Direito Penal Prof. Nidal Ahmad

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1 DIREITO PENAL - ROTEIRO 01) DA LEI PENAL NO TEMPO Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitado em julgado. 1.1) PRINCÍPIOS * Irretroatividade da lei mais severa * Retroatividade da lei mais benigna 1.2) HIPÓTESES DE CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO TEMPO A) ABOLITIO CRIMINIS Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitado em julgado. Sedução(Revogado pela Lei nº , de 2005) Art Seduzir mulher virgem, menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (catorze), e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança Pena - reclusão, de dois a quatro anos. Adultério (Revogado pela Lei nº , de 2005) Art Cometer adultério: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses. (...)

2 B) NOVATIO LEGIS IN MELLIUS Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único: A LEI POSTERIOR, QUE DE QUALQUER MODO FAVORECER O AGENTE, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitado em julgado. C) NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA D) NOVATIO LEGIS IN PEJUS Questão 60 X EXAME Filipe foi condenado em janeiro de 2011 à pena de cinco anos de reclusão pela prática do crime de tráfico de drogas, ocorrido em Considerando-se que a Lei n , que modificou o período para a progressão de regime nos crimes hediondos para 2/5 (dois quintos) em caso de réu primário, foi publicada em março de 2007, é correto afirmar que A) se reputará cumprido o requisito objetivo para a progressão de regime quando Felipe completar 1/6 (um sexto) do cumprimento da pena, uma vez que o crime foi praticado antes da Lei n B) se reputará cumprido o requisito objetivo para a progressão de regime quando Felipe completar 2/5 (dois quintos) do cumprimento da pena, uma vez que a Lei n tem caráter processual e, portanto, deve ser aplicada de imediato. C) se reputará cumprido o requisito subjetivo para a progressão de regime quando Felipe completar 1/6 (um sexto) do cumprimento da pena, uma vez que o crime foi praticado antes da Lei n D) se reputará cumprido o requisito subjetivo para a progressão de regime quando Felipe completar 2/5 (dois quintos) do cumprimento da pena, uma vez que a Lei n tem caráter processual e, portanto, deve ser aplicada de imediato. Resposta: A 1.3) CRIME PERMANENTE E LEI PENAL MAIS BENÉFICA Súmula 711 do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

3 XIII EXAME 63) Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano, 300 kg de cocaína. Considere também que, durante o referido período, tenha entrado em vigor uma nova lei elevando a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes. Sobre o caso sugerido, levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta. A) Deve ser aplicada a lei mais benéfica ao agente, qual seja, aquela que já estava em vigor quando o agente passou a ter a droga em depósito. B) Deve ser aplicada a lei mais severa, qual seja, aquela que passou a vigorar durante o período em que o agente ainda estava com a droga em depósito. C) As duas leis podem ser aplicadas, pois ao magistrado é permitido fazer a combinação das leis sempre que essa atitude puder beneficiar o réu. D) O magistrado poderá aplicar o critério do caso concreto, perguntando ao réu qual lei ele pretende que lhe seja aplicada por ser, no seu caso, mais benéfica. 2) LEIS DE VIGÊNCIA TEMPORÁRIA Art. 3º - A LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência A) CONCEITO B) CARACTERÍSTICAS - São autorrevogáveis - São ultrativas

4 Questão 62 XIX EXAME Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato). D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. 03) DO TEMPO DO CRIME Art. 4º - Considera-se praticado o crime no MOMENTO DA AÇÃO OU OMISSÃO, ainda que outro seja o momento do resultado. * Teoria da atividade 04) DA LEI PENAL NO ESPAÇO Art. 5º - APLICA-SE A LEI BRASILEIRA, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, AO CRIME COMETIDO NO TERRITÓRIO NACIONAL. 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL AS EMBARCAÇÕES E AERONAVES BRASILEIRAS, DE NATUREZA PÚBLICA OU A SERVIÇO DO GOVERNO BRASILEIRO ONDE QUER QUE SE ENCONTREM, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de PROPRIEDADE PRIVADA, que se achem, respectivamente, no ESPAÇO AÉREO CORRESPONDENTE OU EM ALTO- MAR. 2º - É também APLICÁVEL A LEI BRASILEIRA aos crimes praticados a bordo de AERONAVES ou EMBARCAÇÕES ESTRANGEIRAS DE PROPRIEDADE PRIVADA, achando-se aquelas em pouso no território

5 nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. * Princípio da territorialidade temperada Questão 60 XVII EXAME John, cidadão inglês, capitão de uma embarcação particular de bandeira americana, é assassinado por José, cidadão brasileiro, dentro do aludido barco, que se encontrava atracado no Porto de Santos, no Estado de São Paulo. Nesse contexto, é correto afirmar que a lei brasileira A) não é aplicável, uma vez que a embarcação é americana, devendo José ser processado de acordo com a lei estadunidense. B) é aplicável, uma vez que a embarcação estrangeira de propriedade privada estava atracada em território nacional. C) é aplicável, uma vez que o crime, apesar de haver sido cometido em território estrangeiro, foi praticado por brasileiro. D) não é aplicável, uma vez que, de acordo com a Convenção de Viena, é competência do Tribunal Penal Internacional processar e julgar os crimes praticados em embarcação estrangeira atracada em território de país diverso. 06) LUGAR DO CRIME Art. 6º - Considera-se praticado o CRIME NO LUGAR EM QUE OCORREU A AÇÃO OU OMISSÃO, no todo ou em parte, BEM COMO ONDE SE PRODUZIU OU DEVERIA PRODUZIR-SE O RESULTADO. Teoria da Ubiquidade ou mista 7) CONFLITO APARENTE DE NORMAS 7.1) PRINCÍPIOS PARA A SOLUÇÃO DOS CONFLITOS APARENTES DE NORMAS a) princípio da especialidade; b) princípio da subsidiariedade c) princípio da consunção. A) PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE A.1) Conceito de norma especial A norma especial, ou seja, a que acresce elemento próprio à descrição legal do crime previsto na geral, prefere a esta.

6 B) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE Uma norma é considerada subsidiária à outra, quando a conduta nela prevista integra o tipo da principal, significando que a lei principal afasta a aplicação da lei secundária. * ESPÉCIES a) Subsidiariedade Expressa ou explícita b) subsidiariedade tácita ou implícita C) PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO MEIO NECESSÁRIO OU NORMAL FASE DE PREPARAÇÃO OU EXECUÇÃO DE OUTRO CRIME Súmula 17 do STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido CRIME = FATO TÍPICO + ANTIJURÍDICO + CULPÁVEL (conceito analítico) 1) CONDUTA a) ausência de dolo e culpa b) coação física irresistível c) movimentos reflexos d) estado de inconsciência Questão 63 XVII EXAME Durante um assalto a uma instituição bancária, Antônio e Francisco, gerentes do estabelecimento, são feitos reféns. Tendo ciência da condição deles de gerentes e da necessidade de que suas digitais fossem inseridas em determinado sistema para abertura do cofre, os criminosos colocam, à força, o dedo de Antônio no local necessário, abrindo, com isso, o cofre e subtraindo determinada quantia em dinheiro. Além disso, sob a ameaça de morte da esposa de Francisco, exigem que este saia do banco, levando a sacola de dinheiro juntamente com eles, enquanto apontam uma arma de fogo para os policiais que tentavam efetuar a prisão dos agentes. Analisando as condutas de Antônio e Francisco, com base no conceito tripartido de crime, é correto afirmar que A) Antônio não responderá pelo crime por ausência de tipicidade, enquanto Francisco não responderá por ausência de ilicitude em sua conduta. B) Antônio não responderá pelo crime por ausência de ilicitude, enquanto Francisco não responderá por ausência de culpabilidade em sua conduta. C) Antônio não responderá pelo crime por ausência de tipicidade, enquanto Francisco não responderá por ausência de culpabilidade em sua conduta. D) Ambos não responderão pelo crime por ausência de culpabilidade em suas condutas. Resposta: C

7 2) DA OMISSÃO E SUAS FORMAS 2.1) CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS Art DEIXAR de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 2.2) CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS OU COMISSIVOS POR OMISSÃO Art O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (...) Relevância da omissão 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente DEVIA E PODIA AGIR PARA EVITAR O RESULTADO. O DEVER DE AGIR INCUMBE A QUEM: a) tenha POR LEI obrigação de CUIDADO, PROTEÇÃO OU VIGILÂNCIA; b) de outra forma, ASSUMIU A RESPONSABILIDADE de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, CRIOU O RISCO da ocorrência do resultado. XIV EXAME 61) Isadora, mãe da adolescente Larissa, de 12 anos de idade, saiu um pouco mais cedo do trabalho e, ao chegar à sua casa, da janela da sala, vê seu companheiro, Frederico, mantendo relações sexuais com sua filha no sofá. Chocada com a cena, não teve qualquer reação. Não tendo sido vista por ambos, Isadora decidiu, a partir de então, chegar à sua residência naquele mesmo horário e verificou que o fato se repetia por semanas. Isadora tinha efetiva ciência dos abusos perpetrados por Frederico, porém, muito apaixonada por ele, nada fez. Assim, Isadora, sabendo dos abusos cometidos por seu companheiro contra sua filha, deixa de agir para impedi-los. Nesse caso, é correto afirmar que o crime cometido por Isadora é A) omissivo impróprio. B) omissivo próprio.

8 C) comissivo. D) omissivo por comissão. Resposta: A Questão 63 XII EXAME Odete é diretora de um orfanato municipal, responsável por oitenta meninas em idade de dois a onze anos. Certo dia Odete vê Elisabeth, uma das recreadoras contratada pela Prefeitura para trabalhar na instituição, praticar ato libidinoso com Poliana, criança de 9 anos, que ali estava abrigada. Mesmo enojada pela situação que presenciava, Odete achou melhor não intervir, porque não desejava criar qualquer problema para si. Nesse caso, tendo como base apenas as informações descritas, assinale a opção correta. A) Odete não pode ser responsabilizada penalmente, embora possa sê-lo no âmbito cível e administrativo. B) Odete pode ser responsabilizada pelo crime descrito no Art. 244-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente, verbis: Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2º desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual. C) ODETE PODE SER RESPONSABILIZADA PELO CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL, PREVISTO NO ART. 217-A DO CP, VERBIS: TER CONJUNÇÃO CARNAL OU PRATICAR OUTRO ATO LIBIDINOSO COM MENOR DE 14 (CATORZE) ANOS. D) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de omissão de socorro, previsto no Art. 135, do CP, verbis: Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. Resposta: C 3) DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE Art O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Superveniência de causa independente 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 3.1) CAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES 3. 2) CAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES

9 XIV EXAME 62) Wallace, hemofílico, foi atingido por um golpe de faca EM UMA REGIÃO NÃO LETAL DO CORPO. Júlio, autor da facada, QUE NÃO TINHA DOLO DE MATAR, mas sabia da condição de saúde específica de Wallace, sai da cena do crime sem desferir outros golpes, estando Wallace ainda vivo. No entanto, algumas horas depois, Wallace morre, pois, apesar de a lesão ser em local não letal, sua condição fisiológica agravou o seu estado de saúde. Acerca do estudo da relação de causalidade, assinale a opção correta. A) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente preexistente, e Júlio não deve responder por homicídio culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte. B) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa absolutamente independente preexistente, e Júlio não deve responder por homicídio culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte. C) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa absolutamente independente concomitante, e Júlio deve responder por homicídio culposo. D) O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente concomitante, e Júlio não deve responder pela lesão corporal seguida de morte, mas, sim, por homicídio culposo. Respostas: A Questão 61 XII EXAME Paula, COM INTENÇÃO DE MATAR MARIA, desfere contra ela quinze facadas, todas na região do tórax. Cerca de duas horas após a ação de Paula, Maria vem a falecer. Todavia, a causa mortis determinada pelo auto de exame cadavérico foi envenenamento. Posteriormente, soube-se que Maria nutria intenções suicidas e que, na manhã dos fatos, havia ingerido veneno. Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta. A) Paula responderá por homicídio doloso consumado. B) Paula responderá por tentativa de homicídio. C) O veneno, em relação às facadas, configura concausa relativamente independente superveniente que por si só gerou o resultado. D) O veneno, em relação às facadas, configura concausa absolutamente independente concomitante. Questão 61 X EXAME João, COM INTENÇÃO DE MATAR, efetua vários disparos de arma de fogo contra Antônio, seu desafeto. Ferido, Antônio é internado em um hospital, no qual vem a falecer, não em razão dos ferimentos, mas queimado em um incêndio que destrói a enfermaria em que se encontrava. Assinale a alternativa que indica o crime pelo qual João será responsabilizado. A) Homicídio consumado. B) Homicídio tentado.

10 C) Lesão corporal. D) Lesão corporal seguida de morte. IX EXAME Questão 62 José subtrai o carro de um jovem que lhe era totalmente desconhecido, chamado João. Tal subtração deu-se mediante o emprego de grave ameaça exercida pela utilização de arma de fogo. João, entretanto, rapaz jovem e de boa saúde, sem qualquer histórico de doença cardiovascular, assusta-se de tal forma com a arma, que vem a óbito em virtude de ataque cardíaco. Com base no cenário acima, assinale a afirmativa correta. A) José responde por latrocínio. B) José não responde pela morte de João. C) José responde em concurso material pelos crimes de roubo e de homicídio culposo. D) José praticou crime preterdoloso. Questão Ana e Bruna desentenderam-se em uma festividade na cidade onde moram e Ana, sem intenção de matar, mas apenas de lesionar, atingiu levemente, com uma faca, o braço esquerdo de Bruna, a qual, ao ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima de acidente de automóvel, vindo a falecer exclusivamente em razão de traumatismo craniano. Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz do CP, que Ana (A) deve responder pelo delito de homicídio consumado. (B) deve responder pelo delito de homicídio na modalidade tentada. (C) não deve responder por delito algum, uma vez que não deu causa à morte de Bruna. (D) deve responder apenas pelo delito de lesão corporal. Resposta: D

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