Responsabilidade civil ex delicto (a influência da sentença penal no juízo da reparação)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Responsabilidade civil ex delicto (a influência da sentença penal no juízo da reparação)"

Transcrição

1 Uni FMU Curso de Direito Responsabilidade civil ex delicto (a influência da sentença penal no juízo da reparação) Camila Prado Sérgio RA: Turma: 319-B Telefone: (11) / São Paulo 2004

2 Camila Prado Sérgio Monografia apresentada à Banca Examinadora do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel de Direito sob a orientação do professor Jorge Shiguemitsu Fujita.

3 São Paulo 2004 Banca Examinadora Prof. Orientador: 3

4 Jorge Shiguemitsu Fujita Prof. Argüidor: Prof. Argüidor: Sumário Introdução...1 Capítulo A responsabilidade civil Histórico Conceito Pressupostos da responsabilidade civil Conduta do agente

5 Ocorrência de dano Relação de causalidade Culpa ou dolo do agente Causas de exclusão da responsabilidade civil Caso fortuito e força maior Culpa exclusiva da vítima O fato de terceiro Estado de necessidade Legítima defesa Estrito cumprimento do dever legal

6 Exercício regular de direito Cláusula de irresponsabilidade ou de não indenizar Prescrição Responsabilidade subjetiva e responsabilidade objetiva Responsabilidade contratual e extracontratual Responsabilidade civil e responsabilidade penal...22 Capítulo Unidade da jurisdição e interação entre as jurisdições penal e civil...28 Capítulo Sistemas processuais para reparação

7 3.1. Sistema brasileiro...31 Capítulo Responsabilidade civil ex delicto...34 Capítulo Sentença penal condenatória e seus reflexos no juízo da reparação Requisitos para execução civil da sentença penal condenatória..41 Capítulo Medidas processuais adequadas Suspensão do curso da ação civil Problemas advindos da propositura simultânea de ambas as ações: penal e civil

8 6.3. Legitimidade ativa e passiva Legitimidade ativa Legitimidade passiva Competência Liquidação...62 Capítulo Sentença penal absolutória Causas que ensejam absolvição Quando provada a inexistência do fato (inciso I) Não haver prova da existência do fato (inciso II)

9 Não constituir o fato infração penal (inciso III) Não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal (inciso IV) Não existir prova suficiente para a condenação (inciso VI) Existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena (inciso V) Antijuridicidade Culpabilidade Reconhecimento da extinção da punibilidade, arquivamento do inquérito policial e perdão judicial...75 Capítulo

10 Prescrição da reparação...78 Capítulo Eficácia civil na esfera criminal...80 Considerações finais...82 Bibliografia

11 Sinopse Um mesmo ato ilícito pode originar responsabilidades em órbitas distintas. Para que haja responsabilidade penal necessário se faz que o ato praticado seja típico e antijurídico (sendo a culpabilidade requisito apenas para aplicação da pena). Já para caracterizar a responsabilidade civil é preciso que deste ato advenha dano, existindo nexo causal entre a conduta e o prejuízo auferido, além da culpa por parte do ofensor (via de regra). Diante de tal fato e atentando-se às exceções à regra que dispõe acerca da independência entre as duas responsabilidades, investigamos os mecanismos postos a disposição da vítima, caso necessite fazer valer seu direito à reparação decorrente de infração penal da qual se originou o dano. Estabelece a lei duas possibilidades, competindo ao ofendido, ou ingressar com ação civil reparatória independentemente de estar ou não em andamento ação penal, ou, aguardar a prolação de sentença penal condenatória, que transitada em julgado constitui título hábil a ensejar reparação. Advindo sentença penal absolutória estará obstruída ou não a via reparatória, o que se afere através da análise do fundamento da absolvição. Demais questões relativas ao tema e de suma importância foram abordadas no desenvolver do trabalho, competindo ao leitor explorá-las. 11

12 Dedico este trabalho a Deus que me deu o dom da vida e à minha avó querida que sempre me incentivou e continuará eternamente viva em meu coração. 12

13 Agradecimentos: Ao professor Jorge Shiguemitsu Fujita pelas orientações de grande valia bem como pela sua paciência e disposição em me auxiliar; À minha mãe querida, por todo seu apoio, amor e dedicação; Ao meu amado pai, pelo seu estímulo e por todo seu empenho em me garantir os estudos; Aos meus irmãos adorados por me tolerarem, mesmo quando eu estava intolerável. Aos meus familiares pelo voto de confiança depositado em mim; Ao meu namorado, como não poderia deixar de ser, pelo seu incessante incentivo, compreensão e companheirismo. 13

14 Introdução O presente trabalho procurou elevar a atenção do leitor para o fato de que a prática de um ato ilícito pode originar, ao mesmo tempo, responsabilidade penal e responsabilidade civil. Partindo da premissa de que a vida do homem deve correr imune de qualquer lesão aos seus direitos, foram abordados os mecanismos processuais existentes para possibilitar ao ofendido ver ressarcidos os danos advindos de uma infração penal, quais sejam: intentar desde logo, ação civil reparatória (independentemente da existência de ação penal em andamento) ou aguardar o deslinde da ação penal, para advindo sentença condenatória, após seu trânsito em julgado, realizar a respectiva execução no âmbito civil. Nos adentramos, portanto, às situações em que há independência entre as responsabilidades civil e penal, princípio este apregoado pelo artigo 935 do Código Civil, bem como, e principalmente, às situações em que há interação entre tais responsabilidades. Procuramos de início situar o leitor no campo da responsabilidade civil, traçando seu conceito, características, classificação e causas que a excluem. Posteriormente, destacamos as diferenças existentes entre ambas as responsabilidades (civil e penal), sobretudo, salientando o princípio da autonomia relativa que recai sobre elas. 14

15 Partimos à análise da responsabilidade civil ex delicto, propriamente dita, responsabilidade esta decorrente do dano que advém da prática de delito, ressaltando suas principais características, e tecendo comentários acerca da influência da sentença penal condenatória e absolutória no juízo da reparação. Ademais, uma vez tendo descoberto que a sentença penal condenatória transitada em julgado é título executivo apto a ensejar reparação, passamos a verificar questões relativas à legitimidade, competência, liquidação, prescrição, além de outras, para que, efetivamente, seja satisfeito o direito concernente ao lesado, sem que ocorram frustrações. Destacamos ainda, durante o desenvolver do assunto, que a doutrina e a jurisprudência nem sempre são pacíficas com relação a algumas questões que envolvem o campo da reparação ex delicto, dessa forma, procuramos sempre apontar a posição majoritária e minoritária existentes, a fim de que possamos refletir e nos posicionar frente às divergências existentes. Sem pretensões de esgotar o assunto relativo ao tema desenvolvido, tendo em vista sua complexidade e extensão, o trabalho procurou focar os principais aspectos que norteiam o assunto atinente à reparação civil ex delicto, de forma clara, séria e, atenta, sobretudo, ao que dispõe a legislação atual. 15

16 Capítulo 1. A responsabilidade civil 1.1. Histórico Nos primórdios da humanidade não havia a noção de Direito e o Dano sofrido provocava uma reação instintiva e rudimentar, não se cogitando, até então, a idéia de culpa 1. Vigorava o princípio da vingança coletiva, consistente na reação por parte de determinado grupo comunitário contra aquele que ocasionasse algum dano a qualquer de seus membros. Durante o processo evolutivo, surge o princípio da vingança privada, onde o próprio ofendido buscava a satisfação do dano ocasionado contra si, numa reação conhecida por fazer justiça com as próprias mãos. Tratava-se de uma reação espontânea, natural e porque não dizer selvagem, de reagir ao mal sofrido. Com o passar do tempo, ocorrera o aparecimento da pena de talião, ou seja, olho por olho, dente por dente 2, chegando-se à conclusão de que o ofensor deveria sofrer o mesmo dano causado ao ofendido, portanto, a vítima tinha o direito de retaliação. 1 Carlos Roberto Gonçalves, Responsabilidade civil, p José Aguiar Dias, Da Responsabilidade civil, p

17 Advém, num terceiro momento, o período da composição. O homem começou a perceber as vantagens decorrentes de uma compensação econômica. Esta passou a ser, então, a forma de se obter a reintegração do dano sofrido, que ficava ao alvitre da vítima, sem se cogitar ainda sobre a existência de culpa 3. Posteriormente, instituiu-se a composição compulsória e tarifada para solucionar o problema do dano. A composição deixou de ser facultativa. O legislador regulamentou seu uso, não sendo mais permitido fazer justiça com as próprias mãos. É a época do Código de Ur Nammu, do Código de Manu e da Lei das XII Tábuas. É desse modo que o Estado trouxe para si, e com exclusividade, a prerrogativa da punição. Assim, quem quer que fosse lesado, para ver-se ressarcido de seu prejuízo, teria que, obrigatoriamente, recorrer à tutela estatal. Somente ao tempo dos romanos é que se observou a existência de diferenciação entre pena e reparação, com a distinção dos delitos públicos e dos delitos privados. Os primeiros eram caracterizados pela maior gravidade, e a pena pecuniária imposta deveria ser recolhida aos cofres públicos. Já os privados agrupavam delitos menos graves, que tinham a pena em espécie destinada à vítima. 3 Carlos Roberto Gonçalves, Responsabilidade civil, p

18 Com a Lex Aquilia chega-se, finalmente, a um princípio norteador da responsabilidade civil, originando o conceito de culpa aquiliana como atualmente se conhece, já que, até então, não existiam regras uniformes a respeito da matéria 4. A primeira legislação a tratar da responsabilidade civil no Brasil foi o Código Criminal de 1830, o qual trouxe em seu bojo regras que disciplinavam a apreciação de casos de responsabilidade civil, estabelecendo, quando possível, a reparação natural, bem como a garantia da indenização pelo dano sofrido, dentre outros institutos que visavam à satisfação do mal acarretado pelo dano ocasionado ao ofendido. O Código Penal de 1890, por sua vez, não trouxe qualquer inovação de relevo para o desenvolvimento da matéria, limitando-se a reproduzir as regras já constantes no Código Criminal do Império. O Código Civil brasileiro de 1916 mostrou-se insuficiente para resolver o problema da responsabilidade civil, haja vista os avanços de nossa sociedade que tornaram algumas de suas regras obsoletas. Deve-se à doutrina e à jurisprudência a evolução da disciplina da responsabilidade civil durante este tempo de estagnação, não se podendo olvidar da contribuição trazida ao tema por alguns diplomas legislativos tais como os incisos V, X, XXIV, LXXV do artigo 5º, bem como o artigo 37, 6º, todas da Constituição Federal de 1988 e o 4 José Aguiar Dias, Da Responsabilidade, p

19 Código de Defesa do Consumidor que, por sua vez, também tratou da responsabilidade civil, de forma a garantir o ressarcimento de danos advindos de defeitos nos produtos e serviços. Com o advento do Código Civil atual, algumas alterações importantes ocorreram no tocante ao assunto em questão. Manteve-se a responsabilidade subjetiva como regra, porém ampliaram-se as possibilidades de aplicação da responsabilidade objetiva. Isto, pois, além dos casos previstos em lei, será ela aplicada também quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para o direito de outrem. É o que dispõe o artigo 927 do Código vigente. Constata-se, de plano, que a inovação trazida pelo ordenamento jurídico pátrio constante da segunda parte do aludido dispositivo ( atividade de risco ), é demasiadamente abrangente, transferindo-se para a jurisprudência a conceituação de atividade de risco no caso concreto, o que fatalmente maximizará a gama de casos de dano indenizável, sem culpa, levados à apreciação do Poder Judiciário Conceito A responsabilidade civil, conforme já visto, desenvolveu-se juntamente com a história da humanidade, sendo atualmente inconcebível 19

20 imaginar a vida em sociedade sem a segurança que daquela advém. Encontra-se embasada em alguns princípios, os quais surgiram da regra romana consubstanciada no neminem laedere, que significa, no vernáculo, não lesar ninguém. Segundo Carlos Roberto Gonçalves, o vocábulo responsabilidade é proveniente do latim re-spondere, ensejando a idéia de segurança ou garantia da restituição ou compensação de um bem sacrificado, significando, portanto, o dever de recompor, a obrigação de restituir ou ressarcir 5. De Plácido e Silva leciona que o termo responsabilidade significa:... obrigação de responder por alguma coisa. Quer significar, assim, a obrigação de satisfazer ou executar o ato jurídico que se tenha convencionado, ou a obrigação de satisfazer a prestação ou de cumprir o fato atribuído ou imputado à pessoa por determinação legal. 6 Para Serpa Lopes,... a responsabilidade é a obrigação de reparar um dano, seja por decorrer de uma culpa ou de outra circunstância legal que a justifique, como a culpa presumida, ou por uma circunstância meramente objetiva. 7 5 Responsabilidade civil, p Vocabulário jurídico, p Curso de direito civil, p

21 Ainda, preleciona Silvio Rodrigues que... a responsabilidade é a obrigação que pode incumbir uma pessoa a reparar o prejuízo causado a outra por fato próprio, ou por fato de pessoas ou coisas que dela dependam. 8 Conforme se afere, a palavra responsabilidade pode assumir vários significados. Do ponto de vista jurídico, esforçam -se os doutrinadores em traçar um conceito único e ideal para sua definição. Mas, não há divergências no tocante a relacionar a idéia de responsabilidade ao atributo decorrente da produção de um dano. Do conceito extraído da obra de De Plácido e Silva, verificamos que dano... derivado do latim DAMNUM, genericamente, significa todo o mal ou ofensa que tenha uma pessoa causado a outrem, da qual possa resultar uma deterioração ou destruição à coisa dele ou um prejuízo a seu patrimônio. Juridicamente, dano é, usualmente, tomado no sentido do efeito que produz: é o prejuízo causado, em virtude de ato de outrem, que vem causar diminuição patrimonial. 9 Em termos modernos e à luz da Constituição Federal, artigo 5º, inciso V, o conceito de dano é largo e abrangente, atingindo três esferas, uma vez que prevê o ressarcimento em caso de dano moral, dano material e dano à imagem. 8 Direito civil- responsabilidade civil, p.4 9 Vocabulário jurídico, p

22 Na realidade, não podemos nos desater ao fato de que a teoria da responsabilidade está intimamente relacionada a dois atributos que compõem a essência do ser humano. São eles a liberdade de escolha e de discernimento, contrapondo-se a responsabilidade que recai automaticamente sobre seus atos (ações) e omissões. Do exposto, afere-se que a principal conseqüência da execução de um ato ilícito constitui-se na obrigação de reparar o dano imposto à vítima, de forma a restabelecer a situação anteriormente existente ou, sendo isto impossível, compensando-a pelo infortúnio ocasionado pela ocorrência do fato. Donde se conclui que a responsabilidade civil é, pois, parte integrante do Direito das Obrigações Pressupostos da responsabilidade civil Estabelece o artigo 186 do Código Civil, in verbis: Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imperícia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Ainda, dispõe o artigo 927 do mesmo diploma legal que, advindo do ato ilícito dano, fica o causador deste obrigado a repará-lo. 22

23 Da análise dos artigos supra citados evidenciamos a existência de quatro elementos essenciais da responsabilidade civil, quais sejam, a conduta do agente, a ocorrência de dano, nexo causal entre a conduta e o dano, além da culpa ou dolo do agente Conduta do agente A conduta do agente pode exteriorizar-se através da ação ou omissão. Para que haja relevância jurídica, gerando obrigação de indenizar é necessário que a conduta da qual deriva o dano seja voluntária. Pode a responsabilidade derivar de ato próprio, de ato de terceiro que esteja sob a guarda do agente ( as hipóteses encontram-se elencadas no artigo 932 do Código Civil ) e ainda de danos causados por coisas e animais que lhe pertençam. Neste último caso, a responsabilidade é, em regra, objetiva, ou seja, independe da prova de culpa Ocorrência de dano 23

24 Para que seja possível se falar em responsabilidade civil, é necessário que a vítima do ato tenha com ele sofrido um dano, caso contrário caracterizaria o enriquecimento ilícito. O dano, já anteriormente conceituado, caracteriza-se no abalo sofrido pela vítima, o qual pode ocasionar-lhe um prejuízo de ordem econômica, consistindo no dano patrimonial ou pode acarretar-lhe repercussão apenas de ordem psíquica, consubstanciando-se, então, no dano moral. Cabe ressaltar que de acordo com o Código Civil atual, ao contrário do que ocorria no anterior, a obrigação de indenizar decorre, pois, de existência de violação de direito e do dano, concomitantemente 10. Ademais, mesmo que haja violação de um dever jurídico e que tenha havido culpa ou dolo, por parte do infrator, nenhuma indenização será devida se não se verificar a ocorrência de prejuízo Relação de causalidade Faz-se necessário, para caracterizar a responsabilidade, a relação de causa e efeito entre a ação ou omissão do agente e o dano verificado Carlos Roberto Gonçalves, Responsabilidade civil, p Ibidem, p

25 Havendo o dano, mas este não sendo proveniente do comportamento do agente não há que se falar em relação de causalidade, muito menos em responsabilidade civil. Suponhamos que alguém transitasse com seu veículo de forma correta e por uma via permitida e de repente adentrasse à sua frente uma pessoa com intuito de suicidar-se. Neste caso, não há meios de se cogitar responsabilidade civil por parte do motorista, uma vez que não decorreram da sua conduta os danos causados. A vítima foi, como se vê, a responsável exclusiva pelo evento Culpa ou dolo do agente A questão da culpa e do dolo está relacionada à conduta do agente. Toda conduta voluntária ou é dirigida à produção do resultado ou pode se dar pela inobservância de um dever de cuidado. A lei em alguns casos presume a culpa e em outros, torna sua prova desnecessária. No entanto, a regra geral impõe para obtenção da reparação do dano, que a vítima prove o dolo ou a culpa stricto sensu por parte do agente. 25

26 Esclarece-nos Silvio Rodrigues que,... no dolo, o resultado danoso, afinal alcançado, foi deliberadamente procurado pelo agente, ele desejava causar o dano e seu comportamento realmente o causou. 12 Já a conduta culposa, esclarece Carlos Roberto Gonçalves,... implica a violação de um dever de diligência, ou, em outras palavras, a violação do dever de previsão de certos fatos ilícitos e de adoção de medidas capazes de evitá-los. 13 A culpa pode exteriorizar-se de três formas. Através da imprudência (caracteriza-se pela prática de ato perigoso), da negligência (trata-se da ausência de precaução, o agente deixa de fazer algo imposto pela norma jurídica) ou em último caso, através da imperícia (consubstanciada na falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão). Ainda no tocante a este assunto, existem três graus de culpa, a culpa grave (onde embora o indivíduo não tenha tido intenção de causar o dano, comportou -se como se o tivesse querido), a culpa leve (sendo caracterizada pela falta de diligência média que um homem normal observa em sua conduta) e por fim, a culpa levíssima (onde a falta escaparia ao padrão médio mas um olhar mais atencioso a teria evitado) Responsabilidade civil, p Responsabilidade civil, p Rui Stoco, Tratado de responsabilidade civil, p

27 1.4. Causas de exclusão da responsabilidade civil Há certos acontecimentos em que, na sua ocorrência, fica o agente desvencilhado da obrigação de reparar o dano.vejamos Caso fortuito e força maior O artigo 393, parágrafo único, do Código Civil, define ambas expressões da seguinte forma: O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. Embora o próprio texto legal não faça distinção entre o caso fortuito e a força maior, grande parte da doutrina se encarrega de traçar diferenças. Assim, para os doutrinadores decorre a força maior de acontecimentos naturais, tais como: raios, terremotos, inundações, ao passo que, ao definir caso fortuito, em seu conceito, está embutida a idéia de ação humana, como no caso de greves, guerras e outros. São requisitos para caracterizar essas duas situações 15 : 1. O fato deve ser necessário, ou seja, não determinado por culpa do devedor ( se há culpa não há caso fortuito); 15 Nesse sentido: Carlos Roberto Gonçalves, Responsabilidade civil, p. 737; Rui Stoco, Tratado de responsabilidade civil, p

28 2. O fato deve ser superveniente e inevitável; 3. O fato deve ser irresistível, fora do alcance do poder humano. Suponhamos que um raio rompa os fios de alta tensão e alguém neles esbarra vindo a falecer. Nesse caso a empresa fornecedora de energia elétrica não será a responsável. A menos que informada do evento não sane rapidamente o problema. Na realidade, tal situação exclui a responsabilidade, pois rompe a relação de causalidade, entre o ato do agente e o dano sofrido pela vítima Culpa exclusiva da vítima Se o fato gerador do dano advier de conduta da vítima, sem qualquer ingerência de outrem, não há que se falar em responsabilidade, porquanto inexiste causalidade. A culpa da vítima só exime de responsabilidade quando o evento danoso for ocasionado unicamente por ela. Tratando-se de culpa concorrente, o valor da indenização pode vir a ser reduzido O fato de terceiro 28

29 Em regra, a obrigação de reparar o dano sofrido pela vítima deve ser suportada pelo seu causador direto. Ocorre, porém, que no mundo dos fatos, nem sempre o causador direto do dano é o responsável pela superveniência do evento danoso. Suponhamos que um motorista dirigindo de forma prudente viesse a atropelar alguém que é empurrado na calçada para a via de circulação de veículos.o fato de terceiro consubstancia-se na idéia de que, embora exista a atitude do agente e o dano, há também a intervenção do terceiro, a qual exclui o nexo causal, posto que sem ela o fato danoso não adviria. Entende-se por terceiro qualquer pessoa além da vítima e do lesado. 16 É necessário que o ato de terceiro seja a causa exclusiva do prejuízo e que venha revestido de duas características: a imprevisibilidade e a inevitabilidade. Somente assim, desaparecerá a relação de causalidade entre a ação ou a omissão do agente e o dano Estado de necessidade Os artigos 188, inciso II, 929 e 930 do Código Civil, versam sobre o estado de necessidade. Dispõe o primeiro que não constitui ato ilícito a 16 Rui Stoco, Tratado de responsabilidade civil, p

30 deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. E complementa o parágrafo primeiro que o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. Porém, embora a lei declare que o ato praticado em estado de necessidade não é ato ilícito, nem sempre libera quem o pratica de reparar o prejuízo que causou, isto porque, o artigo 929 do mesmo diploma legal estabelece que se o dono da coisa destruída ou deteriorada não for culpado do perigo, terá direito de ser indenizado. Entretanto, se o perigo adveio por culpa de terceiro, terá o autor do dano ação regressiva em face daquele. É o que preceitua o art 930 do Código Civil. O Código Civil atual contempla também, ao contrário do que ocorria com o Código Civil anterior, a figura do estado de necessidade em relação aos danos causados às pessoas Legítima defesa O artigo 188, inciso I, do Código Civil, estabelece que não constitui ato ilícito o praticado em legítima defesa. 30

31 Utiliza-se para conceituar a legítima defesa, a definição trazida pelo Código Penal em seu artigo 25. Assim, só ocorre tal excludente quando presentes os seguintes pressupostos: 1. A agressão, devendo esta partir de outrem não sendo provocada pelo causador do dano; 2. Deve a agressão ser atual ou iminente; 3. A reação deve ser proporcional à agressão. Somente a legítima defesa real, praticada contra o agressor, impede a ação de ressarcimento de danos. Entretanto, se o agente por erro na execução (aberratio ictus), atinge pessoa diversa da que provocou a agressão, nesse caso terá o dever de arcar com a indenização. 17 Porém, a lei lhe assegura ação regressiva contra o injusto ofensor. É o que prevê o parágrafo único do artigo 930 do Código Civil. A legítima defesa putativa (onde a agressão não é real mas sim imaginária) também não exime o réu de indenizar o dano, pois somente exclui a culpabilidade e não a antijuridicidade do ato Estrito cumprimento do dever legal 17 Carlos Roberto Gonçalves, Responsabilidade civil, p

32 A lei civil, em seu artigo 188, inciso I, também estabelece que exclui-se a responsabilidade civil daquele que estiver agindo nos exatos termos do dever legal. Assim, punem-se os abusos. São exemplos desta situação, a prisão em flagrante realizada por autoridade policial, o despejo autorizado por mandado judicial e cumprido por intermédio do oficial de justiça, além de outras situações. Nos casos em que o agente é exonerado da responsabilidade pelos danos causados, a vítima, muitas vezes, consegue obter o ressarcimento do Estado, já que, nos termos do artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal, as pessoas jurídicas de direito público responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. O Estado apenas terá ação regressiva em face do agente responsável, se este tiver agindo com dolo ou culpa, caso contrário estará o agente amparado pela excludente do estrito cumprimento do dever legal Exercício regular de direito O fundamento desta causa de isenção de responsabilidade civil, prevista na lei civil em seu artigo 188, inciso I, encontra-se no provérbio: quem usa de um direito seu não causa dano a ninguém. 18 Ibidem, p

33 São exemplos: prisão em flagrante por particular, intervenções médicas, prática de esportes violentos, e outros. Porém, ressalta Rui Stoco que... o indivíduo, no exercício de seu direito, deve conter-se no âmbito da razoabilidade. Se o excede, embora o esteja exercendo, causa um mal desnecessário e injusto e equipara o seu comportamento ao ilícito. 19 Portanto, a conduta deve ser moderada, o excesso gerará responsabilidade civil Cláusula de irresponsabilidade ou de não indenizar Caracteriza-se por ser o acordo de vontades pelo qual fica estipulado que determinada parte não será responsável por eventuais danos causados decorrentes de inexecução, ou de execução inadequada do contrato. Muito se discute acerca da validade ou não de tal cláusula, porém é certo que a mesma não será admitida em matéria delitual, pois seu domínio se restringe à responsabilidade contratual Prescrição 19 Tratado de responsabilidade civil, p

34 Uma vez prescrita a pretensão à reparação de danos, inviabilizada fica a possibilidade de recebimento de indenização, vez que extingue-se a responsabilidade do agente causador do dano. Maiores detalhes acerca da prescrição serão tecidos no decorrer do trabalho. objetiva 1.5. Responsabilidade subjetiva e responsabilidade A culpa poderá ou não ser levada em consideração para determinar o dever de indenização. Isto, pois, estabelece o Código Civil atual, como regra, a responsabilidade subjetiva, ou seja aquela baseada na idéia de culpa. A responsabilidade do agente apenas restará configurada quando o mesmo tiver agido com dolo ou culpa stricto sensu. Todavia, a lei impõe a determinadas pessoas o dever de indenizar, mesmo se o dano não advier de culpa do agente. Neste caso, fala-se em responsabilidade objetiva, ou seja, basta existir dano e o nexo de causalidade entre a conduta do agente e o prejuízo causado para surgir o dever de indenizar. Nos casos de responsabilidade objetiva, não se exige prova da culpa do agente, para que o mesmo seja obrigado a reparar. Pode ser ela em alguns 34

35 casos presumida e em outros, totalmente prescindível, visto fundar-se a responsabilidade no risco da atividade desenvolvida Responsabilidade contratual e extracontratual A obrigação de indenizar o prejuízo causado a alguém pode derivar de contrato entre as partes ou não. Quando a pessoa for compelida a arcar com os prejuízos decorrentes de obrigação contratual, estaremos diante de responsabilidade contratual, prevista no artigo 389 do Código Civil. Porém, não derivando a responsabilidade de contrato, diz-se que ela é extracontratual ou aquiliana, prevista no artigo 186 do mesmo diploma legal. Trata-se da responsabilidade derivada de ilícito. Assim, estaremos diante da responsabilidade extracontratual quando o agente infringir um dever legal com a prática de ato ilícito, e diante da responsabilidade contratual, quando for descumprido o pactuado Responsabilidade civil e responsabilidade penal 20 Ibidem, p Ibidem, p

36 A responsabilidade jurídica se cinde em responsabilidade penal e responsabilidade civil, possuindo cada qual seus caracteres diferenciais. 22 Uma mesma ação ou omissão pode acarretar a responsabilidade civil do agente, ou apenas a responsabilidade penal. Ainda, é possível que ocorra uma terceira hipótese, qual seja, o indivíduo ser responsabilizado civil e penalmente pela mesma conduta. E é esta situação que será investigada ao longo do trabalho proposto. Embora haja peculiaridades concernentes à esfera civil e à esfera penal no tocante à responsabilidade, há algo comum entre elas: o fato gerador. Isto, pois, tanto a responsabilidade penal quanto a responsabilidade civil derivam da prática de ato ilícito (uma vez que estamos tratando da responsabilidade extracontratual). Este, por sua vez, caracteriza-se no descompasso, na contrariedade existente entre a conduta e a norma jurídica. Na definição de Maria Helena Diniz,... o ato ilícito constitui uma ação (comissão ou omissão), imputável ao agente, danosa para o lesado e contrária à ordem jurídica. 23 Ademais, o ilícito penal não apresenta diferença substancial do ilícito civil. Ambos importam conduta voluntária (culposa ou dolosa)contrária à 22 Nesse sentido: Rui Stoco, Tratado de responsabilidade civil, p. 92; Maria Helena Diniz, Curso de direito civil brasileiro, p Curso de direito civil brasileiro, p

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil 7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida

Leia mais

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado Conceito Responsabilidade Civil do Estado é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de responsabilidade extracontratual

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. RESPONSABILIDADE CIVIL É A OBRIGAÇÃO QUE INCUMBE A ALGUÉM DE

Leia mais

O Dano Moral no Direito do Trabalho

O Dano Moral no Direito do Trabalho 1 O Dano Moral no Direito do Trabalho 1 - O Dano moral no Direito do Trabalho 1.1 Introdução 1.2 Objetivo 1.3 - O Dano moral nas relações de trabalho 1.4 - A competência para julgamento 1.5 - Fundamentação

Leia mais

A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL

A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL SÍLVIO DE SALVO VENOSA 1 Para a caracterização do dever de indenizar devem estar presentes os requisitos clássicos: ação ou omissão voluntária, relação

Leia mais

Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa).

Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Pressupostos da responsabilidade civil subjetiva: 1) Ato ilícito; 2) Culpa; 3) Nexo causal; 4) Dano. Como já analisado, ato ilícito é a conduta voluntária

Leia mais

Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades Administrador Administrador é a pessoa a quem se comete a direção ou gerência de qualquer negócio ou serviço, seja de caráter público ou privado,

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010.

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição de certidões judiciais e dá outras providências. O PRESIDENTE DO CONSELHO

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 25/05/2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV Procedimento Sumaríssimo (Lei 9.099/95) - Estabelece a possibilidade de conciliação civil,

Leia mais

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL

O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL Gustavo de Oliveira Santos Estudante do 7º período do curso de Direito do CCJS-UFCG. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4207706822648428 Desde que o Estado apossou-se

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº DE 2011

PROJETO DE LEI Nº DE 2011 PROJETO DE LEI Nº DE 2011 Altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, a Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 e a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º O art. 4º

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL O ordenamento jurídico pátrio, em matéria ambiental, adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, prevista tanto no art. 14, parágrafo 1º da Lei 6.938/81

Leia mais

Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica.

Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica. Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica. Art. 14, parágrafo 3º, II do Código de Defesa do Consumidor e art. 5º da Resolução ANEEL nº 61. Responsabilidade

Leia mais

Direito Penal Emerson Castelo Branco

Direito Penal Emerson Castelo Branco Direito Penal Emerson Castelo Branco 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME a) material: Todo fato humano que lesa ou expõe a perigo

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO

RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL DECORRENTE DE ACIDENTES DE TRABALHO Constituição Federal/88 Art.1º,III A dignidade da pessoa humana. art.5º,ii

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015) Acrescenta inciso V ao art. 141 do Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro

Leia mais

O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE

O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS RELATIVAS ÀS FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I- promover,

Leia mais

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Omissão de Notificação da Doença DIREITO PENAL - Omissão de Notificação de Doença CP. Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho. M. J. Sealy

Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho. M. J. Sealy Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho O Conceito de Acidente de Trabalho (de acordo com a Lei 8.213/91 Art. 19) Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço

Leia mais

Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP

Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP PRÁTICA MÉDICA A prática médica se baseia na relação médicopaciente,

Leia mais

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC 2014) QUESTÃO 54 Analise as seguintes assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil: I. A legítima defesa de terceiro não atua como

Leia mais

Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito.

Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito. Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito. Ordem jurídica: estabelece deveres positivos (dar ou fazer alguma coisa) e negativos

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO COMENTADO DIREITO PENAL Título II Do Crime 1. (CESPE / Defensor DPU / 2010) A responsabilidade penal do agente nos casos de excesso doloso ou culposo

Leia mais

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR A punição administrativa ou disciplinar não depende de processo civil ou criminal a que se sujeite também o servidor pela mesma falta, nem obriga

Leia mais

GUIA DE ESTUDOS INSS NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO FÁBIO RAMOS BARBOSA

GUIA DE ESTUDOS INSS NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO FÁBIO RAMOS BARBOSA DIREITO ADMINISTRATIVO Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. Organização

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso CONTRATO DE TRABALHO Empregado Preso Muitas dúvidas surgem quando o empregador toma conhecimento que seu empregado encontra-se preso. As dúvidas mais comuns são no sentido de como ficará o contrato de

Leia mais

1. PRINCÍPIOS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS art. 62 da Lei 9.009/95 2. OBJETIVOS DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

1. PRINCÍPIOS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS art. 62 da Lei 9.009/95 2. OBJETIVOS DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Princípios dos Juizados Especiais Criminais PONTO 2: Objetivos PONTO 3: Competência PONTO 4: Fase Policial PONTO 5: Fase Judicial PONTO 6: Recursos PONTO 7: Atos

Leia mais

O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS

O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS Elaborado em 08.2006 Vitor Vilela Guglinski Assessor de juiz, especialista em Direito do Consumidor em Juiz de Fora (MG). A elaboração

Leia mais

O EXERCÍCIO OBRIGATÓRIO DO DIREITO DE REGRESSO

O EXERCÍCIO OBRIGATÓRIO DO DIREITO DE REGRESSO Novos Temas da Responsabilidade Civil Extracontratual das Entidades Públicas O EXERCÍCIO OBRIGATÓRIO DO DIREITO DE REGRESSO Instituto de Ciências Jurídico-Políticas Faculdade de Direito da Universidade

Leia mais

Na prática, não há distinção entre objeção substancial e processual.

Na prática, não há distinção entre objeção substancial e processual. Turma e Ano: Direito Público I (2013) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 22 Professor: Edward Carlyle Monitora: Carolina Meireles (continuação) Exceções No Direito Romano, exceção era no sentido amplo

Leia mais

Direito Processual Civil III

Direito Processual Civil III Direito Processual Civil III»Aula 7 Petição Inicial Pedido parte 1 Petição Inicial Pedido VI Petição inicial Pedido 1 Petição inicial - sem a petição inicial não se estabelece a relação processual tem

Leia mais

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE É sabido - e isso está a dispensar considerações complementares - que a pessoa jurídica tem vida distinta da dos seus sócios e administradores.

Leia mais

29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS. Fraiburgo Santa Catarina

29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS. Fraiburgo Santa Catarina 29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS Fraiburgo Santa Catarina A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar o dano moral ou patrimonial

Leia mais

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de constitucionalidade Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: há diversas modalidades de controle de constitucionalidade previstas no direito brasileiro.

Leia mais

RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE

RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE compilações doutrinais RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE Carlos Barbosa Ribeiro ADVOGADO (BRASIL) VERBOJURIDICO VERBOJURIDICO

Leia mais

Responsabilidade Civil de Provedores

Responsabilidade Civil de Provedores Responsabilidade Civil de Provedores Impactos do Marco Civil da Internet (Lei Nº 12.965, de 23 abril de 2014) Fabio Ferreira Kujawski Modalidades de Provedores Provedores de backbone Entidades que transportam

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS Atividade de intermediação de negócios imobiliários relativos à compra e venda e locação Moira de Toledo Alkessuani Mercado Imobiliário Importância

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PROJETO DE LEI N o 3.847, DE 2012 (Apensados os PLs nº 5.158, de 2013, e nº 6.925, de 2013) Institui a obrigatoriedade de as montadoras de veículos,

Leia mais

GOUVÊA FRANCO ADVOGADOS

GOUVÊA FRANCO ADVOGADOS O DIREITO DE REGRESSO DO INSS: ACIDENTES DE TRABALHO E A LEI Nº 8.213/91 Introdução: Recentemente, por todo o Brasil, constata-se na Justiça Federal o crescente aumento de ações regressivas propostas pelo

Leia mais

SEGuRO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PROFISSIONAL

SEGuRO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PROFISSIONAL J u r i s p r u d ê n c i a d o s C o n s e l h o s SEGuRO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PROFISSIONAL Parecer n.º 12/PP/2009-G Relator Dr. Marcelino Pires I. Introdução A Sra. Dra.... vem solicitar parecer

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL NA SUPERVISÃO DOS FUNDOS DE PENSÃO. Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2015

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL NA SUPERVISÃO DOS FUNDOS DE PENSÃO. Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2015 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL NA SUPERVISÃO DOS FUNDOS DE PENSÃO Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2015 1 RESPONSABILIDADES TRIPARTITES RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA RESPONSABILIDADE CIVIL

Leia mais

PARECER N, DE 2009. RELATOR: Senador FLEXA RIBEIRO

PARECER N, DE 2009. RELATOR: Senador FLEXA RIBEIRO PARECER N, DE 2009 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em decisão terminativa, sobre o PLS n 260, de 2003, de autoria do Senador Arthur Virgílio, que altera art. 13 da Lei nº 8.620, de 5

Leia mais

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual.

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual. PROCESSO FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO FORMAÇÃO DO PROCESSO- ocorre com a propositura da ação. Se houver uma só vara, considera-se proposta a ação quando o juiz despacha a petição inicial; se houver

Leia mais

1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na

1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na 1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na qual este reivindicava a propriedade do veículo adquirido

Leia mais

Responsabilidade Civil nas Atividades Empresariais. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Responsabilidade Civil nas Atividades Empresariais. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Responsabilidade Civil nas Atividades Empresariais Para Reflexão Ao indivíduo é dado agir, em sentido amplo, da forma como melhor lhe indicar o próprio discernimento, em juízo de vontade que extrapola

Leia mais

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Anne Karoline ÁVILA 1 RESUMO: A autora visa no presente trabalho analisar o instituto da consignação em pagamento e sua eficácia. Desta

Leia mais

REGISTRO DE CASAMENTO DE MORTO

REGISTRO DE CASAMENTO DE MORTO REGISTRO DE CASAMENTO DE MORTO Elaborado em Anderson Evangelista Pós-graduado em Direito Privado pela UGF/CEPAD Bacharel em Direito pela UNESA Professor e palestrante de Direito de Família Colunista do

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

PROVA ORAL PONTO II DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1

PROVA ORAL PONTO II DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1 DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1 Discorra sobre a utilização da usucapião como instrumento de defesa em ações petitórias e possessórias. DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 2 Considere que um indivíduo,

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais

SOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome

SOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome Sociedade Limitada I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome II a limitação refere-se aos sócios 2. Responsabilidade dos Sócios I - Decreto 3.708/19 (sociedade

Leia mais

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Teoria Geral das Obrigações Objetivos A presente aula tem por objetivo apresentar a teoria geral das obrigações iniciando-se com um breve relato sobre o Direito das Obrigações, seguindo-se para os elementos

Leia mais

MEDIDAS ASSECURATÓRIAS

MEDIDAS ASSECURATÓRIAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS Graciel Marques Tarão Assessor do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás 1. Introdução Inicialmente é preciso contextualizar o tema na Legislação Processual Penal. Dessa forma, o

Leia mais

A p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca

A p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca Aspectos Jurídicos na Ventilação Mecânica Prof. Dr. Edson Andrade Relação médico-paciente Ventilação mecânica O que é a relação médico-paciente sob a ótica jurídica? Um contrato 1 A ventilação mecânica

Leia mais

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR 1 - A autorização para que crianças e adolescentes passem as festas de final de

Leia mais

AULA 01. Direito Civil, vol.4, Silvio Rodrigues, editora Saraiva.

AULA 01. Direito Civil, vol.4, Silvio Rodrigues, editora Saraiva. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Responsabilidade Civil / Aula 01 Professora: Andréa Amim Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 01 CONTEÚDO DA AULA: Bibliografia. Estrutura da Responsabilidade

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

Prova Objetiva Disciplina: Direito Civil

Prova Objetiva Disciplina: Direito Civil ALT. C GAB. 1 GAB. 2 GAB. 3 GAB. 4 QUESTÃO 68 81 16 8 Alegam os recorrentes que a questão comporta várias alternativas erradas, pois contraria dispositivo constitucional (art. 5 o., inciso XXXI) e infraconstitucional,

Leia mais

Introdução ao Estudo da Responsabilidade Civil

Introdução ao Estudo da Responsabilidade Civil Introdução ao Estudo da Responsabilidade Civil Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Civil IVI Publicação no semestre 2014.1 no curso de Direito. Autor: Vital Borba

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.966, DE 2004 Modifica a Lei nº 9.609, de 1998, que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador. Autor:

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

A previsibilidade legal da evicção consiste numa garantia de segurança do adquirente.

A previsibilidade legal da evicção consiste numa garantia de segurança do adquirente. 12 - EVICÇÃO O termo evicção traduz idéia de perda, ser vencido, perder e ocorre quando o adquirente de um bem perde a posse e a propriedade do mesmo em virtude de ato judicial ou administrativo que reconhece

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070510020004/PR RELATORA : Juíza Andréia Castro Dias RECORRENTE : LAURO GOMES GARCIA RECORRIDO : UNIÃO FAZENDA NACIONAL V O T O Dispensado o relatório, nos termos

Leia mais

Código de Ética. Capítulo 1 - DEFINIÇÕES PRELIMINARES

Código de Ética. Capítulo 1 - DEFINIÇÕES PRELIMINARES Código de Ética Considerando que: O Estatuto Social da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, ASSESPRO NACIONAL, estabelece a existência de um Código de Ética a ser observado

Leia mais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Convidado para Diretor Sem Fronteiras Dr. Lodi Maurino Sodré Comissão indicou para os Grupos de Trabalhos e demais Comissões. A questão está na aplicação

Leia mais

CONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc)

CONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc) Artigo 186, do Código Civil: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. CONTRATUAL

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 003 II. Aplicação da Lei Penal... 005 III. Teoria Geral do Crime... 020 IV. Concurso de Crime... 027 V. Teoria do Tipo... 034 VI. Ilicitude...

Leia mais

AÇÃO CIVIL PÚBLICA Valor de Mercado

AÇÃO CIVIL PÚBLICA Valor de Mercado AÇÃO CIVIL PÚBLICA Valor de Mercado Resumo: Tomamos a iniciativa de relatar este caso, dado seu interesse e relevância para o segmento segurador, além do significado para os consumidores de seguros, especialmente

Leia mais

- Espécies. Há três espécies de novação:

- Espécies. Há três espécies de novação: REMISSÃO DE DÍVIDAS - Conceito de remissão: é o perdão da dívida. Consiste na liberalidade do credor em dispensar o devedor do cumprimento da obrigação, renunciando o seu direito ao crédito. Traz como

Leia mais

Marco Civil da Internet

Marco Civil da Internet Marco Civil da Internet Tendências em Privacidade e Responsabilidade Carlos Affonso Pereira de Souza Professor da Faculdade de Direito da UERJ Diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) @caffsouza

Leia mais

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADMINISTRADORES:

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADMINISTRADORES: RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADMINISTRADORES: E A CORPORATE GOVERNANCE MARIA DA CONCEIÇÃO CABAÇOS ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL DO MINHO 18 de Novembro de 2015 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Para que os

Leia mais

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início.

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 08 Professora: Ana Paula Vieira de Carvalho Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 08 CONTEÚDO DA AULA: Teorias da (cont). Teoria social

Leia mais

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Resultado Nexo de causalidade Tipicidade RESULTADO Não basta existir uma conduta. Para que se configure o crime é necessário

Leia mais

Responsabilidade Civil

Responsabilidade Civil Responsabilidade Civil Trabalho de Direito Civil Curso Gestão Nocturno Realizado por: 28457 Marco Filipe Silva 16832 Rui Gomes 1 Definição: Começando, de forma, pelo essencial, existe uma situação de responsabilidade

Leia mais

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Civil IVI Publicação no semestre 2014.1 no curso de Direito. Autor: Vital Borba

Leia mais

EXERCÍCIOS ATO INFRACIONAL.

EXERCÍCIOS ATO INFRACIONAL. EXERCÍCIOS ATO INFRACIONAL. 1.José foi inserido em medida sócio-educativa de internação, com prazo indeterminado. Durante o cumprimento da medida sócio-educativa, já tendo completado dezoito anos, praticou

Leia mais

1. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS NATUREZA DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS:... DIFERENCIAÇÃO ENTRE SEQUESTRO E ARRESTO:... 2. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS EM ESPÉCIE

1. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS NATUREZA DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS:... DIFERENCIAÇÃO ENTRE SEQUESTRO E ARRESTO:... 2. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS EM ESPÉCIE 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Medidas Assecuratórias PONTO 2: Medidas Assecuratórias em Espécie PONTO 3: Sequestro PONTO 4: Arresto 1. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS NATUREZA DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS:... DIFERENCIAÇÃO

Leia mais

SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL. Autoridade Central Administrativa Federal/SDH

SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL. Autoridade Central Administrativa Federal/SDH A CONVENÇÃO SOBRE OS ASPECTOS CIVIS DO SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL Autoridade Central Administrativa Federal/SDH Considerações Gerais A Convenção foi concluída em Haia,

Leia mais

Prescrição da pretensão punitiva

Prescrição da pretensão punitiva PRESCRIÇÃO PENAL 1 CONCEITO É o instituto jurídico mediante o qual o Estado, por não fazer valer o seu direito de punir em determinado tempo, perde o mesmo, ocasionando a extinção da punibilidade. É um

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina)

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina) PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina) Cria isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas beneficiárias de ações de cunho previdenciário e assistencial. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1 Eficácia é o poder que tem as normas e os atos jurídicos para a conseqüente produção de seus efeitos jurídicos próprios. No sábio entendimento do mestre

Leia mais

Trabalho suplementar e Banco de horas

Trabalho suplementar e Banco de horas Trabalho suplementar e Banco de horas INTRODUÇÃO Sem grandes considerações jurídicas acerca do Direito do Trabalho, é consabido que esta é uma área que se encontra muito próxima do indivíduo, desenvolvendo-se,

Leia mais

CÓDIGO CIVIL. Livro III. Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III. Dos Atos Ilícitos

CÓDIGO CIVIL. Livro III. Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III. Dos Atos Ilícitos CÓDIGO CIVIL Livro III Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III Dos Atos Ilícitos Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br O Princípio da Legalidade na Administração Pública Heletícia Oliveira* 1. INTRODUÇÃO O presente artigo tem como objeto elucidar, resumidamente, a relação do Princípio da Legalidade

Leia mais

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Legitimidade ativa (Pessoas relacionadas no art. 103 da

Leia mais

DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO por Jackson Domenico e Ana Ribeiro - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA

DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO por Jackson Domenico e Ana Ribeiro - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO por Jackson Domenico e Ana Ribeiro - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA A responsabilidade civil tem como objetivo a reparação do dano causado ao paciente que

Leia mais