Dinâmica das relações de trabalho nas situações de crise (em torno da flexibilização das regras juslaborais) 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Dinâmica das relações de trabalho nas situações de crise (em torno da flexibilização das regras juslaborais) 1"

Transcrição

1 1 Dinâmica das relações de trabalho nas situações de crise (em torno da flexibilização das regras juslaborais) 1 1. Ponto prévio: crise e Direito do Trabalho. «Dinâmica da relação de trabalho nas situações de crise». Eis o tema sobre o qual incidirá a minha intervenção neste colóquio. Permitam-me uma nota pessoal: confesso que não pude deixar de sorrir quando tomei conhecimento do tema que me pediram para abordar, fazendo dupla com o Prof. Doutor BERNARDO XAVIER. A razão é simples, conta-se em duas palavras: eu concluí a minha licenciatura em Direito, em Coimbra, no já remoto ano de 1986; fui, quase de imediato, contratado como assistente-estagiário pela FDUC; e uma das primeiras funções que tive foi a de prestar alguma colaboração na organização de uma importante iniciativa que iria decorrer em Coimbra, em Abril desse mesmo ano de 1986 as IV Jornadas Luso-Hispano-Brasileiras de Direito do Trabalho. Ora, acontece que um dos principais temas a que essas jornadas se dedicaram tinha por título, justamente, «O Direito do Trabalho na Crise». E o relatório nacional sobre esse tema foi apresentado, precisamente, por BERNARDO XAVIER. O tempo, inexorável, dita as suas leis. Quase sem nos apercebermos, decorreram já vinte e três anos sobre essas IV Jornadas Mas a crise, essa, nunca mais nos abandonou, ora na vertente de crise económica e de emprego, ora na vertente de crise do próprio Direito do Trabalho. A crise, dir-se-ia, instalou-se, veio para ficar. 1 Texto que serviu de base à comunicação proferida no Colóquio Anual sobre Direito do Trabalho, organizado pelo Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, no dia 14 de Outubro de Aproveito o ensejo para agradecer o honroso convite que me foi endereçado para participar nesse colóquio, bem como a disponibilidade revelada pela Revista do Ministério Público para publicar o texto.

2 2 Vinte e três anos volvidos, e num colóquio dedicado ao impacto da crise nas relações de trabalho e no direito que as regula, creio que se justifica inteiramente revisitar o que então foi dito e aquilo que ficou escrito sobre o tema, em particular no relatório apresentado por BERNARDO XAVIER 2. E isto, por uma dupla razão: por um lado, porque tal nos permitirá registar, ainda que a traço grosso, a evolução do nosso direito laboral ao longo deste período; por outro lado, e num plano mais pessoal, esta é também uma forma de prestar pública homenagem a um dos grandes vultos do Direito do Trabalho pátrio mesmo quando, como tantas vezes sucede, as nossas opiniões não coincidem totalmente. 2. A flexibilização das regras juslaborais. Seja-me permitido começar por recordar algumas banalidades relativas ao «código genético» do Direito do Trabalho. É sabido que este ramo do ordenamento surgiu como um direito regulador de uma relação essencialmente conflitual e estruturalmente assimétrica, como um direito de tutela dos trabalhadores subordinados, como uma ordem normativa de compensação da debilidade fáctica destes face aos respectivos empregadores. Um direito que, enquanto tal, não confia nos automatismos do mercado nem na liberdade contratual. Aliás, nas palavras de ANTOINE LYON-CAEN, «o Direito do Trabalho nasceu contra o imperialismo do contrato» 3. Este é, pois, um direito cuja função originária consistia em limitar a concorrência entre os trabalhadores no mercado de trabalho, evitando 2 Publicado em Temas de Direito do Trabalho, Coimbra Editora, Coimbra, 1990, pp Com especial interesse, cfr. ainda, nessa mesma obra, o relatório geral apresentado sobre o tema, da autoria de JORGE LEITE (pp ). 3 «Actualité du contrat de travail», Droit Social, n.º 7-8, 1988, p. 540.

3 3 uma «corrida para o fundo», uma race to the bottom por parte destes, isto é, prevenindo uma «licitação negativa» entre estes, motivada pela escassez de vagas de emprego. Daí a tradicional e singular imperatividade do ordenamento juslaboral o princípio do favor laboratoris, o princípio da norma social mínima, etc. Porém, como é sabido, os anos 70 do século passado assistiram ao início da crise do Direito do Trabalho, começando a avolumar-se o coro de críticas ao monolitismo, ao garantismo e à rigidez das normas jurídico-laborais. O Direito do Trabalho vê-se então remetido para o banco dos réus, é colocado no pelourinho 4, é acusado de irracionalidade regulativa e de produzir consequências danosas, isto é, de criar mais problemas do que aqueles que resolve, em particular no campo económico e no plano da gestão empresarial (é o chamado «efeito-boomerang» das normas juslaborais, grandes responsáveis, diz-se, pelas elevadas taxas de desemprego). Desta forma, no último quartel do séc. XX a flexibilização afirmase como novo leitmotiv juslaboral e o Direito do Trabalho passa a ser concebido, sobretudo, como um instrumento ao serviço da promoção do emprego e do investimento, como variável da política económica, mostrando-se dominado quando não obcecado por considerações de eficiência (produtividade da mão-de-obra, competitividade das empresas, etc.). O Direito do Trabalho atravessa, assim, uma profunda crise de identidade, com a sua axiologia própria (centrada em valores como a igualdade, a dignidade, a solidariedade, etc.) a ser abertamente questionada. Fala-se, não sem alguma razão, numa autêntica «colonização economicista» deste ramo do ordenamento jurídico. Os processos e o ritmo de flexibilização e desregulamentação do direito laboral português podem ser ilustrados tomando como ponto de referência o já mencionado relatório apresentado por BERNARDO XAVIER, 4 A expressão é de ALAIN SUPIOT, «O direito do trabalho ao desbarato no mercado das normas», Questões Laborais, n.º 26, 2005, p. 122.

4 4 em 1986, nas IV Jornadas Luso-Hispano-Brasileiras de Direito do Trabalho. Nesse relatório, o seu autor, atendendo à incidência da crise no emprego e ao seu impacto no Direito do Trabalho, escrevia já que «em toda a parte do mundo se vai dando conta de que a maleabilização das regras de admissão e cessação constitui para os empregadores a condição mais importante para melhorar a competitividade das empresas» (pp ). E, entre muitas outras matérias, BERNARDO XAVIER chamava a atenção para os seguintes traços do nosso ordenamento: i) Quanto ao contrato de trabalho a prazo, o mesmo havia-se convertido no instrumento patronal mais apto para conseguir a almejada flexibilização dos vínculos laborais, visto que os empregadores adoptaram, quase sistematicamente, a prática de contratar a prazo, inclusive os trabalhadores destinados a satisfazer necessidades permanentes das empresas. Ainda assim, persistiam significativas limitações legais na matéria, designadamente no tocante aos contratos a prazo incerto, os quais não eram permitidos; ii) Quanto ao chamado «trabalho temporário», conquanto se tratasse de uma realidade em ascensão em toda a parte, Portugal ainda carecia de um enquadramento jurídico do fenómeno, cuja licitude era, aliás, discutida; iii) Não havia regimes jurídicos próprios para os chamados «empregados de confiança», sendo que a duração do período experimental era, em regra, de apenas 15 dias; iv) O regime do despedimento era extremamente rígido, sendo que, a mais do controlo judicial a efectuar a posteriori, existia um controlo administrativo prévio em matéria de despedimento colectivo, cujo processo era, aliás, extremamente pesado; v) Quanto à dinâmica da relação laboral, o sistema surgia, aos olhos de BERNARDO XAVIER, como «suficientemente equilibrado» em matéria de mobilidade geográfica, mas já no tocante à mobilidade

5 5 profissional/funcional o mesmo dava lugar a uma «rigidez extremamente nociva». Nesta matéria, BERNARDO XAVIER insurgia-se contra a confusão corrente entre os conceitos de objecto do contrato e de categoria profissional, sustentando que o objecto da prestação do trabalho deveria ser considerado em termos amplos, não se cingindo às funções inerentes à categoria do trabalhador; vi) Por último, quanto às relações entre a convenção colectiva e a lei, o sistema baseava-se no tradicional princípio do favor laboratoris, segundo o qual a convenção colectiva não poderia incluir disposições que importassem um tratamento menos favorável para os trabalhadores do que o estabelecido pela lei. Segundo o autor do relatório, aquele princípio do favor estava já a esbater-se no plano internacional e deveria ser superado no plano nacional, assim conferindo um estatuto de maioridade às associações sindicais, descomprimindo a contratação colectiva e favorecendo a adequação desta aos sectores económicos e às conjunturas e, daí, às crises. Pergunta-se: vinte e três anos depois, quid juris? Algo mudou? Vejamos, ainda que de forma telegráfica. Quanto ao contrato a termo, a própria lei admite-o hoje em ordem à satisfação de necessidades permanentes das empresas (assim, desde logo, no tocante à contratação de trabalhadores à procura de primeiro emprego, de desempregados de longa duração ou em caso de início de laboração da empresa ou estabelecimento). Ademais, a nossa lei também já admite, em muitas situações, o recurso ao termo incerto. Também o trabalho temporário é uma realidade reconhecida, legitimada e enquadrada pelo nosso direito positivo, surgindo no Código do Trabalho como uma modalidade contratual ao lado de outras figuras «flexibilizadoras»: o trabalho a tempo parcial, o trabalho intermitente e o teletrabalho subordinado.

6 6 Quanto ao pessoal de direcção, a lei prevê agora o mecanismo da comissão de serviço, também utilizável para prover ao exercício de outras funções de especial confiança (secretariado pessoal, p. ex.), mecanismo este extremamente dúctil e facilmente dissolúvel pelo empregador, dado que a comissão de serviço é livremente denunciável por qualquer das partes. A duração-regra do período experimental passou de 15 dias para três meses, sendo certo que, em relação a determinados trabalhadores, aquela duração pode atingir seis ou mesmo oito meses. O período temporal durante o qual a lei permite o que a CRP proíbe (o despedimento imotivado) sofreu, assim, um considerável alargamento. Entretanto, o despedimento colectivo deixou de estar sujeito a controlo administrativo prévio, sendo que, ao seu lado, surgiram outras modalidades de despedimento baseado em causas objectivas (despedimento por extinção do posto de trabalho e despedimento por inadaptação). Quanto à dinâmica da relação laboral, surgiram novos mecanismos flexibilizadores da mão-de-obra, antes desconhecidos (pense-se, p. ex., na figura da adaptabilidade do tempo de trabalho, a qual poderá ser instituída, não só por via de regulamentação colectiva, mas também por acordo individual entre as partes ou até, verificados que sejam certos requisitos, ser imposta ao trabalhador), e a lei alargou o objecto do contrato de trabalho, esclarecendo que o mesmo não se restringe às tarefas compreendidas na categoria do trabalhador, abrangendo também as «funções que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas» (art. 118.º, n.º 2, do CT). E, sobretudo, quer em matéria de mobilidade funcional quer em matéria de mobilidade geográfica, o regime legal passou a ter um carácter assumidamente supletivo, pois as partes podem incluir no contrato individual cláusulas sobre a matéria, alargando os poderes patronais de gestão da mão-de-obra, seja quanto ao

7 7 quid da prestação, seja quanto ao local onde a mesma deve ser efectuada. Por último, o CT já se encarregou de aniquilar o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador nas relações entre a lei e a convenção colectiva, pelo que as normas legais possuem agora, em regra, um carácter «colectivo-dispositivo», podendo a convenção colectiva de trabalho afastar-se delas, seja para beneficiar seja mesmo para desfavorecer os trabalhadores. Desta forma, o legislador deixa de conceber a convenção colectiva como um instrumento basicamente vocacionado para a melhoria das condições de trabalho e a lei laboral deixa de se perfilar, tipicamente, como norma social mínima, insusceptível de afastamento in pejus por fonte inferior. Do mesmo passo, o CT anuncia que as garantias do trabalhador, no plano funcional (limitação do ius variandi) como no plano espacial (salvaguarda da inamovibilidade), poderão ser postas em xeque por via do contrato individual isto é, por meio de uma simples cláusula contratual adrede estipulada pelos sujeitos. 3. A relegitimação da liberdade contratual. Assiste-se, pois, à redescoberta do princípio da liberdade contratual (concebido este como Gestaltungsfreiheit, como faculdade de as partes fixarem livremente o conteúdo do contrato de trabalho), ao chamado «regresso ao contrato» e à «individualização da relação», à revalorização do poder jurisgénico das partes, etc. tudo isto se traduzindo num meio discreto, mas seguramente muito eficaz, de prosseguir a estratégia de flexibilidade laboral e de reforçar os poderes empresa-

8 8 riais 5. Porém, tendo em conta a célebre, e sempre actual, máxima de LACORDAIRE («entre o rico e o pobre e entre o forte e o fraco é a lei que liberta e a liberdade que oprime»), fica a dúvida: não estaremos nós a entrar no séc. XXI e, alegadamente, a modernizar o Direito do Trabalho, retomando os mitos do séc. XIX? Haverá boas razões para que o novo Direito do Trabalho reabilite e potencie o vetusto princípio da liberdade contratual? Na resposta a esta questão, não resisto a transcrever estas lapidares palavras de ADALBERTO PERULLI: «Semelhante exaltação pós-moderna do dogma da vontade equivale, na ausência de garantias legais ou de natureza colectiva, a um mero elogio formal da autonomia individual como vector de composição dos interesses de ambas as partes, já que abre caminho a uma flexibilidade de facto imposta no interesse da empresa: o resultado alcançado não consiste em restituir novos espaços de liberdade ao trabalhador, nem em descolonizar o indivíduo das malhas apertadas da norma e do colectivo, mas sim numa nova e mais dura condição de subordinação» 6. Na verdade, numa relação de poder como é, tipicamente, a relação laboral, a liberdade contratual não existe, no plano substantivo, e não pode deixar de ser fortemente condicionada, no plano normativo. A (sobre)valorização do poder jurisgénico das partes traduzir-se-á, neste campo, em reconhecer o poder jurisgénico de apenas uma dessas partes (obviamente, da mais poderosa, a entidade empregadora), cuja vontade, de facto, fará lei. Manifestamente, o mundo do trabalho subordinado não é hoje, como não era ontem, um mundo caracterizado por uma qualquer «composição espontânea ou paritária de interesses», própria do universo civilista, como ensinava ORLANDO DE CARVALHO. 5 Assinalando este ponto, MONTEIRO FERNANDES, «L effettività nel diritto del lavoro: il caso portoghese», Rivista Italiana di Diritto del Lavoro, n.º 1, 2006, p. 18, n «Interessi e tecniche di tutela nella disciplina del lavoro flessibile», Giornale di Diritto del Lavoro e di Relazioni Industriali, n.º 95, 2002, p. 376.

9 9 A título de exemplo, veja-se como este Supremo Tribunal já foi chamado a pronunciar-se sobre litígios emergentes de «cláusulas de mobilidade geográfica», em dois acórdãos bastante recentes (Acórdão de , cujo relator foi o Conselheiro VASQUES DINIS, e Acórdão de , tendo como relator o Conselheiro SOUSA PEIXOTO): o STJ deparou-se, em ambos os casos, com um exercício formal de liberdade contratual, que deixava o trabalhador largamente desprotegido quanto à exacta determinação do local de execução da prestação laboral. 4. A segmentação do mercado de trabalho. A retórica discursiva em torno da flexibilidade mostra-se, porém, altamente sedutora, sendo o clássico (e, dir-se-ia, historicamente ultrapassado) conflito social entre empregadores e trabalhadores substituído pelo novo conflito entre insiders (os trabalhadores com vínculo por tempo indeterminado e com emprego estável) e outsiders (os desempregados e os que apenas dispõem de um emprego precário, como os contratados a prazo e os falsos trabalhadores independentes). Um Direito do Trabalho demasiado rígido e excessivamente garantístico seria, afinal, o grande responsável por esta segmentação e pelo dualismo do mercado de trabalho, criando uma fractura entre os que estão dentro e os que estão fora da «cidadela fortificada» do direito laboral. Vistas as coisas sob este prisma, a defesa dos interesses dos outsiders reclamaria a eliminação dos direitos (ou melhor: dos privilégios) dos insiders. E o apetite flexibilizador de alguns revela-se, por isso, insaciável «sempre mais!»: sempre mais mobilidade, sempre mais adaptabilidade, sempre mais desregulamentação, tudo em nome das

10 10 supostas exigências do sacrossanto e omnipotente «Mercado», concebido este como a Grundnorm de toda a ordem jurídica. Entre nós, julga-se que a simples comparação entre, por um lado, o teor do relatório apresentado por BERNARDO XAVIER em 1986, com as críticas então formuladas, e, por outro lado, o actual ordenamento jurídico-laboral, mostra, sem margem para dúvidas, que foram dados passos muito significativos em matéria de flexibilidade do mercado de trabalho. Muita coisa mudou, nas nossas leis, nestes últimos vinte e três anos. E quase tudo mudou num sentido «flexibilizador». Mas dediquemos um pouco mais de atenção a esta autêntica «palavra mágica». 5. Da flexibilidade à flexigurança. Flexibilidade. Trata-se, como se disse, de uma palavra mágica, encantatória. Flexível significa maleável, ágil, suave... vocábulos, todos eles, que emitem sinais positivos. Flexível opõe-se a rígido e o que é rígido é mau, o que é rígido parte-se. Mas flexível também pode significar dócil, complacente, submisso. Neste sentido, flexível opõe-se a firme e o que é firme é bom, o que é firme não se dobra. Na verdade, entre a maleabilidade e a docilidade vai uma distância não despicienda. Tal como entre a suavidade e a complacência. Tal como, afinal, entre a rigidez e a firmeza. Boa parte da polémica em torno do termo flexibilidade reside, assim, na polissemia do mesmo, na diversidade de acepções nem todas positivas que comporta. Ninguém quer, julga-se, um Direito do Trabalho rígido e áspero. Mas alguns aspiram, parece, a um Direito do Trabalho mole e condescendente. Alguns suspiram mesmo por um Direito do Trabalho frouxo

11 11 Ora, a meu ver, um Direito do Trabalho flexível jamais poderá deixar de ser um Direito do Trabalho robusto e vigoroso. Creio que o Direito do Trabalho terá de ser flexível naquele sentido ideal, de «resistência tênsil», apontado por RICHARD SENNETT: «Ser adaptável à mudança de circunstâncias mas sem ser quebrado por ela». 7 De qualquer modo, é inegável que, nos nossos dias, a flexibilidade do mercado de trabalho constitui um objectivo omnipresente e incontornável, assumindo-se aquela, nas certeiras palavras de RICCARDO DEL PUNTA, como um valor «sociologicamente pós-industrial e culturalmente pós-moderno» 8. Aliás, nesta matéria surgiu mesmo um fulgurante neologismo à escala europeia a chamada flexigurança, a qual, dizse, assentaria numa espécie de «triângulo mágico» de políticas de articulação e compatibilização entre (i) flexibilidade acrescida em matéria de contratações e despedimentos (flexibilidade contratual, «de entrada e de saída»), (ii) protecção social elevada (leia-se: adequada) no desemprego, (iii) políticas activas de formação, qualificação e emprego, propiciando uma transição rápida e não dolorosa entre diversos empregos. A este propósito, vale a pena consultar o documento do Conselho de Ministros da União Europeia, de 5 de Dezembro de 2007, intitulado Definição de princípios comuns de flexigurança na União Europeia. Aí se identificam oito princípios comuns de flexigurança, lendo-se no ponto 1 que a flexigurança é um meio para «criar mais e melhores empregos, modernizar os mercados de trabalho e promover o trabalho de qualidade através de novas formas de flexibilidade e segurança para aumentar a adaptabilidade, o emprego e a coesão social», acrescentando o ponto 2 que «a flexigurança implica a conjugação deliberada de mecanismos contratuais flexíveis e fiáveis, estratégias abrangentes de aprendizagem ao longo da vida, políticas activas e eficazes para o mercado de 7 A Corrosão do Carácter, Terramar, Lisboa, 2001, p «L economia e le ragioni del diritto del lavoro», Giornale di Diritto del Lavoro e di Relazioni Industriali, n.º 89, 2001, p. 12.

12 12 trabalho, e sistemas de protecção social modernos, adequados e sustentáveis». A flexigurança surge, pois, como um concentrado de flexibilidade e de segurança flexibilidade na relação laboral, no emprego; segurança no mercado de trabalho, no desemprego, em que a tradicional «protecção do emprego/estabilidade do posto de trabalho» é sacrificada em prol da ideia de uma «mobilidade protegida/segurança na vida activa». Como se lê no ponto 5 daquela Definição de princípios, «a flexigurança interna (no interior da mesma empresa) e externa (entre empresas) são igualmente importantes e devem ser ambas promovidas. Um grau suficiente de flexibilidade contratual deve ser acompanhado de segurança nas transições entre empregos». Ou seja, em lugar de tutelar o emprego, promove-se a empregabilidade do trabalhador. Diz-se, inclusive, que, no séc. XXI, lutar pela estabilidade do posto de trabalho vale tanto como lutar por um lugar sentado a bordo do Titanic Assim sendo, importa, sobretudo, ensinar o trabalhador a nadar. Sendo certo, contudo, que se a água estiver demasiado fria, também de pouco lhe valerá saber nadar Quanto à flexigurança, o cerne do problema consiste em determinar a dosagem certa de cada um dos elementos que compõem o respectivo conceito, em efectuar um adequado trade-off entre flexibilidade e segurança sem que, contudo, se deva olvidar a sábia advertência de MARIO GIOVANNI GAROFALO: «Os direitos no mercado [de trabalho], se não forem sustentados por direitos na relação [laboral], são escritos na água» 9. Aliás, a referida Definição de princípios não deixa de alertar para que «a flexigurança requer uma boa relação eficácia-custo na afectação de recursos e deverá manter-se plenamente compatível com a solidez e a sustentabilidade financeira dos orçamentos públicos» (ponto 8). Daí a 9 «Post-moderno e diritto del lavoro Osservazioni sul Libro verde Moddernizare il diritto del lavoro», Rivista Giuridica del Lavoro e della Previdenza Sociale, n.º 1, 2007, p. 141.

13 13 dúvida sobre se a flexigurança não representará, afinal, mais uma vã tentativa de quadratura do círculo 10. Pergunta-se: até onde irá, e até quando perdurará, esta vertigem flexibilizadora, esta «corrida para a flexibilização», da qual já em 1986 nos falava BERNARDO XAVIER? Talvez até reformular o art. 53.º da CRP? Talvez até se consagrar, com ou sem ambiguidades, o princípio do despedimento livre, ad nutum? «Free to hire, free to fire», permitindo-se que o empregador despeça o trabalhador por qualquer razão, ou mesmo sem razão? A exigência de revisão do quadro constitucional vigente, maxime no que diz respeito ao art. 53.º da CRP, é uma velha reivindicação empresarial e consta, por exemplo, da «Posição comum das Confederações Patronais sobre o quadro de revisão do Código do Trabalho e respectiva Regulamentação» 11. Como é sabido, o art. 53.º da CRP estabelece que «é garantida a segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos políticos ou ideológicos». Note-se que «estabilidade» não é sinónimo de emprego vitalício. Sabe-se que a era da nova economia globalizada, dinâmica, inovadora e ferozmente competitiva, obedece à lógica do efémero, do volátil e do imprevisível, sendo incompatível com o ideal do «emprego para toda a vida» que, de algum modo, imperou no século passado. Daí, porém, não se segue inexoravelmente que o ordenamento jurídico tenha de contemporizar 10 Para uma perspectiva geral sobre a flexigurança, cfr. RODRÍGUEZ-PIÑERO Y BRAVO-FERRER, «Flexiseguridad: el debate europeo en curso», Relaciones Laborales, II, 2007, pp , PER KONGSHØJ MADSEN, «Flexicurity Towards a Set of Common Principles?», International Journal of Comparative Labour Law and Industrial Relations, vol. 23, n.º 4, 2007, pp , e DOMINIQUE MÉDA, «Flexicurité: quel équilibre entre flexibilité et sécurité?», Droit Social, n.º 7/8, 2009, pp Entre nós, ALFREDO BRUTO DA COSTA, «O debate sobre a flexigurança», Questões Laborais, n.º 30, 2007, pp , e FERNANDO MARQUES, «O debate sobre a flexigurança e a situação portuguesa», Boletim de Ciências Económicas, FDUC, vol. L, 2007, pp Cujo texto pode ser consultado no n.º 29 de Questões Laborais, 2007, pp

14 14 com despedimentos arbitrários, dispensando o empregador de justificar a sua decisão extintiva e isentando esta última do escrutínio judicial. Ou seja, se a estabilidade no emprego não é, decerto, um valor absoluto, também creio que ela não deve ser vista como um valor obsoleto Conclusão Em jeito conclusivo, julgo ser algo falaciosa a tese segundo a qual a flexibilização do direito laboral equivale, sic et simpliciter, a ganhos de eficiência do aparelho produtivo e, logo, a uma maior competitividade das empresas. A verdade é que, até hoje, a ciência económica nunca conseguiu demonstrar a existência de uma relação causal entre o nível de protecção do emprego e as taxas de desemprego. Aliás, a este respeito devo dizer que não posso deixar de compartilhar o cepticismo de UMBERTO ROMAGNOLI, expresso na seguinte boutade: «A ideia segundo a qual, para ajudar e proteger todos os que procuram trabalho, é necessário ajudar e proteger menos quem tem trabalho, é filha da mesma maldade com a qual se sustenta que, para fazer crescer cabelo aos calvos, é necessário rapar o cabelo a quem o tem» 13. Porém, ainda que assim fosse, isto é, ainda que uma tal correlação viesse a ser estabelecida sem margem para dúvidas, sempre conviria não perder de vista que uma regra jurídica (em especial, uma regra jurídico-laboral) nunca poderá encontrar um arrimo válido e bastante em meras considerações de eficiência, sob pena de cairmos numa visão 12 Escrevia, em 1986, BERNARDO XAVIER: «Diz-se comummente nos meios empresariais e isto não é apenas uma blague que é mais fácil conseguir um divórcio do que um despedimento» (p. 125). Ora, se antes o era, também hoje o é Mas, em bom rigor, isso será de estranhar? É que, ao menos em princípio, o casamento supõe a manutenção do amor recíproco, a relação laboral não 13 «Divagazioni sul rapporto tra economia e diritto del lavoro», Lavoro e Diritto, n.º 3, 2005, p. 531.

15 15 puramente mercantil do Direito e das suas funções. Na verdade, existem outros valores, de índole não económica (desde logo, a dignidade do trabalho e da pessoa que o presta), que ao Direito do Trabalho cabe preservar e promover ontem como hoje. Ora, a preocupação com o trabalho digno e com a salvaguarda dos direitos humanos no trabalho não pode ser sobrelevada por uma pura lógica de produtividade laboral e de competitividade empresarial. A chamada «mão-de-obra» será, decerto, um factor produtivo, a conjugar com os demais no todo que é a empresa. Mas, antes e acima disso, a mão-de-obra são pessoas. Como alguém certa vez escreveu, o trabalho não existe, o que existe são pessoas que trabalham. O exemplo da recente vaga de suicídios na France Telecom aí está para, uma vez mais, nos relembrar cruamente este simples facto. Por isso, fazemos nossas as palavras de BERNARDO XAVIER, no trecho final do seu relatório: «Não se pretenderá, contudo, restituir ao mercado de trabalho a sua verdade através de uma simples liberalização ou anomia: se esse mercado deixasse de sofrer a influência de uma ideia regulativa expressa em normas jurídicas, ficariam negados os fundamentos históricos, éticos e políticos do direito do trabalho e destruir-se-ia um século de conquista de níveis elevados de protecção social» (p. 138). A crise que hoje atravessamos não foi, seguramente, motivada pelo garantismo das normas laborais e pela rigidez do mercado de trabalho. Trata-se, pelo contrário, de uma «crise dos mercados», resultante da insuficiente regulação dos mesmos. Trata-se, diz-se, de uma crise da chamada «economia de casino». Não foi o Direito do Trabalho o responsável pela crise, pelo que ninguém esperará, por certo, que o Direito do Trabalho lhe forneça a solução milagrosa. Mas, a este propósito, não deixa de ser curioso e até refrescante verificar que um autor norte-americano como ROBERT REICH, que exerceu funções governativas no sector laboral ao tempo da administração Clinton, aponta para a necessidade de reforço dos sindicatos como meio de contribuir

16 16 para a ultrapassagem da crise em que vivemos. Na sua óptica, proteger os trabalhadores que desejam formar um sindicato e punir as práticas patronais intimidatórias neste domínio revela-se tão justo como necessário. Conclui o autor: «Se tornarmos mais fácil a criação de sindicatos para todos os trabalhadores americanos, isso dará à classe média o bargaining power de que carece para obter melhores salários e mais regalias. E uma forte e próspera classe média é necessária para que a nossa economia tenha êxito» 14. Depois de escutarmos tantas vozes, ao longo de tantos anos, a sustentarem que os sindicatos não passam de um «cartel de mão-deobra», sendo responsáveis pela rigidificação do mercado de trabalho e pela criação de «ineficiências», ter-se-á de convir que este outro olhar sobre o papel desempenhado pelas associações sindicais não deixa de ser muito estimulante. Afinal, os sindicatos e a sua acção podem produzir efeitos benéficos para a economia geral! Afinal, o Direito do Trabalho poderá não fazer parte do problema, mas sim da solução! A ver vamos o que nos reservam os próximos capítulos. João Leal Amado (Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra) 14 «Why Stronger Unions Can Help Us Out of This Mess», artigo publicado no Los Angeles Times, de , disponível em

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL Gabinete do Ministro

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL Gabinete do Ministro Parecer do Governo Português relativo ao Livro Verde Modernizar o direito do trabalho para enfrentar os desafios do sec. XXI Introdução O presente documento consubstancia o parecer do Governo Português

Leia mais

CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1

CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1 CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1 A atual conjuntura económica e financeira portuguesa, fortemente marcada pela contração da atividade

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais

Trabalho suplementar e Banco de horas

Trabalho suplementar e Banco de horas Trabalho suplementar e Banco de horas INTRODUÇÃO Sem grandes considerações jurídicas acerca do Direito do Trabalho, é consabido que esta é uma área que se encontra muito próxima do indivíduo, desenvolvendo-se,

Leia mais

Comportamento nas Organizações

Comportamento nas Organizações Comportamento nas Organizações Trabalho realizado por: Pedro Branquinho nº 1373 Tiago Conceição nº 1400 Índice Introdução... 3 Comportamento nas organizações... 4 Legislação laboral... 5 Tipos de contrato

Leia mais

O CONTRATO DE TRABALHO A TERMO

O CONTRATO DE TRABALHO A TERMO Alice Pereira de Campos O CONTRATO DE TRABALHO A TERMO Uma forma de trabalho precário? LISBOA 2013 Notas de Leitura Quando nos referirmos a «termo», sem outra indicação, referimo-nos a termo resolutivo.

Leia mais

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS I. INTRODUÇÃO O Governo apresentou ao Conselho Económico e Social o Projecto de Grandes Opções do Plano 2008 (GOP 2008) para que este Órgão, de acordo com

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

Em ambos os casos estão em causa, sobretudo, os modos de relacionamento das empresas com os seus múltiplos stakeholders.

Em ambos os casos estão em causa, sobretudo, os modos de relacionamento das empresas com os seus múltiplos stakeholders. Notas de apoio à Intervenção inicial do Director Executivo da AEM, Abel Sequeira Ferreira, na Conferência Responsabilidade Social e Corporate Governance, organizada, em parceria, pelo GRACE, pela AEM e

Leia mais

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES A valorização comercial dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios que, ou pela sua origem ou pelos seus modos particulares

Leia mais

PARECER N.º 38/CITE/2005

PARECER N.º 38/CITE/2005 PARECER N.º 38/CITE/2005 Assunto: Parecer nos termos do n.º 3 do artigo 133.º do Código do Trabalho e da alínea j) do n.º 1 do artigo 496.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Não renovação de contrato

Leia mais

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO DIREITO ECONÔMICO É O RAMO DO DIREITO QUE TEM POR OBJETO A JURIDICIZAÇÃO, OU SEJA, O TRATAMENTO

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

TRABALHO TEMPORÁRIO. Trabalho Temporário assenta numa relação triangular traduzida nos seguintes contratos:

TRABALHO TEMPORÁRIO. Trabalho Temporário assenta numa relação triangular traduzida nos seguintes contratos: TRABALHO TEMPORÁRIO O QUE DIZ A LEI OBSERVAÇÕES Trabalho Temporário assenta numa relação triangular traduzida nos seguintes contratos: Contrato de Trabalho Temporário Celebrados entre Ou uma empresa de

Leia mais

O NOVO REGIME DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL INTRODUÇÃO

O NOVO REGIME DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL INTRODUÇÃO 15 de outubro 2013 O NOVO REGIME DO SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL INTRODUÇÃO Motivados pelas exigências constantes do Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica celebrado entre

Leia mais

PARECER N.º 45/CITE/2011

PARECER N.º 45/CITE/2011 PARECER N.º 45/CITE/2011 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Better regulation do sector financeiro

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Better regulation do sector financeiro Conselho Nacional de Supervisores Financeiros Better regulation do sector financeiro Relatório da Consulta Pública do CNSF n.º 1/2007 1 CONSELHO NACIONAL DE SUPERVISORES FINANCEIROS RELATÓRIO DA CONSULTA

Leia mais

Discurso do IGT na conferência da EDP

Discurso do IGT na conferência da EDP Discurso do IGT na conferência da EDP 1. A Segurança e Saúde no Trabalho é, hoje, uma matéria fundamental no desenvolvimento duma política de prevenção de riscos profissionais, favorecendo o aumento da

Leia mais

6º Congresso Nacional da Administração Pública

6º Congresso Nacional da Administração Pública 6º Congresso Nacional da Administração Pública João Proença 30/10/08 Desenvolvimento e Competitividade: O Papel da Administração Pública A competitividade é um factor-chave para a melhoria das condições

Leia mais

Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda

Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda Quero começar por agradecer ao Supremo Tribunal de Justiça, por intermédio

Leia mais

Plano e Orçamento para 2015. Políticas de Promoção de Emprego e Empregabilidade

Plano e Orçamento para 2015. Políticas de Promoção de Emprego e Empregabilidade 1 Plano e Orçamento para 2015 Políticas de Promoção de Emprego e Empregabilidade Senhora Presidente da ALRAA Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhoras e Senhores Membros do Governo

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 162/XII/1.ª COMBATE O FALSO TRABALHO TEMPORÁRIO E PROTEGE OS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS

PROJETO DE LEI N.º 162/XII/1.ª COMBATE O FALSO TRABALHO TEMPORÁRIO E PROTEGE OS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º 162/XII/1.ª COMBATE O FALSO TRABALHO TEMPORÁRIO E PROTEGE OS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS (TERCEIRA ALTERAÇÃO À LEI N.º /2009, DE 12 DE FEVEREIRO) Exposição de motivos

Leia mais

INTRODUÇÃO objectivo

INTRODUÇÃO objectivo INTRODUÇÃO O tema central deste trabalho é o sistema de produção just-in-time ou JIT. Ao falarmos de just-in-time surge de imediato a ideia de produção sem stocks, inventários ao nível de zero, produção

Leia mais

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Comissão Europeia O que é a Estratégia Europeia para o Emprego? Toda a gente precisa de um emprego. Todos temos necessidade de

Leia mais

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco carlos.castel-branco@iese.ac.mz Associação dos Estudantes da Universidade Pedagógica Maputo, 21 de Outubro

Leia mais

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU NOS DOMÍNIOS DO EQUIPAMENTO, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES.

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU NOS DOMÍNIOS DO EQUIPAMENTO, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. Decreto n.º 28/98 de 12 de Agosto Protocolo de Cooperação entre a República Portuguesa e a República da Guiné-Bissau nos Domínios do Equipamento, Transportes e Comunicações, assinado em Bissau em 11 de

Leia mais

Comunicação à 1ª secção

Comunicação à 1ª secção Comunicação à 1ª secção Denomina-se Ordem dos Advogados a associação pública representativa dos licenciados em Direito que, em conformidade com os preceitos deste Estatuto e demais disposições legais aplicáveis,

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DA I&D EM PORTUGAL

CARACTERIZAÇÃO DA I&D EM PORTUGAL CARACTERIZAÇÃO DA I&D EM PORTUGAL No ano de 2000, o Conselho Europeu, reunido em Lisboa, fixou o objectivo de na próxima década, tornar-se a economia baseada no conhecimento mais competitiva e dinâmica

Leia mais

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado Regulamento dos Estágios da Assembleia da República para Ingresso nas Carreiras Técnica Superior Parlamentar, Técnica Parlamentar, de Programador Parlamentar e de Operador de Sistemas Parlamentar Despacho

Leia mais

PROBLEMAS E PERSPECTIVAS ORÇAMENTAIS DA C&T EM PORTUGAL

PROBLEMAS E PERSPECTIVAS ORÇAMENTAIS DA C&T EM PORTUGAL PROBLEMAS E PERSPECTIVAS ORÇAMENTAIS DA C&T EM PORTUGAL Desde o início dos anos noventa e particularmente desde meados dessa década, Portugal conseguiu um elevado ritmo de desenvolvimento científico. De

Leia mais

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA Bruxelas, 7 de ovembro de 2008 REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA 1. A unidade dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia para coordenar as respostas

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante BANCO NOSSA CAIXA S A, é apelado SESVESP

Leia mais

CIRCULAR N/REFª: 85/2015 DATA: 06/10/2015

CIRCULAR N/REFª: 85/2015 DATA: 06/10/2015 CIRCULAR N/REFª: 85/2015 DATA: 06/10/2015 Assunto: Regimes jurídicos do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), do Mecanismo Equivalente (ME ) e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT) Exmos.

Leia mais

Uma globalização consciente

Uma globalização consciente Uma globalização consciente O apelo a uma globalização mais ética tornou se uma necessidade. Actores da globalização como as escolas, devem inspirar por estes valores às responsabilidades que lhes são

Leia mais

Discurso de Sua Excelência o Governador do Banco de Cabo Verde, no acto de abertura do XIII Encontro de Recursos Humanos dos Bancos Centrais dos

Discurso de Sua Excelência o Governador do Banco de Cabo Verde, no acto de abertura do XIII Encontro de Recursos Humanos dos Bancos Centrais dos Discurso de Sua Excelência o Governador do Banco de Cabo Verde, no acto de abertura do XIII Encontro de Recursos Humanos dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa 24 e 25 de Março de 2011 1 Senhor

Leia mais

Discurso do Sr. Governador do BCV, Dr. Carlos Burgo, no acto de abertura do Seminário sobre Bureau de Informação de Crédito

Discurso do Sr. Governador do BCV, Dr. Carlos Burgo, no acto de abertura do Seminário sobre Bureau de Informação de Crédito Discurso do Sr. Governador do BCV, Dr. Carlos Burgo, no acto de abertura do Seminário sobre Bureau de Informação de Crédito Câmara do Comércio, Industria e Serviços de Sotavento Praia, 16 de Julho de 2009

Leia mais

INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. Eng. Mário Lino. Cerimónia de Abertura do WTPF-09

INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. Eng. Mário Lino. Cerimónia de Abertura do WTPF-09 INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Eng. Mário Lino Cerimónia de Abertura do WTPF-09 Centro de Congressos de Lisboa, 22 de Abril de 2009 (vale a versão

Leia mais

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Ponto de situação em 31 de Outubro de 2007 As listas de consumidores com direito à restituição de caução foram

Leia mais

Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra.

Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra. Senhor Representante de Sua Excelência o Presidente da República, General Rocha Viera, Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra.

Leia mais

PARECER N.º 28/CITE/2005

PARECER N.º 28/CITE/2005 PARECER N.º 28/CITE/2005 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 do artigo 45.º do Código do Trabalho e dos artigos 79.º e 80.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 26 FH/2005 I OBJECTO

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Mantido pelo acórdão nº 34/10, de 17/12/10, proferido no recurso nº 14/10 Não transitado em julgado ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Processo nº 187/2010 I OS FACTOS 1. O Município de Gondomar remeteu,

Leia mais

AGÊNCIA DE REGULAÇÃO ECONÓMICA MODELO DE GOVERNAÇÃO

AGÊNCIA DE REGULAÇÃO ECONÓMICA MODELO DE GOVERNAÇÃO MODELO DE GOVERNAÇÃO Praia, 07 de Julho de 2009 João Renato Lima REGULAÇÃO EM CABO VERDE De acordo com Constituição da República revista em 2002, cabe ao Estado regular o mercado e a actividade económica

Leia mais

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO APROVADO PELO CONSELHO DISTRITAL DE LISBOA DA ORDEM DOS ADVOGADOS NO ÂMBITO DO REGULAMENTO N.º 52-A/2005 DO CONSELHO GERAL A formação e avaliação têm

Leia mais

X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS. 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro

X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS. 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro Permitam-me uma primeira palavra para agradecer à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas pelo amável convite que

Leia mais

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 CRESCE O DESEMPREGO E O NUMERO DE DESEMPREGADOS SEM DIREITO A SUBSIDIO DE DESEMPREGO, E CONTINUAM A SER ELIMINADOS DOS FICHEIROS

Leia mais

PARECER N.º 142/CITE/2013

PARECER N.º 142/CITE/2013 PARECER N.º 142/CITE/2013 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora grávida, por extinção de posto de trabalho, nos termos do n.º 1 e da alínea c) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

A NOVA REDUÇÃO DAS COMPENSAÇÕES ASSOCIADAS À CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO LEI N.º 69/2013, DE 30 DE AGOSTO

A NOVA REDUÇÃO DAS COMPENSAÇÕES ASSOCIADAS À CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO LEI N.º 69/2013, DE 30 DE AGOSTO 19 de setembro 2013 A NOVA REDUÇÃO DAS COMPENSAÇÕES ASSOCIADAS À CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO LEI N.º 69/2013, DE 30 DE AGOSTO 1. REGRAS GERAIS A Lei n.º 69/2013, de 30 de agosto, estabeleceu uma nova

Leia mais

CONCEITO DE ESTRATEGIA

CONCEITO DE ESTRATEGIA CONCEITO DE ESTRATEGIA O termo estratégia deriva do grego stratos (exército) e agein (conduzir). O strategos era o que conduzia o exercito, isto é, o general, o comandante-chefe, o responsável pela defesa

Leia mais

Parecer. Conselheiro/Relator: Maria da Conceição Castro Ramos

Parecer. Conselheiro/Relator: Maria da Conceição Castro Ramos Parecer Projeto de Decreto-Lei que procede à revisão do regime jurídico da habilitação profissional para a docência dos educadores e professores dos ensinos básico e secundário Conselheiro/Relator: Maria

Leia mais

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc Ficha Informativa 3 Março 2015 Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS Quais são os serviços

Leia mais

APFN - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMÍLIAS NUMEROSAS

APFN - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMÍLIAS NUMEROSAS Excelentíssimo Senhor Provedor de Justiça A Associação Portuguesa das Famílias Numerosas, com sede Rua 3A à Urbanização da Ameixoeira, Área 3, Lote 1, Loja A, Lisboa, vem, nos termos do artigo 23º, n.º

Leia mais

PARECER N.º 26/CITE/2007

PARECER N.º 26/CITE/2007 PARECER N.º 26/CITE/2007 Assunto: Direito ao gozo de férias após licença por maternidade Processo n.º 147 QX/2006 I OBJECTO 1.1. Em 20 de Novembro de 2006, a CITE recebeu da funcionária do, com a categoria

Leia mais

OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO.

OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. José Alberto Couto Maciel Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. Não me parece que com o tempo deverá perdurar na relação de emprego o atual contrato de trabalho,

Leia mais

PARECER N.º 403/CITE/2015

PARECER N.º 403/CITE/2015 PARECER N.º 403/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação

27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação 27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação Os Estados signatários da presente Convenção: Desejosos de estabelecer disposições comuns sobre a lei aplicável aos

Leia mais

Princípios de Responsabilidade Social. Codes of Conduct. Rheinmetall AG

Princípios de Responsabilidade Social. Codes of Conduct. Rheinmetall AG Princípios de Responsabilidade Social Codes of Conduct da Rheinmetall AG Outubro de 2003 - 2 - Princípios de Responsabilidade Social da Rheinmetall AG (Codes of Conduct) Preâmbulo A Rheinmetall AG reconhece

Leia mais

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite que a FCT me dirigiu para

Leia mais

Senhor Presidente. Senhoras e Senhores Deputados. Senhoras e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente. Senhoras e Senhores Deputados. Senhoras e Senhores Membros do Governo Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhoras e Senhores Membros do Governo O actual momento de crise internacional que o mundo atravessa e que, obviamente, afecta a nossa Região, coloca às

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 207/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 207/XII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 207/XII Exposição de Motivos 1 - O Programa do XIX Governo Constitucional assenta num novo paradigma de políticas que através da adoção de um conjunto extenso de reformas estruturais,

Leia mais

O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012

O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 27 de Fevereiro de 2012 O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 Introdução O Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de Fevereiro, que regula a execução do Orçamento do Estado para 2012, aprovado

Leia mais

III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES. Sessão de Abertura

III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES. Sessão de Abertura III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES Sessão de Abertura A regulação e supervisão da actividade seguradora e de fundos de pensões Balanço, objectivos e estratégias futuras É com

Leia mais

Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores

Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores I Traços gerais da figura do privilégio creditório (art.ºs 733.º a 753.º do Código Civil) 1. Espécies: em função da natureza

Leia mais

Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários

Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários RELATÓRIO FINAL DA CONSULTA PÚBLICA DA AGMVM SOBRE A PROPOSTA DE REFORMA DO CÓDIGO DE MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS 1. Introdução No presente documento procede-se à análise das respostas recebidas no

Leia mais

Dinâmicas de transformação das relações laborais em Portugal, DGERT, Colecção Estudos * Autora - Prof.ª Doutora Conceição Cerdeira

Dinâmicas de transformação das relações laborais em Portugal, DGERT, Colecção Estudos * Autora - Prof.ª Doutora Conceição Cerdeira Dinâmicas de transformação das relações laborais em Portugal, DGERT, Colecção Estudos * Autora - Prof.ª Doutora Conceição Cerdeira Este Livro corresponde à publicação da Dissertação de Doutoramento da

Leia mais

Por Uma Questão de Igualdade

Por Uma Questão de Igualdade Por Uma Questão de Igualdade Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhoras e Senhores membros do Governo Nos últimos 5 anos a Juventude Socialista tem vindo a discutir o direito ao Casamento

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

PARECER N.º 63/CITE/2009

PARECER N.º 63/CITE/2009 PARECER N.º 63/CITE/2009 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 e da alínea c) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro Processo n.º 376 DG-E/2009

Leia mais

ENTENDENDO O TRABALHO TEMPORÁRIO NO BRASIL

ENTENDENDO O TRABALHO TEMPORÁRIO NO BRASIL ENTENDENDO O TRABALHO TEMPORÁRIO NO BRASIL Marcos Abreu Diretor Jurídico da Asserttem Presidente do Grupo Employer marcos@employer.com.br HISTÓRIA DO TRABALHO TEMPORÁRIO Para entender o trabalho temporário

Leia mais

SEMINÁRIO A EMERGÊNCIA O PAPEL DA PREVENÇÃO

SEMINÁRIO A EMERGÊNCIA O PAPEL DA PREVENÇÃO SEMINÁRIO A EMERGÊNCIA O PAPEL DA PREVENÇÃO As coisas importantes nunca devem ficar à mercê das coisas menos importantes Goethe Breve Evolução Histórica e Legislativa da Segurança e Saúde no Trabalho No

Leia mais

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO. A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, doravante designado por OTOC, pessoa

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO. A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, doravante designado por OTOC, pessoa PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO Entre A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, doravante designado por OTOC, pessoa coletiva n.º 503692310 com sede na Av.ª Barbosa du Bocage, 45 em LISBOA, representado pelo seu

Leia mais

Senhor Presidente e Senhores Juízes do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, Senhores Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal Administrativo,

Senhor Presidente e Senhores Juízes do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, Senhores Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal Administrativo, Intervenção do Presidente do Supremo Tribunal Administrativo Conselheiro Manuel Fernando dos Santos Serra por altura da visita de uma Delegação do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias Supremo

Leia mais

Licenciatura em Comunicação Empresarial

Licenciatura em Comunicação Empresarial Resumo Este artigo tem como objectivo principal fazer uma breve análise da comunicação do pessoal-mix de uma organização, as vantagens de uma boa comunicação entre os mais variados sectores de actividade

Leia mais

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

A evolução do conceito de liderança:

A evolução do conceito de liderança: A evolução do conceito de liderança: um bolo feito de camadas Departamento de Economia, Sociologia e Gestão Licenciatura em Gestão, 3º Ano, 2º semestre, 2011-2012 Liderança e Gestão de Equipas Docentes:

Leia mais

Ética no exercício da Profissão

Ética no exercício da Profissão Titulo: Ética no exercício da Profissão Caros Colegas, minhas Senhoras e meus Senhores, Dr. António Marques Dias ROC nº 562 A nossa Ordem tem como lema: Integridade. Independência. Competência. Embora

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2 REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2 O Decreto-Lei n.º 28/2008 publicado em Diário da República, 1ª série, Nº 38, de 22 de Fevereiro de 2008, que criou os agrupamentos de Centros

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

Direito do Trabalho no Tempo

Direito do Trabalho no Tempo Direito do Trabalho no Tempo Mario Paiva DIREITO DO TRABALHO NO TEMPO Art. 2. A lei só dispõe para o futuro, não tem efeitos retroativos Código Civil Francês de 1804 A norma jurídica tem eficácia limitada

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º; 18º. Intermediação - em crédito à habitação; leasing imobiliário; conta empréstimo; crédito automóvel; produtos estruturados; leasing equipamentos e

Leia mais

Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra

Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra A PROIBIÇÃO DA DESPEDIDA ARBITRÁRIA NAS LEGISLAÇÕES NACIONAIS: UMA PERSPECTIVA DE DIREITO COMPARADO * Halton Cheadle ** Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra para mim estar

Leia mais

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1 Eficácia é o poder que tem as normas e os atos jurídicos para a conseqüente produção de seus efeitos jurídicos próprios. No sábio entendimento do mestre

Leia mais

Algumas vantagens da Teoria das Descrições Definidas (Russel 1905)

Algumas vantagens da Teoria das Descrições Definidas (Russel 1905) Textos / Seminário de Orientação - 12 de Março de 2005 - Fernando Janeiro Algumas vantagens da Teoria das Descrições Definidas (Russel 1905) Assume-se que o objecto de uma teoria semântica é constituído

Leia mais

INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS?

INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS? INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS? HOTEL TIVOLI LISBOA, 18 de Maio de 2005 1 Exmos Senhores ( ) Antes de mais nada gostaria

Leia mais

PALAVRAS DO GOVERNADOR TASSO JEREISSATI POR OCASIÃO DA ABERTURA DO SEMINÁRIO "LIDERANÇA JOVEM NO SECULO XXI", AOS 07/03/2002 ~j 2902 03-0~/02

PALAVRAS DO GOVERNADOR TASSO JEREISSATI POR OCASIÃO DA ABERTURA DO SEMINÁRIO LIDERANÇA JOVEM NO SECULO XXI, AOS 07/03/2002 ~j 2902 03-0~/02 PALAVRAS DO GOVERNADOR TASSO JEREISSATI POR OCASIÃO DA ABERTURA DO SEMINÁRIO "LIDERANÇA JOVEM NO SECULO XXI", AOS 07/03/2002 ~j 2902 03-0~/02 Excelentíssimo Senhor Enrique Ig lesias, Presidente do Banco

Leia mais

Leis do Trabalho Tudo o que precisa de saber, 2.ª edição

Leis do Trabalho Tudo o que precisa de saber, 2.ª edição Leis do Trabalho Tudo o que precisa de saber, 2.ª edição Atualização online II A entrada em vigor da Lei n. 76/2013, de 7 de novembro (que estabelece um novo regime de renovação extraordinária dos contratos

Leia mais

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa.

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa. DOCUMENTO DE CONSULTA: COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA (2011-2014) 1 Direitos da Criança Em conformidade com o artigo 3.º do Tratado da União Europeia, a União promoverá os

Leia mais

Parecer: Direito do Trabalho / transmissão de estabelecimento

Parecer: Direito do Trabalho / transmissão de estabelecimento Hugo Tavares e Patrícia Ferreira Parecer: Direito do Trabalho / transmissão de estabelecimento VERBO jurídico VERBO jurídico Parecer: Direito do trabalho e transmissão de estabelecimento : 2 Parecer: Direito

Leia mais

PARECER N.º 81/CITE/2012

PARECER N.º 81/CITE/2012 PARECER N.º 81/CITE/2012 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

Julho 2009 IRECTIVA 2008/48/CE? QUEM GANHA COM A TRANSPOSIÇÃO DA DIRECTIVA

Julho 2009 IRECTIVA 2008/48/CE? QUEM GANHA COM A TRANSPOSIÇÃO DA DIRECTIVA Julho 2009 A LOCAÇÃO FINANCEIRA E O NOVO REGIME DOS CONTRATOS DE CRÉDITO A CONSUMIDORES: QUEM GANHA COM A TRANSPOSIÇÃO DA DIRECTIVA IRECTIVA 2008/48/CE? Para impressionar um potencial cliente numa reunião

Leia mais

memmolde Norte: uma contribuição para a salvaguarda da memória colectiva da indústria de moldes do Norte de Portugal

memmolde Norte: uma contribuição para a salvaguarda da memória colectiva da indústria de moldes do Norte de Portugal memmolde Norte: uma contribuição para a salvaguarda da memória colectiva da indústria de moldes do Norte de Portugal Nuno Gomes Cefamol Associação Nacional da Indústria de Moldes MEMMOLDE NORTE As rápidas

Leia mais

15-02-12 - Vão mudar regras aplicáveis aos despedimentos

15-02-12 - Vão mudar regras aplicáveis aos despedimentos 15-02-12 - Vão mudar regras aplicáveis aos despedimentos Esperam-se para breve alterações ao regime de cessação do contrato de trabalho por motivos objetivos, por via da proposta de lei que aguarda aprovação

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

RICARDO JORGE PINTO: «O jornalista vai perder o monopólio da informação»

RICARDO JORGE PINTO: «O jornalista vai perder o monopólio da informação» RICARDO JORGE PINTO: «O jornalista vai perder o monopólio da informação» José Lapa 3º Ano do Curso de Comunicação Social Ricardo Jorge Pinto, Director do Expresso para a região norte, veio à ESEV proferir

Leia mais

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim.

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim. INTRODUÇÃO LIVRO: ECONOMIA E SOCIEDADE DIEGO FIGUEIREDO DIAS Olá, meu caro acadêmico! Bem- vindo ao livro de Economia e Sociedade. Esse livro foi organizado especialmente para você e é por isso que eu

Leia mais

DIREITO AO ESQUECIMENTO NA INTERNET / / LIBERDADE DE INFORMAÇÃO (CASO PORTUGUÊS)

DIREITO AO ESQUECIMENTO NA INTERNET / / LIBERDADE DE INFORMAÇÃO (CASO PORTUGUÊS) DIREITO AO ESQUECIMENTO NA INTERNET / / LIBERDADE DE INFORMAÇÃO (CASO PORTUGUÊS) Cartagena das Índias, 15 de Outubro de 2013 Carlos Campos Lobo Índice Enquadramento Direito ao esquecimento Quadro normativo

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835 Directriz de Revisão/Auditoria 835 Abril de 2006 Certificação do Relatório Anual sobre os Instrumentos de Captação de Aforro Estruturados (ICAE) no Âmbito da Actividade Seguradora Índice INTRODUÇÃO 1 4

Leia mais