Oimpasse em que se encerrou a V Reunião Ministerial da OMC,

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Oimpasse em que se encerrou a V Reunião Ministerial da OMC,"

Transcrição

1 Ano 12, n.11, agosto de 2003 EM PAUTA O impasse em Cancún e o futuro das negociações comerciais Apesar da grande expectativa em torno das discussões sobre a liberalização do comércio agrícola, tidas como a principal ameaça sucesso da reunião, foram os chamados temas de Cingapura os responsáveis por inviabilizar quaisquer avanços na agenda da Rodada em Cancún. O insucesso da reunião de Cancún deverá inviabilizar a conclusão da rodada até janeiro de Se o futuro da rodada é incerto, tanto em termos de prazos quanto em termos de abrangência temática, é necessário refletir sobre os impactos dos resultados de Cancún para a agenda brasileira de negociações comerciais. O Brasil vem apostando no bom desempenho das exportações como mola propulsora para a retomada do crescimento sustentável. Nesse sentido, o insucesso de Cancún não pode ser visto como neutro para os objetivos brasileiros. Os riscos inerentes a esse resultado não são desprezíveis e demandam ação rápida do País na definição dos melhores caminhos para neutralizá-los. Oimpasse em que se encerrou a V Reunião Ministerial da OMC, em Cancún, no dia 14 de setembro de 2003, reflete as dificuldades que vêm enfrentando os países membros em levar adiante uma rodada de negociações que teve seu início adiado por dois anos em Seattle, em 1999, e que foi lançada em Doha, no fim de 2001, após intensos esforços de superação das divergências nas agendas dos principais atores. É curioso notar que havia grande expectativa em torno das discussões sobre a liberalização do comércio agrícola, que eram tidas como a principal ameaça ao sucesso da reunião. Entretanto, foram os chamados temas de Cingapura que vêm sendo alvo de discussões com vistas à incorporação na agenda de negociações da OMC desde a Reunião Ministerial de Cingapura de 1997 os responsáveis por inviabilizar quaisquer avanços na agenda da Rodada em Cancún. Estes temas incluem investimentos, política da concorrência, transparência em compras governamentais e medidas de facilitação de comércio. Os seis parágrafos da Declaração Ministerial, divulgada na seção de encerramento da reunião, parecem ter sido cuidadosamente redigidos para evitar ferir suscetibilidades e instruem os negociadores em Genebra a NESTA EDIÇÃO INTERNACIONAIS A questão trabalhista chega às negociações da Alca. MDIC simplifica o procedimento administrativo das exportações. (Página 07) CONJUNTURA Superávit comercial continua surpreendendo positivamente. (Página 10) PONTO DE VISTA Benedicto Fonseca Moreira* Algumas observações mostram que a reforma tributária em tramitação é, na realidade, onerosa e burocrática, e não deverá estimular a produção, a exportação e o emprego, como pretendido. (Página 14) LEMBRETES (Página 17)

2 EM PAUTA continuar trabalhando nas questões mais importantes da agenda, levando em consideração todos os pontos de vista manifestados durante a reunião de Cancún. Uma reunião do Conselho Geral ao nível de altas autoridades das capitais deverá ser convocada até 15 de dezembro de Note-se que esta não será uma reunião ministerial e somente deverá ocorrer no início do próximo ano, caso tenham sido registrados avanços relevantes até lá. O Brasil recolhe dois resultados principais dessa reunião. Um resultado sem dúvida positivo foi o fortalecimento do País como interlocutor relevante do processo negociador, liderando o grupo de 22 países em desenvolvimento, o G-22, que foi criado para construir alternativas que permitissem obter avanços concretos nas negociações agrícolas reunindo países com peso específico suficiente para fazer ecoar suas posições frente ao inaceitável papel produzido pelo consenso entre Estados Unidos e União Européia. O outro resultado, o impasse na OMC e um eventual enfraquecimento do multilateralismo não são do interesse de um país como o Brasil, um pequeno participante do comércio internacional, mas que tem relações comerciais e econômicas bastante diversificadas geograficamente. Certamente a ausência de um acordo é melhor que a consolidação de um mau acordo, o que não transforma as condições em que se encerraram os trabalhos em Cancún em resultado positivo para o Brasil. Nos próximos meses, o País deverá aproveitar a maior visibilidade conquistada com a liderança do G-22 para atuar ativamente em prol da obtenção de progressos concretos, em Genebra, que permitam desbloquear a agenda da Rodada de Doha e reforçar o papel da OMC como fórum privilegiado para negociações comerciais. A agenda da atual rodada de negociações O processo de construção do consenso para o lançamento da atual rodada multilateral de negociações comerciais não foi trivial em função da disparidade das prioridades que dominavam as agendas dos principais atores no fim da década de 90. A Rodada do Milênio, como era chamada no período pré-seattle, não contava com a convergência de interesse entre os principais atores. Os Estados Unidos concentravam sua agenda demandante na redução e/ou eliminação de barreiras ao acesso a mercados de bens e serviços, enquanto mostravam reduzido interesse em temas como investimentos e política da concorrência e relutavam em aceitar abrir negociações na área de regras comerciais, em particular no que se refere às disciplinas de antidumping. Por outro lado, a União Européia e o Japão, conscientes de que uma nova Rodada significaria pressão para a abertura de seus mercados agrícolas, defendiam uma agenda mais abrangente, que incluísse novos temas como investimentos e concorrência, para ajudar a ampliar os elementos de negociação, dando maior margem de manobra a seus negociadores. Os membros do Grupo de Cairns, constituído por países exportadores líquidos de alimentos, entendiam que o tema principal dessa rodada deveria ser a agricultura, e esperavam cobrar a conta do que havia sido prometido, mas não entregue, na Rodada Uruguai. Esses países estavam dispostos a aceitar negociações nos temas de Cingapura, desde que tivessem sinais claros de avanços concretos na agenda agrícola. Um vasto grupo de países em desenvolvimento afirmava que a Rodada Uruguai havia produzido resultados desequilibrados em termos de obrigações e benefícios e pressionava para o tratamento de temas de seu interesse específico e que ficaram pendentes na agenda da OMC. Esses temas acabaram compondo a chamada agenda de implementação nas negociações, lançada em Doha. Com esta percepção rejeitavam a ampliação da agenda da OMC e a introdução de novos temas. A maioria desses países aponta as dificuldades que tiveram para implementar os compromissos acordados em Trips (propriedade intelectual) para justificar seu temor em avançar para compromissos em novas áreas igualmente complexas, como pode ser o caso de concorrência ou investimentos. Há ainda um grupo de países de menor desenvolvimento relativo e que são beneficiários de preferências tarifárias concedidas pelos países desenvolvidos, que temem a erosão dessas preferências por nova rodada de redução de tarifas envolvendo todos os membros da OMC. Essas diferenças de prioridades passaram a ser amplificadas pelo papel mais ativo das Organizações Não- Governamentais (ONGs) no debate sobre desenvolvimento e comércio desde o fim da década passada. O ativismo dessas organizações, que em sua maioria propalavam os efeitos nocivos do comércio sobre o meio ambiente, e o emprego e a renda dos trabalhadores, deu contribuição significativa para o fracasso da tentativa de se lançar uma nova rodada de negociações em Seattle. Dois anos depois do fracasso de Seattle e dois meses após os trágicos eventos de 11 de setembro, os ministros conseguiram lançar uma nova rodada de negociações na IV Reunião Ministerial da OMC, em Doha, Catar. Não se pode esquecer que os trabalhos em Doha se desenvolveram em um cenário em que os traumas dos ataques terroristas aos Estados Unidos estavam presentes e a economia mundial encontrava-se em fase de desaquecimento, com grandes incertezas sobre o seu desempenho futuro. Um novo fracasso em Doha emitiria sinais muito negativos, em um momento já muito delicado da conjuntura internacional. A Declaração Ministerial da reunião de Doha, que lançou a chamada Rodada do Desenvolvimento, é um documento repleto de ambigüidades construtivas e 2

3 EM PAUTA que reflete a necessidade evidente de fazer concessões às preocupações dos países em desenvolvimento. O número de vezes que essa palavra aparece na declaração é a maior evidência desse esforço. Ao mesmo tempo, a declaração define um programa de trabalho ambicioso, que recolhe interesses diversos, com um cronograma construído de forma a buscar avançar na primeira fase em temas da agenda demandante dos países em desenvolvimento. Entre esses temas encontravam-se as questões relacionadas à implementação, tratamento especial e diferenciado e as relações entre Trips e saúde pública, que deveriam resultar em progressos até fins de Sobre os temas de Cingapura, que acabaram sendo responsáveis pelo impasse final em Cancún, e que foram alvo de continuada resistência dos países em desenvolvimento em Doha, optou-se por adiar o lançamento das negociações para após a V Reunião Ministerial da OMC, com base em decisão a ser tomada naquela ocasião sobre as modalidades de negociação. Para aumentar a ambigüidade nessa parte da declaração, um novo conceito foi introduzido: a definição de que a decisão seria tomada por consenso explícito, deixando margem para interpretações variadas sobre o significado desta instrução. Por fim, a agenda lançada em Doha previa que as negociações deveriam encerrar-se até 1º de janeiro de 2005, estabelecia cronogramas específicos para a maioria dos itens da agenda e determinava que na V Reunião Ministerial se faria uma avaliação dos progressos obtidos e se definiria as diretrizes para o encaminhamento dos trabalhos. A preparação para Cancún A maioria dos prazos estabelecidos nos cronogramas de trabalho definidos em Doha e em Genebra foi descumprida. Não houve progresso nos temas de interesse dos países em desenvolvimento, com exceção da solução de última hora alcançada para a questão de TRIPS e saúde pública, que, ainda assim, foi vista com desconfiança por muitos países de menor desenvolvimento relativo e ONGs. Havia, portanto, um clima de descontentamento entre os países em desenvolvimento. Os prazos intermediários para a definição de métodos e modalidades para as negociações em agricultura e acesso a mercados para bens não agrícolas também foram perdidos. Em particular, a ausência de progressos nas discussões sobre agricultura levou os países demandantes nessa área a adotarem posturas de cautela com relação a avanços nas demais áreas. O documento do presidente do Grupo de Agricultura para modalidades de negociações foi rejeitado por todos os principais atores, tanto os que atuam defensivamente quanto os que têm interesses ofensivos. Por outro lado, o presidente do grupo que trata de acesso a mercados para bens não agrícolas apresentou uma proposta bastante equilibrada, embora ainda merecesse reparos da maioria das delegações. Essa proposta certamente foi prejudicada pela falta de avanços no grupo de agricultura. Além disso, na área de serviços, cujas negociações já se encontram em estágio mais avançado, poucos países apresentaram listas de ofertas de liberalização, cujo prazo era 31 de março de Enfim, no ano e meio que se seguiu ao lançamento da rodada, as dificuldades de convergência de posições não foram superadas e escasso progresso foi observado nos trabalhos em Genebra. A flexibilidade mostrada em Doha pelos países desenvolvidos em relação aos temas de interesse dos países em desenvolvimento não esteve presente em Genebra, dificultando avanços concretos na agenda de implementação. Por outro lado, para os países exportadores de produtos agrícolas as expectativas de ganhos foram sendo dissipadas após a aprovação do Farm Act, pelo Congresso dos Estados Unidos, aumentando significativamente as medidas de apoio interno à produção agrícola, e pela tímida reforma da Política Agrícola Comum anunciada pela União Européia no fim do primeiro semestre deste ano. O cenário complicou-se ainda mais a partir da apresentação, em meados de agosto, de uma proposta acordada entre os Estados Unidos e a Comunidade Européia para as modalidades de negociação em agricultura. A proposta revelou a disposição dos principais líderes em limitar seus graus de ambição na liberalização da agricultura às sensibilidades de cada um, fazendo lembrar os acontecimentos que precederam o final da Rodada Uruguai com o acordo de Blair House, em que os Estados Unidos e a Comunidade Européia se acertaram em torno de um pacote de compromissos muito limitados para a liberalização agrícola e que fizeram prevalecer sobre os interesses dos demais. Essa proposta gerou uma reação de indignação em um grupo relevante de países com interesses nessas negociações, e acabou estimulando o surgimento de um novo agrupamento de países dentro da OMC para elaborar uma proposta alternativa. Este grupo, que ficou conhecido como G-20, reuniu países com interesses econômicos diversos, mas que, com sua importância econômica e política e a disposição para encontrar elementos comuns para alcançar a liberalização do comércio de bens agrícolas, foram capazes de produzir uma proposta abrangente. Quinze dias antes da reunião de Cancún, o presidente do Conselho Geral da OMC apresentou um projeto de Declaração Ministerial, que, para os temas de agricultura, refletia basicamente a proposta apresentada pelo acordo UE-Estados Unidos, ignorando o documento do G-20. Ao mesmo tempo, na área de bens não agrícolas, o projeto alterava alguns elementos importantes do documento de modalidades do presidente deste grupo, para incorporar demandas dos países desenvolvidos. Por fim, para os temas de Cingapura, apresentava duas 3

4 EM PAUTA alternativas, lançar ou não lançar as negociações, mas avançava em detalhamento de modalidades, que não haviam sido discutidas em Genebra. O projeto de Declaração Ministerial foi alvo de muitas críticas após a sua divulgação, tendo sido rejeitado pelo Brasil como documento de base para as discussões em Cancún. Com o apoio do G-20, solicitou que a proposta alternativa do grupo também fosse circulada como documento oficial da reunião, o que acabou por acontecer. Agricultura e temas de Cingapura: principais polêmicas A polêmica em Cancún girou em torno de dois temas principais: agricultura e os chamados temas de Cingapura. Embora no início da reunião as apostas apontassem para a agricultura como a provável vilã de um eventual insucesso, foram os temas de Cingapura que impediram que os trabalhos avançassem no último dia da reunião. As questões relevantes em agricultura As negociações para a liberalização do comércio de produtos agrícolas envolvem três grandes pilares: acesso a mercados, subsídios às exportações e medidas de apoio interno. O mandato de Doha afirma o compromisso dos países membros da OMC com negociações abrangentes com vistas a: melhorias substantivas em acesso a mercados, redução com vistas à eliminação de todas as formas de subsídios às exportações e redução substancial em medidas de apoio interno que distorcem o comércio. Dois acontecimentos nos países desenvolvidos tornaram difícil esperar que esse mandato fosse atendido. De um lado, a reforma da PAC deixou claro que a Europa não poderia comprometer-se com a eliminação de subsídios às exportações e que não teria larga margem de manobra para a redução substancial de tarifas. Algum movimento poderia ser feito em relação às medidas de apoio interno, uma vez que a reforma definiu a redução dos apoios baseados em prelos de sustentação. Por outro lado, os Estados Unidos aumentaram em muito os seus subsídios à produção doméstica com o Farm Act, tornando até mesmo difícil cumprir os compromissos consolidados pelo País na Rodada Uruguai nessa área. Os resultados do entendimento entre os dois grandes foram pequenos movimentos nos três pilares da negociação. Para formar o G-20 e compatibilizar os interesses claramente diferentes dos países que o compõem em relação à agricultura, foi necessário que os países exportadores como Brasil e Argentina reduzissem seus graus de ambição em relação ao acesso a mercados de bens agrícolas nos países em desenvolvimento. Esse grupo concentrou seus esforços na eliminação de práticas que distorcem o comércio agrícola, basicamente na eliminação dos subsídios às exportações e na redução substancial das medidas de apoio interno. O rascunho de declaração divulgado na véspera do encerramento da reunião já incorporava alguns elementos do documento do G-20, embora ainda necessitasse de alterações importantes para que pudesse compor uma base aceitável. Em linhas muito gerais, o documento continha as seguintes propostas: 1. a adoção de uma fórmula mista, que combina elementos de uma fórmula suíça para um percentual de linhas tarifárias em aberto, com a definição de cortes médios e mínimos também em aberto, gerando o receio de que houvesse concentração dos produtos de maior interesse exportador brasileiro no grupo de produtos que sofrerão corte mínimo; 2. a pequena redução nas medidas de apoio interno, deixando em aberto a possibilidade de migração de subsídios proibidos para outras formas de apoio interno permitidas; e 3. o compromisso com eliminação de subsídios às exportações apenas para um grupo de produtos de particular interesse dos países em desenvolvimento, cuja lista seria definida posteriormente. Para os demais produtos haveria uma redução, com vistas à eliminação das dotações orçamentárias e definições quantitativas para subsídios às exportações. Outro ponto considerado da maior importância para os países em desenvolvimento era a não prorrogação da Cláusula da Paz. Esta cláusula, estabelecida pelo Acordo sobre Agricultura da Rodada Uruguai, impede a abertura de processos contra subsídios e medidas de apoio interno que beneficiem produtos agrícolas. Com a sua vigência prevista para o fim de 2003, nos últimos meses, os países que mais subsidiam o setor agrícola iniciaram pressões em Genebra para a prorrogação desta cláusula. A cláusula era considerada uma das principais armas de barganha que os países em desenvolvimento dispunham para tentar fazer os países ricos avançarem nas negociações da OMC. A última versão da minuta de Declaração Ministerial distribuída em Cancún ainda trazia uma simples frase que prorrogava a vigência por [...] meses. Com o impasse ocorrido em Cancún, a partir de janeiro do próximo ano, poderão ser iniciados diversos painéis na OMC relacionados ao setor agrícola. Embora o G-20, àquela altura da reunião já transformado em G-22, tivesse elaborado uma série de propostas para alteração desse documento, que poderiam torná-lo passível de aprovação, não houve oportunidade para discuti-las, tendo em vista o bloqueio das conversas com os temas de Cingapura. A polêmica causada pelo tratamento dos temas de Cingapura Os temas de Cingapura são assim denominados por terem a sua inclusão na agenda de negociações da OMC pendente desde a II Reunião Ministerial da OMC, em Cingapura, em Este grupo de temas abrange questões muito diferentes entre si: investimentos, concorrência, transparência em compras governamentais e facilitação de 4

5 EM PAUTA comércio. A insistência em tratar temas tão diversos entre si como um pacote único talvez tenha sido um dos principais equívocos do processo preparatório para Cancún. Na realidade, o lançamento das negociações desses temas atrai o interesse concreto de um conjunto reduzido de países, de modo geral os que têm maiores problemas com a abertura dos mercados agrícolas. Estes temas certamente não estão entre as prioridades dos negociadores americanos, são aceitáveis pelos países do grupo de Cairns e causam muita resistência na maior parte do mundo em desenvolvimento. Para os norte-americanos, a negociação de um acordo de investimentos que não contenha disciplinas fortes e abrangentes não atrai grande interesse, tendo em vista a habilidade deste país em negociar acordos mais profundos no âmbito bilateral ou regional. Já existe uma ampla rede de Acordos de Proteção e Promoção de Investimentos, que contém provisões bastante estritas no que concerne à defesa dos interesses dos investidores estrangeiros. Em relação à inclusão de questões relativas à concorrência na agenda de negociações, os Estados Unidos também demonstram pouco interesse, em função do rigor de sua legislação doméstica e do reduzido espaço para assumir obrigações em fóruns internacionais que tenham implicações sobre a sua legislação atual. Além disso, é pouco provável que nesse campo se possa caminhar para acordos muito ambiciosos. Os dois temas acima, entretanto, causam forte preocupação nos países em desenvolvimento, em particular após as dificuldades por eles vividas com a implementação das obrigações assumidas com o acordo de Trips. O receio de ampliar a agenda para temas complexos, sem ter clareza sobre os limites e sem que se tenha conseguido avançar na agenda prioritária desses países relativa às questões de implementação, acirra as suas resistências em aceitar quaisquer compromissos nessa direção. As discussões em compras governamentais envolvem apenas compromissos com transparência e deixam de fora quaisquer iniciativas em relação a acesso a mercados nessa área. Portanto, o seu alcance é limitado. Se de um lado isso reduz as resistências de muitos países em assumir compromissos nesse tema, por outro, atrai pouco interesse dos maiores atores. Ainda assim não houve consenso em relação ao lançamento de negociações nesta área. Há ainda as questões relacionadas à facilitação de comércio, que envolvem, basicamente, procedimentos aduaneiros. Embora, a princípio, seja interessante trabalhar pela harmonização e simplificação da burocracia alfandegária, compromissos neste campo para países de menor desenvolvimento relativo podem ser muito custosos. Além disso, as novas medidas relacionadas à segurança no comércio, como precaução a ataques terroristas, tornam a agenda nesta área mais complicada. Além das diversas dificuldades intrínsecas ao tratamento desses temas pela OMC, problemas de procedimentos foram responsáveis por elevar o grau de contrariedade dos países em desenvolvimento com a condução das discussões sobre o lançamento de negociações nessa área. No rascunho final, adotou-se a estratégia de sugerir o lançamento de negociações nas duas áreas aparentemente mais fáceis: transparência em compras governamentais e facilitação de comércio e remeter para a discussão de modalidades em Genebra o tema de concorrência. Em investimentos, foi elaborada uma redação ambígua, que dizia que o Conselho Geral deveria acordar, até uma data em aberto, modalidades que permitiriam o início das negociações. Ou seja, já se daria permissão automática para o início das negociações após a definição das modalidades. Essa redação novamente causou muita polêmica e deu lugar a uma série de manifestações que acabaram por inviabilizar um desfecho positivo para a Reunião Ministerial. O fato de que um conjunto de temas que não estão no cerne dos interesses demandantes dos principais atores mas que constavam da agenda de alguns mais como elementos de negociação tenha bloqueado os avanços em Cancún sugere a conveniência de se repensar o processo de negociações no âmbito da OMC. Os dilemas nas negociações de acesso a mercados de bens industriais Embora atraindo menor atenção em relação aos temas mencionados acima, os entendimentos na área de acesso a mercados de bens não agrícolas também enfrentavam alguns dilemas, que se concentravam, basicamente, no grau de ambição a ser alcançado nessa área. O mandato definido em Doha indicava que o objetivo das negociações deveria ser a redução ou, quando apropriado, a eliminação de tarifas, incluindo a redução ou eliminação de picos tarifários, tarifas elevadas, escalada tarifária e barreiras não tarifárias, em particular para produtos de interesse exportador dos países em desenvolvimento. O mandato define ainda que devem ser levados em consideração as necessidades e os interesses dos países em desenvolvimento, inclusive através de reciprocidade assimétrica. Os interesses nesse grupo dividem claramente, de um lado, os países desenvolvidos e alguns em desenvolvimento que já realizaram movimentos expressivos de liberalização comercial, que pressionam para uma nova fase de redução expressiva de tarifas a ser implementada de forma homogênea por todos os países, desconsiderando o princípio de reciprocidade assimétrica. De outro lado, estão os países que têm médias tarifárias elevadas e que entendem que já fizeram movimentos importantes de abertura nos mercados de bens industriais na última rodada. Estes países vêm defendendo movimentos limitados de abertura de seus mercados nessa rodada e invocam o mandato de Doha para solicitar tratamento diferenciado. 5

6 EM PAUTA Há duas modalidades principais de liberalização em discussão, que deverão ser complementares e cuja combinação determinará o grau de abertura efetivo a ser alcançado. A primeira, que deveria ser o elemento central, é a aplicação de uma fórmula que deverá incidir sobre todo o universo tarifário. A definição da fórmula indicará o grau e a trajetória do processo de liberalização. Uma segunda modalidade em discussão é a negociação setorial com vistas à eliminação de tarifas ou harmonização das mesmas. Essa modalidade vem sendo demandada pelos países industrializados e seria um reforço ao processo de abertura promovido pela aplicação da fórmula. Os países desenvolvidos, em particular os Estados Unidos, vêm defendendo que as negociações setoriais também sejam uma modalidade central de liberalização e que a participação de todos os países membros seja mandatória nessas iniciativas. Já os países em desenvolvimento relutam em aceitar o caráter mandatório das iniciativas setoriais, aceitando, todavia, que sejam levadas adiante em caráter voluntário. O presidente do grupo de negociação de acesso a mercados havia apresentado, em maio deste ano, um documento para modalidades de negociação que propunha uma fórmula que trazia dois elementos bastante interessantes para países com estruturas tarifárias semelhantes à do Brasil. Trata-se de uma fórmula não linear que pondera a tarifa consolidada pela tarifa média aplicada pelo País e incorpora um parâmetro, cuja definição determinaria o tamanho do esforço de liberalização a ser implementado por cada país. Para países com média tarifária mais elevada, mas sem picos tarifários, esta fórmula mostrava-se bastante atraente, pois permitia uma redução mais suave nas tarifas consolidadas, ao mesmo tempo em que promovia uma redução maior dos picos tarifários. Além disso, era possível imaginar que o parâmetro pudesse assumir valores diferentes para países desenvolvidos e em desenvolvimento, o que poderia dar conteúdo objetivo ao princípio de reciprocidade assimétrica definido no mandato de Doha. Essa fórmula não agradou aos países desenvolvidos e acabou não sendo incorporada no documento base de discussão para Cancún. Em seu lugar o documento propõe a aplicação de uma fórmula não linear e descreve os seus principais elementos, sem mencionar a sua expressão matemática. Com relação às negociações setoriais, o documento faz referência a esta modalidade como um elemento central da liberalização comercial, em particular para produtos do interesse exportador de países em desenvolvimento, sem, entretanto, listá-los. Sobre o caráter da participação dos países, o documento adota uma redação ambígua, que permite interpretações diversas. Para o Brasil, as negociações setoriais não são uma modalidade favorável. Há diversos problemas com esse mecanismo, começando pelo fato de que ele não prevê reciprocidade assimétrica e envolverá negociações muito complexas para a definição de setores e linhas tarifárias a serem alvo dessas negociações. É difícil imaginar uma lista comum de produtos de interesse exportador dos países em desenvolvimento. O conjunto desses países é muito vasto e suas estruturas produtivas muito diferentes entre si. A definição das modalidades de negociação em acesso a mercados para produtos não agrícolas deverá continuar a ser alvo de entendimentos em Genebra e as atenções continuarão centradas na definição da fórmula e, provavelmente, no caráter mandatório ou voluntário das negociações setoriais. Impactos sobre a agenda brasileira O insucesso da reunião de Cancún deverá inviabilizar um objetivo, que já era considerado pela maioria dos analistas como inalcançável, que é a conclusão da rodada até janeiro de A retomada das negociações em Genebra demandará a reorganização dos trabalhos. Além disso, em Genebra os negociadores têm margem de manobra mais limitada, sendo necessárias consultas freqüentes às capitais. Não será fácil superar na sede da OMC, em pouco tempo, impasses que os ministros reunidos não conseguiram solucionar. Por outro lado, os calendários políticos nos países líderes do processo exigem que se avance rapidamente. A partir de meados do próximo ano será muito difícil conseguir que os Estados Unidos se comprometam com movimentos relevantes de abertura em meio ao período eleitoral. Ao mesmo tempo, a Comissão Européia também tende a perder poder de negociação ao se aproximar o fim de seu mandato. Portanto, ou se registram progressos em curto espaço de tempo, ou será necessário postergar o final da rodada. Em termos de definição de agenda, um cenário possível seria o abandono pelos países europeus dos temas de Cingapura e uma maior concentração nas questões diretamente relacionadas a acesso a mercados de bens agrícolas e não agrícolas e de serviços. Nesse caso, é preciso reconhecer que um equilíbrio implicará maiores demandas por liberalização dos mercados de produtos industriais e de serviços nos países em desenvolvimento. Se o futuro da rodada é incerto, tanto em termos de prazos quanto em termos de abrangência temática, é necessário refletir sobre os impactos dos resultados de Cancún para a agenda brasileira de negociações comerciais. Em primeiro lugar, há que se reconhecer que o Brasil deve concentrar todos os seus esforços para a retomada séria e eficiente das negociações em Genebra. Definitivamente não interessa ao Brasil que as dificuldades atuais reduzam o prestígio da Organização Mundial do Comércio e enfraqueçam o seu papel como lócus primordial para negociações comerciais internacionais. Em segundo lugar, será necessário rever as estratégias brasileiras em relação à estrutura de negociações da Alca e entre Mercosul e União Européia. Estas duas frentes de 6

7 EM PAUTA negociação estão fortemente dependentes dos progressos que possam ser alcançados em questões sistêmicas na OMC, mas podem ser afetadas de forma diferenciada. Na Alca, os Estados Unidos vinham resistindo em negociar temas como medidas de apoio interno à agricultura e regras comerciais, em particular antidumping, no âmbito regional, remetendo para a OMC qualquer entendimento sobre esses temas. O Brasil, ao propor um novo formato para as negociações em três trilhos, reforçou a lista de temas que seriam negociados no âmbito multilateral com temas como propriedade intelectual, regras de investimentos, regras para serviços e compras governamentais, por exemplo. Se não se observam progressos nos trabalhos da OMC, será necessário rever esta estratégia. Já a União Européia também vinha remetendo para a OMC avanços em disciplinas relativas a subsídios agrícolas. Caberá aos europeus, agora, indicar se estão dispostos a fazer algum movimento mais relevante nessa área para beneficiar os países do Mercosul e desbloquear a agenda de negociações. Caso isso seja possível, talvez se consiga avançar mais rapidamente nas negociações entre os dois blocos, tendo em vista o menor grau de ambição da Europa em temas sensíveis para o Brasil, como propriedade intelectual ou regras para investimentos. Ainda assim, caso não sejam lançadas negociações nos chamados temas de Cingapura, o Brasil deverá avaliar o sentido de assumir compromissos nesses temas em iniciativas regionais, se não houver perspectiva de avanços no âmbito multilateral. Finalmente o País não pode desprezar os riscos de que a falta de progresso no front multilateral resulte em um recrudescimento do protecionismo e do unilateralismo, fantasmas que andam rondando o comércio internacional desde fins da década passada. A combinação de períodos pré-eleitorais em países centrais com a ascensão das preocupações com segurança é campo fértil para este tipo de medidas. Os próximos meses serão muito exigentes em termos de análise de cenários e redefinição das estratégias brasileiras para a sua agenda de inserção internacional. Isso requer engajamento do governo e dos representantes da sociedade civil com interesse nesse processo. O Brasil vem apostando no bom desempenho das exportações como mola propulsora para a retomada do crescimento sustentável. Nesse sentido, o insucesso de Cancún não pode ser visto como neutro para os objetivos brasileiros. Os riscos inerentes a esse resultado não são desprezíveis e demandam ação rápida do País na definição dos melhores caminhos para neutralizá-los. Parece ser o momento para exercer a liderança conquistada no processo preparatório e durante a Reunião Ministerial de Cancún em prol da recuperação da credibilidade da Rodada e da rejeição ao enfraquecimento do sistema multilateral de comércio. INTERNACIONAIS A questão trabalhista chega às negociações da Alca Os EUA apresentaram, em julho último, no Comitê Técnico de Assuntos Institucionais da Alca, documento contendo a sua Proposta sobre disposições trabalhistas e procedimentos relativos ao não cumprimento de disposições ambientais e trabalhistas. Não há dúvida de que a evolução, ao longo dos anos 90, do tratamento do tema trabalhista na agenda internacional reduziu os riscos de uma utilização protecionista deste tema. Apesar desta evolução favorável aos interesses dos países em desenvolvimento, não se pode concluir que a inclusão de um capítulo trabalhista no texto da Alca seja algo isento de riscos para um país como o Brasil. O Brasil enfrenta dificuldades para cumprir sua própria legislação doméstica, que é a referência fundamental, em termos de normas trabalhistas, nos acordos comerciais recentemente firmados pelos EUA e na proposta apresentada por este país na Alca. A iniciativa dos EUA, embora esperada, certamente agregará às difíceis negociações hemisféricas um novo elemento de complexidade. Os EUA apresentaram, em julho último, no Comitê Técnico de Assuntos Institucionais da Alca, documento contendo a sua Proposta sobre disposições trabalhistas e procedimentos relativos ao não cumprimento de disposições ambientais e trabalhistas. Como sugerido pelo título, o documento pretende definir as disposições trabalhistas pertinentes, do ponto de vista do acordo, mas também os procedimentos relativos ao descumprimento das disposições trabalhistas e ambientais sendo que as disposições ambien- 7

8 INTERNACIONAIS tais são objetos de outro documento recentemente apresentado pelos EUA. A apresentação do documento não constitui uma surpresa. Os EUA já haviam apresentado, no grupo negociador do capítulo de investimentos da Alca, texto de parágrafo de acordo com o qual as partes concordariam em não reduzir normas trabalhistas domésticas para atrair investimentos. Acordos comerciais assinados pelos EUA, a partir do Nafta, incluem sempre capítulos sobre normas trabalhistas. Além disso, a TPA Bill, aprovada em julho de 2002, elenca entre os objetivos prioritários de negociação dos EUA o fortalecimento da capacidade dos parceiros do país para promover o respeito às normas trabalhistas fundamentais (ver abaixo). Embora esperada, a iniciativa dos EUA certamente agregará às difíceis negociações hemisféricas um novo elemento de complexidade. Ao longo dos anos 90, a hipótese de vincular temas trabalhistas e comerciais foi defendida por países desenvolvidos, mas gerou fortes reações contrárias entre os países em desenvolvimento, preocupados com os riscos de que tal vinculação produzisse uma nova forma de protecionismo contra suas exportações. O vínculo entre comércio e trabalho nos acordos e nas legislações comerciais Na esfera multilateral, a vinculação não foi formalmente estabelecida em nenhum acordo. Nesta esfera, a OIT se consolidou, nos anos 90, como o locus institucional prioritário de tratamento do tema das normas trabalhistas, desvinculando o tratamento deste tema da agenda de negociações comerciais. Além disso, o tratamento do tema na OIT circunscreveu-o à definição de normas trabalhistas fundamentais e ao estabelecimento de mecanismos de supervisão do cumprimento pelos países das convenções que consagram este subconjunto de direitos, ditos fundamentais. Adotada em junho de 1998, a Declaração da OIT relativa aos princípios e direitos fundamentais do trabalho enuncia sucintamente quatro princípios ou direitos fundamentais, obriga os Estados Membros da organização a respeitá-los e sublinha que as normas trabalhistas não deveriam ser utilizadas com finalidades protecionistas. Todos os membros da OIT se comprometem a promover e cumprir tais normas, sejam eles ou não signatários das convenções pertinentes. Os princípios e direitos incluídos na declaração compreendem: a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva; a eliminação de qualquer forma de trabalho for çado ou obrigatório; a abolição efetiva do trabalho infantil; e a abolição da discriminação em matéria de em prego e de profissão. A resistência dos países em desenvolvimento à inclusão do tema nas negociações comerciais multilaterais não significou, no entanto, que a questão permaneceu exterior à agenda de comércio. De fato, principalmente através de acordos comerciais preferenciais e de medidas unilaterais adotadas por países desenvolvidos, mas de iniciativas não mandatórias envolvendo governos, empresas, sindicatos de trabalhadores e ONGs, o vínculo entre comércio e normas trabalhistas vem sendo estabelecido. Na impossibilidade de tratar do tema em âmbito multilateral, os EUA empurraram o tema das relações entre comércio e normas trabalhistas, na esfera internacional, através de medidas unilaterais de política comercial e de acordos comerciais preferenciais 1. Assim, no SGP dos EUA, prevê-se, desde 1984, a suspensão do tratamento preferencial no caso de trabalho forçado, de crianças e de desrespeito à liberdade de associação, ou seja, no caso de desrespeito aos direitos dos trabalhadores reconhecidos internacionalmente 2. Os direitos trabalhistas referidos na legislação norteamericana não coincidem exatamente com os que são objeto das Convenções da OIT referentes a normas trabalhistas fundamentais, mas inspiram-se na definição multilateral. Em 1996, 11 países perderam direito aos benefícios do SGP por não cumprimento das normas trabalhistas, cinco deles tendo sido posteriormente reintegrados ao sistema. Um acordo de cooperação paralelo ao Nafta foi adotado, em boa medida como meio de quebrar resistências domésticas, nos EUA, ao Acordo de Livre Comércio. Este acordo de cooperação pretende promover a aplicação das legislações de trabalho vigentes nos países signatários. O acordo de cooperação trabalhista paralelo ao Nafta contém uma enumeração de normas trabalhistas mais ampla do que as referidas nas convenções da OIT e nos documentos de política comercial dos EUA. São consideradas, no Nafta, 11 condições trabalhistas gerais que deverão ser promovidas, indo desde a liberdade de associação até as políticas de imigração e as condições salariais e de duração do trabalho. 1 A União Européia também adotou medidas voltadas para a melhoria dos padrões trabalhistas nos territórios de seus parceiros comerciais em desenvolvimento. De fato, o SGP europeu prevê, desde 1994, a concessão de preferências suplementares aos países que possam demonstrar o respeito a certas normas trabalhistas fundamentais, além de permitir, em determinadas circunstâncias, a suspensão temporária das preferências, em função de práticas trabalhistas consideradas inadequadas. Mas a UE vem, nos últimos anos, explicitamente se afastando das propostas que defendem o uso de sanções comerciais como meio para enforce normas trabalhistas internacionalmente acordadas, ao mesmo tempo em que defende o papel central da OIT na promoção das normas fundamentais ali negociadas. 2 Também na década de 80, a Lei de Recuperação da Bacia do Caribe, de 1983, e a Lei de Comércio Exterior dos EUA, de 1988, fazem referência a direitos trabalhistas e prevêem mecanismos para promover tais normas nos países beneficiados por esquemas preferenciais. 8

9 INTERNACIONAIS Mas o acordo não estabelece normas comuns, nem critérios uniformes para avaliação das políticas e práticas nacionais: o compromisso das partes é com o cumprimento das regras domésticas de cada país. O acordo prevê mecanismo específico de solução de disputas, que somente pode ser acionado em caso de violação à legislação nacional pertinente e quando for possível caracterizar um padrão persistente, e não apenas um caso, de incapacidade para enforce a legislação doméstica. Multas pecuniárias são previstas e sanções comerciais no caso, a suspensão das preferências negociadas são admitidas apenas quando as violações identificadas envolverem alguns tipos de normas, relativas a trabalho infantil e normas de segurança e saúde ocupacional. A maioria das controvérsias submetidas ao acordo envolve violações presumidas de direitos de liberdade sindical, de organização e negociação coletiva, inclusive o direito de greve. Nenhuma multa ou sanção foi aplicada, ao abrigo do acordo. Do acordo EUA-Chile à proposta apresentada na Alca O primeiro acordo comercial concluído pelos EUA após a aprovação do TPA de 2002 o acordo com o Chile parece sancionar a visão de que o tema trabalhista ganha crescente peso na estratégia comercial dos EUA, que se valem essencialmente de acordos bilaterais para definir um paradigma de tratamento internacional do tema que seja uma alternativa ao modelo que parece se consolidar no plano multilateral. O capítulo sobre trabalho do acordo com o Chile refere-se explicitamente às obrigações das partes como membros da OIT e a seus compromissos à luz da Declaração relativa a princípios e direitos fundamentais do trabalho (de 1998). No entanto, o conjunto de princípios e direitos a que se refere o acordo é mais abrangente do que o da Declaração da OIT, incluindo adicionalmente condições aceitáveis de trabalho com relação a salários mínimos, horas de trabalho e saúde e segurança ocupacional 3. Vale registrar que o eixo do acordo, nesta área, é a garantia oferecida pelas partes de que estes princípios e direitos são reconhecidos e protegidos pela legislação nacional, que constitui o critério à luz do qual se avaliará o cumprimento das disposições do acordo bilateral relativas a trabalho. Na realidade, o acordo reconhece o direito de cada parte estabelecer suas próprias normas trabalhistas, mas também de modificar suas legislações domésticas, sem com isto infringir os direitos e princípios explicitamente referidos no texto. O acordo bilateral prevê também mecanismos de consultas e não exclui a possibilidade de utilização, pelas partes, do mecanismo de solução de controvérsias do acordo, quando uma das partes não for capaz de recorrente e efetivamente enforce sua legislação trabalhista, tal fato afetando o comércio entre elas. A proposta recentemente apresentada nas negociações da Alca aproxima-se bastante do texto incluído no acordo bilateral dos EUA com o Chile. Na proposta, as normas trabalhistas em relação às quais as partes declaram-se comprometidas são a Declaração da OIT de 1998, os direitos trabalhistas internacionalmente reconhecidos incluindo, além de direitos considerados fundamentais pela OIT, condições aceitáveis de trabalho em relação a salários mínimos, horas de trabalho e segurança e saúde ocupacional e suas legislações trabalhistas domésticas. As partes preservam o direito de adotar ou modificar sua legislação trabalhista, mas devem buscar compatibilizar estas normas com os direitos internacionalmente reconhecidos. O compromisso essencial do capítulo o único cujo descumprimento pode ensejar o acionamento do mecanismo de solução de controvérsias do acordo é o de aplicação efetiva pelas partes de suas legislações trabalhistas domésticas: os países se comprometeriam a não deixar de aplicar efetivamente sua legislação trabalhista, por ação ou omissão sustentada e recorrente, de uma maneira que afete o comércio entre as partes, depois da data de entrada em vigor deste tratado. Além disso, as partes reconhecem ser inapropriado promover o comércio ou o investimento através do enfraquecimento ou redução da proteção contemplada em sua legislação trabalhista interna, diminuindo a adesão desta aos direitos trabalhistas internacionalmente reconhecidos (citados no artigo 15.22). Divergências entre as partes sobre temas trabalhistas podem ser objeto de consulta ou, apenas quando se referir ao não cumprimento de legislação doméstica, também de acionamento do mecanismo de solução de controvérsias. No que se refere ao descumprimento de disposições trabalhistas, os seguintes procedimentos são previstos pela proposta: caso o grupo arbitral instalado pelo mecanismo de solução de controvérsias determine que uma parte descumpriu sua própria legislação doméstica, as partes devem buscar uma solução negociada. Não se obtendo tal solução, a parte demandante poderá solicitar ao grupo arbitral a imposição de uma contribuição monetária (que não poderá ultrapassar US$ 15 milhões/ano) à parte demandada; o valor da contribuição monetária será estipulado levando em consideração, entre outros fatores, os efeitos sobre o comércio bilateral gerados pelo descumprimento da parte demandada na aplicação efetiva da legislação pertinente ; 3 No entanto, o acordo prevê que o estabelecimento de padrões e de níveis em relação aos salários mínimos por cada parte não estará sujeito às obrigações deste capítulo. 9

10 INTERNACIONAIS as contribuições serão direcionadas a um fundo a ser utilizado pelas partes para financiar iniciativas trabalhistas ou ambientais pertinentes, entre as quais (...) esforços para melhorar o cumprimento da legislação trabalhista ou ambiental (...) no território da parte demandada e em conformidade com a sua legislação ; o não cumprimento, pela parte demandada, das disposições relativas ao depósito do valor definido autoriza a parte demandante a adotar outras medidas para cobrar a contribuição ou para garantir o cumprimento de outros modos, entre os quais a suspensão dos benefícios tarifários previstos no acordo na medida necessária para cobrar a contribuição. Portanto, na proposta dos EUA, a vinculação entre comércio e normas trabalhistas (domésticas e internacionais) é explicitamente estabelecida, mas as normas domésticas são as únicas cujo descumprimento justifica o recurso ao mecanismo de solução de controvérsias. A sanção comercial suspensão dos benefícios tarifários previstos pelo acordo é prevista, como último recurso de um processo de solução de controvérsias. O documento apresentado formalmente na Alca inscreve-se, pois, claramente na trajetória recente de tratamento do tema trabalhista nos acordos comerciais firmados pelos EUA. De fato, o histórico destes acordos confirma que o tema vem sendo crescentemente incorporado ao escopo dos acordos: enquanto no Nafta, o acordo trabalhista é um side agreement ao acordo principal, no caso do acordo EUA-Chile e na proposta apresentada na Alca, há um capítulo sobre trabalho que é parte integral do acordo e cujas disciplinas relativas ao cumprimento das normas nacionais podem ser objeto de ações comerciais das partes supostamente prejudicadas. Conclusão: os riscos de um novo tipo de protecionismo ainda existem? Não há dúvida de que a evolução, ao longo dos anos 90, do tratamento do tema trabalhista na agenda internacional reduziu os riscos de uma utilização protecionista deste tema. De fato, o objeto normas de trabalho foi sendo gradualmente circunscrito ao subconjunto de normas trabalhistas fundamentais, tais como definidas em um organismo multilateral que não se dedica ao comércio, como a OIT. Estas evoluções que datam do pós-rodada Uruguai atenuaram significativamente o risco de que o tema inclua não só normas relacionadas às condições e ao processo de trabalho, mas, também, aspectos relacionados à remuneração do trabalho e, portanto, às vantagens comparativas dos países em desenvolvimento. Além disso, mesmo nos acordos comerciais que empurram a vinculação entre comércio e normas trabalhistas, passou-se da idéia de estabelecer regras comuns ou que induzam a convergência de padrões nacionais em torno das best practices ou de normas desejáveis a propostas de se referir às normas nacionais como as regras trabalhistas dos acordos. Como corolário desta evolução, a jurisdição internacional dos acordos se concentrou em mecanismos de supervisão dos dispositivos dos acordos (referentes ao cumprimento das legislações nacionais). A proposta apresentada pelos EUA na Alca, apesar de fazer referência a normas não nacionais (as da OIT), somente gera compromissos reais para as partes no que diz respeito às normas domésticas, enquadrando-se nesta linha de evolução. Apesar destas evoluções favoráveis aos interesses dos países em desenvolvimento, não se pode concluir que a inclusão de um capítulo trabalhista no texto da Alca seja algo isento de riscos para um país como o Brasil. Com efeito, em que pese o fato de que os governos federal e estaduais desenvolveram nos últimos anos, com graus variáveis de eficácia, próprios programas voltados para a difusão e melhoria de normas trabalhistas, vários deles em parceria com empresas e sindicatos, o Brasil é internacionalmente identificado como um país que utiliza mão-de-obra infantil, inclusive em atividades direta ou indiretamente relacionadas a setores exportadores. Neste caso, bem como nas demais áreas da legislação doméstica de proteção social, o problema é antes de falhas sérias e persistentes na implementação das normas do que de carência de regras e de legislação. Ou seja, o Brasil enfrenta dificuldades para cumprir sua própria legislação doméstica, que é a referência fundamental, em termos de normas trabalhistas, nos acordos comerciais recentemente firmados pelos EUA e na proposta apresentada por esse país na Alca. CONJUNTURA Câmbio e balança comercial Após cinco meses de contínua valorização, em agosto o real voltou a se desvalorizar em relação ao dólar. O superávit comercial de agosto voltou a surpreender positivamente, alcançando o maior valor mensal até então registrado nas transações comerciais do Brasil com o exterior. O crescimento das exportações mantém-se como o principal elemento da acentuada recuperação da balança comercial em Após manter-se relativamente estável em julho, o real voltou a se desvalorizar em relação ao dólar em agosto, após cinco meses de contínua valorização. No âmbito externo, o principal fator de pressão sobre o mercado de câmbio foi a alta das taxas dos títulos americanos de longo prazo, dado o risco de 10

11 CONJUNTURA redução dos fluxos de recursos para os países emergentes. Internamente, a rolagem parcial da dívida cambial com vencimento em agosto e as incertezas em relação à tramitação das reformas tributária e da Previdência também contribuíram para o movimento de alta do dólar. Na média de agosto, o dólar alcançou a cotação de R$ 3,00, o que representou um aumento de 4,3% em relação à média de R$ 2,88 do mês anterior. Com isto, a valorização nominal do real em relação ao dólar acumulada no ano reduziu-se de 20,6% em julho para 17,2% em agosto. Com a alta da taxa nominal de câmbio em agosto, o real desvalorizou-se no mês, em termos reais, em relação a praticamente todas as moedas dos dez principais parceiros comerciais do País que compõem a taxa de câmbio efetiva. De acordo com cálculos preliminares, apenas frente ao peso argentino o real manteve-se estável, refletindo a desvalorização nominal da moeda argentina em relação ao dólar. Em relação ao conjunto das moedas latino-americanas, no entanto, a moeda doméstica mostrou uma desvalorização de 1%. Frente às moedas americana e japonesa, a desvalorização do real atingiu cerca de 4% no mês e de 2% em relação à cesta de moedas européias. Com isto, a taxa de câmbio efetiva real aumentou 2,7% no mês, reduzindo a valorização cambial acumulada no ano até agosto para 15,4%. Na média do ano, no entanto, a taxa efetiva de 2003 ainda é 2,5% superior à taxa média de janeiro-agosto de 2002, um resultado que reflete, basicamente, a desvalorização de 10,6% do real em relação à cesta das moedas européias no período Taxa de Câmbio Real Efetiva e de Paridade Base: Média 1992 = Jan98 Jul Jan99 Jul Jan00 Jul Jan01 Jul Jan02 Jul Jan03 Jul Elaboração: CNI Paridade - IPA Efetiva - IPA Em setembro, o real voltou a se valorizar em relação ao dólar. Até o dia 19, a taxa média do mês apresentava uma redução de 2,7% em relação à média de agosto. Os saldos surpreendentemente favoráveis da balança comercial, a significativa melhora da percepção dos investidores estrangeiros em relação à economia brasileira e o otimismo do mercado com o andamento das re- formas são alguns dos fatores que explicam o retorno à tendência de valorização do real frente ao dólar em setembro. Uma nova emissão soberana em setembro, no valor de US$ 750 milhões, reforçou o clima de otimismo, contribuindo adicionalmente para este movimento, ao abrir caminho para novas captações privadas. Superávit comercial atinge novo recorde em agosto O superávit da balança comercial voltou a surpreender positivamente em agosto, atingindo o maior valor mensal até então registrado nas transações comerciais do Brasil com o exterior: US$ milhões. Os superávits semanais excepcionalmente elevados, sobretudo nas duas últimas semanas de agosto, sugerem que o desempenho do mês pode estar refletindo, em alguma medida, os efeitos da operação padrão dos fiscais da Receita Federal iniciada em julho, e que se estendeu também a boa parte do mês de agosto. Ainda assim, o resultado de agosto reforçou as expectativas de um superávit comercial bastante robusto em 2003, com uma acentuada recuperação em relação a No acumulado do ano, o saldo comercial elevou-se para US$ milhões, contra US$ milhões registrados de janeiro a agosto do ano anterior, enquanto o superávit medido em 12 meses atingiu US$ milhões, o triplo do saldo registrado nos 12 meses findos em agosto de As exportações continuaram crescendo em agosto, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as importações mantiveram-se em patamar bastante deprimido, refletindo a fraca absorção interna. Com efeito, a despeito da valorização da taxa de câmbio real em 2003, o valor total importado em agosto voltou a cair pelo segundo mês consecutivo (10,7% frente a agosto de 2002), revertendo o crescimento de 1,6%, no acumulado do ano até julho, para uma queda de 4,1% nos primeiros oito meses do ano, sempre na comparação com os mesmos períodos de A queda das importações totais em 2003 deve-se às reduções observadas nas compras externas de bens de capital (21,9%) e de bens de consumo (11,1%), o primeiro refletindo a baixa expectativa de crescimento futuro, o que tende a adiar as decisões de investimento, e o segundo, a queda da renda e as condições de crédito da economia. A baixa demanda por importações em 2003 fica mais evidente quando se observa o aumento de 7,5% nos preços das importações totais na comparação entre as médias de janeiro-agosto de 2002 e de 2003, um resultado fortemente influenciado pelo acréscimo de cerca de 29,3% nos preços de combustíveis, de acordo com dados da Funcex. O quantum importado caiu 10,6% no mesmo período de comparação. O desempenho das exportações em agosto manteve a tendência que vem sendo observada ao longo do ano. 11

12 Balança Comercial Brasileira US$ milhões FOB Nomêsdeagosto Noano Em 12 meses até agosto Var. (%) Var. (%) Var. (%) Exportação , , ,8 Importação , , ,9 Saldo Corrente (Exp. + Imp.) , , ,5 Período Exportação Importação Saldo No mês No ano Em 12 meses No mês No ano Em 12 meses No mês No ano Em 12 meses 2002 Jan Fev Mar Abril Maio Junho Julho Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Junho Julho Ago Discriminação janeiro-agosto/2003 janeiro-agosto/2002 Var. (%) Valor (A) Part. (%) Valor (B) Part. (%) A/B Exportações , ,0 22,9 Básicos , ,1 31,9 Industrializados , ,0 21,1 Manufaturados , ,9 18,2 Semimanufaturados , ,2 32,6 Operações especiais 864 1, ,8-17,9 Importações , ,0-4,1 Mat.Prima e Prod. Interm , ,5 3,7 Comb. e Lubrificantes , ,0 10,1 Bens de Capital , ,1-21,9 Bens de Consumo , ,5-11,1 Não-Duráveis , ,2-13,0 Duráveis , ,3-8,4 Fonte: MDIC/Secex 12

13 CONJUNTURA O crescimento de 11,3% no valor exportado frente ao mesmo mês de 2003 refletiu os aumentos nas três categorias de produtos classificados por fator agregado, que se mostraram mais intensos nas categorias dos básicos e dos semimanufaturados. Não obstante, a expansão nas vendas externas dos manufaturados continua dando a maior contribuição para o aumento das exportações totais. No acumulado do ano até agosto, o crescimento das exportações atingiu 22,9%, com as categorias dos básicos e dos semimanufaturados registrando acréscimos de valor de, respectivamente, 31,9% e 32,6%, em relação a janeiro-agosto de Os manufaturados aumentaram 18,2% e US$ milhões em termos absolutos, o que representou 44,3% do aumento do total exportado neste período de comparação. Embora o aumento dos preços externos venha contribuindo positivamente para o desempenho das exportações, especialmente dos produtos semimanufaturados, o aumento no quantum exportado, de 18% no acumulado do ano até agosto frente ao mesmo período do ano anterior, tem sido o principal determinante do crescimento das exportações em O aumento do excedente exportável, em decorrência da obtenção de uma safra agrícola recorde e do quadro recessivo da economia doméstica, a retomada das vendas externas para a Argentina, a celebração de acordos comerciais, como os firmados com o México, o Chile e a China, são alguns dos fatores que explicam o aumento do quantum exportado, mesmo diante da valorização da taxa de câmbio real no ano. Exportação por Fator Agregado Principais Produtos janeiro-agosto Descrição 2003 (A) 2002 (B) US$ milhões FOB Var. % A/B BÁSICOS ,9 Soja em grão ,6 Minério de ferro ,9 Farelo de soja ,1 Petróleo em bruto ,0 Carne de frango ,5 Fumo em folhas ,5 Café em grão ,2 Carne bovina "in natura" ,9 Carne suína ,1 SEMIMANUFATURADOS ,6 Celulose ,4 Semimanufaturados de ferro/aço ,2 Açúcar em bruto ,0 Couros e peles ,0 Óleo de soja em bruto ,6 Alumínio em bruto ,0 Madeira serrada ,6 MANUFATURADOS ,2 Automóveis passageiros ,7 Aviões ,7 Motores para veículos ,0 Apars. transmissores/receptores ,8 Calçados ,3 Autopeças ,3 Laminados planos ,0 Óleos combustíveis ,8 Suco de laranja ,6 Bombas e compressores ,9 Açúcar refinado ,9 Móveis e partes ,8 Pneumáticos ,2 Veículos de cargas ,9 Papel e cartão ,5 Madeira compensada ,4 OPERAÇÕES ESPECIAIS ,9 TOTAL ,9 Fonte: MDIC/Secex 13

14 CONJUNTURA Bloco/País Balança Comercial Brasileira Principais Blocos Econômicos/Países janeiro-agosto US$ milhões FOB EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO SALDO Var. (%) Var. (%) Total Geral , , União Européia , , Associação Latino-Americana de Integração -Aladi , , Mercosul , , Argentina , , Demais - Aladi , , Estados Unidos (incl. Porto Rico) , , Ásia (excl. Oriente Médio) , , Oriente Médio , , África , , Europa Oriental , , Outros Blocos/Países , , Fonte: MDIC/Secex A exemplo de 2002, as exportações do complexo soja lideram a pauta exportadora em 2003, com uma participação de 11,7% no total exportado até agosto. Frente a janeiro-agosto de 2002, as exportações deste complexo aumentaram US$ 2,2 bilhões, respondendo por 26% do crescimento das exportações totais neste período de comparação. Outro destaque no desempenho exportador em 2003, e que ilustra a importância da recuperação das vendas para a Argentina e dos acordos comerciais firmados com alguns parceiros, são os automóveis de passageiros. Em 2003, estes produtos passaram a liderar a pauta dos manufaturados, tornando-se, também, o terceiro principal produto exportado pelo País. Automóveis de passageiros não só se mantêm como o principal produto brasileiro exportado para o México, representando cerca de 39% do total em janeiro-julho deste ano, como voltaram a liderar a pauta das exportações para a Argentina. Somente o aumento das exportações de automóveis para estes dois países entre janeiro-julho de 2002 e de 2003 respondeu por 95% da expansão do total das exportações brasileiras do produto no período. No acumulado do ano até agosto, as exportações de automóveis de passageiros atingiram US$ 1,6 bilhão, com um crescimento de PONTO DE VISTA 34,7% em relação a janeiro-agosto de Em suma, o crescimento das exportações tem se mantido como o principal componente do aumento do saldo comercial em 2003 vis-à-vis o ano anterior. Neste aumento, que atingiu US$ milhões frente a janeiro-agosto de 2002, a expansão das vendas externas contribuiu com 87%. O superávit acumulado no ano até agosto, de US$ milhões, sugere que dificilmente o saldo comercial em 2003 será inferior a US$ 20 bilhões, mesmo diante da expectativa de recuperação das importações, em linha com a esperada retomada da produção industrial e da atividade econômica em geral. A obtenção deste valor implicaria um superávit médio mensal de US$ 1,2 bilhão no último quadrimestre do ano, o que se mostra bastante factível. A expectativa é de que as exportações continuem apresentando uma evolução favorável no restante do ano, devido, sobretudo, às vendas externas de manufaturados, um resultado favorecido pela significativa recuperação das vendas para a Argentina. Adicionalmente, as vendas de manufaturados para outros mercados também se mostram expressivas, especialmente para os Estados Unidos, o que respalda uma perspectiva favorável para as exportações. A reforma tributária Subdesenvolvimento é simplesmente a prevalência da insensatez sobre o bom senso. Ocrescimento econômico continuado, expresso no aumento da produção de bens e de serviços, e a educação são os meios lógicos para se alcançar o desenvolvimento social. É o caminho do bom senso e da boa governança. O presidente Lula da Silva, com muita propriedade e equilíbrio, definiu os objetivos prioritários do seu governo dentro dessa linha, Benedicto Fonseca Moreira que seriam: o máximo de produção, o máximo de exportação e o máximo de emprego. Mesmo quando possível, como no caso do Brasil, sustentar crescimento horizontal da economia, via expansão da fronteira agropecuária e ampliação da industrialização, * Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil AEB 14

15 PONTO DE VISTA o avanço das tecnologias, vis-à-vis à necessidade de competir em economia aberta, faz com que a absorção de mão-de-obra adicional tenha crescimento limitado. De outra parte, a nova e difícil realidade da economia e do comércio mundiais, definida na crescente regulamentação e normatização, impõe a redução paulatina das soberanias nacionais sobre a economia, nas decisões unilaterais. Assim, a indução e a sustentação do crescimento econômico, com expressiva geração de empregos, como defendido e pretendido pelo senhor presidente da República, passam a depender, obrigatoriamente, da adoção firme de políticas verticais definidas, em especial, em cinco pilares: educação, para valorizar os salários, dignificar o trabalho e fortalecer a competitividade; tecnologia, para permitir saltos na qualidade, aumentar a produtividade e reduzir custos; exportação, para garantir receita cambial, eliminar vulnerabilidade externa e gerar empregos; serviços, de todos os tipos, para absorver mão-de-obra excedente dos setores primários e secundários, gerar crescente receita cambial e poder de imagem externa; desburocratização e racionalização, para reduzir custos do Estado e da sociedade, desenvolver cidadania, aumentar a competitividade e gerar empregos. O instrumento básico para alcançar esses objetivos estratégicos e superar o estágio do subdesenvolvimento é, além da educação, uma correta, objetiva e indutora reforma tributária. Na proposta ora aprovada, na Câmara dos Deputados, em primeiro turno, devem ser consideradas duas vertentes: (a) reforma meramente arrecadadora; (b) reforma indutora da maximização da produção e oferta e da construção dos cinco pilares antes definidos, como também de cinco objetivos inadiáveis, e que constam, implicitamente, das políticas definidas pelo presidente da República: (1) gerar emprego; (2) maximizar a oferta de bens para combater a inflação; (3) dar robustez e sustentação ao crescimento da exportação de mercadorias e serviços; (4) adequar a estrutura à competitividade externa para a viabilização de acordos internacionais, com redução tarifária; (5) racionalizar procedimentos, simplificando-os. A proposta ora em tramitação deveria, pois, deixar clara a total desgravação dos investimentos, a desoneração plena e indiscutível das exportações de mercadorias e serviços; a eliminação da cumulatividade de gravames e o forte esforço de racionalização e desburocratização dos procedimentos. Contudo, a análise do texto aprovado, em que pesem as boas intenções, indica resultados que certamente não atenderão a esses objetivos. Aparentemente, está mais voltado para a garantia da arrecadação de tributos e a conciliação política com os Estados do que para o projeto de promover o desenvolvimento econômico e social e a competitividade obrigatória na inserção internacional, na qual o Brasil está engajado. O sistema previsto para o ICMS, que reduz a tributação a cinco alíquotas e uniformiza a normatização, merece aplauso pela desburocratização. Mas, por outro lado, dá aos Estados o poder de definir os produtos, em cada faixa de alíquotas. A tendência será listar com alíquotas mais elevadas com patamar de 25% os produtos de maior demanda e rentabilidade fiscal. Além de complicar a lógica do estímulo à produção, do emprego e da exportação, poderá onerar o consumidor. A cobrança na origem e no destino poderá vir a ser pior que o atual sistema, em termos de burocracia, aumentando custos, agravando as dificuldades na exportação e dificultando a possibilidade de crescimento das micro, pequenas e médias empresas, que representam cerca de 90% do total das empresas brasileiras. Por outro lado, não soluciona as dificuldades e as negativas dos Estados em ressarcir os créditos acumulados na exportação, que limitam as vendas externas, a melhoria da receita cambial, o crescimento das empresas e a geração de empregos. O texto não prevê nenhuma forma de corretivo, como drawback verde e amarelo ou transferência compensatória de créditos acumulados. Ainda não foram consideradas as vendas fictas, isto é, aquelas pagas internamente em moeda conversível, remetida do exterior, que poderiam gerar milhares de empregos na indústria nacional. Também a manutenção do ICMS sobre serviços de transportes na exportação, principalmente no multimodalismo, reduz a nossa competitividade. A cobrança de IPVA sobre automóveis, caminhões e ônibus é discutível em país moderno. Estender o ônus para abranger navios, aviões, tratores, máquinas rodoviárias, barcos de pesca e outras embarcações é absolutamente insensato. A marinha mercante brasileira foi dizimada, a aviação está em crise, a pesca é praticamente artesanal. Enquanto o mundo auxilia, financia e subsidia esses setores, no Brasil se pretende cobrar impostos de segmentos com graves dificuldades e de outros estratégicos para o crescimento econômico e o emprego. Dever-se-ia, além de desconsiderar essa proposta, garantir a não-tributação para ônibus, caminhões, etc. em linhas internacionais, o que atenderia aos objetivos de integração sul-americana defendida, corretamente, pelo senhor presidente Lula da Silva. A proposta de cobrança, pela União, de imposto de exportação sobre serviços é também despropositada. Foge à definição de tributo regulatório e destrói, na origem, o esforço pretendido, pelo governo, para ampliar a exportação de todos os serviços, única forma de eliminar a vulnerabilidade externa da economia brasileira. A 15

16 PONTO DE VISTA exportação mundial de serviços comerciais alcançou em 2002 US$ 1,5 trilhão, dos quais o Brasil exportou US$ 9,6 bilhões, equivalentes apenas a 0,6%, e importou US$ 14,6 bilhões, com déficit de US$ 5,0 bilhões. Eliminar esse déficit é fundamental, mas será inviabilizado e poderá agravar o déficit em transação corrente se aplicados o imposto de exportação e o IPVA na forma prevista. Semelhantemente, a imposição do imposto de importação sobre serviços, embora crie a desejada isonomia com a importação, pode impactar a absorção de tecnologias fundamentais à produção nacional e à exportação. A manutenção dos tributos cumulativos PIS, Cofins, CPMF, etc. aumenta custos internos, onera a exportação e facilita a competição externa no mercado interno, como fornecedora de produtos, com efeito negativo sobre o nível de emprego, estimulando a redução do índice de nacionalização da produção nacional. Em resumo, desestimula a produção, o emprego e a exportação, e estimula a importação, com efeito sobre o emprego. A incidência das contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, na importação de mercadorias e serviços, proposta na reforma, provoca a reclamada isonomia, mas agrava os custos no País, afeta os preços para o consumidor, e reduz o poder de competição na exportação. Essa taxação, certamente, propiciará arrecadação superior à do próprio imposto de importação sobre mercadorias, que tende a ser cadente, por força de negociações internacionais. Isonomia ideal se faz com redução e racionalização tributária e não com maior tributação, que será paga pelo consumidor, já empobrecido. A progressividade do imposto de transmissão causa mortis e sobre a doação de quaisquer bens ou direitos poderá modificar a decisão sobre investimentos, sobretudo, na construção civil, e irá afetar mais diretamente a classe média, formadora de opinião pública. No caso do imposto territorial rural, a progressividade, se mal aplicada, com propósitos políticos ou meramente arrecadador, poderá afetar a produção agropecuária, hoje responsável por cerca de 40% da receita cambial, 30% do PIB e mais de 20% da mão-de-obra empregada. Transferir parte do imposto de importação para o fundo estadual de compensação do ICMS na exportação não é idéia das melhores: primeiro, porque é tributo regulatório e cadente por força de negociações internacionais. Haverá conflito entre o interesse dos Estados e a política negocial de inserção internacional ou, mesmo, de estímulo à expansão da produção. A arrecadação da espécie deveria ser usada para apoiar exportação de mercadorias e serviços do que para ressarcir os Estados de benefícios que não concedem integralmente na exportação, geradora de empregos e eliminadora da vulnerabilidade externa. E, por fim, taxar investimentos é impensável, em qualquer país. No Brasil, ainda em desenvolvimento, precisando desesperadamente aumentar a produção e diversificar a oferta para gerar emprego, expandir a exportação e o mercado interno, e combater a inflação, é preocupante constatar o ônus sobre bens de capital incorporados ao processo produtivo. O Projeto de Reforma Tributária, no art. 153, refere-se apenas ao IPI, dispondo que terá reduzido o seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Essas observações mostram que a reforma, em tramitação, não irá estimular a produção, a exportação e o emprego, conforme a intenção do senhor presidente da República. Na realidade, é onerosa e burocrática. Afetará, principalmente, o consumidor e poderá inviabilizar o crescimento, e mesmo a sobrevivência das micro, pequenas e médias empresas. O aumento de arrecadação fiscal há de ter por base o crescimento econômico continuado, o combate à sonegação e os bons princípios da administração pública, jamais a crescente oneração fiscal, em regime de crescimento econômico marginal. Ressalte-se que vigora, atualmente, no Brasil, cerca de 135 impostos, taxas, contribuições, emolumentos e etc. É paradoxal que o País, ao tempo que amplia o esforço de negociação internacional, que encerra maior abertura do mercado interno para produtos e serviços estrangeiros, se proponha a adotar política tributária que poderá dificultar o esforço nacional para a expansão da produção, com salto na qualidade e na produtividade, fundamentais à competição na exportação e com o produto estrangeiro importado. Ainda há tempo para reflexão e promover-se as correções necessárias e indicadas, pelo bom senso, para a necessidade inadiável de retomar o crescimento econômico, sem esquecer os compromissos internacionais do País, em um mundo crescentemente regulamentado e preferencializado. 16

17 LEMBRETES MDIC anuncia medidas para simplificar o processo exportador O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) adotou um conjunto de medidas para desburocratizar o processo exportador no Brasil, objetivando facilitar o acesso à atividade exportadora, principalmente, do micro e pequeno empresário. Entre as medidas anunciadas destaca-se a consolidação de 54 Portarias da Secex em um único documento, intitulado Portaria Consolidada de Exportação, visando a facilitar a consulta pelos interessados. Foram revogadas, também, 29 Portarias do MDIC. O documento e a publicação das tabelas de códigos utilizados no preenchimento dos documentos de exportação podem ser encontrados no site do ministério, no endereço: consolidação.html Outra iniciativa visando à desburocratização das vendas externas foi a redução da listagem de produtos sujeitos à anuência prévia, na exportação, em 200 itens. Anunciou-se, também, a ampliação do rol de produtos sujeitos à exportação em consignação, abrangendo produtos agrícolas, intermediários e finais. Registre-se, ainda, a extinção do limite de US$ 50 para o Registro de Exportação (RE) no caso de agrupamento de diferentes preços unitários para mercadorias classificadas de acordo com o mesmo código de produtos. Pretende-se que o exportador possa preencher um único RE, quaisquer que sejam os preços unitários. E, por fim, outra iniciativa foi a eliminação do registro de venda para as exportações de alumínio, café solúvel e cacau, por serem produtos cuja comercialização não se baseia direta e necessariamente pelas cotações das bolsas internacionais, segundo o MDIC. O Registro de Vendas (RV) é um documento informatizado que permite ao exportador realizar vendas para embarque futuro, utilizando-se de mecanismos e garantias das bolsas internacionais de mercadorias, como café e soja em grãos. Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio O Inmetro mantém um arquivo atualizado das TBT/ Notificações emitidas pela Organização Mundial do Comércio OMC, as quais passaram a ser publicadas por este Informativo desde outubro de Esta seção apresenta as mais recentes notificações, identificadas por país emissor, assunto e número. Os textos completos dessas notificações poderão ser obtidos no site do Ponto Focal de Barreiras Técnicas às Exportações, no endereço Caso o exportador deseje, poderá receber as notificações referentes aos países e produtos de seu interesse, em português, por correio eletrônico, inscrevendo-se gratuitamente no serviço Alerta Exportador, disponível no site do Ponto Focal. Mais informações podem ser obtidas no Inmetro/Coordenação de Articulação Internacional CAINT pelo barreirastecnicas@inmetro.gov.br País Descrição África do Sul Projeto de documento oficial que estabelece requisitos para fabricação, produção, processamento e tratamento de peixes, moluscos e crustáceos enlatados (79 páginas, disponível em inglês). -ZAF/32 Projeto de documento oficial que estabelece requisitos de fabricação, produção, processo e tratamento para produtos enlatados de carne destinados ao consumo humano (87 páginas, disponível em inglês). -ZAF/33 Projeto de documento oficial que estabelece requisitos compulsórios de planejamento, construção e operação interna ou externa no que se refere a shooting range (20 páginas, disponível em inglês). -ZAF/34 Argentina Projeto de documento oficial (Regulamento Técnico Mercosul) sobre rotulagem nutricional de porções de alimentos pré-medidos (27 páginas, disponível em espanhol). - ARG/124 Projeto de documento oficial sobre rotulagem nutricional de alimentos pré-medidos (26 páginas, disponível em espanhol). - ARG/125 Projeto de documento que estabelece uma lista de equipamentos elétricos de baixa tensão sujeitos à verificação (08 páginas, disponível em espanhol). - ARG/126 17

18 LEMBRETES País Descrição Argentina Projeto de documento que estabelece as condições mínimas de funcionamento dos equipamentos transmissores ou transceptores que emitem ondas radioelétricas de baixa potência (12 páginas, disponível em espanhol). -ARG/128 Projeto de documento oficial que prorroga prazos estabelecidos na Resolução Conjunta notificada como - ARG/110 (02 páginas, disponível em espanhol). - ARG/129 Projeto de documento oficial que modifica documento anterior sobre produtos vínicos (07 páginas, disponível em espanhol). -ARG/130 Projeto de documento oficial sobre equipamentos elétricos de baixa tensão (08 páginas, disponível em espanhol). - ARG/131 Projeto de documento oficial sobre gás liquefeito de petróleo para uso automotor (112 páginas, disponível em espanhol). - ARG/132 Projeto de documento oficial sobre especificações técnicas para homologação de telefones públicos (02 páginas, disponível em espanhol). - ARG/133 Projeto de documento oficial sobre organismos animais geneticamente modificados (15 páginas, disponível em espanhol). -ARG/134 Brasil Portaria n o 131 de 31 de julho de 2003 e proposta de regulamento técnico metrológico que estabelece as condições a que devem satisfazer os instrumentos de medição de força de frenagem de veículos automotores importados e fabricados no país (08 páginas, disponível em português). - BRA/124 Portaria n o 127 de 31 de julho de 2003 e proposta de regulamento de avaliação da conformidade que estabelece os procedimentos de avaliação da conformidade a que devem satisfazer tubulações não metálicas subterrâneas para combustíveis automotivos, importadas e fabricadas no país (12 páginas, disponível em português). - BRA/125 Portaria n o 128 de 31 de julho de 2003 e proposta de regulamento de avaliação da conformidade que estabelece os procedimentos de avaliação da conformidade a que devem satisfazer cabos e cordões flexíveis para tensões até 450/750V produzidos conforme norma IEC :1994, importados e fabricados no país (09 páginas, disponível em português). - BRA/126 Portaria n o 129 de 31 de julho de 2003 e proposta de regulamento de avaliação da conformidade que estabelece os procedimentos de avaliação da conformidade a que devem satisfazer cordões flexíveis para tensões até 450/750V, com isolação/cobertura extrudada de cloreto de polivinila (PVC) produzidos conforme norma IEC :1998, importados e fabricados no país (08 páginas, disponível em português). - BRA/127 18

19 LEMBRETES País Descrição Brasil Portaria n o 130 de 31 de julho de 2003 e proposta de regulamento de avaliação da conformidade que estabelece os procedimentos de avaliação da conformidade a que devem satisfazer tanques de armazenamento subterrâneo de combustíveis em posto revendedor, importados e fabricados no país (10 páginas, disponível em português). - BRA/128 Canadá Projeto de documento oficial que modifica documento anterior sobre o regulamento de segurança para veículos motorizados (sistemas de trave e imobilização). O Departamento de Transporte do Canadá sugere modificar o CMVSS 114 que está incluso no Regulamento de Segurança para Veículos Motorizados MVSR. A presente alteração propõe que determinados veículos sejam equipados com dispositivo anti-furto (09 páginas, disponível em inglês e francês). -CAN/70 Projeto de documento oficial que estabelece requisitos sobre equipamentos de radiocomunicação. Publicado no RSS pela indústria do Canadá, o documento propõe requisitos mínimos para a certificação de transmissores e receptores de rádio (02 páginas, disponível em inglês e francês). -CAN/71 Projeto de documento oficial que modifica documento anterior sobre regulamentos elaborados sob o Ato de Controle e Segurança Nuclear do Canadá. As modificações propostas foram projetadas como complemento das práticas regulatórias existentes. Na maior parte, o documento atualiza referências aos Regulamentos IAEA até o PTNSR e introduz novos requisitos, como, por exemplo, pacotes do Tipo C, usados no transporte aéreo de grandes quantidades de substâncias nucleares, e a certificação de um novo tipo de material nuclear, denominado Low Dispersible Radioactive Materials (LDRM) (24 páginas, disponível em inglês e francês). -CAN/72 Projeto de documento oficial que estabelece requisitos sobre Hexaclorobutadieno ( HCBD ). O texto propõe a inclusão da substância HCBD na Virtual Elimination List do Canadá. O objetivo deste documento é proteger o meio ambiente, considerando que o HCBD pode vir a exercer efeitos nocivos ao meio ambiente ou à biodiversidade (04 páginas, disponível em inglês e francês). -CAN/73 Projeto de documento oficial que modifica documento anterior sobre o Regulamento de Transporte de Mercadorias Perigosas do Canadá (04 páginas, disponível em inglês e francês). -CAN/74 Projeto de documento oficial que modifica documento anterior sobre o regulamento referente a equipamentos salva-vidas. Incorpora norma para coletes salva-vidas, detalhando as informações de etiquetagem que devem ser fornecidas (07 páginas, disponível em inglês e francês). - CAN/75 19

20 LEMBRETES País Descrição Comunidade Européia Projeto de documento oficial que estabelece requisitos sobre a instalação compulsória de cintos de segurança para qualquer tipo de veículo motorizado. O objetivo das outras duas propostas (uma relacionada à resistência do cinto de segurança, e a outra relacionada à resistência dos bancos) é modificar as diretivas 74/408 EEC e 76/115 EEC para assegurar coerência técnica (18 páginas Diretiva 77/541, disponível em todas a línguas da Comunidade Européia; 12 páginas Diretiva 74/408, disponível em todas as línguas da Comunidade Européia; 11 páginas Diretiva 76/115, disponível em todas as línguas da Comunidade Européia). - EEC/30 Projeto de documento oficial que estabelece requisitos sobre etiquetagem nutricional de alimentos em geral. A proposta modifica a Diretiva 90/496/EEC sobre etiquetagem nutricional, para incluir um fator específico de conversão para calcular o valor energético de salatrim (gordura energética reduzida), autorizado pela Decisão da Comissão conforme o artigo 7 do regulamento (EC) n o 258/97. O fator para conversão de salatrim é de 6 kcal/g-25 kj/g (03 páginas, disponível em todas as línguas da Comunidade Européia). - EEC/31 Projeto de documento oficial que estabelece requisitos para substâncias ativas usadas em produtos biocidas definidos na Diretiva 98/8/EC. O texto propõe a implementação de uma segunda fase no programa de trabalho para a avaliação sistemática de todas as substâncias ativas usadas em produtos biocidas, disponibilizadas no mercado quando a Diretiva 98/8/EC entrou em vigor (113 páginas, disponível em inglês (texto e anexos); alemão, grego, espanhol, francês, italiano, português, sueco, dinamarquês, holandês, finlandês (texto). - EEC/32 El Salvador Projeto de documento oficial que estabelece requisitos sobre alimentos e seus suplementos. A proposta define que apenas as informações que estejam de acordo com o previsto nesse regulamento serão permitidas na etiquetagem, apresentação e propaganda de alimentos comercializados na Comunidade Européia. Informações concernentes à saúde serão permitidas de acordo com avaliações científicas e uma autorização por parte da Comunidade (35 páginas, disponível em inglês, francês, e espanhol). - EEC/33 Projeto de documento oficial que estabelece os requisitos para etiquetagem de produtos pré-medidos (12 páginas, disponível em espanhol). -SLV/25 20

O impasse em Cancún e os impactos sobre a agenda brasileira Sandra Polónia Rios

O impasse em Cancún e os impactos sobre a agenda brasileira Sandra Polónia Rios O impasse em Cancún e os impactos sobre a agenda brasileira Sandra Polónia Rios O impasse em que se encerrou a V Reunião Ministerial da OMC, em Cancún, no dia 14 de setembro de 2003, reflete as dificuldades

Leia mais

COALIZÃO EMPRESARIAL BRASILEIRA

COALIZÃO EMPRESARIAL BRASILEIRA COALIZÃO EMPRESARIAL BRASILEIRA Relatório de Reunião Local: Sede da CNI Data: 26 de setembro de 2007 Convidados: - Ministro Evandro Didonet, Chefe do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério

Leia mais

Mauro Laviola - Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB

Mauro Laviola - Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB MERCOEX Buenos Aires, 21/08/2008 Enfrentando um Mundo Complexo Bem apropriado o tema básico proposto pela CERA para abordar o Dia da Exportação e Reunião do MERCOEX deste ano. Realmente, o último encontro

Leia mais

O papel das negociações comerciais na agenda econômica do futuro governo

O papel das negociações comerciais na agenda econômica do futuro governo O papel das negociações comerciais na agenda econômica do futuro governo Sandra Polônia Rios * Logo após tomar posse, o próximo governo do Brasil deverá enfrentar o desafio de redefinir as estratégias

Leia mais

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHO. Recomendação 193. Genebra, 20 de junho de 2002. Tradução do Texto Oficial

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHO. Recomendação 193. Genebra, 20 de junho de 2002. Tradução do Texto Oficial CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHO Recomendação 193 Recomendação sobre a Promoção de Cooperativas adotada pela Conferência em sua 90 ª Reunião Genebra, 20 de junho de 2002 Tradução do Texto Oficial

Leia mais

políticas institucionais macroeconômicas e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas que seus interesses sejam comuns e pertinentes.

políticas institucionais macroeconômicas e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas que seus interesses sejam comuns e pertinentes. PROGRAMA DE IDENTIFICACAO DE OPORTUNIDADES TÉCNICAS COM OS PAÍSES DO MERCOSUL NA ÁREA DE INOVAÇÃO, PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA 1. INTRODUCAO A Argentina, o Brasil, o Paraguai

Leia mais

Processo de planejamento participativo do Plano Diretor Aspectos metodológicos

Processo de planejamento participativo do Plano Diretor Aspectos metodológicos Processo de planejamento participativo do Plano Diretor Aspectos metodológicos Não existe no Estatuto das Cidades uma discrição minuciosa de um procedimento a ser seguido para elaboração dos Planos Diretores,

Leia mais

Fomentando o empreendedorismo: a criação de um espaço para gerar soluções

Fomentando o empreendedorismo: a criação de um espaço para gerar soluções Fomentando o empreendedorismo: a criação de um espaço para Categoria: Cultura Empreendedora RESUMO A Empresa Júnior em questão estava enfrentando problemas com relação à interação entre os membros de diferentes

Leia mais

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 30.10.2013 COM(2013) 750 final 2013/0364 (NLE) Proposta de DECISÃO DO CONSELHO que estabelece a posição a adotar pela União Europeia no âmbito do 9.ª Conferência Ministerial

Leia mais

INTEGRAÇÃO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM REFERÊNCIA A CELSO FURTADO

INTEGRAÇÃO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM REFERÊNCIA A CELSO FURTADO INTEGRAÇÃO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM REFERÊNCIA A CELSO FURTADO UFPE CFCH DCP CP-028 Prof. Dr. Marcelo de Almeida Medeiros Lício Lima, Pedro Fonseca, Vítor Alves Sumário Introdução Vítor

Leia mais

A polêmica do leite em pó e a agenda de política comercial do novo governo

A polêmica do leite em pó e a agenda de política comercial do novo governo 03 A polêmica do leite em pó e a agenda de política comercial do novo governo Fevereiro de 2019 CINDES - Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento - Rua Jardim Botânico, nº 635, sala 906. Jardim

Leia mais

A crise econômica sob a ótica do jovem empreendedor

A crise econômica sob a ótica do jovem empreendedor A crise econômica sob a ótica do jovem empreendedor Otimismo e autoconfiança são marcas do jovem empreendedor no Brasil. Percepção da crise é menor quando empresários olham para o próprio negócio A pesquisa

Leia mais

Política de Responsabilidade Socioambiental da PREVI

Política de Responsabilidade Socioambiental da PREVI 1.1. A PREVI, para o cumprimento adequado de sua missão administrar planos de benefícios, com gerenciamento eficaz dos recursos aportados, buscando melhores soluções para assegurar os benefícios previdenciários,

Leia mais

racismo, a fato é que a pesquisa que ora publicamos revela que o quadro apenas se agravou.

racismo, a fato é que a pesquisa que ora publicamos revela que o quadro apenas se agravou. Página 1 de 15 Apresentação Com o objetivo de examinar o quadro atual da discriminação racial nas relações de trabalho, o INSPIR - Instituto Sindical lnteramericano pela Igualdade Racial, encomendou ao

Leia mais

O Brasil e os acordos comerciais: Hora de repensar a estratégia? Fórum Estadão Brasil Competitivo Comércio Exterior São Paulo, 15 de outubro de 2013

O Brasil e os acordos comerciais: Hora de repensar a estratégia? Fórum Estadão Brasil Competitivo Comércio Exterior São Paulo, 15 de outubro de 2013 O Brasil e os acordos comerciais: Hora de repensar a estratégia? Fórum Estadão Brasil Competitivo Comércio Exterior São Paulo, 15 de outubro de 2013 O cenário internacional na primeira década do século

Leia mais

Comércio e negociações internacionais. Reinaldo Gonçalves

Comércio e negociações internacionais. Reinaldo Gonçalves Comércio e negociações internacionais Reinaldo Gonçalves Negociações comerciais internacionais: impasses e perspectivas Tese Os acordos comerciais reduzem o grau de autonomia de políticas orientadas para

Leia mais

PONTOS DE VISTA PRELIMINARES DO ZMWG SOBRE O TEXTO DO TRATADO DO INC 4 MAIO DE 2012

PONTOS DE VISTA PRELIMINARES DO ZMWG SOBRE O TEXTO DO TRATADO DO INC 4 MAIO DE 2012 Introdução Este documento é um resumo das recomendações sobre as opções e alternativas que devem formar a base para o trabalho adicional do INC, e identifica as disposições principais que merecem apoio,

Leia mais

Avaliação Técnica Final do Comitê do Clima da Fiesp sobre a COP19

Avaliação Técnica Final do Comitê do Clima da Fiesp sobre a COP19 1 Avaliação Técnica Final do Comitê do Clima da Fiesp sobre a COP19 Publicado em: 17 janeiro 2013 A equipe do Comitê do Clima da Fiesp que integrou a delegação brasileira na COP19, -- fez uma avaliação

Leia mais

12 meses para a COP 10 da Convenção sobre Biodiversidade e um mês para a COP 15: Podemos ter esperanças na política ambiental internacional?

12 meses para a COP 10 da Convenção sobre Biodiversidade e um mês para a COP 15: Podemos ter esperanças na política ambiental internacional? Novembro/2009 12 meses para a COP 10 da Convenção sobre Biodiversidade e um mês para a COP 15: Podemos ter esperanças na política ambiental internacional? A 10ª Conferência de Partes da Convenção sobre

Leia mais

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS COMPORTAMENTAIS (NEC) DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS COMPORTAMENTAIS (NEC) DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS COMPORTAMENTAIS (NEC) DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS Em reunião de 05 de setembro de 2014, o Núcleo de Estudos Comportamentais (NEC), autorizado pelo disposto no inciso

Leia mais

A política comercial no período 2005-2010:

A política comercial no período 2005-2010: A política comercial no período 2005-2010: contribuições para o desempenho exportador? Julho de 2010 Estrutura 1. Quando foi o boom exportador? 2. Política comercial pós-boom: - política de proteção (tarifas

Leia mais

Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade

Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade internacionalização de empresas brasileiras Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Não é novidade que há anos existe uma

Leia mais

Uma análise crítica do acordo de associação estratégica entre a União Européia e a América Latina e o Caribe A Cúpula de Viena

Uma análise crítica do acordo de associação estratégica entre a União Européia e a América Latina e o Caribe A Cúpula de Viena UFPE - CFCH - DCP Processo de Integração Regional Prof. Marcelo Medeiros Uma análise crítica do acordo de associação estratégica entre a União Européia e a América Latina e o Caribe A Cúpula de Viena FRANKLIN

Leia mais

11) Incrementar programas de mobilidade e intercâmbio acadêmicos. Propiciar a um número maior de discentes a experiência de interação

11) Incrementar programas de mobilidade e intercâmbio acadêmicos. Propiciar a um número maior de discentes a experiência de interação Apresentação A vocação natural da instituição universitária é fazer-se um centro de convergência e articulação de esforços intelectuais, científicos, artísticos e culturais, estimulando o pensamento crítico,

Leia mais

OMC e CEE 27/05/2019 1

OMC e CEE 27/05/2019 1 OMC e CEE 27/05/2019 1 O Multilateralismo Além dos acordos bilaterais e da constituição de blocos regionais, a liberalização do comércio é alcançada por tratados internacionais envolvendo a participação

Leia mais

1 de 6 22/04/2008 16:14

1 de 6 22/04/2008 16:14 1 de 6 22/04/2008 16:14 Contate-nos Meu Site Mapa do Site Institucional Relações com Investidores Boletim Contratos Agronegócio Serviços ISO 9001 Home Mercado de Carbono Perguntas Frequentes PERGUNTAS

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1º SEMESTRE 2014

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1º SEMESTRE 2014 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1º SEMESTRE 2014 1 OMC Entendendo la OMC (www.wto.org) 2 Faixas 0%-4% Brasil 65 0,7% EUA 5.838 67% UE 5.276 63% India 1, 2 117 4% África do Sul

Leia mais

2º Seminário sobre Comércio Internacional CNI-IBRAC Política Comercial no Novo Governo

2º Seminário sobre Comércio Internacional CNI-IBRAC Política Comercial no Novo Governo 2º Seminário sobre Comércio Internacional CNI-IBRAC Política Comercial no Novo Governo André Alvim de Paula Rizzo Secretário Executivo da CAMEX Confederação Nacional da Indústria - CNI Brasília, 12 de

Leia mais

REGULAMENTO DE PRÁTICA EDUCACIONAL / PROJETOS INTERDISCIPLINARES Curso de Letras Português e Inglês Licenciatura Currículo: LPI00001

REGULAMENTO DE PRÁTICA EDUCACIONAL / PROJETOS INTERDISCIPLINARES Curso de Letras Português e Inglês Licenciatura Currículo: LPI00001 REGULAMENTO DE PRÁTICA EDUCACIONAL / PROJETOS Fundamentação Legal PARECER CNE/CP 28/2001, DE 02 DE OUTUBRO DE 2001 - Dá nova redação ao Parecer CNE/CP 21/2001, que estabelece a duração e a carga horária

Leia mais

A NOVA RODADA DE NEGOCIAÇÕES MULTILATERIAS DA OMC

A NOVA RODADA DE NEGOCIAÇÕES MULTILATERIAS DA OMC VERSÃO PRELIMINAR A NOVA RODADA DE NEGOCIAÇÕES MULTILATERIAS DA OMC Embaixador Clodoaldo Hugueney A nova rodada de negociações multilaterais da OMC lançada em Doha, no final de 2001, vem enfrentando sérias

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO

DOCUMENTO DE TRABALHO ASSEMBLEIA PARLAMENTAR EURO-LATINO-AMERICANA Euro-Latin American Parliamentarym Assembly ASSEMBLEIA PARLAMENTAR EURO-LATINO-AMERICANA ASSEMBLÉE PARLEMENTAIRE EURO-LATINO- AMÉRICAINE PARLAMENTARISCHE VERSAMMLUNG

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. Comissão de Educação, Ciência e Cultura. Relatório

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. Comissão de Educação, Ciência e Cultura. Relatório Relatório sobre a Comunicação da Comissão Europa Global: Competir a nível mundial. Uma contribuição para a Estratégia do Crescimento e do Emprego COM (2006) 567 dirigido à Comissão dos Assuntos Europeus

Leia mais

Anfavea vem internacionalizando. vez mais suas ações, com a participação em negociações bilaterais,

Anfavea vem internacionalizando. vez mais suas ações, com a participação em negociações bilaterais, Globalização "Por enquanto estamos discutindo questões tarifárias, mas achamos importante levar em conta também as barreiras não-tarifárias". 66 Indústria Automobilística Brasiliera - 50 anos Anfavea vem

Leia mais

Brasil: Planos de estímulo à infraestrutura e às exportações

Brasil: Planos de estímulo à infraestrutura e às exportações Brasil: Planos de estímulo à infraestrutura e às exportações Depois de permanecer estancada durante 2014, a economia brasileira se contraiu durante o primeiro semestre de 2015 e se espera que termine o

Leia mais

Uma avaliação da Conferência Ministerial da OMC em Cancún

Uma avaliação da Conferência Ministerial da OMC em Cancún Uma avaliação da Conferência Ministerial da OMC em Cancún Renato Antônio Henz 1 A Organização Mundial do Comércio OMC, entidade que estabelece regras e disciplinas para a quase totalidade dos países que

Leia mais

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org Este documento faz parte do Repositório Institucional do Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org Diferentes Lutas e um inimigo comum Por Rita Freire Movimentos sociais e sindicatos europeus: não

Leia mais

RELATÓRIO PROJETO COMPETITIVIDADE E MEIO AMBIENTE FASE DE ORIENTAÇÃO (fevereiro 2002 a 2004) MMA/SQA/GTZ/MERCOSUL

RELATÓRIO PROJETO COMPETITIVIDADE E MEIO AMBIENTE FASE DE ORIENTAÇÃO (fevereiro 2002 a 2004) MMA/SQA/GTZ/MERCOSUL RELATÓRIO PROJETO COMPETITIVIDADE E MEIO AMBIENTE FASE DE ORIENTAÇÃO (fevereiro 2002 a 2004) MMA/SQA/GTZ/MERCOSUL Atividades desenvolvidas em 2002 O Brasil no 2º semestre do ano 2002, exercendo a Presidência

Leia mais

O Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil

O Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil MEMORANDO DE ENTENDIMENTO ENTRE O MINISTERIO DA SAÚDE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O MINISTÉRIO DO TRABALHO, DA SAÚDE E DAS POLÍTICAS SOCIAIS DA REPÚBLICA ITALIANA SOBRE COOPERAÇÃO NO CAMPO DA SAÚDE

Leia mais

Os Instrumentos de Defesa Comercial

Os Instrumentos de Defesa Comercial Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria de Comércio Exterior Departamento de Defesa Comercial Os Instrumentos de Defesa Comercial Marco César Saraiva da Fonseca Coordenador-Geral

Leia mais

RESUMO (SUMMARY IN PORTUGUESE)

RESUMO (SUMMARY IN PORTUGUESE) RESUMO (SUMMARY IN PORTUGUESE) Introdução Empresas que são incapazes de gerenciar adequadamente os impactos sociais de suas operações dificilmente conseguirão obter e manter uma licença social para operar,

Leia mais

Código de Ética da ABTT

Código de Ética da ABTT Código de Ética da ABTT Prezados (as) Associados (as), A ABTT, ao longo de sua existência, tem conduzido suas atividades na crença de que para seu associado desenvolver-se e ter sucesso, é imprescindível

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Fundamentos da microeconomia Introdução à Microeconomia Capítulo II Microeconomia: é o ramo da economia que trata do comportamento das unidades econômicas individuais (consumidores, empresas, trabalhadores

Leia mais

Tendo em vista essa informação e considerando as questões comerciais da chamada globalização, pode ser dito que:

Tendo em vista essa informação e considerando as questões comerciais da chamada globalização, pode ser dito que: Exercícios sobre blocos econômicos Exercícios 1. Se algum acordo de comércio tinha tudo para dar certo foi aquele firmado entre México, Estados Unidos e Canadá. Sancionado em 1994, o Acordo de Livre Comércio

Leia mais

ABINEE TEC Acordos Comerciais Internacionais

ABINEE TEC Acordos Comerciais Internacionais Acordos Comerciais Internacionais Acordos Comerciais Internacionais: Perspectivas, Desafios, Riscos e Oportunidades Área de Livre Comércio das Américas ALCA Conselheiro Tovar da Silva Nunes Chefe da Divisão

Leia mais

PT Unida na diversidade PT A8-0238/1. Alteração. Klaus Buchner em nome do Grupo Verts/ALE

PT Unida na diversidade PT A8-0238/1. Alteração. Klaus Buchner em nome do Grupo Verts/ALE 2.9.2015 A8-0238/1 1 N.º 1 1. Congratula-se com os resultados da 9.ª Conferência Ministerial da OMC, realizada em dezembro de 2013, em que os 160 membros da OMC concluíram as negociações sobre o Acordo

Leia mais

São Paulo, 17 de Agosto de 2012

São Paulo, 17 de Agosto de 2012 São Paulo, 17 de Agosto de 2012 Discurso do Presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, no 22º Congresso da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores - Fenabrave Senhoras

Leia mais

ANEXO II PROJETO DE MELHORIA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO REGULAMENTO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

ANEXO II PROJETO DE MELHORIA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO REGULAMENTO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA Esplanada dos Ministérios, Bloco L 70047-902 Brasília DF ANEXO II PROJETO DE MELHORIA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO REGULAMENTO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS Art.

Leia mais

Nova oportunidade para o Mercosul

Nova oportunidade para o Mercosul Nova oportunidade para o Mercosul Sandra Polónia Rios * Para aqueles que acreditam que o Mercosul é um componente essencial na estratégia de inserção internacional dos quatro sócios e que acompanham de

Leia mais

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 27.5.2013 COM(2013) 309 final 2013/0161 (NLE) Proposta de DECISÃO DO CONSELHO que estabelece a posição da União Europeia no Conselho TRIPS da Organização Mundial do Comércio

Leia mais

SISTEMA FARSUL MAPEAMENTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE BOVINA:

SISTEMA FARSUL MAPEAMENTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE BOVINA: SISTEMA FARSUL ASSESSORIA ECONÔMICA MAPEAMENTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE BOVINA: 2006-2016 PORTO ALEGRE 2017 MAPEAMENTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE BOVINA 1.0 INTRODUÇÃO E METODOLOGIA

Leia mais

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por ocasião de jantar oferecido pelo presidente do Senegal, Abdoulaye Wade

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por ocasião de jantar oferecido pelo presidente do Senegal, Abdoulaye Wade , Luiz Inácio Lula da Silva, por ocasião de jantar oferecido pelo presidente do Senegal, Abdoulaye Wade Dacar-Senegal, 13 de abril de 2005 Caro Abdoulaye Wade, presidente da República do Senegal, Senhoras

Leia mais

18 DE MAIO, 18 COMPROMISSOS NO ENFENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

18 DE MAIO, 18 COMPROMISSOS NO ENFENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 18 DE MAIO, 18 COMPROMISSOS NO ENFENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOTA TÉCNICA: 18 de maio 1. Contextualização: a. É estimado pelo IBGE que em 2010 o Brasil tenha mais de 61

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR)

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) 1. IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Código: CONSPROC 2010 Prestação de serviço técnico especializado, modalidade de consultoria

Leia mais

Dificuldades no atendimento aos casos de violência e estratégias de prevenção

Dificuldades no atendimento aos casos de violência e estratégias de prevenção Dificuldades no atendimento aos casos de violência e estratégias de prevenção Gilka Jorge Figaro Gattás Professora Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Departamento de Medicina

Leia mais

Na União Europeia e países europeus (I):

Na União Europeia e países europeus (I): O princípio da CPD diz-nos que as políticas nos vários setores devem contribuir ativamente para os objetivos de luta contra a pobreza e de promoção do desenvolvimento ou, pelo menos, não prejudicarem esses

Leia mais

Abertura comercial e tarifas de importação no Brasil

Abertura comercial e tarifas de importação no Brasil 70 Agosto 2010 Abertura comercial e tarifas de importação no Brasil Lia Valls Pereira Em 1990, o governo brasileiro anunciou uma ampla reforma tarifária que deveria ser completada em 1994. A tarifa máxima

Leia mais

DIÁLOGOS EM SALA DE AULA

DIÁLOGOS EM SALA DE AULA DIÁLOGOS EM SALA DE AULA Dinâmica da Macroeconomia Nacional como Ferramenta de Apoio à Tomada de Decisão Marco Antônio F. Quadros * Prof. Orientador: José Alexandre Menezes ** "Labour was the first price,

Leia mais

MERCOSUL/RME/CCR/CRCES/Ata Nº3/2002

MERCOSUL/RME/CCR/CRCES/Ata Nº3/2002 1 MERCOSUL/RME/CCR/CRCES/Ata Nº3/2002 VI Reunião da Comissão Regional Coordenadora de Educação Superior do Setor Educacional do Mercosul Fortaleza CE Brasil, dias 26 e 27 de setembro de 2002. Realizou-se

Leia mais

Treinamento sobre Progress Report.

Treinamento sobre Progress Report. Treinamento sobre Progress Report. Objetivo O foco aqui é trabalhar o desenvolvimento pessoal de cada aluno. O instrutor irá analisar cada um e pensar em suas dificuldades e barreiras de aprendizado e,

Leia mais

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS 1 Trimestre RESULTADOS OBTIDOS Saldos Financeiros Saldos Segregados por Planos (em R$ mil) PGA PB TOTAL CC FI DI/RF FI IRFM1 FI IMAB5 SUBTOTAL CC FI DI/RF FI IRFM1 FI IMAB5 SUBTOTAL

Leia mais

DECLARAÇÃO CONSTITUTIVA DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

DECLARAÇÃO CONSTITUTIVA DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA DECLARAÇÃO CONSTITUTIVA DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Os Chefes de Estado e de Governo de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, reunidos

Leia mais

Mercados emergentes precisam fazer mais para continuar a ser os motores do crescimento global

Mercados emergentes precisam fazer mais para continuar a ser os motores do crescimento global Mercados emergentes precisam fazer mais para continuar a ser os motores do crescimento global de janeiro de 1 Por Min Zhu Em nossa Reunião Anual de outubro de 13, travamos um longo debate sobre as perspectivas

Leia mais

RESUMO EXPANDIDO VIII CONPEEX VIII CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO DA UFG

RESUMO EXPANDIDO VIII CONPEEX VIII CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO DA UFG RESUMO EXPANDIDO VIII CONPEEX VIII CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO DA UFG 1 TÍTULO DO TRABALHO Agricultura Familiar no Mercosul e o papel da REAF no processo de diálogo e integração. 2 AUTORES

Leia mais

Perfil Caliper de Vendas. The Inner Seller Report

Perfil Caliper de Vendas. The Inner Seller Report Perfil Caliper de Vendas The Inner Seller Report Avaliação de: Sr. João Vendedor Preparada por: Consultor Caliper exemplo@caliper.com.br Data: Perfil Caliper de Vendas The Inner Seller Report Página 1

Leia mais

CASO PRÁTICO. 2. PROGRAMA DE AULA 2.1 Descrição. C) Metodologias D) Reflexões E) Bibliografia. F) Evidência

CASO PRÁTICO. 2. PROGRAMA DE AULA 2.1 Descrição. C) Metodologias D) Reflexões E) Bibliografia. F) Evidência CASO PRÁTICO Número da Inscrição: #000079 Nome: João Veríssimo da Silva Júnior Instituição de Ensino Superior: FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TAUBATÉ (ETEP) Curso: Administração Nome da Disciplina Obrigatória:

Leia mais

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO SP.

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO SP. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO SP. PROCESSO Nº 1014248-95.2017.8.26.0506 SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE RIBEIRÃO PRETO, GUATAPARÁ E PRADÓPOLIS,

Leia mais

REUNIÃO CONJUNTA SOBRE MOBILIDADE COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

REUNIÃO CONJUNTA SOBRE MOBILIDADE COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA REUNIÃO CONJUNTA SOBRE MOBILIDADE COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Intervenção de Sua Excelência Maria do Carmo Silveira Secretária Executiva da CPLP Sessão de Abertura Lisboa, 10 de abril de

Leia mais

Simulado "ESCOPO PMP"

Simulado ESCOPO PMP Pá gina 1 de 11 Simulado "ESCOPO PMP" Simulado do PMI por Jackson Leonardo das Neves Albino 26 de January de 2012 Pá gina 2 de 11 Disciplinas e temas deste simulado Gerenciamento do Escopo do Projeto (13

Leia mais

O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio O Brasil avançou muito em relação ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e pavimentou o caminho para cumprir as metas até 2015.

Leia mais

O QUE É TERESINA AGENDA

O QUE É TERESINA AGENDA O QUE É TERESINA AGENDA 2015 (Observação: neste capítulo colocar fotos de reuniões de especialistas e do Conselho estratégico) A Agenda 21 O Desenvolvimento Sustentável do planeta é um compromisso assumido

Leia mais

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 12

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 12 ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 12 Índice 1. Códigos de Ética Profissional e Empresarial - Continuação..3 1.1. A Responsabilidade Social... 3 1.2. O Direito Autoral... 4 2 1. CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL

Leia mais

Objetivos. Prioridades de temáticos. investimento

Objetivos. Prioridades de temáticos. investimento 1. Reforço da investigação, do desenvolvimento tecnológico e da inovação (objetivo I&D) n.º 1 do artigo 9.º) Todas as prioridades de ao abrigo do objetivo temático n.º 1 1.1. Investigação e inovação: Existência

Leia mais

Perspectivas do Comércio Exterior Brasileiro

Perspectivas do Comércio Exterior Brasileiro Reunião de Diretoria e Conselhos da Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB Perspectivas do Comércio Exterior Brasileiro Secretária de Comércio Exterior Ministério da Indústria, Comércio Exterior

Leia mais

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO - OMC

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO - OMC ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO - OMC Bretton Woods 1944: Ainda antes do final da Segunda Guerra Mundial, chefes de governo resolveram se reunir buscando negociar a redução tarifária de produtos e serviços.

Leia mais

soluções estratégicas em economia

soluções estratégicas em economia soluções estratégicas em economia os desafios do Brasil frente aos acordos de comércio internacional dezembro 2007 roteiro 1. pano de fundo: evolução recente do comércio exterior brasileiro 2. mapa das

Leia mais

Perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos

Perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos Perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos Perspectivas para a indústria e para as exportações Ministro Marcos Pereira Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Brasília, 19 de

Leia mais

Mercosul - maiores turbulências pela frente?

Mercosul - maiores turbulências pela frente? Mercosul - maiores turbulências pela frente? Roberto Teixeira da Costa Membro do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional (GACINT) da USP, foi um dos fundadores do Conselho de Empresários da América

Leia mais

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 2 AÇÕES E CONQUISTAS 2016 1. Representação e Defesa de Interesses Lançamento da Rede Agropecuária de Comércio Exterior (InterAgro) em agosto de 2016, foi realizado o lançamento

Leia mais

O Papel dos Trabalhadores Sociais em Núcleos Comunitários. Outubro/2013

O Papel dos Trabalhadores Sociais em Núcleos Comunitários. Outubro/2013 O Papel dos Trabalhadores Sociais em Núcleos Comunitários Outubro/2013 Apresentação Apresentamos nesta metodologia a forma que a Equipe Técnica Social do AfroReggae atua em seus Núcleos Comunitários. Atualmente

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA-ESCOLA NO CONTEXTO DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO

RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA-ESCOLA NO CONTEXTO DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA-ESCOLA NO CONTEXTO DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO Laura Borges Fabiana Cia Universidade Federal de São Carlos/Programa de Pós-Graduação em Educação Especial Palavras-chave:

Leia mais

A reunião de instalação do Grupo de Trabalho (GT) foi realizada no edifício-sede do MTE, em Brasília DF.

A reunião de instalação do Grupo de Trabalho (GT) foi realizada no edifício-sede do MTE, em Brasília DF. E C O N O M I A Órgão Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Representação Efetiva Grupo de Trabalho para discutir a facilitação da transição da economia informal para a formalidade Representante Lidiane

Leia mais

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N º, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto)

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N º, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto) REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N º, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto) Solicita informações ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação, referentes à continuidade do Programa Ciência Sem Fronteiras a

Leia mais

Departamento de Negociações Internacionais (DNI) Divisão de Negociações Extra-Regionais do Mercosul -I (DNC I)

Departamento de Negociações Internacionais (DNI) Divisão de Negociações Extra-Regionais do Mercosul -I (DNC I) Acordos Extra-Regionais no âmbito do MERCOSUL: Oportunidades de Negócios para a Região Amazônica Francisco Cannabrava Departamento de Negociações Internacionais Ministério i i das Relações Exteriores Departamento

Leia mais

Conselho de Ministros

Conselho de Ministros Conselho de Ministros Décima Terceira Reunião 18 de outubro de 2004 Montevidéu - Uruguai ALADI/CM/Resolução 59 (XIII) 18 de outubro de 2004 RESOLUÇÃO 59 (XIII) BASES DE UM PROGRAMA PARA A CONFORMAÇÃO PROGRESSIVA

Leia mais

MANDATOS DECORRENTES DA SEXTA CÚPULA DAS AMÉRICAS. As Chefes e os Chefes de Estado e de Governo das Américas nos comprometemos a:

MANDATOS DECORRENTES DA SEXTA CÚPULA DAS AMÉRICAS. As Chefes e os Chefes de Estado e de Governo das Américas nos comprometemos a: SEXTA CÚPULA DAS AMÉRICAS OEA/Ser.E 14 a 15 de abril de 2012 CA-VI/doc.6/12 Rev.2 Cartagena das Índias, Colômbia 23 maio 2012 Original: espanhol MANDATOS DECORRENTES DA SEXTA CÚPULA DAS AMÉRICAS As Chefes

Leia mais

O compromisso de Nova Deli: Assegurar uma Educação para Todos de Qualidade, Inclusiva e Pertinente. Nova Deli, Índia 8-10 de novembro de 2012

O compromisso de Nova Deli: Assegurar uma Educação para Todos de Qualidade, Inclusiva e Pertinente. Nova Deli, Índia 8-10 de novembro de 2012 ED/EFA/2012/ME/1 Original : inglês O compromisso de Nova Deli: Assegurar uma Educação para Todos de Qualidade, Inclusiva e Pertinente Nova Deli, Índia 8-10 de novembro de 2012 Nona Reunião Ministerial

Leia mais

Bem-estar, desigualdade e pobreza

Bem-estar, desigualdade e pobreza 97 Rafael Guerreiro Osório Desigualdade e Pobreza Bem-estar, desigualdade e pobreza em 12 países da América Latina Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, México, Paraguai, Peru,

Leia mais

Estudo de Caso DHC. 3. Caso DHC Outsourcing

Estudo de Caso DHC. 3. Caso DHC Outsourcing Estudo de Caso DHC 3. Caso DHC Outsourcing Caso em desenvolvimento pela FGV-EAESP, por meio do GVcepe Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital para fins exclusivamente acadêmicos, com conteúdo

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Pós-Doutorado em Administração Diretrizes Gerais

Universidade Federal de Minas Gerais. Pós-Doutorado em Administração Diretrizes Gerais Pós-Doutorado em Administração Diretrizes Gerais Outubro de 2003 1 1. Apresentação O Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais (CEPEAD), criado em 1992

Leia mais

MERCOSUL: SUA IMPORTÂNCIA E PRÓXIMOS PASSOS

MERCOSUL: SUA IMPORTÂNCIA E PRÓXIMOS PASSOS MERCOSUL: SUA IMPORTÂNCIA E PRÓXIMOS PASSOS ênfase na integração microeconômica implementação de missões e estruturas comerciais conjuntas harmonização legislativa em áreas como defesa da concorrência

Leia mais

CAPÍTULO II - DA REALIZAÇÃO

CAPÍTULO II - DA REALIZAÇÃO REGIMENTO 3ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres Regimento CAPÍTULO I - DO OBJETIVO Art. 1º - A 3ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, convocada pelo Decreto do Governo Estadual,

Leia mais

COMÉRCIO INTERNACIONAL

COMÉRCIO INTERNACIONAL COMÉRCIO INTERNACIONAL PRÁTICAS DESLEAIS DE COMÉRCIO: Defesa comercial. Medidas Antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas comerciais Ponto 6 do programa AFRFB Prof.Nelson Guerra CONCEITOS No Brasil,

Leia mais

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES CAPÍTULO I -

Leia mais

2. CONCEITUAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE PARQUES TECNOLÓGICOS ------------------------------ 3

2. CONCEITUAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE PARQUES TECNOLÓGICOS ------------------------------ 3 O DESAFIO DE IMPLANTAR PARQUES TECNOLÓGICOS PARTE 1 ----------------------------------- 3 ALINHANDO EXPECTATIVAS: PARQUES TECNOLÓGICOS SÃO EXCLUSIVOS PARA PESQUISA OU DEVEM ABRIGAR PRODUÇÃO? -------------------------------------------------------------------------

Leia mais

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: GESTÃO DE PROJETOS. Prof. Msc. Carlos José Giudice dos Santos

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: GESTÃO DE PROJETOS. Prof. Msc. Carlos José Giudice dos Santos FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: GESTÃO DE PROJETOS Prof. Msc. Carlos José Giudice dos Santos ÁREAS DE CONHECIMENTO [01] Nós já sabemos que o Guia PMBOK é dividido em 10 áreas do conhecimento relacionadas

Leia mais

Políticas comercial e industrial: o hiperativismo do primeiro biênio Dilma. Sandra Polónia Rios Pedro da Motta Veiga

Políticas comercial e industrial: o hiperativismo do primeiro biênio Dilma. Sandra Polónia Rios Pedro da Motta Veiga Políticas comercial e industrial: o hiperativismo do primeiro biênio Dilma Sandra Polónia Rios Pedro da Motta Veiga Junho de 2013 Estrutura: 1. As políticas comercial e industrial: contexto e principais

Leia mais

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR)

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Código: CDH -EC- 009 A presente Consultoria visa contratar serviços profissionais especializados

Leia mais

Hearle Calvão Analista de Comércio Exterior GT-GHS-Brasil

Hearle Calvão Analista de Comércio Exterior GT-GHS-Brasil Estágio atual da implementação do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Substâncias Químicas (GHS), no Brasil Hearle Calvão Analista de Comércio Exterior GT-GHS-Brasil Secretaria

Leia mais

Tabela 1 Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto no Brasil e em Goiás: 2011 2013 (%)

Tabela 1 Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto no Brasil e em Goiás: 2011 2013 (%) 1 PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA A Tabela 1 mostra o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e de Goiás no período compreendido entre 211 e 213. Nota-se que, percentualmente, o PIB goiano cresce relativamente

Leia mais