FACULDADE FUNORTE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOTERAPIA BREVE MARIA DO SOCORRO VIANA DA COSTA

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1 1 FACULDADE FUNORTE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOTERAPIA BREVE MARIA DO SOCORRO VIANA DA COSTA CONTRIBUIÇÃO DA PSICOTERAPIA BREVE NO ENFRETAMENTO DO LUTO MATERNO CACOAL 2012

2 2 MARIA DO SOCORRO VIANA DA COSTA CONTRIBUIÇÃO DA PSICOTERAPIA BREVE NO ENFRETAMENTO DO LUTO MATERNO Monografia apresentada à FUNORTE como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Psicoterapia Breve, sob a orientação da Professora Dra. Carmem Maria Bueno Neme. Cacoal 2012

3 3 MARIA DO SOCORRO VIANA DA COSTA CONTRIBUIÇÃO DA PSICOTERAPIA BREVE NO ENFRETAMENTO DO LUTO MATERNO Monografia apresentada à FUNORTE como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Psicoterapia Breve. Aprovada em / / BANCA EXAMINADORA Orientadora: Professora Dra. Carmem Maria Bueno Neme Professora Ms. Cristiane Araújo Dameto Professor Ms. Plínio Marinho de Carvalho Júnor

4 Dedico à minha família, em especial à minha mãe Ivanilda pelo apoio e compreensão. Às professoras Dra. Carmem Maria Bueno Neme e Ms.Cristiane Araújo Dameto, pela sabedoria nas orientações e pela troca de experiências. 4

5 5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pelo Dom da vida e pela capacidade de realizar este trabalho monográfico. Agradeço às professoras que acreditaram em mim durante o período do curso e que me mostraram o caminho, me instigaram a conhecer mais. Contribuíram para meu amadurecimento profissional, especialmente às professoras Dra. Carmem Maria Bueno Neme e a professora Ms. Cristiane Araújo Dameto, com suas orientações e competência profissional muito contribuíram para a realização deste trabalho. A elas meu muito obrigada. À minha família por acreditar na minha escolha profissional e capacidade. A todos os professores, especialmente ao professor Ms. Plínio Marinho de Carvalho Júnior, funcionários e colegas de turma da CIAP Centro Integrado de Aperfeiçoamento Profissional de Cacoal.

6 6 Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas... Que já têm a forma do nosso corpo... E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares... É o tempo da travessia... E se não ousarmos fazê-la... Teremos ficado... para sempre... À margem de nós mesmos... (Fernando Pessoa)

7 7 RESUMO O Luto é um estado emocional acompanhado do sentimento de perda, dor e tristeza. Inegavelmente, mais cedo ou mais tarde todos o experimentarão, na medida em que todos se defrontarão com a perda de alguém querido, especialmente quando a perda é por morte. Embora seja complexo lidar com perdas e morte, passamos por essas experiências de diferentes formas no decorrer da vida. Mas quando ela quebra o ciclo natural dos acontecimentos, levando os pais a enterrarem seus filhos, a dificuldade de aceitação e elaboração dessa perda torna-se ainda mais dolorosa. A psicoterapia breve tem uma grande importância no enfrentamento do luto materno, como apoio terapêutico nesse momento tão delicado da nossa existência. Nesse contexto, enfatizamos também o enfoque da psicanálise sobre a morte, bem como a exploração dos termos perda, luto complicado e luto não complicado na perspectiva de diferentes autores, proporcionando uma revisão literária sobre a contribuição da psicoterapia breve no enfrentamento do luto materno. Palavras-chave: Psicoterapia, Terapia do Luto, Morte.

8 8 ABSTRACT The Grief is an emotional state accompanied by the feeling of loss, grief and sorrow, undeniably, sooner or later everyone will experience, in that everyone will encounter the final departure of a loved one, or his death, which in itself is a big unknown and may generate uncertainty in the lives of several people. Although it is complex to deal with death and loss, we encounter these in succession of different natures throughout life. But when she breaks the natural cycle of events, leading parents to bury their children, suffering and difficulty in accepting this fact becomes even more painful and brief psychotherapy has a great importance in addressing the grieving mother, as therapeutic support at this time delicate of our existence. In this context, we emphasize also the focus of psychoanalysis over death, and the operation of the terms grief, complicated grief and uncomplicated grief from the perspective of different authors, providing a literature review on the contribution of brief psychotherapy in facing the grieving mother. Keywords: Psychotherapy, Grief counseling, Death.

9 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE MORTE E PERDA LUTO E VÍNCULO REVENDO A NOMENCLATURA: LUTO NORMAL E LUTO PATOLÓGICO LUTO COMPLICADO OU DESORDEM DO LUTO PROLONGADO (PGD) DSM V VARIANTES DE LUTO COMPLICADO (ADAPTADO DE SANDERS, 1999) LUTO: DIFERENTES MODELOS DE ELABORAÇÃO O ENFOQUE DA PSICANÁLISE SOBRE O PROCESSO DE LUTO O LUTO MATERNO MATERNIDADE E LUTO Perda simbólica Perda Real CONTRIBUIÇÃO DA PSICOTERAPIA BREVE NO ENFRENTAMENTO DO LUTO MATERNO OBJETIVOS DA PSICOTERAPIA BREVE CONSIDERAÇÕES FINAIS...49 REFERÊNCIAS...50

10 10 1 INTRODUÇÃO Falar de luto é consequentemente, falar de morte, portanto, é sempre difícil por tratarse ainda de um tema estigmatizado na sociedade ocidental contemporânea, permanecendo ainda quase como um tabu, apesar de essa ser uma experiência inerente à condição humana. Escolher esse tema como objeto de estudo, remete-nos ao confronto com os nossos próprios valores, crenças e atitudes diante do período que acompanha a morte; o luto. Faz-nos ainda refletir sobre o nosso próprio morrer, ao mesmo tempo em que nos permite discorrer sobre a importância da ajuda na superação da dor da perda, especialmente quando se refere ao luto materno. O significado da morte é totalmente ligado à própria vida, para compreender estas palavras, podemos perceber que a vida é apenas um curto período de nossa existência. No entanto, o homem vive sem de fato imaginar a própria morte ou mesmo a morte de um ente querido. É como se acreditasse em sua imortalidade. Todo homem sabe que um dia morrerá, porém aparenta não se preocupar com essa realidade. Ele está tão envolvido com a vida que não pensa a respeito da própria finitude. A morte sempre é vista como algo que acontece com o outro ou com outras famílias. Temos grande dificuldade de falar e aceitar a morte, e, em geral, não nos encontramos preparados para vivenciar a crise que se instaura no luto. Quando o que morre é um filho, criança, jovem ou adulto, o luto é especialmente sofrido. A literatura sobre o luto materno é escassa, o que justifica o tema e um dos objetivos desse trabalho, ao pretender realizar uma revisão de alguns dos principais tópicos que se vinculam ao tema luto materno. Discute-se, também, como a psicoterapia breve pode contribuir para o enfrentamento do luto materno, auxiliando em sua elaboração e prevenindo sequelas futuras para a mãe e, consequentemente, para a família enlutada. Considerando a relevância do tema, o presente estudo teórico realiza uma breve revisão de literatura e propõe a utilização da psicoterapia breve como recurso privilegiado de tratamento para mães enlutadas, buscando apoia-las, tratar seus sentimentos disfuncionais e auxiliá-las a retomar a vida, prevenindo possíveis sequelas futuras.

11 11 2 ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE MORTE E PERDA Ao lidarmos com a morte é importante que se entenda como ocorrem os sentimentos e sensações na vivencia do luto. O enlutamento é um processo que implica em mudanças e readaptações. É um acontecimento estressante permeado de dor, temores e sentimentos de desamparo. Dependendo de como foi a morte, da idade do ente querido, das relações harmoniosas ou conflituosas que se tinha com o que morre e de diferentes outros fatores que cercam a experiência da perda, o enlutado pode apresentar grandes dificuldades para lidar com a situação, principalmente quando há sentimentos de culpa, sentimentos ambivalentes ou conflituosos e algum tipo de crise ou transtorno prévio à experiência da perda (FREITAS, 2000). Nesse caso, pode ocorrer um luto atípico ou complicado, trazendo o risco de desencadear sérias dificuldades ou a impossibilidade de readaptação, ou ainda, do aparecimento de outros transtornos ou agravamentos de condições patológicas anteriores (KOVÁCS, 2003; BRONBERG, 2000). Diferentes indivíduos podem reagir de formas diversas à experiência da perda, vivenciando lutos diferenciados. O enlutado pode deprimir-se ou ainda apresentar estados de agitação, insônia e distúrbios alimentares. Tais estados tendem a diminuir de intensidade e a desaparecer com o passar do tempo, restando a saudade, a tristeza e momentos de recolhimento (BRONBERG, 2000). Parkes (1998) considera que as reações no luto pela morte de uma pessoa querida, podem se assemelhar às reações apresentadas frente a outros tipos de perdas, como o divórcio, o desemprego, a migração forçada, a morte de um animal de estimação, a esterilidade/infertilidade e as perdas envolvidas no enfrentamento de uma doença grave como o câncer. No entanto, a experiência de viver um luto pode se transformar em uma situação traumática, construída por uma rede de silêncio em torno da morte e do morrer, necessitando de auxílio externo por meio da busca de apoio profissional. A morte é considerada como parte constitutiva da existência humana. É, sem dúvida, uma das poucas coisas de que temos certeza, e sua imprevisibilidade obriga o ser humano a conviver com a sua presença desde o momento em que é capaz de compreender o conceito e morte ate o estágio final do seu desenvolvimento. Desde o nascimento, o ser humano preparase para o nascer, crescer, multiplicar e morrer. Porém, o morrer é obscurecido e negado, principalmente na adolescência e juventude (KOVÁCS, 2002).

12 12 Apesar de a morte sempre fazer parte da vida de todas as pessoas, essa pode não encontrar representação nítida, em seu processo mental, devido ao fato de ser um fenômeno não vivido e desconhecido e de não haver um modo de se aprender a enfrentar a morte a não ser por intermédio de reflexões, leituras, etc., conforme relata Kovács (2003). Embora inevitável, a consciência da morte tem sido motivo de aflição e agonia, já que mostra o quão suscetível e tênue é o estar vivo, ou seja, ser mortal. O enfrentamento da morte é difícil e angustiante para quem a vivencia, podendo ser mais ainda para quem a observa, porque a morte provoca rupturas profundas entre quem morreu e o outro que continua vivendo. Isso requer ajustamentos no modo de entender, de perceber e de viver no mundo (CASSORLA, 1992) Desde os primórdios da Civilização, a morte é considerada um aspecto que fascina e, ao mesmo tempo, aterroriza a humanidade. A morte e os supostos eventos que a sucedem são, historicamente, fonte de inspiração para doutrinas filosóficas e religiosas, bem como uma inesgotável fonte de temores, angústias e ansiedades para os seres humanos (MARANHÃO, 1992). Do ponto de vista físico, a morte ocorre quando cessa a vida de um indivíduo, seja por causas naturais, seja por motivos acidentais ou causas externas (doenças). Segundo Scott (1993), à medida que as pessoas procuram entender o mistério da sua morte descobrem o significado da sua vida, pois, a morte também pode ser considerada a finalização de um ciclo, o fim de tudo. A morte é fato natural da vida humana, já que o homem compartilha seu destino com tudo que está vivo, e que também morre. Todavia, o homem é o único a ter consciência da morte, carregando consigo a angústia de seu medo. Uma vasta literatura procura definir a situação e a significação da morte no contexto humano. Investigam-se as condições, causas, contextos da morte, a evolução das concepções, ritos e crenças sobre ela, nas mais variadas civilizações (MARANHÃO, 1992). Para Vovelle (1978), a morte é considerada um todo que envolve desde a morte biológica ou demográfica até as produções mais elaboradas, literárias ou estéticas do sentimento da morte. Nessa concepção, entendida como fenômeno metafísico, a morte nada teria a apresentar como aporte história, porém ela está firmemente impregnada, implicada no cotidiano, e é preciso estudá-la em conexão com as estruturas sociais e suas transformações, apresentando, assim, sua historicidade e o valor explicativo que possui também para a ciência histórica. A ciência busca há séculos maneiras de retardá-la e até mesmo suplantá-la, através de seus medicamentos e suas pesquisas, obtendo êxito em algumas áreas, mas ainda os temas

13 13 relacionados à morte são assuntos complexos e que sugerem discussões polêmicas e acaloradas. Mas a discussão sobre o que é a morte e como ela acontece, ainda é considerada um assunto delicado, e muitas vezes evitado pela maioria das pessoas. O fato de sabermos que ninguém escapará da morte é o que torna esse assunto tão fascinante e ao mesmo tempo angustiante. Morrer, cientificamente, é deixar de existir; quando o corpo acometido por uma patologia ou acidente qualquer tem a falência de seus órgãos vitais, tendo uma parada progressiva de toda atividade do organismo, podendo ser de uma forma súbita (doenças agudas, acidentes) ou lenta (doenças crônico-degenerativas), seguida de uma degeneração dos tecidos (MOREIRA, 2006). Segundo Bernieri e Hirder (2006), considera-se que a pessoa morreu quando há parada das funções vitais e da função cerebral, e não mais a parada respiratória e das funções cardíacas, pois com as novas tecnologias, tais funções podem ser mantidas, o que não ocorre com as funções cerebrais. A morte, do ponto de vista biológico e funcional, é tida como o fim da existência e não da matéria, sendo caracterizada pela interrupção completa e definitiva das funções vitais de um organismo vivo, esta então esta relacionada a tudo aquilo que nos cerca, nos fazendo pensar que não somos eternos, que não somos donos de nossa própria vida, tendo que obedecer ao ciclo natural da vida, ou seja, tudo que é vivo um dia morrerá. O mesmo termo também nos remete à doença e ao sofrimento, isto é, pensar na morte muitas vezes esta associada ao fato de que essa será sofrida, dolorosa, e muitas vezes a decorrência de uma doença grave; também sinaliza o fim de uma etapa, para o início de outra, como o fim da infância e o início da adolescência, por exemplo, ao pensar na morte como perda, é importante ressaltar que a morte do outro se configura como a vivência da morte em vida. É a possibilidade de experimentar a morte que não é a própria, mas é vivida como se uma parte de nós morresse, uma parte ligada ao outro pelos vínculos. Portanto, a perda pela morte é a ruptura irreversível de um vínculo, sobretudo quando ela é real, concreta (MOREIRA, 2006). No âmbito da psicologia, deve-se abordar a morte do ponto de vista de sua representação psicossocial e subjetivo, enfocando-se seus efeitos nos que ficam vivos, o processo de luto e a elaboração psíquico-emocional da perda. Para Kovács (1992), a morte está presente em nosso desenvolvimento desde o nascimento, onde a criança, na ausência da mãe, mesmo que temporária, se percebe só e desamparada, o que acaba deixando uma marca profunda na vida desta criança. Portanto, a representação mais forte da morte é aquela tida

14 14 como ausência, perda, separação e as vivências de aniquilação e desamparo. Outro elemento importante no entendimento da morte é o da culpa, o que é frequentemente atribuído à morte do outro, por conta de nossos pensamentos onipotentes infantis de desejos de morte, onde nos sentimos responsáveis pela morte do outro, estando muitas vezes associados à falta de cuidados, gerando, portanto a culpa. Segundo Bromberg (2000), a morte de uma pessoa querida provoca um sofrimento ainda maior quando agravada por circunstâncias como a surpresa, a violência ou a idade precoce. Não há, obviamente, respostas fáceis e aceitáveis, mas, com certeza, ignorá-la, sufocar as lágrimas e abafar o luto são as piores maneiras de lidar com esse evento. Apesar das várias crenças em relação à tentativa de definir a morte, todos compartilham de sentimentos de angustia e insegurança quando perdem um ente querido, necessitando assim, de cuidados especiais através de apoio e do compartilhar do sofrimento que emergem desse acontecimento, quase sempre, inesperado. A morte real que é algo concreto configura-se como a ausência da presença. Segundo Tavares (2001), a concepção de morte deve ser integrada à vida e não negada, pois havendo uma aceitação da própria morte isto proporcionará um crescimento pessoal para lidar com a mesma. Para Tavares, a vida deve ser vivida de modo que se possa também pensar na morte, viver e sempre estar em contato com o sentido que ela nos traz. Sempre significando aquilo que consideramos importante enquanto vivemos. Lidar com as adversidades, desenvolver atitudes mais evoluídas e tirar da dor algum aprendizado para um crescimento pessoal. Por outro lado, adotar atitudes de derrota ou de fracasso tirânico diante das adversidades é transformar a dor em sofrimento, com repercussões não só pessoais, mas também para todos á sua volta (TAVARES, 2001, p. 27). As reações do individuo frente a uma perda é o processo de luto. Ele é diferente de pessoa para pessoa, e não pode ser julgado ou rotulado logo nas suas primeiras reações. Pode ser descrito também como o preço do compromisso, ou seja, a relação entre duas pessoas pressupõe um vínculo, quanto mais importante essa relação for maior o vínculo. A partir do momento em que um vínculo é estabelecido, sua quebra representa perda de segurança, quebra do mundo presumido e grande sofrimento (ZISOOK, 2009; PARKES, 2006; DIAS, 2002). Ressalta-se, ainda, que as reações ao processo de perda sejam em nível físico, emocional, social ou espiritual, se processam de maneira diferenciada entre as pessoas e dependem de várias situações que circundam a morte, tais como: tipo de relacionamento, doença prolongada ou não, a força e a fé.

15 15 Tratando do tema da perda, Kovács (1992) observou que a morte envolve sempre duas pessoas, uma que é perdida e a outra que lamenta sua falta, sendo que o outro é em parte internalizado na memória, na lembrança numa situação de elaboração do luto. É a morte da qual todos temos recordação, desde a mais tenra infância, nas inevitáveis separação da figura materna temporárias ou definitivas, mas sempre dolorosas. Separação ou morte de figuras parentais, amores, amigos, filhos, todos temos histórias a contar. A perda e sua elaboração são elementos contínuos no processo do desenvolvimento humano. É nesse sentindo que a perda pode ser chamada de morte consciente ou de morte vivida. A morte como perda nos fala em primeiro lugar de um vínculo que rompe, de uma forma irreversível, sobretudo quando ocorre perda rela ou concreta. Nesta representação de morte estão envolvidas duas pessoas: uma que é perdida, e outra que lamenta essa falta, um pedaço de si que se foi. O outro é uma parte internalizado nas memórias e lembranças, na situação de luto elaborado. A morte como perda evoca sentimentos fortes, pode ser chamado de morte sentimento e é vivido por todos nós. Ela é vivenciada conscientemente, por isso é, muitas vezes, mas temida do que a própria morte. Como esta última não pode ser vivida concretamente, a única morte experimentada é a perda, quer concreta, quer simbólica (KOVÁCS, 1992). A morte como perda supõe um sentimento, uma pessoa e um tempo. É a morte que envolve, basicamente, a relação entre as pessoas. Ver a perda como fatalidade, ocultar os sentimentos, eliminar a dor, aponta o crescimento possível diante dela, podem ser formas de negar os sentimentos de negar os sentimentos que a morte provoca, para não sofrer. Sendo assim, o processo de luto por definição é um conjunto de reações diante da perda (BROMBERG, 2000).

16 16 3 LUTO E VÍNCULO À medida que caminhamos pelas várias etapas do ciclo de vida, aproximamo-nos do nosso incontornável destino que é a morte, ficando esta última cada vez mais presente e ocupando um maior espaço no nosso pensamento. Porém, vários acontecimentos podem antecipar o nosso confronto com a morte, sendo dos mais penosos, sem dúvida, a perda de alguém que nos é importante. Por ser um processo inevitável, pois todas as pessoas têm que o realizar a fim de se adaptarem à perda, o luto acaba por se repercutir nos vários indivíduos que rodeiam o sobrevivente, mesmo aqueles que não conheciam a pessoa falecida e principalmente os membros familiares que passam por um mesmo processo, mas nunca de uma forma igual (BROMBERG, 2000) Entre as teorias que tentam explicar o processo do luto, pode-se destacar a teoria do vínculo de Bowlby (apud BROMBERG, 2000) na qual o autor defende uma interpretação funcional do luto, considerando tanto os aspectos psicológicos quanto os biológicos. Com sua abordagem etológica, fala sobre o luto como uma reação diante da perda do vínculo. Para se compreender a origem da dor e sofrimento advindos da perda de alguém, é importante entender porque é que se estabelecem fortes laços entre as pessoas em primeiro lugar. A teoria do vínculo de Bowlby (1980, apud SANDERS, 1999) diz respeito aos laços afetivos que são criados pela familiaridade e proximidade com as figuras parentais no início da vida. Eles surgem da necessidade que se tem de se sentir seguro e protegido. Acaba por ser um movimento inato que permite manter os progenitores e descendentes unidos, numa relação inicialmente unidirecional, ou seja, o prestador de cuidados encarrega-se da sobrevivência do bebé, que de outra forma não conseguiria viver. Este sistema de vinculação mantém-se ao longo da vida, contribuindo para a formação de atitudes do sujeito nas relações amorosas. Para, além disso, verificou-se que a vinculação é um processo, uma interação dinâmica e não um laço estático (CHISHOLM, 1996). Em adultos, no entanto, uma relação saudável e satisfatória já não é unidirecional, mas pelo contrário assenta na reciprocidade. De uma forma simplista, pode-se considerar que quanto mais forte for o laço estabelecido entre duas pessoas, maior será o impacto e sofrimento advindos da ameaça ou ruptura real desse laço. Por outro lado, tal como nenhuma relação entre dois seres complexos pode ser simples, também uma perda real ou percebida, nunca tem um resultado linear e totalmente previsível.

17 17 Um importante contributo para o estudo do processo do luto foi proporcionado por Bowlby (1980, apud SANDERS, 1999) através da sua teoria da vinculação. O autor considera o processo de luto adaptativo tanto nos animais, como nos humanos, sendo por isso universal. Baseando-se nas descrições de Darwin e de Lorenz acerca da aflição presente nos animais, Bowlby conclui que a procura e o choro são mecanismos adaptativos, desenvolvidos para recuperar a figura de vinculação perdida. Como estes comportamentos foram normalmente bem sucedidos no reencontro com as figuras próximas, eles continuaram como uma resposta automática e intrínseca à perda. Desta forma, o autor atribui uma base biológica à resposta da dor advinda da perda, resposta essa que se encontra presente em várias culturas e espécies. Bowlby (1985) refere-se as quatro fases do luto: 1-A fase de choque que tem duração de hora ou de semanas e pode vir acompanhada de manifestação de desespero ou raiva. 2- Fase de desejo e busca da figura perdida, que pode durar também meses ou anos. 3- Fase de desorganização e desespero. 4- Fase de alguma organização. Afirma ainda Bowlby (1985), que a desorganização e a depressão que acompanham o luto, ainda que penosas, não deixam de ter como função uma proposta adaptativa. Efetivamente, enquanto não se desfazem os padrões de interação que já não são possíveis, não se pode construir novos padrões organizados, dirigidos para novas interações. A pessoa mentalmente sadia pode tolerar certas depressão e desorganização, diante da morte de uma pessoa querida. E, em curto espaço de tempo, pode emergir com uma conduta, com pensamentos e sentimentos que se reorganizem para novas interações. 3.1 REVENDO A NOMENCLATURA: LUTO NORMAL E LUTO PATOLÓGICO O luto compreende um processo penoso e doloroso para quem se desvincula do objeto amado como reação diante desta perda. Distinguimos esta fase em dois eixos definidos por Freud no que se refere ao objeto do luto: o luto normal e o luto patológico. Segundo Melanie Klein (1950) o luto normal e o patológico se contrastam pelo grau e não pela estrutura, ao contrário das referências de Lacan, em que o luto é considerado apenas patológico. A dificuldade em distinguir o luto normal do patológico baseia-se nas muitas variáveis que compõe o luto, além de pontos de semelhança com outros quadros, sendo a depressão o

18 18 exemplo mais tangível. Quando se consegue restabelecer o equilíbrio sem de formar demasiadamente a realidade, fala-se de luto normal (FREITAS, 2000). O luto normal, segundo Freud (1915), no texto Luto e Melancolia, consiste na perda consciente do objeto, enquanto no luto patológico esta perda fica radicalmente inconsciente. Neste caso o melancólico por mais que saiba quem perdeu, não sabe o que perdeu na pessoa amada. Mas isto não seria suficiente para distinguir o luto normal do luto patológico, pois esta característica está presente em todas as formas de luto. Para tanto, esta dualidade deve ser constatada clinicamente. Lindemann (1944) categorizou o que chamou de reações mórbidas do luto, como distorções do luto normal, sendo elas: Reação adiada: as situações que o enlutado tem de enfrentar paralelamente ao luto não permitindo a entrada no trabalho de elaboração. Neste caso, as reações poderão se desencadear mais tarde seja aparente ou superficialmente provocadas por eventos que não teriam força para tanto. Reação distorcida: retrata a falsa impressão de que o enlutado está passando por uma elaboração adequada. Por exemplo: 1. A superatividade sem sentir a perda; 2. Desenvolvimento de sintomas da doença do morto; 3. Doenças psicossomáticas como colite ulcerativa, artrite reumatóide e asma; 4. Alterações nos relacionamentos com amigos e parentes, propiciando o isolamento social; 5. Hostilidade com pessoas específicas; 6. Perda de padrões de interação social com falta de iniciativa e decisão; 7. Atividade em detrimento de sua existência social e econômica; 8. Depressão agitada com tensão e insônia, autodepreciação e, em casos extremos, o risco de suicídio. No luto normal a perda é consciente e a sua elaboração é bem sucedida e, apesar da dor do sofrimento vivido neste processo. No luto patológico defini-se como uma reação que fugiu do que ser refere à sintomatologia e processo. A depressão clínica pode ser considerada um tipo de reação patológica diante de um episódio depressivo. Porém, há casos de depressão clínica não provocada pelo luto. O luto, apesar de ser uma situação de crise, pode acarretar ao enlutado manifestações patológicas de forma somática e psíquica (BROMBERG, 2000). Quando se perde o objeto amado, dispara uma ambivalência nas relações afetivas. Isto vem a desencadear o estado

19 19 patológico, eternizado pela culpa, por ter desejado a perda do objeto ou pela culpa da perda vivida. Olhando o sentimento de culpa sob os estudos de Freud (1916), em seus escritos podemos afirmar que culpa é uma expressão de conflito da ambivalência entre os instintos de vida e de morte. A identificação narcísica do eu para com o objeto é explicada por Freud como a retirada da libido investida à pessoa amada e deslocada para o eu, isto é, da representação desta imagem no subconsciente do enlutado sob a chamada prova da realidade, em que os objetos exteriores são percebidos pelo sistema de percepção. No que se refere à perda e a reação diante da perda do objeto, (Freud apud Garcia- Roza 1983 p.145), quis dizer que o objeto é escolhido e amado intensamente pela escola narcísica. Em o declínio do complexo de Édipo, o modelo da criança que se identifica com seu pênis, tem o significado fálico, representa a castração simbólica da criança que não pode consumir o desejo incestuoso e por outro lado ela se identifica com o órgão peniano. O luto, conforme a preposição de Lacan (1986), revela ao enlutado que este era o objeto de desejo daquele que morreu e o seu desejo com relação ao desejo do morto leva ao sofrimento e à dor, isto é a perda do lugar de objeto e a perda do objeto imaginário. Em outras palavras, da imagem minha que o outro tinha e me permitia amar, ou a morte do eu ideal próprio da ligação de amor e desejo com a pessoa que desapareceu. Ocorre a perda do objeto pulsional o som da voz, o cheiro da pessoa que dava consistência a imagem do enlutado. 3.2 LUTO COMPLICADO OU DESORDEM DO LUTO PROLONGADO (PGD) Cada pessoa tem um modo peculiar de enfrentar o processo de enlutamento. Por exemplo, algumas sofrem com o impacto da perda do ente querido no primeiro momento, mas tendem a encontrar recursos compensatórios que as ajudam a amenizar o sofrimento e se adaptar a nova situação, é o que a literatura da área classifica como luto normal. Outras pessoas parecem não conseguir ultrapassar as barreiras do sofrimento intenso, não conseguindo redirecionar os rumos de sua vida, configurando o luto complicado (RANDO, 2003). De acordo com o DSM- IV (APA, 1994): LUTO _ Considerar o diagnóstico de Distúrbio Depressivo Major se persistirem sintomas depressivos dois meses após a perda.

20 20 _ Sintomas que justificam o diagnóstico de luto patológico (Bereavement), não presentes numa reacção normal de luto (grief): 1. Sentimentos de culpa relacionados com outras coisas para além do que fez ou não fez na altura da morte do ente querido. 2. Pensamentos acerca da morte para além de pensar que era melhor ter sido ele(a) a morrer ou que devia ter morrido juntamente com o(a) falecido(a). Critérios para Distúrbio de Luto Complicado (HOROWITZ, SIEGEL & HOLEN, 1997) A. Critério relacionado com o acontecimento/resposta prolongada Luto (por perda de cônjuge, outro familiar ou amigo íntimo) há pelo menos 14 meses (evita-se os 12 meses devido a possível reacção turbulenta no primeiro aniversário da morte). B. Critérios relacionados com sinais e sintomas - Sintomas intrusivos 1. Memórias espontâneas ou fantasias intrusivas relacionadas com a relação perdida 2. Fortes períodos de intensa emoção relacionada com a relação perdida 3. Anseios ou desejos fortes e perturbadores de que o (a) falecido (a) esteja presente - Sinais de evitamento e dificuldades de adaptação 4. Sentimentos de intensa solidão ou de vazio 5. Afastamento excessivo das pessoas, locais ou actividades que recordam o tema do falecimento 6. Níveis pouco habituais de interferência no sono 7. Perda de interesse pelas actividades profissionais, sociais, recreativas ou por tomar conta de terceiros, num grau que é desadaptativo.

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