Encerramento de Exercício - Normas Contábeis - Atualização
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- Fernando Borba Paixão
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1 Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) , (teleatendimento), fax (11) web: Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis São Paulo SP Presidente: Luiz Fernando Nóbrega Gestão Palestra Encerramento de Exercício - Normas Contábeis - Atualização A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Elaborado por: José Joaquim Filho Fevereiro 2013 O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). Acesso gratuito pelo portal do CRC SP
2 1ª ETAPA: Aspectos Gerais da Contabilidade 2
3 A Harmonização da Contabilidade no mundo em IFRS Emissões das Normas em IFRS IFRIC SAC IFRIC: International Financial Reporting Interpretations Committee(Comitê de Interpretações das IFRSs) Emissão de IFRS SAC: Standards Advisory Council (Conselho de Aconselhamento de Normas) 3
4 Os Pronunciamentos Aprovados CPC Tema IFRS 00 Estrutura Conceitual Básica Estrutura Conceitual Básica 01 Perda de Valor Recuperável IAS Conversão de Demonstrações Contábeis IAS Demonstração dos Fluxos de Caixa IAS 7 04 Ativos Intangíveis IAS Divulgação sobre Partes Relacionadas Não há 06 Arrendamento Mercantil IAS Subvenções Governamentais IAS Custos de Transação e Emissão de Títulos IAS 39 (partes) 09 Demonstração do Valor Adicionado Não há 10 Pagamento Baseado em Ações IFRS 2 11 Contratos de Seguros IFRS 4 12 Ajuste a Valor Presente Não há 13 Adoção Inicial da Lei /07 e MP 449/08 Não há 14 Instrumentos Financeiros (ver CPC 38,39,40) IAS 39 (partes) CPC Tema IFRS 15 Combinação de Negócios IFRS 3 16 Estoques IAS 2 17 Contratos de Construção IAS Investimento em Coligada e em Controlada IAS Os Pronunciamentos Aprovados Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Join Venture) IAS Custos de Empréstimos IAS Demonstração Intermediária IAS Informações por Segmento IFRS 8 23 Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro IAS 8 24 Evento Subsequente IAS Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes IAS Apresentação das Demonstrações Contábeis IAS 1 27 Ativo Imobilizado IAS Propriedade para Investimento IFRS 40 4
5 CPC Tema IFRS 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola IAS Receitas IAS Os Pronunciamentos Aprovados Ativo não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada IFRS 5 32 Tributos sobre o Lucro IAS12 33 Benefícios a Empregados IAS Demonstrações Separadas IAS Demonstrações Consolidadas IAS Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração IAS Instrumentos Financeiros: Apresentação IAS Instrumentos Financeiros: Evidenciação IFRS 7 41 Resultado por Ação 43 Adoção Inicial dos Procedimentos Técnicos CPC 15 e 41 IFRS 1 45 Divulgação de Participações em Outras Entidades IFRS Mensuração do Valor Justo IFRS 13 As InterpretaçõesAprovadas ICPC Tema IFRIC 01 Contratos de Concessão IFRIC Contrato de Construção do Setor Imobiliário IFRIC Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 Pagamento Baseado em Ações Pronunciamento Técnico CPC 10 Pagamento Baseado em Ações Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27 IFRIC 8 IFRIC Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior IFRIC Distribuição de Lucros In Natura IFRIC Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos Não há 09 Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial Não há 5
6 As InterpretaçõesAprovadas ICPC Tema IFRIC 10 Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 Não há 11 Recebimento em Transferência de Ativos dos Clientes IFRIC Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares Direitos a Participações Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e Reabilitação Ambiental Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentos Similares Passivo Decorrente de Participação em Mercado Específico Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais IFRIC 1 IFRIC 5 IFRIC 2 IFRIC 6 IFRIC Contratos de Concessão: Evidenciação SIC 29 As Orientações TécnicasAprovadas OCPC Tema CFC 01 Entidades de Incorporação Imobiliária 1.154/ Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras 1.157/ / /10 05 Contratos de Concessão 1.318/10 6
7 Pronunciamento Técnico para as Pequenas e Médias Empresas partir de Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) Apresentação em 35 Seções O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) aprovam o Pronunciamento Técnico sobre CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PMEs), que está correlacionada com a Norma Internacional de Contabilidade The International Financial Reporting Standard for Small and Medium-sized Entities (IFRS for SMEs) emitida pelo International Accounting Standards Board(IASB). Depois da revisão inicial de implementação, o CFC espera propor emendas pela publicação de uma minuta para discussão aproximadamente uma vez a cada três anos. 11 NOVO MODELO CONTÁBIL PARA AS MICROEMPRESAS (ME) E AS EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP) - RESOLUÇÃO CFC Nº 1.418/12 A ITG 1000 aprova o Modelo Contábil para Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP); A Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicandose aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2012; Microempresa e Empresa de Pequeno Porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o Art. 966 da Lei n.º /02, que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar n.º 123/06. ME => Faturamento no ano-calendário até R$ ,00; EPP=> Faturamento no ano-calendário superior a R$ ,00 e igual ou inferior a R$ ,00. 7
8 Pessoas Jurídicas obrigadas a elaborar a contabilidade dentro das novas regras 1. S.A./Cap. Aberto(CPC 26); 2. Sociedade De Grande Porte-SGP (Cap. Fechado/Ltda)(CPC26) [Faturamento:> 300 milhoes; ou Ativo Total: > 240 milhões] Analisar: Individual e/ou Conjunto de Sociedades Sob Controle Comum. 3. Pequenas e Médias Empresas- PME (Res. do CFC 1.255/09) (em vigor a partir de 1º. de janeiro de 2010) 4. Entidades Sem Fins Lucrativas As Entidades Sem Fins Lucrativos Do Setor Privado ou Público podem acessar e aplicar esta norma (item 5 CPC 26) 5. ME e EPP (Resolução CFC nº 1.418/12) em vigor a partir de 1º de janeiro de 2012). PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS PARA AS PJ s ALCANCE GERAL (CPC 26 / art. 176 Lei nº6.404/76) 1. Balanço Patrimonial (nova estrutura) 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) (nova estrutura) 3. Demonstração do Resultado Abrangente (DRA (novo) => Para as PME s, a DRA pode ser substituída pela Demonstração do Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) conforme item 3.18 Resolução CFC 1.255/09). 4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) => Para as PME s, a DMPL pode ser substituída pela Demonstração do Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) conforme item 3.18 Resolução CFC 1.255/09) 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - CPC 03 (novo) => Substituiu a DOAR =>A CIA fechada com PL, na data do balanço, inferior a R$ ,00 não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa (Lei nº 6.404/76, art. 176, 6º ) 7. Notas Explicativas (NE) => A ser aplicado para S.A., Ltda. e demais PME. 8
9 Nova Estrutura do Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL (Lei nº /09 e Res. CFC nº 1.157/09 e CPC 26) Ativo Circulante Disponível Clientes Etc. Ativo não Circulante Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Passivo Circulante Fornecedores Empréstimos Etc. Passivo não Circulante Financiamentos Receita Diferida Etc. Patrimônio Líquido Capital Social (-) Gastos com Emissão de Ações Reservas de Capital Opções Outorgadas Reconhecidas Reservas de Lucros Reservas de Incentivos Fiscais (-) Ações em Tesouraria Ajuste de Avaliação Patrimonial Ajustes Acumulados de Conversão Prejuízos Acumulados Participação de não Controladores (CPC26.54) (de forma destacada dentro do patrimônio líquido) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO 2011 OPERAÇÕES EM CONTINUIDADE Receita Bruta $ (-) Impostos Inc. Vendas/Serviços $ ( ) (=) Receita Líquida $ (-)CMV $ ( ) (=) Lucro Bruto $ (+/-) Receitas e Despesas Operacionais $ ( ) (+/-) Resultado da Equivalência Patrimonial $ (=) Resultado (antes Receitas/Despesas Financeiras/V. Cambiais) $ (+/-) Receitas/Despesas Financeiras $ (50.000) (+/-) Variações Cambiais -0- (+/-) Receitas/Despesas Operacionais -0- (=) Resultado (antes do IRPJ/CSLL) $ (-) Tributos IRPJ/CSLL (Correntes e Diferidos) $ ( ) (-) Participações Societárias -0- (=) Resultado Líquido Das Operações EM CONTINUIDADE $ (+/-) Resultado De OPERAÇÕES DESCONTINUADAS (* NE ) (líquido dos tributos) -0- (=) Resultado Líquido do Período $ Parcela dos Sócios da Controladora (80%) $ Parcela dos Sócios Não Controladores (minoritários)(20%) $
10 CPC 26 - Exemplo de Outros Resultados Abrangentes evidenciado na DMPL Capital Social Integralizado Reservas de Capital, Opções Reservas de Lucros (2) Lucros ou Prejuízos Acumulado Outros Resultados Abrangent Patrimônio Líquido dos Sócios da Participaçã o dos Não Controlador Patrimônio Líquido Consolidado Outorgadas e Ações em Tesouraria (1) s es (3) Controladora es no Pat. Liq. das Controladas Saldos Iniciais Aumento de Capital Gastos com Emissão de Ações Opções Outorgadas Reconhecidas Ações em Tesouraria Adquiridas Ações em Tesouraria Vendidas Dividendos Transações de Capital com os Sócios Lucro Líquido do Período Ajustes Instrumentos Financeiros Tributos s/ Ajustes Instrumentos Financeiros Equiv. Patrim. s/ Ganhos Abrang. de Coligadas Ajustes de Conversão do Período Tributos s/ Ajustes de Conversão do Período Outros Resultados Abrangentes Reclassific. p/ Resultado Aj. Instrum. Financ Resultado Abrangente Total Constituição de Reservas Realização da Reserva Reavaliação Tributos sobre a Realização da Reserva de Reavaliação Saldos Finais NOTA: Conforme previsto no 2º da Lei 6.404/76, a DLPA poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL), se elaborada e publicada pela companhia. 10
11 PLANO DE CONTAS O plano de contas serve como um guia para os registros dos lançamentos contábeis relacionados com a entidade, e também como parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis de acordo como os princípios contábeis geralmente aceitos e pela Lei das Sociedades por Ações. EXEMPLO DE PLANO DE CONTAS - CÓDIGO E GRAU DA CONTA CÓDIGOS TÍTULOS 1. (1º grau que indica a estrutura) ATIVO 1.1. (2º grau indica o grupo) ATIVO CIRCULANTE (3º grau indica o sub-grupo) Disponibilidades (4º grau indica as divisões da sub-contas) Caixa (5º grau indica a conta de lançamento) Caixa Matriz Bancos C/C Banco Social... 2ª ETAPA: Roteiro para Encerramento do Exercício 11
12 Grupo do Disponível Ativo Circulante Disponível Caixa Bancos Conta Movimento Aplicações Financeiras (Equivalentes de Caixa - Alta Liquidez) CPC 03 (R1): Caixa: Compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. Equivalentes de Caixa: São aplicações financeiras de curto prazo (3 meses ou menos, a contar da data da contratação), de alta liquidez, e não para investimentos ou outros fins, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Análise da Conta Caixa 1) Reflexos Contábeis: Definir qual tipo de controle do caixa (Fixo ou Flutuante); Manter somente notas e moedas; Contagem de valores; 2) Reflexos Fiscais: Verificar os lançamentos e documentos do caixa que possam influenciar no resultado; 12
13 Análise da Conta Bancos C/C 1) Reflexos Contábeis: Efetuar as conciliações bancárias periodicamente (de preferência diariamente); Confrontar os cheques e depósitos pendentes na conciliação do mês com o extrato bancário do mês subseqüente; Checar possíveis pendências nas conciliações tais como: encargos financeiros referentes ao mês; Verificar se as despesas estão sendo contabilizadas pelo regime de competência. As Contas bancárias negativas deverão ser demonstradas no passivo circulante no fechamento do balanço 2) Reflexos Fiscais: Verificar se as despesas estão sendo contabilizadas no resultado para redução no IRPJe a CSLL. Análise da Conta Investimentos 1) Reflexos Contábeis: Contabilizar os rendimentos de aplicações financeiras como receita pelo regime de competência; Caso existam aplicações atreladas à moeda estrangeira, deverá ser reconhecida a variação cambial. Classificação dos Investimentos Temporários a partir de 1º/01/08 (Lei nº /07): 2) Reflexos Fiscais: Verificar se os rendimentos de aplicações financeiras estão contabilizados no resultado corretamente. Aproveitar os créditos de IRRF sobre as aplicações financeiras; Atualizar pela SELIC os saldos credores de IRRF sobre as aplicações financeiras; 13
14 Análise da Conta Clientes 1) Reflexos Contábeis: Conciliação do razão com o relatório do contas a receber dos títulos vencidos e a vencer (aging) Efetuar adequadamente as perdas estimadas para crédito de liquidação duvidosa Deverá se reconhecida a variação cambial nas exportações (Dólar, Euro, etc) Possibilidade da venda de duplicatas junto ao banco para solucionar problemas com capital de giro O CPC 30 - traz os regras contábeis aplicadas à receita Os cheques pré-datados não cobrados imediatamente deve ser classificado em Cheques em Cobrança 2) Reflexos Fiscais: As NF`s de venda deverão ser lançadas corretamente (valores, impostos e amarração com os livros fiscais); Baixar as duplicatas vencidas consideradas dedutíveis para do IRPJ e a CSLL (artigos 9º a 12 da Lei 9.430/96 e artigos. 340 a 434 RIR/99) considerando: I Sem garantia de Valor: Até 5.000,00 Por operação, vencidos há mais de seis meses, independente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento. Exemplo: D Perdas no recebimento de crédito (DRE) C Duplicatas a receber(ac) Valo: R$ 3.000,00 Acima de R$ 5.000,00 Até ,00 Por operação, vencidos há mais de um ano, independente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida a cobrança administrativa. recebimento estejam andamento. Exemplo: D Perdas no recebimento de crédito (DRE) C (-) Dupl. a Receber em atraso (AC) Valor: R$ 8.000,00 Acima de R$ ,00 Vencidos a mais de um ano, cujos procedimentos judiciais para o II Com garantia de Valor: a) Vencidos a mais de 2 anos e com procedimentos judiciais para recebimento ou arresto das garantias já em andamento; b) Haja declaração de falência ou concordata do devedor. Nota: Os valores registrados na conta redutora dos créditos poderão ser baixados definitivamente da escrituração contábil, a partir em que se completar cinco anos do vencimento do crédito sem que o mesmo tenha sido liquidado pelo devedor. já em 14
15 Análise da Conta Estoques 1) Reflexos Contábeis: Conferir e analisar o Relatório de Estoque e o Livro de Inventário Analisar uma possível superavaliação ou subavaliação dos estoques Efetuar a análise das prováveis perdas com estoques Separar na contabilidade os gastos para determinar a composição dos custos de produção identificando o que é custo e o que é despesa Adequar o sistema de custo integrado com a contabilidade (exemplo: PCP) Efetuar periodicamente a contagem física dos estoques O CPC 16 (R1) - traz os regras contábeis aplicadas aos Estoques 2) Reflexos Fiscais: Escriturar e ter disponível para as autoridades fiscais o livros obrigatórios tais como: o Livro de Inventário (Art. 260 RIR/99), IPI, etc. Checar os custo unitário (impostos sobre compras, avaliados pelo Custo Médio ou PEPS conforme os artigos 289, 290, 293, 294, 295 e 296 do RIR/99) Arbitrar os estoques caso a empresa não possua um sistema de custo integrado com a contabilidade (art. 296, RIR/99) CPC 16 -Exemplos de Estoques Mercadorias; Matérias primas, produtos em processo e produtos acabados; Fisicamente sob a guarda (exceto de propriedade de 3ºs, como consignação, beneficiamento ou armazenagem; Itens em trânsito sob condições FOB; Remetidos em Consignação; Em poder de 3ºs para armazenagem, beneficiamento, etc. 15
16 CPC 16 - Mensuração dos Estoques Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. VALOR DE CUSTO Inclui todos os custos de aquisição (Ex: Preço de compra,imposto de importação e outros tributos não recuperáveis, transporte, seguros, etc), menos os descontos incondicionais e abatimentos mais os custos de transformação (ex. MOD, CIFs) bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. 29 CPC 16 -Confrontação do valor de Custo X Valor Realizável Líquido Produto Quantidade Custo Unitário Custo Total Valor Realizável Líquido (unit) Valor Realizável Líquido Perdas Estimadas A , ,00 12, ,00 - B , ,00 19, ,00 (6.000,00) C , ,00 14, ,00 - D , ,00 16, ,00 (2.000,00) Total (8.000,00) Lançamento Contábil da Perdas Estimada: D Perda Estimada para Redução ao valor realizável líquido (DRE) C Perda Estimada para redução ao valor realizável líquido (AC) ,00 (Valor Indedutível para fins Apuração do IRPJ e CSLL no Lucro Real) => Realizar o Teste de Realização dos Estoques pelo menos no final exercício 30 16
17 Análise das Despesas Antecipadas 1) Reflexos Contábeis: São as despesas pertencentes ao exercício ou outros exercícios porém ainda não incorridas As despesas antecipadas deverão se contabilizada de acordo com o regime de competência Exemplos de Despesas antecipadas: prêmios de seguros, assinatura de livros e revistas, aluguéis pagos antec., etc) 2) Reflexos Fiscais: Apropriar pro rata tempore os juros pagos antecipadamente e os descontos de títulos de crédito (art. 374, RIR/99) 1) Reflexos Contábeis: Novo Conceito de Imobilizado (CPC 27): Análise do Imobilizado e Intangível Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens Leasing Financeiro = Ativo Imobilizado Leasing Operacional = Despesas Conceito de Intangível (CPC 04): São os bens incorpóreos, inclusive o fundo de comércio adquirido (Goodwill) 17
18 1) Reflexos Contábeis: Análise do Imobilizado e Intangível Depreciações e Amortizações para Fins Contábeis: A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: Depreciação, Amortização e Exaustão, de acordo com a vida útil econômica. OBS: Adoção a partir de 1º/01/2010 conforme Resolução CFC nº 1.177/09 Exemplos de Métodos para Fins de Vida Útil econômica: 1) Método Linear, também conhecido como método de linha reta; 2) Método dos Saldos Decrescentes; 3) Método de Unidades Produzidas; Exemplo de Método Linear: Valor do bem: R$ ,00 Vida útil econômica: 5 anos (60 meses) Depreciação mensal: R$ ,00 60 meses = R$ 1.000,00/mês Quota de Depreciação Mensal = Exemplo do Método de Unidades Produzidas N º de Unidades Produzidas Nº de no Unidades mês junho: Estimadas 100 = para serem produzidas durante a vida útil do bem: % de Depreciação para o mês de junho: 0,40% Exemplo do Método dos Saldos Decrescentes: Valor do bem: R$ ,00 Vida útil econômica: 5 anos Soma dos algarismos: = 15 TOTAL 5 Anos Ano Fração Depreciação 5 1 X R$ ,00 R$ 5.000, X R$ ,00 R$ 4.000, X R$ ,00 R$ 3.000, X R$ ,00 R$ 2.000, X R$ ,00 R$ 1.000,00 15 R$ ,00 Valor Recuperável de Ativos Imobilizado e Intangível (CPC 01) Teste de Impairment : A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível. CPC 1 -O Teste de Impairment VALOR CONTÁBIL LÍQUIDO Comparar: o maior valor entre: Valor por uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa; Valor Justo líquido de despesas de venda é o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda. OBS: se o Valor de Uso ou o Valor de Venda for maior que o valor contábil, nenhuma perda será reconhecida. 18
19 CPC 1 - Indicadores de Impairment Externos: Redução do valor de mercado do ativo menor que o esperado; Mudanças no ambiente tecnológico, econômico ou legal; Aumento das taxas de juros de mercado; Valor Contábil do PL maior que o valor das ações no mercado. CPC 1 - Indicadores de Impairment Internos: Evidências de Obsolescência ou dano físico; Mudança na medida ou maneira de uso do ativo; Evidência de relatório interno indicando que o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado. 19
20 CPC 01 -Redução ao Valor Recuperável de Ativos Valor da líquido da Máquina: Valor Original:...R$ ,00 (-) Depreciação acumulada:... R$ ,00 Valor Líquido:... R$ ,00 Valor por uso? Valor líquido de venda: R$ ,00 Ano CPC 01 -Redução ao Valor Recuperável de Ativos Entradas de caixa (1) Saídas de caixa (2) Entradas líquidas de caixa (3) = (1) - (2) Valor presente das entradas líquidas de caixa Total Tempo de vida útil da máquina: 5 anos Faturamento obtido a partir das vendas Desembolsos para manutenção da máquina Taxa de desconto: 25% (média de mercado) 20
21 CPC 01 -Redução ao Valor Recuperável de Ativos Ano Entradas líquidas de caixa HP 12C Fórmula: VP = FV (1+i) n Valor presente das entradas líquidas de caixa F REG CHS FV 25i 1n PV F REG CHS FV 25i 2n PV F REG CHS FV 25i 3n PV F REG CHS FV 25i 4n PV F REG CHS FV 25i 5n PV (1+0,25)¹ (1+0,25)² (1+0,25)³ (1+0,25) (1+0,25) Total CPC 01 -Redução ao Valor Recuperável de Ativos Cálculo do valor recuperável da máquina Critério Utilizado Reais Valor por uso Valor líquido de venda NOTA: Dos dois cálculos apurados, utilizar o MAIOR valor como recuperável, nesse caso o valor será R$
22 CPC 01 -Redução ao Valor Recuperável de Ativos Contabilização da provisão para perda da máquina Reais Valor por uso (-) valor líquido da máquina (=) Redução ao valor recuperável imobilizado D Perdas estimadas por desvalorização de mobilizado (DRE) C Perdas estimadas por valor não recuperável imobilizado (AÑC) Custo Atribuído - ICPC 10 ICPC 10 -Interpretação 22
23 ICPC 10 -Adoção Inicial das Normas Internacionais e dos CPCs(Situação Especial) Pode existir ativo com valor contábil substancialmente depreciado, ou mesmo igual a zero, e que continua em operação e gerando benefícios econômicos para a entidade, o que pode acarretar, em certas circunstâncias, que o seu consumo não seja adequadamente confrontado com tais benefícios, o que deformaria os resultados vindouros. Por outro lado, pode ocorrer que o custo de manutenção seja tal que já represente adequadamente o confronto dos custos com os benefícios. Assim, a entidade pode adotar a opção de atribuir um valor justo inicial ao ativo imobilizado desta Interpretação e fazer o eventual ajuste nas contas do ativo imobilizado tendo por contrapartida a conta do patrimônio líquido denominada de Ajustes de Avaliação Patrimonial; e estabelecer a estimativa do prazo de vida útil remanescente quando do ajuste desses saldos de abertura na aplicação inicial dos Pronunciamentos CPC 27, 37 e 43. Esse procedimento irá influenciar o prazo a ser depreciado a partir da adoção do CPC 27. ICPC 10 -Adoção Inicial das Normas Internacionais e dos CPCs(Situação Especial) Data da aplicação inicial do custo atribuído (deemed cost) RESOLUÇÃO CFC Nº /09: a obrigação da revisão periódica determinada pela NBC TG 13, item 54, a ser efetuada durante o exercício social iniciado a partir de 1º. de janeiro de 2009, cuja aplicação em 2009 foi excepcionalizada, deverá ser efetuada na abertura do exercício social iniciado a partir de 1º. de janeiro de
24 Caso Prático A empresa Capricho Ltda. procedeu durante o exercício de 2010 a aplicação do custo atribuído conforme o ICPC 10, atualizou o valor de sua máquina, o qual se encontra suportada por laudo de peritos e aprovado em assembléia. O resultado dessa avaliação estáa seguir demonstrado: Bem Valor Atualizado conforme Laudo Valor Contábil Atual (-) Depreciação Acumulada Valor Contábil Líquido Valor da Avaliação (Custo Atribuído) Vida Útil Remanes cente Máquina , , , , ,00 10 anos Nota: 1) Considere as alíquotas de 25% para o IRPJ e 9% para a CSLL; 2) Taxa de depreciação: 10% a.a. Baixa da depreciação para apuração do valor contábil líquido Máquina (AÑC) (-) Depreciação acumulada (AP) , , , , ,00 24
25 Contabilização do Custo Atribuído Máquina (AÑC) Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) , , , ,00 Cálculo para fins do IRPJ (25%) e a CSLL (9%) Diferidos (CPC 32) Valor do Custo Atribuído: R$ ,00 IRPJ: R$ ,00 X 25% = R$ ,00 CSLL: R$ ,00 X 9% = R$ 8.100,00 25
26 Contabilizado do IRPJ e a CSLL Diferidos (CPC 32) (-) Tributos sobre Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) , ,00 Prov. para IRPJ Diferido (PÑC) ,00 3 Prov. para CSLL Diferido (PÑC) 8.100,00 4 Controle do IRPJ e a CSLL no Lalur PARTE B DO LALUR Histórico Data Histórico Debito Crédito Saldo D/C Avaliação pelo Custo Atribuído de máquina ,00 C CONTROLE DA CSLL (IN SRF 390/04) Histórico Data Histórico Debito Crédito Saldo D/C Avaliação pelo Custo Atribuído de máquina ,00 C 26
27 Realização do Custo Atribuído pela depreciação Valor da Máquina sem a Avaliação (Residual) ,00 Valor da Avaliação pelo Custo Atribuído ,00 Valor Atualizado com o Custo Atribuído ,00 Vida útil do bem (Máquina) 10 nos Taxa de Depreciação Anual 10% Depreciação total no ano ( ,00 x 10%) ,00 Depreciação do bem antigo (10.000,00 x 10%) 1.000,00 Depreciação do custo atribuído (90.000,00 x 10%) 9.000,00 Contabilização da Realização do Custo Atribuído pela depreciação Despesas com Depreciação (DRE) ,00 (-) Depreciação acumulada (AÑC) ,00 5 Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) , , ,00 Lucros Acumulados (PL) 9.000,
28 Cálculo e contabilização CONTABILIZAÇÃO DO IRPJ, CSLL DIFERIDOS E A RECOLHER PELA REALIZAÇÃO DO CUSTO ATRIBUÍDO NA CONTA AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL PELA DEPRECIAÇÃO. IRPJ 25% CSLL 9% Depreciação da Avaliação pelo Custo Atribuído R$ 9.000, ,00 810,00 (-) Tributos sobre Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) , ,00 7 Lucros Acumulados (PL) , , ,00 810, , , , , , , ,00 Prov. para IRPJ Diferido (PÑC) Prov. para CSLL Diferido(PÑC) , , , , , ,00 IRPJ a Recolher (PC) CSLL a Recolher (PC) 2.250, ,
29 Baixa pela realização do custo atribuído na parte B do Lalure a CSLL PARTE B DO LALUR Histórico Data Histórico Debito Crédito Saldo D/C Avaliação pelo Custo Atribuído de máquina Baixa pela realização da depreciação do custo atribuição da máquina ,00 C 9.000, ,00 C CONTROLE DA CSLL (IN SRF 390/04) Histórico Data Histórico Debito Crédito Saldo D/C Avaliação pelo Custo Atribuído de máquina Baixa pela realização da depreciação do custo atribuição da máquina ,00 C 9.000, ,00 C Escrituração para fins de CSLL DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DA C.S.L L. Folha: Resultado do Período antes da CSLL Ajuste do Regime Tributário de Transição - RTT : Adições do RTT xxxx (+) Depreciação custo atribuído Maquina 9.000, ,00 Excluções do RTT - Lucro Líquido após Ajuste do RTT xxxxx (+) A D I Ç Õ E S : xxxx T O T A L A D I Ç Õ E S xxxx (-) E X C L U S Õ E S : xxx T O T A L E X C L U S Õ E S xxxx (=) Base de Cálculo antes das compensações xxxx (-) Compensação da base de cálculo negativa xxxx (=) Base de Cálculo da C.S.L.L. xxxx 31 de Dezembro de 2.010, Diretor, Gerente ou Titular Contabilista CRC nº... 29
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