Concessionárias ganharão licença ambiental prévia. PT não consegue se fortalecer nas grandes capitais

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1 mobile.brasileconomico.com.br TERÇA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO, 2012 ANO 4 N O 766 R$ 3,00 PUBLISHER RICARDO GALUPPO DIRETOR JOAQUIM CASTANHEIRA DIRETOR ADJUNTO OCTÁVIO COSTA Outra tentativa Kodak faz nova reestruturação com demissão de mil funcionários, inclusive a do chefão da filial brasileira. P24 Caixa recheado Campanha de Barack Obama arrecadou US$ 114 milhões em agosto, superando Mitt Romney em R$ 3 milhões. P36 Larry Downing/Reuters Mantega define os novos setores que terão custo da folha reduzido Com sinal verde da presidente Dilma para aumentar o número de empresas que serão beneficiadas com a desoneração da folha de pagamentos, o ministro da Fazenda finaliza com seus assessores a lista que vai anunciar nos próximos dias. P8 Concessionárias ganharão licença ambiental prévia Com a regra hoje adotada nas hidrelétricas, grandes obras terão risco menor para investidor. P10 Alexandre Rezende PT não consegue se fortalecer nas grandes capitais Direção do partido faz balanço pessimista e mostra que só há chance de vitória em Goiânia. P4 Cidade inteligente tem potencial de US$ 10 bi para IBM Gigante da tecnologia aposta em projetos para serviços públicos para expandir suas receitas. P18 Os brasileiros estão aprendendo a saborear o café Mais oferta de cafés gourmet e especiais em supermercados e butiques nas grandes cidades ajuda a ampliar número de apreciadores da bebida. P34 Agora,quemcomprabicicletas sãoosricos,dizdonodacaloi Crescimento da tradicional marca de bikes vem sendo puxado por modelos de maior valor agregado, conta o presidente Eduardo Musa ao BRASIL ECONÔMICO. A revolução na mobilidade virá de cima para baixo, diz. Bicicleta deixou de ser veículo de pobre e se tornou meio de transporte de pessoas com mais poder aquisitivo. P16 INDICADORES TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) JUROS 2,0215 2,5804 META 2,0225 2,5816 EFETIVA Selic (ao ano) 7,50% 7,39% BOLSAS VAR. % ÍNDICES Bovespa São Paulo Dow Jones Nova York FTSE 100 Londres 0,14-0,39 0, , ,20 Fundos recuperam fôlego em agosto Captação líquida somou R$ 5,4 bilhões no mês, revertendo a perda de R$ 4,72 bilhões em julho, de acordo com balanço da Anbima. P32 Endividamento de empresas sobe 25% Dados se referem às 30 maiores companhias brasileiras em valor de mercado no período de 12 meses até junho. CSN, Eletropaulo e Oi lideram o ranking. P30

2 2 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 CARTAS Avanço OPINIÃO Em relação à matéria Governo finaliza pacote de energia e tarifa cairá até 20% (publicada em 6/9/2012), melhor do que isso, só se fosse verdade. Marcos Melo São Luis (MA) MURILLO DE ARAGÃO Cientista político e presidente da Arko Advice Pesquisas Quanto à matéria Governo finaliza pacote de energia e tarifa cairá até 20%, sinceramente, é a primeira vez que eu vejo no Brasil a presidência tomando decisões que são diretrizes verdadeiras para desenvolvimento como investir em ferrovias, subsídio às empresas no sentido de igualar a concorrência interna e externa, esforços voltados para a melhoria do sertão e políticas sociais de baixo para cima. Nunca enquanto estavam PMDB e PSDB e esses partidos das classes dos gerentes no domínio do cenário político brasileiro houve sequer uma verdadeira decisão com interesses voltados para o desenvolvimento do nosso país. Foram sempre políticas direcionadas para manter o Brasil em situação de país terceiro-mundista, eram decisões com a cara da burguesia rede globo de gente boçal e superficial. Queira Deus que esse Brasil de desigualdades desapareça, e dê espaço para um país continental pioneiro na política social de baixo para cima. Quero morrer vendo o Brasil com ferrovias de norte a sul e leste a oeste, com transporte seguro para quem vai e vem, escolas fundamentais federais garantindo a formação e ocupação devida dos jovens em vez de ficarem coçando o saco o dia inteiro nas comunidades favelas desassistidas de qualquer acompanhamento, à mercê do crack e de grupos criminosos. Espero do fundo do meu coração, emocionado, que meu Brasil seja uma Grande Nação Soberana de fato e que a republiqueta do café com leite desapareça para sempre nos confins do passado. Enfim, parabéns à President a por ser a porta-voz destas decisões. Max Corrêa Belo Horizonte (MG) Marcelo Crivella Titular do Ministério da Pesca e Aquicultura O Ministério da Pesca e Aquicultura trabalha para concluir, até o final deste ano, um planonacional de prevençãoe repressão à atividade pesqueira ilegal no país, segundoo ministro Marcelo Crivella. Retrocesso Marcial Portela Presidente do Santander Brasil O Banco Santander foi proibido pela Justiça de cobrar tarifa de contas usadas exclusivamente para o pagamento de salários, em atendimento a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro. Carla Wrede/O Dia Claudio Gatti O salto para o futuro A base da humanidade reside na informação. A Segunda Guerra Mundial, conflito mais estudado da história, é recheada de exemplos em que a informação fez a diferença. Seja como informação mesmo, seja como contrainformação, que é a informação distorcida e destinada a criar falsas expectativas. Na Batalha da Inglaterra, em 1940, os alemães acreditavam que os ingleses tinham mais aviões do que realmente tinham. Assim, calcularam erradamente o tamanho da frota a partir das perdas. Pouco antes, Churchill pedira ao primeiro-ministro japonês, Tojo, que fizesse uma reflexão sobre o potencial bélico e industrial dos aliados antes de entrar na guerra ao lado dos alemães. Churchill concluiu sua carta dizendo que as respostas sinceras às suas indagações levariam os japoneses a não entrar na guerra. Ele tinha mais informações do que Tojo e melhor possibilidade de análise. Antecipou as condições que propiciariam o desastre japonês no conflito.cingapura é um exemplo do bom uso da informação. Cientes de que podiam ser varridos do mapa com facilidade tanto pela Malásia quanto pela China, os cingapurenses souberam se inventar como cidade-nação. Decidiram manter a estrutura educacional inglesa das grammar schools e investiram muito em conhecimento. Hoje é o país com mais milionários do planeta e o quarto centro financeiro do mundo. Apesar dos avanços sociais e econômicos, o Brasil caminha a passos lentos. O sistema público educacional foi destruído nos anos 60 e demora a ser reconstruído. As universidades oscilam entre a baixa qualidade e o corporativismo que as paralisam de tempos em tempos. Poucas são de primeira linha. Os grandes debates giram em torno de verbas. Sem educação adequada, no Brasil passamos a depender da informação que circula na mídia. Aprendemos na televisão a ser consumidores, mas não cidadãos. Em que pesem os avanços expressivos de nosso país, corremos o risco de ter uma sucessão de voos de galinha CONECTADO Ferramentas do mundo digital que facilitam seu dia a dia Voto Consciente As eleições municipais estão se aproximando e mais do que nunca é importante conhecer a trajetória política dos candidatos a prefeitura e câmara de sua cidade. Com este aplicativo a busca por informações fica mais simples e ágil. Baseado em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seu conteúdo traz cerca de 440 perfis de candidatos em todos os municípios brasileiros. Grátis Android e iphone Busuu Gostaria de aprender idiomas sem ir até uma escola? Isso é possível com a ajuda desse aplicativo. Programa dispõe de conteúdos que auxiliam no estudo de 12 línguas, entre elas inglês, francês, mandarim, japonês, polonês e russo. Os cursos dispõem apostilas digitais, dicionários, recursos áudio visuais, e interatividade com estrangeiros que conversam e corrigem exercícios. Grátis Android e ipad e iphone conectado@brasileconomico.com.br icandles Sem tempo para acompanhar as oscilações do mercado? Então, este aplicativo é para você. Por ele, é possível identificar os 29 tipos de candlesticks dos ativos negociados na Bovespa. Os padrões são pesquisados em gráficos diários, semanais e mensais. Programa faz pesquisa pelo nome ou código da empresa, filtra usando o índice Bovespa e personaliza gráficos com até três médias aritméticas. US$ 1,99 ipad, iphone e ipod Touch Além da problemática da educação e da informação, podemos acrescentar outra questão: a opacidade dos poderes públicos para a cidadania. Apenas recentemente o governo ampliou o seu nível de transparência. Mesmo assim, ainda é um dos mais opacos entre as maiores economias do mundo. Em que pesem os avanços expressivos de nosso país nas últimas três décadas e as boas expectativas econômicas para os próximos anos, corremos o risco de ter uma sucessão de voos de galinha. Por conta da baixa qualidade de nossa educação e, sobretudo, da precariedade da informação que circula por nossa sociedade. Nosso mais grave limitador não é o modelo que escolhemos, com bases em políticas keynesianas. Viveremos muitas décadas dependentes de o Estado atuar na economia antes de alcançarmos um estágio econômico de menos dependência estatal. A batalha a ser travada nos próximos anos não é econômica, já que o mapa está dado e pode ser promissor. Temos dois campos claros de enfrentamento: a educação, visando melhorar a qualidade da formação do cidadão e, por conseguinte, seu discernimento; e a informação, visando maior pluralidade e melhor qualidade. Trata-se de um debate inescapável para que o país dê um salto de qualidade para o futuro. NESTA EDIÇÃO Descontração para impulsionar negócios O Startup Meetup reúne empresários com interesse em conversar sobre empreendedorismo, cultura digital e tecnologia em geral, e une rodada de negócios com entretenimento. P14 Texto alinhado à sfdfesquerda, sem hifenização, Cartas para a Redação: Avenida das Nações Unidas, , 8º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP). falso, alinhado esquerda, sinha o à esquerda, redacao@brasileconomico.com.br texto alinhado à esquerda, sem hifenização, texto As mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura. falso, alinhado esquerdafhlação. PXX Em razão de espaço ou clareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em Thai Beverage tenta comprar a F&N A empresa busca cerca de US$ 7 bilhões para financiar a aquisição da Fraser & Neave (F&N) firmando um acordo que permitirá bloquear a oferta da rival Heineken. P21

3 Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 3 MOSAICO POLÍTICO ANDRÉ ARAUJO Presidente da Shell Brasil Petróleo PEDRO VENCESLAU pvenceslau@brasileconomico.com.br Riqueza além das reservas Sérgio Lima/Folhapress O tema conteúdo local está presente em muitas rodas de executivos do setor de petróleo e gás, e é pauta constante de conversas entre o governo e representantes da indústria. Para a maioria das empresas, cumprir as metas de aquisição de bens e serviços em suas operações de exploração e produção, privilegiando fornecedores nacionais, é um desafio. Mas esse desafio traz consigo grandes oportunidades. A visão do Planalto de que a descoberta do pré-sal e o desenvolvimento de reservas de petróleo e gás podem e devem contribuir para o estabelecimento de uma indústria de bens e serviços nacional é correta e tem em mente o melhor para o país. Qualquer operador responsável, nacional ou estrangeiro, deve assinar embaixo desse compromisso, não por imposição dos termos de concessão, mas por um princípio de sustentabilidade e legitimidade de negócio. Quando um executivo se vê diante da possibilidade de contratar recursos locais que atendam a requisitos técnicos, a preços competitivos que lhe assegurem entrega no prazo, a decisão é fácil. Podemos descobrir importantes nichos de atuação que permitam ao Brasil gerar divisas além da venda final de barris A questão se complica quando esses recursos não estão prontamente disponíveis em condições tão propícias, seja pelo preço, lapso de tecnologia, ou qualquer outro fator determinante em uma negociação. A cadeia de suprimento de bens e serviços do setor de óleo e gás é complexa e possui centenas, se não milhares, de pequenas engrenagens. Desenvolvê-la é uma jornada, e seguramente haverá percalços. Essa jornada precisa de persistência e priorização, mas também de flexibilidade e de criatividade para assegurar os objetivos de aumento de produção - pois é justamente a produção que vai garantir, entre outros benefícios, os recursos necessários para que todas as peças do quebra-cabeça se encaixem. Muitos são pessimistas quanto ao futuro, mas basta olhar para trás e ver o quanto o setor já vem crescendo ao longo dos últimos anos. Já existe uma boa experiência no que está dando certo, no que pode melhorar, e uma visão dos desafios que temos pela frente. Nesse sentido, a regulamentação de conteúdo local poderia evoluir através de alguns ajustes de sintonia fina que a tornem menos um instrumento punitivo, e mais um sistema de incentivo para eliminar os gargalos do desenvolvimento de fornecedores nacionais. Na mesma direção, algumas boas iniciativas já estão sendo tomadas em Pesquisa &Desenvolvimento, como parcerias com universidades e centros de pesquisa, linhas de crédito sendo abertas para o financiamento de equipamentos e fornecedores e programas de capacitação de mão de obra que poderão, com o tempo, formar mais especialistas brasileiros. Falando de maneira objetiva e pragmática, talvez seja difícil sermos os melhores e mais competitivos em tudo da construção de guindastes à pesquisa e aplicação de nanotecnologia mas podemos descobrir importantes nichos de atuação que permitam ao Brasil gerar divisas além da venda final de barris, alavancando o desenvolvimento da indústria local de forma competitiva internacionalmente. China deixa Zegna cauteloso O estilista italiano Ermenegildo Zegna não arrisca previsão acima de um dígito para É que, mesmo com a pequena recuperação na Europa e nos EUA, China tem dois meses de queda. P29 Reforço na parceria Brasil e Estados Unidos OarticulistaMarcosTroyjoavaliaqueaChinaestáreorientandosua estratégiaparaomercadointerno,oque, emumcenáriofuturo,deve levar oseuadevoltaaopapeldeprincipalparceirodobrasil. P39 Dilma vai capitalizar sucesso paraolímpico Depois da modesta campanha brasileira nos Jogos Olímpicos, o desempenho do Brasil na Paraolimpíada de Londres lavou a alma do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Nada menos que 100% das 23 medalhas foram conquistadas por competidores que recebem o Bolsa Atleta. O país terminou a competição em sétimo lugar no quadro de medalhas e atingiu a meta do governo. Segundo o ministro, a meta em 2016 é que o Brasil suba para a quinta posição e se consolide como uma potência. Não por coincidência, Aldo e Dilma combinaram de anunciar ainda esta semana o milionário Plano Medalha, que terá os moldes de um PAC. O evento será grandioso: as delegações olímpicas e paraolímpicas serão recebidas no Palácio do Planalto. Dilma espera que o Brasil fique pelo menos entre os dez primeiros no quadro de medalhas. Nos próximos anos, o esporte paraolímpico merecerá grande atenção do governo para buscar uma posição ainda melhor em 2016, disse Aldo à coluna. Brasil teve a quinta maior delegação em Londres Os atletas brasileiros voltam para casa também com 7 recordes mundiais quebrados. O Brasil teve a 5ª maior delegação na Paralimpíada de Londres. Foram 317 pessoas no total, com 182 atletas, sendo que 156 (85%) são bolsistas do Ministério do Esporte. CURTAS A Boeing prepara uma festa de arromba para celebrar seus 80 anos no Brasil. Será amanhã, no Clube de Engenharia de Brasília. O evento lembrará a história da empresa no país desde a entrega dos primeiros aviões caça F4B-4 A participação da presidente Dilma Rousseff nas campanhas de Minas Gerais pode ser decisiva? Se depender das estatísticas, pode. Segundo o TRE-MG, as mulheres são maioria entre os eleitores mineiros. Elas somam 51,39% do total votos. Já os homens juntos têm Aécio que se cuide. O prefeiturável Celso Russomanno (PRB) jantará com um seleto grupo de empresários jovens na casa de André Martins, presidente da VB Serviços e do Lide Jovem, no próximo dia 25. PRONTO, FALEI Teríamos eleições federais separadas das estaduais Mozarildo Cavalcanti Senador do PTB de Roraima, defendendo um novo calendário eleitoral Senador gaúcho surfa no sucesso paraolímpico O senador Paulo Paim (PT-RS) aproveitou o embalo do sucesso paraolímpico. Em discurso ontem no plenário, ele fez um apelo aos deputados federais para que acelerem a apreciação e aprovem o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PLS 6/2003), projeto de sua autoria. Divulgação O PSDB usou seu site ontem para acusar Dilma de ter feito proselitismo político no dia 7 de setembro. O ex-presidente Lula deu o ar da graça ontem na campanha eleitoral em Porto Alegre. Ele gravou participação no programa de TV de Adão Vilaverde, que está na lanterna. A campanha de Serra em São Paulo gostou tanto que pediu bis. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aparecerá de novo na TV. A cor dos cabelos virou questão jurídica na campanha de Manaus. O TRE do Amazonas suspendeu uma propaganda do PR na qual uma marionete loira tentava se equilibrar sobre uma corda. A candidata Vanessa Grazziotin (PC do B) pediu a retirada do comercial, já que é... loira.

4 4 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 A VOZ DAS URNAS Editado por: Pedro Venceslau pvenceslau@brasileconomico.com.br Pesquisas eleitorais acendem sinal amarelo no QG do PT A menos de um mês da eleição e liderando em apenas uma capital, partido tem meta modesta para 2012 Pedro Venceslau pvenceslau@brasileconomico.com.br Divulgação BAÚ ELEITORAL ELEIÇÕES 2012 No período da pré-campanha, quando a eleição ainda era um tema distante da prioridade do público, o PT estipulou uma meta modesta para Reconquistar cidades com mais de 150 mil eleitores que foram perdidas em 2008, aumentar o número global de vereadores e pelo menos repetir o desempenho de 2008, quando 569 petistas tornaramse prefeitos. Faltando pouco menos de um mês para o pleito, as pesquisas de opinião indicam que dificilmente esse objetivo será alcançado. O BRASIL ECONÔMICO teve acesso a um dossiê elaborado pelo secretário de organização do partido, Paulo Frateschi, e entregue ao presidente Lula com um minucioso raio X- da situação dos petistas nos muncicipíos com mais de 150 mil eleitores e o histórico da legenda no local. Essa base está sendo atualizada semamlente por Frateschi depois da divulgação de cada nova fornada de pesquisas. O cenário é bastante ruim. Depois que Geraldo Julio (PSB), candidato do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ultrapassou o senador petista Humberto Costa em Recife, o partido de Lula e Dilma tornou-se definitvamente coadjuvante nas capitais. Hoje, o PT só lidera em Goiânia, onde Paulo Garcia aparece com 33,1%. O segndo colocado, Jovair Arantes (PTB), está bem atrás, com 8,9%, segundo Celso Frateschi, secretário de organização do PT, é o responsável por compilar os dados nacionais DESAFIO PT tem dificuldades em liderar disputas nas capitais Fonte: PT PREFEITOS ELEITOS EM cidades estratégicas, com mais de 150 mil eleitores Candidatos próprios 83 Maiores aliados: PcdoB, PR, PSB e PSD pesquisa divulgada no último dia 3 pelo Instituto Serpes. Em São Paulo, capital que mais recebeu investimentos do partido, a situação de Fernando Haddad é considerada delicada. A expectativa dos caciques petistas era que ele tivesse nessa altura pelo menos os 25% de intenções de votos que a legenda sempre alcança desde 1988, quando Luiza Erundina foi eleita. Mas o ex-ministro está com 16% e crescendo lentamente. Em dois redutos estratégicos para o PT no estado o caso está perdido. Em São Caetano, cidade com eleitores, o candidato Edgar Nóbrega saiu da disputa após a divulgação de um vídeo nas redes sociais em que supostamente negocia apoio ou oposição branda à administração do prefeito José Auricchio Júnior (PTB). E na populosa Osasco ( eleitores), a derrota do substituto de João Paulo, que foi condenado no julgamento do mensalão, é dada como certa. Segundo um interlocutor petista ouvido pelo Brasil Econômico, o partido não fixou metas numéricas em 2012 para não criar expectativas. Nas 118 cidades com mais de 150 mil eleitores que o PT considera estratégicas, o partido tem candidatos próprios em 83. Marta defende sua gestão em SP no rádio 1985: redemocratização, gafes e ateísmo ressuscitam Jânio em SP Em 1985, as eleições para prefeito no país voltavam a ser decididas pelo voto popular. Naquele período de redemocratização, São Paulo via a disputa municipal ser polarizada entre o ex-presidente Jânio Quadros (PTB) e o então senador Fernando Henrique Cardoso, na época filiado ao PMDB. Há poucas semanas do pleito, era FHC quem liderava, com boa vantagem, as intenções de voto entre os paulistanos. Também correndo atrás nas pesquisas aparecia Eduardo Suplicy, do PT. Gafes em série, contudo, contrariaram a confiança de FHC em assumir o gabinete da capital sendo aproveitadas pela campanha de Jânio. Um dos erros de percurso mais lembrados daquela eleição ocorreu sobre a cadeira em disputa. A pedido de fotógrafos, FHC aceitou posar sentado na cadeira de prefeito antes dos votos chegarem às urnas. A imagem foi amplamente divulgada nos jornais. Perdeu pontos e ganhou críticas. O ex-senador também declarou não acreditar em Deus e ter experimentado um cigarro de maconha nos anos As frases reforçaram declarações moralistas de Jânio, que viraria o jogo com votações expressivas nas regiões Norte e Leste da cidade. Silvestre P. Silva/Folhapress Ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy citou programa Vai e Volta em propaganda de Haddad Depois de aparecer na TV, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) participou ontem pela primeira vez da propaganda eleitoral de rádio do candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Ela falou sobre o programa de transporte escolar "Vai e Volta", que foi criado em sua gestão ( ). O Haddad vai retomar o 'Vai e Volta' para dar transporte (escolar) seguro. Com o programa de escola integral, vai ampliá-lo, (pois) vai levar as crianças em um período para escola e no outro para atividades esportivas e culturais, defendeu a senadora. Ela assumiu de vez, desde a semana passada, sua participação na campanha petista como cabo eleitoral de Haddad, em carreata na zona sul da capital. Durante o programa, Haddad mostrou seu projeto de educação integral para alunos da rede municipal de ensino. Ainda no rádio, o candidato do PSDB, José Serra, voltou a justificar sua saída da Prefeitura em 2006, após menos de dois anos no cargo, para concorrer ao governo estadual. O Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT, afirmou. FHC: senador pelo PMDB era favorito no pleito paulistano

5 Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 5 FALTAM DIAS PARA O 1º TURNO DAS ELEIÇÕES BRANCO CORRIGE CONFIRMA Ale Vianna/Folhapress Petistas esperam resposta de Lula a FHC Ex-presidente deve responder às críticas do seu antecessor em comício hoje, em São Paulo José Maria Tomazela Agência Estado No primeiro comício que faz hoje com o candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve responder às críticas do também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao seu governo. Na avaliação de assessores, embora aconselhado a evitar o confronto com o tucano que o antecedeu na Presidência, Lula estaria inclinado a elevar o tom contra seus opositores. Ao estrear na campanha do tucano José Serra à prefeitura paulistana, no último fim de semana, FHC abordou o julgamento do mensalão em Brasília para GIRO POLÍTICO Em artigo nos jornais, FHC havia se referido ao governo Lula como herança maldita dizer que a Justiça já condenou réus e não poupou os poderosos e que São Paulo não aceita quem é tolerante com desvios de dinheiro público. Anteriormente, em artigo nos jornais, ele havia se referido ao governo Lula como herança maldita. O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou pelo menos um petista envolvido no processo, o ex-deputado João Paulo Cunha. Amigo de Lula, Cunha viuse obrigado a desistir da candidatura a prefeito de Osasco (SP). No evento, no final da tarde na Quadra dos Bancários, tradicional reduto petista no centro da capital, o ex-presidente falará de improviso e terá a oportunidade de responder às críticas. Nas ocasiões em que se sente em casa, Lula costuma jogar para a plateia, no caso, dirigentes de sindicatos ligados ao PT, e Divulgação Lula: expectativa sobretom do discurso ao ladode Fernando Haddad segundo um assessor, é ele quem decide o que fala. Foi assim em Belo Horizonte, no último dia 31, quando Lula falou 13 minutos e criticou a oposição. A assessoria de Lula quer que ele se mantenha distante da polêmica que envolve o julgamento do mensalão. O argumento é de que a defesa aos ataques dos adversários cabe ao próprio candidato. Haddad já rebateu FHC, ao afirmar que o tucano provavelmente se referia ao mensalão do PSDB, a suposta compra de votos durante a campanha pela reeleição do então governador de Minas Gerais, o tucano Eduardo Azeredo, em Além disso, o PT avalia que o peso de Fernando Henrique na campanha de Serra não é tão decisivo a ponto de exigir uma resposta de Lula. Rodrigo Capote Wilson Dias/ABr TWITTAÇO Ontem tb fui à Festa de San Genaro, na Mooca. É a igreja onde fui batizado. Jantei por lá :) José Serra Candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, sobre visita no sábado (8) ao tradicional evento na zona leste da capital Impressionante o carinho das pessoas em Ermelino Matarazzo, Cangaíba e Penha. Essa é a melhor pesquisa Gabriel Chalita Candidato do PMDB a prefeito de SP, após carreata nos bairros da zona leste O número de caminhões de som etc mostra aos cidadãos que nossa candidatura declara todos os seus gastos e recursos Manuela D Ávila Prefeiturável do PCdoB em Porto Alegre, em resposta às críticas sobre gastos Primeiro colocado nas pesquisas para a Prefeitura do Recife, Geraldo Júlio (PSB) trocou poucas farpas com o ex-aliado Humberto Costa (PT) no debate da RedeTV!/ Folha de S.Paulo no último domingo(9). Ele tentou se descolar do prefeito João da Costa (PT). É natural que eu não conheça todos os projetos tocados pela prefeitura. O candidato Celso Russomanno (PRB) chegou de surpresa, no domingo (9), à missa das 11h30 na paróquia Nossa Senhora da Assunção, nos Jardins. Sentou-se na primeira fileira e comugou. O padre Juarez de Castro deu sermão. Espero que se lembre: a palavra candidato vem de cândido, que significa puro, limpo. Vejam o vídeo que gravamos durante nossa caminhada em Rio das Pedras, onde vimos lixo nas ruas e esgoto a céu aberto Rodrigo Maia Candidato democrata à Prefeitura do Rio de Janeiro, acusando descuido na cidade

6 6 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 A VOZ DAS URNAS ENTREVISTA MARCELO FREIXO Candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSOL Enfrentamos a maior máquina eleitoral da história do Rio Com apenas 13% nas pesquisas, Freixo aposta na baixa rejeição e nos indecisos para ir ao segundo turno Érica Ribeiro e Gabriela Murno redacao@brasileconomico.com.br Candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSOL, Marcelo Freixo defende, em entrevista ao BRASIL ECONÔMICO, o que chama do fim do autoritarismo na relação do poder público com a sociedade. Para ele, apesar de a capital fluminense estar em evidência graças aos eventos esportivos e grande atração de investimentos, a cidade não é eficiente nas áreas de saúde, educação e transporte. Freixo acusa a atual administração de submissão aos interesses do empresariado em geral. Hoje, o Rio é uma cidade excelente para os negócios e dificílima de se viver. Conciliando a agenda de campanha com suas atribuições de deputado estadual, o candidato está em segundo lugar nas pesquisas, com 14% contra 52% do prefeito Eduardo Paes, e aposta no seu baixo índice de rejeição e na conquista dos votos dos indecisos para garantir a ida ao segundo turno. Embora considere importante manter bom relacionamento com os demais níveis de governo, Freixo acredita que a integração entre os governos federal, estadual e municipal, pregada pelo atual prefeito, tem prazo de validade. Quais são os seus planos para o Rio de Janeiro? Nossa campanha está propondo uma nova construção política. Não apostamos nas tradicionais alianças para ter mais tempo de TV. Estamos propondo uma aliança com a sociedade civil organizada. Isso gerou uma militância muito forte, como há muito tempo não víamos no Rio, principalmente entre os jovens. O que exatamente o senhor quer dizer com construção política para o Rio? Trata-se de uma nova concepção de cidade e de gestão. O Rio passa por uma grande transformação, com um calendário que nenhuma outra cidade do mundo tem, com grandes investimentos e com grande perspectiva de transformação. Nesse momento, a cidade mantém uma relação autoritária do poder público com a sociedade, o que acho grave. É fundamental a democratização das relações públicas, começando pelo fortalecimento dos conselhos de políticas públicas, pela criação de um conselho do orçamento participativo municipal. O Rio é a segunda economia do país, mas tem indicadores na saúde, educação e transporte que o coloca entre as piores cidades. Hoje é uma cidade excelente para os negócios e dificílima de se viver. O que o sr. chama exatamente de autoritarismo? Na área de transporte, o governo é autoritário por escolha política e submisso aos interesses da Fetranspor (empresários de ônibus do Rio de Janeiro). O prefeito diz que é síndico, despolitizando a função, e não precisa tomar decisões políticas, como mudar o eixo do transporte do rodoviário para o ferroviário. Na saúde, o prefeito dobrou o orçamento de R$ 2 bilhões para R$ 4 bilhões, mas a saúde piorou, pois não há médicos. É preciso romper a lógica privatista. Como o sr. avalia a chegada O Rio é a segunda economia do país, mas tem indicadores em saúde, educação e transporte que o coloca entre as piores cidades do investimento privado? Os investimentos são bem-vindos, mas precisam gerar uma cidade mais justa, que garanta emprego, crescimento, que melhore o transporte, a saúde. E não é isso que vemos. Os grandes investimentos estão gerando especulação imobiliária e aumento de preços. É mais interessante incentivar a indústria de TI e a de produção cultural, do que uma siderúrgica em Santa Cruz. Essa concepção de desenvolvimento necessita revisão. O Plano Diretor não prevê nenhuma área rural. Para Freixo, os investimentos privados são bem-vindos O que na atual administração seria mantido em sua gestão como prefeito? Acho boa a ideia da Clínica de Família, mas com concurso público. Queremos avançar com o atendimento básico, que é um princípio do Sistema Único de Saúde (SUS) há muito tempo. Fora isso, é difícil pensar em outra ação que manteria na minha gestão. A que o sr. se refere quando fala sobre vida útil quanto à atual aliança dos governos no Rio? Em pouco tempo, o PT começa a sua campanha para 2014 e não conta com o PMDB, no Rio. E aí o castelo desmonta! Hoje, por exemplo, a boa relação da prefeitura com o Cabral faz o prefeito ficar calado sobre a linha 4 do metrô, o que não deveria acontecer. Em relação ao orçamento, como o sr. espera receber a prefeitura? O problema é de quem for receber em 2016, por conta do tamanho da dívida. A grande questão é fazer o Conselho Municipal do Orçamento Participativo para que o orçamento já chegue à Câmara amplamente debatido e mobilizado na sociedade civil. O fato de estar subindo Paulo Alvadia nas pesquisas, ainda que o candidato e atual prefeito esteja também crescendo, é visto pelo sr. como uma chance real de segundo turno? Isso está sendo lido de forma muito positiva pela sociedade, mas enfrentamos a maior máquina eleitoral da história do Rio. Não só pela fusão dos governos federal, estadual e municipal em um projeto que momentaneamente é o mesmo, já que isso vai durar pouco, mas pelas forças corporativas. Temos uma chance concreta de chegar ao segundo turno com 20%. Mas podemos chegar Na saúde, o prefeito dobrou o orçamento para R$ 4 bilhões, mas a saúde piorou, pois não há médicos. É preciso romper a lógica privatista INTENÇÃO DE VOTO Freixo surge como principal candidato da oposição na cidade EDUARDO PAES (PMDB) MARCELO FREIXO (PSOL) RODRIGO MAIA (DEM) OTAVIO LEITE (PSDB) BRANCO/NULO 5% 3% 13% 13% 53% Fonte: Datafolha *Pesquisa realizada entre os dias 28 e 29 de agosto, com 944 eleitores. Margem de erro de 3 pontos percentuais a 20% e não ter segundo turno, depende do percentual dos outros. Temos uma campanha de rua e na internet. A pesquisa mostra também que temos o menor índice de rejeição. Como há um número grande de indecisos, brancos e nulos, este é o voto em disputa. A ida para o segundo turno é uma construção e, se tiver segundo turno, será com a gente. Em caso de segundo turno, o PSOL faria alianças? Se chegarmos ao segundo turno, é porque nossa aliança com a sociedade civil deu certo. É claro que, se o Gabeira e partidos que possam defender o nosso programa quiserem nos apoiar, serão bem-vindos. Mas a aliança para arrastar mais votos para setores que não temos tanto é um mercado político que negamos desde o começo e não há porque mudar. Falta debate na atual campanha? O Paes não quer que sua administração passe por qualquer questionamento. Quem tem os poderes econômico e de propaganda que ele tem, é melhor fazer publicidade do que debater, o que é ruim para a democracia. Mas no segundo turno, não tem jeito. Esta é uma eleição muito importante para o Rio, pois proporcionará uma mudança não para quatro anos, mas para 40 ou 50 anos.

7 Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 7

8 8 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 BRASIL Editora: Ivone Portes Subeditora: Patrycia Monteiro Rizzotto Ueslei Marcelino/Reuters Fazenda amplia setores com custo menor na folha Mantega deve anunciar esta semana a lista dos novos segmentos beneficiados, além dos 15 que já foram contemplados A presidente Dilma Rousseff já deu sinal verde para que as inclusões feitas durante o trâmite da Medida Provisória nº 563, do Plano Brasil Maior, sejam aceitas Simone Cavalcanti, de Brasília scavalcanti@brasileconomico.com.br O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve anunciar esta semana a ampliação do número de produtos e segmentos que poderão contar com a redução dos encargos patronais sobre a folha de pagamentos a partir de Aguarda apenas a sanção presidencial à lei que concede benefícios fiscais no âmbito do Plano Brasil Maior da qual essas desonerações fazem parte. A presidente Dilma Rousseff deu sinal verde para que as inclusões feitas durante o trâmite da Medida Provisória nº 563, do Plano Brasil Maior, sejam aceitas. No início de agosto, o BRASIL ECO- NÔMICO publicou que a presidente desejava ver esse programa ampliado com mais rapidez. Muito embora o governo anuncie como setores, a desoneração é feita por produtos fabricados em segmentos dessas áreas, e isso leva muito mais tempo para abranger toda a cadeia produtiva. Nesse sentido, agora, alguns segmentos do setor de brinquedos devem ser beneficiados, além do da agroindústria, como avicultura e suinocultura. Em pedras ornamentais, mármores e granitos passarão a contar com a mudança. Além disso, está o setor de transporte, nos segmentos rodoviário, aéreo e marítimo seja de carga ou passageiros. Com exceção dos transportes, ESTÍMULO À INDÚSTRIA Desoneração da folha de pagamento, anunciada em abril deste ano OBJETIVO Eliminar contribuição previdenciária patronal de 20% sobre folha, que passou a ser compensada por nova alíquota RENÚNCIA FISCAL R$ 7,2 bilhões, sendo R$ 4,9 bilhões em 2012 SETORES BENEFICIADOS ATÉ AGORA Têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, naval, bens de capital (máquinas e equipamentos), mecânica, hotéis, tecnologia da informação, call center e "design house" Fonte: Ministério da Fazenda cuja alíquota a ser cobrada sobre o faturamento deve ser de 2%, os outros segmentos pagarão 1% da sua receita em vez de recolher ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) 20% dos salários pagos a seus empregados. Diante da reserva no Orçamento para o ano que vem de R$ 15 bilhões, Mantega e sua equipe estudam estender ainda mais essa benesse: serão mais 15 novos setores ou tipos de produtos, além do que foi incluído pelo Congresso Nacional. No entanto, até o fechamento desta edição, o ministro ainda iria se reunir com os técnicos de sua equipe que cuidam do tema para avaliar se incluiria essa expansão no seu anúncio ou deixaria para divulgar mais à frente, uma vez que esse benefício fiscal também passará a valer só ano que vem. Uma nova inclusão agora requereria uma Medida Provisória e incluiria o risco de vê-la aumentada em seus impactos fiscais durante o trâmite tanto na Câmara quanto no Senado, como ocorreu com a MP 563. Sem essas novas expansões, o governo calcula abrir mão de uma receita direta para a Previdência de R$ 7,2 bilhões por ano. No entanto, espera que parte disso seja compensada com o aumento da tributação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os produtos importados dessas áreas e, com o faturamento das empresas crescendo, elevamse outros tributos e o próprio recolhimento da nova alíquota que está sendo aplicada. De todo modo, assim como ocorre em outros ramos de atividade que têm recebido redução nas alíquotas dos tributos, a manutenção dos empregos será exigida como contrapartida. A desoneração da folha de pagamentos teve início no ano passado com apenas quatro setores e hoje já vale para 15. Embora com prazo para acabar em 2014, está sendo tratada pelo governo como uma mudança estrutural, ou seja, sem volta. O objetivo é reduzir o custo Brasil e, consequentemente, ADMINISTRAÇÃO O governo vai, enfim, concluir a reforma do regime de previdência do setor público federal. Aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada a lei pela presidente Dilma Rousseff, a Fundação Nacional de Previdência Complementar do Servidor Federal (Funpresp) será efetivamente criada dentro de um mês. O órgão regulador do sistema de fundos de pensões do Brasil, a Previc, dará o sinal verde para a Funpresp no início de outubro o último passo legal previsto para a conclusão da reforma da previdência. No mesmo aumentar a competitividade. O governo avalia que esse é momento para ter ações nessa direção visando preparar o setor industrial brasileiro para competir melhor internamente, enquanto a situação mundial é instável, quanto externamente quando os ventos favoráveis soprarem. Reforma previdenciária do setor público avança Fundo de previdência de servidores federais (Funpresp) deve ser criado em um mês dia, o governo vai editar um decreto detalhando os estatutos da Funpresp. Dilma tomou a decisão política de transferir para o dia 1º de janeiro o início do novo regime previdenciário. Isso quer dizer que, após a chancela da Previc, os técnicos da União terão ainda três meses para constituírem os fundos de pensão. Os servidores que forem nomeados até 31 de dezembro deste ano ainda ingressarão sob o regime antigo. Já os que forem nomeados após essa data terão de contribuir para a Funpresp caso desejem obter um benefício previdenciário superior ao teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao se aposentarem. Agência Estado

9 Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 9 Divulgação MP do Brasil Carinhoso entra na pauta A pauta do novo período de esforço do Senado, que inicia hoje, pode incluir o Projeto de Lei de Conversão, criando um novo benefício no Programa Bolsa Família. O prazo para a votação do projeto, oriundo da Medida Provisória (MP) 570/2012, vai até 25 de setembro. A medida prevista no texto prevê a criação de um benefício para superação da extrema pobreza na primeira infância. A ação faz parte do programa Brasil Carinhoso lançado em maio por Dilma Rousseff. Redação Mercado reduz previsão de expansão para a economia pela sexta semana Previsão de crescimento do PIB este ano cai para 1,62%. Por outro lado, expectativas são de que a inflação vai acelerar Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central voltaram a reduzir a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano. Na sexta redução seguida, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, passou de 1,64% para 1,62%. Para 2013, a projeção foi mantida em 4%. As informações estão no boletim Focus, publicação semanal do BC feita com base em estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia. A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre deste ano, quando comparada com os primeiros três meses de 2012, com destaque positivo para a agropecuária e preocupante queda dos investimentos e recuo da indústria, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais inflação Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o mercado manteve Analistas já apostam em inflação de 5,2% este ano, bem acima da meta central, de 4,5% a projeção de que encerrará este ano a 7,25% e aumentou a projeção para a inflação após o Banco Central reiterar na semana passada sua máxima parcimônia na condução da política monetária diante da alta dos preços. O Focus mostra que o mercado continua prevendo mais um corte de 0,25 ponto percentual na Selic em outubro. Em agosto, o Copom reduziu a taxa básica de juros em 0,50 pon- LADEIRA ABAIXO Mercado reduz mais projeção para crescimento econômico em , ,5000 1,90% 1,90% 20/JUL 27/JUL 1,85% 3/AGO Fonte: Boletim Focus, do Banco Central 1,81% 10/AGO 1,75% 1,73% 17/AGO 24/AGO 1,64% 31/AGO 1,62% ATUAL to percentual, para 7,50% ao ano, e, na ata de sua última reunião, divulgada na semana passada, demonstrou maior preocupação com os preços no curto prazo por conta da alta dos produtos agrícolas. Assim, o BC não vê mais a inflação convergindo para dentro da meta neste ano. A expectativa dos analistas para 2012 também está longe do centro da meta central de 4,5%, uma vez que eles agora preveem que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IP- CA), calculado pelo IBGE, fechará 2012 em 5,24%, ante 5,20% na semana anterior. Essa foi a nona vez seguida em que a projeção para a inflação foi elevada na pesquisa realizada pelo Banco Central. Na semana passada, o IPCA de agosto reforçou ainda mais a expectativa de que o ciclo de redução da taxa de juros está chegando ao fim ao registrar avanço de 0,41%, acelerando a alta no acumulado em 12 meses para 5,24%. A taxa registrada em agosto foi a maior para o mês em cinco anos. De acordo com o relatório, para o fim de 2013, a projeção sobre a Selic foi reduzida para 8,25%, contra 8,50%. Para a inflação no ano que vem, a projeção foi elevada a 5,54%, ante 5,51% da semana anterior. Também têm piorado, há 15 semanas seguidas, as projeções para a produção industrial. Os analistas esperam queda ainda maior na atividade do setor. Agora projetam retração de 1,89% este ano, contra 1,78% previsto na semana passada. No próximo ano, a expectativa é que haverá recuperação, com crescimento de 4,5%, estimativa mantida há duas semanas. A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 35,25% para 35,37%, este ano, e foi mantida em 34%, em Dólar A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano permanece em R$ 2, tanto para 2012 quanto para 2013, há cinco semanas seguidas. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 18,04 bilhões para US$ 18 bilhões, neste ano, e de US$ 15 bilhões para US$ 14,57 bilhões, em Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi ajustada de US$ 58,8 bilhões para US$ 59,2 bilhões, este ano, e mantida em US$ 70 bilhões, em A estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 55 bilhões, este ano, e passou de US$ 59,01 bilhões para US$ 58 bilhões, em ABr e Reuters Desoneração da tarifa elétrica precisa contemplar ICMS Marcello Casal Jr./ABr Incidência do imposto para indústria pode variar de 18% a 30%. Para residência é de 25% O novo pacote do governo a ser anunciado oficialmente hoje sobre a redução no preço da energia elétrica 28% para consumidores industriais e 16,2% para residenciais é apontado por especialistas ligados ao setor como muito bemvindo. É um sinal claro de que o governo está preocupado com a perda de competitividade da indústria, diz o economista do Ibmec, Marcio Slavato. Contudo, ele aponta que esta não deixa de ser apenas mais uma ação pontual e transitória, vigorando apenas até o segundo semestre de 2013, quando prevê a retomada da força da indústria e consequentemente da economia. A desoneração trará impacto sobre os cofres públicos. É como a redução das alíquotas do IPI, que auxilia a economia até sua retomada de fôlego, argumenta o especialista. Para Slavato, o problema de competitividade da indústria é crônico e não pode ser solucionado no curto prazo, mas sim no médio e longo, necessitando então de uma política extensiva. A margem de redução na tarifa já apresentada na última semana pela presidente é robusta, mas ainda é preciso que seja ampliada a discussão em torno do assunto, diz. Ele aponta o ICMS como a outra ponta do iceberg, o qual tem impacto de 25% sobre o preço da conta do consumidor Mais de 20% do custo produtivo é ligado ao uso de energia elétrica residencial, variando de 18% a 30% para a indústria. Já o gerente do núcleo de regulação e tarifas da Andrade & Canellas, Ricardo Savoia, aposta ser esta uma medida conclusiva e de caráter permanente. A complexidade do setor quanto às suas regulações, segundo ele, não abre espaço para uma ação paliativa, momentânea. Contudo, Savoia argumenta que as ações não devem parar por aí, entrando também no âmbito da discussão de encargos setoriais como o ICMS. Esse imposto precisa ser equalizado. Ele atrapalha a competitividade da indústria. A matriz energética brasileira é a mais renovável do mundo, contudo o preço da energia é um dos mais altos por conta da incidência de tributos como esse, chama a atenção. Mas com o pontapé inicial, Savoia prevê que a indústria ligada ao setor de eletrointensivos seja a mais beneficiada, principalmente frente à concorrência de produtos importados já que é uma das que mais faz uso desse insumo durante o processo produtivo. Mais de 20% do custo produtivo é ligado ao uso de energia. O resultado certamente refletirá na redução do preço dos produtos ao consumidor final, diz. Cristina Ribeiro de Carvalho

10 10 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 BRASIL Herwig Prammer/Reuters MEIO AMBIENTE Aiea e ONU fazem parceira visando soluções para impactos das mudanças climáticas O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, ressaltou ontem que o órgão vai trabalhar em parceria com a Coordenação Internacional de Meio Ambiente, da Organização das Nações Unidas (ONU), em busca de soluções para os impactos causados pelas mudanças climáticas no planeta. Amano disse que a decisão foi tomada durante a Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro. ABr Obras de concessões terão licença ambiental garantida Leilões de estradas, ferrovias, portos e aeroportos só poderão ser realizados tendo licenciamento prévio feito pelo Ibama. Hoje a regra vale apenas para usinas hidrelétricas Ruy Barata Neto, de Brasília rneto@brasileconomico.com.br Os projetos relacionados no pacote de concessão de estradas e ferrovias, anunciado no mês passado pelo governo, deverão receber licenças ambientais prévias (LPs) como condição para a realização do leilão de definição dos concessionários. Esta regra vale apenas para as concessões de usinas hidrelétricas, mas o governo quer expandir isso para os demais setores da infraestrutura. Primeira das três etapas que compõe o licenciamento ambiental, a LP é necessária para dar segurança para o concessionário e diminuir falhas nos cronogramas das obras que venham ocorrer por questionamentos ambientais que deveriam estar respondidos como condição para a realização do projeto. Os Ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes estão articulando a operação em parceria como parte de um conjunto de aprimoramentos das regras de licenciamento a ser publicado na esteira do pacote de concessões que incluirá ainda portos e aeroportos. A diretora de licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Gisela Forattini, afirma que as LP obrigatórias para as concessões irá ajudar bastante o processo de licenciamento das obras. Ela explica que para a obtenção da licença prévia, antes da concessão das obras relacionadas a estradas e ferrovias, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seria responsável pela obtenção das licenças junto ao Ibama, tal qual a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) trabalha no caso das concessões de usinas hidrelétricas. É uma ação que ajudará bastante no licenciamento, diz. Gisela afirma que já há uma integração entre Ibama e Ministérios dos Transportes que cria uma condição propícia para este tipo de aprimoramento. A articulação ganhou impulso após o conjunto de portarias interministeriais, publicadas Gisela Forattini: medida irá ajudar bastante o processo de licenciamento ambiental das obras no ano passado, para tornar mais ágil os processos de licenças ambientais. Essa articulação não foi criada apenas para agilizar o licenciamento, mas também para suprir algumas lacunas normativas que precisamos para melhorar o processo, afirma Gisela. Segundo ela, os aprimoramentos que vêm sendo empreendidos no licenciamento ambiental não comprometem o rigor técnico do órgão para a emissão de licenças e afirma que Os ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes estão articulando a operação em parceria o remédio para impedir entraves está na elaboração de bons projetos de engenharia. O licenciamento não é mais um gargalo, diz. Bons projetos, terão bons licenciamentos. Renato Araujo/ABr Balanço Conforme publicou o BRASILECONÔ- MICO, na semana passada, o Ministério dos Transportes e o Ministério do Meio Ambiente estão fazendo um balanço sobre o licenciamento dos primeiros 7,5 mil quilômetros de estradas que serão concedidas. A ideia é identificar, na origem, problemas que possam vir a comprometer o licenciamento das novas concessões. A advogada especializada em direito ambiental, Simone Paschoal Nogueira, diz que muitas estradas foram concedidas sem licenciamento prévio e que a falta do documento, na maioria dos casos, podem trazer questionamentos a obras que já deveriam ter sido respondidos na fase inicial do licenciamento. As concessões que são feitas já tendo licenças prévias são fundamentais para que o empreendedor assuma um risco de mais estruturado, diz Simone. ANTT vai debater licitações rodoviárias Serão realizadas duas sessões presenciais para discutir o tema, nos próximos dias 18 e 24 A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou a realização de audiência pública para obter contribuições aos Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica para Concessão da rodovia BR- 040/DF/GO/ MG, trecho Brasília/DF-Juiz de Fora/MG, integrante da terceira etapa das Concessões Rodoviárias Federais Fase 1. O aviso sobre essa audiência pública foi divulgado na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU). Serão realizadas duas sessões presenciais para discutir o tema. A primeira reunião está marcada para o dia 18 de setembro, em Brasília (DF). A segunda, para o dia 24 de setembro, em Belo Horizonte (MG). O período para envio de contribuições para esse processo de audiência pública começou nesta segunda-feira e segue até o dia 25 de setembro. Conforme explica a ANTT, o projeto de concessão desse trecho consiste na exploração da infraestrutura e da prestação do serviço público de recuperação, operação, manutenção, monitoração, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade da rodovia. O sistema rodoviário objeto da concessão compreende a rodovia BR-040, com extensão de 936,8 quilômetros, no trecho que se inicia no Distrito Federal, no quilômetro 0,0 do Plano Nacional de Viação (PNV) 2006, até o município de Juiz de Fora, em Minas Gerais. A ANTT publicou também ontem, no Diário Oficial da União, as novas tarifas de referência para o transporte ferroviário de cargas de 11 concessionárias no país, que valerão a partir de 25 de setembro. Segundo a agência, para o transporte de carga geral, a redução média nos tetos tarifários será de 25%. Para o transporte de granéis minerais, a queda média será ainda maior, de 30%. As tarifas teto são diferenciadas por empresa, produto e faixa quilométrica. Anne Warth, da Agência Estado

11 Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 11 Marcela Beltrão EXPORTAÇÕES Balança comercial tem resultado superior a US$ 1 bilhão na primeira semana de setembro A balança comercial brasileira registrou saldo de US$ 1,028 bilhão na primeira semana de setembro. O resultado é fruto de exportações no valor de US$ 4,445 bilhões e de importações equivalentes a US$ 3,417 bilhões, segundo números divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No acumulado do ano, o superávit comercial soma US$ 14,198 bilhões. ABr Burocracia prejudica 92% das indústrias Divulgação Pesquisa da CNI diz que excesso de exigências legais afeta competitividade do setor Ayr Aliski Agência Estado O ENTRAVE DA BUROCRACIA Principais dificuldades apontadas para cumprir com as obrigações legais Número excessivo de obrigações legais Complexidade das obrigações legais Alta frequência das mudanças nas obrigações legais Penalidades excessivas pelo não cumprimento das obrigações legais Prazos inadequados para o cumprimento das obrigações legais Falta de recursos para cumprir obrigações legais Dificuldade de acesso a informações sobre obrigações legais Outros 4% O excesso de burocracia prejudica a competitividade de 92% das indústrias brasileiras. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou ontem duas pesquisas sobre o tema, uma envolvendo a indústria da construção e outra relativa à indústria de transformação e extrativa. No saldo geral desses setores, a confederação aponta que além de afetar a competitividade de 92% da indústria, parcela de 85% dos industriais ouvidos considera que há um número excessivo de obrigações legais. O estudo revela também que fatia de 58% dos industriais avalia que um dos principais impactos da burocracia sobre as empresas é o aumento do custo de gerenciamento de trabalhadores. Do total consultado, fatia de 73% aponta que a legislação trabalhista deveria ser prioridade do governo no combate à burocracia excessiva (a legislação ambiental ficou em segundo lugar, com 55% das respostas). Foram consultados industriais em todo o Brasil entre os dias 2 e 17 de abril. Desse grupo, foram ouvidos empresários da indústria de transformação, 116 da indústria extrativa e 437 da construção. A pesquisa que envolveu a indústria da construção foi realizada em parceira com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A pesquisa que ouviu a indústria de transformação e extrativa aponta que 89% das empresas enfrentam burocracia nas áreas trabalhistas e ambiental. Parcela de 85% dos consultados considera que a principal dificuldade para o cumprimento das obrigações legais é o número excessivo dessas exigências. Outra fatia de 60% das empresas afirma que o principal impacto da burocracia é o aumento no uso de recursos em atividades que não estão ligadas diretamente à produção. O estudo que ouviu os industriais da área de construção indica que parcela de 88% desse público diz enfrentar burocracia na área trabalhista. Outra fatia de 85% das empresas considera que a principal dificuldade para o cumprimento das obrigações legais é o número excessivo de exigências. Nesse segmento, 70% apontam que o governo deveria dar prioridade à redução da burocracia na legislação trabalhista. Entre os industriais do setor de construção, parcela de 54% considera que o principal impacto da burocracia é o aumento no custo de gerenciamento de trabalhadores. A CNI ressalta que, entre todos os segmentos industriais, vigora a percepção de que a burocracia prejudica a competitividade, mas ressalta que o excesso de obrigações legais causa problemas diferentes em cada segmento. Há também diferenças nas sugestões dos empresários para o corte da burocracia. Na construção, 25% acreditam que o governo deve priorizar a redução da burocracia nas licitações públicas. O porcentual cai para 12% nas indústrias de transformação e para 6% na indústria extrativa. Por outro lado, 19% dos empresários do ramo de transformação e 17% dos que atuam na indústria extrativa reclamam dos procedimentos aduaneiros, mas o índice é de apenas 4% entre os empresários da construção. Fonte: CNI *A soma dos percentuais é maior que 100% porque cada empresário poderia escolher até três problemas Quase 90% das empresas do segmento industrial extrativista se queixam da burocracia ambiental 18% 15% 25% 34% 34% 50% 85% Cai número de falências no país Levantamento realizado pelo Serasa indica que queda foi de 4% em relação a julho deste ano O número de pedidos de falência de empresas no país caiu 4% em agosto na comparação com julho, ao passar de 200 para 192, informou nesta segundafeira a Serasa Experian. Em relação a agosto de 2011, porém, quando foram registrados 170 pedidos, houve um aumento de 12,9%, segundo o Indicador de Falências e Recuperações. No acumulado de janeiro a agosto, foram requerimentos, ante verificados no mesmo período de 2011, um aumento de 12,6%. Para a Serasa Experian, a queda em agosto sobre julho sinaliza que há setores produtivos em recuperação, como o automotivo. A redução dos juros tem sido positiva, e, somada aos benefícios fiscais, promove a volta gradual dos consumidores às compras, afirma a empresa, em nota. Dos 192 pedidos de falências de agosto, 118 foram feitos por micro e pequenas empresas, Mas o indicador de Falências e Recuperação registrou alta de 12,9% em relação a agosto de , por médias e 24 por companhias de grande porte. Já as falências decretadas praticamente dobraram de julho para agosto. Foram 80 em agosto, contra 41 registradas no mês anterior. O total de pedidos de recuperação judicial subiu de 68 em julho para 81 em agosto, alta de 19,1% puxada por setores dependentes da economia internacional. As recuperações judiciais deferidas passaram de 53 em julho para 61 em agosto. Nas comparações anual (agosto 2012/2011) e entre os acumulados (janeiro a agosto 2012/2011), as falências requeridas sobem em decorrência de diferentes conjunturas. No 3º trimestre 2011, a atividade econômica estagnou, dando início a um período mais crítico para as finanças empresariais. Atualmente, mesmo com os primeiros sinais de recuperação, há um volume maior de empresas que precisam reverter os prejuízos. Essa análise também se aplica às empresas que requereram recuperação judicial. Agência Estado

12 12 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 BRASIL Alan Morici/Ag. O Dia COPA DO MUNDO Começam amanhã obras viárias em Itaquera orçadas em R$ 450 milhões Durante a inspeção de representantes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e do Comitê Organizador Local (COL) à construção da arena do Corinthians, em Itaquera, foi anunciado que amanhã começam as obras viárias na região onde está sendo construído o estádio. Será feita a ligação entre a Radial Leste e a Avenida Itaquera. As obras estão orçadas em R$ 450 milhões. ABr Valério atuou em todas as etapas da lavagem de dinheiro, diz relator Oito réus já foram condenados pelos ministros do STF por envolvimento no suposto esquema do mensalão O relator da ação penal do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse ontem que o publicitário Marcos Valério atuou em todas as etapas de lavagem de dinheiro destinados ao suposto esquema. Barbosa iniciou a análise do item do processo referente à lavagem de dinheiro. São réus o chamado núcleo financeiro, que seria composto por ex-dirigentes do Banco Rural, e o núcleo operacional, com funcionários e ex-sócios das agências de Valério, apontado como principal operador do suposto esquema. O relator citou diversas perícias que consideraram que as fraudes no Banco Rural foram orquestradas, em total desacordo com as normas vigentes, com o intuito de impedir o rastreamento da origem, natureza e destino dos recursos, como afirma a denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Barbosa disse que modificações em registros das agências DNA e SMP&B caracterizam fraude contábil, com conhecimento e assinaturas de Valério e dois ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach. Barbosa: Valério foi mudando a versão dos fatos de acordo com o desenrolar dos acontecimentos O relator apontou ainda para a existência de um esquema de triangulação de recursos. Outra etapa de lavagem de dinheiro foi a simulação de empréstimos bancários, disse Barbosa, que confirmou voto do capítulo anterior, de que o Banco Rural teria simulado José Cruz/ABr transações para abastecer o suposto esquema. Segundo a denúncia, o Banco Rural teria realizado empréstimos simulados que teriam disponibilizado R$ 32 milhões ao suposto esquema. Barbosa disse ainda que o banco permitiu que saques nominais à SMP&B fossem realizados por terceiros, que eram conhecidos do Rural. Valério foi mudando a versão dos fatos de acordo com o desenrolar dos acontecimentos para explicar a destinação dos saques, disse o relator. A defesa do Banco Rural afirma que todos os saques foram registrados e informados ao Banco Central de acordo com a legislação da época. Este é o terceiro capítulo a ser analisado pela Corte, dos sete itens da denúncia da Procuradoria-Geral da República. Oito réus já foram condenados pelos ministros por envolvimento no suposto esquema de desvio de recursos públicos e compra de apoio parlamentar ao governo, que veio à tona em 2005 e se tornou a pior crise política do governo do então presidente Luiz Inácio lula da Silva. Na semana passada, os advogados dos réus Kátia Rabello e José Roberto Salgado disseram que iriam recorrer da sentença do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou os ex-dirigentes do Banco Rural, por unanimidade, pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira,. Logo após a sessão de quintafeira (6), José Carlos Dias e Márcio Thomaz Bastos, que representam Kátia e Salgado, informaram que entrariam com um recurso chamado embargo de declaração. A ferramenta é usada para corrigir pontos que não ficaram claros na sentença. Reuters e ABr STF Dilma indica ministro do STJ Teori Zavascki para o Supremo Peluso saiu na semana passada por aposentadoria compulsória Se for aprovado em sabatina no Senado, ele ocupará vaga de Cezar Peluso, que se aposentou Lisandra Paraguassu Agência Estado A presidente Dilma Rousseff indicou o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Teori Albino Zavascki para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga de Cezar Peluso, que saiu na semana passada por aposentadoria compulsória. Zavascki ainda terá que passar por uma sabatina no Senado Federal. O ministro é de Santa Catarina, onde se formou em Direito. Em seguida, fez mestrado e doutorado em direito processual na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também foi professor. Atualmente, dá aulas na Universidade de Brasília. Zavascki, de 64 anos, foi juiz do Tribunal Federal da 4ª região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) entre 1989 a 2003 e presidente do Tribunal entre 2001 e Estava no STJ desde maio de 2003, onde foi presidente da primeira turma da Corte e depois presidente da 1ª seção entre 2009 e Teori foi o responsável pelo voto condutor que absolveu Antonio Palocci de um processo por improbidade administrativa que chegou ao tribunal. Em novembro de 2010, todos os ministros da 1ª Turma do STJ seguiram a manifestação de Zavascki favorável a Palocci, então coordenador da vitoriosa campanha de Dilma. A decisão pavimentou o caminho para que Palocci se tornasse ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República.

13 PODER ONLINE Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 13 >>> Leia mais em TALES FARIA, de Brasília Sem disputa com Renan O senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), como o nome indica, é filho do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Assumiu o Senado como suplente do pai. Em conversa com o Poder Online, ele afasta a possibilidade de o pai deixar o governo para concorrer a presidente do Senado. Para Lobão Filho, a presidente Dilma Rousseff conduziu mal o processo. Meu pai é um democrata. Não há hipótese de ele tentar se impor como nome do Planalto contra um candidato já estabelecido. A presidenta Dilma errou ao deixar circular seu desejo de que meu pai fosse o próximo presidente do Senado. Isso só fez fortalecer o espírito de corpo na Casa e consolidou a candidatura do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). E o Renan já manifestou ao partido seu desejo de concorrer. Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr CURTAS O fato de o ex-presidente Lula ter desmarcado suas viagens para ajudar nas campanhas eleitorais do Nordeste deixou o PT de Pernambuco desconcertado. O candidato do partido a prefeito do Recife está sofrendo bullying dos adversários, que insinuam que Lula não torce tanto assim por sua vitória. Para piorar a coisa, está previsto para domingo um encontro de Lula com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que bancou a candidatura do principal adversário de Humberto, na corrida pela Prefeitura, Geraldo Julio. O encontro tinha sido marcado há algum tempo para desfazer boatos de rompimento entre Lula e Campos. Mas o comando do PT está argumentando com o ex-presidente que manter o encontro agora servirá para alimentar os boatos contra o partido no Recife. Lembra de Agaciel Maia, ex-diretor do Senado acusado de envolvimento no escândalo dos Atos Secretos? Pois é, como se sabe, ele foi eleito deputado distrital pelo PTC em Brasília. Mas não é só isso. Agaciel se tornou um dos homens fortes da Câmara Distrital e está negociando com o PT para se tornar vice-presidente da Casa, em chapa encabeçada pelo petista Wasny de Roure. Até o final desta semana, o PTB deverá inaugurar mais sete comitês zonais para promover a candidatura de Celso Russomanno (PRB). Apesar da liderança nas pesquisas, o partido aliado quer demonstrar vigor na campanha e evitar a comodismos com a situação. Serão instalados três novos comitês na Zona Leste, dois na Sul, um na Norte e um no Centro da capital paulista. O climinha de cordialidade entre as candidaturas José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) já deixou há muito de ser o que foi um dia. Correligionários de Serra começam a perder o receio de atacar o líder das pesquisas em respeito ao famigerado acordo de não agressão. O deputado estadual Orlando Morando, um dos coordenadores tucanos, diz que Russomanno é um candidato sem propostas consistentes e usa uma frase curiosa para sinalizar sua crença de que o eleitor perceberá isso: Para namorar, não precisa ser a pessoa mais correta do mundo, mas para casar, tem de ser a pessoa certa, diz o tucano. A avaliação do comando nacional do PMDB é que o partido não deve se sair bem nas eleições para prefeitos de capitais. Mas terá um bom resultado nas demais cidades Colaboraram Leonardo Santos e Marcel Frota Greve em universidades federais chega a 118 dias, com 14 instituições paradas Os cerca de 115 mil trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) também podem parar Antonio Cruz/ABr A greve das universidades federais completa 118 dias hoje com apenas 14 instituições de ensino superior totalmente paralisadas. Dezoito universidades que decidiram manter a paralisação têm previsão de retorno às aulas até o dia 17 deste mês. Retornaram às aulas ontem as universidades federais do ABC (UFABC), da Fronteira Sul (UFFS) e de Alfenas (Unifal). De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes- SN), estão previstas novas rodadas de assembleias gerais de hoje até quinta-feira (13). Segundo o Andes-SN, ainda estão em greve e sem previsão de retorno às atividades as universidades federais do Amazonas (Ufam), de Alagoas (Ufal), do Pará (UFPA), de Sergipe (UFS), de Mato Grosso (UFMT), de Uberlândia (UFU), Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), de Viçosa (UFV), do Paraná (UFPR), do Rio Grande (Furg), de Pelotas (Ufpel), de Santa Maria (UFSM), de Ouro Preto (Ufop) e de Itajubá (Unifei). Os docentes ligados ao Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa parte da categoria, decidiram pelo fim da paralisação no dia 31 de agosto. Eles aceitaram a proposta do governo para reajuste salarial entre 25% e 40%. Correios Os cerca de 115 mil trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) podem entrar em greve nos próximos dias. Dos 35 sindicatos da categoria, 16 fariam A administração dos Correios diz ter um plano de contingência para garantir serviços assembleias na noite de ontem e até o fechamento desta edição ainda não havia saído os resultados. Outros sete fazem assembleia hoje. Embora o calendário de mobilização da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) aponte para o início de uma paralisação nacional por tempo indeterminado a partir de hoje, a avaliação da própria entidade é que a maioria das assembleias adie a decisão para dia 18. A Fentect orientou para a greve a partir de amanhã (hoje), mas cada sindicato tem sua autonomia, disse James Magalhães de Azevedo, secretário de Imprensa da Fentect, em entrevista. A certeza é que todos as assembleias irão recusar a proposta da empresa, mesmo aquelas que eventualmente não aprovem a entrada em greve amanhã (hoje). O comando de negociação da Fentect reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil. Quatro sindicatos dissidentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru), que se desfiliaram da federação, reivindicam 5,2% de reposição, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100. O salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é R$ 942. ABr No ano passado, greve nacional dos Correios durou 28 dias

14 14 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 INOVAÇÃO & EMPREENDEDORISMO Editor executivo: Gabriel de Sales QUARTA-FEIRA EDUCAÇÃO/GESTÃO QUINTA-FEIRA SUSTENTABILIDADE Parcerias e bons negócios em um ambiente de balada Startup Meetup segue modelo do Vale do Silício e estimula o empreendedorismo com muito entretenimento Marcelo Ribeiro mribeiro@brasileconomico.com.br Imagine alguém transformar a prospecção de oportunidades em negócio e perceber que nem sempre os ambientes mais sérios são os adequados para as transações entre empresários empreendedores. Essa percepção fez com que Tiago Asevedo, fundador do Circuito Startup, vislumbrasse diversas atividades que poderia aplicar no setor. Esse formato de Meetup nasceu no Vale do Silício. Quando conheci o funcionamento, estabeleci que aquilo seria um projeto inovador, que encantaria os empreendedores brasileiros. Com as próprias experiências, Asevedo encontrou as dificuldades em criar vínculos com outros empresários. Além disso, os obstáculos para achar investidores ou até mesmo uma aceleradora que estivesse habituada a desenvolver projetos mais específicos incomodavam. Neste contexto, decidiu fundar o Circuito Startup em 2010, que se transformou em menos de dois anos em uma das maiores rede de eventos dessa área de atuação. O principal objetivo era movimentar esse ecossistema. O surgimento de startups no país foi difícil, já que o brasileiro prefere negócios mais consistentes, que lhe deem segurança. A partir do crescimento e da consolidação do sistema, percebi que ainda havia preconceito, mas que era importante atender a demanda desses empresários. Queria estimular o empreendedorismo de alto impacto, contextualiza. Em 2011, o Rio de Janeiro foi escolhido para sediar o primeiro evento Startup Meetup, encontro que tinha como principal meta possibilitar a reunião de empresários interessados em conversar sobre empreendedorismo cultura digital e tecnologia. A receptividade foi grande. Já no primeiro evento, mesmo com pouca divulgação, as pessoas demonstraram interesse pelo tema e repercutiram o assunto com os amigos, o que acabou trazendo ainda mais empreendedores na segunda edição. Para Asevedo, a grande vantagem do projeto é que o formato é totalmente diferente do convencional, evitando os ambientes de inúmeras palestras. Nosso ponto de referência foi o Silício. O objetivo é estabelecer encontro e posteriormente vínculos. Um ambiente com palestras é interessante, mas muitas vezes acaba inibindo o contato, a interação. CENTRO DE NEGÓCIOS Startup Meetup conquista cada vez mais empreendedores O primeiro evento aconteceu no Rio de Janeiro em Neste mês, acontece o 8º encontro na capital fluminense Entre empreendedores, investidores, incubadoras, aceleradoras de negócios, o encontro reúne em média 250 participantes Após atrair empresários de todo o país, o Startup Meetup acontece em seis cidades pelo Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba e Fortaleza Ainda em 2012, serão realizados em João Pessoa, Porto Alegre e Natal A periodicidade é um dos maiores segredos do negócio. O encontro acontece com intervalos bimestrais Para atrair ainda mais empreendedores, os organizadores criaram o Desafio Startup, onde os projetos são apresentados durante dois minutos para uma banca de empresários No total, são 12 mobilizadores espalhados pelo Brasil. Eles são responsáveis por atrair o público Fonte: empresa Tiago Asevedo Fundador do Circuito Startup no Brasil Já no primeiro evento, mesmo com pouca divulgação, as pessoas demonstraram interesse pelo tema e repercutiram o assunto, o que trouxe mais empreendedores na segunda edição O público-alvo dos eventos de networking promovidos por Asevedo é bastante restrito. Em todo o Circuito, se encontram empreendedores, investidores, incubadoras e aceleradoras de negócios. O fato de ter um perfil estipulado foi determinante para que Asevedo executasse as primeiras mudanças em sua ideia. O primeiro deles foi gratuito. Com isso, pude averiguar que muitas gente vinha com pessoas da própria empresa e não interagiam. Além disso, tinha quem que não se enquadrava em nenhum dos quatro grupos. Tornar o evento pago foi uma maneira de tornar lucrativo o nosso projeto, mas também foi a possibilidade de filtrar o público e trazer pessoas interessantes e pertencentes ao ecossistema das startups. Uma das dinâmicas realizadas no encontro é que cada participante recebe uma identificação, que o enquadra em uma das quatro categorias. Neste contexto, é muito mais fácil para que as pessoas se conheçam e encontrem grupos de interesse comum. Além disso, colocamos localizadores para as pessoas irem direto ao grupo que as interessa. Há também a presença de facilitadores, que são membros da organização, que circulam pelo salão e são responsáveis por apresentar parceiros em potencial, integrar grupos que realmente podem estabelecer sinergias. Desde o início, o Startup Meetup reúne em média 250 participantes. Asevedo explica que o público deve aumentar gradativamente, mas garante que hoje consegue reunir um grupo heterogêneo que empreenda ou tenha interesse em investir no segmento. O sucesso no Rio de Janeiro fez com que o evento fosse replicado em outras cinco cidades: São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba e Fortaleza. Ainda em 2012, serão realizados em João Pessoa, Porto Alegre e Natal. Para atrair o público, Asevedo conta com a colaboração de 12 mobilizadores, que são voluntários dos outros estados e já tem uma rede de contatos do setor. Eles são responsáveis por agitar a cidade, movimentar e atrair gente para os encontros. São imprescindíveis para a organização. Os integrantes também apresentam painéis e palestras sobre temas relacionados a empreendedorismo, negócios e o universo Startup. Palestrantes de renome ensinam o caminho das pedras para quem está começando ou já tem um negócio em operação. O senso de comunidade fez com que o empreendedorismo desse certo no Vale do Silício. É exatamente esse comportamento que queremos replicar no Brasil, diz Asevedo. Ele acredita que um dos segredos do evento é a sua periodicidade. O encontro acontece com intervalos bimestrais. Não poderia ser diferente. A espera faz com que o empreendedor chegue no evento com sede de negócio. A criatividade e ousadia com que conduz o encontro também são responsáveis pelo sucesso Fotos: divulgação O primeiro evento aconteceu no Rio de Janeiro. Hoje, seis estados já se renderam ao Startup Meetup neste primeiro ano. Criei o Desafio Startup, que é uma competição de negócios, na qual os empreendedores passam por uma seletiva. Se aprovados, podem apresentar sua ideia para uma banca de investidores. Tudo isso em dois minutos. A minha inspiração foi o Clube da Luta, na qual a pessoa se apresenta em um ambiente fora de seu habitat natural. De acordo com o idealizador do Startup Meetup, com essa dinâmica, estão sendo revelados diversos talentos locais e surgiram parcerias nos mais diversos setores. Criamos a rodada de negócios, na qual o empreendedor escolhe a empresa para apresentar a sua ideia. Os perfis são avaliados e os vencedores têm cinco minutos para conversar com a mesa escolhida. Um dos desafios para os organizadores é receber um feedback dos participantes. Por isso criamos um questionário. De todas as respostas, 99% dos entrevistados dizem que fez contato relevante para sua carreira. O mapeamento também aponta que cada participante fala em média que 15 pessoas por encontro. Ambicioso, Asevedo acredita que comandar a maior rede de eventos do ecossistema das startups é pouco para ele. Eu quero crescer mais. Quero que sejamos a maior da América Latina. Por isso, em breve estaremos atuando no Chile e na Argentina, mas não poso contar mais detalhes, conclui.

15 Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 15 SEXTA-FEIRA TECNOLOGIA SEGUNDA-FEIRA ECONOMIA CRIATIVA Investidor alternativo prefere empreendedor MARA SAMPAIO Psicóloga e especialista em cultura empreendedora Profissionais fogem do convencional e se inclinam para a inovação O ambiente pouco usual para negociações poderia gerar desconfiança do público do Startup Meetup. Isso realmente aconteceria se o público não pertencesse a um mercado distante dos tradicionalismos recorrentes nas grandes empresas. Para o fundador do evento Tiago Asevedo, a triagem do evento já acontece em função de não se tratar de um encontro gratuito. Além disso, ele explica que os mobilizadores são responsáveis por averiguar que os interessados realmente tem um perfil mais inovador. Nos asseguramos que os participantes não vão se indispor com a informalidade e vão considerála o trunfo do negócio. O fato de nos encontrarmos em um ambiente informal torna o evento algo híbrido, que une diversão e negócios. Isso não significa que não somos sérios, adverte. Marllon Callaes é mobilizador e trabalha na parceira Experimental, aceleradora de negócios do Rio de Janeiro. Para ele, o evento trouxe muitas vantagens já que foi possível estabelecer vínculos entre as empresas que contratam seus serviços e investidores que conhece no evento. Me considero um fomentador local. O evento depende da minha existência. Mas o fato de ter me trazido tantas vantagens profissionais fez com essa dependência com o Startup Meetup passasse a ser mútua, explica. De acordo Callaes, a partir da criação do Desafio Startup, foi possível ter a percepção que houve um aperfeiçoamento no evento. Esse é um grande impulso para quem faz parte do TRÊS PERGUNTAS A......ADALBERTO BRANDÃO Divulgação Gerente do Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da FGV Empreendedores usam conexões para fazer mais interações Ambientes mais descolados, que fujam do tradicional, podem trazer novo fôlego aos investidores. É isso que explica o especialista em private equity e venture capital da Fundação Getulio Vargas. projeto. Além de estabelecermos negócios legais para as empresas que nos contratam como aceleradora, conforme o projeto vai evoluindo, percebemos que ela pode nos atribuir ainda mais ganhos". O investidor anjo Fernando Campos também testemunha a favor do projeto e se considera defensor de mais projetos inovadores e que fujam dos modelos convencionais. Durante o Startup Meetup, encontrei vários projetos interessantes. Em algumas oportunidades, quando eu participava como palestrante para incentivar os empreendedores a procurarem pelos investidores anjos, eu fui abordado por microempresários que tinham se interessado pelo assunto. A partir disso, trocávamos cartões, eu analisava os projetos e selecionava os que mais me interessavam. Durante uma das reuniões, conheci o projeto Listus, que é um site de lista de presentes com itens das principais lojas do Quais são as principais características dos eventos pouco convencionais que reúnem investidores e empreendedores? Eles levam consigo o espírito inovador. A falta de recurso de quem empreende faz com que sejam criadas diversas alternativas. É mais informal e acaba agradando esse público. Além disso, os horários são alternativos e isso é excelente para quem está empreendendo e ainda mantém vínculo empregatício. Que vantagens você destacaria no Startup Meetup? É um evento híbrido e versátil, isso é uma vantagem que pode ser considerada uma qualidade. Folhapress Mobilizadores garimpam ideias inovadoras para o Startup Meetup e-commerce. Era tudo concentrado no mesmo site. Quando vi, tive certeza que ia cair nas graças dos consumidores. Não tive dúvida em realizar uma parceria. A equipe era muito boa e resolvi investir, explica Campos. O investidor anjo acredita que profissionais que se esquivam das negociações tradicionais preferem atuar nesse ecossistema inovador. Os fundos de venture capital e os investidores anjos se interessam mais, porque não temem risco e não podem perder tempo em reuniões. Em uma simples conversa, percebemos se o projeto é interessante ou não. Isso é otimizar o nosso tempo e o nosso trabalho. Satisfeito com os resultados que suas visitas surtiram, Campos aconselha os investidores tradicionais. Eu acho que o investidor tradicional tem que se reciclar, fazer uma adaptação. Assim ele entenderá esse universo e poderá comprovar que pode encontrar diversos negócios rentáveis, afirma. M.R. É um evento que maximiza o tempo porque se conhece muita gente em pouco tempo, é muito ágil. A geração de networking é mais próxima que as pessoas comuns. Enquanto a sociedade se afasta, eles tendem a estar cada vez mais próximos. Usam conexões para fazer mais interações. E quais são os pontos negativos que ainda devem ser ultrapassados? Tem pessoas que não sabem como se comportar em um evento como esse. Existe uma série de etiquetas que não estão disseminadas. É importante saber que se aquele projeto não interessa ao investidor, é preciso buscar outro e não ficar tentando persuadi-lo. É perda de tempo! M.R. A arte de fazer goiabada Doces da Christy, de Ponte Nova (MG), destrói o estereótipo cultivado por muita gente de que uma empresa só é inovadora quando é uma startup na internet e não combina com tradição Em frente ao quiosque de produtos artesanais da culinária mineira, armado durante o XV Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes que aconteceu no início deste mês na simpática cidade histórica, Christiana Mares Guia se desculpava com os clientes que procuravam pelo doce de manga que ela produz. Tudo que nós trouxemos já foi vendido, dizia. A mangada é um produto recente, que passou a fazer companhia à Goiabada da Christy, uma iguaria que vem conquistando paladares exigentes e é produzida por ela na cidade de Ponte Nova. A história de Christiana como empreendedora é exemplar. Para começar, ela destrói o estereótipo cultivado por muita gente de que uma empresa só é inovadora quando é uma startup na internet e não combina com tradição. A empresa de Christy tem um site, sim. Mas não é só um site. Professora de artes, ela morava em Belo Horizonte até se mudar para a fazenda da família do marido, no interior. Lecionando em um colégio da cidade, ela decidiu começar a vender a goiabada que a sogra produzia apenas para consumo dos parentes e dos amigos. Era uma dessas receitas passadas de mãe para filha há muitas gerações que Christy resolveu transformar em negócio. No começo da empresa, no final dos anos 1990, a produção era sazonal e ficava entre 500 e 700 quilos por temporada. A demanda era bem maior que a produção. Foi então que Christy decidiu plantar mais 200 pés de goiaba e, com a consultoria de outro produtor, conseguiu colher a fruta o ano inteiro, aumentando sua produção. Quando a empresa começava a se expandir, a família tomou a decisão de vender a fazenda e ela precisou interromper o negócio. Certa de que o produto poderia ser um sucesso fez com que ela não desistisse. Pouco tempo depois, apareceu a oportunidade de comprar um sitio com 3000 pés de goiaba. Era a chance não só de retomar a empresa como também de expandi-la. Surgiu, assim, a Doces da Christy. Atualmente, Christiana produz 2,5 mil quilos do doce a cada mês. A região de Ponte Nova é famosa pela produção de goiabada cascão, com grandes fabricantes. Christy inovou ao alterar a receita de família. Reduziu a quantidade de açúcar prevista na fórmula original. Isso deu a seu doce um sabor mais contemporâneo. Como empreendedora, acredita que sua maior qualidade é conhecer bem o cliente. Passou a escutá-lo com atenção, procurando incorporar a maioria das sugestões que ouve. Sem comprometer a qualidade da goiabada da família, ela inovou novamente ao alterar a consistência do doce, o formato e o peso da embalagem. Fez pesquisas para criar um layout diferenciado para latas e barras de doces. Também criou novos produtos. Além da mangada, que não deu conta da demanda em Tiradentes, ela está produzindo a bananada e tem distribuído seus doces em lojas sofisticadas de Minas Gerais, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Como empreendedora que gosta de desafios sem medo de inovar, tem o projeto de adaptar a propriedade da família para agroturismo. Sua filha já está na empresa e juntas sonham em receber seus clientes de forma que possam ver como o doce é feito. Quem for à fazenda poderá experimentar o doce feito no tacho ainda quente que derrete na boca com puro sabor da goiaba, como manda a tradição mineira. Uma tradição que foi inovada pela visão de que é possível inovar mesmo diante de uma receita secular.

16 16 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 EMPRESAS Editora executiva: Jiane Carvalho Subeditoras: Rachel Cardoso Patrícia Nakamura Caloi aposta no crescimento de bicicletas mais sofisticadas Para Eduardo Musa, produto deixou de ser veículo de pobre para cair nas graças das classes de maior renda Juliana Ribeiro Pelo menos duas vezes por semana, Eduardo Musa, presidente da Caloi, sai para almoçar pedalando, acompanhado de outros executivos da empresa. Não se trata de uma ação de marketing da companhia, mas sim do estilo de vida cultivado no ambiente corporativo, o qual a Caloi também quer ver crescer entre os brasileiros. A bicicleta deixou de ser usada para o lazer e já é o meio de transporte de quem mora perto do trabalho, explica Musa ao BRASIL ECONÔMICO. A companhia prefere não falar em números. Estamos bem, desconversa Musa.No primeiro semestre do ano passado, as vendas da Caloi cresceram cerca de 40% com o incremento das linhas de bicicletas com maior valor agregado,com qualidade e valores acima das bicicletas comercializadas em lojas de departamento. Bicicleta deixou de ser veículo de pobre e se tornou o meio de transporte de pessoas com maior poder aquisitivo", diz. Segundo Musa, a revolução, quando se trata de mobilidade urbana, será feita de cima para baixo, a partir das pessoas que já estão cansadas de ficar no trânsito e começam a trocar seus veículos por bicicletas, para percorrer pequenas e médias distâncias. De olho nesse movimento, a Caloi anunciou no ano passado, o fim da produção da O MERCADO DAS MAGRELAS Barra Forte, modelo com grande apelo popular, cujo preço de mercado era R$ 400. Em seu lugar, a companhia lançou a Caloi Urbe, um modelo de bicicleta dobrável, cujo valor de venda é de R$ Não vamos encerrar a produção das bicicletas populares, mas o crescimento do segmento de maior valor agregado vem crescendo mais nos últimos anos, diz. O mercado brasileiro de bicicletas dobráveis, aliás, vem atraindo o interesse de fabricantes internacionais. A Durban Bikes anunciou no mês passado sua chegada ao Brasil, onde espera faturar mais de R$ 3 milhões logo no primeiro ano de atuação por aqui. O maior desafio das fabricantes está em aumentar as vendas. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicleta,s Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, mostra que a produção do veículo na zona franca de Manaus, cresceu 22% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2011: 421,2 mil unidades ante 345,2 mil. Já o consumo caiu de 373,1 mil em 2011 para 367,5 mil nos seis primeiros meses deste ano. Mesmo assim, o mercado movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão por ano no País. A tendência é de que as vendas de produtos com maior valor agregado continuem a crescer nos próximos anos, diz José Eduardo Gonçalves, presidente da Abraciclo. Produção de bicicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM), em unidades Venda de bicicletas Alexandre Rezende Musa: da Barra Forte à bicicleta dobrável, de maior valor agregado JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO Fontes: Abraciclo e Suframa ACUMULADO NO 1º SEM OFERTA DEMANDA ALTA DE 22% QUEDA DE 2% MOBILIDADE Magrelas ganham ruas das capitais Ações de empresas e governos promovem a cultura da bicicleta como meio de transporte limpo Desde maio, os paulistanos já podem alugar bicicletas nas estações de metrô em São Paulo. Concebido pelo Banco Itaú e a Serttel/Samba em parceria com a prefeitura de São Paulo, o projeto Bike Sampa já disponibilizou cerca de mil bicicletas em 25 estações de metrô da cidade. A expectativa é de que até 2014 sejam três mil unidades à disposição dos usuários. Para retirar a bicicleta, o usuário precisa fazer um cadastro e pagar R$ 10,00, que será revertido em primeiro aluguel. As bicicletas podem ser usadas várias vezes ao dia pelo mesmo usuário,desde que após 30 minutos, ele estacione em uma das estações por 15 minutos. Depois desse período serão cobrados R$ 5 por cada meia hora em que ele estiver utilizando a bicicleta. As estações funcionam entre 06hs e 22hs e estão espalhadas pelos principais pontos da cidade. A cidade do Rio de Janeiro também já tem projeto semelhante. Em Porto Alegre (RS), a previsão é de que as cinco primeiras estações de locação de bicicletas comecem a funcionar até o final deste mês. Outra iniciativa está em Buenos Aires, na Argentina. Na capital portenha, uma parceria público-privada também colocou nas ruas bicicletas disponíveis para os cidadãos e para os turistas, por meio do programa Mejor de bici, ou Melhor de bicicleta, junto com empresas e ONGs. A cidade já mantinha o sistema de aluguel de bicicletas gratuito, com 850 unidades disponíveis, mas quer expandir para cinco mil e ampliar a extensão das ciclovias, passando de 90 quilômetros para 120 quilômetros em três anos. J.R.

17 Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 17 Divulgação Plains compra área de petróleo por US$ 6,1 bi A americana Plains Exploration & Production comprou áreas de exploração de petróleo que pertenciam à BP e à Royal Dutch Shell por US$ 6,1 bilhões. Este é a maior transação da empresa desde Com o negócio, a Plains Exploration dobrará sua extração de petróleo. A BP, que está vendendo ativos para se recuperar financeiramente do pior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos, embolsou US$ 5,5 bilhões com a venda de ativos. Novo regime automotivo vai exigir carros econômicos Governo quer redução de consumo de combustível de 22% para dar benefício tributário Jeferson Ribeiro Reuters O novo regime automotivo de 2013 a 2017 deve exigir que as montadoras reduzam o consumo de combustível em 22% em seus veículos para conseguir benefício tributário além dos 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), disseram à Reuters duas fontes do governo. Uma das fontes disse que as montadoras instaladas no Brasil e que aderirem à nova política automotiva terão que reduzir o consumo dos veículos produzidos em solo nacional em 11% para serem beneficiadas com a redução de 30 pontos do IPI. Segundo essa mesma fonte, a montadora que reduzir o consumo de combustível dos modelos produzidos no Brasil em 22% conseguirá uma redução adicional de 2 pontos percentuais de IPI. Um representante da indústria automotiva confirmou que as discussões com o governo caminham nessa direção, mas há muitos pontos a acertar. Governo também exigirá que as empresas utilizem maior número de peças produzidas no Brasil Uma outra fonte do Executivo, também sob condição de anonimato, confirmou à Reuters que o decreto regulamentando o novo regime automotivo estipulará metas de redução de consumo. Na prática, isso levará a outro objetivo que o governo quer que as montadoras cumpram: a redução da emissão de gases poluentes dos atuais 171 gramas de gás carbônico (CO2) por quilômetro, em média, para cerca de 130 gramas por quilômetro em O governo fez uma série de reuniões com as montadoras desde abril, quando anunciou uma nova política automotiva para os próximos cinco anos, para regulamentar as metas que devem ser atingidas pelas fabricantes. Ainda nesta semana outros encontros devem ocorrer, incluindo com a entidade que reúne as montadoras, Anfavea. Mas o texto do decreto está finalizado e deve ser divulgado nas próximas semanas. As duas fontes do governo disseram que quase todas as metas estipuladas no decreto podem ser atingidas pelas montadoras, Motores usados no Brasil são considerados ultrapassados Marcos Issa/Bloomberg porque as empresas todas elas com operações globais já estão sujeitas a metas semelhantes em outras partes do mundo. O que a gente está fazendo é colocar o setor automotivo brasileiro em linha com o restante do mundo. Isso dará novo fôlego para as exportações de veículos a partir do Brasil, argumentou a fonte do governo. Segundo o gerente da consultoria Jato Dynamics no Brasil, Milad Kalume Neto, os motores em uso no país atualmente são extremamente ultrapassados e, por isso, a nova regra exigirá investimentos na reformulação dos propulsores. Num mesmo motor, conseguir 22% de performance energética é bastante coisa. Acho pouco provável que isso possa ser feito sem que tenha uma alteração expressiva do motor, disse Kalume. O novo regime automotivo também exigirá que as empresas atendam as exigências de uso de peças produzidas no Brasil e em países que integram o Mercosul para receber o benefício tributário do IPI. Nas regras que vigoram atualmente, a exigência de conteúdo regional é de 65% nos modelos fabricados no Brasil. Contudo, essa regra leva em conta os gastos administrativos que as montadoras têm na produção e até mesmo gastos com publicidade. Na nova política automotiva, o cálculo levará em conta apenas os custos ligados diretamente à fabricação do veículo. Reuters Mercedes dá mais uma folga coletiva Foi a 28ª vez que a companhia paralisou a produção este ano. Outras fábricas lidam com greves Gabriel Ferreira gferreira@brasileconomico.com.br A queda nas vendas dos caminhões continua a afetar fortemente a indústria do setor. Ontem, a Mercedes-Benz deu folga coletiva aos funcionários. Segundo a empresa, a decisão está no contexto das últimas paralisações já realizadas este ano. Essa foi a 28ª vez em 2012 que a Mercedes parou. Com isso, a companhia busca normalizar os estoques. A última paralisação aconteceu há uma semana. Apesar da sequência de paradas, o sindicato da categoria acredita que não há motivo para preocupação, já que as folgas coletivas fazem parte do acordo firmado entre a empresa e a entidade. O sindicato está em negociações constantes com a empresa, afirmou a entidade. Greves Mesmo quem não depende da fabricação de caminhões também tem enfrentado dificuldades para manter as fábricas em operação. Os funcionários da unidade da General Motors em São José dos Campos devem entrar em greve a partir de hoje. Nesse caso, a discussão não está relacionada a estoques elevados, mas ao salário. Ontem, executivos da GM e dirigentes do sindicato dos metalúrgicos da região se reuniram, sem chegar a nenhum acordo até o fechamento desta edição. No ABC, 56 mil trabalhadores metalúrgicos não ligados às montadoras, fizeram ontem uma paralisação de 24 horas. Bombardier manda equipe cortar custos Em comunicado interno, empresa pede esforço para economizar para novos projetos Susan Taylor Reuters A Bombardier mandou os empregados da unidade aeroespacial suspenderem gastos desnecessários no restante do ano para ter caixa suficiente para os caros programas de desenvolvimento dos modelos C-Series e Learjet 85. A terceira maior fabricante de aviões do mundo disse, em comunicado interno no dia 5 de setembro, a mais de 35 mil funcionários do setor aeroespacial que devem preservar o caixa para as prioridades da companhia canadense, afirmou nesta segunda-feira a porta-voz da Bombardier Haley Dunne. O vice-presidente financeiro Maired Lavery pediu, no comunicado contenção de custos que os funcionários da companhia aérea suspendessem contratações não essenciais, cortassem viagens e outros eventos como encontros fora da companhia e treinamento e fizessem menos uso do trabalho de consultores. Estamos lembrando aos empregados que estamos em um período de muitos gastos em nossos programas de desenvolvimento, explicou Haley. Precisamos focar nosso caixa nas prioridades da companhia e para o resto do ano estamos pedindo que parem os gastos, se possível, em áreas não essenciais do negócio da empresa, acrescentou. A Bombardier está gastando cerca de US$ 3,4 bilhões para desenvolver o C-Series, maior avião que já produziu. Atualmente, está em fase de testes e planeja colocá-lo em operação em A companhia não divulgou o preço do programa Learjet 85, já que o orçamento inclui outros aviões, como as novos aeronaves Global 7000 e 8000 e os Learjets 70 e 75, segundo a porta-voz. O Learjet 85 também deve ser entregue em Reuters

18 18 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 EMPRESAS Tony Avelar/Bloomberg EXPECTATIVA Intel reduz previsões em meio à fraca demanda por computadores A Intel reduziu sua estimativa de receita em nível maior que o esperado, em decorrência da queda na demanda por processadores. A companhia também irá conter os investimentos. Uma revisão das projeções pela Intel já era esperada, mas a redução de 8% na previsão de receita trimestral foi mais drástica que o esperado. A companhia estima agora receita no terceiro trimestre de US$ 13,2 bilhões. Reuters Cidades inteligentes podem render US$ 10 bi à IBM até 2015 Com Copa do Mundo e Olimpíada no Brasil nos próximos anos, companhia quer aumentar projetos de inovação voltados para atendimento ao cidadão, como o Centro de Controle de Operações, no Rio de Janeiro Carolina Pereira cpereira@brasileconomico.com.br A IBM espera que a receita proveniente de projetos ligados ao conceito de cidades inteligentes chegue a US$ 10 bilhões até A área inclui iniciativas voltadas para uso da tecnologia no atendimento aos cidadãos, focadas no aumento de eficiência de entidades e empresas. Neste cenário, os mercados em crescimento, como o Brasil e a China, estão no centro da estratégia da multinacional, segundo o novo presidente da empresa no Brasil, Rodrigo Kede. Segundo ele, que assumiu o cargo em julho, a receita proveniente dos negócios que envolvem iniciativas deste tipo teve crescimento global de 47% em Um dos exemplos de projetos é o da cidade de Nova Iorque, na qual os índices de criminalidade tiveram uma redução de 27% com o uso soluções de análise de informação em tempo real. No Brasil, com a chegada dos eventos esportivos, projetos de segurança pública, controle de tráfego e gestão de cidades se tornam mais críticos, diz o executivo. Kede quer aproveitar os investimentos em infraestrutura que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 vão gerar para ampliar a presença da IBM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Exemplos de tecnologias da IBM voltadas para atendimento ao cidadão no Brasil RIO DE JANEIRO O Centro de Operações da cidade integra cerca de 30 órgãos municipais com o objetivo de monitorar e melhorar o funcionamento do Rio de Janeiro. O sistema consegue prever o tempo com 48 horas de antecedência para alertar a população PORTO ALEGRE A IBM implementou um sistema para melhorar o atendimento de três órgãos municipais. O objetivo é proporcionar mais inteligência aos departamentos e a capacidade de responder às demandas da população de forma mais rápida Caixa Econômica Federal Objetivo é usar a tecnologia para acelerar o oferecimento de crédito imobiliário. Quando colocado em prática, projeto dará mais agilidade nas contratações para financiamentos habitacionais e permitirá acesso aos pedidos em tempo real pela internet e por celular Fonte: empresa em projetos deste tipo no país. Para isso, a empresa conta com um portfólio que inclui a criação do Centro de Operações do Rio de Janeiro, que interconecta informações de diversos órgãos públicos para melhorar a capacidade de resposta da prefeitura a vários tipos de incidentes, como enchentes e deslizamentos. O Centro tem capacidade para cruzar informações e fazer a previsão do tempo para um raio de um quilômetro com 48 horas de antecedência, podendo emitir alertas para os moradores em caso de previsão de desastres. É neste tipo de inteligência artificial que a IBM aposta para alcançar o faturamento esperado para a área, com foco nos países emergentes, onde a necessidade de infraestrutura é maior. Outras áreas Outras áreas, como a de computação em nuvem, também estão no foco da companhia. A IBM já investiu mais de US$ 3 bilhões em pesquisa e desenvolvimento e aquisições para construir um portfólio neste segmento. A expectativa é que a receita de cloud computing chegue a US$ 7 bilhões até CW-6>Outra área que está entre as prioridades é análise de dados (Business Analytics). Isso porque o mundo hoje está recebendo informações como nunca aconteceu antes, e todas essas informações não consistem apenas de textos e números, incluem também todos os tipos de mídia sofisticada (vídeo, áudio até imagens). O objetivo é transformar estes dados em conhecimento útil para as empresas por meio de modelos matemáticos sofisticados. Para se ter uma ideia da importância desta área para a IBM, a empresa investiu mais de US$ 14 bilhões para comprar 24 companhias nos últimos cinco anos e espera faturar US$ 16 bilhões com as vendas neste segmento até A gestão da informação será um diferencial competitivo daqui para a frente, pois as empresas precisam prever o comportamento do cliente, diz Kede. No Brasil, uma das usuárias da tecnologia é a Caixa Econômica Federal, que fez uma parceria com a IBM para conseguir dar mais agilidade nas contratações de financiamentos habitacionais, principalmente por conta do programa governamental Minha Casa Minha Vida. O projeto também prevê o acompanhamento do pedido de crédito via internet e celular. País cresce e atrai investimentos Empresa aplicou R$ 12 milhões em 2011 em projetos de treinamento de funcionários Na IBM, a receita proveniente dos mercados em crescimento, grupo que engloba o Brasil e mais 150 países, cresceu 16% no ano passado, mas a expectativa é que o percentual chegue a 30% da receita global até Nos países que fazem parte do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o incremento na receita foi ainda maior em 2011: 19%. Com o crescimento, o Brasil tem atraído a atenção e investimentos da matriz. Em 2011, por exemplo, a empresa aplicou cerca de R$ 12 milhões (US$ 6 milhões) em programas de treinamento e desenvolvimento de funcionários como, por exemplo, aulas de liderança e ensino de idiomas. Rodrigo Capote Rodrigo Kede, que assumiu a presidência da IBM em julho: tecnologia para agilizar a vida dos cidadãos Para quem acredita que a centenária IBM seja muito conservadora na gestão de pessoas, Kede garante que a companhia é mais informal que muitas empresas de internet. Aqui todo mundo tem acesso a mim. É uma das empresas menos hierárquicas que eu conheço, diz o executivo, que é o mais jovem a assumir a presidência da companhia no Brasil, aos 40 anos. Carreira Kede iniciou sua carreira como estagiário, no escritório da IBM do Rio de Janeiro, e permaneceu na empresa por quase vinte anos até ser nomeado presidente da subsidiária brasileira. Aos 30, o executivo já tinha morado fora do Brasil por três vezes à trabalho. A IBM tem uma política de inovação arrojada e agressiva, foi um dos fatores que me atraiu, diz. C.P.

19 Terça-feira, 11 de setembro, 2012 Brasil Econômico 19 John Froschauer/Bloomberg CONCORRÊNCIA União Europeia diz que Microsoft deve cumprir decisões sobre navegadores A Microsoft está disposta a tomar as medidas para que os usuários possam se decidir entre os diferentes browsers e assim acabar com as preocupações da União Europeia sobre o assunto, declarou o comissário de Concorrência da UE, Joaquín Almunia. Reguladores europeus estão investigando se a Microsoft impede fabricantes de computadores de instalarem navegadores de concorrentes no novo Windows 8. Reuters HRT diz que vai manter projeto para a Namíbia David Paul Morris/Bloomberg O fato de um poço da Petrobras na região ser considerado seco foi apontado como sinal de boas perspectivas mais profundas para exploração A petrolífera HRT informou ontem que o fato de o poço Chariot Petrobras - BP, localizado na Namíbia, não possuir petróleo não afeta seus prospectos para a região. O principal projeto da HRT na Namíbia está a 145 km do poço não-comercial da Chariot- Petrobras-BP, argumentou Marcio Mello, fundador e presidente da companhia em conferência com investidores realizada nesta segunda-feira. As ações da HRT chegaram a despencar 19% após o anúncio do poço da Chariot. Mais tarde, após a teleconferência, os papéis da empresa operavam com perdas um pouco menores, de 13%. A ausência de bons reservatórios em blocos operados pela Chariot não reduz nossas chances, disse Mello. A presença ou não de reservatórios comerciais lá não tem nada a ver com a gente. Mello também disse que o poço seco da Chariot-Petrobras-BP ajudou a confirmar a sua compreensão de toda a região. Segundo Mello, as estruturas geológicas existentes na região podem indicar óleo sobre uma área muito grande na costa da Namíbia. A Chariot-Petrobras-BP encontraram rochas que sugerem que, em perspectivas mais pro- A Norton reorganizou sua operação para fortalecer negócios no mercado latino-americano. A divisão de consumo da Symantec fundiu o que antes se dividia em Sola e Nola em uma nova região Olam (Other Latin America), englobando Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Venezuela, Paraguai, Uruguai e Equador; e Colômbia, Caribe e países vizinhos. O arranjo, alinhado a uma estratégia global, segue um caminho já percorrido pela divisão de soluções corporativas e permite fundas, existe uma melhor chance de encontrar petróleo, acrescentou. Analistas do Credit Suisse, liderados por Emerson Leite, cortaram a sua recomendação sobre as ações da HRT para neutro e reduziram seu preço-alvo para a empresa para R$ 3 ante os R$ 8,50 por ação anteriores, em uma nota aos investidores divulgada ontem. A HRT tem planos para perfurar quatro poços offshore na Namíbia, disse Marcio Mello. A Chariot perdeu mais de metade do seu valor no início do pregão em Londres depois de dizer que seu prospecto Nimrod, na bacia de Orange, veio seco. A Chariot detém uma participação de 25% no bloco, a Petrobras 30% e a BP detém 45%. Reuters Alibaba Norton fortalece operação na América Latina Divisão de consumo da Symantec funde unidades para atender 20 países Murillo Constantino Mello, da HRT: atuação no país independe do poço seco descoberto que a fabricante concentre seus esforços e estratégias de marketing e vendas em uma divisão que envolve mais de 20 países. Brasil e México completam as três regiões de atuação da companhia em território latino-americano. A fabricante espera que o movimento aumente a presença da marca, facilite gerenciamento da distribuição e dos canais de vendas, que já servem mais de dois países. A nova região será liderada por Gonzalo Erroz, à frente de Sola há cinco anos. A reestruturação tem alguns motivos e objetivos, afirma Fabiano Tricarico, diretor-geral da Norton para a América Latina, explicando que a principal questão refere-se ao fato de que Brasil e México já têm posição consolidada na companhia como foco de investimento e atenção diferenciado como mercados de rápido crescimento. O executivo acredita que a ação agiliza e desburocratiza a operação. Automaticamente, conseguiremos trazer oportunidades que a burocracia nos afastava, lista, entre os benefícios da criação da região de Olam, citando que antes havia um desalinho entre estratégia entre países separados entre norte e sul. O objetivo é homogeneizar a região, adiciona. Itweb Site, fundado por Jack Ma, cresce mais rápido que concorrentes espera passar Amazon Maior site de vendas on-line da China diz que desbancará varejista americana ainda este ano Produto é uma resposta a varejistas como Wal-Mart que vende brinquedos a preços baixos A americana Toys R Us, maior rede de varejo de brinquedos do mundo, anunciou o lançamento de um computador tablet para crianças que será vendido exclusivamente em suas lojas. O tablet, chamado de Tabeo, será vendido por US$ 149,99 e terá aplicativos infantis e controles integrados que permitirão aos pais personalizar o nível de acesso à Internet para cada membro da família. O produto está disponível a partir de 21 de outubro. O Alibaba, maior grupo de comércio eletrônico da China, espera apurar vendas este ano superiores às de Amazon e ebay combinadas, afirmou o vice-presidente de estratégia da companhia. A empresa mira 3 trilhões de iuans (US$ 473 bilhões) anuais em valores transacionados em suas unidades de comércio on-line Taobao nos próximos cinco a sete anos, disse Zeng Ming a jornalistas. O fundador do Alibaba, Jack Ma, disse no ano passado que os valores transacionados pelo Taobao em 2012 atingiriam 1 trilhão de iuans. A companhia não informou o percentual de vendas on-line proveniente do Taobao, a joia da coroa do grupo e sua maior fonte de lucro. Considerando seus números anuais, fizemos um cálculo aproximado e estamos parecidos com eles no ano passado, mas crescendo mais rápido este ano, então provavelmente seremos maiores, disse Zeng, se referindo a Amazon e ebay, maiores sites de comércio online e de leilões dos Estados Unidos. Essa distância ficará cada vez maior conforme crescermos mais rápido. Reuters Toys R Us lança tablet para crianças A empresa está enfrentando dura competição de rivais que incluem Amazon.com, Target e Wal-Mart, que frequentemente vendem brinquedos por preços menores. A companhia informou que o aparelho terá tela de 7 polegadas, conexão à rede sem fio e 4 gigabytes de memória flash. O produto virá com 50 aplicativos gratuitos pré-instalados. No mundo dos tablets adultos, na semana passada a Amazon lançou nova versão do Kindle Fire, enquanto o mercado especula que a Apple esteja trabalhando em uma versão mais barata do ipad, com tela menor. Reuters

20 20 Brasil Econômico Terça-feira, 11 de setembro, 2012 EMPRESAS Divulgação EXPANSÃO WAP investe R$ 6 milhões para construir uma nova unidade fabril em Fortaleza A WAP, tradicional produtora de lavadoras de alta pressão, aspiradores de pó, vaporizadores e ventiladores, investiu cerca de R$ 6 milhões numa nova unidade fabril, também no Município de Eusébio, em Fortaleza, visando uma maior capacidade de produção impulsionada pela alta demanda do mercado. Essa nova unidade terá uma capacidade de produção de até 300 mil aparelhos por mês. SulAmérica muda gestão para crescer em odonto Um ano após aquisição da DentalPlan, seguradora aproveita boas práticas da nova empresa para romper com a barreira de commodity no produto odontológico Regiane de Oliveira roliveira@brasileconomico.com.br CRESCIMENTO DO SEGURO SAÚDE E ODONTOLÓGICO Dados da SulAmérica Saúde NÚMERO DE CLIENTES, EM MILHÕES 2º TRI/11 SINISTRALIDADE RECEITA 2º TRI/11 2º TRI/12 2,30 2,50 2º TRI/11 Fonte: empresa 2º TRI/12 83,6% 88,2% 2º TRI/12 R$ 1,49 bilhão R$ 1,77 bilhão Houve um tempo em que a carteira do seguro saúde da SulAmérica foi considerada uma das noivas prediletas do mercado havia até quem apostasse que, mais cedo ou mais tarde, a seguradora venderia esse ativo para focar em segmentos considerados mais rentáveis. Hoje, com 68% dos negócios focados na área de saúde, esta não é sequer uma possibilidade viável para o futuro da companhia. Pelo contrário, a SulAmérica está mudando seus processos para melhorar a produtividade (e a rentabilidade) do serviço saúde, que há um ano ganhou o reforço da carteira da DentalPlan, adquirida por R$ 28,5 milhões. Dentre os objetivos da empresa está o de romper a barreira do produto commodity na área de odontologia e ampliar a participação das pequenas e médias empresas (PME) na carteira de clientes. A SulAmérica lançou nesta semana o PME Mais, uma linha de atendimento voltada para empresas com 30 a 99 vidas seguradas. Antes da reformulação, estas empresas já eram encaminhadas ao segmento empresarial, que, agora, é voltado para companhias a partir de 100 funcionários. Para atender a empresas menores, a companhia trabalha com o PME (de três a 29 vidas). Atualmente, a carteira de PME representa 17% dos beneficiários da companhia, mas tem tido um crescimento diferenciado, em linha com o crescimento do país. Uma das características de nossa carteira de cliente é a fidelidade, e muitas empresas pequenas, inicialmente com até 30 funcionários, que começaram oferecendo nosso produto, hoje estão maiores, mais estruturadas, já contam com alguém representando o recursos humanos e tem outro nível de exigência, explica Maurício Lopes, diretor técnico de produtos de saúde da SulAmérica. As mudanças são fruto do integração com a carteira da DentalPlan. A DentalPlan era uma empresa que vivia do segmento odontológico, o que é uma grande diferença no modelo de negócio que a SulAmérica trabalhava até então, explica Andréa Figueiredo, superintendente executiva de odontologia, que foi uma das profissionais absorvidas na aquisição. Andrea conta que o negócio odontológico era apenas um braço do seguro saúde. Porém, trata-se de segmentos bastante distintos. Em última instância, o negócio odontológico não é para o momento catástrofe, em caso sério de atendimento, mas um produto de acesso ao dentista e também de diferenciação de benefícios da empresa, acrescenta Lopes. Na área odontológica, como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ainda dá uma folga para as empresas, é possível criar opções diferenciadas de cobertura, com produtos que vão além do rol de atendimento definidos pela agência reguladora, como cobertura para ortodontia, prótese e implantes. Maurício Lopes: ordem é cortar despesas e manter clientes Divulgação Melhoria de processos O ano de 2012 está sendo desafiador também para o mercado de saúde. Estamos enfrentando pressão na hora de reajustar, mas não vimos um freio nos negócios, explica Lopes. Prova disso é que o número de contratações da empresa continua crescendo. No segundo trimestre, o número de beneficiários da empresa chegou a 2,5 milhões, contra 2,2 milhões no mesmo período do ano anterior, um aumento de 9%. Em relação à receita, a SulAmérica cresceu 18,6% em relação ao segundo trimestre de 2011, para um prêmio de R$ 1,7 bilhão. No entanto, o aumento da sinistralidade pressionou o resultado da empresa, que teve uma queda de lucro líquido da ordem de 86,8% para R$ 3,6 milhões no segundo trimestre. Esse resultado leva em conta também outros negócios do grupo. Na área de saúde e odonto, a sinistralidade (custo médico da operação) chegou a 83,6% no segundo trimestre de 2011, para 88,2%. Trabalhamos com vários cenários para o ano, mas nossa principal aposta é de manutenção nos níveis de crescimento, por isso, para melhorar a rentabilidade, temos que reduzir as despesas, afirma Lopes. Uma das estratégias para isso é mapear e automatizar processos. Lançamos um serviço mobile com geolocalização, onde o beneficiário pode salvar em seu celular todos os médicos e hospitais de sua preferência sem depender de atendimento, explica o executivo, que também quer reduzir custo com a burocracia dos reembolsos e cotação de corretores. AEROPORTOS CCR fecha compra na Costa Rica Empresa fechou contrato para aquisição de participação em aeroporto de San José Carolina Pereira cpereira@brasileconomico.com.br A CCR finalizou ontem a aquisição de 45,5% de um aeroporto de San José, na Costa Rica, por US$ 50 milhões (cerca de R$ 100 milhões). A operação faz parte de três apostas da empresa para a entrada no setor aeroportuário, sendo que a primeira delas foi a compra 45,5% na Corporación Quiport S.A, de Quito, no Equador, concessionária responsável pela operação do aeroporto internacional da cidade, em maio deste ano. As participações pertenciam à Andrade Gutierrez, uma das atuais controladoras da CCR. Segundo o escritório Machado Associados, responsável pela assessoria legal das operações, dentro de 45 dias o terceiro acordo deve ser fechado. Quando as três compras de participação em aeroportos estiverem fechadas, a CCR terá investido R$ 440 mi Desta vez, a participação pertence à Camargo Correa, também uma das controladoras da CCR. Trata-se da compra de 40,8% de participação na Curaçao International Airport. No total, quando as três transações estiverem fechadas, a empresa terá investido cerca de US$ 215 milhões (aproximadamente R$ 440 milhões). Segundo Lisiane Pace, sócia da área de contratos do Machado Associados, o objetivo da CCR é adquirir experiência no setor de aeroportos e participar de novas licitações na área no Brasil. Em fevereiro, a empresa fez parceria com a suíça Zurich para participar do leilão das concessões de Guarulhos, Campinas e Brasília, mas saiu derrotada da disputa. Ainda não há previsão para que novos leilões deste tipo no país.

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