PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RN COM GASTROSQUISE E ONFALOCELE
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- Ruth Garrido Fidalgo
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1 Oliveira s 1. Introdução A gastrosquise e a onfalocele são defeitos congênitos da parede abdominal e ocorrem em aproximadamente um a cada 7.0 nascidos vivos. A gastrosquise se refere ao fechamento incompleto da parede abdominal que envolve a porção do cordão umbilical, o intestino delgado e parte do grosso se projetam e nenhum saco membranoso recobre a protrusão. Podem estar associadas a outras anomalias. Na onfalocele, uma porção do intestino se projeta através de uma malformação na parede abdominal na altura do umbigo, na linha média; uma fina membrana transparente de âmnio e peritônio recobre a parte projetada. O tratamento é cirúrgico e as técnicas variam de acordo com o comprometimento e a conduta da equipe cirúrgica 2. Objetivo Garantir a qualidade da assistência e diminuir os riscos de agravos Fornecer diretrizes para a equipe de enfermagem diante do atendimento e manipulação de pacientes com tais anomalias 3. Campos de aplicação Este POP se aplica a assistência de enfermagem prestada ao beneficiário internado no CTI PN/UCP do HGIP 4. Referências normativas Não se aplica 5. Responsabilidade/ competência Compete ao enfermeiro supervisor orientar e acompanhar a realização do procedimento descrito, bem como realizar cuidados no pré e pós-operatório de crianças com gastrosquise ASSINATURA E CARIMBO 1
2 Oliveira s Compete ao enfermeiro assistencial e auxiliar/técnico de enfermagem realizar os cuidados no pré e pós-operatório de crianças com gastrosquise. 6. Definições Bolsa de Bogotá: Película em forma de saco plástico que tem a finalidade de proteger as vísceras que se projetam para fora 7. Conteúdo do padrão 7.1 Recursos necessários Berço aquecido Compressas estéreis Soro fisiológico aquecido Coxins de apoio Luvas estéreis 7.2 Principais passos Higienizar as mãos conforme PRS CCIH - 0 Calçar luvas estéreis Cobrir as vísceras expostas com compressa estéril umedecidas com soro fisiológico até a definição do tratamento adequado Retirar luvas Manter o neonato aquecido Controlar e registrar no PEP os sinais vitais Observar perfusão periférica e também perfusão e coloração das alças intestinais Avaliar coloração da pele de extremidades Monitorar perdas e fluidos, pesar as compressas antes e após o uso ASSINATURA E CARIMBO 2
3 Oliveira s Providenciar acesso venoso Manter hidratação venosa conforme prescrição médica Realizar sondagem gástrica para esvaziamento de conteúdo gástrico, conforme prescrição médica Manter a sonda gástrica aberta, avaliando quantidade e aspecto da secreção drenada Realizar controle hídrico rigoroso e notificar diminuição de diurese Administrar medicações prescritas 7.3 Cuidados especiais Monitorização de sinais vitais de 2/2 horas e registra-los no PEP Manter descompressão abdominal, mantendo sonda gástrica aberta Manter hidratação venosa Avaliar sítio de punção venosa, realizar flush e verificar a vasão do acesso Iniciar aporte nutricional por via parenteral conforme prescrição médica Fornecer assistência ventilatória (manuseio do ventilador mecânico) Mensurar diurese por meio de SVD ou peso da fralda Avaliar constantemente a perfusão capilar e a coloração das extremidades Observar e registrar coloração da pele e a evolução do edema das vísceras expostas e parede abdominal Cuidados e manutenção do na possibilidade de fechamento cirúrgico completo da parede com colocação de uma bolsa de silicone para acondicionamento do conteúdo abdominal (bolsa de Bogotá) Avaliar o início e padrão da atividade peristáltica 8. Siglas CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar ASSINATURA E CARIMBO 3
4 Oliveira s CTIPN/UCP - Centro de Terapia Intensiva Pediátrico e Neonatal / Unidade de Cuidados Progressivos PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente POP - Procedimento Ocupacional Padrão RN - Recém-nascido SVD - Sonda Vesical de Demora 9. Indicadores Não se aplica. 10. Gerenciamento de riscos Categoria de risco Assistencial Assistencial Falhas potenciais geradoras de riscos Falta de conhecimento e domínio das rotinas de atendimento ao RN com anomalias gastrointestinais Assistência inadequada à criança em pós-operatório Evento Manipulação inadequada do paciente com gastrosquise ou onfalocele Instabilidade hemodinâmica no pósoperatório Ações de prevenção Capacitar a equipe de enfermagem para o atendimento ao paciente com gastrosquise ou onfalocele. Fazer avaliação contínua do beneficiário no pós-operatório e comunicar alterações; Ações frente ao evento Realizar a correção do posicionamento e orientar quanto à técnica correta de assistência ao RN. Comunicar ao médico as alterações evidenciadas e seguir a prescrição médica. ASSINATURA E CARIMBO 4
5 Oliveira s 11. Referências BORK, A. M. T.. Enfermagem baseada em evidencias. Guanabara Koogan. 2010; TAMEZ, R.N.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI Neonatal: Assistência ao recém nascido de alto risco. 4ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, MARGOTTO, P. R. Assistência ao Recém-nascido de Risco. 2ª ed. São Paulo: Sarvier, 24. CLOHERTY, P. J.; STARK, R. A. Manual de assistência ao recém-nascido. São Paulo: Manole,2010. JÁCOMO, D J. A.; JOAQUIM, M. C. M.; LISBOA, A. M. J. Assistência ao recém-nascido: normas e rotinas. 4ªed. São Paulo: Atheneu, 22. KOPELMAN, B. I.; MIYOSHI, M. H.; GUINSBURG, R. Distúrbios respiratórios no período neonatal. São Paulo: Atheneu, KENNER, C. Recém-nascido de alto risco. In:. Enfermagem neonatal. Tradução de Maria Isabel Carmagnani. 2ª ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 21. P Anexos Não se aplica ASSINATURA E CARIMBO 5
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