Embriogênese do Aparelho. as Adaptações. Profa. Dra. Maria Angélica Spadella Disciplina Embriologia Humana FAMEMA

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1 Embriogênese do Aparelho Respiratório rio e sua relação com as Adaptações à Vida Pós-NatalP Profa. Dra. Maria Angélica Spadella Disciplina Embriologia Humana FAMEMA

2 PERÍODOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 1) Pré-Natal (antes do nascimento) Período Embrionário rio: Da 1.ª a 3.ª semana: Organogênese Rudimentar Da 4.ª a 8.ª semana: Organogênese Período Fetal: Da 9.ª semana até Feto a termo: Crescimento Intenso (mudança nas proporções das regiões do corpo) Diferenciação e Amadurecimento Fisiológico dos Sistemas de Órgãos Ganho de peso (últimas semanas)

3 FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 1.ª 2.ª

4 FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª

5 FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO/ RIO/FETAL 7.ª 8.ª 9.ª 10.ª

6 PERÍODO FETAL

7 PERÍODOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2) Pós-Natal (após o nascimento) Evento dramático do desenvolvimento, devido à mudança do meio intra para o extra-uterino Desenvolvimento não cessa com o Nascimento Vida Intra-Uterina Extra-Uterina Exige adaptações de diversos sistemas: respiratório, cardiovascular, digestório, imune, nervoso, sensorial. Os sistemas Respiratório e Cardiovascular: assumem um funcionamento distinto daquele da vida fetal quando cessa a circulação do sangue fetal pela placenta (clampeamento do cordão umbilical)

8 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO RIO Sistema Respiratório rio Inferior (laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos olos e pulmões) Derivado do Divertículo Respiratório (endoderme e mesoderme lateral esplâncnico)

9 Dobramentos do Embrião - Cefálico - Caudal - Laterais Conseqüências Formação do Tubo Digestório Primitivo Celoma Intra-Embrionário Paredes Laterais do Corpo do Embrião (forma cilíndrica)

10 Divertículo Respiratório rio Endoderme Intestino Anterior Mesoderme Esplâncnico Intestino Médio Intestino Posterior

11 Desenvolvimento do Septo Traqueoesofágico Divisão: - Esôfago - Tubo Laringotraqueal Laringe Traquéia Brônquios Pulmões

12 FÍSTULA TRAQUEOESOFÁGICA Comunicação anormal entre a traquéia e o esôfago: Septo Traqueoesofágico defeituoso

13 DESENVOLVIMENTO DA TRAQUÉIA Endoderme: epitélio e glândulas Mesoderme Lateral Esplâncnico: tecido conjuntivo, cartilagem, musculatura *Traquéia com diâmetro amplo: facilita a entrada de ar no período perinatal

14 DESENVOLVIMENTO DOS BRÔNQUIOS E PULMÕES Broto Pulmonar envolvido por M. L. Esplâncnico Ö Diferenciação Brônquios/Bronquíolos Pulmões Brotos Brônquicos envolvido por M. L. Esplâncnico Assimetria entre os pulmões direito e esquerdo é estabelecida desde o início

15 DESENVOLVIMENTO DOS BRÔNQUIOS E PULMÕES Árvore Brônquica: crescimento por divisão dicotômica Sistema canalicular ramificado

16 Brotamento Pulmonar: desenvolve-se dentro da cavidade pleural

17 FORMAÇÃO DOS CANAIS PERICARDIOPERITONEAIS Projetam-se da cavidade pericárdica e unem-se à serosa da cavidade peritoneal

18 * Separação entre a cavidade pleural e pericárdica pelas membranas pleuropericárdicas. * Cavidades torácica e peritoneal separadas pelo diafragma.

19 CAVIDADE PLEURAL Brotos Brônquicos: crescem para dentro da futura cavidade pleural Pleura visceral envolve os pulmões: derivada do M.L. esplâncnico.

20 MATURAÇÃO DOS PULMÕES Pulmões: - Desenvolvimento tardio; - Não envolvidos com a troca gasosa durante a vida fetal - Vasos pulmonares em vasoconstrição (fluxo sanguíneo baixo) Entretanto, precisam estar preparados para assumir essa função após s o nascimento Períodos de Maturação Pseudoglandular Canalicular Saco Terminal Alveolar

21 MATURAÇÃO DOS PULMÕES * Para acompanhar o desenvolvimento/maturação dos pulmões é necessário compreender a estrutura do Aparelho Respiratório rio

22 PERÍODO PSEUDOGLANDULAR (6 A 16 SEMANAS) - Maior formação e crescimento do sistema de ductos (brônquios/brônqu brônquíolos) - Bronquíolos olos respiratórios rios e alvéolos pulmonares não formados (respiração não é possível) - Pulmões começam a ocupar as cavidades pleurais bilaterais Fetos nascidos: incapazes de sobreviver

23 PERÍODO CANALICULAR (16 A 26 SEMANAS) - Luz brônquios e dos brônquíolos terminais mais ampla - Tecido pulmonar mais vascularizado - Desenvolvimento de bronquíolos olos respiratórios rios e ductos alveolares - Desenvolvimento dos alvéolos primordiais Fetos nascidos, mesmo com tratamento intensivo, freqüentemente entemente não sobrevivem (imaturidade dos sistemas)

24 PERÍODO SACO TERMINAL (26 ATÉ O NASCIMENTO) - Maior formação de alvéolos pulmonares de epitélio muito delgado - Formação da barreira hematoaérea (contato do epitélio alveolar com os capilares) - Produção de surfactante pelos pneumócitos do tipo II Fetos prematuros podem sobreviver, porém m a deficiência de surfactante e vascularização pulmonar inadequada podem causar dificuldade respiratória ria * Síndrome S da dificuldade respiratória ria

25 PERÍODO ALVEOLAR (NASCIMENTO ATÉ INFÂNCIA) - Pulmões capazes de realizarem trocas gasosas - Alvéolos maduros típicos t se formam após s o nascimento (cerca de 95%)

26 DESENVOLVIMENTO DOS PULMÕES Segundo Moore & Persaud (2008) Períodos de Maturação Pseudoglandular (6 a 16 semanas) Canalicular (16 a 26 semanas) Saco Terminal (26 semanas ao nascimento) Alveolar (nascimento aos 8 anos) Segundo Carlson (1996) Períodos de Desenvolvimento/Maturação Embrionário ( 4 a 6 semanas) Pseudoglandular Canalicular Saco Terminal Pós-natal (nascimento aos 8 anos)

27 FATORES IMPORTANTES PARA O DESENVOLVIMENTO NORMAL DOS PULMÕES - Espaço o Torácico Adequado para o Crescimento; - Movimentos Respiratórios rios Fetais (antes do nascimento); Condicionamneto dos músculos respiratórios (exercícios respiratórios) Estimulação do crescimento dos pulmões Aspiração de líquido amniótico pelos pulmões *pulmões fetais estão cheios de líquido da cavidade amniótica, dos pulmões e gll. traqueais (devem ser drenados ao nascimento) - Produção Adequada de Surfactante nos Alvéolos.

28 CIRCULAÇÃO FETAL Planejada estruturalmente: atende às necessidades prénatal e permite modificações ao nascimento - sangue é oxigenado na placenta e em grande parte desviado dos pulmões - Três shunts: ducto venoso, forame oval e ducto arterioso - Cerca de 10% do sangue vai para os pulmões (maior parte vai para o ducto arterioso)

29 CIRCULAÇÃO NEONATAL -Expansão dos pulmões (aumento do fluxo sanguíneo) - Derivados dos Shunts: Ducto venoso: ligamento venoso Ducto arterioso: ligamento arterioso - Fechamento do forame oval: término da comunicação interatrial (aumento da pressão sanguínea no átrio esquerdo)

30 Obrigada!