Demonstrações Matemáticas Parte 2

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Demonstrações Matemáticas Parte 2"

Transcrição

1 Demonstrações Matemáticas Parte 2 Nessa aula, veremos aquele que, talvez, é o mais importante método de demonstração: a prova por redução ao absurdo. Também veremos um método bastante simples para desprovar uma conjectura (ou seja, para provar que ela não é um teorema). Este método, que já foi citado por alto na aula passada, é chamado de prova por contra-exemplo. Cada um desses dois métodos será visto em uma das seções a seguir. A terceira seção, que é extra, faz uma reflexão sobre contra-exemplos gigantes. 1. Prova por Redução ao Absurdo Também chamada de prova por contradição ou simplesmente de prova por absurdo. Pode ser usado em um teorema qualquer, que representaremos como R. A idéia é assumir que R é falso e construir um argumento que conclua algum absurdo matemático (uma contradição matemática). Segue o resumo: Uma prova por redução ao absurdo um objetivo R consiste em criar um argumento lógico estruturado assim: Hipótese: R Conclusão: uma contradição qualquer Uma contradição é uma afirmação X X, para alguma proposição X, que não é conhecida de antemão. A grande dificuldade deste tipo de demonstração é justamente descobrir a proposição X que será contrariada. Uma dica é desenvolver a hipótese de várias maneiras até surgir algo incomum, que contrarie a teoria matemática estabelecida ou que contrarie uma hipótese assumida na demonstração. 1

2 Nos exemplos, assuma as seguintes definições e lemas (teoremas auxiliares): (Definição:) Um número real n é um número racional sse n = a/b para algum a e algum b inteiros com b 0. (Definição:) Um número real n é um irracional sse ele não é racional. (Lema:) Toda fração de inteiros tem uma forma irredutível a/b em que a e b são inteiros e não têm divisores inteiros maiores que 1 em comum. (Lema:) Para todo n inteiro: Se n 2 é par, então n é par. (Provado na aula passada). Exemplo 1: Prove que 2 é um número irracional. Por redução ao absurdo, esta demonstração seria estruturada assim: Hipótese: 2 é racional Objetivo: alguma contradição Prova por redução ao absurdo: Vamos assumir que 2 é racional. Pela definição de racional, temos: 2 = a/b, para a e b inteiros e b 0 Além disso, vamos considerar a e b não tem divisores maiores que 1 em comum. Podemos afirmar isso, pois um dos lemas dados garante que sempre existe uma forma irredutível, para qualquer fração. Elevando ao quadrado ambos os lados da equação anterior e desenvolvendo: 2 = a 2 / b 2 a 2 = 2 b 2 Como b 2 é inteiro, pela definição de par, temos que a 2 é par. Portanto, pelo outro lema assumido, concluímos que a também é par. Como a é par, temos que a = 2k, para um k inteiro. Substituindo na última e- quação: (2k) 2 = 2 b 2 4k 2 = 2 b 2 2k 2 = b 2 b 2 = 2k 2 Logo, b 2 é par. Pelo lema dado, b também é par. 2

3 Como a e b são pares, a e b têm 2 como divisor comum. Isso entra em contradição com o que foi provado antes, no trecho sublinhado. (Logo, a hipótese está errada e, portanto, provamos que 2 é irracional). (Provado). O comentário entre parênteses, no exemplo acima, não precisam aparecer na demonstração. Assim, uma prova por redução ao absurdo pode terminar de maneira bastante sutil simplesmente destacando a contradição obtida. Esta contradição pode ser qualquer uma e, inclusive, pode não estar claramente relacionada à conjectura que se deseja provar. Exemplo 2: Provar a afirmação: Em todo triângulo reto não-degenerado (ou seja,um triângulo sem lados nulos) a soma dos catetos é maior que a hipotenusa. Ou seja, dado um triângulo retângulo com hipotenusa h e catetos a e b, temos que: a+b > h Estrutura da demonstração: Hipóteses: em algum triângulo retângulo, temos a+b h Objetivo: uma contradição Demonstração por redução ao absurdo: Vamos assumir que, em algum triângulo retângulo com hipotenusa h e catetos a e b, seja verdade que: a+b h Elevando tudo ao quadrado, como ambos os lados são positivos, temos: (a+b) 2 h 2 a 2 + b 2 + 2ab h 2 (Inequação I) Porém, como a>0 e b>0, temos que 2ab > 0, logo: a 2 + b 2 < a 2 + b 2 + 2ab (Inequação II) (Ou seja, ao somar 2ab, temos um valor maior). Por transitividade das inequações II e I: a 2 + b 2 < h 2 Isso implica em: a 2 + b 2 h 2 Porém, isso contraria o Teorema de Pitágoras, que diz que: a 2 + b 2 = h 2. 3

4 (Provado). Agora, vamos lidar com o caso em que a afirmação R é uma implicação P Q por redução ao absurdo. (Este é um caso muito importante, porque muitos teoremas envolvem implicações). A idéia é mesma de antes: temos que assumir como hipótese local a negação dessa implicação (P Q). Porém, por equivalência lógica, essa negação equivale a P Q (procure nas leis de equivalência dadas antes). Segue o resumo deste caso especial: Uma prova por redução ao absurdo de um objetivo P Q é um argumento construído com essa estrutura: Hipóteses: P e Q Objetivo: uma contradição Exemplo 3: Provar a afirmação (para todo n inteiro): Se (3n+2) é ímpar, então n é ímpar. Estrutura da demonstração: Hipóteses: (i) (3n+2) é ímpar e (ii) n não é ímpar Objetivo: uma contradição Demonstração por redução ao absurdo: Seja n um inteiro qualquer. Vamos, ainda, assumir que: (i) (3n+2) é ímpar e (ii) n não é ímpar. Como n não é ímpar (pela hipótese ii), temos que n é par. Logo: n = 2k, para um k inteiro Substituindo n na expressão 3n+2: 3n+2 = 3(2k) + 2 = 6k + 2 = 2.(3k+1) Como 3k+1 é obviamente inteiro, temos que: 3n+2 é par. (Provado). 4

5 O exemplo acima ilustra bem o que muitas vezes (mas não sempre) é feito no argumento para chegar a uma contradição: você pode desenvolver uma das hipóteses até que ela negue a outra. Isso pode ocorrer de duas formas: Desenvolvendo a hipótese P até chegar a Q (que contraria a hipótese Q). Isso faz a prova por redução ao absurdo parecer uma prova direta. Desenvolvendo a hipótese Q até chegar a P (que contraria a hipótese P). Isso faz a prova por redução ao absurdo parecer uma prova da forma contrapositiva. Comentários Adicionais (1) Outra maneira de entender a estrutura dada, aqui, para implicações P Q é considerar que ela é provada usando dois métodos de demonstração em seqüência (veja o material extra da aula passada): Primeiro, é aplicado o método da prova direta, acrescentando a hipótese P e adotando Q como objetivo. Depois, para provar apenas o objetivo Q, é aplicada prova por redução ao absurdo, o que acrescenta a hipótese Q e adota como novo objetivo uma contradição. Veja que, seguindo essa idéia, a estrutura final (hipóteses e objetivo) fica a mesma que resumimos no quadro acima. (2) A redução ao absurdo também é usada em outros tipos de argumentos lógicos, inclusive alguns raciocínios que construímos no dia-a-dia. Além disso, ela pode ser usada para resolver alguns tipos de quebra-cabeça. Para ver mais sobre isso, veja o material extra. 5

6 2. Prova por Contra-Exemplo Um contra-exemplo é uma exceção para uma suposta regra geral. Apresentar uma exceção, simplesmente, já nega que a tal regra geral seja verdadeira. Essa é a idéia de uma prova por contra-exemplo. Veja que, diferente dos outros métodos vistos, a prova por contra-exemplo serve para negar uma afirmação. Em especial, para negar uma afirmação do tipo para todo x de um universo U, é verdade a afirmação P 1, a prova por contra-exemplo consiste em encontrar e descrever um valor c (para a variável x) para o qual a afirmação P falha. O quadro abaixo resume este método: Para refutar (provar que é falsa) por contra-exemplo uma afirmação para todo x do universo U, é verdade P, basta fazer o seguinte: Escolha (adequadamente) um objeto c pertencente ao universo U Adotando x=c, prove que a afirmação P é falsa O objeto c descrito acima é chamado de contra-exemplo da afirmação inicial. No primeiro exemplo que vamos dar, considere esta definição: Um quadrado perfeito é o quadrado de algum número inteiro. Exemplos: 0 2 =0, 1 2 =1, 2 2 =4, 3 2 =9, 4 2 =16, 5 2 =25, 6 2 =36, 7 2 =49, 8 2 =64, 9 2 =81, 10 2 =100, 11 2 =121, 12 2 =144,... 1 Afirmações deste tipo não podem ser representadas bem por Lógica Proposicional, mas sim por Lógica de Predicados, que veremos mais adiante no curso. 6

7 Exemplo 1: Refute que Todo número inteiro positivo é a soma de dois quadrados perfeitos. Antes de darmos um contra-exemplo, veja que a afirmação dada é verdadeira para 0, 1 e 2, pois: 0 = = = Porém, vamos provar que a conjectura é falsa porque ela falha para, pelo menos, um número inteiro positivo. Prova por contra-exemplo. Seja o inteiro 3, que é obviamente um inteiro positivo. Vamos mostrar que 3 não pode ser representado pela soma de dois quadrados perfeitos. Segue a explicação: Para representar o 3, precisamos de quadrados perfeitos menores ou iguais a 3, ou seja, só podemos usar 0 2 e 1 2. Porém, com a soma de dois desses valores, o máximo que podemos obter é que dá apenas 2. Logo o 3 não pode ser representado com esses valores. Assim, a afirmação dada está errada, e, como mostramos acima, o inteiro 3 é um contra-exemplo para ela. Quando temos uma afirmação com várias variáveis para todos a, b, c do universo U, é verdade P, podemos ver todas essas variáveis como uma tupla x=(a,b,c), então, a idéia permanece a mesma dar um valor para a tupla x que negue P. Mas isso equivale, simplesmente, a dar um valor para cada variável. A prova por contra-exemplo tem alguma relação com a prova por redução ao absurdo. Não vamos dar detalhes mais profundos, mas vamos mostrar que usamos o mesmo princípio lógico para lidar com implicações nas duas. 7

8 Para refutar por contra-exemplo uma implicação para todo x, é verdade P Q, a idéia é: achar um valor x=c que negue a implicação P Q. Como a negação dessa implicação é P Q (como comentamos na seção anterior), isso quer dizer que o valor c tem que satisfazer P e negar Q. Veja o próximo exemplo. Exemplo 2: Refutar a afirmação Para todos inteiros a e b: Se a+b é par, então a é par e b é par. Veja que esta afirmação é uma implicação cuja condição é a+b é par e o resultado é a e b são pares. Temos que achar exemplos que satisfaçam o primeiro e neguem o segundo. Prova por contra-exemplo. Sejam os valores inteiros a=3 e b=5. Neste caso, temos a+b=8, que é par (satisfaz a condição). Porém, a=3 não é par (não satisfaz o resultado). Portanto, a afirmação dada é falsa. Muitas vezes, mudar o universo U ao qual se refere uma afirmação pode mudar o seu valor-verdade. No próximo exemplo, damos uma afirmação que seria verdadeira no universo Z (números inteiros), mas é falsa no universo R (números reais). Exemplo 3: Refutar a afirmação Para todo n real: se n 2 é par, então n é par. Prova por contra-exemplo. Seja o real n= 2. Veja que n 2 = ( 2) 2 = 2. Assim, temos que ( 2) 2 é par (afirmamos a condição), porém, 2 não é par (negamos o resultado). Portanto, a afirmação dada é falsa. 8

9 Contra-Exemplos Gigantes (Curiosidade) Na matemática, algumas conjecturas (afirmações não provadas) duram muitos anos até serem provadas ou refutadas. Em geral, se a conjectura for verdadeira, prová-la (tornando-a um teorema) costuma ser um processo mais complexo, porque o caminho a seguir é desconhecido. Por outro lado, se a conjectura for falsa, refutar a conjectura, em princípio, parece mais simples, pois basta encontrar um contra-exemplo. Para isso, aliás, a Computação é uma aliada importante, pois um matemático pode criar um programa de computador que teste a conjectura com vários valores até achar um valor em que ela falhe. (Com certeza, muitos matemáticos já refutaram conjecturas assim.) O problema são algumas conjecturas que são falsas, mas cujos contra-exemplos são absurdamente grandes, até mesmo para serem achados por um programa de computador. Por exemplo, a chamada conjectura de Polya é falsa, mas o primeiro contraexemplo demorou quase 40 anos para ter sua existência comprovada! Na verdade, não se sabia o seu valor exato, mas estimava-se, inicialmente, que seria um número de mais de trezentos dígitos. (Neste caso, foi feita uma prova de que o contra-exemplo existe, sem dar o seu valor). Depois, foi descoberto um contra-exemplo menor. Isso não é tão comum na Matemática, mas existem outros exemplos de afirmações com contra-exemplos gigantes, que podem ser vistas neste link. Esse tipo de situação reforça o que já dissemos antes: que não basta testar muitos valores para provar uma afirmação geral sobre infinitos objetos, pois pode acontecer de um valor muito grande (que você não vai testar) contrariar a afirmação. Ele veio como testemunha, para testificar acerca da luz, a fim de que por meio dele todos os homens cressem (João cap. 1, verso 7) 9

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/81 1 - LÓGICA E MÉTODOS DE PROVA 1.1) Lógica Proposicional

Leia mais

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas.

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas. 1 Bases Matemáticas Aula 2 Métodos de Demonstração Rodrigo Hausen v. 2012-9-21 1/15 Como o Conhecimento Matemático é Construído 2 Definições Axiomas Demonstrações Teoremas Demonstração: prova de que um

Leia mais

Afirmações Matemáticas

Afirmações Matemáticas Afirmações Matemáticas Na aula passada, vimos que o objetivo desta disciplina é estudar estruturas matemáticas, afirmações sobre elas e como provar essas afirmações. Já falamos das estruturas principais,

Leia mais

Análise de Algoritmos

Análise de Algoritmos Análise de Algoritmos Técnicas de Prova Profa. Sheila Morais de Almeida DAINF-UTFPR-PG julho - 2015 Técnicas de Prova Definição Uma prova é um argumento válido que mostra a veracidade de um enunciado matemático.

Leia mais

Técnicas de Demonstração. Raquel de Souza Francisco Bravo 17 de novembro de 2016

Técnicas de Demonstração. Raquel de Souza Francisco Bravo   17 de novembro de 2016 Técnicas de Demonstração e-mail: raquel@ic.uff.br 17 de novembro de 2016 Técnicas de Demonstração O que é uma demonstração? É a maneira pela qual uma proposição é validada através de argumentos formais.

Leia mais

Errata da lista 1: Na página 4 (respostas), a resposta da letra e da questão 13 é {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17} (faltou o número 17)

Errata da lista 1: Na página 4 (respostas), a resposta da letra e da questão 13 é {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17} (faltou o número 17) Errata da lista 1: Na página 4 (respostas), a resposta da letra e da questão 13 é {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17} (faltou o número 17) Lista 1 - Bases Matemáticas Elementos de Lógica e Linguagem Matemática 1

Leia mais

Referências e materiais complementares desse tópico

Referências e materiais complementares desse tópico Notas de aula: Análise de Algoritmos Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC Profa. Carla Negri Lintzmayer Conceitos matemáticos e técnicas de prova (Última atualização:

Leia mais

Demonstrações Matemáticas Parte 4

Demonstrações Matemáticas Parte 4 Demonstrações Matemáticas Parte 4 Nesta aula, apresentamos técnicas de demonstração para afirmações matemática para todo e existe. Elas são baseadas nas duas últimas regras de inferências da Lógica de

Leia mais

Lista 2 - Bases Matemáticas

Lista 2 - Bases Matemáticas Lista 2 - Bases Matemáticas (Última versão: 14/6/2017-21:00) Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo

Leia mais

Já falamos que, na Matemática, tudo se baseia em axiomas. Já estudamos os números inteiros partindo dos seus axiomas.

Já falamos que, na Matemática, tudo se baseia em axiomas. Já estudamos os números inteiros partindo dos seus axiomas. Teoria dos Conjuntos Já falamos que, na Matemática, tudo se baseia em axiomas. Já estudamos os números inteiros partindo dos seus axiomas. Porém, não é nosso objetivo ver uma teoria axiomática dos conjuntos.

Leia mais

Lista 1 - Bases Matemáticas

Lista 1 - Bases Matemáticas Lista 1 - Bases Matemáticas Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo ou 4 é ímpar. c) (Não é verdade

Leia mais

Introdução à Lógica Matemática

Introdução à Lógica Matemática Introdução à Lógica Matemática Disciplina fundamental sobre a qual se fundamenta a Matemática Uma linguagem matemática Paradoxos 1) Paradoxo do mentiroso (A) Esta frase é falsa. A sentença (A) é verdadeira

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 3

Lógica Proposicional Parte 3 Lógica Proposicional Parte 3 Nesta aula, vamos mostrar como usar os conhecimentos sobre regras de inferência para descobrir (ou inferir) novas proposições a partir de proposições dadas. Ilustraremos esse

Leia mais

n. 18 ALGUNS TERMOS...

n. 18 ALGUNS TERMOS... n. 18 ALGUNS TERMOS... DEFINIÇÃO Uma Definição é um enunciado que descreve o significado de um termo. Por exemplo, a definição de linha, segundo Euclides: Linha é o que tem comprimento e não tem largura.

Leia mais

Estruturas Discretas INF 1631

Estruturas Discretas INF 1631 Estruturas Discretas INF 1631 Thibaut Vidal Departamento de Informática, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea, Rio de Janeiro - RJ, 22451-900, Brazil

Leia mais

Para provar uma implicação se p, então q, é suficiente fazer o seguinte:

Para provar uma implicação se p, então q, é suficiente fazer o seguinte: Prova de Implicações Uma implicação é verdadeira quando a verdade do seu antecedente acarreta a verdade do seu consequente. Ex.: Considere a implicação: Se chove, então a rua está molhada. Observe que

Leia mais

Semana 3 MCTB J Donadelli. 1 Técnicas de provas. Demonstração indireta de implicação. indireta de. Demonstração por vacuidade e trivial

Semana 3 MCTB J Donadelli. 1 Técnicas de provas. Demonstração indireta de implicação. indireta de. Demonstração por vacuidade e trivial Semana 3 por de por de 1 indireta por de por de Teoremas resultados importantes, Os rótulos por de por de Teoremas resultados importantes, Os rótulos Proposições um pouco menos importantes, por de por

Leia mais

Aula 1: Introdução ao curso

Aula 1: Introdução ao curso Aula 1: Introdução ao curso MCTA027-17 - Teoria dos Grafos Profa. Carla Negri Lintzmayer carla.negri@ufabc.edu.br Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC 1 Grafos Grafos

Leia mais

Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização

Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização 1 Provas, lemas, teoremas e corolários Uma prova é um argumento lógico de que uma afirmação é verdadeira Um teorema

Leia mais

1. Métodos de prova: Construção; Contradição.

1. Métodos de prova: Construção; Contradição. Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas Bacharelado em Ciência da Computação Fundamentos Matemáticos para Computação 1. Métodos de prova: Construção; Contradição.

Leia mais

Números Inteiros Axiomas e Resultados Simples

Números Inteiros Axiomas e Resultados Simples Números Inteiros Axiomas e Resultados Simples Apresentamos aqui diversas propriedades gerais dos números inteiros que não precisarão ser provadas quando você, aluno, for demonstrar teoremas nesta disciplina.

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Folha 1 Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica

Leia mais

Para Computação. Aula de Monitoria - Miniprova

Para Computação. Aula de Monitoria - Miniprova Para Computação Aula de Monitoria - Miniprova 1 2013.1 Roteiro Provas e Proposições Conjuntos Provas e Proposições Proposição - Sentença que ou é verdadeira ou é falsa. ex: Hoje é sábado. -> É uma proposição.

Leia mais

MD Métodos de Prova 1

MD Métodos de Prova 1 Métodos de Prova Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Métodos de Prova 1 Introdução Objetivo: ter precisão de pensamento e linguagem para obter a certeza

Leia mais

No. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980)

No. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980) Cálculo Infinitesimal I V01.2016 - Marco Cabral Graduação em Matemática Aplicada - UFRJ Monitor: Lucas Porto de Almeida Lista A - Introdução à matemática No. Try not. Do... or do not. There is no try.

Leia mais

Elementos de Lógica Matemática. Uma Breve Iniciação

Elementos de Lógica Matemática. Uma Breve Iniciação Elementos de Lógica Matemática Uma Breve Iniciação Proposições Uma proposição é uma afirmação passível de assumir valor lógico verdadeiro ou falso. Exemplos de Proposições 2 > 1 (V); 5 = 1 (F). Termos

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica 2 Conteúdo

Leia mais

Indução Matemática. George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE

Indução Matemática. George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE Indução Matemática George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE Introdução Qual é a fórmula para a soma dos primeiros n inteiros ímpares positivos? Observando os resultados para um n pequeno, encontra-se

Leia mais

Matemática - Geometria Caderno 1: Ângulos triédricos

Matemática - Geometria Caderno 1: Ângulos triédricos Programa PIBID/CAPES Departamento de Matemática Universidade de Brasília Matemática - Geometria Caderno 1: Objetivos Desenvolver e formalizar o raciocínio lógico do aluno. Conteúdos abordados Reconhecimento

Leia mais

Demonstrações. Terminologia Métodos

Demonstrações. Terminologia Métodos Demonstrações Terminologia Métodos Técnicas de Demonstração Uma demonstração é um argumento válido que estabelece a verdade de uma sentença matemática. Técnicas de Demonstração Demonstrações servem para:

Leia mais

NÚCLEO EDUCAFRO KALUNGA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA PROFESSOR DEREK PAIVA

NÚCLEO EDUCAFRO KALUNGA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA PROFESSOR DEREK PAIVA NÚCLEO EDUCAFRO KALUNGA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA PROFESSOR DEREK PAIVA NOTAS DE AULA: REPRESENTAÇÕES DECIMAIS A representação decimal é a forma como escrevemos um número em uma única base, e como essa

Leia mais

Matemática Discreta - 04

Matemática Discreta - 04 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 04 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Unidade 1 - Elementos de Lógica e Linguagem Matemáticas. Exemplo. O significado das palavras. Matemática Básica linguagem do cotidiano

Unidade 1 - Elementos de Lógica e Linguagem Matemáticas. Exemplo. O significado das palavras. Matemática Básica linguagem do cotidiano A Pirâmide de aprendizagem de William Glasser Unidade 1 - Elementos de Lógica e Linguagem Matemáticas Matemática Básica Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense 2018.1 Segundo

Leia mais

Números irracionais. Dinâmica 3. 1ª Série 1º Bimestre DISCIPLINA SÉRIE CAMPO CONCEITO

Números irracionais. Dinâmica 3. 1ª Série 1º Bimestre DISCIPLINA SÉRIE CAMPO CONCEITO Reforço escolar M ate mática Números irracionais Dinâmica 3 1ª Série 1º Bimestre DISCIPLINA SÉRIE CAMPO CONCEITO Matemática 1ª do Ensino Médio Numérico Aritmético Números Irracionais Aluno Primeira Etapa

Leia mais

Gabarito da lista de Exercícios sobre Técnicas de Demonstração

Gabarito da lista de Exercícios sobre Técnicas de Demonstração Universidade Federal Fluminense Curso: Sistemas de Informação Disciplina: Fundamentos Matemáticos para Computação Professora: Raquel Bravo Gabarito da lista de Exercícios sobre Técnicas de Demonstração

Leia mais

Notas de Aula 2: Métodos de Prova

Notas de Aula 2: Métodos de Prova IFMG Campus Formiga Matemática Discreta Notas de Aula 2: Métodos de Prova Prof. Diego Mello 2o. Semestre 2012 Sumário 1 Introdução 2 2 Conceitos 2 3 Teoremas 4 4 Métodos de Prova 6 4.1 Prova Direta........................................

Leia mais

UFF/GMA - Matemática Básica I - Parte III Notas de aula - Marlene

UFF/GMA - Matemática Básica I - Parte III Notas de aula - Marlene UFF/GMA - Matemática Básica I - Parte III Notas de aula - Marlene - 011-1 37 Sumário III Números reais - módulo e raízes 38 3.1 Módulo valor absoluto........................................ 38 3.1.1 Definição

Leia mais

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula de junho de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula de junho de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 12 06 de junho de 2011 Aula 12 Pré-Cálculo 1 A função afim A função afim Uma função f : R R

Leia mais

Matemática Discreta. Prof. Nilson Costa 2014

Matemática Discreta. Prof. Nilson Costa 2014 1 Matemática Discreta Prof. Nilson Costa nilson.mtm@hotmail.com 2014 Definições Importantes 2 Proposição: É qualquer afirmação, verdadeira ou falsa, mas que faça sentido. Exemplos: A: Todo número maior

Leia mais

Números Irracionais. Dinâmica 7. Aluno PRIMEIRA ETAPA COMPARTILHANDO IDEIAS. 3ª Série 3º Bimestre ATIVIDADE LOCALIZANDO NÚMEROS RACIONAIS

Números Irracionais. Dinâmica 7. Aluno PRIMEIRA ETAPA COMPARTILHANDO IDEIAS. 3ª Série 3º Bimestre ATIVIDADE LOCALIZANDO NÚMEROS RACIONAIS Reforço escolar M ate mática Númer os irracionais Dinâmica 7 3ª Série 3º Bimestre Matemática 3 Série do Ensino Médio Numérico Aritmético Números Irracionais Aluno PRIMEIRA ETAPA COMPARTILHANDO IDEIAS ATIVIDADE

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/26 3 - INDUÇÃO E RECURSÃO 3.1) Indução Matemática 3.2)

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 2

Lógica Proposicional Parte 2 Lógica Proposicional Parte 2 Como vimos na aula passada, podemos usar os operadores lógicos para combinar afirmações criando, assim, novas afirmações. Com o que vimos, já podemos combinar afirmações conhecidas

Leia mais

OBMEP NA ESCOLA Soluções

OBMEP NA ESCOLA Soluções OBMEP NA ESCOLA 016 - Soluções Q1 Solução item a) A área total do polígono da Figura 1 é 9. A região inferior à reta PB é um trapézio de área 3. Isso pode ser constatado utilizando a fórmula da área de

Leia mais

OS DIFERENTES TIPOS DE DEMONSTRAÇÕES: UMA REFLEXÃO PARA OS CURSOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

OS DIFERENTES TIPOS DE DEMONSTRAÇÕES: UMA REFLEXÃO PARA OS CURSOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Revista da Educação Matemática da UFOP, Vol I, 2011 - XI Semana da Matemática e III Semana da Estatística, 2011 ISSN 2237-809X OS DIFERENTES TIPOS DE DEMONSTRAÇÕES: UMA REFLEXÃO PARA OS CURSOS DE LICENCIATURA

Leia mais

Fundamentos de Matemática. Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi

Fundamentos de Matemática. Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi GMA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADA Fundamentos de Matemática Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi http://www.professores.uff.br/hjbortol/ 02 Demonstração direta, demonstração por absurdo e

Leia mais

AT1-3 Introdução à Matemática Discreta

AT1-3 Introdução à Matemática Discreta BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EaD UAB/UFSCar Matemática Discreta Profa. Dra. Heloisa de Arruda Camargo AT1-3 Introdução à Matemática Discreta Nesta unidade, após uma breve explicação geral sobre

Leia mais

Uma proposição é uma frase que pode ser apenas verdadeira ou falsa. Exemplos:

Uma proposição é uma frase que pode ser apenas verdadeira ou falsa. Exemplos: 1 Noções Básicas de Lógica 1.1 Proposições Uma proposição é uma frase que pode ser apenas verdadeira ou falsa. 1. Os sapos são anfíbios. 2. A capital do Brasil é Porto Alegre. 3. O tomate é um tubérculo.

Leia mais

III Números reais - módulo e raízes Módulo ou valor absoluto Definição e exemplos... 17

III Números reais - módulo e raízes Módulo ou valor absoluto Definição e exemplos... 17 UFF/GMA - Matemática Básica I - Parte III Notas de aula - Marlene - 010-16 Sumário III Números reais - módulo e raízes 17 3.1 Módulo valor absoluto...................................... 17 3.1.1 Definição

Leia mais

Números Inteiros Algoritmo da Divisão e suas Aplicações

Números Inteiros Algoritmo da Divisão e suas Aplicações Números Inteiros Algoritmo da Divisão e suas Aplicações Diferentemente dos números reais (R), o conjunto dos inteiros (Z) não é fechado para a divisão. Esse não-fechamento faz com que a divisão entre inteiros

Leia mais

Números Irracionais e Reais. Oitavo Ano

Números Irracionais e Reais. Oitavo Ano Módulo de Potenciação e Dízimas Periódicas Números Irracionais e Reais Oitavo Ano Números Irracionais e Reais 1 Exercícios Introdutórios Exercício 1. No quadro abaixo, determine quais números são irracionais.

Leia mais

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula de maio de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula de maio de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 12 11 de maio de 2010 Aula 12 Pré-Cálculo 1 A função afim A função afim Uma função f : R R

Leia mais

7. O teorema de Hurwitz-Markov

7. O teorema de Hurwitz-Markov 7. O teorema de Hurwitz-Markov 7.1 O enunciado do teorema, tal que. Em particular, existem infinitos ( ) com Por outro lado,, a desigualdade número finito de soluções. Vamos traduzir o teorema da seguinte

Leia mais

1 Conjuntos, Números e Demonstrações

1 Conjuntos, Números e Demonstrações 1 Conjuntos, Números e Demonstrações Definição 1. Um conjunto é qualquer coleção bem especificada de elementos. Para qualquer conjunto A, escrevemos a A para indicar que a é um elemento de A e a / A para

Leia mais

Aula 7: Dedução Natural 2

Aula 7: Dedução Natural 2 Lógica para Computação Segundo Semestre, 2014 DAINF-UTFPR Aula 7: Dedução Natural 2 Prof. Ricardo Dutra da Silva -introdução Dada uma premissa A, nós podemos concluir A B para qualquer fórmula B. A justificativa

Leia mais

ALGORITMO DE EUCLIDES

ALGORITMO DE EUCLIDES Sumário ALGORITMO DE EUCLIDES Luciana Santos da Silva Martino lulismartino.wordpress.com lulismartino@gmail.com PROFMAT - Colégio Pedro II 25 de agosto de 2017 Sumário 1 Máximo Divisor Comum 2 Algoritmo

Leia mais

1 0 para todo x, multiplicando-se os dois membros por. 2x 1 0 x 1 2. b a x. ba 2. e b 2 c

1 0 para todo x, multiplicando-se os dois membros por. 2x 1 0 x 1 2. b a x. ba 2. e b 2 c CAPÍTULO 1 Exercícios 1..n) Como x 0 para todo x, o sinal de x(x ) é o mesmo que o de x; logo, x(x ) 0 para x 0; x(x ) 0 para x 0; x(x ) 0 para x 0.. n) Como x 1 1 0 para todo x, multiplicando-se os dois

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS. Demonstrações diretas e por absurdo

LISTA DE EXERCÍCIOS. Demonstrações diretas e por absurdo LISTA DE EXERCÍCIOS Matemática Básica Humberto José Bortolossi http://www.professores.uff.br/hjbortol/ 02 Demonstrações diretas e por absurdo Diga se cada uma das sentenças abaixo é verdadeira ou falsa.

Leia mais

Negação. Matemática Básica. Negação. Negação. Humberto José Bortolossi. Parte 3. Regras do Jogo. Regras do Jogo

Negação. Matemática Básica. Negação. Negação. Humberto José Bortolossi. Parte 3. Regras do Jogo. Regras do Jogo Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Parte 3 Parte 3 Matemática Básica 1 Parte 3 Matemática Básica 2 Qual é a negação do predicado

Leia mais

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 5 27 de agosto de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 5 27 de agosto de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 5 27 de agosto de 200 Aula 5 Pré-Cálculo Expansões decimais: exemplo Números reais numericamente

Leia mais

Introdução ao Curso. Área de Teoria DCC/UFMG 2019/01. Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG /01 1 / 22

Introdução ao Curso. Área de Teoria DCC/UFMG 2019/01. Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG /01 1 / 22 Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG Introdução à Lógica Computacional 2019/01 Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG - 2019/01 1 / 22 Introdução: O que é

Leia mais

TEOREMA DE PITÁGORAS AULA ESCRITA

TEOREMA DE PITÁGORAS AULA ESCRITA TEOREMA DE PITÁGORAS AULA ESCRITA 1. Introdução O Teorema de Pitágoras é uma ferramenta importante na matemática. Ele permite calcular a medida de alguma coisa que não conseguimos com o uso de trenas ou

Leia mais

Bases Matemáticas. Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática. Prof. Rodrigo Hausen. 24 de junho de 2014

Bases Matemáticas. Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática. Prof. Rodrigo Hausen. 24 de junho de 2014 Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Prof. Rodrigo Hausen 24 de junho de 2014 Definição Uma proposição é uma sentença declarativa que é verdadeira ou falsa, mas não simultaneamente ambas.

Leia mais

Demonstrações, Recursão e Análise de Algoritmo

Demonstrações, Recursão e Análise de Algoritmo Demonstrações, Recursão e Análise de Algoritmo Objetivos do Capítulo Após estudar este capítulo, você estará apto a: Realizar demonstrações de conjecturas, usando técnicas de demonstração direta, demonstração

Leia mais

Aula 4: Consequência Lógica e Equivalência Lógica

Aula 4: Consequência Lógica e Equivalência Lógica Lógica para Computação Segundo Semestre, 2014 Aula 4: Consequência Lógica e Equivalência Lógica DAINF-UTFPR Prof. Ricardo Dutra da Silva Definição 4.1. Em lógica proposicional dizemos que uma fórmula B

Leia mais

Nós temos um teorema baseado no teorema de Pitágoras:

Nós temos um teorema baseado no teorema de Pitágoras: Nós temos um teorema baseado no teorema de Pitágoras: a, b, c O teorema consiste na tese de que não existe solução para a equação que permita um fator primo em comum entre a, b e c. Em qualquer triângulo-retângulo,

Leia mais

Fundamentos de Matemática. Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi Argumentos e Exercícios de Revisão

Fundamentos de Matemática. Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi   Argumentos e Exercícios de Revisão GMA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADA Fundamentos de Matemática Lista de Exercícios Humberto José Bortolossi http://www.professores.uff.br/hjbortol/ 04 Argumentos e Exercícios de Revisão [01] (Exercício

Leia mais

ENQ Gabarito MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. Questão 01 [ 1,25 ]

ENQ Gabarito MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. Questão 01 [ 1,25 ] MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL ENQ 017 Gabarito Questão 01 [ 1,5 ] Encontre as medidas dos lados e ângulos de dois triângulos ABC diferentes tais que AC = 1, BC = e A BC = 0 Considere

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 3

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 3 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 3 Nome: N.º Turma: Apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias. Quando,

Leia mais

Módulo de Números Naturais. Divisibilidade e Teorema da Divisão Euclideana. 8 ano E.F.

Módulo de Números Naturais. Divisibilidade e Teorema da Divisão Euclideana. 8 ano E.F. Módulo de Números Naturais. Divisibilidade e Teorema da Divisão Euclideana. 8 ano E.F. Módulo de Números Naturais. Divisibilidade e Teorema da Divisão Euclideana. 1 Exercícios Introdutórios Exercício 1.

Leia mais

DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: TURNO: NOTURNO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: TURNO: NOTURNO DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: 2018-2 TURNO: NOTURNO ALUNO a): 1ª Lista de Exercícios - Introdução à Lógica Matemática, Teoria

Leia mais

Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos

Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos Unidade 1 Proposições Páginas 13 a 9 1. a) 3 é uma designação. b) 3 = 6 é uma proposição. c) é o único número primo par é uma proposição. d)

Leia mais

Introdu c ao ` a L ogica Matem atica Ricardo Bianconi

Introdu c ao ` a L ogica Matem atica Ricardo Bianconi Introdução à Lógica Matemática Ricardo Bianconi Capítulo 4 Dedução Informal Antes de embarcarmos em um estudo da lógica formal, ou seja, daquela para a qual introduziremos uma nova linguagem artificial

Leia mais

Aula 2 A distância no espaço

Aula 2 A distância no espaço MÓDULO 1 - AULA 2 Objetivos Aula 2 A distância no espaço Determinar a distância entre dois pontos do espaço. Estabelecer a equação da esfera em termos de distância. Estudar a posição relativa entre duas

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

Relembrando: Ângulos, Triângulos e Trigonometria...

Relembrando: Ângulos, Triângulos e Trigonometria... Relembrando: Ângulos, Triângulos e Trigonometria... Este texto é apenas um resumo. Procure estudar esses assuntos em um livro apropriado. Ângulo é a região de um plano delimitada pelo encontro de duas

Leia mais

Estruturas Discretas INF 1631

Estruturas Discretas INF 1631 Estruturas Discretas INF 1631 Thibaut Vidal Departamento de Informática, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea, Rio de Janeiro - RJ, 22451-900, Brazil

Leia mais

A equação da circunferência

A equação da circunferência A UA UL LA A equação da circunferência Introdução Nas duas últimas aulas você estudou a equação da reta. Nesta aula, veremos que uma circunferência desenhada no plano cartesiano também pode ser representada

Leia mais

MD Métodos de Prova 1

MD Métodos de Prova 1 Métodos de Prova Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Métodos de Prova 1 Introdução Objetivo: ter precisão de pensamento e linguagem para obter a certeza

Leia mais

Nome: N.º Turma: Suficiente (50% 69%) Bom (70% 89%)

Nome: N.º Turma: Suficiente (50% 69%) Bom (70% 89%) Escola E.B.,3 Eng. Nuno Mergulhão Portimão Ano Letivo 01/013 Teste de Avaliação Escrita de Matemática 9.º ano de escolaridade Duração do Teste: 90 minutos 9 de abril de 013 Nome: N.º Turma: Classificação:

Leia mais

Material Teórico - Módulo Cônicas. Elipses. Terceiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Módulo Cônicas. Elipses. Terceiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Módulo Cônicas Elipses Terceiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Introdução Conforme mencionamos na primeira aula

Leia mais

NÚMEROS DE FERMAT. (Pedro H. O. Pantoja, Universidade de Lisboa, Portugal)

NÚMEROS DE FERMAT. (Pedro H. O. Pantoja, Universidade de Lisboa, Portugal) NÚMEROS DE FERMAT (Pedro H. O. Pantoja, Universidade de Lisboa, Portugal) Intrudução: O matemático francês Pierre de fermat (1601-1665) é famoso pelo seu extensivo trabalho em teoria dos números. Suas

Leia mais

Lógica Texto 7. Texto 7. 1 Negação de enunciados atômicos Exercício resolvido Negação de enunciados moleculares 5

Lógica Texto 7. Texto 7. 1 Negação de enunciados atômicos Exercício resolvido Negação de enunciados moleculares 5 Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 7 Negação e simplificação de enunciados Sumário 1 Negação de enunciados atômicos 2 1.1 Observações................................ 2 1.2 Exercício

Leia mais

Matemática Discreta - 07

Matemática Discreta - 07 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 07 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1 Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados

Leia mais

Introdução aos Métodos de Prova

Introdução aos Métodos de Prova Introdução aos Métodos de Prova Renata de Freitas e Petrucio Viana IME-UFF, Niterói/RJ II Colóquio de Matemática da Região Sul UEL, Londrina/PR 24 a 28 de abril 2012 Sumário Provas servem, principalmente,

Leia mais

CURSO DE MATEMÁTICA. Conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais e irracionais. (propriedades e operações) Josimar Padilha

CURSO DE MATEMÁTICA. Conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais e irracionais. (propriedades e operações) Josimar Padilha CURSO DE MATEMÁTICA Conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais e irracionais. (propriedades e operações) Josimar Padilha Qual a importância de conhecer os CONJUNTOS NUMÉRICOS? Meu querido aluno,

Leia mais

Um pouco da linguagem matemática

Um pouco da linguagem matemática Um pouco da linguagem matemática Laura Goulart UESB 3 de Julho de 2018 Laura Goulart (UESB) Um pouco da linguagem matemática 3 de Julho de 2018 1 / 14 Vocabulário matemático Laura Goulart (UESB) Um pouco

Leia mais

MDI0001 Matemática Discreta Aula 01

MDI0001 Matemática Discreta Aula 01 MDI0001 Matemática Discreta Aula 01 e Karina Girardi Roggia karina.roggia@udesc.br Departamento de Ciência da Computação Centro de Ciências Tecnológicas Universidade do Estado de Santa Catarina 2016 Karina

Leia mais

1.1 Propriedades Básicas

1.1 Propriedades Básicas 1.1 Propriedades Básicas 1. Classi que as a rmações em verdadeiras ou falsas, justi cando cada resposta. (a) Se x < 2, então x 2 < 4: (b) Se x 2 < 4, então x < 2: (c) Se 0 x 2, então x 2 4: (d) Se x

Leia mais

Matemática Básica I Notas de aula - versão

Matemática Básica I Notas de aula - versão 1 - Departamento de Matemática Aplicada (GMA) Matemática Básica I Notas de aula - versão 3 2011-1 Marlene Dieguez Fernandez Observações preliminares A disciplina Matemática Básica I é oferecida no mesmo

Leia mais

Formação Continuada Nova EJA Plano de Ação 2- unidade 19 - Matemática: A Trigonometria do Triângulo Retângulo

Formação Continuada Nova EJA Plano de Ação 2- unidade 19 - Matemática: A Trigonometria do Triângulo Retângulo Formação Continuada Nova EJA Plano de Ação 2- unidade 19 - Matemática: A Trigonometria do Triângulo Retângulo Nome: Marcos Muralha Regional: Metropolitana VI Tutor: Prof. Eli de Abreu Formação Continuada

Leia mais

Aula 1 Aula 2. Ana Carolina Boero. Página:

Aula 1 Aula 2. Ana Carolina Boero.   Página: Elementos de lógica e linguagem matemática E-mail: ana.boero@ufabc.edu.br Página: http://professor.ufabc.edu.br/~ana.boero Sala 512-2 - Bloco A - Campus Santo André Linguagem matemática A linguagem matemática

Leia mais

Prova final de MATEMÁTICA - 3o ciclo Época especial

Prova final de MATEMÁTICA - 3o ciclo Época especial Prova final de MTMÁT - 3o ciclo 011 - Época especial Proposta de resolução 1. 1.1. onstruindo uma tabela para identificar todos os pares de pares de bolas que existem, e calculando o produto dos dois números,

Leia mais

A origem de i ao quadrado igual a -1

A origem de i ao quadrado igual a -1 A origem de i ao quadrado igual a -1 No estudo dos números complexos deparamo-nos com a seguinte igualdade: i 2 = 1. A justificativa para essa igualdade está geralmente associada à resolução de equações

Leia mais

Olimpíada Mineira de Matemática 2008

Olimpíada Mineira de Matemática 2008 Questão 1) Alternativa C) Olimpíada Mineira de Matemática 008 Resolução Nível III Refletindo a imagem Após 1 hora e 0 minutos Refletindo novamente Observação: A posição original do relógio não é uma configuração

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 5

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 5 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 5 Nome: N.º Turma: Apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias. Quando,

Leia mais

Matemática para Ciência de Computadores

Matemática para Ciência de Computadores Matemática para Ciência de Computadores 1 o Ano - LCC & ERSI Luís Antunes lfa@ncc.up.pt DCC-FCUP Complexidade 2002/03 1 Teoria de Conjuntos Um conjunto é uma colecção de objectos/elementos/membros. (Cantor

Leia mais

Lógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios...

Lógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios... Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 11 Tautologias Sumário 1 Comportamento de um enunciado 2 1.1 Observações................................ 4 2 Classificação dos enunciados 4 2.1

Leia mais

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017 Matemática Discreta Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números Professora Dr. a Donizete Ritter Universidade do Estado de Mato Grosso 4 de setembro de 2017 Ritter, D. (UNEMAT) Matemática Discreta 4

Leia mais