Tema da Aula: Semiologia do Aparelho Respiratório. Autor(es): Marta Araújo e Mauro Pereira. Equipa Correctora: Zara Soares

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Tema da Aula: Semiologia do Aparelho Respiratório. Autor(es): Marta Araújo e Mauro Pereira. Equipa Correctora: Zara Soares"

Transcrição

1 Anotadas do 4º Ano 2007/08 Data: 21/12/2007 Disciplina: Pediatria Teórica Prof.: Dr.ª Teresa Bandeira Tema da Aula: Semiologia do Aparelho Respiratório Autor(es): Marta Araújo e Mauro Pereira Equipa Correctora: Zara Soares Esquema da aula: 1- Constituição e função do sistema respiratório 2- Diferenças anatómicas do Sistema Respiratório na criança 3- História Clínica 4- Semiologia do Aparelho Respiratório em Pediatria 5- Exame Objectivo: 5.1. Inspecção/Palpação 5.2. Auscultação 6- Equipamento e Recursos Técnicos em Pediatria Bibbiografia: Anotada de Semiologia do Aparelho Respiratório Diapositivos da aula 1

2 1- CONSTITUIÇÃO E FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO A função do sistema respiratório (SR) é assegurar as trocas gasosas entre o ambiente e o organismo. O sistema respiratório é um conjunto de estruturas e mecanismos efectores cujo funcionamento integrado permite que as trocas gasosas se efectuem adequadamente. Os efectores deste sistema são: - SNC - Caixa torácica - Vias de condução aérea extra e intra-torácicas - Barreira alvéolo-capilar (a nível do pulmão) Qualquer patologia a um destes níveis (mais frequentemente nas vias aéreas e pulmão) provoca falência das trocas gasosas e determina insuficiência respiratória. 2

3 2- DIFERENÇAS ANATÓMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO NA CRIANÇA Fundamentalmente respiradores nasais (50% da resistência aérea): Até aos 6 meses de idade, as crianças são exclusivamente respiradores nasais, pelo que, quando têm obstrução nasal têm grande dificuldade respiratória e só se apercebem da capacidade de respiração oral quando choram por se sentirem sem ar. Antes dos 2 anos são fundamentalmente respiradores nasais. A respiração nasal é a principal responsável pela resistência das vias aéreas (cerca de 50% da resistência), daí que nas crianças haja maior resistência à circulação do ar (nas vias superiores). Palato mole maior Adenóides de maiores dimensões O palato mole e os adenóides de maiores dimensões (hipertrofia dos adenóides) condicionam uma cavidade bucal mais reduzida, criando um obstáculo à progressão aérea na respiração oral. A hipertrofia dos adenóides é considerada fisiológica na idade pré-escolar (dos 2 aos 6 anos) e, pelo facto de causar uma procidência na parede posterior da faringe, 50% da resistência das vias aérea localiza-se a este nível (o fluxo aéreo é inversamente proporcional à quarta potência do raio do lúmen por onde ele passa). 3

4 Trompas de Eustáquio mais horizontalizadas Favorece a ocorrência de otites médias agudas. Laringe em posição mais elevada Como consequência as crianças engasgam-se mais. Se examinarmos a orofaringe de uma criança com 2-3 anos, conseguimos ver a epiglote, o que não acontece no adulto Menor calibre das vias aéreas O menor calibre das vias aéreas na criança explica que, para um obstáculo equivalente nas vias aéreas, o aporte de oxigénio seja menor nas crianças do que nos adultos, o que traduz em consequências mais graves na criança. Menor suporte cartilagíneo Vai traduzir-se numa diminuição da compliance da caixa torácica e das vias aéreas. Isto significa que há uma maior tendência para ocorrer colapso da via aérea, com compromisso importante da inspiração, principalmente em esforço. Caixa torácica mais arredondada A caixa torácica da criança é mais arredondada que a do adulto: as costelas e o diafragma são mais horizontais e o esterno é mais cartilagíneo, o que torna a caixa torácica menos expansível, diminuindo a capacidade de mobilização torácica, a capacidade respiratória e resistência ao esforço. 4

5 DESENVOLVIMENTO PULMONAR: O esquema anterior ilustra bem a complexidade do desenvolvimento pulmonar. É a partir das 24 semanas que começa a ser produzido o surfactante pulmonar, pelos pneumócitos tipo II, que tem como função impedir o colapso pulmonar durante a inspiração. E, tendo em conta que a viabilidade do pulmão é dada pela presença de surfactante, é a partir desta altura que é possível fazer sobreviver um bebé prematuro. No entanto, ás 28 semanas, o pulmão ainda se encontra numa fase préalveolar (como se pode ver na figura), ou seja, ainda não se desenvolveram os alvéolos pulmonares. Um prematuro com esta idade vai, por este motivo, desenvolver uma doença designada por pulmão de prematuridade, porque estes defeitos vão prolongar-se por toda a vida, tendo, obviamente, como consequências, restrições da função pulmonar. No que respeita ao surfactante pulmonar, deve salientar-se que, desde o século passado estão disponíveis surfactantes exógenos, que tentam 5

6 ultrapassar a prematuridade pulmonar nos bebés nascidos antes das 24 semanas. Contudo, apesar de se poder administrar surfactante exógeno, o não desenvolvimento de alvéolos é incontornável, como já foi explicado. Só a partir das 36 semanas se inicia a fase alveolar. O pulmão é um órgão plástico e com grande capacidade de regeneração e o seu desenvolvimento completo só acontece aos 2 anos, podendo prolongar-se até cerca dos 7. SEGMENTAÇÃO PULMONAR: Poros de Kohn Canais de Lambert Os poros de Kohn permitem a comunicação colateral entre alvéolos e bronquíolos. Assim, em caso de obstrução, estes poros permitem a ventilação da área obstruída, o que constitui uma vantagem. No entanto, em caso de infecção, vão também permitir a sua disseminação, isto é, impedem a circunscrição de infecções numa determinada área. Os poros de Kohn só se formam a partir dos 2 anos de idade, o que justifica o facto de as crianças mais pequenas apresentarem predominantemente broncopneumonias, ou seja, um padrão infeccioso com vários focos difusamente dispersos. Este padrão é condicionado pela existência de um mecanismo infeccioso inalatório. Nas crianças a partir dos 2 anos a infecção dissipa-se pelos poros de Kohn, condicionando um padrão mais regular/segmentar da pneumonia. 6

7 Enquanto que no adulto e na criança a partir dos 2 anos, a obstrução bronquiolar não inutiliza a unidade respiratória devido à existência de circulação aérea paralela, na criança mais nova isto não acontece, diminuindo a área de trocas gasosas, pelo que, mais facilmente se desenvolve dificuldade respiratória e intolerância ao esforço. 3- HISTÓRIA CLÍNICA É fundamental conhecer o comportamento respiratório normal dos diversos grupos etários para que a semiologia da doença possa ser devidamente valorizada. A abordagem do doente inicia-se pela colheita cuidada da História Clínica. É muito importante caracterizar a doença quanto à sua forma de apresentação, duração, condições em que apareceu, factores de alívio/agravamento da sintomatologia e resposta à terapêutica. Assim, os dados recolhidos na história clínica visam: 1) Identificar a patologia respiratória; 2) Estabelecer qual é o problema para a criança e para os pais, isto é, a duração dos sintomas (patologia aguda ou crónica) e a causa imediata de recorrência ao serviço de saúde; 3) No caso de patologia crónica já identificada, saber qual o impacto da doença na criança/família e determinar as características da doença: o padrão, a frequência de agudizações e a utilização de terapêutica de crise. Para estabelecermos uma causalidade devemos questionar os pais acerca de: Gravidez e parto (é muito importante saber se a criança nasceu de pré-termo ou de termo, se foi ventilada nas primeiras horas, se teve alguma lesão pulmonar nos primeiros tempos de vida, etc.) 7

8 Alimentação - a fase de lactação é útil para averiguar a tolerância ao esforço do latente; - a tosse durante a alimentação pode ser indicativa de um síndrome aspirativo, por exemplo, uma fístula traqueo-esofágica; - se a criança regurgita ou bolsa frequentemente e apresenta patologia respiratória concomitante, podemos estar perante um caso de doença do refluxo gástro-esofágico; - uma criança com o nariz tapado tem dificuldades em alimentar-se e pode engasgar-se. Imunizações (importância da actualização das vacinas); Crescimento e desenvolvimento - as patologias respiratórias podem agravar-se durante o sono, pelo que, podem existir perturbações do sono traduzidas pelo ressonar e, muitas vezes, apneia obstrutiva do sono (a hipertrofia das adenóides na idade pré-escolar pode, por si só, desencadear estas alterações); - é importante perceber se um atraso do desenvolvimento é causa ou consequência de patologia respiratória; Doenças respiratórias prévias (importância do conhecimento da sua gravidade, da forma como foram ultrapassadas, se existiram períodos de remissão, da forma como responderam à terapêutica, etc); História familiar de atopia (asma, eczema ou rinoconjuntivite), FQ, Patologia associada: - Gastrointestinal: a) anomalias congénitas, tais como, fístula traqueo-esofágica, indiciada pelo facto da criança se engasgar quando come; 8

9 b) FQ, sendo a diarreia associada a pieira um sinal importante. - Neuromuscular: compromisso do diafragma, músculos intercostais, músculos de suporte da coluna vertebral (o compromisso dos músculos de suporte da coluna vertebral leva á deformação da caixa torácica, com dimunuição do diâmetro antero-posterior), etc. - Cardiovascular: cujas interacções com o aparelho respiratório são muito importantes Factores ambientais - tabagismo: quer durante a gravidez, quer o tabagismo passivo intradomiciliário, induz atraso no desenvolvimento, nomeadamente, pulmonar. Está provado a ocorrência de alterações genéticas das vias aéreas, devido ao tabaco. - permanência em creches e jardins-de-infância (as crianças ficam mais sujeitas a infecções); Terapêutica: dispositivos, cumprimento daquela. 4- SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO EM PEDIATRIA A Semiologia fornece-nos pistas para a localização anatómica dos sintomas (mais frequentemente nas vias aéreas e pulmão), para a causa mais provável e para a gravidade potencial. Os exames complementares servirão, somente, para confirmar os diagnósticos. 9

10 As doenças do SR podem manifestar-se por: A. Tosse B. Pieira (sibilâncias) / farfalheira C. Respiração ruidosa: ressonar, estridor, gemido D. Apneia e cianose E. Intolerância ao esforço, cansaço F. Dor torácica G. Dispneia / dificuldade respiratória A. TOSSE: A tosse é um dos sintomas mais comuns em pediatria e possui aspectos positivos (do ponto de vista fisiológico) e negativos para o doente. Arco reflexo da tosse Receptores localizados principalmente no aparelho respiratório (ex.: vírus descamam o epitélio respiratório expondo os receptores da tosse) Integridade da caixa torácica e neuro-muscular: capacidade para atingir altos volumes pulmonares e elevados débitos aéreos A tosse é um mecanismo de defesa da árvore respiratória, através da remoção de secreções e corpos estranhos, pelo que, em certas situações não devemos tratar a tosse mas a sua causa. Este aspecto é de tal importância que levou a que se inventassem equipamentos que tentam mimetizar a tosse, nos casos em que doenças 10

11 neuro-musculares, por exemplo, impedem o arco reflexo da tosse, de modo a manter a via aérea inferior limpa. No entanto, a tosse é também incómoda para o doente e pode complicar a sua situação inicial ao induzir exaustão, insónia, disfonia, dor muscular, sudação Funciona também como veículo de transmissão de doença infecciosa, só superada pelo espirro. Este aspecto apela para a importância da lavagem das mãos antes de contactarmos com as crianças porque, quando espirramos, colocamos as mãos em frente à boca e, portanto, se não as lavarmos, estaremos a fazer com que elas sejam um veículo de transmissão de doenças. A tosse é um sintoma de tal forma importante, que existem guidelines sobre a tosse! Caracterização da tosse: Natureza: - Seca (normalmente ineficaz, revelando inflamação das vias aéreas) - Produtiva (incapacidade da criança em idade pré-escolar para expectorar) Qualidade: - Metálica - Laríngea ( tosse de cão ; ocorre geralmente no Outono) - Paroxística; Horário: - Nocturna (característica de hipertrofia dos adenóides) - Matinal (limpeza das bronquiectasias) 11

12 - Constante (irritante, sem interesse fisiológico) - Intermitente (asma brônquica) Factores desencadeantes: - Frio e exercício (característico da asma) - Alimentação (por irritação da mucosa ou patologia funcional fístula traqueo-esofágica) - Posição Factores de alívio: - Medicação (precaução na prescrição de anti-tússicos, devemos tratar a causa e não o sintoma); Sintomas associados: - Pieira (associada a hiperreactividade brônquica e deve ser tratada) - Vómitos (pensar em DRGE) - Dor (por exemplo, derrame pleural); Duração: - Aguda (< 3 semanas): o Situações infecciosas (bronquiolite, penumonia, IRA, tosse convulsa) - Crónica (> 3 semanas): o Descarga/ corrimento nasal posterior, sinusite o Asma, RGE (refluxo gastro-esofágico) o Sind. pós-infecciosos; bronquiectasias, bronq. obliterante 12

13 o Psicogénica o Doenças cardiovasculares, síndroma aspirativo recorrente, corpo estranho, tabagismo passivo Se a tosse estiver associada a doença neuromuscular, devemos ter em atenção que esta criança terá dificuldade na remoção de secreções. As principais causas de tosse na criança são: Asma Infecções respiratórias altas e baixas DRGE (Doença do Refluxo Gastro-Esofágico) As complicações que devem chamar a atenção são: Exaustão Insónia Disfonia Dor muscular Sudação B. SIBILÂNCIA / PIEIRA Estas expressões são sinónimos que traduzem um som de tipo musical (podemos simulá-lo através da expiração forçada), audível com e sem estetoscópio. Resulta de um estreitamento crítico da via aérea de menor calibre (intra-torácica) a vários níveis (como na asma) ou localizado (corpo estranho, compressão extrínseca). É um som expiratório ( porque é na expiração que ocorre colapso da via aérea, com diminuição do lúmen que já está reduzido 13

14 devido a patologia), por vezes, também inspiratório (numa fase mais crítica), com prolongamento do tempo expiratório. Causas: o Malformação: anel vascular, traqueomalácia o Inflamação: traqueíte, bronquiolite, fibrose quística, asma o Compressão: - Extrínseca (adenopatia) - Intrínseca (corpo estranho, granuloma endobrônquico, tumor) C. ESTRIDOR ( stridulus : assobio, gemido) É provocado pelo estreitamento parcial da via aérea extra-torácica (comprometendo muitas vezes as cordas vocais, havendo alteração da voz), do qual resulta turbulência à passagem do ar, produzindo um som áspero (mais áspero que a sibilância), vibratório, com tonalidades variáveis. Ao contrário do que acontece na sibilância, a perturbação no estridor é habitualmente inspiratóra. Pode ser acompanhado de infecção e tosse. Tem etiologia variável, de acordo com o nível a que se encontra o estreitamento: o Nariz e faringe: atrésia das choanas, hipertrofia das amígdalas/adenóides; o Laringe (causa mais comum): laringomalácia, quisto ou laringocelo, laringotraqueobronquite, epiglotite, paralisia das cordas vocais, estenose laringotraqueal, sequela de entubação, corpo estranho, hemangioma, papiloma, edema angioneurótico, psicogénico; 14

15 o Traqueia: traqueomalácia (pode ser sequela da entubação), traqueíte bacteriana, compressão extrínseca. 5- EXAME OBJECTIVO O exame objectivo na criança é igual ao do adulto mas a ordem varia com a idade e cooperação da criança. A sua realização inicia-se durante a colheita da história clínica, observando: Posição que a criança adopta para respirar (se é de esforço ou não); Padrão respiratório; Simetria No exame objectivo do aparelho respiratório em pediatria são a Inspecção/Palpação ( ver e sentir ) e a Auscultação que assumem maior importância e fornecem mais dados. 5.1 INSPECÇÃO/PALPAÇÂO quanto a: Através da inspecção podemos caracterizar a dinâmica respiratória A. Tipo respiratório, B. Frequência respiratória (FR), C. Ritmo, D. Esforço respiratório/dispneia, E. Configuração torácica, 15

16 F. Sinais extra-torácicos (cianose, hipocratismo digital). A- Tipo respiratório O tipo respiratório varia de acordo com a idade da criança (de salientar que as idades a seguir referidas não são, obviamente, rígidas): - Recém-nascido: sincronia toraco-abdominal - Criança < 2 anos: respiração abdominal ou diafragmática - Criança > 2 anos: respiração toraco-abdominal - Adolescente: respiração unicamente torácica B Frequência Respiratória A frequência respiratória dá-nos uma boa tradução da função respiratória e é fácil de determinar. Como mostra a figura que se segue, a FR vai decrescendo com a idade: 16

17 Determinação da FR: 1) Observar / palpar os movimentos abdominais durante 1 minuto; 2) Proceder a mais do que uma determinação e formular a média; 3) Referir o estádio da criança (relevância do estado de actividade); 4) Na criança com doença pulmonar crónica há necessidade de monitorização funcional. CAUSAS DE POLIPNEIA: Hipoxémia Exercício físico Ansiedade / choro Febre Anemia Acidose metabólica Considera-se polipneia os seguintes valores: Até aos 6 meses > 60 ciclos/min 6 meses 1 ano > 50 ciclos/min 1 ano 2 anos > 30 ciclos/min 17

18 CAUSAS DE BRADIPNEIA: A bradipneia (menos de 12 cpm) é raríssima (segundo a professora), e habitualmente não traduz doenças respiratórias. Pode ter as seguintes causas: Alcalose metabólica Intoxicação barbitúrica Doença do SNC C Ritmo As variações normais do ritmo respiratório são frequentes na criança mais pequena: suspiro, respiração periódica (pausas respiratórias curtas entre 3 e 10 segundos intercaladas com períodos > 20 segundos, em que a criança respira). Por este motivo, a FR na criança deve ser sempre medida durante 1 minuto, como já referido. As variações anormais do ritmo são: Apneia (pausa respiratória superior a 10 segundos); Kussmaul: polipneia + taquipneia; Biot: irregular com apneias; Cheyne-Stokes: períodos de amplitude crescente/decrescente, intercalados com períodos de apneia. D Esforço respiratório / dispneia Quando as crianças têm dificuldades respiratórias, é comum restringirem a sua actividade diária, de modo a diminuir o esforço respiratório (ou dispneia). Este manifesta-se por: 18

19 Tiragem e utilização dos músculos acessórios da respiração (à observação verifica-se retracção infra e intercostal, retracção supra-esternal e clavicular, contracção dos escalenos e esternocleidomastoideus, adejo nasal, balanceio da cabeça ( head bobbing ); As crianças adoptam a posição de tripé para estabilização muscular, o que lhes permite respirar melhor; Ortopneia (doença cardíaca); Respiração paradoxal (distensão da parede abdominal e retracção torácica durante a inspiração doenças neuromusculares). A respiração paradoxal consiste nos movimentos não sincronizados da grelha costal e do abdómen e, frequentemente, indica fadiga dos músculos respiratórios. Também se podem verificar movimentos respiratórios paradoxais entre os hemitorax, secundários a instabilidade unilateral da caixa torácica (fracturas múltiplas de arcos costais). E Configuração torácica Nas situações agudas (bronquiolites, pneumonia), como o tórax da criança pequena é muito deformável, rapidamente surge um aumento do diâmetro antero-posterior (tórax em barril), que não é mais do que um exagero da variação normal da criança. Nas situações crónicas (congénitas), verificam-se alterações da configuração, como as seguintes: Pectus escavatum: depressão esternal com protusão anterior das costelas; Pectus carinatum: protusão anterior do esterno; Cifoscoliose: desvio combinado lateral e ântero-posterior da coluna vertebral. Compromete a respiração, daí que se procede à cirurgia; Tórax em Barril: aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax, característico da FQ (fazer diagnóstico diferencial com a situação aguda). 19

20 F Sinais extra-torácicos: Cianose e Hipocratismo digital o CIANOSE É definida como a coloração azulada da pele e mucosas, resultante de um aumento da Hg reduzida em termos absolutos (> 5g/dl no sangue capilar e > 3g/dl no sangue arterial). Na criança, o valor normal de Hb ronda os 10g/dl, pelo que uma Hb absoluta <5g/dl significa que existe em circulação 50% de Hb dessaturada. A cianose traduz a existência de hipoxémia (consequência da insuficiência respiratória), independentemente da sua causa. A cianose respiratória é mais grave na criança do que no adulto. Na criança, devido à anemia fisiológica, a cianose surge muito mais tardiamente, sendo rapidamente seguida de paragem respiratória e cardíaca, pelo que, este é um sinal tardio de patologia respiratória (insuficiência respiratória grave). A paragem respiratória é a causa mais frequente de morte na criança. A cianose central consiste na cor azulada dos leitos ungueais e lábios e pele quente. Na cianose periférica, ao contrário da central, há um arrefecimento marcado das extremidades. As causas mais frequentes de cianose são: Alteração da ventilação/perfusão Hipoventilação alveolar Alteração da difusão por shunt cardíaco direito-esquerdo Transporte inadequado de Oxigénio pela Hb 20

21 A cianose de causa respiratória é, habitualmente reversível com oxigenação, enquanto que a cianose cardíaca não melhora com a administração de Oxigénio. o HIPOCRATISMO DIGITAL (ou dedos em baqueta de tambor ) É comum dizer-se que a observação respiratória começa nos dedos. O hipocratismo digital é um sinal indolor que consiste no aumento uniforme e focal do tecido conectivo das falanges terminais dos dedos, especialmente da sua região dorsal. Existem várias manobras semiológicas para investigar o hipocratismo digital. Um deles é o Sinal de Schamroth s: ao juntarmos as faces dorsais das falanges distais de dois dedos (esquerdo e direito) permanece um espaço entre os leitos ungueais. No caso de hipocratismo digital este espaço desaparece. As causas de hipocratismo digital podem ser pulmonares, cardíacas ou de outra origem: Pulmonares: broncopulmonar, neoplasia, sarcoidose; supuração fibrose, Cardíacas: ICC, cardiopatia congénita cianótica, endocardite bacteriana subaguda; Outras: tirotoxicose, cirrose hepática, doença 21

22 inflamatória crónica do intestino, talassémia. Obviamente, não podemos esquecer, que o hipocratismo digital também pode ser uma alteração fisiológica. 5.2 AUSCULTAÇÃO A auscultação deve ser sistematizada e simétrica em toda a área pulmonar, não esquecendo as regiões axilares, que permitem detectar a língula (à esquerda) e o lobo médio (à direita). Deve ser efectuada com a membrana do estetoscópio, usando-se preferencialmente sempre o mesmo estetoscópio. Foram indicadas duas exigências relativamente a este procedimento: 1) a via aérea superior deve estar desobstruída 2) a cabeça da criança deve estar centrada (segurar a cabeça enquanto se ausculta), caso contrário, a auscultação poderá não ser simétrica. Através da auscultação podemos detectar: Murmúrio vesicular/ ruído traqueo-brônquico; Relação inspiração/expiração; Relação entre esforço respiratório e débito ventilatório (por exemplo, na asma grave, pode verificar-se silêncio auscultatório, o que é contraditório com o grande esforço respiratório que observamos na criança); Ruídos adventícios e sua localização: a) Descontínuos: 22

23 Fervores finos: alta frequência, pequena amplitude, curta duração Fervores grossos: baixa frequência, grande amplitude, longa duração b) Contínuos: Sibilos: alta frequência Roncos: baixa frequência 6 EQUIPAMENTO E RECURSOS TÉCNICOS EM PEDIATRIA No final da aula falou-se nos equipamentos disponíveis que permitem monitorizar os sinais vitais: Oxímetros de pulso (permite determinar rapidamente a saturação periférica de oxigénio) Monitores cardio-respiratórios Monitores de apneia Monitores Tc CO2 23

Formadora: Dr.ª Maria João Marques Formandas: Anabela Magno; Andreia Sampaio; Paula Sá; Sónia Santos

Formadora: Dr.ª Maria João Marques Formandas: Anabela Magno; Andreia Sampaio; Paula Sá; Sónia Santos Formadora: Dr.ª Maria João Marques Formandas: Anabela Magno; Andreia Sampaio; Paula Sá; Sónia Santos 1 O que é? A bronquiolite é uma doença que se carateriza por uma inflamação nos bronquíolos e que, geralmente,

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função respiratória é prioritária em qualquer situação de intercorrência clínica. O paciente

Leia mais

Insuficiência respiratória aguda. Prof. Claudia Witzel

Insuficiência respiratória aguda. Prof. Claudia Witzel Insuficiência respiratória aguda O que é!!!!! IR aguda Incapacidade do sistema respiratório de desempenhar suas duas principais funções: - Captação de oxigênio para o sangue arterial - Remoção de gás carbônico

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO. Prof.: Lazaro Antonio dos Santos

SISTEMA RESPIRATÓRIO. Prof.: Lazaro Antonio dos Santos SISTEMA RESPIRATÓRIO Prof.: Lazaro Antonio dos Santos SISTEMA RESPIRATÓRIO CONCEITO Conjunto de órgãos que nutrem o organismo por meio de alimentos no estado gasoso, completando a função do Sistema Digestório.

Leia mais

Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. http://www.paulocoutinhopediatra.pt

Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. http://www.paulocoutinhopediatra.pt Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. Pág. 01 A bronquiolite é uma infeção respiratória causada por vírus, ocorrendo em crianças com menos de 2 anos.

Leia mais

Doenças Respiratórias O QUE SÃO E COMO AS PREVENIR?

Doenças Respiratórias O QUE SÃO E COMO AS PREVENIR? Doenças Respiratórias O QUE SÃO E COMO AS PREVENIR? O NÚMERO DE PESSOAS AFETADAS POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EVITÁVEIS NÃO PÁRA DE AUMENTAR. AS CRIANÇAS E OS MAIS VELHOS SÃO OS MAIS ATINGIDOS. SÃO DOENÇAS

Leia mais

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira Introdução A função do sistema respiratório é facilitar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas,

Leia mais

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria Criado em 22/04/15 10h50 e atualizado em 22/04/15 11h27 Por Sociedade Brasileira de Pediatria Para se ter sucesso no tratamento da criança alérgica ou

Leia mais

21/6/2011. eduardoluizaph@yahoo.com.br

21/6/2011. eduardoluizaph@yahoo.com.br A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer

Leia mais

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Perguntas Frequentes Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a

Leia mais

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Respiração A função da respiração é essencial à vida e pode ser definida, de um modo simplificado, como a troca de gases (O 2 e CO 2 ) entre as células do organismo e a atmosfera.

Leia mais

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc..

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc.. AULA 13: EAP (EDEMA AGUDO DE PULMÃO) 1- INTRODUÇÃO O edema agudo de pulmão é uma grave situação clinica, de muito sofrimento, com sensação de morte iminente e que exige atendimento médico urgente. 2- CONCEITO

Leia mais

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações 1. Introdução A evolução da epidemia causada pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 implica que as medidas sejam adaptadas

Leia mais

A Criança com Insuficiência Respiratória. Dr. José Luiz Cardoso

A Criança com Insuficiência Respiratória. Dr. José Luiz Cardoso Dr. José Luiz Cardoso CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA A CRIANÇA NÃO É UM ADULTO EM MINIATURA O nariz é responsável por 50 % da resistência das vias aéreas Obstrução nasal conduz a insuficiência respiratória

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO

SISTEMA RESPIRATÓRIO ANATOMIA HUMANA I SISTEMA RESPIRATÓRIO Prof. Me. Fabio Milioni Roteiro Sistema Respiratório Conceito Função Divisão Estruturas Nariz Faringe Laringe Traquéia e Brônquios Pulmão Bronquíolos e Alvéolos 1

Leia mais

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração.

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. DOENÇAS PULMONARES Árvore Brônquica Circulação sanguínea Intrapulmonar V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. A. Pulmonar traz sangue venoso do coração para o pulmão. Trocas Histologia

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana

Anatomia e Fisiologia Humana Componentes Vias Respiratórias A) Cavidades ou Fossas Nasais; B) Boca; C) Faringe; D) Laringe; E) Traqueia; F) Brônquios; G) Bronquíolos; H) Pulmões Cavidades ou Fossas Nasais; São duas cavidades paralelas

Leia mais

Pós Operatório. Cirurgias Torácicas

Pós Operatório. Cirurgias Torácicas Pós Operatório Cirurgias Torácicas Tipos de Lesão Lesões Diretas fratura de costelas, coluna vertebral ou da cintura escapular, hérnia diafragmática, ruptura do esôfago, contusão ou laceração pulmonar.

Leia mais

03/08/2014. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica DEFINIÇÃO - DPOC

03/08/2014. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica DEFINIÇÃO - DPOC ALGUNS TERMOS TÉCNICOS UNESC FACULDADES - ENFERMAGEM PROFª.: FLÁVIA NUNES Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica Ortopneia: É a dificuldade

Leia mais

o Ressonar e a Apneia de Sono

o Ressonar e a Apneia de Sono o Ressonar e a Apneia de Sono sintomas diagnóstico tratamento O ressonar apesar de ser comum, fonte de brincadeiras e aceite como normal na população em geral é de facto uma perturbação que não deve ser

Leia mais

Ventilação Mecânica para Enfermeiros HC UFTM. Prof. Ms. Pollyanna Tavares Silva Fernandes

Ventilação Mecânica para Enfermeiros HC UFTM. Prof. Ms. Pollyanna Tavares Silva Fernandes Ventilação Mecânica para Enfermeiros HC UFTM Prof. Ms. Pollyanna Tavares Silva Fernandes 1. Características anatômicas do Sistema Cardiorrespiratório do RN: LARINGE ALTA: - permite que o RN respire e degluta

Leia mais

COLÉGIO ALEXANDER FLEMING SISTEMA RESPIRATÓRIO. Profª Fernanda Toledo

COLÉGIO ALEXANDER FLEMING SISTEMA RESPIRATÓRIO. Profª Fernanda Toledo COLÉGIO ALEXANDER FLEMING SISTEMA RESPIRATÓRIO Profª Fernanda Toledo RECORDAR Qual a função do alimento em nosso corpo? Por quê comer????? Quando nascemos, uma das primeiras atitudes do nosso organismo

Leia mais

1 - Estrutura e Finalidades da disciplina

1 - Estrutura e Finalidades da disciplina CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE Planificação anual de SAÚDE 10º ano 014/015 Turma K Professora: Maria de Fátima Martinho. 1 - Estrutura e Finalidades da disciplina A disciplina de Saúde

Leia mais

www.cpsol.com.br TEMA 003 CONHEÇA E PREVINA AS DOENÇAS DO INVERNO

www.cpsol.com.br TEMA 003 CONHEÇA E PREVINA AS DOENÇAS DO INVERNO TEMA 003 CONHEÇA E PREVINA AS DOENÇAS DO INVERNO 1/8 O inverno chegou e junto com ele maiores problemas com as doenças respiratórias entre outras Isso não ocorre por acaso já que pé nesta estação onde

Leia mais

ELABORADORES. Maíza Sandra Ribeiro Macedo Coordenação Geral. Robson Batista Coordenação Administrativa

ELABORADORES. Maíza Sandra Ribeiro Macedo Coordenação Geral. Robson Batista Coordenação Administrativa ELABORADORES Maíza Sandra Ribeiro Macedo Coordenação Geral Robson Batista Coordenação Administrativa Fabrícia Passos Pinto Coordenação de Enfermagem José Luiz Oliveira Araújo Júnior Coordenador Médico

Leia mais

DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO OBJETIVOS CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DOS DISTÚRBIOS DO SONO AASM 2006 CARLOS A A VIEGAS UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO OBJETIVOS CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DOS DISTÚRBIOS DO SONO AASM 2006 CARLOS A A VIEGAS UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO CARLOS A A VIEGAS UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA OBJETIVOS Classificação dos distúrbios do sono Classificação dos distúrbios respiratórios do sono Definições: ronco, ravas (rera),

Leia mais

Planificação anual de Saúde- 10ºano

Planificação anual de Saúde- 10ºano CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE Turmas: 10ºI Professora: Ana Margarida Vargues Planificação anual de Saúde- 10ºano 1 - Estrutura e Finalidades da disciplina A disciplina de Saúde do Curso

Leia mais

Monitorização/ Dispositivos de Oferta/Benefícios e Malefícios Oxigenoterapia. Mariana C. Buranello Fisioterapeuta Nayara C. Gomes - Enfermeira

Monitorização/ Dispositivos de Oferta/Benefícios e Malefícios Oxigenoterapia. Mariana C. Buranello Fisioterapeuta Nayara C. Gomes - Enfermeira Monitorização/ Dispositivos de Oferta/Benefícios e Malefícios Oxigenoterapia Mariana C. Buranello Fisioterapeuta Nayara C. Gomes - Enfermeira Monitorização Oximetria de pulso É a medida da saturação da

Leia mais

VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA I. Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP

VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA I. Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA I Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP INTERFACES * Máscaras Nasais * Plugs Nasais * Máscaras Faciais * Capacete * Peça Bucal VENTILADORES E MODOS USADOS NA

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a gripe? É uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias, causada pelo vírus da gripe. Em

Leia mais

A respiração ocorre dia e noite, sem parar. Nós podemos sobreviver determinado tempo sem alimentação, mas não conseguimos ficar sem respirar por mais

A respiração ocorre dia e noite, sem parar. Nós podemos sobreviver determinado tempo sem alimentação, mas não conseguimos ficar sem respirar por mais PROFESSORA NAIANE A respiração ocorre dia e noite, sem parar. Nós podemos sobreviver determinado tempo sem alimentação, mas não conseguimos ficar sem respirar por mais de alguns poucos minutos. Você sabe

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO. Prof. Me. Leandro Parussolo

SISTEMA RESPIRATÓRIO. Prof. Me. Leandro Parussolo SISTEMA RESPIRATÓRIO Prof. Me. Leandro Parussolo SISTEMA RESPIRATÓRIO Permite o transporte de O2 para o sangue (a fim de ser distribuído para as células); Remoção de do CO2 (dejeto do metabolismo celular)

Leia mais

PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA EM RECÉM-NASCIDO

PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA EM RECÉM-NASCIDO Protocolo: Nº 46 Elaborado por: Wilhma Castro Ubiratam Lopes Manoel Emiliano Última revisão: 03//2011 Revisores: Manoel Emiliano Ubiratam Lopes Wilhma Alves Samantha Vieira Eduardo Gonçalves PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA

Leia mais

Adaptações Cardiovasculares da Gestante ao Exercício

Adaptações Cardiovasculares da Gestante ao Exercício Desde as décadas de 60 e 70 o exercício promove Aumento do volume sanguíneo Aumento do volume cardíaco e suas câmaras Aumento do volume sistólico Aumento do débito cardíaco que pode ser alcançado Aumento

Leia mais

GASOMETRIA ARTERIAL GASOMETRIA. Indicações 11/09/2015. Gasometria Arterial

GASOMETRIA ARTERIAL GASOMETRIA. Indicações 11/09/2015. Gasometria Arterial GASOMETRIA ARTERIAL Processo pelo qual é feita a medição das pressões parciais dos gases sangüíneos, a partir do qual é possível o cálculo do PH sangüíneo, o que reflete o equilíbrio Ácido-Básico 2 GASOMETRIA

Leia mais

Doenças Respiratórias Crônicas. Caderno de Atenção Básica 25

Doenças Respiratórias Crônicas. Caderno de Atenção Básica 25 Doenças Respiratórias Crônicas Caderno de Atenção Básica 25 PREVALÊNCIA O Asma (acomete cerca de 300 milhões de indivíduos no mundo) O Rinite Alérgica (afeta cerca de 20 25% da população) O DPOC (afeta

Leia mais

Avaliação Cardiorrespiratória. Avaliação do paciente pneumopata Ambulatório / Home Care. Sinais e Sintomas. Anamnese. Dispinéia. Dispineia 26/02/16

Avaliação Cardiorrespiratória. Avaliação do paciente pneumopata Ambulatório / Home Care. Sinais e Sintomas. Anamnese. Dispinéia. Dispineia 26/02/16 Avaliação do paciente pneumopata Ambulatório / Home Care Avaliação Cardiorrespiratória Anamnese Sinais e Sintomas Ausculta Pulmonar Exame Físico Avaliação Muscular Respiratória Avaliação de Peak Flow Ventilometria

Leia mais

[251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX

[251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX [251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX a. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS Exposição A aquisição adequada da radiografia de tórax é mais difícil que a de outras partes do corpo devido ao contraste

Leia mais

PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS DO BEBÉ PREMATURO

PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS DO BEBÉ PREMATURO PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS DO BEBÉ PREMATURO O bebé prematuro, em geral com peso inferior a 2.500 gramas, está mais propenso a problemas de saúde tendo em conta que a gravidez encurtada não permitiu o desenvolvimento

Leia mais

GESTOS QUE SALVAM Departamento de Formação em Emergência Médica janeiro de 2014

GESTOS QUE SALVAM Departamento de Formação em Emergência Médica janeiro de 2014 GESTOS QUE SALVAM Departamento de Formação em Emergência Médica janeiro de 2014 Gestos que Salvam O que fazer? EM CASO DE EMERGÊNCIA O QUE FAZER Número Europeu de Emergência LIGAR PARA O NÚMERO EUROPEU

Leia mais

A síndrome ocorre em cerca de um para cada 100 a 160 mil nascimentos. Especialistas atribuem o acidente genético à idade avançada dos pais.

A síndrome ocorre em cerca de um para cada 100 a 160 mil nascimentos. Especialistas atribuem o acidente genético à idade avançada dos pais. Síndrome de Apert O que é Síndrome de Apert? A síndrome de Apert é uma desordem genética que causa desenvolvimento anormal da caixa craniana. Bebês com síndrome de Apert nascem com a cabeça e a face com

Leia mais

VIAS AÉREAS. Obstrução por corpo estranho SIATE - SERVIÇO INTEGRADO DE ATENDIMENTO AO TRAUMA EM EMERGÊNCIA

VIAS AÉREAS. Obstrução por corpo estranho SIATE - SERVIÇO INTEGRADO DE ATENDIMENTO AO TRAUMA EM EMERGÊNCIA VIAS AÉREAS Obstrução por corpo estranho SIATE - SERVIÇO INTEGRADO DE ATENDIMENTO AO TRAUMA EM EMERGÊNCIA OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO PERDA DE CONSCIÊNCIA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA RECONHECIMENTO

Leia mais

INTRODUÇÃO DE ENFERMAGEM I

INTRODUÇÃO DE ENFERMAGEM I INTRODUÇÃO DE ENFERMAGEM I A Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE É uma atividade privativa do enfermeiro, utilizam método e estratégia de trabalho, baseados em princípios científicos, para

Leia mais

Sistema Respiratório Introdução

Sistema Respiratório Introdução Introdução Nesse caso, o termo respiração é empregado incluindo as trocas gasosas através do corpo e as trocas gasosas nas células dos diferentes tecidos. As trocas gasosas são realizadas através da superfície

Leia mais

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC.

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC. Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá: Ser capaz de definir a DPOC, e seus dois tipos: enfisema pulmonar e bronquite crônica. Reconhecer os sintomas e sinais

Leia mais

Considerações Gerais

Considerações Gerais Oxigenoterapia e sua relação com os atendimentos de fisioterapeutas cardiorrespiratórios Prof. Ms. Erikson Custódio Alcântara eriksonalcantara@hotmail.com Considerações Gerais O oxigênio é um velho conhecido

Leia mais

Necessidades humanas básicas: oxigenação. Profª Ms. Ana Carolina L. Ottoni Gothardo

Necessidades humanas básicas: oxigenação. Profª Ms. Ana Carolina L. Ottoni Gothardo Necessidades humanas básicas: oxigenação Profª Ms. Ana Carolina L. Ottoni Gothardo Revisão Revisão O Fatores que afetam a oxigenação Fisiológicos; Desenvolvimento; Estilo de vida; Ambiental. Fisiológicos

Leia mais

Insuficiência Respiratória. Vias aéreas difíceis

Insuficiência Respiratória. Vias aéreas difíceis Insuficiência Respiratória Síndrome da Angústia Respiratória Aguda Vias aéreas difíceis Mailton Oliveira 2015.2 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Incapacidade do sistema respiratório de atender as demandas

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA PROVA TEÓRICO-PRÁTICA 1. Na atresia de esôfago pode ocorrer fistula traqueoesofágica. No esquema abaixo estão várias opções possíveis. A alternativa indica a forma mais freqüente é: Resposta B 2. Criança

Leia mais

Sistema Respiratório I - INTRODUÇÃO. O que é respiração? Respiração celular. Respiração pulmonar III - ESTRUTURA II - FUNÇÃO. Ventilação Pulmonar

Sistema Respiratório I - INTRODUÇÃO. O que é respiração? Respiração celular. Respiração pulmonar III - ESTRUTURA II - FUNÇÃO. Ventilação Pulmonar I - INTRODUÇÃO O que é respiração? Respiração celular Ocorre no interior das mitocôndrias subs orgânicas + O2 energia + CO2 + H2O Respiração pulmonar Trocas gasosas entre o ar atmosférico e o sangue Hemerson

Leia mais

Vacinação para o seu filho do 6º ano do ensino básico (P6) Portuguese translation of Protecting your child against flu - Vaccination for your P6 child

Vacinação para o seu filho do 6º ano do ensino básico (P6) Portuguese translation of Protecting your child against flu - Vaccination for your P6 child Proteger o seu filho da gripe Vacinação para o seu filho do 6º ano do ensino básico (P6) Portuguese translation of Protecting your child against flu - Vaccination for your P6 child Proteger o seu filho

Leia mais

TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE

TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE O sistema de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP) foi formalmente criado por protocolo entre

Leia mais

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Homehealth provider Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Ronco: atrás do barulho, um problema de saúde mais sério www.airliquide.com.br O que é Apnéia do Sono? Apnéia do sono é uma síndrome que pode levar

Leia mais

Capítulo 25. Emergências Pediátricas. Capítulo 25. Emergências Pediátricas 1. OBJETIVOS

Capítulo 25. Emergências Pediátricas. Capítulo 25. Emergências Pediátricas 1. OBJETIVOS Capítulo 25 Emergências Pediátricas 1. OBJETIVOS No final da sessão os formandos deverão ser capazes de: Listar e descrever as emergências médicas mais frequentes; Listar e descrever os cuidados gerais

Leia mais

Cefaleia crónica diária

Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária O que é a cefaleia crónica diária? Comecei a ter dores de cabeça que apareciam a meio da tarde. Conseguia continuar a trabalhar mas tinha dificuldade em

Leia mais

FISIOTERAPIA QUESTÕES DISCURSIVAS

FISIOTERAPIA QUESTÕES DISCURSIVAS ENADE-2007- PADRÃO DE RESPOSTA FISIOTERAPIA QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO 37 a) O início da resposta inflamatória é determinado por uma vasoconstrição originada de um reflexo nervoso que lentamente vai

Leia mais

Recebimento de pacientes na SRPA

Recebimento de pacientes na SRPA CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E Recebimento de pacientes na SRPA O circulante do CC conduz o paciente para a SRPA; 1.Após a chegada do paciente

Leia mais

PNEUMONIAS E BRONCOPNEUMONIAS

PNEUMONIAS E BRONCOPNEUMONIAS PNEUMONIAS E BRONCOPNEUMONIAS UNISA Universidade de Santo Amaro Faculdade de Fisioterapia Estágio Supervisionado: Fisioterapia em Pediatria Profa. Ms. Dalva M. A. Marchese Acadêmica: Andreza Viviani Suzuki

Leia mais

Linfomas. Claudia witzel

Linfomas. Claudia witzel Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus

Leia mais

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

O QUE VOCÊ PRECISA SABER DIAGNÓSTICO DE INFLUENZA E OUTROS VIRUS RESPIRATÓRIOS NO HIAE. O QUE VOCÊ PRECISA SABER Maio de 2013 Laboratório Clínico Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Apenas para lembrar alguns aspectos das

Leia mais

Capítulo 8 (Ex-CAPÍTULO 9) DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO 9.1. CAPÍTULO 8 DA LISTA TABULAR DO VOLUME 1

Capítulo 8 (Ex-CAPÍTULO 9) DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO 9.1. CAPÍTULO 8 DA LISTA TABULAR DO VOLUME 1 Capítulo 8 (Ex-CAPÍTULO 9) DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO 9.1. CAPÍTULO 8 DA LISTA TABULAR DO VOLUME 1 No Índice da Lista Tabular da CID-9-MC, as Doenças do Aparelho Respiratório encontram-se referenciadas

Leia mais

Coisas que deve saber sobre a pré-eclâmpsia

Coisas que deve saber sobre a pré-eclâmpsia Coisas que deve saber sobre a pré-eclâmpsia A pré-eclâmpsia é muito mais comum do que a maior parte das pessoas pensa na realidade ela é a mais comum das complicações graves da gravidez. A pré-eclâmpsia

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

Embriogênese do Aparelho. as Adaptações. Profa. Dra. Maria Angélica Spadella Disciplina Embriologia Humana FAMEMA

Embriogênese do Aparelho. as Adaptações. Profa. Dra. Maria Angélica Spadella Disciplina Embriologia Humana FAMEMA Embriogênese do Aparelho Respiratório rio e sua relação com as Adaptações à Vida Pós-NatalP Profa. Dra. Maria Angélica Spadella Disciplina Embriologia Humana FAMEMA PERÍODOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 1)

Leia mais

ASSISTÊNCIA AO NEONATO EM ESTADO GRAVE. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREN/SP 42883

ASSISTÊNCIA AO NEONATO EM ESTADO GRAVE. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREN/SP 42883 ASSISTÊNCIA AO NEONATO EM ESTADO GRAVE Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREN/SP 42883 Classificação do Recém-Nascido n n n Pré-Termo São todas as crianças nascidas vivas, antes da 38ª semana, ou seja

Leia mais

Mulheres grávidas ou a amamentar*

Mulheres grávidas ou a amamentar* Doença pelo novo vírus da gripe A(H1N1) Fase Pandémica 6 OMS Mulheres grávidas ou a amamentar* Destaques: A análise dos casos ocorridos, a nível global, confirma que as grávidas constituem um grupo de

Leia mais

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos 1 Organização das Aulas Uma aula de Educação Física é composta por três partes sequenciais, cada uma com objetivos específicos. 1.1 Parte Inicial A parte inicial

Leia mais

Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data! CIÊNCIAS - UNIDADE 4 RESPIRAÇÃO E EXCREÇÃO

Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data! CIÊNCIAS - UNIDADE 4 RESPIRAÇÃO E EXCREÇÃO Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data! Use canetas coloridas ou escreva palavras destacadas, para facilitar na hora de estudar. E capriche! Não se esqueça

Leia mais

SEMIOLOGIA MÉDICA APARELHO RESPIRATÓRIO AULAS PRÁTICAS

SEMIOLOGIA MÉDICA APARELHO RESPIRATÓRIO AULAS PRÁTICAS SEMIOLOGIA MÉDICA APARELHO RESPIRATÓRIO AULAS PRÁTICAS HISTÓRIA Alguns exemplos de questões: O animal tem tosse/espirros? Há corrimentos nasais? De que aspecto? Que quantidade? Quando ocorre? Há sintomas

Leia mais

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM Plano de Contingência Gripe A (H1N1) SANTARÉM, JULHO, 2009 INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM Gripe A (H1N1) Informações Gerais SANTARÉM, JULHO, 2009 Primeira pandemia

Leia mais

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso).

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso). 1 a Questão: (20 pontos) Um paciente de 35 anos, com história de sarampo na infância, complicada por pneumonia, informa que há mais de cinco anos apresenta tosse com expectoração matinal abundante e que

Leia mais

Como funciona o coração?

Como funciona o coração? Como funciona o coração? O coração é constituído por: um músculo: miocárdio um septo duas aurículas dois ventrículos duas artérias: aorta pulmonar veias cavas: inferior superior veias pulmonares válvulas

Leia mais

Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Passos para a prática de MBE

Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Passos para a prática de MBE Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Dr. André Deeke Sasse 1. Formação da pergunta 2. Busca de melhor evidência resposta 3. Avaliação crítica das evidências 4. Integração da

Leia mais

Secretaria Regional da Saúde. Gripe A (H1N1) Informação para as Escolas, Colégios e ATL s

Secretaria Regional da Saúde. Gripe A (H1N1) Informação para as Escolas, Colégios e ATL s Secretaria Regional da Saúde Gripe A (H1N1) Informação para as Escolas, Colégios e ATL s Na sequência dos comunicados emitidos pela Direcção Regional da Saúde e atendendo à informação oficial disponível,

Leia mais

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE DOR TORÁCICA CARDÍACA LOCAL: Precordio c/ ou s/ irradiação Pescoço (face anterior) MSE (interno) FORMA: Opressão Queimação Mal Estar FATORES DESENCADEANTES:

Leia mais

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS. Professora: Sabrina Cunha da Fonseca

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS. Professora: Sabrina Cunha da Fonseca DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Professora: Sabrina Cunha da Fonseca Os locais de trabalho têm oferecido, cada vez mais, ambientes poluídos por diversos elementos, gasosos e sólidos, presentes no ar como gases e

Leia mais

Semiologia Cardiovascular. B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico. Por Gustavo Amarante

Semiologia Cardiovascular. B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico. Por Gustavo Amarante Semiologia Cardiovascular B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico Por Gustavo Amarante 1 Bulhas Acessórias (B3 e B4) A) Revisão do Ciclo Cardíaco e Posição das Bulhas Para entender as bulhas acessórias,

Leia mais

CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO. A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa

CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO. A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa desconhecida. Por vezes os doentes associam o seu inicio a um episódio traumático. Outros doentes referiam

Leia mais

CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO

CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO Cartilha Informativa Alimentação saudável e atividade física: as bases essenciais para a construção de um organismo saudável Alimentos saudáveis associados à atividade

Leia mais

RESPIRAÇÃO. Respiração é o mecanismo que permite aos seres vivos extrair a energia química nos alimentos.

RESPIRAÇÃO. Respiração é o mecanismo que permite aos seres vivos extrair a energia química nos alimentos. RESPIRAÇÃO Respiração é o mecanismo que permite aos seres vivos extrair a energia química nos alimentos. A respiração intracelular pode ser: Aeróbica: Ser vivo que depende do gás carbônico para obter energia

Leia mais

Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, 4.500 - Morumbi - CEP 05698-900 - Fone: 3745-3344 Nº 223 DOE de 28/11/07. Saúde GABINETE DO SECRETÁRIO

Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, 4.500 - Morumbi - CEP 05698-900 - Fone: 3745-3344 Nº 223 DOE de 28/11/07. Saúde GABINETE DO SECRETÁRIO Diário Oficial Estado de São Paulo Poder Executivo Seção I Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, 4.500 - Morumbi - CEP 05698-900 - Fone: 3745-3344 Nº 223 DOE de 28/11/07 Saúde GABINETE DO SECRETÁRIO Resolução

Leia mais

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores.

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores. O que é um eco- doppler? O eco- doppler, ultrassonografia vascular ou triplex- scan é um método de imagem que se baseia na emissão e reflecção de de ondas de som (ultra- sons). Através deste exame é possível

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NA ASMA

TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NA ASMA TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NA ASMA Meiry Alonso Rodrigues Pereira DEFINIÇÃO Distúrbio caracterizado pelo aumento da reatividade da traquéia e dos brônquios à vários estímulos, resultando na constrição difusa

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO]

www.drapriscilaalves.com.br [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO] [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO] 2 Complexo Respiratório Viral Felino É um conjunto de sintomas causado pelas doenças Rinotraqueíte Felina e Calicivirose Felina. São doenças virais cujos sinais clínicos

Leia mais

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2 Homeopatia A Homeopatia é um sistema terapêutico baseado no princípio dos semelhantes (princípio parecido com o das vacinas) que cuida e trata de vários tipos de organismos (homem, animais e plantas) usando

Leia mais

Atenção à saúde do Recém-nascido de Risco Superando pontos críticos. Módulo 2: OXIGÊNIO

Atenção à saúde do Recém-nascido de Risco Superando pontos críticos. Módulo 2: OXIGÊNIO Atenção à saúde do Recém-nascido de Risco Superando pontos críticos Módulo 2: OXIGÊNIO Que danos podem ser causados por falta de oxigênio? E pelo excesso de oxigênio? Quais maneiras de se fornecer oxigênio

Leia mais

Prevenção da Gripe A(H1N1)v

Prevenção da Gripe A(H1N1)v Prevenção da Gripe A(H1N1)v Recomendações DSD Departamento da Qualidade na Saúde Quais os Sintomas? Os sintomas são semelhantes aos da gripe sazonal: Febre de início súbito (superior a 38ºC) Tosse Dores

Leia mais

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Programa de Educação Tutorial PET Medicina CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO Paulo Marcelo Pontes Gomes de Matos OBJETIVOS Conhecer o que é Edema Agudo

Leia mais

04/06/2012 INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX. Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX

04/06/2012 INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX. Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX 1 RADIOGRAFIAS AS RADIOGRAFIAS APRESENTAM 4 DENSIDADES BÁSICAS: AR: traquéia, pulmões,

Leia mais

TABACO. Uma questão de hábito ou uma questão de óbito? Pare de fumar enquanto é tempo!

TABACO. Uma questão de hábito ou uma questão de óbito? Pare de fumar enquanto é tempo! TABACO Uma questão de hábito ou uma questão de óbito? Pare de fumar enquanto é tempo! O cigarro contém: NICOTINA [substância também presente nos insecticidas] EFEITOS IMEDIATOS: TREMOR DAS MÃOS AUMENTO

Leia mais

VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS

VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS Página Responsáveis Preparado por: Enfermeiros Analisado por: Serviço de Enfermagem Aprovado por: DAS. Objetivos. Aplicação Padronizar as técnicas de avaliação dos Sinais Vitais a fim de otimizar o serviço

Leia mais

Indicações e Uso do CPAP em Recém-Nascidos. Dr. Alexander R. Precioso Unidade de Pesquisa Experimental Departamento de Pediatria da FMUSP

Indicações e Uso do CPAP em Recém-Nascidos. Dr. Alexander R. Precioso Unidade de Pesquisa Experimental Departamento de Pediatria da FMUSP Indicações e Uso do CPAP em Recém-Nascidos Dr. Alexander R. Precioso Unidade de Pesquisa Experimental Departamento de Pediatria da FMUSP CPAP - Definição Pressão de Distensão Contínua Manutenção de uma

Leia mais

29/03/2012. Introdução

29/03/2012. Introdução Biologia Tema: - Sistema Respiratório Humano: órgãos que o compõem e movimentos respiratórios; - Fisiologia da respiração ; - Doenças respiratórias Introdução Conjunto de órgãos destinados à obtenção de

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) ENXAQUECAS Enxaqueca sem aura De acordo com a IHS, a enxaqueca sem aura é uma síndroma clínica caracterizada por cefaleia com características específicas e sintomas

Leia mais