CURSO DE FORMAÇÃO DE MOTOCICLISTA/2015

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1 PROCESSO Nº: AGRAVO DE INSTRUMENTO RELATÓRIO 1. Trata-se de AGTR interposto por PAULO HENRIQUE OLIVEIRA LIMA contra decisão do douto Juiz Federal da 17a. Vara da Subseção Judiciária de Petrolina/PE, que indeferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela meritória, em que o ora agravante requeria que lhe fosse assegurado o direito de prosseguir com a realização CURSO DE FORMAÇÃO DE MOTOCICLISTA/2015, que ocorreu no dia 09 de novembro de 2015, determinando que a Coordenação de Ensino da PRF aceitasse como válido o seu Teste de Aptidão Física (TAF) , conforme resultado publicado no edital nº 22/14 e no Boletim de Serviço nº 21 de 15 de agosto de 2014 ou que se procedesse à remarcação de novo TAF em razão de ausência de desídia e má-fé de sua parte, estando este à disposição da Coordenação para a sua execução, ou, alternativamente, que fosse determinada a imediata suspensão do referido curso, a fim de que a questão seja sanada ou, em pedido sucessivo (art. 289 do CPC), em face da verossimilhança das alegações frente aos documentos anexados, fosse-lhe reservada a vaga até a decisão de mérito (Id ). 2. Alega o agravante, em apertada síntese, que deixou de participar do TAF porque se encontrava de férias, havendo expressa vedação editalícia nesse sentido. Assevera, ainda, que os exercícios físicos e as tabelas de pontuações, cobrados no TAF , são exatamente os mesmos exigidos para lograr aprovação no certame em questão, sendo plenamente justificável, como também medida de direito, a utilização dos resultados do TAF Em decisão interlocutória, contra a qual não foi interposto recurso, esta relatoria negou o pedido de antecipação da tutela recursal. 4. Contrarrazões da União. 5. É o que havia de relevante para relatar.

2 PROCESSO Nº: AGRAVO DE INSTRUMENTO VOTO 1. Pretende o recorrente que lhe seja assegurado o direito de prosseguir com a realização CURSO DE FORMAÇÃO DE MOTOCICLISTA/2015, que se realizou no dia 09 de novembro de Adoto os fundamentos expostos quando da análise do pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal. Ei-los: Não se vislumbra a presença do fumus boni iuris, dado não constar das regras editalícias regentes do TAF qualquer impedimento para a sua realização em relação a servidores que se encontrem em gozo de férias. Vejamos os requisitos previstos no edital 01/2015 para se submeter ao mencionado exame: 5.1. Ser voluntário Ser servidor ativo do quadro de pessoal; 5.3. Não estar em gozo de licença médica, de licenças previstas nos arts. 18 e 81 da Lei 8.112/90 durante a realização do TAF ; 5.4. Não estar cumprindo pena administrativa ou penal durante o período de realização dos testes do TAF ; 5.5. Inscrever-se tempestivamente, conforme estabelecido neste Edital; 5.6. Observar o que vier a ser regulamentado pela CGRH/DG no que tange ao Programa de Educação Física Institucional.

3 Apenas haveria o impedimento suso mencionado para a participação no Processo Seletivo para o Curso de Formação de Motociclista PRF CFMT/2015, cujo edital 058/2015, em seu item 4.6, assim prevê: 4. DOS REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO 4.6. Não se encontrar em gozo de férias, de licença médica, de quaisquer licenças previstas no artigo 81 da Le 8.112/90, não estar cumprindo pena de suspensão decorrente de punição administrativa disciplinar ou pena privativa de liberdade, durante a realização do curso; Pretende, ainda, o ora recorrente, que lhe seja concedida a possibilidade de utilizar seus resultados obtidos no TAF Ocorre, contudo, que o edital 01/2015 expressamente prevê que, após o resultado final do TAF , os resultados obtidos no TAF não terão validade conforme previsto no item 9.1 do Edital 14/14 - COEN. Está-se a ver, portanto, que conceder a tutela de urgência nos moldes em que fora pleiteada, implicaria verdadeira ofensa ao princípio da isonomia, violando, ainda, as regras editalícias do TAF e do processo seletivo em questão. Assim, ausente o fumus boni iuris, torna-se despicienda a análise da presença do periculum in mora. 3. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO agravo de instrumento. 4. É como voto. PROCESSO Nº: AGRAVO DE INSTRUMENTO

4 EMENTA AGTR. ADMINISTRATIVO. PARTICIPAÇÃO EM CURSO DE MOTOCICLISTAS PROMOVIDO PELA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL. OBEDIÊNCIA ÀS REGRAS EDITALÍCIAS. RECURSO IMPROVIDO. 1. Não consta das regras editalícias regentes do TAF qualquer impedimento para a sua realização em relação a servidores que se encontrem em gozo de férias. 2. Os requisitos previstos no edital 01/2015 para se submeter ao mencionado exame são: 5.1. Ser voluntário; 5.2. Ser servidor ativo do quadro de pessoal; 5.3. Não estar em gozo de licença médica, de licenças previstas nos arts. 18 e 81 da Lei 8.112/90 durante a realização do TAF ; 5.4. Não estar cumprindo pena administrativa ou penal durante o período de realização dos testes do TAF ; 5.5. Inscrever-se tempestivamente, conforme estabelecido neste Edital; 5.6. Observar o que vier a ser regulamentado pela CGRH/DG no que tange ao Programa de Educação Física Institucional. 3. Apenas haveria o impedimento suso mencionado para a participação no Processo Seletivo para o Curso de Formação de Motociclista PRF CFMT/2015, cujo edital 058/2015, em seu item 4.6, assim prevê: DOS REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO: 4.6. Não se encontrar em gozo de férias, de licença médica, de quaisquer licenças previstas no artigo 81 da Le 8.112/90, não estar cumprindo pena de suspensão decorrente de punição administrativa disciplinar ou pena privativa de liberdade, durante a realização do curso. 4. Pretende, ainda, o ora recorrente, que lhe seja concedida a possibilidade de utilizar seus resultados obtidos no TAF Ocorre, contudo, que o edital 01/2015 expressamente prevê que, após o resultado final do TAF , os resultados obtidos no TAF não terão validade conforme previsto no item 9.1 do Edital 14/14 - COEN. 5. Está-se a ver, portanto, que conceder a tutela de urgência nos moldes em que fora pleiteada, implicaria verdadeira ofensa ao princípio da isonomia, violando, ainda, as regras editalícias do TAF e do processo seletivo em questão. 6. Agravo de instrumento improvido.

5 Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima mencionadas, ACORDAM os Desembargadores Federais da Primeira Turma do TRF da 5a. Região, por unanimidade, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório, voto e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam fazendo parte do presente julgado.