Os Limites do Indutivismo Científico. Ludmila Aster S. Gomes Licencianda em Filosofia, UFMG

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1 Os Limites do Indutivismo Científico Ludmila Aster S. Gomes Licencianda em Filosofia, UFMG Introdução A ciência é especial. É a melhor forma que temos de descobrir coisas sobre o mundo e tudo o que faz parte dele e isso nos incluiu. (BYNUM, 2013, p. 1) Esta é a visão que comumente tem-se da ciência. De um ponto de vista comum, e também de um ponto de vista entusiasta da ciência (como o exemplo citado), parece errado questionar o método usado pela ciência, afinal, foi esta mesma ciência que nos proporcionou tantos avanços e é também a principal responsável dentre outras coisas pelo surgimento e desenvolvimento da tecnologia que tanto nos é cara. A visão de que a ciência é uma fonte confiável de conhecimento, ou que nos trás o conhecimento por excelência surgiu e cresceu junto com a Revolução Científica do século XVII. O que, exatamente, diferenciava o que chamamos hoje de ciência e que era conhecida como filosofia natural naquela época, eram seus métodos de investigação. Mas afinal, o método científico é deveras eficiente? Pode ele nos proporcionar, em verdade, o conhecimento por excelência? Francis Bacon (século XVII) foi o primeiro (ou, pelo menos, o mais conhecido) filósofo a se preocupar com o método científico. Segundo ele, primeiro o cientista (filósofo natural) deveria observar a natureza e então, com seus resultados obtidos através da experiência, chegaria a certas proposições singulares e dessas iria generalizando a proposições cada vez mais superiores até que se chegasse às proposições universais, dessas proposições universais, esperava-se ter leis para a natureza, ele também frisava que o conhecimento só poderia ser obtido através da experiência e Bacon ainda lembrava que era preciso analisar as várias hipóteses que surgissem e que [o filósofo natural] deveria excluir aquelas que carregassem muitos contra-exemplos consigo ou não abarcassem os fenômenos observados, até que restasse apenas uma que sobrevivesse a todos os testes aos quais fosse submetida. 1. O método científico A revolução científica do século XVII foi principalmente marcada pelo método que se passou a usar para fazer ciência: o método da observação e da experimentação. Os filósofos naturais passaram a observar a natureza sistematicamente e a fazer intervenções nela para fins de seus experimentos. A invenção e o uso de novos instrumentos para auxiliar nas observações, como por exemplo, os primeiros telescópios e microscópios, também foram revolucionários. O uso destes instrumentos, sabemos, auxiliaram a confirmação de certas teorias que pareciam improváveis. Galileu, por exemplo, pôde confirmar Copérnico e negar a ideia que se tinha de que toda a teoria de Copérnico servia somente instrumentalmente. Alguns fisiologistas usaram os microscópios para

2 confirmar as teorias de William Harvey contra Galeno (de como o sangue circulava no corpo). A matemática ganhou um importante lugar na ciência: ela passou a ser concebida como a linguagem da natureza. E foram necessários também, experimentos matemáticos para mostrar que a filosofia natural antiga (aristotélica) que supostamente dizia a respeito de uma natureza evidente e por isso teria tido autoridade por tanto tempo, não estava completamente correta. Sabemos que algumas das dificuldades que as pessoas encontraram em aceitar os novos métodos de investigações estavam no fato de esses métodos não serem completamente evidentes. Comumente, concebe-se o método científico como o método científico, isto é, comumente, acha-se que há apenas uma forma de fazer ciência. Não é assim que ocorre e nem é assim que ocorreu na revolução científica. Como mencionado, foram usados diversos métodos de experimentação, inclusive os da matemática e os experimentos mentais e eles se diferem uns dos outros. Hoje, grosso modo, faz-se ciência em um laboratório testando hipóteses específicas dentro de uma teoria considerada confiável. O procedimento para os testes também são normalmente projetados para excluir qualquer alternativa contrária à hipótese que está sendo testada e para ser repetido diversas vezes, tornando assim a hipótese uma hipótese confiável este método é também considerado o método experimental científico e é precisamente ele que dá aos cientistas a autoridade que tem em termos de conhecimento sobre o mundo. 2. Em que consiste o indutivismo (epistêmico) O raciocínio indutivo consiste em concluir ou generalizar algo a partir de experiências anteriores, ou seja, a nossa experiência regular torna-se uma justificativa parar formarmos crenças acerca de coisas que não temos experiências ou que ainda não aconteceram. Podemos considerar um exemplo trivial: Premissa: Todos os anos da minha vida houveram invernos rigorosos. Conclusão: Este ano haverá inverno rigoroso. O que ocorre é que a nossa experiência com o mundo é limitada para a considerarmos confiável para tirarmos conclusões acerca do comportamento [futuro] do mundo. Pressupor que o mundo se comporta de maneira uniforme e que sempre o fará e que isto é justificado pela nossa experiência com ele, consiste em pressupor o Princípio da Uniformidade da Natureza. Este princípio diz respeito a [pelo menos] toda a idade da Terra, para não falar todo espaço-tempo. David Hume (século XVII) foi o primeiro filósofo a criticar o indutivismo. Poderíamos considerar o Princípio da Uniformidade da Natureza de duas maneiras: ou sendo uma verdade a priori ou como uma afirmação a posteriori. Hume argumentou que não poderia ser uma verdade a priori porque não haveria contradição em negá-la, logo, o Princípio da Uniformidade da Natureza tem de ser uma afirmação empírica. Como mencionei acima, o Princípio da Uniformidade tem de dizer

3 respeito a todo espaço-tempo, e, para que fosse uma afirmação empírica, deveríamos ter a experiência de todo espaço-tempo para fazê-la. Nossa experiência, porém, é apenas uma parcela do tempo [aquela em que estamos vivos]. Dito isto, para justificarmos o Princípio da Uniformidade da Natureza, deveríamos recorrer a uma explicação indutiva: Premissa: Toda a minha experiência mostra que a natureza se comportou de maneira uniforme. Conclusão: Logo, a natureza continuará a fazê-lo. Devemos nos lembrar, porém, que, o Princípio da Uniformidade seria a justificação às inferências indutivas, mas o próprio Principio necessita de uma inferência indutiva par ser justificado. Fica claro, portanto, que a justificação para o indutivismo é circular, pois incorre em uma petição de princípio. 3. O indutivismo na ciência No caso da ciência podemos considerar dois tipos de indutivismo: o primeiro, lembra muito as asserções de Bacon acerca do método científico e é chamado, por vezes de indutivismo ingênuo. O segundo, diz mais respeito ao método científico que foi considerado e proposto pelos empiristas do século XX e pode ser considerado uma forma mais sofisticada de abordar o indutivismo. Consideremos o primeiro. Se considerarmos a seguinte asserção da física: i) De maneira geral, os corpos ao serem aquecidos se dilatam e ao terem suas temperaturas reduzidas se contraem. Percebemos que é uma afirmação geral acerca de certo aspecto da natureza. É bem provável que se aquecermos uma barra de ferro, poderemos observar ela se dilatar e se contrair ao ser resfriada. Deste modo, aparentemente, não há nada de errado com esta afirmação geral, afinal ela pode ser observada uma centena de vezes e confirmada. A pergunta que podemos nos fazer é: como chegaram a este resultado geral sobre certo aspecto da natureza? O indutivista, responderá prontamente que, por meio de diversas observações, sob uma variada gama de circunstancias, chegou-se a esta proposição geral que pode ser considerada uma lei da natureza. Para este tipo de indutivista, a ciência começa a partir da observação desde que o observador, isto é, o cientista, esteja sob as condições normais de seus sentidos. Ele observará a natureza, limpo, sem qualquer teoria pré-estabelecida. Registrará, portanto, as suas proposições de observação, isto é, proposições singulares. Após um grande número de observações, em que o observador obteve os mesmos resultados, ele poderá, seguramente fazer uma generalização acerca do determinado aspecto da natureza que observou tantas vezes. Devemos nos lembrar que, para fazer uma generalização, é necessário respeitar algumas condições como:

4 a) As proposições singulares devem estar em um número bastante grande para que forneçam uma base segura para a generalização; b) As observações devem ser repetidas sob várias circunstancias para ver se ainda se obtém o mesmo resultado; c) Nenhuma proposição de observação deve contradizer a proposição geral. Deste modo, parece legítimo fazer generalizações acerca dos aspectos da natureza observados desde que as generalizações respeitem as condições pré estabelecidas. E uma vez que temos uma lei geral acerca de qualquer coisa, podemos, então fazer previsões futuras acerca do comportamento dos fenômenos [naturais]. Uma vez que sabemos que um corpo ao ser aquecido se dilata e ao ser resfriado, se contrai, poderei fazer, com base nesta afirmação, cálculos para construir uma linha férrea segura, por exemplo. A primeira objeção que podemos colocar neste tipo de indutivismo é: o número de proposições singulares que compõe uma proposição universal é sempre finito, de modo que não podemos ter certeza de que as observações feitas sob diversas circunstancias são de fato, uma base segura para a generalização. Pode-se responder a esta objeção do seguinte modo: dada as observações feitas sob uma gama de situações diferentes, é bem provável que... Mas ainda sim, esta não pode ser uma resposta aceitável porque ainda consiste em uma proposição universal que contém um número limitado de proposições singulares A segunda objeção que podemos colocar a este tipo de indutivismo é: as observações não são totalmente independentes de teorias. É claro que consideramos que duas observações de dois observadores diferentes se encaixam na condição em que as observações devem ser feitas sob uma variada gama de circunstancias, assim, caso haja um evento que um observador veja de um modo e outro veja de outro modo, podemos considerar que o evento não suprimiu a esta condição. Ocorre que não é possível que haja observações totalmente isentas de teorias como é um requisito dos indutivistas que creem que a ciência começa com a observação. Vejamos: para considerar que um corpo dilatou-se ao ser aquecido, primeiro o observador precisa saber de antemão o que são corpos que dilatam-se e o que é dilatação e também o que é aquecimento. Não há, portanto, como fugir de teorias preestabelecidas em nós (mesmo que teorias ordinárias do dia a dia). Agora, vamos considerar o segundo tipo de indutivismo. Neste tipo, os indutivistas não consideram que a ciência comece da observação. Pelo contrário: uma teoria científica pode ser formulada de qualquer maneira, especialmente, através de experimentos mentais. O exemplo clássico é que conta-se uma anedota de que Isaac Newton observou uma maçã cair da macieira e dai concluiu a sua lei da gravidade, mas aparentemente não passa de história e é muito provável que Newton não tenha ficado a observar maçãs caírem em sua cabeça para criar sua lei da gravitação universal. Mas, uma vez que chegamos a estas leis, devemos prová-las com nossas experiências, novamente: elas tem de ser muitas, feitas sob uma variada gama de circunstancias e nenhuma deve contradizer a teoria que tenta comprovar.

5 Mas este tipo de indutivismo se livra somente da segunda crítica (a de que as observações não são isentas de teoria). Ocorre que, qualquer que seja o modo com que uma teoria científica tenha sido produzida, as proposições de observação que a sustentem ainda são um número muito limitado para que sejam consideradas uma base segura para a verdade da lei que tenta comprovar. É necessário determinar detalhadamente a clausula grande número de observações. Há casos, é claro, em que não será necessário um grande número de observações, como, por exemplo, que uma determinada doença, se não evitada nem tratada, possa levar uma pessoa à morte em pouco tempo. 4. Críticas ao indutivismo Karl Popper (em Ciência e Filosofia) notadamente tentou responder ao problema da indução. Para ele, o raciocínio indutivo simplesmente não existia, ele concordou incisivamente com Hume sobre o fato de que uma proposição universal não pode ser justificada por umas poucas proposições singulares, Popper concluiu então que a ciência não poderia basear-se nisto, propôs, assim o seu falsificacionismo. O falsificacinismo assume que as observações devem depender das teorias, ou seja, o cientista primeiro concebe a teoria e depois a confronta com as observações para ver se ela se mantém. Se as observações contradisserem a teoria, então, ela deve ser deixada de lado e o cientista seguir em frente para buscar uma nova alternativa. Para Popper, uma teoria só é genuinamente científica se ela correr o risco de ser falseada, ou seja, se for clara e precisa o bastante para correr este risco. Popper desse modo não considera o aspecto positivo da ciência, ou seja, o fato de que a ciência trás resultados e também não considera que possamos formar crenças acerca do futuro (crenças baseadas nas teorias científicas). O problema da indução não consiste em dizer que a indução está errada. Há muitos exemplos que podemos considerar, onde podemos ver que ter um raciocínio indutivo é melhor que não tê-lo. Se ao negar que totalmente que posso confiar em experiências passadas, posso então, crer que ao me deitar em uma avenida movimentada para tirar um cochilo não serei estraçalhada pelo próximo caminhão que passar. O problema da indução consiste em explicar por que é racional confiarmos em nossas experiências passadas para formar uma crença futura. Sinceramente, eu creio que serei estraçalhada por um caminhão se quiser tirar um cochilo no meio de uma avenida movimentada. Alan Chalmers (1976) discorre sobre o problema do indutivismo científico amplamente em seu livro O que é a ciência, afinal? (What is this thing called science?) Chalmers defende uma espécie de realismo que ele o batiza de realismo não-representativo que consiste em dizer, grosso modo, que as teorias científicas aplicam-se ao mundo até certo ponto e que suas sucessoras o fazem em um grau maior. Para citá-lo: o objetivo da física será estabelecer os limites da aplicabilidade das teorias atuais e desenvolver teorias que sejam aplicáveis ao mundo num grau maior de aproximação numa variedade mais ampla de circunstâncias. (CHALMERS, 1993, p. 193) 5. Conclusão

6 Após o que foi apresentado, atingi o objetivo deste ensaio: apresentar como o método indutivo pode refrear o que é chamado de conhecimento científico. Estou ciente de que não abordei todas as críticas ao problema da indução, nem as defesas ao indutivismo, sei, por exemplo, que Peter Strawson (1952) defendeu o indutivismo e afirmou que não há na verdade, um problema da indução, assim como Wesley Salmon (1974) argumentou que a justificação do argumento indutivo não é circular. Mas, novamente, o meu objetivo não era mostrar como o indutivismo pode ser respondido ou defendido e sim como o que é conhecido como o método científico como a concepção arbitrária e conseqüente uso (também arbitrário) desta concepção do método não é o método por excelência. Afinal, confiamos em selos de uso para os produtos que adquirimos para nosso consumo e que foram dados a tais produtos através de uma série de experimentos feitos com os produtos obedecendo as regras do método indutivo. Ao fim deste trabalho, podemos perceber que o método utilizado para classificar a confiabilidade de certos produtos é falho. Está claro também, que o chamado problema da indução não interfere nas questões práticas da vida cotidiana nem da ciência. Talvez hajam teorias que tenham sido formuladas através da indução e que funcionam praticamente em alguma implicação tecnológica. Talvez confiar na indução seja, afinal, a única alternativa que temos, pois, ao mesmo tempo em que não podemos provar a uniformidade da natureza, também não podemos desmenti-la. E, no caso da ciência, enquanto a indução nos fornecer teorias que funcionem na prática ou que ao menos, abarquem o que podemos observar do mundo, temos de aceitá-la, até porque, por tudo o que sabemos até aqui, mesmo que em alguns momentos falha e arbitrária, a ciência ainda tem dado a melhor visão de mundo que podemos ter. Mas, disso não decorre que estejamos isentos do problema e que talvez futuramente ele não venha mostrar que tudo o que constituímos como conhecimento científico através da indução tenha sido um equívoco. Quem pode saber o que o futuro nos reserva? Alan Chalmers diz que certamente não são os filósofos da ciência que sabem. 6. Referências BYNUM, William. Uma breve história da ciência.tradução: Iuri Abreu,1 edição; Porto Alegre, RS: L&PM, P. 1. CHALMERS, Alan F., O que é a ciência, afinal? Tradução: RAUL Fiker, 1 edição; São Paulo, SP:

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