FASCIOLOSE. Disciplina de Parasitologia
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- Gabriella Clementino
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1 FASCIOLOSE Disciplina de Parasitologia GRUPO 11: Tiago Ciffoni Bianchi RA: Rodrigo Hideki Kato RA: Izabela Cunha Toffoli RA: Lucas Mantovani Cardoso RA: Fabio Silveira Ferrão RA:
2 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS A Fasciolose e uma doença causada por 2 espécies de trematódeos Fasciola hepática e Fasciola gigantica, sendo os ovinos e bovinos seus principais reservatórios. Os casos humanos muitas vezes acompanham a distribuição da doença nos animais. No Brasil, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste, verifica-se a presença dessa parasitose nos rebanhos bovino e ovino, com prevalências variando de 6,3 a 27,2%. Casos humanos da doença são relatados principalmente na região Sul do Brasil, com destaque para o estado do Paraná.
3 No Brasil, alguns trabalhos relatam a ocorrência de casos humanos da doença, principalmente nos Estados do Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Fonte da imagem: Almeida (2010)
4 AGENTES ETIOLÓGICOS A Fasciolose é uma doença causada pelo parasita Fasciola hepatica e as vezes, pela Fasciola gigantica. Na Europa, Américas e Oceania, apenas a Fasciola hepática está presente. São parasitas dos canais biliares de bovinos, ovinos, caprinos, suínos, equinos e, raramente, do homem, sendo mais comum nos ruminantes.
5 HOSPEDEIROS Hospedeiro Definitivo: Carneiros, bovinos, veados, coelhos e outros herbívoros Hospedeiro ocasional/acidental: homem Hospedeiro Intermediário: caramujos do gênero Lymnae Principais espécies no Brasil: Lymnae columela Lymnae viatrix
6 CICLO DE VIDA
7 CICLO DE VIDA 1. Os ovos não embrionados são descarregados nos ductos biliares e excretados nas fezes. 2. Os ovos tornam-se embrionados na água. 3. Ovos liberam miracídios, que invadem um caramujo (hospedeiro intermediário). 4. No caramujo, os parasitas passam por várias fases de desenvolvimento (esporocistos, rédias e cercárias). 5. As cercárias são liberadas a partir do caracol e encistam como metacercárias na vegetação aquática ou outras superfícies. 6. A infecção é adquirida pela ingestão de plantas, principalmente agrião, contendo metacercárias. 7. Após a ingestão, as metacercárias encistam no duodeno. 8. Eles migram através da parede intestinal, cavidade peritoneal e parênquima hepático para os ductos biliares, onde se desenvolvem em adultos.
8 TRANSMISSÃO No caso dos herbívoros a transmissão ocorre pela ingestão de plantas aquáticas que possuem as metacercarias Ingestão de verduras contendo larvas metacercarias do parasita (destaque para agrião, pois sua plantação ocorre em áreas alagadas que podem ter a presença do molusco) Em casos mais raros há a transmissão pelo consumo de fígado cru, com destaque para a região do Oriente Médio.
9 ASPECTOS CLÍNICOS Maioria dos casos são assintomáticos Quando ocorre sintomas : Hepatomegalia dolorosa Náusea Febre Nos Ductos Biliares: Lesão da mucosa biliar Inflamação dos ductos biliares No fígado: Hepatite traumática gerada pela migração simultânea de um grande número de parasitas Hemorragia Fibrose Baratinhas no fígado
10 DIAGNÓSTICO Sorologias Exame microscópico das fezes ou material duodenal ou biliar para ovos A tomografia computadorizada (TC) frequentemente revela lesões no fígado durante a fase aguda da infecção. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem detectar alterações do trato biliar na doença crônica.
11 TRATAMENTO O tratamento da Fasciolose é com Triclabendazol (10 mg/kg {via oral } uma vez após uma refeição ou, nas infecções graves, duas vezes em intervalo de 12 a 24 h) Outra alternativa é a Nitazoxanida (500 mg {via oral } 2 vezes ao dia durante 7 dias). Ou também o Metronidazol (250 mg a cada 8 horas por três semanas {via oral } )
12 PROFILAXIA Para o homem, a profilaxia é feita evitando-se o consumo de agrião cru, principalmente quando são irrigados por água de rio, ou adubados com estrumes. Nos animais, os que estiverem infectados devem ser tratados, evitando, na medida do possível, que defequem perto da água. Também deve ser feito um controle da população de caramujos Lymnaea, utilizando-se molusquicidas, e também há a alternativa do controle biológico através da criação do molusco Solicitoides sp sendo ele um predador importante Drenagem de pastagens alagadas Tratamento devido da água
13 OVOS Miracidio eclode através do opérculo (tampinha) São eliminados nas vias Biliares, caem no lúmen intestinal e são eliminados nas fezes
14 FORMA DO VERME ADULTO
15 RELATO DE CASO Uma paciente de 69 anos, natural de Portugal, esteve recentemente no Egito, Brasil e Índia. Tem histórico de colecistectomia e carcinoma do endométrio com 3 anos de acompanhamento em consulta oncológica; estava clinicamente assintomática, sem alterações no exame físico e com marcadores tumorais negativos. Entretanto, apresentou elevação persistente dos valores de fosfatase alcalina (FA) e gama - glutamil transpeptidase (γ-gt). Inicialmente foi realizada uma ultrassonografia abdominal sem alterações, seguida de ressonância magnética (RM), que revelou a presença de material viscoso na porção distal do ducto biliar principal (Fig. 1). Fig. 1: RM mostrando material viscoso no ducto biliar principal
16 RELATO DE CASO Ela foi então encaminhada para consulta de gastroenterologia e realizou uma ultrassonografia endoscópica (EUS) que revelou uma leve dilatação do trato biliar intra-hepático. O ducto biliar principal apresentava paredes normais e na porção distal era observado material filiforme e móvel. O paciente foi então submetido a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), que confirmou a dilatação do ducto biliar principal com 15 mm. Na porção terminal do trato biliar principal, uma imagem de subtração de 12 mm foi detectado um parasita no duodeno (Fig.3). Fig.3: Parasita detectado pelo CPRE (seta).
17 DISCUSSÃO DO CASO Sabendo que a Fasciolose é uma doença geralmente assintomática e silenciosa, como ocorreu o processo de suspeita e investigação dessa parasitose, pelos médicos que consultaram a paciente?
18 CONCLUSÃO DO CASO Através do uso da Sonda Dormia (Fig. 4), foi possível remover os organismos adultos da Fasciola hepática (Fig. 5). O achado do organismo vivo no trato biliar principal é um fenômeno extremamente raro, uma vez que habita preferencialmente a vesícula biliar. Este paciente foi tratado com uma dose única de triclabendazol (um anti-helmíntico sistêmico) que é considerado seguro e eficaz. O paciente apresentou melhora clínica e normalização das amostras de sangue. Fig. 4: Sonda Dormia Fig. 5: Fasciola hepática
19 BIBLIOGRAFIA file:///c:/users/user/downloads/ pb.pdf Imagens subcategoria=0&com=1&id=102&local=2 Caso clínico Fasciola hepatica a Diver in the Biliary Tree. Martins, A., Gonçalves, Á., Almeida, T. et al. J Gastrointest Surg (Novembro, 2017) v.21. Em
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