tortora, 1998
6 Diferenças entre T. solium e T. saginata T. solium T. saginata Escólex Proglotes Globoso Rostro Duplos acúleos Poucas ramificações uterínicas,dendr nicas,dendríticas Saem passivamente Quadrangular Sem Rostro Sem acúleos Muitas ramificações uterínicas,dicotômicas Saem ativamente Cysticercus Ovos Fonte: Cimermam, 2000 C. cellulosae C. bovis indistingüí üíveis indistingüí üíveis
7 PROGLOTE DE Taenia solium Fonte: Maza, 1999
8 PROGLOTE DE Taenia saginata Fonte: Maza, 1999
9 Cysticercus celullose Fonte: Maza, 1999
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11 HABITAT BIOLOGIA a) Teníase: Intestino delgado. b) Cisticercose: tecido subcutâneo, muscular, cardíaco, aco, cerebral e no olho de suínos e acidentalmente no homem e cão. TRANSMISSÃO a) Teníase: ingestão de carne crua ou mal cozida b) Cisticercose: ingestão acidental - Auto-infec infecção externa - Auto-infec infecção interna - Heteroinfecção
12 CICLO BIOLÓGICO
13 CICLO BIOLÓGICO - Teníase HOMEM VERME ADULTO C. cellulose ANEL GRÁVIDO ANEL GRÁVIDO C. bovis BOI OVO OVO PORCO
14 CICLO BIOLÓGICO - Cisticercose OVOS T. solium OLHO, CÉREBRO C E MÚSCULOSM ESTÔMAGO Oncosfera MUCOSA INTESTINO DELGADO PULMÃO CORAÇÃO FÍGADO VEIA CAVA SISTEMA PORTA VEIA MESENTÉRICA
15 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Comum em populações com hábito h de comer carne de porco ou boi. [Hindus (T. saginata) ) e Judeus (T. solium)] Faixa etária é de 20 a 40 anos (60% dos casos) OMS : indivíduos duos infectados pelo complexo teníase/cisticercose e morrem a cada ano
16 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA TENÍASE - Cosmopolita - Cerca de cinco milhões de indivíduos duos infectados com T. saginata - 70 milhões infectados com T. solium - Prevalência moderada na Europa, sul da Ásia, Japão e Filipinas - Na América Latina: alta prevalência no Peru, Panamá,, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Equador, México M e Brasil
17 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA TENÍASE (Freqüência: 0,1 a 8%) 3,0% 3,2% 4,5% 5,6% 1,0%
18 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA CISTICERCOSE - Infreqüente: ente: Japão, Canadá e na maior parte da Europa Ocidental - EUA; rara antigamente - > freqüência devido movimentos populacionais (México e da América Central) - Na Ásia - Filipinas, Tailândia, Coréia do Sul, China e Índia - Na América Latina - estima-se se pacientes
19 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA CISTICERCOSE Ribeirão Preto - 7,5% Gomes et al.,2000-6% (Ba) Silva et al., ,3% (RS) Trevisol et al., ,4% (SC)
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22 IMUNOLOGIA - A resposta imune celular do hospedeiro na cisticercose tem papel pouco compreendido. - PPD: 50% respondem para hipersensibilidade tardia. - Linfócitos T e B e eosinófilos (sangue e LCR) - IgG e IgE e IgM - Neurocisticercose: IgM no LCR Teníase e Cisticercose são indistigüí üíveis imunologicamente
23 PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA TENÍASE - Fenômenos tóxicos t e alérgicos (substâncias excretadas) - Hemorrágicos (fixação) - Inflamação (infiltrado celular com hipo ou hipersecreção de muco) Tonturas, astenia, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento do abdômem, dores abdominais e perda de peso
24 PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA CISTICERCOSE CÉREBRO: ataques epileptiformes, prostação, alucinações, hidrocefalia, demência, meningite, paraparesias isoladas ou associadas. CARDÍACA: ACA: palpitações e ruídos anormais ou dispnéia. ia. OCULAR: deslocamento de retina, reações inflamatórias exsudativas e catarata. MUSCULAR: reação local, fibrose e calcificação e dor
25 CISTICERCOSE MUSCULAR
26 NEUROCISTICERCOSE CRISES EPILÉPTCAS PTCAS - 79% CEFALÉIA - 41% ALTERAÇÕES VISUAIS - 27% CONFUSÃO MENTAL - 25% HIDROCEFALIA - 17% NÁUSEA, VÔMITOS E CEFALÉIA - 17% QUADROS PSICÓTICOS - 9%
27 NEUROCISTICERCOSE
28 DIAGNÓSTICO - Teníase a) PARASITOLÓGICO: Hoffmam, fita gomada ou swab anal, Método M de Magalhães b) CLÍNICO: auto diagnóstico (proglote nas fezes) c) IMUNOLÓGICO: coproantígenos (ELISA), IgE e IgA - FC (Weinberg), HAE, testes intradérmicos rmicos d) BIOLOGIA MOLECULAR: 12srDNA (Hidaldo et al.,, 2002)
29 DIAGNÓSTICO - Teníase a) PARASITOLÓGICO: Hoffmam, fita gomada ou swab anal, Método M de Magalhães
30 DIAGNÓSTICO - Cisticercose a) POR IMAGEM: tomografia axial computadorizada e ressonância magnética nuclear. b) IMUNOLÓGICO - Pesquisa de anticorpos: precipitação, reação de fixação de complemento, hemaglutinação indireta, imunofluorescência indireta, radioimunoensaio e testes imunoenzimáticos (ELISA, DOT-ELISA) - Pesquisa de antígenos: 110 kda e > 400 kda (ELISA, aglutinação, HPLC)
31 TENÍASE TRATAMENTO - Niclosamida ou Praziquantel CISTICERCOSE Praziquantel Mebendazol Anticonvulsivantes e antinflamatórios
32 CONTROLE - Impedir o acesso do suíno e bovino às s fezes humanas com educação e engenharia sanitária - Tratamento em massa dos casos humanos positivos por teníase - Orientar a população para não comer carne crua ou mal-passada - Melhoria da criação de animais - Inspeção sanitária
33 HIDATIDOSE E EQUINOCOCOSE primeiros casos diagnosticados no Brasil (RS) vesículas cheias d`água gua Echinococcus granulosus Echinococcus vogeli Echinococcus multilocularis Echinococcus oligarthus
34 VERME ADULTO MORFOLOGIA - Mede cerca de 5 mm, escólex globoso com 4 ventosas e rostro com acúleos. Colo curto e o corpo com 3 ou 4 proglotes OVO - Subesférico, mede cerca de 30 micrômetros. Embrióforo e Hexacanto (semelhante ao da Tênia)
35 MORFOLOGIA CISTO HIDÁTICO (mede de 5 a 10 cm) - Membrana Adventícia (ou pericisto): rea tecidual do órgão parasitado. reação - Membrana anista: aspecto homogêneo, leitoso e funciona como barreira de defesa. - Membrana prolígera: responsável pela proliferação - Vesícula prolígera: origem dos escólex - Escólex: ov ovóide, apresenta-se invaginado com 4 ventosas e um rostro - Líquido hidático: sangüí üíneo tico: cristalino, semelhante ao plasma
36 MORFOLOGIA
37 Habitat ADULTO vive no intestino delgado de cães e o CISTO HIDÁTICO é encontrado no fígado f e pulmões dos hospedeiros intermediários rios (suínos, caprinos, ovinos, bovinos etc). NO HOMEM o cisto hidático se desenvolve no fígado (60%), pulmões (20%) - coração, cérebro, c ossos e rins (20%).
38 TRANSMISSÃO O CÃO se infecta ingerindo vísceras v dos hospedeiros intermediários rios contendo cisto hidático Os HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS RIOS adquirem ingerindo ovos eliminados pelos cães infectados.
39 CICLO BIOLÓGICO (heteroxênico) OVELHA PACA
40 PATOGENIA 1) Ação A Mecânica: tumor, estase sangüí üínea, pertubação da função biliar, dificuldades respiratórias rias etc. 2) Ação A alérgica: saída de antígenos do cisto leva à produção de IgE à reações alérgicas. 3) Ao rompimento do cisto: liberação de grande quantidade de Ag - choque anafilático liberação de fragmentos de vesículas e/ou escólex - novos cistos ou embolia pulmonar
41 PATOGENIA
42 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E. multilocularis - Canadá,, Alasca, União Soviética, Alemanha, Suíç íça, França a e norte da China. - O hospedeiro definitivo é a Raposa. - Caráter difuso : Hidatidose alveolar E. vogeli - canídeos silvestres e PACA. - Casos humanos diagnosticados na Venezuela, Colômbia, Equador, Panamá e Brasil - Cistos múltiplos: m Hidatidose policística
43 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E. granulosus - Distribuição Cosmopolita - Adulto ocorre entre canídeos (silvestres domésticos) - Forma larvar em herbívoros (ovinos, bovinos e suínos) - CARNEIRO - No homem cisto com uma única cavidade: Hidatidose císticac
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45 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Focos Isolados Endêmico Alta prevalência E. vogeli E. granulosus
46 CLÍNICO - Geralmente difícil DIAGNÓSTICO - Em zonas endêmicas (manifestações hepáticas e pulmonares) LABORATORIAL - Métodos de detecção de imagem: Raio X, TC, cintigrafia, ecografia, US (não específicas) - Reações Imunológicas: ELISA, IFI, Immunoblotting, IEF5 - Exame microscópico (urina ou expectoração) - Hemograma (eosinofilia de 15 a 20%)
47 TRATAMENTO EQUINOCOCOSE CANINA Praziquantel HIDATIDOSE HUMANA a) cirúrgico rgico b) albendazol c) punção do líquido l hidático (não recomendada para cistos pulmonares)
48 PROFILAXIA - Melhorar as condições de criação dos ovinos, fazendo-se a divisão das pastagens e cercando-as as de modo a abolir o uso de cães pastores - Proibir a alimentação dos cães com vísceras v cruas dos hospedeiros intermediários rios - Fazer o controle dos matadouros, incinerando as vísceras eu contenham o cisto hidático. - Realizar tratamento obrigatório rio em massa de todos os cães da região. - Educação sanitária
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